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15 de Dezembro de 2009 JORNAL NORDESTE Semanário Regional de Informação Director: João Campos www.jornalnordeste.com nº 686. 15 de Dezembro de 2009 . 0,75 euros Rª. Abílio Beça, nº 97, 1º Tel: 273 333 883 - BRAGANÇA IMOPPI Nº 50426 Forasteiros recuperam casas para passar férias e fins de semana no concelho de Vimioso Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel dá razão às Águas do Marão. Trabalhos estão parados há 1 mês - Última Túnel suspenso por tempo indeterminado Vale de Algoso apaixona “tripeiros” REGIÃO Uma Confraria “à transmontana” BRAGANÇA Bombeiros de ferro

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15 de Dezembro de 2009 JORNAL NORDESTE �

Semanário Regional de Informação Director: João Campos www.jornalnordeste.comnº 686. 15 de Dezembro de 2009 . 0,75 euros

Rª. Abílio Beça, nº 97, 1ºTel: 273 333 883 - BRAGANÇA

IMOPPI Nº 50426

Forasteiros recuperam casas para passar férias e fins de semanano concelho de Vimioso

Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel dá razão às Águas do Marão. Trabalhos estão parados há 1 mês - Última

Túnel suspenso por tempo indeterminado

Vale de Algoso apaixona “tripeiros”

REGIÃO

Uma Confraria “à transmontana”

BRAGANÇA

Bombeirosde ferro

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� 15 de Dezembro de 2009 JORNAL NORDESTE

ENTREVISTA

FICHA TÉCNICAFUNDADOR: Fernando Subtil - DIRECTOR: João Campos (C.P. Nº 4110) - SECRETÁRIA DE REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Cidália M. CostaDEPARTAMENTO DE MARkETING E PUBLICIDADE: Bruno Lopes e Orlando Bragança - ASSINATURAS: Sandra Sousa SilvaREDACÇÃO: Bruno Mateus Filena, Orlando Bragança, Sandra Canteiro (C.P. Nº 8006), Teresa Batista (C.P. Nº 7576) e Toni RodriguesCORRESPONDENTES - Planalto Mirandês: Francisco Pinto - Mirandela: Fernando Cordeiro e José Ramos - Torre de Moncorvo: Vítor AleixoFOTOGRAFIA: Studio 101 e RC Digital Propriedade / Editor: Pressnordeste, Unipessoal, Lda - Contribuinte n.º: 507 505 727 - Redacção e Administração: Rua Alexandre Herculano, Nº 178, 1º, Apartado 215, 5300-075 Bragança - Telefone: 273 329600 • Fax: 273 329601REGISTO ICS N.º 110343 - Depósito Legal nº 67385/93 - Tiragem semanal: 5.000 exemplaresImpressão: Diário do Minho - Telefone: 253 609 460 • Fax: 253 609 465 - BRAGAAssinatura Anual: Portugal - 25,00 €; Europa - 50,00 €; Resto do Mundo - 75,00 €

email:[email protected]

“SNS foi uma grande conquista”Nome: Margarida FrançaOrigem: Esmoriz, 22 de Abril de 1961Lugar: ISLA-Bragança Signo: TouroProfissão: Quadro do ISQ e do-cente do ensino superiorPrincipal defeito: ImpaciênciaPrincipal virtude: Não quero ou sei responder

JOÃO CAMPOS

Jornal Nordeste (JN) – É uma acérrima defensora do Serviço Nacional de Saúde. Por-quê?

Margarida França (MF) – Sim. Foi uma grande conquista e é um sistema que funciona. Basta pen-sar nos grandes ganhos de saúde que tivemos nos últimos 30 anos. O SNS tem conseguido dar resposta e adap-tar-se às mudanças de necessidades. Veja-se o caso da Gripe A, em que o SNS tem conseguido responder de forma eficaz.

JN – Numa situação de emer-gência, se tivesse que escolher entre um hospital público e um hospital privado, a qual recor-reria?

MF – Sem dúvida alguma a um hospital público. Não tenho nada contra o sector privado, que tem uni-dades excelentes, mas o sector públi-co tem conhecido grandes avanços ao nível da qualidade. É certo que tem algumas dificuldades, porque tam-bém tem que ter outra capacidade de resposta.

Neste momento conheço pro-jectos de certificação da qualidade, tanto no sector público como no pri-vado. Penso que este sector é enten-dido como complementar do Serviço Nacional de Saúde e, hoje em dia, não podemos afirmar que há uma grande diferença entre público e privado.

JN – As acreditações de qua-lidade também têm contribuído para melhorar a imagem do sec-tor público…

MF – Isto é estatística pura. Não podemos comparar os milhares de episódios que acontecem nos hospi-

Margarida França defende certificação

tais e centros de saúde públicos, to-dos os dias, com o número de episó-dios das unidades privadas. Quanto maior é o número de episódios, maior é a probabilidade de termos alguma coisa que não correu bem e que, facil-mente, faz notícia nos media.

JN - Quem fica a ganhar com este modelo de Hospitais-Em-presa? O Estado, que poupa di-nheiro, ou o utente?

MF – Posso falar com alguma consistência deste assunto porque estou num hospital que passou para EPE em Fevereiro deste ano. Não te-nhamos dúvidas que todos ficam a ga-nhar. Há dois factores extremamente importantes. Um deles é agilizar e fa-cilitar as decisões da administração. Outra é o facto deste modelo de ges-tão responsabilizar mais as adminis-trações, que responde por aquilo que faz e por aquilo que não faz.

Responde por uma coisa que, por vezes, não estávamos habituados no Sistema Nacional de Saúde, que são os objectivos que cada administração negoceia com as Administrações Re-gionais de Saúde. É avaliada face aos objectivos e isto é favorável, na pers-pectiva dos profissionais.

JN – E a certificação dos hos-pitais, oferece garantia de qua-lidade a nível clínico?

MF – Sem dúvida que todos es-

tamos mais seguros num hospital certificado e acreditado. Sobre isso não há dúvidas em nenhuma parte do Mundo. A questão é que, a breve prazo, nenhum País da Europa pode-rá fugir à certificação dos seus hos-pitais, que será obrigatória por via duma directiva comunitária que está em discussão. O que pode acontecer é que sistemas de saúde suportados por sistemas seguros vão passem a exigir que os hospitais tenham polí-ticas de qualidade eficazes.

“Há evidência científica de que os centros hospitalares poten-ciam a qualidade”

JN – Sendo assim, pós-gra-duações como esta [em Gestão da Qualidade e Auditoria em Saúde], que está a ser levada a cabo pela CESPU, no ISLA-Bra-gança, ganharão uma importân-cia cada vez maior.

MF – Sem dúvida. Eu costumo dizer que a qualidade é um trabalho de todos nós, mas a verdade é que é preciso ter ao serviço quem conheça as ferramentas e os métodos para im-plementar projectos de qualidade. É preciso profissionalizar e dedicar es-pecial atenção a esta área.

JN – Temos falta de médicos ou os médicos estão mal distri-buídos no território nacional?

MF – Sabemos que Lisboa, Por-to e Coimbra concentram um gran-de número de médicos e que regiões como Trás-os-Montes e Alentejo não têm a mesma facilidade em atrair os profissionais de saúde. Tem havido alterações no acesso às Universida-des e nas especialidades (este foi o ano em que entraram mais internos na Medicina Familiar) mas temos que aceitar que esta situação não pode ser corrigida em 1, 2, 3 anos. Talvez fique resolvida em 10-15 anos, se bem que haverá uma grande quebra a médio prazo, pois temos muitos médicos à beira da idade da reforma. Vamos ver de que forma o sistema vai compen-sar esta quebra, porque há hospitais no País que têm grandes dificuldades em receber médicos.

JN – A criação de Centros Hospitalares e Grupo de Hos-pitais são um caminho inevitá-vel?

MF – Penso que sim. Está pro-vado que este tipo de centros hospi-talares, além de facilitarem a gestão, promovem a continuidade dos cui-dados aos doentes. Evitam duplicar e desperdiçar meios e recursos, que sabemos que acontecem, permitem fazer uma gestão integrada do doen-te. A mais valia é permitir ter uma vi-são integrada e continuada do doente que entra no sistema, eliminando as falhas que existem pela falta de in-tegração dos diversos cuidados que o doente precisa. Há evidência cien-tífica de que os centros hospitalares potenciam a qualidade.

JN – A implementação de políticas de qualidade contribui para a redução das listas de es-peras?

MF – Indirectamente pode con-tribuir, porque sempre que consiga-mos organizar e potenciar os recur-sos disponíveis estamos a contribuir para o aumento da produção e, con-sequentemente, para diminuir as lis-tas de espera.

JN - O que considera ser ina-ceitável num ser humano?

MF - A hipocrisia.

JN - Viagem de sonho? MF - Sul da Europa de carro, sem

destino certo nem horários …

JN - Detesto... MF - A má vontade e a estupidez

!JN - Se pudesse convidar

uma personalidade mundial para jantar, em quem recairia a sua escolha?

MF - Nelson Mandela.

JN - Filme da minha vida? MF - Esplendor na Relva, reali-

zado por Elia Kazan.

JN - Se pudesse pedir 3 dese-jos, quais seriam?

MF - Bastaria um único desejo : Paz!

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Carla Caleja28 anos - Bragança

“É com muito gosto que partici-pamos neste tipo de actividades, porque nos dão uma noção do que se passa do lado de lá da fronteira e da proximidade com os nossos vizinhos”.

Fernando Bragado25 anos - Zamora

“Estou a parti-cipar nas jornadas em Bragança para conhecer a reali-dade dos jovens portugueses. Fala-mos da importân-cia da mobilidade

e dos problemas que temos em co-mum”.

