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A Lenda do Mapinguari Mapinguari é o mais popular dos monstros da Amazônia. Seu domínio entende-se pelo Pará, Amazonas, Acre, vivificado pelo medo de uma população meio nômade que mora nas matas, e nas margens desertas dos grandes lagos e lagoas sem nome. A Lenda da Iara Lenda da sereia que com seu canto mágico, atrai as pessoas para o fundo dos rios, ou lagos. A Lenda da Cobra Grande ou Cobra Norato A incrível história de uma índia que deu à luz a dois filhos que eram Cobras... A Lenda da Vitória Régia Mito indígena que conta como surgiu a planta, que só existe no Amazonas, chamada Vitória Régia. Que tal conhecer algumas lendas importantes da região norte do Brasil? Leia o texto e saiba mais! As lendas fazem parte do imaginário e da cultura de determinada região ou país. No caso do Brasil, grande parte das lendas contadas às crianças são originárias ou têm raízes na região norte do país, e envolvem os povos da floresta. As lendas brasileiras surgiram da mistura de raças e culturas que marcaram a nação no período da colonização portuguesa. As lendas são histórias que passam de geração para geração e que guardam importantes elementos do imaginário popular. Na região da Amazônia vive a população indígena brasileira, responsável por grande parte das histórias e lendas que marcam o folclore da região norte. Vamos conhecer algumas lendas do norte do Brasil: Lenda do Boitatá – Essa lenda fala de uma cobra gigante que vivia em repouso no tronco de uma árvore da floresta. Um dia, essa cobra despertou faminta e começou a comer os olhos dos animais. A cobra soltava labaredas de fogo pela cabeça. Há quem acredite que o Boitatá assusta as pessoas que entram na floresta durante a noite.

Norte

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A Lenda do Mapinguari Mapinguari é o mais popular dos monstros da Amazônia. Seu domínio entende-se pelo Pará, Amazonas, Acre, vivificado pelo medo de uma população meio nômade que mora nas matas, e nas margens desertas dos grandes lagos e lagoas sem nome.

A Lenda da Iara Lenda da sereia que com seu canto mágico, atrai as pessoas para o fundo dos rios, ou lagos.

A Lenda da Cobra Grande ou Cobra Norato A incrível história de uma índia que deu à luz a dois filhos que eram Cobras...

A Lenda da Vitória Régia Mito indígena que conta como surgiu a planta, que só existe no Amazonas, chamada Vitória Régia.

Que tal conhecer algumas lendas importantes da região norte do Brasil? Leia o texto e saiba mais!

As lendas fazem parte do imaginário e da cultura de determinada região ou país. No caso do Brasil, grande parte das lendas contadas às crianças são originárias ou têm raízes na região norte do país, e envolvem os povos da floresta.

As lendas brasileiras surgiram da mistura de raças e culturas que marcaram a nação no período da colonização portuguesa. As lendas são histórias que passam de geração para geração e que guardam importantes elementos do imaginário popular.

Na região da Amazônia vive a população indígena brasileira, responsável por grande parte das histórias e lendas que marcam o folclore da região norte.

Vamos conhecer algumas lendas do norte do Brasil:

Lenda do Boitatá – Essa lenda fala de uma cobra gigante que vivia em repouso no tronco de uma árvore da floresta. Um dia, essa cobra despertou faminta e começou a comer os olhos dos animais. A cobra soltava labaredas de fogo pela cabeça. Há quem acredite que o Boitatá assusta as pessoas que entram na floresta durante a noite.

Lenda do Boto – o boto cor-de-rosa vive nos rios da Amazônia. Segunda a lenda, ele sai nas primeiras horas da noite e se transforma num lindo jovem vestido com roupas brancas. Ele também usa um chapéu branco. O boto seduz jovens solteiras e leva as mulheres para um passeio no fundo do rio, onde costuma engravidá-las. Muitas mulheres da floresta afirmam ter filhos do boto cor-de-rosa.

Lenda do Curupira - O Curupira é uma entidade que protege a fauna e a flora da floresta. O Curupira é conhecido por ter os pés voltados para trás.

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A Lenda do Mapinguari – O Mapinguari é um monstro da Amazônia. Ele vive no Pará, Amazonas e Acre. O monstro fica perto das margens desertas dos grandes lagos e lagoas da floresta.

Lenda da Iara – A Iara é uma sereia que atrai os homens com seu canto mágico. Ela leva as pessoas para o fundo do rio. Segundo a lenda, os homens sempre são atraídos pela beleza de Iara.

A Lenda da Vitória Régia – Essa lenda conta que a Lua era um deus que namorava lindas índias. A jovem guerreira Naiá sonhava com a Lua e esperava o dia em que ela teria a chance de namorar com o deus Lua. Essa paixão virou obsessão. Numa noite, a moça chegou à beira de um lago, viu a lua refletida nas águas, decidiu se banhar ali e acabou morrendo afogada. Comovido pela situação, o deus Lua transformou a jovem em uma estrela das águas, a Vitória-régia.

Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/lendas-da-regiao-norte.html

"Pode-se dizer que as manifestações culturais observadas hoje em Rondônia têm sua base em dois momentos históricos e seus respectivos personagens. As influências marcantes da cultura indígena mesclam-se ao resultado do contato desses com os "novos" habitantes do jovem Estado. Habitantes estes que migraram de outras regiões do Brasil atraídos pelas riquezas do ciclo da Borracha e pelas ofertas de emprego através da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Por isso, de um modo geral, as manifestações culturais de Rondônia têm muito em comum com o restante da Amazônia. Entre as populações ribeirinhas tanto do rio Guaporé, quanto do Madeira, são freqüentes os relatos de seres que vivem ora na água ora em terra, como o boto, por exemplo.

