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PAULA SARNO BRAGA
NORMA DE PROCESSO E NORMA DE PROCEDIMENTO: OPROBLEMA DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
NO DIREITO CONSTITUCIONAL BRASILEIRO
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Direito,Faculdade de Direito, Universidade Federal da Bahia, comorequisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Direito.
Linha de Pesquisa: Teoria do Processo e Tutela dos Direitos.
Orientador: Prof. Livre Docente Fredie Souza Didier Junior.
Salvador2015
S243 Braga, Paula Sarno.Norma de processo e norma de procedimento: o
problema da repartição de competência legislativa no direitobrasileiro [manuscrito] / Paula Sarno Braga. – 2015.
467 f.; 30 cm.
Orientador: Prof. Dr. Fredie Souza Didier Jr.Tese (doutorado) – Universidade Federal da Bahia,
Faculdade de Direito, 2015.
1. Direito processual. 2. Processos (Direito). 3.Competência (Direito). I. Universidade Federal da Bahia.Faculdade de Direito. II. Didier Jr., Fredie Souza. III. Título.
CDD 347.9
Ficha catalográfica elaborada por Ivanildes Sousa CRB5/ 1477
TERMO DE APROVAÇÃO
PAULA SARNO BRAGA
NORMA DE PROCESSO E NORMA DE PROCEDIMENTO: OPROBLEMA DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
NO DIREITO CONSTITUCIONAL BRASILEIRO
Tese aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Direito,
Universidade Federal da Bahia, pela seguinte banca examinadora:
Nome:______________________________________________________________________
Titulação e instituição:__________________________________________________________
Nome:______________________________________________________________________
Titulação e instituição: __________________________________________________________
Nome:______________________________________________________________________
Titulação e instituição:__________________________________________________________
Nome:______________________________________________________________________
Titulação e instituição:__________________________________________________________
Nome:______________________________________________________________________
Titulação e instituição:__________________________________________________________
Salvador, ____/_____/ 2015
Ao meu pai, Aristiliano Soeiro Braga, inmemoriam, por ser inspiração na busca porsoluções simples, harmônicas edemocráticas e que prezem pelacoexistência de poderes e liberdades.
AGRADECIMENTOS
Esse é um trabalho feito basicamente a duas mãos, mas com a ajuda de muitas outras, todas elas
guiadas por muitas cabeças e corações. Muitos foram os que trabalharam, pensaram,
pesquisaram, apoiaram, vibraram ou simplesmente torceram por esse resultado e a eles devoto
minha gratidão.
Aos Professores do Programa de Pós-graduação da UFBA, por seu estímulo e colaboração para
a concretização do trabalho, em especial aos Professores Paulo Pimenta, Dirley Cunha e Edilton
Meirelles, que proporcionaram importantes leituras e/ou colaboraram com sugestões e
comentários que influíram no desenvolvimento deste trabalho.
Aos colegas e amigos conquistados no curso do Doutorado, Ana Thereza Meirelles, Vanessa
Pessanha, Nadialice Francischini e Cláudia Albagli, pelos momentos de companheirismo e
solidariedade, e pela convivência leve e bem-humorada. Em especial, a Marcus Seixas Souza,
pela gentil tradução do resumo, e Ana Thereza Meirelles pelo apoio nas questões da
metodologia.
Aos colegas do Lago & Sarno, do Pessoa & Pessoa e aos queridos alunos, funcionários e
professores da FACULDADE BAIANA DE DIREITO, da UFBA e da UNIFACS, pela sua
solidariedade e tolerância, dando suporte às minhas ausências.
A Aécio Souza e Ivanildes Sousa, pela sua preciosa contribuição no levantamento de material
bibliográfico.
A Priscilla de Jesus, tão atenciosa e solidária, com seu apoio no dia-a-dia da academia e da
advocacia e com sua disposição para ler e revisar este trabalho.
Aos meus antigos e atuais monitores, em especial Namir Gabrielle, Lorena Andrade, Amanda
Barbosa, Paula Deda, Lorena Andrade, Mário Rodrigues, Priscilla de Jesus, Felipe Vieira
Baptista, pela sua disponibilidade em ajudar nas pesquisas e em outros projetos acadêmicos.
A André Baptista Neves, pela preocupação e atenção na leitura do trabalho, seguida de
importantes comentários e sugestões.