Rebeca Sanguenillo20 anos- Benavente

“Sou estudante de Ensino de Mú-sica e a intenção de vir um ano para Portugal, através do programa Erasmus. É importante, por-que somos países vizinhos, devemos conhecer-nos melhor e dominarmos as duas lín-guas”.

TERESA BATISTA

Encontro reuniu cerca de 65 jovens do Norte de Portugal e da região de Castilla e Léon

Para divulgar os programas de mobilidade europeus para a juventu-de, o Instituto Português da Juventu-de (IPJ) organizou, na passada sexta-feira, um encontro transfronteiriço “Norte de Portugal/Castilla e Léon”, onde participaram cerca de 65 jovens dos dois lados da fronteira.

Segundo o subdirector regional do Norte do IPJ, Vítor Pereira, esta iniciativa visa dar a conhecer aos jo-vens os programas de mobilidade, mas também as tradições e os encan-tos da região. “Numa altura em que as fronteiras da Europa estão diluídas, parece-me importante dar a conhecer aos jovens de Portugal e, neste caso, de Castilla e Léon, que é importante viajar”, salientou o responsável.

Na óptica de Vítor Pereira, a mo-bilidade também pode abrir portas ao nível do emprego, numa altura em que o número de jovens desem-pregados não pára de aumentar. “A maior parte dos jovens que vão estar nestes encontros são estudantes do secundário e do superior e estes co-nhecimentos podem-lhe abrir portas num futuro muito próximo”, realça o subdirector regional do IPJ.

No Nordeste Transmontano, a As-

sociação Amigos do Maçãs, em Quin-tanilha, é um exemplo da promoção de programas de voluntariado juvenil europeu. “Todos os anos promovem campos de trabalho internacional, no Verão. Estão constantemente jovens europeus a passar por ali, aprovei-tando para conhecer Portugal e a re-gião”, frisa Vítor Pereira.

O programa mais comum, e tam-bém mais conhecido, é o Erasmus, através do qual os estudantes apro-veitam para conhecer novos países. “ Estive na Lituânia em Erasmus. Foi uma oportunidade para conhecer ou-tro país, outra cultura e ensinou-me como está o mundo do trabalho nou-tro local. Há sempre conhecimentos

que se travam que, um dia mais tar-de, podem ser importantes”, enaltece Carla Caleja, de 28 anos.

No encontro também esteve pre-sente o director geral do Instituto da Juventude de Castilla e Léon, Celso Montoia, que realçou a existência de um programa dotado de meio milhão de euros para promover o intercâm-bio entre jovens portugueses e espa-nhóis, que está em pleno funciona-mento.

Jovens de Portugal e Espanha partilham experiências

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NORDESTE REGIONAL

Soldados da paz condecorados durante as cerimónias

Bombeiros de Bragança homenageadosSoldados da Paz inaugu-raram Salão Nobre e com monumento numa rotunda da cidade

Bragança prestou homenagem aos seus Bombeiros Voluntários (BVB) com a inauguração de um monumento na rotunda do Mercado Municipal.

O feriado de 8 de Dezembro, de-dicad a Nossa Senhora da Conceição, padroeira dos Soldados da Paz, ficou marcada, também, pela abertura do Salão Nobre no quartel da corpora-ção bragançana.

Trata-se de um investimento de cerca de 30 mil euros suportado pela Associação Humanitária dos BVB, que adquiriu, recentemente, duas ambulâncias, que se vão juntar às quatro já existentes. Garantida está, também, uma viatura de combate a

incêndios florestais que será disponi-bilizada pelo Governo.

Recorde-se que o corpo de BVB

é constituído por 120 elementos, um dos que integra mais Soldados da Paz em todo o País.

Vila FlorQueda de árvore mortal

Um caçador, de 37 anos e resi-dente em Mourão, no concelho de Vila Flor, morreu na localidade vizi-nha de Valtorno, depois de ter sido atingido pela queda de um pinheiro de grande porte. O vento forte que se fez sentir anteontem poderá ser um factor a ter em conta para a queda da árvore.

Segundo o comandante do desta-camento da GNR de Mirandela, aque-la força de segurança foi chamada a um local ermo na Quinta dos Padres, na freguesia de Valtorno, para tomar conta de uma ocorrência.

“Ao que tudo indica, um grupo de caçadores fez uma pausa e um dos homens sentou-se numa rocha. Sem ninguém previsse, uma árvore de grande porte acabou por lhe cair em cima provocando lesões graves que se revelaram fatais”, disse aquele oficial da GNR.

Ao local do acidente foram cha-madas várias equipas de socorro dos Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Segundo Raquel Leal, do INEM, a vítima apresentava ferimentos graves ao nível do tórax e coluna vertebral, situação que levou a uma minuciosa operação de socorro.

“Foram feitos todos os esforço feitos no sentido de salvar a vida à ví-tima, mas esta acabou por entrar um paragem cárdio – respiratória, pelo que, apesar, de todas as manobras e tentativas de reanimação já não havia nada a fazer”, disse a responsável do gabinete de comunicação do INEM.

No local, esteve uma equipa da Viatura Médica Emergência e Reani-mação de Bragança e uma Ambulân-cia de Suporte Imediato de Vida de Mirandela apoiados por outros meios dos bombeiros de Vila Flor. Um heli-cóptero do INEM foi, também, cha-mado à ocorrência e, apesar de ter aterrado em segurança no local, aca-bou por não ser necessário.

Quanto a um alegado atraso da aeronave na prestação de socorro, o INEM assegurou que “o tempo de voo foi cumprido e que a tripulação estava ao corrente da situação”.

Recorde-se que a GNR tomou conta da ocorrência.

Francisco Pinto

Este banco de suplentes está virado do avesso em pleno campo do CEE. O equipamento foi adquirido em simultâneo com o piso sintético e basta alguma força para o colocar, no-vamente, ao serviço das modalidades. Fica o alerta ao novo vereador do Des-porto da Câmara Munici-pal de Bragança.

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NORDESTE REGIONAL

13 anos a promover Trás-os-MontesTERESA BATISTA

Maior Confraria do País re-aliza actividades e associa-se a eventos que enaltecem produtos de qualidade que identificam a região

Sob o lema “comida quer bebida e bebida quer comida”, a Confraria de Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro (CEGTMAD) é a maior congregação do País, que visa promover produtos de qualidade que identificam a região.

Com 13 anos de vida, a Confra-ria conta com 226 elementos, entre os quais se destacam oito confrades de Mérito e dois confrades de Hon-ra e Devoção. A missão de cada um é muito clara e assenta no paradigma de promover, de uma forma discreta e eficaz, a região de onde são oriun-dos. À entrada para a confraria ficam à porta a política, o futebol e a reli-gião. “Há outra hierarquia e é essa que tem que ser seguida”, enfatiza o grão-mestre da CEGTMAD, António Monteiro.

O responsável realça que há con-frades oriundos de todos os concelhos abrangidos pela congregação, que se estende a todo o distrito de Bragan-ça e Vila Real e parte do distrito da Guarda e Viseu. “Já realizámos even-tos em praticamente todos os con-celhos. Além das nossas actividades, também nos associamos a festivais ou feiras de qualidade e, quando nos pedem para promover um produto, também o fazemos e pagamos o que promovemos, desde que, antecipada-mente, tenhamos a garantia de que é um bom produto”, realça António Monteiro.

O leque de actividades e de even-tos desenvolvidos pela CEGTMAD é diverso e transversal a toda a região e, até, ao estrangeiro. A mais recen-

Confrades reunidos em Penedono (Guarda)

te iniciativa realizada pela congre-gação foi o Capítulo de Outono, que decorreu no mês passado, na cidade de Bragança, onde a confrade Graça Morais se encarregou do roteiro cul-tural para os participantes (ver artigo de opinião na página seguinte).

Confraria enfatiza toda a dinâ-mica cultural que há por detrás de cada produto digno de distin-guir a região

Olhando para o trabalho que a confraria tem vindo a realizar ao lon-go dos anos, destaque para a Carta Gastronómica de Trás-os-Montes e Alto Douro (em elaboração con-tínua), a realização do Congresso Enogastronómico de Trás-os-Montes e Alto Douro (III Congresso em pre-paração), bem como a caracterização dos produtos tradicionais.

O apoio e a dinamização de even-tos regionais, como é o caso da Feira do Fumeiro de Vinhais, da Feira do Folar de Valpaços, do Projecto Terra

Olea (Mirandela) ou do Encontro de Azeite e Sabores (Sabrosa), fazem, igualmente, parte do plano de acção da CEGTMAD.

“Por detrás de cada produto há uma dinâmica cultural, como sabe-res, história … Fazer o vinho é um acto cultural, fazer o azeite, a alheira tudo isso são actos culturais que é preciso transportar para a confraria. Porque uma confraria não pode ser só comer e beber”, salienta o grão-mestre.

A promoção passa pela realização de eventos de grande expressão e não por levar os produtos aos potenciais compradores. “É bom que não seja-mos nós a levar os nossos produtos para fora, mas que sejam as pessoas que lhe reconhecem qualidade a vi-rem cá buscá-los”, sublinha o grão-mestre.

A par de todas as acções de divul-gação ou de aconselhamento técnico na área da gastronomia e enologia à restauração, a CEGTMAD também edita uma revista semestral, com o título “Comes & Bebes”, que estuda e divulga a região transmontano-du-

riense e os seus produtos.ColunaFolclore de confrariasConsiderando a liberdade de reu-

nião indiscutível, o grão-mestre da CEGTMAD, António Monteiro, afir-ma que há confrarias que são, ape-nas, a mera reunião de um grupo de amigos que se juntou a pretexto de qualquer produto, não tendo expres-são para promover uma região.

