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(NOME e QUALIFICAÇÃO DO AUTUADO), tendo recebido a NOTIFICAÇÃO DE AUTUAÇÃO DE INFRAÇÃO – AIT N. (Nº DO AUTO DE INFRAÇÃO), vem, tempestivamente, apresentar defesa prévia, o que faz nos seguintes moldes. Diz o ato notificatório que o veículo de propriedade do ora peticionário teria excedido a velocidade permitida para o perímetro urbano da Avenida (LOCAL DA SUPOSTA INFRAÇÃO). De pórtico, cumpre registrar que o veículo objeto da notificação embora esteja cadastrado em nome do ora peticionário, é dirigido por terceira pessoa, qual seja o Senhor Bruno Cardoso Mendes, cuja Carteira Nacional de Habilitação ora se anexa (INSERIR ESSE PARÁGRAFO APENAS SE O PROPRIETÁRIO NÃO DIRIGIA O VEÍCULO, MAS SIM OUTRO CONDUTOR). INSUFICIÊNCIA DA SINALIZAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA E AUSÊNCIA DE ATENDIMENTO DE REQUISITOS TÉCNICOS LEGAIS Feita essa consideração inicial, cumpre louvar a atuação do poder público municipal na regulamentação da velocidade a ser empreendida na municipalidade, eis que decorrerá em benefício para a população. No entanto, é imperioso que o município promova uma sinalização de tal forma que venha a ser percebida por todos os motoristas que trafegam na cidade, e não apenas pelas poucas pessoas que puderam tomar conhecimento do disciplinamento. É que, embora tenha sido aposto mecanismo de identificação de velocidade, a sinalização correspondente não é facilmente percebida, eis que constam apenas três pequenas placas sinalizadoras, na posição vertical, fato que compromete a fiscalização pelo município, tornando, destarte, nulas as notificações realizadas, como é o caso da ora contestada. Em verdade, o efeito da sanção administrativa para as transgressões cometidas no tráfego de veículos, não tem, nem pode ter a consequência arrecadadora de receita, devendo, mesmo ser uma penalização para os motoristas

NOME e QUALIFICAÇÃO DO AUTUADO

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Page 1: NOME   e  QUALIFICAÇÃO  DO  AUTUADO

(NOME e QUALIFICAÇÃO DO AUTUADO), tendo recebido a NOTIFICAÇÃO DE AUTUAÇÃO DE INFRAÇÃO – AIT N. (Nº DO AUTO DE INFRAÇÃO), vem, tempestivamente, apresentar defesa prévia, o que faz nos seguintes moldes.

Diz o ato notificatório que o veículo de propriedade do ora peticionário teria excedido a velocidade permitida para o perímetro urbano da Avenida (LOCAL DA SUPOSTA INFRAÇÃO).

De pórtico, cumpre registrar que o veículo objeto da notificação embora esteja cadastrado em nome do ora peticionário, é dirigido por terceira pessoa, qual seja o Senhor Bruno Cardoso Mendes, cuja Carteira Nacional de Habilitação ora se anexa (INSERIR ESSE PARÁGRAFO APENAS SE O PROPRIETÁRIO NÃO DIRIGIA O VEÍCULO, MAS SIM OUTRO CONDUTOR).

INSUFICIÊNCIA DA SINALIZAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA E AUSÊNCIA DE ATENDIMENTO DE REQUISITOS TÉCNICOS LEGAIS

Feita essa consideração inicial, cumpre louvar a atuação do poder público municipal na regulamentação da velocidade a ser empreendida na municipalidade, eis que decorrerá em benefício para a população.

No entanto, é imperioso que o município promova uma sinalização de tal forma que venha a ser percebida por todos os motoristas que trafegam na cidade, e não apenas pelas poucas pessoas que puderam tomar conhecimento do disciplinamento.

