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NTC-26 Revisão 4 NORMA TÉCNICA CELG Cruzeta de Madeira Especificação e Padronização

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NTC-26 Revisão 4

NORMA TÉCNICA CELG

Cruzeta de Madeira

Especificação e Padronização

NTC-26 DT/SETOR DE NORMATIZAÇÃO TÉCNICA

ÍNDICE

SEÇÃO TÍTULO PÁGINA 1. OBJETIVO 1 2. NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 2 3. TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES 4 4. CONDIÇÕES GERAIS 7 4.1 Apresentação de Proposta 7 4.2 Meio Ambiente 7 4.3 Espécies e Características 7 4.4 Preparação das Cruzetas 8 4.5 Forma, Acabamento e Tolerâncias 8 4.6 Defeitos 8 4.7 Identificação 9 4.8 Transporte 9 4.9 Armazenamento 9 4.10 Garantia 9 4.11 Embalagem 10 5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 11 5.1 Teor de Umidade 11 5.2 Resistência à Flexão 11 6. INSPEÇÃO E ENSAIOS 12 6.1 Generalidades 12 6.2 Ensaios de Recebimento 13 6.3 Plano de Amostragem para Inspeção Geral e Verificação do Teor de

Umidade 14 6.4 Inspeção por Atributos 15 ANEXO A TABELAS 16 TABELA 1 RESISTÊNCIA À FLEXÃO 16 TABELA 2 PLANO DE AMOSTRAGEM PARA OS ENSAIOS DE

RECEBIMENTO 16 ANEXO B ESPÉCIES DE MADEIRA 17 ANEXO C QUADRO DE DADOS TÉCNICOS E CARACTERÍSTICAS

GARANTIDAS 18 ANEXO D DESENHOS 19 DESENHO 1 CRUZETA DE MADEIRA 1500 X 90 X 112,5 mm 19 DESENHO 2 CRUZETA DE MADEIRA 2400 X 90 X 112,5 mm 20 DESENHO 3 CRUZETA DE MADEIRA 3300 X 90 X 112,5 mm 21 DESENHO 4 CRUZETA DE MADEIRA 50000 X 90 X 112,5 mm 22 DESENHO 5 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO 23 DESENHO 6 ENSAIO DE RESISTÊNCIA À FLEXÃO 24 DESENHO 7 CRUZETA DE MADEIRA - PALLET PARA ARMAZENAMENTO 25 DESENHO 7-A CRUZETA DE MADEIRA - PALLET PARA ARMAZENAMENTO 26

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1. OBJETIVO

Esta norma tem por finalidade fixar as condições mínimas exigíveis para a preparação, recebimento e padronização de cruzetas de madeira, de seção retangular, não preservadas, destinadas às redes aéreas de distribuição de energia elétrica da CELG.

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2. NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Na utilização desta norma pode ser necessário consultar: NBR 5426 Planos de Amostragem e procedimentos na inspeção por atributos -

Procedimento. NBR 5427 Guia de utilização da norma NBR 5426. NBR 8458 Cruzetas de madeira para redes de distribuição de energia

elétrica - Especificação. NBR 8459 Cruzetas de madeira - Dimensões - Padronização.

Notas:

1) A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas será permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual ou melhor que as anteriormente mencionadas e não contradigam a presente norma.

2) No caso de outras normas serem usadas, elas devem ser mencionadas nos documentos de licitação e se julgar necessário, um exemplar de cada norma deverá ser enviado à CELG.

3) Todas as normas referidas neste capítulo devem estar à disposição do inspetor da CELG no local da inspeção.

4) Esta norma foi baseada nos seguintes documentos: NBR 8458 Cruzetas de madeira para redes de distribuição de energia

elétrica - Especificação. NBR 8459 Cruzetas de madeira - Dimensões - Padronização.

Legislação Federal:

Constituição da República Federativa do Brasil- Título VIII : Da Ordem Social – Capítulo VI: Do Meio Ambiente. Lei nº 7.347, de 24 de junho 1985 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro 1998 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 23, de 12 de dezembro de1996-Controle de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito. Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 - Controle do Sistema de Licenciamento Ambiental. Portaria IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) nº 06-N, de 03 de abril de 1992 - Reconhece como Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, a relação que apresenta. Instruções Normativas IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) nº 001/80, de 11 de abril de 1980 - Dispõe sobre a exploração de florestas e de outras formações arbóreas.