A Fredie Didier Jr, sempre amigo, professor e orientador, pela sua constante e marcante
presença em minha jornada acadêmica, que, com tanto estímulo, paciência e dedicação,
contribuiu decisivamente para a elaboração dessa tese, sempre apostando e acreditando na
qualidade do seu desenvolvimento e conclusão.
Aos familiares e amigos, por seu carinho e compreensão e por me permitirem ter o melhor dos
ninhos. Em especial, aos meus irmãos (de sangue e de coração), Bruno, Verinha e Ricardo, por
de tudo presenciarem e compartilharem, com generosidade e ternura, e o pequeno grande
Chiquinho, simplesmente por ser meu único e mais amado sobrinho e despertar o que há de
melhor em mim; e à minha mãe, presente até os últimos minutos, incentivando e ajudando nas
leituras e traduções, sem jamais deixar de invocar as bênçãos de nossas raízes e antepassados.
A Antonio Lago Junior, meu amado, sempre companheiro e amigo, que sofreu e comemorou
cada êxito e cada frustração, com todo amor que há nessa vida.
“(...) é da essência mesma do poder a exigência desua efetividade, sem o que deixaria de existir comopoder. Ele se traduz sempre em ato e é de absoluta
irrelevância enquanto mero juízo ou enunciado”.
J. J. Calmon de Passos1
1 PASSOS, J. J. Calmon de. Direito, poder, justiça e processo: julgando os que nos julgam. Rio de Janeiro:Forense, 2003.
RESUMO
A presente tese tem como objetivo central analisar a existência de diferença entre norma deprocesso (ou processual em sentido estrito) e norma de procedimento (ou procedimental) quepermita repartir a competência para sobre elas legislar entre União, Estados e Distrito Federalna forma dos arts. 22, I, e 24, X e XI, da Constituição da República Federativa do Brasil. Paratanto, necessário foi enfrentar quatro questões prévias e essenciais. A primeira, oestabelecimento das premissas metodológicas necessárias para a adequada interpretação dotexto dos arts. 22, I, e 24, X e XI, da Constituição da República Federativa do Brasil, e seusconceitos jurídicos indeterminados (como “processo”, “direito processual” e “procedimento emmatéria processual”), que pressupõem concretização por meio de atividade criativa e adscritiva,considerando haver entre esses dispositivos incompatibilidade aparente a ser conformada apartir de métodos e normas de interpretação apropriados. A segunda, a definição da naturezajurídica do processo e do procedimento, investigando a possibilidade de diferenciá-los entre si,mediante pesquisa e exame das principais teorias desenvolvidas ao longo da história do direitoprocessual. A terceira, a distinção entre norma material e norma processual, firmandoposicionamento sobre a natureza de alguns institutos considerados fronteiriços (como a prova),para, só então, definir a norma processual jurisdicional e mergulhar naquelas que sãoconsideradas suas espécies (a norma processual em sentido estrito e a norma procedimental) ea possibilidade de extremá-las entre si. A quarta, perpassa pelo estudo das técnicas de repartiçãode competência legislativa na federação brasileira, com foco na competência legislativaprivativa da União e na competência legislativa concorrente da União, Distrito Federal eEstados-membros, bem como da possibilidade de solução hermenêutica de um conflito aparentedessas competências, à luz da identificação de competências implícitas e adequadas e dointeresse predominante ou interesse peculiar (e da própria subsidiariedade). Só então, pôdeproceder-se a um exame atento da possibilidade de adotar-se interpretação conciliadora dochoque aparente da competência privativa da União e da competência concorrente suplementare supletiva dos Estados-membros e do Distrito Federal para legislar sobre processo eprocedimento (matérias coincidentes entre si), para, enfim, propor uma adequada repartição depoderes entre esses entes federados, mediante análise de algumas iniciativas legislativasestaduais. Encerra-se o trabalho com a análise crítica das decisões do Supremo Tribunal Federaldadas no controle de constitucionalidade formal dos atos normativos estaduais sobreprocesso/procedimento, enquanto fontes de precedentes vinculantes, e a constatação doatendimento insatisfatório das exigências de coerência, integridade e uniformidade naconstrução da sua ratio decidendi.