O responsável considera que há congregações que estão a fazer um trabalho notável na luta pela defesa de determinados produtos, mas lem-bra que há outras que se dedicam a nichos de produtos muito específi-cos, que, por si só, não têm força para promover o produto e uma região. “Está-se a tornar um pouco folcló-rico a criação de confrarias. Há pes-soas que acham piada à forma como se vestem ou como põem o chapéu”, lamenta António Monteiro.

Na óptica do grão-mestre, a genui-dade dos trajes é fundamental para manter a identidade de uma região. “Olhando para os nossos trajes diz-se logo que somos de Trás-os-Montes. As capas de honra são feitas por uma artesã de Sendim. O estrafogueiro é o símbolo da gastronomia transmonta-na”, enaltece o responsável.

Reconhecendo o mérito a algu-mas congéneres, António Monteiro lembra que a CEGTMAD também já apadrinhou a constituição de outras congregações, como a Confraria Gas-tronómica da Carne Barrosã (Boti-cas), a Confraria da Urtiga (Fornos de Algodres) ou a Confraria do Espu-mante de Portugal (Lamego).

Grão-Mestre António Monteiro

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OPINIÃO

Virgílio Nogueiro Gomes

Realizou-se em Bragança dia 21 de Novembro de 2009 o Capítulo do Outono da

Confraria dos Enófilos e Gas-trónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O encontro aconteceu na Praça da Sé e depois, chamados pelos tra-dicionais gaiteiros, dirigiram-se ao Centro de Arte Contemporânea Gra-

Capítulo de Outonoça Morais. Aí fomos acompanhados pela Pintora na área onde se encon-tram em permanência obras da sua autoria e pelo Director do Centro, Jorge Costa, à exposição temporária de João Cutlileiro.

Depois seguiu-se para o Auditó-rio Municipal Paulo Quintela onde decorreu o Capítulo.

Foram confirmados Confrades Noviços em Confrades Irmãos e en-tronizados novos Confrades Noviços. Destes eu tinha dois afilhados que apresentei. Depois de Rui Paula são

os novos Confrades que são profis-sionais de cozinha. Os que me conhe-cem sabem que defendo que não há fórum de discussão de gastronomia sem a presença dos executores das Artes Culinárias. Por isso me empe-nhei em apadrinhar a entrada destes dois novos membros que têm já um curriculum invejável e que sempre se empenharam na promoção dos nos-sos produtos.

Finda esta cerimónia, realizou-se uma parte do Capítulo destinada ao grupo exclusivo dos Confrades de

direito que decorreu de forma rápida e de absoluto consenso em relação à votação dos órgãos dirigentes para o próximo triénio.

De referir que a Confraria anun-ciou que o próximo ano será dedica-do à Biodiversidade.

Como em todos os Capítulos se-guiu-se um almoço no Restaurante Geadas.

Do repasto constou um Ensopa-do de Repolgas, excelente, um Caldo de Perdiz com Cuscos Caseiro, Java-li e uma Variedade de Doces locais. Durante o almoço foi distribuído o exemplar nº 3 da revista Bebes.Co-mes, que é já um ícone da qualidade desta Confraria.

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NORDESTE REGIONAL

Mogadourenses em festaTERESA BATISTA

Cerca de 100 pessoas com raízes no Planalto, mas residentes em Bragança, reuniram-se em mais um encontro de filhos da terra

A comunidade mogadourense juntou-se, no passado sábado, no XVI Encontro de filhos da terra. Cer-ca de 100 pessoas, com ligações ao Planalto, estiveram presentes na tar-de lúdica e recreativa na Quinta das Covas, em Gimonde, que culminou com a eleição dos corpos gerentes da associação para o próximo ano.

Acácio Lopes, natural de Cas-tanheira, é o novo presidente da di-recção da Associação Trindade Coe-lho - Mogadourenses em Bragança, sucedendo a Rui Caseiro, natural de Ventozelo.

O novo representante da maior comunidade de cidadãos oriunda de um só concelho a residir na capital de distrito afirma que o principal objec-tivo para 2010 é trabalhar no senti-do de trazer ainda mais pessoas com ligações a Mogadouro ao encontro

Mogadourenses reunidos em Gimonde

anual.

Nova direcção da Associação Trindade Coelho quer dinamizar a sede com reencontros pontu-ais de filhos da terra

“A contar com os descendentes, a comunidade de mogadourenses em Bragança é composta por cerca de 600 pessoas. Por isso, pretendemos manter esta iniciativa de confrater-nização, que pretende manter vivas as raízes e reforçar os laços afectivos

entre os seus elementos, e fazer com que mais pessoas conheçam o nosso trabalho e se associem a nós”, salien-ta o novo presidente.

A dinamização da sede da as-sociação é, igualmente, uma prio-ridade para a nova direcção. “É completamente impossível manter aquele espaço aberto todos os dias, mas queremos que, pelo menos ao fim-de-semana, os mogadourenses se possam reencontrar e conviver. Tam-bém pretendemos realizar outras ac-tividades pontuais na sede, para man-termos vivos os laços que unem esta

comunidade”, reforça o responsável.Acácio Lopes lembra, mesmo,

que há pessoas que, apesar de serem oriundas do mesmo concelho, só se conhecerem nos encontros realiza-dos na capital de distrito.

Presente no encontro, o vice-pre-sidente da Câmara Municipal de Mo-gadouro, João Henriques, enalteceu a confraternização de filhos da terra. “É uma comunidade muito grande e muito activa, que contribui para o de-senvolvimento da capital de distrito, mas também para o desenvolvimento do nosso concelho, com todo o apoio que nos dão”, concluiu o autarca.

Acácio Lopes é o novo presidente

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NORDESTE REGIONAL

Gala reuniucolectividades INATEL

BragançaCentro de Férias marca passo

O protocolo assinado, em 2007, entre o Inatel e a Câmara Municipal de Bragança, que previa a construção de um Centro de Férias com 50 ca-mas, no Parque de Campismo Muni-cipal, ainda não saiu do papel.

O documento previa o início das obras este ano, mas houve um con-junto de novas situações que altera-ram o timing previsto para o arran-que do projecto.

“O protocolo não está esquecido. Nunca a Fundação Inatel deixará de cumprir os protocolos que estão em vigor.

Todavia, tanto por questões in-trínsecas à Câmara Municipal e Fun-dação INATEL, que se prenderão com a definição de prioridades, esse protocolo não tem tido uma execução tão célere como nós pretenderíamos”, justifica o delegado regional do Norte da Fundação INATEL, Armindo Oli-veira.

No entanto, o responsável admi-te que a construção do novo empre-endimento poderá, ainda, ter início durante o próximo ano, na sequência da reanálise de que está a ser alvo o projecto, tanto ao nível quantitativo, como qualitativo.

Coral Brigantino iniciou o espectáculo

TERESA BATISTA

As cinco novas associa-ções que entraram recen-temente para a Fundação foram agraciadas durante o espectáculo

A Fundação INATEL reuniu, no passado sábado, as colectividades culturais e desportivas na I Gala re-alizada pela instituição na cidade de

Bragança.Durante a cerimónia, que con-

tou com a presença da vogal para a Cultura da Fundação, Cristina Bap-tista, mas onde não esteve qualquer membro do executivo camarário, fo-ram agraciadas as cinco novas asso-ciações do distrito que se associaram ao INATEL. A Associação de Fiéis da Confraria do Divino Senhor da Ago-nia dos Chãos, Escolinhas de Futsal “Arnaldo Pereira”, Centro Paroquial e Social dos Santos Mártires, Asso-ciação Desportiva, Cultural e Recrea-

tiva Estrelas Brigantinas e os Pionei-ros de Bragança receberam os seus diplomas.

Para o director de agência da Fundação Inatel de Bragança, Pedro Rego, a entrada de novas associações insere-se na missão da instituição, que aposta na preservação, promo-ção e divulgação da cultura tradicio-nal e desporto.

“Queremos que as associações tenham confiança na Fundação INA-TEL e é por isso mesmo que fizemos esta gala para os podermos promo-ver”, acrescenta o responsável.

Pedro Rego realça que, este ano, entraram para a Fundação cinco no-vas colectividades, que receberam os diplomas durante a gala, mas já estão a decorrer os processos para a entra-da de mais três associações no próxi-mo ano. Ao todo, a instituição conta com cerca de 50 colectividades asso-ciadas no distrito de Bragança.

Com as portas abertas a outras colectividades, o INATEL aproveitou a gala para dar a conhecer o apoio que dá aos seus associados. Exemplo dis-so, foi a entrega de dois instrumentos ao Grupo Coral Brigantino, que abriu o espectáculo.

No espectáculo actuaram, ain-da, os Pauliteiros de Caraminico, o Rancho Folclórico e Etnográfico de Mogadouro, o Grupo de Cantares de Sambade e o Grupo de Cantares da Mãe d`Água.

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INFORMAÇÃO COMERCIAL

“Tratamos da sua casa, dos seus filhos e dos seus idosos”

Contactos

QualitySad: Rua Professor Dio-nísio Gon-çalves, Nº3, R/Chão - Bragança T e l e f o n e : 273326107E-email: [email protected] Telefones:Bruno Valente: 964320140Paulo Jaloto: 962152625

Qualitysad: uma empresa de Bragança que presta apoio domiciliário a pessoas de todas as idades

Qualitysad é o nome de uma jo-vem empresa de Apoio Domiciliário, que nasceu para facilitar o seu dia-a-dia.

Geralmente, o conceito de Apoio Domiciliário é associado ao serviço de apoio a idosos, mas o leque de ser-viços da Qualitysad não se esgota no acompanhamento à Terceira Idade.