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Portaria do Ministério dos Transportes nº 204, de 20 de maio de1997 - Regulamento dos transportes rodoviários e ferroviários de produtos perigosos. Lei 10.165 de 27 de dezembro de 2000 - Institui o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais.

Legislação Estadual:

Lei 4.771 de 15 de setembro de 1995 - Institui o Código Florestal do Estado de Goiás. Lei 12.596 de 14 de março de 1995 - Institui a Política Florestal do Estado de Goiás. Lei 14.384de 31 de dezembro de 2002 - Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais.

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3. TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

Apodrecimento É a desintegração da matéria que forma a madeira, causada pela ação destruidora de alguns fungos, reconhecida pela deterioração da madeira que se apresenta fraca, esponjosa, filamentosa, gretada e descorada. Carga de Ruptura (2 RN) Carga no mínimo igual a duas vezes a resistência nominal (RN), que provoca a ruptura de uma peça em uma seção transversal. A ruptura é definida pela carga máxima indicada no aparelho de medida dos esforços, carregando-se a peça de modo contínuo e crescente.

Cerne Parte do lenho constituído por camadas internas que na árvore em crescimento cessaram de conter células vivas e cujas substâncias de reserva (como por exemplo o amido) foram consumidas ou transformadas em outras peculiares ao cerne. Chanfro ou Bisel Arredondamento das quatro arestas, no sentido longitudinal da cruzeta. Cor Natural Cor característica da espécie de madeira, sem nenhum tratamento corante, com as variações resultantes da idade da árvore, das condições do solo, do ambiente e da exposição ao ar durante a secagem. Cruzeta Peça de madeira de eixo sensivelmente retilíneo, sem emendas, destinada a suportar condutores e equipamentos de redes aéreas de distribuição de energia elétrica. Curvatura Desvio de direção da cruzeta. Durabilidade Propriedade da madeira de resistir, em maior ou menor grau, ao ataque de agentes destruidores sob condição natural de uso. Face Maior (A) Face da cruzeta que apresenta a maior dimensão transversal. Face Menor (B) Face da cruzeta que apresenta a menor dimensão transversal.

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Fenda Separação do tecido lenhoso, ao longo das fibras longitudinais da madeira, nitidamente visível em uma face ou em ambas as faces opostas; é nesse caso denominada fenda diametral. Greta Separação da madeira no sentido radial, cujo desenvolvimento não chega a afetar a superfície da cruzeta. Limite de Carregamento Excepcional (1,4 RN) Corresponde a uma sobrecarga de 40% sobre a resistência nominal. Madeira Sã Madeira cuja estrutura não foi afetada por agentes biológicos. Nó Parte inicial de um galho, remanescente na cruzeta, de cor mais escura, mais duro e quebradiço do que a madeira circundante, apresentando em relação a esta uma aderência relativamente fraca. Orifício Defeito que se manifesta como abertura de seção aproximadamente circular, originada pelo desprendimento de um nó. Racha Separação dos tecidos lenhosos, ao longo das fibras, entre dois anéis de crescimento. Resistência Nominal Carga que a cruzeta pode suportar sem sofrer deformações permanentes; deve ser considerada como uma força contida no plano de aplicação dos esforços, passando pelo eixo da cruzeta. Resistência Nominal à Flexão (RN) Valor da resistência indicada e garantida pelo fabricante, que a peça deve suportar continuamente, na direção e sentido indicados, no plano de aplicação e passando pelo eixo da peça, de grandeza tal que não produza, em nenhum plano transversal momento fletor que prejudique a qualidade dos materiais, trincas, exceto as capilares. Ruptura da Cruzeta Rompimento da peça em uma seção transversal. É definida quando se atinge a carga máxima do ensaio (denominada "carga de ruptura").

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Secagem ao Ar Processo natural de eliminação da umidade da madeira, unicamente pela livre circulação do ar em torno das peças. Veio Disposição em direção longitudinal, dos elementos constitutivos da madeira. Pode ser expresso como veio direto, inclinado, entrelaçado, etc. Veio Inclinado Veio que se desvia da direção longitudinal da cruzeta.