É que, embora tenha sido aposto mecanismo de identificação de velocidade, a sinalização correspondente não é facilmente percebida, eis que constam apenas três pequenas placas sinalizadoras, na posição vertical, fato que compromete a fiscalização pelo município, tornando, destarte, nulas as notificações realizadas, como é o caso da ora contestada.

Em verdade, o efeito da sanção administrativa para as transgressões cometidas no tráfego de veículos, não tem, nem pode ter a consequência arrecadadora de receita, devendo, mesmo ser uma penalização para os motoristas que, eventualmente transgridam a legislação, levando-os a comportar-se condignamente no trânsito.

Nesse andar, as placas sinalizadores devem, pois, chamar a atenção dos motoristas, de tal forma a que não possam alegar desconhecimento de sua existência, o que não ocorre na Cidade dos Ilhéus, onde foram colocadas pequenas placas que em nada se presta para o fim legalmente previsto.

Desta forma, as notificações realizadas por esta Secretaria se apresentam nula de pleno direito, na medida em que foi utilizado o elemento surpresa contra o pacato cidadão, ainda mais levando em consideração a sua recentíssima colocação.

Ora, se o objeto é o disciplinamento do trânsito, porque não se colocar advertências, com letras grandes, pintadas no piso da via, o que, com certeza, trará o efeito desejado, ainda que não se expeçam tantas notificações como vem ocorrendo nesta Cidade.

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Nem se diga aqui que não se poderia fazer as pinturas hoirzontais, no piso das vias, em razão de sua irregularidade, eis que é também obrigação do município manter as vias em perfeitas condições de uso. Aliás, nesse tópico, a administração municipal de Ilhéus tem se mostrado totalmente inerte.

O certo, porém, é que as notificações realizadas por essa municipalidade não podem subsistir enquanto não forem realizadas as sinalizações de forma a que não pairem quaisquer dúvidas de sua existência.

Em socorro do contribuinte vem a Resolução nº 214/2006 do CONTRAN, ao dispor sobre a sinalização da fiscalização eletrônica de velocidade em questão:

“Art. 5º A. É obrigatória a utilização, ao longo da via em que está instalado o aparelho, equipamento ou qualquer outro meio tecnológico medidor de velocidade, de sinalização vertical, informando a existência de fiscalização, bem como a associação dessa informação à placa de regulamentação de velocidade máxima permitida, observando o cumprimento das distâncias estabelecidas na tabela do Anexo III desta Resolução.

§ 1° São exemplos de sinalização vertical para atendimento do caput deste artigo, as placas constantes no Anexo IV”.

Se forem, pois, julgadas subsistentes tais notificações, com certeza se provocará uma enxurrada de processos no Poder Judiciário, com vistas a torná-las nulas, com eventuais e certas perdas para o município que ainda arcará com os ônus sucumbenciais.

Com certeza, a população, embora pacífica e paciente, tendo em vista os desmandos praticados pela municipalidade, não se dobrará a tamanha insensatez.

Ademais, não se tem notícia da aferição dos equipamentos colocados pela municipalidade para a fiscalização da velocidade empreendida pelos motoristas, de tal forma que, ainda que tivesse sido observada a obrigação de sinalização condizente, restaria maculada a notificação, também sob esse aspecto.

Com efeito, a Resolução nº 214/2006 do CONTRAN, que regulamenta a fiscalização eletrônica de velocidade nas vias públicas, faz uma série de exigências para esse tipo de equipamento, todas absolutamente descumpridas pela Municipalidade, in verbis :

“Art. 3º Cabe à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via determinar a localização, a sinalização, a instalação e a operação dos instrumentos ou equipamentos medidores de velocidade.

§ 1º Não é obrigatória a presença da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, no local da infração, quando utilizado o medidor de velocidade fixo ou estático com dispositivo registrador de imagem que atenda aos termos do §2º do art. 1º desta Resolução.