Se não tem tempo para limpar a casa, se o horário de trabalho não lhe dá margem para confeccionar uma refeição ou para tratar da roupa, não se preocupe que esta empresa tem uma resposta para si. Em qualquer altura pode contratar o serviço de limpeza doméstica e de lavandaria ou recorrer ao serviço de alimentação, que prontamente fará chegar o almo-ço ou jantar a sua casa.

E como a rotina do quotidiano também exige momentos de lazer, porque não deixar as crianças entre-

Cristiana do Nascimento dirige Qualitysad

gues a um serviço de babysitting na sua própria casa, sem necessidade de deslocar os mais pequenos pela noite dentro?

O mesmo se aplica ao serviço de oldsitting, especialmente vocaciona-do para os mais idosos, que poderá assegurar acompanhamento na re-sidência do utente 24 horas por dia ou só no período diurno ou nocturno. Além disso, disponibiliza o chamado tele-alarme, um aparelho semelhan-te a um relógio, mas equipado com 4 botões de emergência, que o idoso poderá accionar para encontrar auxí-lio imediato.

“Não há nenhuma empresa em Bragança que preste serviços de apoio domiciliário a pessoas de todas as idades”

Na área da Terceira Idade, a Qualitysad abrange várias valências ao domicílio, assegurando cuidados médicos, de enfermagem, gerontoló-gicos, psicológicos e de fisioterapia. Além de comercializar e alugar ajudas técnicas e equipamento hospitalar, a empresa pretende promover o enve-lhecimento activo, levando os utentes a participar em actividades desporti-vas e culturais, tais como natação, teatro e cinema. “Há muitos idosos que não saem de casa porque não têm companhia. Nós propomos fazer esse acompanhamento, proporcio-nando-lhes um envelhecimento com maior qualidade de vida e momen-tos de convívio”, explicou Cristiana do Nascimento, directora técnica da Qualitysad.

Inicialmente, a empresa ia ter como público-alvo os idosos, mas o projecto acabou por ser pensado para a população em geral. “Não há nenhuma empresa em Bragança que

Empresa está dotada de modernos equipamentos para prestar serviços em diversas áreas

preste serviços de apoio domiciliário para pessoas de todas as idades”, ga-rantiu a responsável.

Profissionais altamente qualifi-cados para lhe proporcionar a melhor assistência

A Qualitysad é uma empresa em-preendedora, que conta com profis-sionais altamente qualificados para lhe proporcionar a melhor assistên-cia nos seus vastos serviços.

A ideia partiu de um jovem casal, que se aliou a um empresário com provas dadas para levar a cabo um investimento considerável, sem qual-quer comparticipação do Estado.

Cristiana do Nascimento é licen-ciada em Psicologia e está a terminar a licenciatura em Gerontologia, a par do Mestrado em Gestão das Organi-zações. O marido, Bruno Valente, é licenciado em Educação Física e fre-quenta a Pós-Graduação em Gestão da Qualidade e Auditoria em Saúde,

que a CESPU está a promover no ISLA-Bragança.

Juntamente com Paulo Jaloto, empresário em diversos ramos de negócio, incluindo a Saúde, propõem “tratar da sua casa, dos seus filhos e dos seus idosos”, elegendo como prioridade “o seu bem-estar”. Para tal, “contamos com profissionais ex-perientes, qualificados e com sentido de responsabilidade, bem como par-cerias com empresas especializadas”, assegura Cristiana do Nascimento.

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NATAL 2009

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NORDESTE REGIONAL

D´ouro em aniversário

BRUNO MATEUS FILENA

O Rochedo celebrou cinco anos de ambiente noctígavo com calor humano q.b.

A 5 de Dezembro, o Rochedo, em Miranda do Douro, festejou o seu 5º Aniversário. Coincidência ou não, o certo é que houve bolo e champanhe para todos os que acertaram na esco-lha de frequentar esta casa símbolo

que fez dançar o Douro rio.Um casal de striptease vindo,

propositadamente, de Lisboa, incen-diou a plateia com três espectáculos. No primeiro, actuou Cristina, actriz do já extinto programa Fiel ou Infiel, de João Kleber. Depois, foi a vez dele, Ricky, stripper brasileiro, que plan-tou calor no seio das mulheres com a sua performance. Para terminar, uma actuação conjunta e que levou o público ao delírio.

A música esteve a cargo de dois

djs, Edi e Korreia, com um house rit-mado, em sintonia com os gostos do seu público-alvo e que vibrou colunas até às 5 da manhã.

Maria Curralo, juntamente com o seu marido, Carlos Alberto, marca-ram estatuto de anfitriões e, em en-

trevista ao Jornal Nordeste, ela afir-mou: “desenhei e decorei esta casa, com o intuito de fazer algo diferente na noite de Miranda do Douro, pro-curando sempre brindar os clientes com iniciativas dignas de registo”.

Na noite há 13 anos, a proprie-tária do espaço garante: “desde que abrimos, esta casa trabalhou sempre muito bem, tem um bom ambiente e uma música desejável para todos que por aqui passam”.

Boa disposição em dia de aniversário

Maria Curralo (2ª a contar da esq.) com a equipa que animou a noite

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NORDESTE REGIONAL

Crianças aconselham idososTERESA BATISTA

Alunos da Escola Paulo Quintela participaram em acção de sensibilização sobre segurança para se-niores

As crianças da Escola Paulo Quin-tela foram as protagonistas da acção de sensibilização sobre segurança para idosos, que decorreu na passada sexta-feira, no Centro Social e Paro-quial Santo Condestável.

Esta iniciativa, que resultou da parceria entre a instituição, PSP e Agrupamento de Escolas Paulo Quin-tela, insere-se no programa de acções de sensibilização que a polícia tem vindo a fazer para acautelar os senio-res face a roubos ou burlas.

“Disse aos idosos para não anda-rem com muito dinheiro, para evita-rem andar sozinhos na rua, para não abrirem a porta nem darem conversa a desconhecidos”, enaltece Maria Pe-reira, de 11 anos.

Os mais velhos agradecem os conselhos e lembram que, nos dias que correm, todo o cuidado é pou-

Crianças e idosos unidos em acção de sensibilização

co. “A mim ainda não me aconteceu, mas tem acontecido a outras pesso-as. Muitas vezes até matam os ido-sos para os roubarem. Eu costumo ter cuidado. Tenho sempre a porta trancada, mesmo quando estou em casa”, realça Francisca Gonçalves, de 70 anos.

A informação foi complementa-da pelo comandante da esquadra de Bragança, subcomissário Dinis Pe-

reira. “Os conselhos incidem sobre o comportamento a ter na residência, os cuidados a ter quando forem abor-dados por desconhecidos, quer este-jam em casa ou quando circulem na via pública, como é que devem acau-telar o transporte de uma mala ou de valores, e andarem, apenas, com o dinheiro necessário para as despe-sas que queiram fazer…”, enumera o agente da PSP.

Em relação à ocorrência deste tipo de crimes, Dinis Pereira salien-ta que a PSP tem registado, apenas, casos pontuais. “Na nossa área de intervenção foram raras as situações de burla ou roubo com idosos. No entanto, aquilo que nos leva a fazer estas acções é a prevenção”, reforça o comandante.

VOZES

Catarina Ferreira - 11 anos“Foi a primeira vez que

participei numa acção deste género, para dar conselhos aos idosos para se sentirem mais seguros e não se dei-xarem enganar. Fecharem bem a porta, ver bem quem é antes de abrir e não deixar entrar des-conhecidos são conselhos importantes”.

Adriano Gomes - 74 anos“Já fui assaltado uma

vez, no bairro da Mãe d`Água, por uma rapariga que me tirou a carteira. Le-vou-me 225 euros. Fiz quei-xa na PSP, não recuperei o dinheiro, mas agora está

presa. Por isso, estas acções são impor-tantes para nos prevenirmos”.

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NORDESTE REGIONAL

150 anos de Cruz VermelhaBRUNO MATEUS FILENA

Empossada nova direcção da Cruz Vermelha de Bra-gança que pretende cons-truir um lar residencial para idosos

A novidade foi avançada por Joa-quim Queirós, que trabalhou durante estes últimos dois anos em termos de comissão administrativa, durante a sua tomada de posse como presiden-te da delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa, para o próxi-mo quadriénio 2009-2013.

A perspectiva da nova direcção é continuar a incrementar o trabalho em pilares estruturantes da institui-ção, que são o voluntariado e o socor-rismo, sobretudo, de proximidade, na vertente de área rural.

“É vontade desta nova direcção arranjar estruturas físicas diferencia-das da actual sede, para que outras respostas sociais possam acontecer, mas ainda estamos numa fase muito inicial. Ainda não há qualquer estu-do, mas andamos a estudar hipóteses

de âmbito social, onde terão de existir parcerias com a Segurança Social e outras entidades da cidade e do concelho que nos ajudarão a dar esse passo em frente”, afiança o recém-eleito pre-sidente, Joaquim Queirós. “Será talvez mais para a po-pulação idosa, uma resposta social de lar residencial ou unidade de cuidados conti-nuados”, conclui.

O Movimento Interna-cional da Cruz Vermelha cumpre, em 2009, um sécu-lo e meio de auxílio ao pró-ximo, uma instituição que tem prestado um contributo deveras significativo a toda humanidade, sobretudo, em alturas de conflito e catás-trofes naturais.

Uma exposição durante este mês, no Mercado Mu-nicipal de Bragança, aborda a temática elucidativa dos 150 anos da Cruz Vermelha e da ajuda presta-da na 1ª Guerra Mundial, já que, se cumprem 95 anos passados desde o conflito bélico que envolveu as gran-

des potências da época.Na cerimónia, que decorreu no

Auditório Paulo Quintela, estiveram presentes diversas personalidades, quer da cidade, como o presidente

da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, quer a nível nacional, como Pimenta Araújo, assessor do Presidente Nacional da Cruz Verme-lha Portuguesa.