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4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Apresentação de Proposta

Na apresentação da proposta devem ser anexados os seguintes documentos, tanto do fornecedor quanto dos seus subfornecedores, quando pertinentes: a) Cadastro Técnico Federal/Certificado de Registro no IBAMA, com a respectiva

taxa de controle e fiscalização, quitada; b) Cadastro Técnico Estadual, com a respectiva taxa de controle e fiscalização

ambiental, quitada, onde houver legislação estadual própria; c) Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF); d) Plano de Manejo Florestal Sustentável aprovado pelo órgão ambiental federal,

competente – IBAMA; estadual ou agências, quando o Estado possuir legislação própria;

e) Licença de Funcionamento/Autorização/Registro da empresa, quando o Município possuir legislação própria;

f) referência a esta norma; g) espécie de madeira; h) dimensões da cruzeta; i) referência ao desenho do padrão correspondente; j) Quadro de Dados Técnicos e Características Garantidas, preenchido para cada tipo

de madeira, separadamente.

4.2 Meio Ambiente

Em todas as etapas de fabricação das cruzetas, deve ser rigorosamente cumprida a legislação ambiental, especialmente os instrumentos legais listados no item 2 e a legislação correlata.

4.3 Espécies e Características

a) As árvores abatidas para confecção das cruzetas devem ser de espécies botânicas permitidas pela legislação.

b) Espécies de madeira: as designações botânicas das espécies estão indicadas no

Anexo B. c) Quando solicitado, o fornecedor deve apresentar comprovação de espécie da

madeira utilizada na preparação das cruzetas, sem ônus para a CELG. d) Na retirada das cruzetas das toras não deverão ser aproveitados os miolos ou

medulas, e a parte correspondente ao alburno e casca. e) A madeira empregada na preparação das cruzetas deve ser sã, de puro cerne,

cortada a mais de seis meses, e secada conforme previsto no item 4.4.1. Não é exigido qualquer tratamento da madeira. Qualquer tipo de tratamento deve ser previamente aprovado pela CELG.

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4.4 Preparação das Cruzetas 4.4.1 Secagem

a) As cruzetas devem ser submetidas a processo de secagem natural, preferencialmente, ou condicionamento artificial.

b) A secagem natural deve ser feita ao ar livre e as peças devem ser mantidas em

pátio de secagem situado à sombra e por tempo suficiente, de modo a atingir o teor de umidade especificado no item 5.1. O pátio de secagem deve situar-se em lugares altos, não úmidos, bem drenados e livres de vegetação e detritos. As cruzetas devem ser reunidas em camadas de maneira a permitir a ventilação entre elas.

c) Em casos de conveniência, ou quando as condições climáticas sejam tais que a longa secagem ao ar livre dê possibilidade de deterioração, pode-se usar condicionamento artificial mediante:

- vapor; - secagem por ar quente forçado.

Nota: Em qualquer dos casos a temperatura não deve ultrapassar 105ºC.

4.4.2 Separação

As cruzetas devem ser separadas, sempre que possível, em lotes de mesma espécie, dimensões e teor de umidade.

4.5 Forma, Acabamento e Tolerâncias a) As cruzetas devem possuir as características padronizadas pela CELG, conforme

Desenhos 1, 2, 3 e 4. b) Devem ser isentas de defeitos descritos no item 4.6.

4.6 Defeitos As cruzetas devem ser isentas de:

- sinais de deterioração (fungos e/ou insetos); - avarias provenientes do corte e/ou transporte; - fraturas transversais; - depressões acentuadas; - orifícios, pregos, cavilhas ou quaisquer peças metálicas não especificamente

autorizadas; - curvaturas; - sinuosidades em qualquer trecho; - fendas; - rachas; - nós ou orifícios de nós em qualquer trecho; - veios inclinados ou espiralados; - fibras reversas.

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4.7 Identificação

As cruzetas devem apresentar a seguinte identificação de forma legível e indelével, conforme Desenho 5, gravada pelo fornecedor em chapa de alumínio anodizado ou aço inox: a) nome ou marca comercial do fornecedor; b) ano e mês de preparação;

c) sigla ou variedade da madeira conforme indicado no Anexo B; os dados dessa

identificação deverão estar dispostos um abaixo do outro, conforme anteriormente ordenado;

d) esta placa deve ser fixada, de forma permanente, em uma das extremidades da

cruzeta.

4.8 Transporte

No transporte das cruzetas devem ser atendidas as exigências do Ministério dos Transportes e dos órgãos ambientais competentes, especialmente as relativas a sinalização da carga.

4.9 Armazenamento

As cruzetas devem ser empilhadas a pelo menos 400 milímetros acima do solo, sobre apoios de metal, concreto ou madeira preservada, de maneira que não apresentem flechas perceptíveis devido ao seu próprio peso. A estocagem deve ser de maneira que permita a ventilação entre as peças, na sombra e em local livre de vegetação e detritos.