Palavras-chave: Constituição Federal Brasileira; normas de interpretação constitucional;processo; procedimento; norma material; norma processual; norma procedimental;competência implícita; competência adequada; competência legislativa privativa; competêncialegislativa concorrente; federação; normas federais gerais; normas estaduais suplementares;normas estaduais supletivas; conflito de competência; repartição de competência;fundamentação; precedente; coerência; integridade; uniformidade.
ABSTRACT
This thesis is mainly aimed to analyze the existence of differences between process rule (orprocessual strictly) and procedure rule (or procedural) that allows sharing the power to legislateon them between Union, state and Federal District in the form of arts. 22, I, and 24, X and XIof the Constitution of the Federative Republic of Brazil. Therefore, it was needed to face fourprevalent and essential issues. Firstly, the establishment of methodological assumptionsnecessary for proper interpretation of the text of articles. 22, I, and 24, X and XI of theConstitution of the Federative Republic of Brazil, and its undefined legal concepts (such as"process", "procedural law" and "procedure in processual matters"), which impliesimplementation by creative and ascriptive activity considering the existence of apparentincompatibility between these provisions to be formed from appropriate methods and rules ofinterpretation. Secondly, the definition of the legal nature of the process and procedure,investigating the possibility to differentiate them from each other, through research andexamination of the main theories developed throughout history of processual law. Thirdly, thedistinction between material and processual rule, firming position on the nature of someinstitutes considered border (as proof), for only then set the legal processual rule and immersethose that are considered their species (the processual rule strictly and the procedural rule) andthe possibility of extreme them with each other. Fourthly, it goes through the study of thetechniques of division of legislative competence in the Brazilian federation, focusing on privatelegislative competence of the Union and the concurrent legislative competence of the Union,Federal District and the Member States, as well as the possibility of hermeneutics solution ofan apparent conflict of these competences in the light of identification of implicit andappropriate competences and the prevailing interest or peculiar interest (and subsidiarity itself).Only then it could proceed to a careful examination of the possibility of adopting conciliatoryinterpretation of apparent shock of private competence of the Union and the concurrentadditional and supplementary competence of the Member States and the Federal District tolegislate on process and procedure (concomitant matters), to finally propose an appropriatedivision of powers between these federated entities through examination of some statelegislative initiatives. This work is ended with the critical review of decisions of the SupremeCourt given in the formal judicial review of state normative acts on process / procedure, assources of binding precedents, and the finding of unsatisfactory meeting of requirements ofcoherence, integrity and uniformity in building its ratio decidendi.
Keywords: Brazilian Federal Constitution; constitutional interpretation rules; process;procedure; material rule; processual rule; procedural rule; implied competence; appropriatecompetence; private legislative competence; concurrent legislative competence; federation;general federal rules; additional state rules; supplementary state rules; conflict of competence;division of powers; reasoning; precedent; coherence; integrity; uniformity.
RIASSUNTO
Lo scopo centrale della presente tesi è analizzare l’esistenza di differenza tra norma di processo(o processuale in senso stretto) e norma di procedimento (o procedimentale) che permettadividere la competenza al fine di, su queste norme, legiferare fra Governo Federale, Regioni eDistretto Federale nella forma degli artt. 22, I, e 24, X e XI, della Costituzione della RepubblicaFederale del Brasile. Per ottenere questo intento, ci è voluto affrontare quattro questioni previee essenziali. La prima, lo stabilimento delle premesse metodologiche necessarie all’adeguatainterpretazione del testo degli artt. 22, I, e 24, X e XI, della Costituzione della RepubblicaFederale del Brasile, e i suoi concetti giuridici indeterminati (come “processo”, “dirittoprocessuale” e “procedimento in materia processuale”) che pressupongono concretizzazioneattraverso attività creativa e accrescitiva, considerando che c’è tra questi dispositiviun’incompatibilità apparente a essere conformata a partire di metodi e norme di interpretazioneadatti. La seconda, la definizione della natura giuridica del processo e del procedimento,investigando la possibilità di differenziarli l’uno dall’altro, mediante ricerca e esame dellepricipali teorie sviluppate nel corso della storia del diritto processuale. La terza, la distinzionetra norma materiale e norma processuale, consolidando il posizionamento sulla natura di alcuniistituti considerati confinanti (come la prova), per, solo allora, definire la norma processualegiurisdizionale e approfondire le quali sono considerate le sue specie (la norma processuale insenso stretto e la norma procedimentale) e la possibilità di estremarle tra di loro. La quarta,passa per lo studio delle tecniche di ripartizione di competenza legislativa nella federazionebrasiliana, con attenzione sulla competenza legislativa privata del Governo Federale e sullacompetenza legislativa concorrente del Governo Federale, Distretto Federale e gli Stati membri,così come della possibilità di soluzione ermeneutica di un conflito apparente di questecompetenze, per mezzo dell’identificazione di competenze implicite e adatte e dell’interessepredominante o interesse peculiare (e della stessa sussidiarietà). Solo allora, si è potutoprocedere a un esame attento della possibilità di addotarsi interpretazione conciliante delladivergenza apparente tra la competenza privata del Governo Federale e la competenzaconcorrente suplementare e suppletiva degli Stati membri e del Distretto Federale al fine dilegiferare su processo e procedimento (materie coincidenti tra loro), per, infine, propore unaadeguata ripartizione di poteri fra tali enti federati, mediante analisi di alcune iniziativelegislative regionali. Si compie il lavoro con l’analisi critica delle decisioni del SupremoTribunale Federale date nel controllo di costituzionalità formale degli atti normativi regionalisu processo/procedimento, come fonte di precedenti vincolanti, e la constatazione della rispostainsoddisfacente alle esigenze di coerenza, integrità e uniformità nella costruzione della sua ratiodecidendi.