Joaquim Queirós reconduzido no cargo

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NATAL 2009

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NORDESTE REGIONAL

101 anos de vidae de históriaSANDRA CANTEIRO

Carlota da Conceição Gon-çalves trabalhou no campo até aos 93 anos

O dia 8 de Dezembro é, de ano para ano, uma data cada vez mais especial para Carlota da Conceição Gonçalves e os seus familiares. Aos 101 anos, D. Carlotinha, como é co-nhecida no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Bragança (SCMB), onde é utente há oito anos, conti-nua a manter um brilho no olhar.

Natural de Mós, no concelho de Bragança, Carlota da Conceição Gonçalves soprou as 101 velas pe-rante os amigos da SCMB e quatro sobrinhos. “Sempre foi uma pessoa muito ligada à família”, adiantou a sobrinha, Zélia da Cruz Ferreira, que nunca chegou a ter filhos, pois casou depois dos 40 anos.

Até aos 93 anos, a aniversarian-

D. Carlotinha celebrou 101 anos

te sempre se dedicou às lides agrí-colas e à cozinha de casa só deixou de o fazer depois de o marido, que já faleceu, entrar para a SCMB, al-tura em que optou por acompanhá-lo.

Apesar dos cabelos brancos comprovarem a sua idade, Carlota da Conceição Gonçalves nunca teve nenhuma doença e a única medica-ção que toma são para controlar a tensão arterial.

Nordeste TransmontanoVia Verdeda Sépsis

A Via Verde da Sépsis já está em funcionamento no Centro Hospitalar do Nordeste. Sendo a sépsis (infecção generalizada do organismo) um grave problema de saúde, que corresponde a 40 por cento dos internamentos em Unidades de Cuidados Intermédios e Intensivos, exige uma intervenção adequada e rápida, a qual o CHNE está a facultar, a partir de agora, aos seus doentes, com todos os benefí-cios inerentes para a melhoria do seu estado de saúde.

A implementação desta medida está a ser promovida pela Adminis-tração Regional de Saúde do Norte (ARSN), no sentido de estar opera-cional em todos os Hospitais e Cen-tros Hospitalares da Região dotadas de Serviços de Urgência Médico-Cirúrgicos no decorrer do próximo ano de 2010. Contudo, o Conselho de Administração do CHNE, enten-dendo ser esta iniciativa de extrema relevância e de um enorme benefício para os Utentes, desenvolveu todos os esforços para que fosse possível antecipar esse prazo, um objectivo que foi plenamente alcançado com o início da Via Verde do CHNE ainda antes do final de 2009.

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NORDESTE REGIONAL

Cuidados Continuados no PiagetFRANCISCO PINTO

Obras do projecto, orçado em 5 milhões de euros, começam em Abril de 2010

O Instituto Jean Piaget de Mace-do de Cavaleiros (IJPMC) viu apro-vada a candidatura para a construção de uma nova Unidade de Cuidados Continuados (UCC), no âmbito do Quadro de Referência de Estratégia Nacional (QREN).

A empreitada, orçada em cerca de cinco milhões de euros, será com-participada em 60 por cento e arran-cará em Abril do próximo ano.

Instalada no “campus” académi-co do IJPMC, a UCC funcionará em dois pisos distintos, com as tipolo-gias de cuidados de média e longa duração e saúde mental, terá uma capacidade para 50 camas e criará 25 novos postos de trabalho entre pessoal médico, de enfermagem, ad-ministrativo e auxiliar.

Segundo a presidente do IJPMC, Maria Helena Chéu, este equipa-mento vai ajudar a colmatar as ne-cessidades existentes no distrito de Bragança.

“A Unidade de Cuidados Conti-nuado terá, também, um papel im-portante para a formação dos alunos do Instituto Piaget num conceito de estágio profissional”, assegura a res-ponsável.

Ao ficar instalada no recinto

académico, a UCC vai poder utilizar vários equipamentos já existentes, como recintos desportivos ou pis-cinas, proporcionando, assim, mais actividades aos seus utentes.

“Apesar de ficar dentro do espa-ço académico, haverá uma autono-

mia em termos de recursos, como é caso de serviço de enfermagem ou fisioterapia, já que o campus dispõe de uma academia de desporto que poderá ser utilizada num conceito de reabilitação”, disse Maria Helena Chéu.

Instituto projecta unidade com capacidade para 50 camas

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OPINIÃO

António Pires

Em plena época natalícia, eis que se multiplicam as acções de solida-riedade por todo o país. A partir das figuras simbólicas da rechonchuda e encantadora Popota e da elegante e graciosa Leopoldina, são muitos aqueles que, eivados do mais profun-do sentimento altruista, se entregam à nobre causa da partilha, motivados pela tomada de consciência de que o Outro, o próximo, é alguém a quem é urgente estender a mão.

Ao longo dos vários natais, tenho-me apercebido, enquanto cooperante neste género de peditórios – em boa hora “oficializados” -, que são sem-pre os mesmo a “largar a nota”, como se diz na gíria. Embora seja adepto da máxima de que “não interessa a quantidade que se dá, mas intenção que envolve essa dádiva”, não posso deixar de registar que há muita gen-te, com ar sacro - santo, a “tirar a sar-dinha com a mão alheia”, ou a “ficar bem visto, sem gastar dinheiro”.

Quem, por norma, se associa a

Solidariedade Natalícia: A Clientela do Costumeeste tipo de iniciativas são as ditas figuras públicas. Cantores, actores, futebolistas, apresentadores de te-levisão, etc, lá estão eles, todos os anos por esta ocasião, a dar a cara. Mas qual é, no fundo, o propósito da maioria desta gente? É, quanto a mim, apenas a auto – promoção. Os figos, os gouchas, as júlias pinheiro, as ritas pereira, as catarinas furtado e quejandos, que aparecem na TV a incentivar a populaça a contribuir para este desígnio colectivo, deviam eles próprios dar o exemplo, prescin-dindo de uma percentagem dos seus principescos vencimentos mensais, em favor de quem mais necessita.

As grandes superficies comer-ciais são, contrariamenta àquilo que se possa pensar, também elas falsos promotores da causa solidária, por-que o seu contributo é tão - somente logístico. Apenas funcionam como entreposto de bens angariados a par-tir do gesto solidário dos clientes. Ainda que os víveres depositados à

saída das caixas dos hiperes sejam pagos por nós, por quem abraça este género de causas, parte dos “louros” é reclamado pelos “belmiros”.

Do ponto de vista da estratégia para a angariação de fundos, não posso deixar de manifestar a minha discordância pela forma como se concebem as acções no terreno. Com todo o respeito por quem se presta a este louvável e meritório trabalho em favor dos outros - quem o faz, é bom lembrar, sacrifica certamente muito do seu precioso tempo e do convívio familiar -, parece-me desajustada a maneira de abordar as pessoas nos hiperes e nos centros comerciais para se associarem à causa. A dádi-va é um gesto voluntário; logo, quem pretende ajudar o próximo, indepen-dentemente da natureza da ajuda, deve fazê-lo de sua livre vontade, e nunca “coagido” e “pressionado” a contribuir.

Pretendo com isto dizer que esta forma de actuar é muito propícia a

más interpretações. Acontece, com alguma frequência, que muitas da-quelas pessoas a quem lhes é solicita-do o gesto caridoso, quando se indis-ponibilizam para o fazer, são quase sempre mal interpretadas, como se não fossem tocadas pela desgraça alheia. A recusa, muitas vezes, é por-que, nesse mesmo dia, essa pessoa já contribuiu para uma causa similar.

Mesmo não concordando com tais procedimentos, o que verdadei-ramente importa é que a lusa gente continue a fazer jus ao traço que lhe é peculiar, a solidariedade – ainda que sejam quase sempre os mesmos a abrir os braços aos fins beneficien-tes.

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NORDESTE REGIONAL

Jorge Moraisreconduzido na ACIMJOÃO CAMPOS

Direcção foi reeleita por quase 70 por cento dos votos

Jorge Morais foi reconduzido na presidência da Associação Comercial e Industrial de Mirandela, em elei-ções realizadas na passada quinta-feira.

O dirigente obteve 163 votos, con-tra os 67 da lista B, liderada por Luís Mosqueiro.

Juntamente com Jorge Morais, foi eleito um Conselho Consultivo constituído por 45 empresários, que vão participar nas reuniões da Direc-ção da ACIM, sempre que estejam a ser definidos projectos de relevo para a economia local.

“No caso do desfile de moda que estamos a preparar, vamos chamar os empresários do vestuário e calçado para definirmos uma estratégia ade-quada, envolvendo as pessoas com experiência nestes sectores. E assim

será noutros eventos desta enverga-dura”, salientou o responsável.

Denominado Mirandela Fashion 2010, o desfile enquadra-se no pro-jecto Rota do Comércio Local, que contempla acções específicas de ani-mação para o Natal no Comércio Tra-dicional, Dia dos Namorados, Dia do Pai, Feira da Alheira Campanha de

Páscoa, Dia da Mãe e Dia Mundial da Criança.

Outra das apostas da recém-eleita direcção é projecto de Internaciona-lização Trás-os-Montes e Alto Douro Gourmet, que está em andamento e já levou um grupo de 10 empresários a participar em feiras internacionais na Alemanha e Bélgica. “Estamos a

conseguir levar os nossos produtos endógenos além fronteiras e para o ano será França e Luxemburgo”, re-velou o presidente da ACIM.