4.10 Garantia O fornecedor deve dar garantia de dez anos, no mínimo, contados a partir da data do

fornecimento, contra qualquer falha das unidades do lote de cruzetas fornecidas, baseada nos seguintes termos e condições: a) admite-se no decorrer dos primeiros cinco anos da garantia uma falha total de 0,5%

das cruzetas;

b) do 5º ao 10º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de um ano, acumulando-se no máximo 3% de falhas permitidas no fim do 10º ano de garantia.

Notas:

1) Considera-se falha, para efeito dessa garantia, o ataque de fungos (apodrecimento) ou térmitas, e a ocorrência de ocos, fendas, rachas, etc que comprometam a estabilidade das cruzetas, exigindo a sua troca.

2) Os fornecedores de cruzetas podem constatar o estado das peças substituídas durante as manutenções ou em época posterior.

O fornecedor deve se comprometer a indenizar a CELG por toda substituição de cruzetas que falharem além dos limites especificados, por material idêntico e novo.

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A indenização não depende do motivo da falha ou do local de estocagem e instalação, salvo armazenamento impróprio ou uso inadequado. A indenização compreende a reposição da cruzeta substituída e, também, os custos do transporte e da mão-de-obra de retirada e instalação de todos os materiais e equipamentos. Se o total de unidades falhas ultrapassar 20% do total do lote de cruzetas fornecidas, dentro do período de garantia, a CELG terá o direito de exigir a indenização de todo o lote fornecido.

4.11 Embalagem

As cruzetas devem ser embaladas conforme definido nos Desenhos 7 e 7-A, envolvidas por fitas de aço e apoiadas em tarugos de madeira.

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5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Teor de Umidade

O teor de umidade da cruzeta não pode ultrapassar os seguintes valores:

- média de um lote: 20% - valor individual: 25%

5.2 Resistência à Flexão 5.2.1 Resistência Nominal

Quando aplicada a carga nominal deverá ser atendida a Tabela 1.

5.2.2 Limite de Carregamento Excepcional

Após a retirada desta carga deve-se verificar o fechamento das trincas.

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6. INSPEÇÃO E ENSAIOS 6.1 Generalidades

a) As cruzetas deverão ser submetidos a inspeção e ensaios na fábrica, na presença de inspetores credenciados pela CELG.

b) A CELG reserva-se o direito de inspecionar e testar as cruzetas e o material

utilizado durante o período de sua preparação, antes do embarque ou a qualquer tempo em que julgar necessário. O fabricante deverá proporcionar livre acesso do inspetor aos laboratórios e às instalações onde o material em questão estiver sendo fabricado, fornecendo as informações desejadas e realizando os ensaios necessários. O inspetor poderá exigir certificados de procedências da madeira, além de fichas e relatórios internos de controle.

c) Os ensaios de recebimento podem ser dispensados parcial ou totalmente, a critério

da CELG. Se os ensaios forem dispensados, o fabricante deve submeter um relatório completo de todos eles, com todas as informações necessárias, tais como métodos, instrumentos e constantes usadas. A eventual dispensa destes ensaios pela CELG somente terá validade por escrito.

d) O fabricante deve dispor de pessoal e de aparelhagem próprios ou contratados,

necessários à execução dos ensaios (em caso de contratação deve haver aprovação prévia da CELG).

e) O fabricante deve assegurar ao inspetor da CELG o direito de se familiarizar, em

detalhe, com as instalações e os equipamentos a serem utilizados, estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e exigir a repetição de qualquer ensaio.

f) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios, etc, devem ter

certificado de aferição emitido por órgão acreditado pelo INMETRO e válidos por um período de, no máximo, 1 ano e por ocasião da inspeção, ainda dentro do período de validade, podendo acarretar desqualificação do laboratório o não cumprimento dessa exigência.

g) A aceitação do lote e/ou a dispensa de execução de qualquer ensaio:

- não exime o fabricante da responsabilidade de fornecer o material de acordo com

os requisitos desta norma; - não invalida qualquer reclamação posterior da CELG a respeito da qualidade do

material e/ou da fabricação. Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, o lote pode ser inspecionado e submetido a ensaios, com prévia notificação ao fabricante e, eventualmente, em sua presença. Em caso de qualquer discrepância em relação às exigências desta norma, o lote pode ser rejeitado e sua reposição será por conta do fabricante.

h) Após a inspeção o fabricante deverá encaminhar à CELG, por lote ensaiado, um

relatório completo dos testes efetuados, em uma via, devidamente assinado por ele e pelo inspetor credenciado pela CELG.