Encontra-se na Amazônia também, quase metade da população indígena brasileira, com cerca de 220 povos e portanto, há muitas lendas e tradições que nos foram passadas por eles, que enriquecem o nosso folclore". Um exemplo, é a lenda da vitória régia. Fonte:http://www.geocities.ws/rondonianaweb/index.htm

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LENDA DA VITÓRIA RÉGIA

Vitória-régia é uma lenda muito popular no Brasil, principalmente na região Norte. Diz a lenda que a Lua era um deus que namorava as mais lindas jovens índias e sempre que se escondia, escolhia e levava algumas moças consigo. Em uma aldeia indígena, havia uma linda jovem, a guerreira Naiá, que sonhava com a Lua e mal podia esperar o dia em que o deus iria chamá-la. Os índios mais experientes alertavam Naiá dizendo que quando a Lua levava uma moça, essa jovem deixava a forma humana e virava uma estrela no céu. No entanto a jovem não se importava, já que era apaixonada pela Lua. Essa paixão virou obsessão em um momento onde Naiá não mais queria comer nem beber nada, só admirar a Lua. Numa noite em que o luar estava muito bonito, a moça chegou à beira de um lago, viu a lua

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refletida no meio das águas e acreditou que o deus havia descido do céu para se banhar ali. Assim, a moça se atirou no lago em direção à imagem da Lua. Quando percebeu que aquilo fora uma ilusão, tentou voltar, porém não conseguiu e morreu afogada. Comovido pela situação, o deus Lua resolveu transformar a jovem em uma estrela diferente de todas as outras: uma estrela das águas – Vitória-régia. Por esse motivo, as flores perfumadas e brancas dessa planta só abrem no período da noite.

Fonte: http://lendasdobrasil.blogspot.com.br/2010/10/lenda-da-vitoria-regia.html

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A VERDADE

Na verdade, a Vitória Régia é uma planta aquática da família das ninfeáceas, encontrada muito na flora Amazônica, principalmente nas várzeas, onde são vistas flutuando nos lagos de pouca profundidade e sem muita correnteza. Sua gigante folha verde chega a medir dois metros de diâmetro e tem as suas margens levantadas até quinze centimetros. Chega a pesar até 45 kg. e serve de pouso a muitas aves cansadas depois de uma longa jornada. Flutuam nos lagos como uma enorme bandeja verde, trazendo em sua extremidade, como uma oferenda, uma única, bonita e exótica flor que se abre no crepúsculo vespertino e fecha-se no crepúsculo matutino. Essa for é muito aromática e tem de 25 a 35 cm de diâmetro quando aberta. Suas raízes fixam-se no fundo das águas e suas folhas e flores, são revestidas de espinhos na parte inferior, numa defesa natural contra a ação predadora dos peixes. Além dos lagos da Amazônia, a Vitória Régia pode er encontrada também em Mato Grosso e nas Guianas. É cultivada como raridade nos Jardins Botânicos de todo o mundo, devido ao tamanho descomunal de suas folhas e flores. Dizem que um naturalista Inglês, querendo homenagear a sua soberana, a Rainha Vitória, foi quem deu o nome a esta flor de Vitória Régia.

Fonte:http://doroni.blogspot.com.br/2009/03/lenda-da-vitoria-regia.html

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LENDA - VITÓRIA RÉGIA

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EM UMA BELA MANHÃ DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, NA ESCOLA ALUÍZIO PINHEIRO FERREIRA, APRESENTAMOS A LENDA DA VITÓRIA RÉGIA, CONHECIDA EM NOSSA REGIÃO.

ALÉM DE COMPARTILHAR A HISTÓRIA COM OS ALUNOS DA NOSSA ESCOLA, GOSTARÍAMOS DE COMPARTILHAR ESTA LENDA COM A PROFESSORA MARLI E SUA GALERINHA, QUE TAMBÉM TRABALHARAM UMA LENDA DA REGIÃO EM QUE VIVEM, A REGIÃO SUL. A PROFESSORA MARLI E SUA GALERINHA DRAMATIZARAM A LENDA O NEGRINHO DO PASTOREIO, E PARA CONFERIR ESTE TRABALHO É SÓ ACESSAR O BLOG DA TURMA DA PROFESSORA MARLI: http://diariogalerinha.blogspot.com.br/

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NOSSA APRESENTAÇÃO FOI MUITO BACANA!

CONTAMOS COM A PARTICIPAÇÃO DA VICE DIRETORA JULIANA QUE CONTOU A LENDA, E DA MAMÃE DA MARIA EDUARDA MARQUES, A EDAIANE, QUE NOS AJUDOU E ACOMPANHOU DURANTE A APRESENTAÇÃO. ALÉM DE DRAMATIZAR A LENDA, CANTAMOS UMA BELA CANÇÃO SOBRE A VITÓRIA-RÉGIA.PARABÉNS CRIANÇAS PELA MARAVILHOSA APRESENTAÇÃO!!!

A culinária do Norte do Brasil possui forte influência indígena, com muitos pratos de peixes e carnes de caça. É rica devido aos ingredientes oferecidos pelo bioma amazônico e por isso, é um dos maiores exemplos de culinária nacional. Parte da cultura portuguesa foi incorporada na gastronomia através dos imigrantes que permaneceram na região após a colonização. Além disso, outros povos deixaram suas contribuições tais como japoneses, italianos e libaneses.

A região norte abriga a Floresta Amazônica e o Rio Amazonas e é composta pelos estados:

- Amazonas (AM);

- Acre (AC);

- Amapá (AP);

- Roraima (RR);

- Rondônia (RO);

- Pará (PA);

- Tocantins (TO)

Ingredientes mais utilizados

Os principais ingredientes consumidos na região norte são milho, mandioca, farinha d'água, farinha seca, farinha de peixe, guaraná em pó, açaí, cupuaçu, castanhas, peixes diversos, etc.

Comidas Típicas da Região Norte

♦ Pato ao tucupi ♦ Peixada de Tucunaré ♦ Tacacá ♦ Pescada Paraense ♦ Mujica de peixe ♦ Damorida ♦ Bolo de macaxeira ♦ Caruru ♦ Gurijuba ♦ Maniçoba ♦ Pirarucu de Casaca

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Pato no Tucupi

O pato no tucupi é um prato popular da região norte composto por pato, jambu e tucupi (líquido extraído da mandioca brava). Outros temperos também são acrescentados. Como acompanhamento, o prato pode ser servido com farinha de mandioca e arroz.