Nave coberta para realizar Re-ginorde e Feira da Alheira

No que respeita à Reginorde e Feira da Alheira, está em curso uma candidatura ao QREN para construir um pavilhão multiusos destinado a estas feiras temáticas.

“Sem esta infra-estrutura não po-demos inovar e eu sou o primeiro a dizer que não me revejo nos moldes em que se realiza a Reginorde e a Fei-ra da Alheira, actualmente. Toda a feira tem que ser coberta e com boas condições, tanto no Inverno como no Verão”, salienta Jorge Morais.

A ideia é fazer uma nave total-mente coberta e sectoriar a Regi-norde por várias feiras temáticas ao longo do ano, aproveitando a centra-lidade de Mirandela para criar “uma das melhores feiras na área Agro-Ali-mentar e do Turismo da zona Norte”, explicou o dirigente.

Jorge Morais preside a uma di-recção composta, também, por Virgí-lio Gomes, Carlos Santos, João Paulo Carlão, Vítor Borges, Rui Cepeda e Paulo Valbom. A Assembleia-Geral e o Conselho Fiscal são presididos por Paulo Sousa e Acácio Gonçalves, res-pectivamente.

Jorge Morais tem orçamento de cerca de 10 milhões de euros para gerir na ACIM

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NORDESTE REGIONAL

SPZN tem nova sede

Sindicato troca Toural pela Av. Sá Carneiro

Uma reunião de colegas e amigos marcou a inauguração da nova sede do Regional de Bragança do Sindicato de Professores da Zona Norte (SPZN). Aconteceu na passada sexta-feira e, a partir de agora, o SPZN ocupa a loja

83 do Edifício Montesinho, em ple-na Av. Sá Carneiro. Anteriormente, a delegação Bragança Norte estava sedeada na Rua Nova do Toural, um espaço menos acessível, já que ficava no segundo piso de um edifício. Lanche e convívio marcaram abertura do novo espaço

Projecto cria oportunidadesno Mundo RuralTERESA BATISTA

Centro Social dos Santos Mártires implementa ac-ções de inclusão social que vão abranger todas as fai-xas etárias

“Inovar e Participar Para Incluir” é um projecto inovador, coordenado pelo Centro Social e Paroquial dos Santos Mártires, que visa criar em-prego e aumentar a taxa de qualifica-ção das pessoas, ajudar famílias em dificuldades, fomentar o associativis-mo, bem como facilitar o acesso às tecnologias da informação.

Trata-se de um programa de ac-ção abrangente e transversal a todas as faixas etárias, com um orçamento de 450 mil euros, comparticipado na totalidade pela Segurança Social, que vai ser implementado nas freguesias da Sé (Bragança), Carrazedo, Gostei, Nogueira e Rebordãos.

“São 36 meses de trabalho de cam-po, em que vamos actuar em 4 eixos

Santos Mártires implementa projecto para combater a exclusão social

de intervenção. Cada um desses eixos está ligado a uma área social”, explica a coordenadora do projecto, Carla Pi-res. Esta iniciativa, inserida no pro-grama “Contratos Locais de Desen-volvimento Social”, foi apresentada na passada quinta-feira, numa sessão onde estiveram presentes os parcei-ros envolvidos no projecto.

Carla Pires realça a importân-

cia de envolver várias entidades, no sentido de incluir pessoas com pro-blemas sociais. “Vamos trabalhar as diferentes problemáticas que estão a acontecer e que estão associadas à crise económica que estamos a sentir no País”, enfatiza a responsável.

As acções, que vão ser implemen-tadas no terreno entre Janeiro do próximo ano e Julho de 2012, pren-

dem-se com a criação de emprego, quer seja em empresas da região ou através do apoio ao estabelecimen-to por conta própria, com o apoio a famílias carenciadas, no âmbito da gestão doméstica, animação sócio-cultural para idosos, bem como apoio lúdico-pedagógico itinerante. O ter-ceiro eixo visa fomentar o associati-vismo juvenil, apoiar vítimas de vio-lência doméstica e imigrantes, bem como prevenir a toxicodependência. Já o quarto eixo pretende facilitar o acesso de crianças, jovens, adultos e idosos às tecnologias da informação.

Projecto pretende abranger 16 mil pessoas de cinco freguesias do concelho de Bragança

Para implementar estas medidas no terreno vão ser criados dois gabi-netes, um de apoio à empregabilidade e outro de apoio à família. No terreno vão estar cinco técnicos em perma-nência, para que o projecto possa abranger a meta das 16 mil pessoas durante os 36 meses de acção.

O presidente da Junta de Fre-guesia de Rebordãos, Adriano Rodri-gues, aplaude este programa de apoio social e garante que são os casais jo-vens, na casa dos 40 anos, que mais poderão beneficiar. “Dos cerca de 610 habitantes da freguesia, julgo que 10 por cento poderão ser abrangidos pelo projecto”, realça o autarca.

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CORREIO DO LEITOR

Caminhada pela Linha do TuaA associação de defesa do am-

biente Campo Aberto organizou, no início do mês passado, uma cami-nhada pela Linha do Tua. Com esta iniciativa pretendia dar a conhecer o património da região, em especial a linha do Tua, o seu valor histórico, social, ambiental e cultural. Preten-dia também apoiar os que há muito se debatem pela defesa deste patri-mónio, mostrando que este é aprecia-do não só por pessoas da região, mas também por pessoas espalhadas pelo país e além fronteiras.

Do evento constou uma cami-nhada ao longo da linha, partindo de Foz-Tua até S. Lourenço, numa ex-tensão de quase 16 quilómetros; uma visita guiada às caldas de S. Louren-ço, um almoço tradicional no Hotel Rural Flor do Monte, em Pombal de Ansiães terminando com uma visita ao histórico castelo de Ansiães.

A concentração teve lugar em Foz-Tua, junto da estação. Directa-mente do Porto, de autocarro, che-gou um grupo de mais de 40 pessoas. Outros chegaram em carros ligeiros e de comboio, totalizando 110 pes-soas que realizaram a caminhada. A organização viu-se obrigada a limitar e encerrar as inscrições uma semana antes do evento, visto que a procura superou as expectativas, quase dupli-cando o número desejável. A Campo Aberto, através da pessoa directa-mente envolvida na organização da actividade, Margarida Coelho, reco-nheceu que foi a iniciativa mais par-ticipada, de todas as realizadas pela Associação.

A grande adesão obrigou à mobi-lização de pessoas e entidades locais que colaboraram na organização, mas também na logística e apoio no de-curso das actividades: Célia Quintas, Patrícia Calvário, Aníbal Gonçalves e Vânia Seixas, prestaram ajuda no planeamento e organização da visita e no decorrer desta; Bruno Meireles e Pedro Travassos acompanharam a

caminhada e partilharam o conheci-mento que têm sobre a região, no que respeita à flora e à geologia. Estiveram também presentes pessoas ligadas à defesa da Linha do Tua: José Pavão, Mário Sales, Pedro Assunção e Adria-no Pereira. Apoiaram ainda esta ini-ciativa: a Associação dos Amigos do Vale do Tua, Movimento Cívico pela Linha do Tua, Junta de Freguesia de Pombal de Ansiães, Associação para o Desenvolvimento das Caldas de São Lourenço e Bombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães.

A caminhada iniciou-se às 10 ho-ras e 30 minutos, em pequenos gru-pos, chegando os últimos caminhan-tes às caldas de S. Lourenço perto das 16 horas. O almoço teve lugar pouco depois do 9.º quilómetro, numa pai-

sagem deslumbrante, à sombra de frondosos sobreiros.

Os caminhantes refrescaram a sua sede no bar das caldas de S. Lou-renço, onde puderam também com-prar alguns produtos da terra. Uns aproveitaram para um banho quente, outros para um passeio por este local tão pitoresco.

Foram contratados 3 autocarros que levaram todos os caminhantes até ao hotel, em Pombal de Ansiães, onde foi servido um lanche reple-to de produtos regionais: peixinhos do rio em escabeche, orelheira com grão-de-bico, rojões, nabiças com feijão-frade, etc. No restaurante ha-via uma grande banca com produtos da região, que muitos dos participan-tes da caminhada aproveitaram para

comprar.Já perto da noite ainda teve lugar

a visita ao castelo de Ansiães, sendo possível apreciar o pôr-do-sol do alto das muralhas.

Todos os participantes se mos-traram muito satisfeitos. A associa-ção Campo Aberto não afasta a pos-sibilidade de organizar e participar noutras actividades que tenham em vista a defesa do vale do Tua. Espera, sobretudo, que a iniciativa que pro-moveu, sirva de impulso para que as gentes locais se organizem e promo-vam iniciativas que visem “chamar” e dar a conhecer a região do Tua a pessoas de outras partes do país e do Mundo.

Aníbal Gonçalveshttp://alinhaetua.blogspot.com/

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Vale da Vilariça:regadio concluídoFRANCISCO PINTO

Produtores esperaram meio século pela conclusão do sistema de regadio

A rede de barragens para rega-dio da região do Vale da Vilariça está concluída, bem como o sis-tema de distribuição de água aos produtores agrícolas.

Para tal, os agricultores tiveram de esperar cerca de 50 anos pela conclusão deste empreendimento. Apesar de ainda não estar a funcio-nar em pleno, uma vez os homens da terra mostram-se confiantes em relação ao futuro da horticultura e fruticultura do Vale.

Segundo o presidente da Asso-ciação de Beneficiários do Vale da Vilariça (ABVV), Fernando Braz, estas novas infra-estruturas vão ajudar a quadruplicar a produção, o que trará benefícios acrescidos aos produtores da região.