§ 2º Para determinar a necessidade da instalação de instrumentos ou equipamentos medidores de velocidade, deve ser realizado estudo técnico que contemple, no mínimo, as variáveis no modelo constante no item A do Anexo I desta Resolução, que venham a

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comprovar a necessidade de fiscalização, garantindo a ampla visibilidade do equipamento. Toda vez que ocorrerem alterações nas suas variáveis, o estudo técnico deverá ser refeito com base no item B do Anexo I desta Resolução.

§ 3º Para medir a eficácia dos instrumentos ou equipamentos medidores de velocidade instalados a partir de 08 de setembro de 2006, deve ser realizado estudo técnico que contemple, no mínimo, o modelo constante no item B do Anexo I desta Resolução, devendo este estar disponível em até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias após a implantação do instrumento ou equipamento medidor de velocidade;

§ 4º Sempre que os estudos técnicos previstos no Anexo I constatarem o elevado índice de acidentes ou não comprovarem sua redução significativa, recomenda-se a adoção de barreira eletrônica.

§ 5º Os estudos técnicos referidos nos parágrafos 2º, 3º e 4º devem:

I – estar disponíveis ao público na sede do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via;

II – ser encaminhados às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI dos respectivos órgãos ou entidades, quando por elas solicitados.

III – ser encaminhados aos Conselhos Estaduais de Trânsito ou ao CONTRADIFE, no caso do Distrito Federal, quando por eles solicitados.

IV – ser encaminhados ao Denatran, em se tratando de órgãos ou entidades executivas rodoviárias da União, órgãos ou entidades executivos de trânsito ou executivos rodoviários do Distrito Federal, Estaduais e Municipais”.

Por estas razões, fica impugnada a notificação realizada, e requerida a declaração de insubsistência do auto de infração, requerendo, ainda, que do julgamento seja o ora peticionário notificado, mediante carta, no seu endereço já conhecido e reforçado linhas atrás.

Nestes termos,

pede deferimento.

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ILMO SR. DIRETOR DO DETRAN DO .......

AUTO DE INFRAÇÃO N.º ......

....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Senhoria apresentar

DEFESA PRÉVIA

por não concordar, data vênia com o auto de infração e as multas, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

PRELIMINARMENTE

O auto de infração é inconstitucional e nulo por não ter sido preenchido de forma clara, já que o artigo constante na infração do Código de Trânsito Brasileiro não foi especificado de forma concisa, além do que, nobre diretor, o autuado não prejudicou ou lesou o Estado, nem mesmo causou dano ao trânsito. Na verdade o Auto sequer foi entregue ao notificado.

Vale dizer que o nosso Código, em que pese ter sido publicado no Diário Oficial e passado a vigorar em 23/09/97, no próprio texto de Lei consta a necessidade preemente de orientar os motoristas para após multá-los.

No caso em tela o autuado é primário.

Outrossim, na prática o CONTRAN não estabeleceu a competência da União, dos Estados e Municípios, portanto, data vênia, arbitrária a medida, além do que o DETRAN bem como o D.E.R do Paraná arquivaram .......... (..... e ..... mil) multas, cabendo aqui ao autuado o direito de isonomia.

Ainda é de se argüir que a terceirização das multas é inconstitucional, ou seja, o poder de polícia é somente do Estado (Clemerson Merlin Klevim professor de Direito Constitucional da UFPR).

DO MÉRITO

1) Também não é diferente, pois com base na lei n.º12328 de 24/09/98 publicada no Diário Oficial do Paraná, o estado deu anistia às multas, bem como dos pontos.

2) Quanto a apresentação do condutor, o autuado considera a medida inócua, porquanto se o Auto não procede não há que se falar em condutor, ademais o proprietário do veículo não conduzia o automóvel na foto. A foto não comprova e não está relacionada com a própria infração, porquanto nem data consta na fotografia.

DOS PEDIDOS

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Requer digne-se Vossa Senhoria julgar pela improcedência total do Auto de Infração n.º............

Nesses Termos,Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado][Número de Inscrição na OAB