Caldeirada

A caldeirada é um prato típico da região, feita com peixe em postas (dourado, filhote, pescada amarela, tucunaré etc.), temperos, ovos, azeite e tucupi.

Pirarucu à Casaca

O pirarucu à casaca é um prato popular feito com peixe, temperos, manteiga e colorau. O estado do Acre é um dos principais comercializantes desse peixe.

Mujica de Peixe

Prato tradicional da região norte, que pode ser feito com tambaqui desfiado, farinha, pimenta-do-reino, cheiro-verde, pimenta-de-cheiro, colorau, tomate, alho e cebola.

Tacacá

Receita de origem indígena semelhante a uma sopa feita com goma de tapioca, caldo de tucupi, sal, jambu, alho, camarão e pimenta. Geralmente, é servido quente em uma cuia.

Caruru Paraense

Prato composto por camarão seco com cebola, cebolinha, alho, pimentão, quiabo, jambu, farinha, pimenta-do-reino e azeite de dendê.

Gurijuba

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É um peixe saboroso de cor parda-acizentada, com cabeça grande e achatada. É muito comercializado no Amapá e pode ser feito com manteiga, farinha de mandioca, alho e leite de coco. Além disso, com sua carne é possível produzir filé e hambúrguer.

Maniçoba

É um tipo de feijoada feita com folhas de mandioca, que substitui o feijão. Acrescenta-se paio, costelinha e carne de porco. Como acompanhamento temos farinha, arroz e pimenta podem ser servidos.

Damorida

Receita indígena feita com carne ou peixe assado. Adiciona-se pimenta malagueta, pimenta jiquitaia, sal e goma de tapioca. Por ser uma prato apimentado, é importante consumí-lo com cuidado. Como acompanhamento, uma dica é servir com arroz e pirão feito com farinha de tapioca.

Doces do Norte

Os doces da região norte são populares e criados a partir dos frutos da Floresta Amazônica. Com eles, é possível fazer doces com açaí, cupuaçú, camu-camu, tucumã, dentre outros.

Bolo de Macaxeira

A macaxeira, também chamada de aipim nas regiões sudeste e sul, é uma raiz da mesma família da mandioca. É muito utilizada para a produção de farinhas, bolos e doces. Como exemplo, existe o bolo de macaxeira, muito popular na região.

As comidas típicas da região norte possuem uma riquíssima tradição, que mesmo se modificando e se unindo a outras, ainda possuem uma forte herança indígena. Danças típicas e ritmos chamam a atenção de quem passa pelo norte. Mas a culinária marca os turistas. Entre tanta diversidade e variação de pratos e comidas entre os lugares, elaborei uma pesquisa e listei os ingredientes utilizados para preparação dos pratos de cada estado.

Tocantins

Além da cultura Indígena, Tocantins recebe em sua culinária diversas influências de outros lugares, como São Paulo, Minas Gerais, e Portugal. Os pratos típicos de Tocantins deixam saudades em todo turista que por ali passa. Muitas

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receitas do estado são feitas a base de peixe, sendo feito na folha de bananeira, ou em outros ingredientes, como é o caso do “Peixe no Leite”.

A Caldeirada é um famoso prato local que carrega diversos frutos do mar. O prato é feito à base de peixe e lhe é adicionado temperos como salsa, pimenta, cebola, alho etc. Outro famoso prato se chama Paella, uma comida feita com galinha caipira, pequi, calabresa entre outros alimentos apreciados no estado.

comida de tocantins

Roraima

Roraima também recebeu influência de diversas regiões. Diversos pratos do Brasil chegaram no estado através de pessoas que foram viver no estado. Os pratos típicos incluem torta de carne de sol, tapioca, maurida, mugica de peixe, e paçoca de banana.

Diversos pratos apreciados são feitos à base de carne de sol, cujos são adicionados outros ingredientes, como a nata de leite e a alguns legumes. As bebidas locais apreciadas são o suco de açaí, caixiri, suco de cupuaçu, o vinho de Buriti entre outros.

culinária de roraima

Rondônia

A gastronomia de Rondônia assim como a de seus vizinhos, é feita a base de peixes e frutos do mar. Entre os temperos usados na cozinha dos rondonienses estão o cheiro verde, a chicória e a cebolinha. Algumas comidas comuns: Caldeirada de Tucunaré, Maniçoba, Doce de Cupuaçi e Caruaru.

prato típico rondonense

Pará

Entre ingredientes utilizados na cozinha do Pará incluem crustáceos como o camarão, o caranguejo e o marisco. Carnes de aves como o pato também são muito apreciadas. Em todos esses alimentos, utiliza-se temperos como coentro, chicória, maniva, pimentas e ervas.

Alguns pratos são servidos em cuias, em panelas de barro ou até em casulos de folhas de banana. Os assados são feitos em moquéns molhados no tucupi. A cozinha, baseada na cozinha indígena, possui ingredientes exóticos como ovos de diversas aves e até larvas de inseto.

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prato típico do paraense

Acre

As comidas típicas desse estado herdaram ingredientes da gastronomia paraense, nordestina e sírio-libanesa. Na manhã, o acriano come mingau de bananas e tapiocas, tacacás, cus cus de milho, quibes de macaxeira e arroz entre outros alimentos. Para beber, a população opta pelo tradicional café com leite. Alguns pratos: Panelada (buchada de boi), Pato no Tucupi, Carne de Sol, Baião de Dois, Quibe cru ou assado.

comida do acre

Amapá

Utilizando de vários ingredientes da Amazônia, como faziam seus antepassados, os amapaenses preparam deliciosos pratos como o Camarão ao Bafo, o Tucunaré na brasa e a Pescada de Gurijuba.

O Amapá também é a origem do Açaí, fruto do qual é extraído o famoso suco, apreciado por muitos no Brasil e no exterior. O açaí também é consumido com carnes, peixes e frutos do mar. O peixe mais apreciado no estado é o Gurijuba.

prato típico do amapá

Amazonas

O maior estado do Brasil recebeu influências da cozinha portuguesa e africana. Quase todos os alimentos utilizados são extraídos da riquíssima mata Atlântica. Frutos, peixes, raízes (como a mandioca) são os ingredientes mais tradicionais. Nos ensopados são usados o leite de coco e o azeite de dendê.