Parole chiavi: Costituzione Federale Brasiliana; norme di interpretazione costituzionale;processo; procedimento; norma materiale; norma processuale; norma procedimentale;competenza implicita; competenza adatta; competenza legislativa privata; competenzalegislativa concorrente; Federazione; norme federali generali; norme regionali supplementari;norme regionali suppletive; conflitto di competenza; ripartizione della competenza;fondamento, precedente; coerenza; integrità, uniformità.
ZUSAMMENFASSUNG
Ziel dieser Arbeit ist es, Unterschieden zwischen den prozessuale Normen undVerfahrensnormen zu analysieren. Das ist notwendig um die Aufteilung der Kompetenz zurGesetzgebung unter Bund, Bundesdistrikt und Ländern zu unterscheiden, nach Verfassung derFöderativen Republik Brasilien, in seinem Artikeln 22, I und 46, I. Daher war es nötig, viervorangegangenen Fragen stellen. Erstens, die Einrichtung von methodischen Voraussetzungenfür die richtige Interpretation des Textes von Artikeln 22, I, und 24, X und XI der Verfassungder Föderativen Republik Brasilien, und seine unbestimmte Rechtsbegriffe (wie "Verfahren","Prozessrecht" und "Verfahren in Prozessrecht"), die durch kreative Tätigkeit konkretisiertsind, während die offensichtliche Inkompatibilität zwischen diese Texte wird von Methodenund Interpretationsregeln überwunden. Zweitens, die Definition auf die Rechtsnatur desProzesses und Verfahren, die Möglichkeit untersucht, um sie voneinander zu unterscheiden,durch Forschung der wichtigsten Theorien, die in der Geschichte des Prozessrechts entwickeltwurde. Drittens ist die Unterscheidung zwischen materielle und prozessuale Normen; und dieNatur der Institute an der Grenze zwischen den beiden (z. B. Beweis). Die Arbeit wird auch dasKonzept der gerichtliche prozessuale Normen zu prüfen und ihrer Typen (prozessuale Normen,im engeren Sinne, und Verfahrensnormen) zu untersuchen. Viertens, die Techniken derAufteilung der Gesetzgebungskompetenzen in der brasilianischen Föderation. Die Arbeitkonzentriert sich auf Private Gesetzgebungskompetenz der Bund und der konkurrierendenGesetzgebungskompetenz der Bund, den Bundesdistrikt und den Mitgliedstaaten, aber auch dieMöglichkeit der Hermeneutik Lösung eines offensichtlichen Konflikt dieser Kompetenzen imLichte der Identifizierung von impliziten und entsprechenden Kompetenzen, undvorherrschende oder besonderen Interessen (und Subsidiarität eigenen). Die Arbeit untersuchtdann die Möglichkeit der Vereinbarkeit von der scheinbaren Schock der PrivateGesetzgebungskompetenz der Bund, und der konkurrierenden Gesetzgebungskompetenz derBund, den Bundesdistrikt und den Mitgliedstaaten, auf Prozess und Verfahren(zusammenfallende Themen), zu erlassen, bzw. Die Arbeit schlägt vor, nach allem, eineangemessene Aufteilung der Gesetzgebungskompetenzen zwischen den Bund, Bundesdistriktund Ländern, durch Untersuchung einiger staatlichen Gesetzesinitiativen. Schließt die Arbeitmit der Überprüfung von Entscheidungen des Supremo Tribunal Federal(Bundesverfassungsgericht) in der ,,konzentrierte Kontrolle der Verfassungsmäßigkeit“ derstaatlichen normativen Akten auf Prozess / Verfahren gegeben, als Quellen für verbindlichePräzedenzfälle. Schließlich zeigt die Arbeit, dass die Forderungen der Integrität, Einheitlichkeitund der Kohärenz über die Entstehung des rationes decidendi waren nicht erfüllt.