“Até ao momento, os agricul-tores estavam impedidos de fazer qualquer tipo de investimento nas suas explorações agrícolas, por-que não tinham garantias de te-rem água em quantidade suficiente para regar os pomares e hortas. Se-ria impensável estar a investir com este risco”, frisou o responsável.

Agricultores pretendem infor-matizar contagem de água no Vale da Vilariça

A ABVV, em parceria com a Di-recção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, candidatou-se a um projecto que visa colocar con-

tadores de água, cuja contagem é feita através de telegestão.

“É um investimento de cerca de 2,7 milhões de euros, com vista à informatização do regadio para se obter uma gestão mais eficiente da água. À espera do financiamento do PRODER, este projecto será a base de reorganização das culturas e um modelo de gestão único de produção e comercialização”, ex-plicou Fernando Braz.

A ideia passa, assim, por criar uma organização de modo a tirar maior proveito da riqueza agrícola de todo o Vale da Vilariça, uma vez que se passará a gastar, apenas, a água necessária a cada cultura.

“A actualização cadastral de toda a área de regadio será outra das iniciativas a ter em conta, sen-do que a construção de um dique que servirá de reforço à barragem da Burga, de forma a minimizar al-gum impacto negativo em época de precipitação baixa. O aumento do regadio em cerca de 600 hectares será outro dos objectivos”, expli-cou o dirigente agrícola.

O presidente da ABVV acredi-ta que as barragens permitiram alargar a área de regadio que, ac-tualmente, abrange mais de 800 agricultores e estende-se por dois mil hectares da região do Nordeste Trasmontano.

Santa Justa faz parte duma rede de 3 barragens

FruticulturaBelmiro deAzevedo investe em pomares

Uma das empresas da holding pri-vada de Belmiro de Azevedo está a in-vestir na plantação de pomares no Vale da Vilariça.

Entre os agricultores do vale não se fala de outra coisa: “a Sonae já está a investir nos pomares”, mas de quem se trata realmente é da Prosa - Produtos e Serviços Agrícolas, uma empresa da holding pessoal de Belmiro de Azeve-do, com sede no Marco de Canavezes que se dedica ao comércio por grosso de frutas e de produtos hortícolas.

Contactada pela Lusa, a empresa não quis falar sobre o assunto, mas já em 2006 anunciava publicamente, aquando da inauguração de um entre-posto de kiwi no Marco de Canavezes, uma parceria com os produtores do Vale da Vilariça para armazenar e con-servar alguns produtos sazonais.

“Quando nós não somos capazes de tomar conta de nós próprios, paciência, vêm outros a tomar conta”, desabafou à Lusa José Brás, um dos maiores produ-tores do vale, que conhece bem a ape-tência das grandes cadeias alimentares pelos produtos desta zona agrícola. Entre Maio e Outubro, José Brás des-pacha diariamente pelo menos um ca-mião de fruta, sobretudo pêssego, para grandes superfícies do Norte do grupo Jerónimo Martins.

É com alguma “preocupação” que os agricultores, sobretudo mais antigos, vêem as máquinas a preparar cerca de 40 hectares para pomares da primeira empresa exterior a explorar directa-mente o vale, mesmo junto a uma das barragens para rega.

O controlo dos preços, obrigando a uma redução dos rendimentos dos produtores mais pequenos, é um dos principais receios.

Já o presidente da Associação de Beneficiários do Vale da Vilariça, Fer-nando Brás, tem outra visão dos factos. “Isto constitui um incentivo. O que me satisfaz relativamente a isto é que re-conhecem as potencialidades do vale”, disse.

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NORDESTE RURAL

Parada - Bragança

Feira do Artesa-nato e ProdutosRegionais

De 26 a 28 de Dezembro, a II Fei-ra de Artesanato e Produtos Regio-nais regressa à freguesia de Parada, no concelho de Bragança.

Inserida nas Festas de Inverno da aldeia, que todos os anos atrai um sem número de pessoas, esta segun-da edição do certame promete dispo-nibilizar os produtos da terra que dão nome à região.

Tal como no ano passado, o cer-tame decorre no pavilhão multiusos da freguesia, um espaço coberto que permite levar a cabo a iniciativa mes-mo em condições climatérica adver-sas.

A organização está a cargo da Junta de Freguesia de Parada, com o apoio de colectividades locais e da Câmara Municipal de Bragança e

Fumeiro, castanhas, azeite e com-potas são, a par do artesanato, alguns dos produtos que se poderão encon-trar na feira, que decorre em simultâ-neo com as festividades em honra de Santo Estêvão.

Espinhosela ensinaa bordarJunta de Freguesia acolhe curso com 12 formandas

12 mulheres experimentaram e conheceram, ao longo de três me-ses, diversas técnicas de bordados na Junta de Freguesia de Espinhosela (JFE), no concelho de Bragança.

Assim, desde Setembro e sob a orientação de Maria de Fátima Alves Cruz, as formandas puderam apren-der a dominar e aperfeiçoar os ins-trumentos manuais, a utilizar e apli-car as técnicas básicas, bem como os conhecimentos técnicos mais espe-cíficos. A formação visou, ainda, fo-mentar e desenvolver a sensibilidade estética nas 12 alunas que executaram diversos trabalhos, principalmente em linho, que deverão ser expostas posteriormente.

A JFE prevê, mal tenha disponi-bilidade financeira, apostar num cur-so que complemente o que terminou no início deste mês. Doze formandos executaram trabalhos em linho

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NORDESTE RURAL

À caça de perdizesS.C.

Jovens caçadores de Macedo de Ca-valeiros reúnem-se aos mais experien-tes

Oito caçadores de Ma-

cedo de Cavaleiros, com idades entre os 16 aos 35 anos, e carta há menos de um ano, uniram-se aos ve-teranos para uma jornada às perdizes.

O dia começou cedo na sede da Associação de Caçadores de Grijó e Vi-lar do Monte (ACGVM), de onde partiram rumo àquela Zona de Caça, na companhia do presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros (CMMC), Beraldino Pinto, do vice-presidente da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP), Castanheira Pinto, e mem-bros da direcção da ACGVM.

Jovens caçadores apanharam 14 perdizes

No final da jornada, os novos ca-çadores, que foram apadrinhados por cinco veteranos, cobraram 14 perdi-zes que foram distribuídas entre os participantes.

Recorde-se que esta iniciativa, que teve como sensibilizar os jovens

caçadores para as actividades cine-géticas, o ordenamento e a gestão sustentada dos recursos, foi promo-vida pela Federação das Associações de Caçadores da 1.ª Região Cinegé-tica e a CMMC, em conjunto com a ACGVM.

AlijóReserva atraicaçadoresde todo o País

A Reserva de Caça Municipal de Alijó foi, no início do mês, ponto de paragem obrigatório para um sem-número de caçadores que chegaram de todo o Norte do País.

A montaria ao javali começou bem cedo, com a concentrarão dos muitos participantes que, nas fregue-sias de São Mamede de Ribatua e do Amieiro, abateram três animais.

Depois da jornada, além do leilão dos javalis, os caçadores reuniram-se em momentos de convívio e fraterni-zação.

Recorde-se que a iniciativa foi or-ganizada pela Câmara Municipal de Alijó.

Montaria rendeu 3 javalis

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NORDESTE RURAL

“Senhor Galandum”FRANCISCO PINTO

Galandum Galundaina apresentam novo disco na Escola Superior de Música do Porto

O grupo de música tradicional mirandesa Galandum Galundaina prepara-se para apresentar publica-mente o seu terceiro disco no Café Concerto da Escola Superior de Mú-sica e das Artes do Espectáculo, no Porto, no próximo sábado.

Este novo trabalho, intitulado Se-nhor Galandum, é o sucessor de Mo-das i Anzonas.

Recorde-se que a formação folk mirandesa conta com 14 anos de carreira, três discos e uma série de espectáculos que ultrapassaram o território nacional até países como Espanha, França, Alemanha, Bélgica, México, Cuba e Brasil.

Este terceiro álbum do quarteto mirandês, editado pela Açor, man-tém a originalidade do grupo, mas, mesmo tempo, evoluiu do tradicio-nal para sonoridades mais electró-

nicas, como o tema “Nabos”, que foi remisturado por Hugo Correia, dos Fadomorse, para animar as pistas de

dança.O trabalho conta, ainda, com no-

mes consagrados do panorama musi-

cal, como Sérgio Godinho, que dá voz no tema “ Coqueleira Marralheira”, a galega Uxia Senlle em “ La Lalhina” e Luís Peixoto, dos Dezkarieh, em “Heilena” e Fraile Cornudo”.

“Terceiro disco é uma evolução natural do trabalho do grupo”

Pelo meio podem ouvir-se vozes amadoras, como o Coro Infantil da EB1 de Miranda do Douro e Eliadora Ventura, mãe dos três irmãos Meiri-nhos que integram a formação.

Todos os elementos que consti-tuem os Galandum Galundaina têm formação superior na área da música e trabalham com instrumentos como a rabeca, percussões ou gaitas-de-fo-les.

Segundo Paulo meirinhos, um dos elementos dos Galandum Galun-daina, este terceiro disco é uma evo-lução natural do trabalho do grupo.

“Este trabalho integra uma série de novos instrumentos que contri-buem com outra sonoridade e um leque de convidados que ajudam em alguns temas do disco”, explicou o músico mirandês.

Os Galandum Galundaina são presença assídua nas demonstrações da música e cultura mirandesa em vários certames nacionais e interna-cionais.

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NORDESTE RURAL

Queima encerra MascararteO.B.

Pinóquio gigante foi a grande atracção da edição deste ano

A Queima do Mascareto, na praça Cavaleiro Ferreira, encerrou a Bienal da Máscara Ibérica, que terminou em Bragança no passado dia 11.