O tempero amazonense é feito à base de coentro, limão, cebolinha, salsinha e sal. Alimentos como a tapioca recheada com tucumã e queijo coalho, a pamonha, o mungunzá estão presentes nas refeições matinais. Um prato muito apreciado é o Tacará, uma sopa deliciosa. Outro pato da região amazônica muito conhecido é o Pato ao Tucupi, que chama a atenção de quem o experimenta.

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As comidas típicas da região norte representam uma tradição rica e mesmo modificada por outras tradições ainda carregam heranças indígenas fortíssimas. Neste artigo você irá conhecer os principais alimentos típicos da região norte do Brasil e seus pratos típicos.

Você sabia que 80% desta região do país é ocupada pela floresta Amazônica? A região formada pelos estados do Amazonas (AM), Acre (AC), Roraima (RR), Rondônia (RO), Pará (PA), Amapá (AP) e Tocantins (TO) abriga uma das mais ricas biodiversidades do mundo. A influência da culinária e comida tipica da região norte do Brasil é bastante notada pelos costumes indígenas, modo de cozinhar típico destes povos e pelo ambiente amazônico. Os peixes, raízes, sementes, folhas e frutos são bastante apreciados e consituem os principais alimentos da região norte do país. Conheça alguns alimentos típicos, frutos da Amazônia:

Alimentos da Amazônia

comida tipica da regiao norte

» Cupuaçu: fruta típica da Amazônia brasileira, usada em sucos, vitaminas, sorvetes, além de compotas e geleias.

comida tipica da regiao norte

» Açaí: o maior produtor do fruto é o estado do Pará. Na Amazônia, ele pode ser consumido com farinha de mandioca ou tapioca, ou ainda servir de base para um pirão que acompanha pratos com peixe. Mas também são feitos sucos e polpas.

» Pirarucu: um dos maiores peixes de água doce do país, também é conhecido como o “bacalhau da Amazônia”.

» Tucunaré: peixe amazônico que serve de base para vários pratos locais.

» Urucum: o fruto nativo da América tropical tem uma semente vermelha a partir da qual são feitos temperos e corantes.

» Jambu: erva muito usada na culinária de toda a região, é conhecida por deixar os apreciadores com a boca dormente. Suas folhas têm uma substância levemente anestésica e que provoca a salivação.

comida tipica da regiao norte

» Guaraná: o fruto nativo da Amazônia é usado na fabricação de refrigerantes, xaropes, sucos e pó. Conhecido por ter propriedades estimulantes.

» Castanha do Pará: a semente é consumida ao natural, torrada, ou ainda como farinha, em doces ou em sorvetes.

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Pratos típicos

Entre os pratos tradicionalmente servidos da região, destacam-se:

» Pato no Tucupi: prato tradicional da região amazônica, especialmente do estado do Pará. O tucupi é um caldo extraído da “macaxeira-brava” descascada, ralada e espremida, ao modo artesanal cultivado pelos índios, sendo cozido por dias. Pedaços do pato são cozidos nesse caldo e servidos com farinha de mandioca, arroz branco e folhas de jambu.

comida tipica da regiao norte

» Tacacá: prato de origem indígena é uma espécie de sopa quente que leva tucupi, goma de tapioca cozida (um derivado da mandioca), jambu e camarão. Geralmente é servido em cuias, facilmente encontrado nas bancas das “tacacazeiras”, pelas ruas da cidade de Belém, no Pará.

maniçoba

» Maniçoba: conhecido como a feijoada paraense, o prato pode levar mais de uma semana para ser feito. A demora se dá principalmente pelo cozimento da folha da maniva (a planta da mandioca). Ao caldo, se acrescentam charque, toucinho, bucho, mocotó, orelha, pé e costelas de porco, chouriço, linguiça e paio – ingredientes típicos da feijoada. O prato é servido com arroz branco, farinha e pimenta.

» Pirarucu de casaca: o peixe é cortado em pedaços, dessalgado e frito no azeite. Depois, é servido em camadas com banana frita, refogado de batatas e farofa feita com farinha de mandioca, ovos cozidos e leite de coco. Acompanha arroz branco e batata palha.

» Caldeirada de tucunaré: tipo de cozido, geralmente feito com peixe e legumes, comum em Portugal. Na caldeirada de tucunaré servida em Manaus, no Amazonas, a receita leva postas do peixe, batatas, cebolas, repolho, pimentões, ovos, tomates, salsa e coentro. A mistura leva, ainda, molho de tomates e acompanha um pirão.

O Brasil é dividido em cinco regiões, a maior delas é a Região Norte com 3.869.637 km². O seu tamanho corresponde a 42,27% de todo território nacional, maior que a Índia, e é também a região menos povoada do Brasil, com apenas 3,77 habitantes por km², menos que um país como o Gabão. A sua população é formada por indígenas, gaúchos, paranaenses, paulistas, nordestinos e imigrantes da África, Ásia e Europa.

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Região Norte e sua cultura, extensa e influenciada pelos diferentes povos que a habitam, mas principalmente pelos indígenas. O que faz com que a região cultive várias lendas como o Boto que surge personificado de homem em noites de festa e atrai mulheres desacompanhadas para o fundo do mar ou a Vitória Régia que era uma índia apaixonada pela lua que se enganou com o reflexo no rio e se afogou, a lua comovida por essa paixão, cria uma planta única e perfeita.

As festas mais populares da região norte são o Festival de Parintins, que ocorre no último fim de semana de junho em Parintins-AM, e o Círio de Nazaré, festa que reúne mais de 2 milhões de pessoas em Belém-PA.

O tema central do Festival de Parintins é a disputa entre dois bois: o Garantido (vermelho) e o Caprichoso (azul), em três noites de apresentação são abordados vários temas locais. O Círio de Nazaré é uma manifestação católica trazida pelos jesuítas no séc. XVII, reunindo milhões de pessoas em uma caminhada de fé pela capital do Pará.