Schlagwörter: Brasilianische Bundesverfassung; Verfassungsauslegung Normen; Prozess;Verfahren; Materielle Normen; Prozessuale Normen; Verfahrennormen; Implizite Kompetenz;Entsprechende Kompetenz; Privatgesetzgebungskompetenz; KonkurrierendeGesetzgebungskompetenz; Verband; Generalbundesnormen; Zusätzliche Staatliche Normen;Kompetenzkonflikt; Vermeidung von Kompetenzkonflikten; Gewaltenteilung; Grundlage;Rechtsprechung; Konsistenz; Integrität; Uniformität.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
abr Abril
ADC Ação Declaratória Constitucional
ADI Ação Direta de Inconstitucionalidade
Ag Agravo
AgRg Agravo Regimental
AI Agravo de Instrumento
AL Alagoas
AM Amazonas
art. Artigo
arts. Artigos
BA Bahia
CC Código Civil
CCJ Comissão de Constituição e Justiça
CDC Código de Defesa do Consumidor
CE Ceará
CGJ Corregedoria Geral de Justiça
CLT Consolidação das Leis Trabalhistas
CF Constituição Federal
cf.
CFOAB
confira-se/confiram-se
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
coord. coordenador(es)
CPC Código de Processo Civil
CPP
CRFB
Código de Processo Penal
Constituição da República Federativa do Brasil
DF Distrito Federal
Dje Diário de Justiça Eletrônico
DPJ Diário do Poder Judiciário
EC Emenda Constitucional
ed. Edição
EDcl Embargos de Declaração
EREsp Embargos de Declaração no Recurso Especial
et seq em diante
etc. et cetera
EUA Estados Unidos da América
ex.
Exmo.
exemplo
Excelentíssimo
f. Folhas
fev.
FPPC
GO
fevereiro
Forum Permanente de Processualistas Civis
Goiás
H hora
HC Habeas Corpus
i.e. isto é
In Inserido
j. Julgado
Jan Janeiro
Jul Julho
jun
LC
junho
Lei Complementar
LINDB
MA
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Maranhão
mar Março
MG Minas Gerais
Min. Ministro
MP Ministério Público
MS Mandado de Segurança/Mato Grosso do Sul
MT Mato Grosso
n. número
nov Novembro
org. organizadore(s)
out Outubro
p. página(s)
PR Paraná
RE Recurso Extraordinário
rel. relator
REsp Recurso Especial
RHC
RISTJ
Recurso no Habeas Corpus
Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça
RJ
RN
RO
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rondônia
RS Rio Grande do Sul
S Seção
s/a sem ano
SC Santa Catarina
SE Sergipe
set Setembro
SP São Paulo
ss. Seguintes
STF Supremo Tribunal Federal
STJ Superior Tribunal de Justiça
t Turma/tomo
TRF Tribunal Regional Federal
v. Volume
SUMÁRIO
NOTA PRÉVIA. 23
INTRODUÇÃO. 24
CAPÍTULO 1 28
PREMISSAS METODOLÓGICAS.
1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS: ENUNCIADO, NORMA E FONTES DE
DIREITO.
28
1.1. Enunciado, texto e norma. 28
1.2. Enunciados textuais abertos: cláusula geral e conceito jurídico
indeterminado. 33
1.2.1.A construção dos enunciados normativos abertos: diferenças e semelhanças. 33
1.2.2.A reconstrução interpretativa dos enunciados normativos abertos. O papel do
juiz.
35
1.2.3.Técnica legislativa (não-casuística) e aplicação por concreção. 37
1.2.4.O conceito jurídico indeterminado. A natureza e o alcance de sua
“indeterminação”. 40
1.2.5.Os conceitos jurídicos indeterminados e as cláusulas gerais em sua interação.