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Este relatório deverá conter todas as informações necessárias para o seu completo entendimento, tais como: métodos, instrumentos, constantes e valores utilizados nos testes e os resultados obtidos.

i) Todas as unidades de produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito, devem ser

substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do fabricante, sem ônus para a CELG.

j) Para efeito de inspeção, as cruzetas deverão ser divididos em lotes, por tamanho,

devendo os ensaios ser feitos na presença do inspetor credenciado pela CELG. k) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante. l) A CELG se reserva o direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já aprovados.

Nesse caso as despesas serão de responsabilidade da CELG, se as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso contrário correrão por conta do fabricante.

m) Os custos da visita do inspetor da CELG (locomoção, hospedagem, alimentação,

homem-hora e administrativos) correrão por conta do fabricante nos seguintes casos:

- se na data indicada na solicitação de inspeção o material não estiver pronto; - se o laboratório de ensaio não atender às exigências dos itens 6.1.d a 6.1.f; - se o material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou

inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em localidade diferente da sua sede;

- se o material necessitar de reinspeção por motivo de recusa.

n) A rejeição do lote, em virtude de falhas constatadas nos ensaios , não dispensa o fabricante de cumprir as datas de entrega prometidas. Se, na opinião da CELG, a rejeição tornar impraticável a entrega do material nas datas previstas, ou se ficar evidente que o fabricante não será capaz de satisfazer as exigências estabelecidas nesta norma, a CELG se reserva o direito de rescindir todas as obrigações e de obter o material de outro fornecedor. Em tais casos, o fabricante será considerado infrator do contrato e estará sujeito às penalidades aplicáveis.

6.2 Ensaios de Recebimento

Para recebimento de um lote de cruzetas, a CELG deverá proceder, seqüencialmente, às seguintes inspeções e ensaios:

a) inspeção durante a preparação; b) inspeção geral; c) ensaio de verificação do teor de umidade; d) ensaio de resistência à flexão.

6.2.1 Inspeção Durante a Preparação

A inspeção na preparação compreende a verificação das espécies de madeira, da secagem e do armazenamento.

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6.2.2 Inspeção Geral

Antes de ser efetuado o ensaio para verificação do teor de umidade, deve-se fazer uma inspeção geral, comprovando se as cruzetas estão em conformidade com a classificação requerida, verificando: - dimensões, conforme Desenhos 1, 2, 3 e 4; - forma e acabamento conforme itens 4.5 e 4.6; - identificação conforme item 4.7.

6.2.3 Verificação do Teor de Umidade

As cruzetas devem apresentar, após o período de secagem, teor de umidade conforme item 5.1

O teor de umidade de uma cruzeta qualquer, determinado por medidor do tipo resistência, ou por processo envolvendo a retirada de amostra, deve ser obtido através de três medições, efetuadas em pontos distanciados de pelo menos 0,5 m entre si.

6.2.4 Resistência à Flexão

As cruzetas devem satisfazer as exigências de flechas e carga de ruptura previstas na Tabela 1. Para as cruzetas de 1500 mm não serão feitas exigências quanto a flecha e flecha residual.

6.3 Plano de Amostragem para Inspeção Geral e Verificação do Teor de Umidade

6.3.1 Tamanho da Amostra e Critérios de Aceitação do Lote

O tamanho da amostra e os critérios de aceitação e rejeição são os definidos na Tabela 2

6.3.2 Especificação para Formação dos Planos de Amostragem

a) Inspeção Geral:

- nível de inspeção II; - plano de amostragem dupla; - regime de inspeção normal; - nível de qualidade aceitável, NQA = 4%

b) Teor de Umidade:

- nível de inspeção I; - plano de amostragem dupla; - regime de inspeção normal; - nível de qualidade aceitável, NQA = 4%

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6.3.3 Plano de Amostragem para o Ensaio de Resistência à Flexão

O tamanho da amostra para efetuar o ensaio de resistência à flexão (elasticidade e carga de ruptura) deve ser de uma unidade para cada tipo de cruzeta e espécie de madeira, para cada sub-lote até 200 unidades, convenientemente agrupados. Caso o ensaio realizado não seja satisfatório, o fornecedor deve repetir o ensaio em uma amostra equivalente ao dobro da primeira, sem qualquer ônus para a CELG, e no caso de ocorrência de qualquer falha, a espécie de madeira será considerada reprovada e todo o lote sob inspeção será rejeitado.