A região Norte e sua cultura diversificada também influencia sua culinária, os traços mais característicos são portugueses e indígenas. Os índios contribuíram com diferentes maneiras de preparar o peixe, com a carne seca, uso da mandioca, da pimenta e etc. Alguns pratos típicos são: pirarucu de casaca, feijoada paraense e o Tacacá. A culinária está muito ligada às frutas da região como açaí e castanha-do-pará.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado

http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/49588/regiao-norte-e-sua-cultura-diversificada-e-brasileira#ixzz3jlD8mPm9

A cultura nordestina é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas, africanos e europeus. Os costumes e tradições muitas vezes variam de estado para estado.

Tendo sido a primeira região efetivamente colonizada por portugueses, ainda no século XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como escravos, a cultura nordestina é bastante particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas, em especial na costa de Pernambuco à Bahia e no Maranhão, e ameríndias, em especial no sertão semi-árido

A riqueza cultural da região nordeste é visível para além de suas manifestações folclóricas e populares. A literatura nordestina tem dado grande contribuição para o cenário literário brasileiro, destacando-se nomes como João Cabral de Melo Neto, José de Alencar, Jorge Amado, Nelson Rodrigues, Rachel de Queiroz, Gregório de Matos, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Ferreira Gullar e Manuel Bandeira, dentre muitos outros.

Na literatura pode-se citar a literatura popular de cordel que remonta ao período colonial (a literatura de cordel veio com os portugueses e tem origem na Idade média europeia) e numerosas manifestações artísticas de cunho popular que se manifestam oralmente, tais como os cantadores de repentes e de embolada.

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Afoxé Filhos de Gandhy, em Salvador, Bahia.

Na música erudita, destacaram-se como compositores Alberto Nepomuceno e Paurillo Barroso, assim como o cearense Liduíno Pitombeira na atualidade, e Eleazar de Carvalho como maestro. Ritmos e melodias nordestinas também inspiraram compositores como Heitor Villa-Lobos (cuja Bachiana brasileira nº 5, por exemplo, em sua segunda parte - Dança do Martelo - alude ao sertão do Cariri).

Na música popular, destacam-se ritmos tais como coco, xaxado, martelo agalopado, samba de roda, baião, xote, forró, Axé e frevo, dentre outros ritmos. O movimento armorial do Recife, inspirado por Ariano Suassuna, fez um trabalho erudito de valorização desta herança rítmica popular nordestina (um de seus expoentes mais conhecidos é o cantor Antônio Nóbrega).

Na dança, destacam-se o maracatu, praticado em diversas partes do Nordeste, o frevo (característico de Pernambuco) o bumba-meu-boi, o xaxado, diversas variantes do forró, o tambor-de-crioula (característico do Maranhão), etc. As músicas folclóricas quase sempre são acompanhadas de danças.

O artesanato é também uma parte relevante da produção cultural do Nordeste, sendo inclusive o ganha-pão de milhares de pessoas por toda a região. Devido à variedade regional de tradições de artesanato, é difícil caracterizá-los todos, mas destacam-se as redes tecidas e, às vezes, bordadas com muitos detalhes; os produtos feitos em argila, madeira (por exemplo, da carnaúba, árvore típica do sertão) e couro, com traços bastante particulares; além das rendas, que ganharam destaque no artesanato cearense. Outro destaque são as garrafas com imagens feitas manualmente em areia colorida, um artigo produzido para venda para turistas. No Maranhão, destacam-se artesanatos feitos da fibra do buriti (palmeira), assim como artesanatos e produtos do babaçu (palmeira nativa do Maranhão).

Caboclinho de lança do Maracatu Rural. O caboclo de lança é um dos símbolos da cultura pernambucana.

A culinária nordestina é variada, refletindo, quase sempre, as condições econômicas e produtivas das diversas paisagens geoeconômicas dessa região. Frutos do mar e peixes são bastante utilizados na culinária do litoral, enquanto, no sertão, predominam receitas que utilizam a carne e derivados do gado bovino, caprino e ovino. Ainda assim, há várias diferenças regionais, tanto na variedade de pratos quanto em sua forma de preparo (por exemplo, no Ceará, predomina o mugunzá - também chamado macunzá ou mucunzá - salgado, enquanto, em Pernambuco, predomina o doce). Na Bahia os principais destaques são as comidas feitas com azeite de dendê e com camarão, como as moquecas, o vatapá, o acarajé e os bobós; porém não são menos apreciadas comidas acompanhadas de pirão como mocotó e rabada e doces como a cocada. No Maranhão, destacam-se o cuxá, o arroz de cuxá, o bobó, o peixe pedra e a torta de camarão, bem ao estilo maranhense. Também no Maranhão se destaca o refrigerante Jesus ou Guaraná Jesus que é patrimônio maranhense. Já o bolo-de-rolo é patrimônio imaterial de Pernambuco. Algumas comidas típicas da região são: o baião-de-dois, a carne-de-sol, o queijo de coalho, o vatapá, o acarajé, a panelada e a buchada, a canjica, o feijão e arroz de coco, o feijão verde e o sururu, assim como vários doces feitos de mamão, abóbora, laranja, etc. Algumas frutas regionais - não necessariamente nativas da região - são a ciriguela, o cajá, o

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buriti, a cajarana, o umbu, a macaúba, as frutas maranhenses juçara, bacuri, cupuaçu, buriti, murici e a pitomba, além de outras também comuns em outras regiões.

Índice [esconder]

1 Festas populares

1.1 Carnaval

1.2 Cavalo Piancó

1.3 Bumba-meu-boi

1.4 Festas juninas

2 Humor

3 Literatura

4 Música

5 Religião

6 Personalidades

7 Referências

Festas populares[editar | editar código-fonte]

Carnaval[editar | editar código-fonte]

Bloco-Afro Ilê Aiyê em Salvador.