Concretização e desenvolvimento judicial do direito. 44
1.3. Fontes do direito. 46
1.4. Espécies normativas. 52
1.4.1.Esclarecimento prévio. 52
1.4.2.Critérios distintivos entre princípios e regras. 53
1.4.2.1. Forma de prescrição de comportamento. 53
1.4.2.2. Fundamentação necessária para a sua aplicação. 55
1.4.2.3. Modo de contribuição para decisão. 57
1.4.2.4. Solução do conflito normativo. 59
1.4.3.Distinção adotada. Espécies distintas e articuladas (interativas). 64
1.4.4.Postulados. 66
2. INTERPRETAÇÃO. 69
2.1. Interpretação e o seu objeto. 69
2.2. Interpretação de texto normativo. 70
2.3. Teorias da interpretação. 71
2.4. Interpretação como descrição, decisão e criação 74
3. ESPÉCIES NORMATIVASCONSTITUCIONAIS E SUA INTERPRETAÇÃO. 83
3.1. A norma constitucional e suas peculiaridades. 83
3.2. Norma constitucional organizatória. 83
3.3. Normas de interpretação constitucional. 84
3.3.1.Considerações gerais. 84
3.3.2.Unidade da constituição. 86
3.3.3.Concordância prática (máxima eficácia, força normativa da constituição e efeito
integrador).
90
3.3.4.Conformidade funcional. 92
3.3.5. Interpretação conforme a constituição. 93
3.4. Interpretação evolutiva e principiológica. 94
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS. A FUNÇÃO DESSAS PREMISSAS
METODOLÓGICAS PARA A TESE. 96
CAPÍTULO 2
PROCESSO E PROCEDIMENTO. 98
1. OS ATOS COMPLEXOS DE FORMAÇÃO SUCESSIVA. PROCEDIMENTOS. 98
1.1. Noção introdutória 98
1.2. Principais posicionamentos doutrinários. 98
1.2.1.Posicionamento de Marcos Bernardes de Mello. 98
1.2.2.Posicionamento de Giovanni Conso - e outros. 99
1.2.3.Posicionamento de Egon Bockmann Moreira - e outros. 102
1.2.4.Posicionamento de Francesco Carnelutti. 102
1.2.5.Posicionamento de Paula Costa e Silva. 104
1.2.6.Posicionamento de Scarance Fernandes. 106
1.2.7.Posicionamento de Fazzalari. 106
1.3. Posicionamento adotado. 107
2. SITUAÇÃO JURÍDICA, RELAÇÃO JURÍDICA E PROCESSO. 109
2.1. Situação jurídica processual e suas acepções. 109
2.2. Espécies de situações jurídicas processuais: relacionais e não-relacionais. 110
2.3. Processo como situação jurídica relacional. A doutrina de Oskar Büllow. 114
2.4. Processo como situação jurídica (direito material transformado). A
doutrina de James Goldschimdt. 116
2.5. O processo e as situações jurídicas. Diferentes visões doutrinárias. 118
2.6. O processo como ato (procedimental) potencialmente eficaz. O papel das
situações jurídicas processuais. 122
3. PROCESSO COMO INSTRUMENTO DE PRODUÇÃO DE NORMA E
DECISÃO. 125
4. PROCESSO E PROCEDIMENTO: PROCEDIMENTOS
PROCESSUALIZADOS. 129
4.1. Procedimentalização das funções estatais. Uma análise histórica e crítica. 129
4.2. Processualização dos procedimentos e das funções estatais. 133
4.3. Distinção doutrinária de processo e procedimento. 137
4.3.1.Critério da complexidade (ou totalidade). Dissociação fático-eficacial. 137
4.3.2.Critério do objeto. 139
4.3.3.Critério finalístico (ou formal). 140
4.3.4.Critério da estrutura dialética. 145
5. CORRELAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO NECESSÁRIA ENTRE PROCESSO E
PROCEDIMENTO. 150
CAPÍTULO 3
NORMA DE PROCESSO E NORMA DE PROCEDIMENTO. 153
1. PROCESSO E DIREITO MATERIAL. 153
2. RELAÇÃO ENTRE PROCESSO E DIREITO MATERIAL. 154
3. DIREITO MATERIAL COMO OBJETO DE DECISÃO. 157
4. NORMA MATERIAL E NORMA PROCESSUAL. 159
4.1. Distinção no âmbito dos processos estatais em geral. 159
4.2. Distinção no âmbito dos processos jurisdicionais. Revisão de paradigma. 161
4.3. O Direito processual e a norma processual jurisdicional estaticamente
considerada. 164
5. INSTITUTOS CONSIDERADOS “BIFRONTES”. NATUREZA DAS