Este ano, a luz e cor deste mo-mento alto da semana contou com a presença de Pinóquio, um boneco gigante feito em madeira, pelas mãos de alunos de professores de artes de Santa Maria da Feira, que fascinou

Pinóquio gigante foi o centro das atençõesGaiteiros deram o mote

as centenas de miúdos e graúdos que assistiram à Queima do Mascareto.

O Jornal NORDESTE acompa-nhou a iniciativa e publica hoje uma foto-reportagem dos momentos mais significativos da noite de 6ª feira.

Rituais preparatórios

Queima do mascareto

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VOZES

LUGARES

Vale de Algosoapaixona “tripeiros”

Bento Martins “Sou do Porto, mas mal

vim a Vale de Algoso apai-xonei-me e decidi cons-truir a minha própria casa. Desde então, trago a minha família e passamos aqui todas as festividades. Costumo, mesmo, vir cá três fins-de-semana por mês”.

Ana Granado “Muitas pessoas vieram

passar uns dias à Casa dos Pimentéis, ficaram a gostar muito da aldeia e compra-

ram casas cá. Acho que é muito bom porque éramos poucos habitantes e trouxeram movimento e vida a Vale de Algoso. Para nós já são gente da ter-ra”.

Carminda Martins “Nasci em vale de Al-

goso, que tem perdido po-pulação. Antigamente ha-via muita mocidade. Mas, agora, tem vindo gente de fora para cá e gosto muito, porque nos animam e trazem movimento à aldeia. São sim-páticos”.

Maria Ferreira“Gosto muito de viver

cá, porque é uma aldeia muito sossegada, com ar puro. Temos recebido mui-

tas pessoas de fora, que não têm raízes em Vale de Algoso, mas que gostam deste ambiente. São muito simpáticas e trazem muita vida à aldeia”.

SANDRA CANTEIRO

Meia dezena de famílias sem raízes na região inves-tem nesta aldeia do conce-lho de Vimioso

Basta meia volta por Vale de Al-goso, no concelho de Vimioso, para constatar que, além das casas de gra-nito, com as suas varandas típicas, não há nenhum monumento ou patri-mónio emblemático que se destaque. Contudo, depois de uma visita mais demorada, a paisagem e o sossego, as tradições e os costumes, aliados às gentes hospitaleiras entranham-se de tal modo que, meia dezena de fa-mílias, sem qualquer ligação à região, decidiram construir habitações nesta anexa de Algoso.

Bento Martins é um “forasteiro” oriundo do Porto que fez de Vale de Algoso a sua “terra natal”, onde até já construiu uma casa. “Conheci esta re-gião por motivos profissionais e, mal vi esta aldeia, apaixonei-me e liguei

Casas típicas cativam turistas

Bento Martins recuperou um edifício antigo

imediatamente à minha esposa a di-zer-lhe que encontrei um lugar de so-nho”, recordou o tripeiro.

Depois de anos a hospedar-se na Casa dos Pimentéis, uma unidade de turismo rural local, Bento Martins decidiu comprar um imóvel de traça tradicional, que se encontrava degra-dado. Recuperou-o, mantendo a tipi-cidade da arquitectura transmonta-na, e hoje não passa um mês sem vir

a Trás-os-Montes, mais do que uma vez. Tanto assim é que até já é mor-domo da festa na aldeia. “Fui criando raízes aqui e, um dia mais tarde, pre-tendo instalar-se cá definitivamente”, confessa.

Gentes hospitaleiras cativam turistas do Norte do País

A par do sossego, aquilo que mais atraiu Bento Martins foram os habi-tantes acolhedores e hospitaleiros, que fazem com que qualquer “estra-nho” se sinta em casa.

“Estas gentes têm uma química diferente de todos os outros trans-montanos. São pessoas boas, que dão o que têm, mesmo a quem não conhe-cem”, sublinhou o nortenho.

Características e qualidades que não deixam indiferentes os turistas que passam pela Casa dos Pimentéis.

“Abrimos em 2000 e recebemos uma média de 50 pessoas por mês sem raízes na freguesia e que, na sua maioria, regressam”, revelou Domin-gos Pimentel, o proprietário da unida-de de turismo rural.

Segundo o empresário, este “fenó-

meno” criou “uma dinâmica nova na aldeia, que estava moribunda e, com esta gente nova, foi revitalizada”.

Já para o presidente da Junta de Freguesia de Algoso, Luís Manuel, a vinda de novas pessoas tem contribu-ído para a recuperação da imagem da própria aldeia. “Havia muitas casas degradadas que foram reconstruídas, mas mantêm os projectos tradicio-nais”, sublinhou o autarca.

Recorde-se que Vale de Algoso tem cerca de 30 habitantes permanentes, mas que em fins-de-semana ou datas festivas a população duplica.

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OPINIÃO

João Paulo Castanho

16 de Janeiro de 2010: Odisseia no Espaço. Este dia promete!

Os participantes asseguram, no mínimo, um dia de afortunadas recor-dações. Os organizadores, sempre sus-peitos nas apreciações, corroboram que esta data será feita por “gente fe-liz com lágrimas”, como contraditava o escritor. Mesmo que a participação seja solitária, há quem acredite que muitos vão gostar de dizer “eu estive lá”!

A participação será livre median-te, claro está, da necessária inscrição. Porque, quem é aficionado gostará de participar nesta acção lúdica e cívica, não deixe passar os prazos e inscre-va-se no passeio “Todo Terreno-Off Road” a ter lugar no dia 16 de Janeiro na freguesia de Lagoaça (Freixo de Es-pada à Cinta).

Pare, Escute e Olhe! A doce e ima-culada Pátria assiste (escuto, câmbio) agonizada, ao mais recente mistério desta saga em que se transformou a política pura e dura (escuto, câmbio) versão campina.

A culpa? Não, não é do obscuro sistema, nem tão pouco do casto Go-

Cartas de Freixoverno, para repescar o dilatório argu-mento do dentista do “Velho que lia Romances de Amor” (escuto, câmbio), que se estribava, sempre, nesta figura de necessidade cada vez mais duvido-sa (escuto, câmbio) para os descrentes, quando tinha que sustentar qualquer eventualidade menos própria (escuto, câmbio).

Os lugares comuns destes tempos em que a paciência definha, a tolerân-cia rareia, e a esperança, apesar de tudo, não se apaga (escuto, câmbio), resvalam facilmente para o clamor de um Messias, que, espera-se, com toda a justiça e equidistância dos poderes fácticos, consiga dar à República, a se-renidade e o rumo (escuto, câmbio) há tanto tempo perdidos.

De facto, olha-se para este zigue-zaguear, para as soluções indefinidas, para este nosso fado que açambarcou a palavra saudade, mas que emperra na esperança (escuto, câmbio), e quando perguntamos por ela, ocorre-nos, com força metafórica, o que escrevia Guer-ra Junqueiro, no “Regresso ao Lar” em Os Simples: “Ai, há quantos anos que eu parti chorando deste meu saudo-so, carinhoso lar!... Foi há vinte?... Há trinta?... Nem eu sei já quando!...”.

Mas quão contraditória é a Lusa Alma! Não obstante todas as deambu-

lações, a esperança é a última a mor-rer.

É nesta esteira que, apesar de só haver um candidato definido, Homens e Mulheres de ideias arrebatadoras, com forte sentido patriótico e parti-dário, lançam-se na espinhosa empre-sa de reerguer o saudoso império do PPD/PSD!

Valentes e destemidos (escuto, câmbio) vão tibiamente avançando em várias colunas para que Marcelo, qual César, entoe: veni vidi,vici, (vim, vi, venci) na ditosa esperança que a auro-ra de Maio seja fértil em profecias que ecoarão em cada naco de solo pátrio. A bem da Nação! Será?

A Casa dos Espíritos: Foi a 2 de Dezembro de 1979, 4 anos após o acto heróico do 25 de Novembro, que Por-tugal conheceria uma maioria estável e unificadora da Direita: AD de baptis-mo e de alegre lembrança.

O país, embora fora das convul-sões do PREC, ainda vivia assaz ator-mentado com os golpes de laboratório que inquinavam a solidificação do que era líquido extrair do 25º de Abril de 1974…

Á época, um governo liderado por Francisco de Sá Carneiro, detentor prático de um discurso apologético da boa moeda, personificava a ruptura

necessária.Enfrentava esse órgão mórbido

denominado “Conselho de Revolu-ção”, contestava a figura do General Eanes (então Presidente da Repúbli-ca e recandidato), tido como força de bloqueio, batia-se pelo avanço consti-tucional do país e prossecução de uma economia de mercado, onde o conceito individual não fosse abatido por uma fúria nacionalizadora. No campo so-cial, pugnava diariamente por causas e convicções, como espelharam alguns dos seus comportamentos.

Perante o pântano da Nação, jo-gos sub-reptícios e comezinhos que implodiam não só, mas também, no então PPD, não se coibiu de idealizar mentalmente um novo partido, e co-locá-lo à disposição da Pátria, caso a sua estratégia não fosse compreendida e portanto não medrasse. Lamentavel-mente, não lhe deram tempo, mas fica a verdade dos factos: se há exemplo de boa moeda, e de um bom governo, o magistério de poder de Sá Carneiro é o supra paradigma. Essa é que é essa.

Orgulho sem Preconceito: Para que a memória comece a ser enrai-zada, recorde-se que no próximo ano evocam-se 100 anos da implantação da República. De todas as figuras gradas que lutaram pela transição de regime constitucional, sobressai-se um nome: Guerra Junqueiro. Era de Freixo de Espada à Cinta. Para que conste.

www.amoleirinha.blogspot.com