No Carnaval os destaques são as festas de Salvador e Recife-Olinda.[1] O primeiro é a maior festa popular do planeta segundo o Guinness Book contando com cerca de 2,7 milhões foliões em seis dias de festa (equivalente ao número de moradores da cidade), e internacionalmente conhecido pelos desfiles de artistas famosos nos trios elétricos; e o segundo é considerado o carnaval mais democrático do país, já que os foliões não precisam pagar para brincar, e conhecido por seus característicos Bonecos de Olinda, pelo ritmo do frevo e do maracatu, além de possuir o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada. As micaretas (carnavais fora de época) de maior destaque são o "Carnatal" em Natal; o "Fortal" em Fortaleza; o "Pré-Caju" em Aracaju; a "Micareta de Feira" em Feira de Santana; "Marafolia" em São Luís; e a "Micarande" em Campina Grande. Há também o "bumba-meu-boi" em São Luís do Maranhão.

Cavalo Piancó[editar | editar código-fonte]

O Bumba meu boi, dança oriunda da Região Nordeste cujo primeiro registro ocorreu em Pernambuco, é hoje a principal manifestação folclórica do Maranhão.[2]

É original do município de Amarante (PI). Os negros da beira do rio Canindé, para afugentar o sono nas noites de luar, costumam dançar imitando o trote de um cavalo manco. Cavalheiros e damas, aos pares, formam um círculo e

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vão trotando alegremente, ora bem compassado, batendo firme no chão, com o pé esquerdo, ora apressado, sempre trocando os pares.

Bumba-meu-boi[editar | editar código-fonte]

O Estado do Maranhão é quem se destaca nessa manifestação folclórica.Existem mais de 200 bumbas-meu-boi distribuídos nos sotaques (tipos) de orquestra, matraca, pandeirão, zabumba e costa de mão. O Estado do Maranhão exportou essa brincadeira para o Estado do Amazonas que com o procesOcorre em todo o Brasil, sendo o Nordeste apontado como seu nascedouro. Com variações significativas de nome, adereços, músicas, ritmo, dança... mas o enredo é sempre o mesmo: "Catirina grávida deseja comer a língua do boi do Capitão".so de aculturação transformou-se no boi bumbá. Dessa forma,segundo pesquisas a origem do boi bumbá é do bumba-meu-boi do Maranhão.

Fogueira de São João cenográfica em Campina Grande, Paraíba.

Festas juninas[editar | editar código-fonte]

O São João é sem dúvida o festejo mais comum na região. Campina Grande e Caruaru disputam o título de maior São João do mundo: em ambas as cidades os festejos duram o mês de junho inteiro. Outras cidades, como Aracaju, Juazeiro do Norte, Mossoró, Teresina e Patos possuem comemorações mais modestas (cerca de quinze dias), e disputam o título de terceira maior festa. Os fogos são uma das principais atrações. Os mais conhecidos são a Estrelinha, o Marcianito e os fogos de Artifício. Além dos devários fogos temos a dança, como a Quadrilha e o Forró.

Humor[editar | editar código-fonte]

O Ceará se sobressai no humor. Além de Chico Anysio, nasceram no estado Tom Cavalcante, Renato Aragão e Adamastor Pitaco, entre outros. Além dos cearenses destacam-se, dentre muitos, os paraibanos Shaolin e Zé Lezin, os norte-rio-grandenses Mução e Espanta, além da dupla Dirceu Andrade & Amaury Jucá e João Cláudio Moreno do Piauí.

Literatura[editar | editar código-fonte]

geração Gonçalves Dias (MA), na segunda José de Alencar (CE) e na terceira Castro Alves (BA) e Sousândrade (MA). Na chamada GeraçO pernambucano Gilberto Freyre representa um marco na história do Balgumas das renovações trazidas com o modernismo, no anos 1920 do século seguinte.

Impressos de literatura de cordel.

Na Bahia nasceu um dos primeiros escritores de destaque no país. Trata-se derasil devido ao seu livro Casa-Grande & Senzala que demonstra a importância dos escravos para a formação do país e que brancos e negros são absolutamente iguais.

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No Ceará, o movimento da Padaria Espiritual, no fim do século XIX, antecipou Gregório de Matos, integrante da escola barroca. No Romantismo destacaram-se na primeira ão de 30, um resgate do romantismo, surgiram Rachel de Queiroz (CE), Graciliano Ramos (AL), José Lins do Rêgo (PB) e Jorge Amado (BA).

O maranhense Aluísio Azevedo foi um dos principais autores do Realismo/Naturalismo. Augusto dos Anjos (PB) e Graça Aranha (MA) foram precursores do Modernismo, escola que posteriormente revelou João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira (PE), além de Jorge de Lima (AL). Os piauienses H Dobal, Assis Brasil, O G Rego e Torquato Neto.

O paraibano Ariano Suassuna criou na década de 70 o movimento armorial, uma iniciativa de reunir elementos da cultura nordestina em prol da formação de uma arte erudita genuinamente brasileira. Dessa iniciativa surgiram obras como O Auto da Compadecida e O santo e a porca, ambos de Suassuna.

No Ceará, Patativa do Assaré surpreendeu por seus versos complexos que seguiam formas metrificadas semelhantes aos versos de Camões. A literatura de cordel é bastante difundida na região, sendo o paraibano Leandro Gomes de Barros um dos maiores autores do gênero.

Música[editar | editar código-fonte]

Vários gêneros surgiram no Nordeste ao longo dos anos.

O pernambucano Luiz Gonzaga foi o precursor do baião, ritmo que ao lado de outros como xote, xaxado e côco fazem parte do chamado forró. Vários artistas deram continuidade ao legado de Luiz Gonzaga, como é o caso de Dominguinhos, Sivuca, Jackson do Pandeiro e Waldonys.

Frevo, manifestação típica de Pernambuco. Enquanto música, é um dos gêneros mais influentes do país: revelou músicos como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Antônio Nóbrega, entre muitos outros, e, além de símbolo do Carnaval Recife/Olinda, foi o ritmo utilizado no Carnaval de Salvador antes do surgimento da axé music. Em 2012, o frevo foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO.[3]

O frevo, mais comum nos estados de Pernambuco e Paraíba, se caracteriza pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram a capoeira. Esse gênero já revelou grandes músicos como Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Estes três, ao lado de Zé Ramalho, misturaram frevo, forró, rock, blues e outros ritmos. O quarteto costuma se apresentar com o nome de O Grande Encontro.