NORMAS DE REGÊNCIA. 164
5.1. Esclarecimentos iniciais. 164
5.2. Normas sobre responsabilidade patrimonial. 166
5.3. Normas sobre hipoteca. 170
5.4. Normas sobre fraude contra credores. 174
5.5. Normas sobre prova. 175
5.5.1.Nota introdutória. 175
5.5.2.Corrente materialista. Posicionamento adotado. 175
5.5.3.Corrente processualista. Uma análise crítica. 180
5.5.4.Algumas teorias mistas. Uma análise ainda crítica. 182
5.5.5.Colocações finais. 185
5.6. Normas sobre legitimidade ad causam e outras condições da ação. 186
5.6.1.Considerações gerais sobre a ação e o seu condicionamento. 186
5.6.2. Interesse de agir. 189
5.6.3.Legitimidade. 194
5.6.4.Natureza das normas sobre condições da ação. 196
5.6.4.1. Corrente processualista. 196
5.6.4.2. Teoria da asserção. 197
5.6.4.3. Corrente materialista. 200
5.6.4.4. Visão adotada. 204
6. ANÁLISE DA DOUTRINA QUE DISTINGUE NORMA DE PROCESSO E DE
PROCEDIMENTO. 206
6.1. A norma processual e sua classificação. 206
6.2. Critério da dissociação fático-eficacial. 209
6.3. Critério finalístico (ou formal). 211
6.4. Critério da estrutura dialética. 218
6.5. Critério da admissibilidade da demanda e da conformidade com as normas
fundamentais. 220
6.6. Critério eclético. 222
7. NORMA DE PROCESSO COMO NORMA DE PROCEDIMENTO (E VICE-
VERSA). 230
8. NOTA CONCLUSIVA. 233
CAPÍTULO 4
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA NO DIREITO BRASILEIRO. 237
1. NOÇÕES GERAIS SOBRE A COMPETÊNCIA. 237
1.1. Competência na Teoria Geral do Direito. 237
1.2. Princípio da prescrição normativa (tipicidade e disponibilidade). 238
1.3. Competência escrita e não escrita (explícita e implícita). 239
1.4. Competência concorrente e exclusiva. 242
1.5. Competência administrativa, jurisdicional e legislativa. 243
1.6. Competência adequada. 243
2. TÉCNICAS DE REPARTIÇÃO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. 249
2.1. Federalismo e repartição de competências. 249
2.1.1.O Estado e suas formas (unitária e composta). 249
2.1.2.Estado federal e sua caracterização. 251
2.1.3.Alguns tipos de federalismo. 256
2.1.4.Sistemas de repartição de competências federativas (horizontal e vertical). 258
2.2. Sistema brasileiro. Visão crítica. 264
2.2.1.Federalismo brasileiro. 264
2.2.2.A autonomia limitada dos entes federativos. 268
2.2.3.A repartição de competências legislativas na CF/1988. 269
2.2.3.1. Sistema misto e da predominância do interesse. 269
2.2.3.2. Quadro geral de competências legislativas explícitas e implícitas. 272
2.2.3.3. Entre o propósito descentralizador e a tradição centralizadora. 275
3. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO E
CONCORRENTE DA UNIÃO E DOS ESTADOS (E DISTRITO FEDERAL) NA
CF/1988. 278
3.1. Competência legislativa privativa da União. 278
3.2. Competência legislativa concorrente. 285
3.3. Identificação de normas gerais e suplementares. 289
3.3.1.Colocação do problema. 289
3.3.2.Propostas de solução. Critérios de distinção das normas gerais e suplementares. 291
3.3.2.1. Critério genético e material. 291
3.3.2.2. Critério da extensão subjetiva e/ou objetiva. 292
3.3.2.3. Critério da profundidade. 298
3.3.2.4. Critério de excepcionalidade (ou subsidiariedade). 298
3.3.2.5. Critério lógico e teleológico. A dimensão do interesse a ser atendido. 299
3.3.3.Critério adotado (eclético). 300
3.3.4.Opção terminológica. 303
3.4. Competência supletiva dos Estados e Distrito Federal. 305
3.5. Conflito aparente de competências legislativas (privativa e concorrente). 308
CAPÍTULO 5
NORMA PROCESSUAL E NORMA PROCEDIMENTAL E A REPARTIÇÃO
DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA NO DIREITO BRASILEIRO.