6.3.4 Inspeção Visual A critério da CELG, a inspeção visual poderá ser processada em todas as cruzetas, ou seja, inspeção em até 100% do lote.

6.4 Inspeção por Atributos Para qualquer consideração adicional sobre determinação de planos de amostragem devem ser consultadas as normas NBR 5426 e NBR 5427.

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ANEXO A - TABELAS

TABELA 1

RESISTÊNCIA À FLEXÃO

Flecha (mm)

Comprimento Ensaio conforme

Descrição do carregamento

Resistência "F"

(daN) Máxima Residual máx.

Nominal 400 115 5

Máx. Excepcional 560 163 8 3300/1.500/2.400 Desenho 6

Mín. de Ruptura 800 - - Nominal 400 95 4

Máx. Excepcional 560 132 7 5.000 Desenho 6 Mín. de Ruptura 800 - -

TABELA 2

PLANO DE AMOSTRAGEM PARA OS ENSAIOS DE RECEBIMENTO

Inspeção geral Teor de umidade Amostra Amostra Tamanho do

lote Seqüência Tamanho Ac Re Seqüência Tamanho Ac Re

Até 25 - 3 0 1

26 a 90 1ª 2ª

8 8

0 1

2 2

- 3 0 1

91 a 150 1ª 2ª

13 13

0 3

3 4

151 a 280 1ª 2ª

20 20

1 4

4 5

8 8

0 1

2 2

281 a 500 1ª 2ª

32 32

2 6

5 7

1ª 2ª

13 13

0 3

3 4

501 a 1.200 1ª 2ª

50 50

3 8

7 9

1ª 2ª

20 20

1 4

4 5

1.201 a 3.200 1ª 2ª

80 80

5 12

9 13

1ª 2ª

32 32

2 6

5 7

3.201 a 10000 1ª 2ª

125 125

7 18

11 19

1ª 2ª

50 50

3 8

7 9

Notas:

1) Ac: numero de peças defeituosas que ainda permite aceitar o lote. Re: numero de peças defeituosas que implicam na rejeição do lote.

2) Para a amostragem dupla o procedimento deve ser o seguinte: - ensaiar um número inicial de unidades igual ao da primeira amostra obtida da

tabela; se o número de unidades defeituosas estiver compreendido entre Ac e Re (excluindo estes valores) deve ser ensaiada a segunda amostra;

- o total de unidades defeituosas encontradas após ensaiadas as duas amostras, deve ser igual ou inferior ao maior Ac especificado.

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ANEXO B

ESPÉCIES DE MADEIRA

As cruzetas devem ser de puro cerne, das seguintes espécies:

ESPÉCIE ABREV. DESIGNAÇÃO BOTÂNICA

Acapu ACA Vouacapoua americana Aubi Achuarana ACH Vantanea cupularis Angelim ANG Vaitarea heteroptra ducke Angelim amargoso ANA Vatairea sp Angelim rosa ou pau-pereira ANR Platyciamus regnelli Angelim vermelho ANV Dinizia excelsa Cabriúva-parda CAB Myrocarpus frondosus Cabriúva-vermelha ou bálsamo CAV Myroxylon balsamum Coração-de-negro COR Poecilanthe parviflora Cumaru CUM Dipteryx odorata Cupiúba CUP Goupia glabra Gibatão GIB Astronium graveolens Guarajuba GRA Terminalia sp Itaúba-preta ITA Mezilaurus itauba Maçaranduba ou paraju MAC Manilkara longifolia Maçaranduba-de-lei MAL Manilkara elata Pau roxo ou roxinho PAR Peltogyne recifensis Taiúva ou amoreira AMO Chlorophora tinctoria

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ANEXO C

QUADRO DE DADOS TÉCNICOS E CARACTERÍSTICAS GARANTIDAS

CRUZETA DE MADEIRA

Nome do fabricante: __________________________________ Nº da licitação: ______________________________________ Tipo de cruzeta: ______________________________________

ITEM DESCRIÇÃO CARACTERÍSTICAS/UNIDADES

1 Nome comum/nome da espécie de madeira 2 Código da espécie 3 Procedência da madeira (região de origem) 4 Data de abate das árvores mês/ano5 Idade média das árvores anos6 Períodos de secagem dias7 Dureza janka da madeira verde, para cada espécie daN

8 Limite de resistência à flexão, 15% de umidade, para cada espécie daN/cm2

9 Limite de resistência à compressão, a 15% de umidade, para cada espécie daN/cm2

10 Teor de umidade médio do lote %