Na década de 1960 surgiu na Bahia o tropicalismo, inspirado no movimento antropofágico e que viria a se tornar um marco no Brasil. Faziam parte desse grupo os artistas Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Torquato Neto, dentre outros.

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Caetano Veloso, um dos principais representantes da Tropicália, movimento cultural baiano surgido na década de 1960.

A Bahia voltaria a ser berço de outro gênero musical na década de 80, com a criação da axé music, tendo como precursores Luiz Caldas, Chiclete com Banana, Daniela Mercury, Timbalada e Olodum. O gênero revolucionou o carnaval baiano, já que o frevo, um ritmo pernambucano, era utilizado na festa de Salvador até então. Atualmente a Indústria da música baiana é a que gera mais estrelas no Brasil e já conta com uma "constelação" com notoriedade nacional e internacional como principalmente Ivete Sangalo que é considerada a cantora mais popular do Brasil na atualidade e líder de vendas na indústria fonográfica nacional, tem a capacidade de arrastar uma legião de fãs por onde passa, inclusive em terras internacionais. Exemplo disso foi o Rock in Rio Lisboa em 2004, onde a cantora bateu recorde de público. Ivete é dona da Caco de Telha, uma empresa de entretenimento que possui título de maior empresa do ramo no Norte-Nordeste e entre as cinco maiores no cenário nacional. A Caco de Telha já trouxe grandes eventos para o Brasil como a turnê I am... da cantora pop Beyoncé, a turnê The End do grupo musical Black Eyed Peas,o show The Grand Moscow Classical Ballet e as apresentações do Cirque du Soleil no Brasil. Jà proporcionou ao estado da Bahia, além desses eventos com artistas internacionais, grandes shows com artistas nacionais como a turnê Roberto Carlos 50 anos de música. Através da caco de Telha, Ivete Sangalo foi a estrela de uma mega-produção no Madison Square Garden, o templo da música internacional moderna. Na Bahia, nasceu João Gilberto considerado entre todos os outros precursores da Bossa Nova: Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Luiz Bonfá Bossa Nova, o ritmo brasileiro mais conhecido no mundo. João Gilberto é considerado dentre os precursores da Bossa Nova o principal criador do ritmo.

O Manguebeat, gênero musical pernambucano que despontou na cena underground dos anos 90, revelou e influenciou diversos grupos musicais e artistas do estado, como Chico Science, Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Cordel do fogo encantado, Fred Zero Quatro, Otto, Lenine (foto), entre muitos outros.

Nos anos 80 surgiu em Pernambuco a primeira grande referência da música Punk/Hardcore no Nordeste, tendo como principal nome a banda Câmbio Negro HC, pioneira no estilo e a primeira a produzir discos do gênero na região, além de ser uma grande referência da música undergroud do país.

Já nos anos 90, surgia também em terras pernambucanas o Manguebeat, ritmo que reúne rock, hip hop, maracatu e música eletrônica. O gênero musical recifense despontou na cena underground, revelando e influenciando diversos grupos musicais e artistas de Pernambuco, como Chico Science, Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Fred Zero Quatro, Otto, Lenine, entre muitos outros.

O repente é bastante difundido no interior, tendo como destaque o cearense Cego Aderaldo. A Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, banda de pífaros do Ceará, possui fama internacional. No Ceará, destacam-se ainda, Fagner, Belchior e Ednardo, ícones da MPB.

Foi também no Nordeste que nasceu o brega que tem como principais representantes o pernambucano Reginaldo Rossi e o baiano Waldick Soriano.

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O Maranhão possui grande diversidade de ritmos, como: Tambor de Crioula, Tambor de Mina, Tambor de Taboca, Tambor de Caroço, os quatro sotaques do bumba-meu-boi, além de ser um dos principais redutos brasileiros do reggae. Tribo de Jah, uma das principais bandas do gênero, surgiu no Estado. Outros maranhenses de destaque são: João do Vale; Cláudio Fontana; Rita Ribeiro; Catulo da Paixão Cearense; Flávia Bittencourt; Zeca Baleiro; e Alcione.

Raul Seixas, nascido na Bahia, é considerado o principal nome do rock no Brasil. Integrou o movimento da Jovem Guarda como compositor. Atualmente a também baiana Pitty faz muito sucesso no rock. Além do grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado marcando significativamente a música popular brasileira contemporânea.

Religião[editar | editar código-fonte]

Romeiros ao pé da estátua de Padre Cícero em Juazeiro do Norte, Ceará.

A religião predominante é a católica. Algumas pessoas são veneradas como santas, apesar do não reconhecimento da Igreja Católica, como é o caso de Padre Cícero, Frei Damião, Irmã Dulce, Padre Ibiapina e Maria de Araújo.

São comuns peregrinações de romeiros a determinadas cidades do nordeste, destacando-se Juazeiro do Norte e Canindé (CE), Bom Jesus da Lapa (BA) e Santa Cruz dos Milagres (PI).

Todos os anos no mês de janeiro, ocorre em Salvador a lavagem do Bonfim, uma tradicional celebração religiosa que tem como ponto alto a lavagem das escadarias da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim pelos fiéis.

O candomblé possui diversos adeptos na Bahia e costumam reverenciar Iemanjá oferecendo presentes a entidade, tais oferendas são jogadas ao mar ou depositadas em pequenos barcos soltos em alto mar.

No Maranhão, o Tambor de Mina é herança da religião africana nesse Estado. Ao invés dos orixás - entidades - como acontece na Bahia, têm-se os caboclos ou cabôcos (linguagem popular) que são entidades que baixam nos pais e filhos de santo. Também no Maranhão tem a Festa de São José de Ribamar, Santo padroeiro do Estado, assim como inúmeras outras festas de santos que acontecem na Capital e no interior maranhense.

A Região Norte é a maior das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969, com uma área de 3 853 676,948 km², cobrindo 45,25% do território nacional,[1] sendo superior à área da Índia e pouco inferior à União Europeia. Sua população, de acordo com o IBGE, era de 17,2 milhões de habitantes em 2014,[2] equivalente à população do Chile, e seu IDH médio, próximo ao da Venezuela, país com qual faz fronteira ao norte. Em comparação com as outras regiões brasileiras, tem o segundo menor IDH (em 2005) e o menor PIB (em 2010).