313
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM
MATÉRIA PROCESSUAL NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
313
1.1. Da colônia ao império. Um Estado unitário. 313
1.2. O advento da República e o modelo federativo. A atribuição de competência
legislativa sobre “direito processual” para os Estados-membros. 315
1.3. O retorno à centralização legislativa. A competência legislativa da União
sobre o “direito processual”. 321
2. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM MATÉRIA PROCESSUAL NA CF/1988.
ARTS. 22, I, E 24, X E XI, CF. 323
2.1. Competência para legislar sobre o “processo” nos juizados. Art. 24, X, CF. 323
2.2. Competência para legislar sobre “direito processual” e “procedimento em
matéria processual”. Coincidência das matérias. Art. 22, I, e 24, XI, CF. 331
2.2.1.Observação inicial. 331
2.2.2.Competência para legislar sobre “direito processual” jurisdicional e
administrativo. 332
2.2.3.Competência para legislar sobre “direito processual” jurisdicional dos juizados.
A identidade com os procedimentos em matéria processual. 334
2.2.4.Conflito aparente de competência legislativa privativa da União e competência
legislativa concorrente da União, Estados e DF. Visão conciliadora e principiológica. 336
2.2.5.Adequada repartição do poder entre entes federados. 343
3. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO E NORMAS PROCESSUAIS
GERAIS. 345
3.1. Normas gerais de processo – em seu objeto, sujeitos e fins. 345
3.2. Regras e princípios gerais de processo. Orientação ou detalhamento. 346
3.3. Indeterminação e abertura conceitual. Consideração casuística com
amplitude objetiva. 348
4. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL E
NORMAS PROCESSUAIS SUPLEMENTARES. 352
4.1. Normas suplementares de processo – em seu objeto, sujeitos e fins. 352
4.2. Ainda com abertura e indeterminação. Consideração casuística com
amplitude objetiva.
353
4.3. Comentários a algumas iniciativas legislativas estaduais. 359
5. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL E
NORMAS PROCESSUAIS SUPLETIVAS. 366
6. CONSIDERAÇÃO CONCLUSIVA 375
CAPÍTULO 6
PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 377
1. NOÇÃO INTRODUTÓRIA. 377
2. PAPEL DA FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO NA CONSTRUÇÃO DE
PRECEDENTES 379
2.1. O precedente (norma geral judicial) e seus efeitos. 379
2.2. Dever geral de fundamentação da decisão e outros correlatos. 380
2.3. Função extraprocessual normativa e concretizadora da fundamentação.
Cognoscibilidade e calculabilidade como garantias de segurança jurídica. 388
3. FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL E SEUS PRECEDENTES SOBRE A REPARTIÇÃO DA
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM MATÉRIA DE PROCESSO E
PROCEDIMENTO. 392
3.1. Noção geral. 392
3.2. Admissibilidade de atos postulatórios. 393
3.2.1.Critério de fixação do valor da causa. 393
3.2.2.Legitimidade. 395
3.2.3.Competência. 397
3.3. Forma de protocolo e distribuição. 402
3.4. Forma de comunicação de atos processuais. 403
3.5. Forma de produção de prova. 405
3.5.1. Interrogatório por videoconferência. 405
3.5.2.Dia, hora e local de oitiva de delegado de polícia. 409
3.6. Forma de julgamento. 412
3.7. Efeitos da decisão e recursos. 414
3.8. Prioridade no trâmite procedimental. 416
3.9. Procedimento de homologação judicial de acordo de alimentos. 418
3.10. Competência e prerrogativas do juiz de paz. 422
3.11. Sistema de gerenciamento de depósitos judiciais. 425
3.12. Processamento de crimes de responsabilidade. 426
3.13. Organização de composição de órgão jurisdicional. 429
4. COLOCAÇÃO FINAL. 430
CONCLUSÃO. 433
REFERÊNCIAS. 436