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É formada por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Suas maiores e principais cidades são Manaus, Belém e Porto Velho. Está localizada na região geoeconômica da Amazônia, entre o Maciço das Guianas (ao norte), o planalto Central (ao sul), a Cordilheira dos Andes (a oeste) e o oceano Atlântico (a nordeste). O clima predominante na região é o equatorial, além de algumas regiões de clima tropical.

Na região está localizado um importante ecossistema para o planeta: a Amazônia, além de pequenas faixas de mangue no litoral, alguns pontos de cerrado e também alguns pontos de matas galerias. Na Região Norte, a latitude e o relevo explicam a temperatura; a temperatura e os ventos explicam a umidade e o volume dos rios; e o clima e a umidade, somados, são responsáveis pela existência da mais extensa, variada e densa floresta do planeta, ou seja, a Floresta Amazônica.

Também na região Norte estão situados os dois maiores estados do Brasil em superfície, Amazonas e Pará, e os dez maiores municípios do Brasil em área territorial, sendo quatro no estado do Pará e seis no estado do Amazonas. Porto Velho, a capital brasileira com maior área territorial, também localiza-se na região.[5]

Índice [esconder]

1 História

1.1 Povoamento

2 Geografia

2.1 Relevo

2.1.1 Planícies e Terras Baixas Amazônicas

2.1.2 Planalto Central

2.2 Clima

2.3 Vegetação

2.4 Hidrografia

3 Demografia

3.1 Etnias

3.2 Regiões metropolitanas

4 Economia

4.1 Setor primário

4.1.1 Agricultura

4.1.2 Pecuária

4.1.3 Extrativismo

4.2 Setor secundário

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4.2.1 Indústria

4.2.2 Zona Franca de Manaus

4.2.3 Energia

4.3 Setor terciário

4.3.1 Transportes

4.3.2 Turismo

5 Cultura

5.1 Literatura

6 Referências

7 Ver também

História

Ver artigo principal: História da região Norte do Brasil

Casa de caboclo na beira do rio.

Os primeiros habitantes da Região Norte, como no resto do Brasil, foram os indígenas, que compartilhavam uma diversificada quantidade de tribos e aldeias, do período pré-colombiano até a chegada dos europeus.[6] Os espanhóis, entre eles Francisco de Orellana, organizaram expedições exploradoras pelo rio Amazonas para conhecer a região. Após longas viagens ao lado de Francisco Orellana, Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés escreveu, em Veneza, uma carta dirigida ao cardeal Pedro Bembo, exaltando a fauna e a flora existentes na região à época da expedição.[6]

O século XVII marca a chegada dos portugueses ao local, onde construíram fortes militares para defender a região contra a invasão de outros povos, em 1616, ocasionando na fundação de Belém.[6] As riquezas da Floresta Amazônica também passaram a ser de interesse da Coroa Portuguesa.[6] Com os exploradores portugueses, vieram os missionários católicos para a região, com o objetivo de catequizar os índios. Os índios eram reunidos pelos missionários em aldeias, chamadas de missões, sendo que muitas delas deram origem a várias cidades, como Borba e Óbidos.[6]

Os brasileiros de outros estados, principalmente nordestinos, vieram para a Região Norte a fim de trabalhar na extração da borracha. Muitas famílias japonesas vieram trabalhar nas colônias agrícolas. Os japoneses iniciaram a plantação da pimenta-do-reino e da juta.

Durante as décadas de 60, 70 e 80, os governos militares implantaram um grande plano de integração dessa região com as demais regiões do Brasil, incluindo a construção de várias rodovias (como a rodovia Transamazônica), instalação de indústrias e a criação da zona franca de Manaus.

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Povoamento

A divisão territorial em países não coincide, necessariamente, com a ocupação indígena do espaço geográfico; em muitos casos, há povos que vivem dos dois lados de fronteiras internacionais, criadas muito depois de eles já estarem na região. Os habitantes da Amazônia, desde o início da colonização do século XVII até os presentes dias, dedicaram-se a atividades extrativistas e mercantilistas, inserindo entre 1840 e 1910, o monopólio da borracha, principalmente no Amazonas e Acre. Todo esse processo de colonização gerou mudanças como a redução da população indígena, aumento da identidade cabocla, mestiçagem entre brancos, negros e indígenas, redução de espécies de plantas e animais e outras consequências.

Vários personagens surgiram da miscigenação de povos que trabalharam nas terras amazônicas como os caboclos, os ribeirinhos, os seringueiros e o balateiros, que até hoje residem no local e constituem a maior parte da população.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Amazônia passou a integrar o processo de desenvolvimento nacional. A criação do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) em 1952, a implantação das agências de desenvolvimento regional como a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em 1966 e a Zona Franca de Manaus, em 1967, passaram a contribuir no povoamento da região e na execução de projetos voltados para a região.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia da Região Norte do Brasil

Fotografia do limbo da Terra vista da Estação Espacial Internacional, sobre o Norte do Brasil, durante a Expedição 20. A vegetação da Amazônia, a maior floresta tropical da Terra, influencia fortemente o ciclo da água regional.

A Região Norte ocupa uma área de 3 853 676,948 km², correspondendo a 45,27% do Brasil, [1] [7] ontologicamente a maior região brasileira em extensão territorial. Neste território regional situam-se os estados mais extensos do Brasil, Amazonas e Pará, respectivamente. Ainda, os três municípios brasileiros mais extensos também estão localizados na macrorregião: Altamira, Barcelos e São Gabriel da Cachoeira, que possuem cada um mais de 100.000 km², uma extensão superior a aproximadamente 105 países mundiais, superando ainda a área dos estados de Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos. Limita-se ao sul com os estados de Mato Grosso e Goiás, além da Bolívia, a leste com o Maranhão, Piauí e a Bahia, a oeste com o Peru e com a Colômbia e a norte com Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.

Relevo

Ver artigo principal: Relevo da Região Norte do Brasil

O relevo nortista constitui-se de três grandes unidades geomorfológicas:

Planícies e Terras Baixas Amazônicas;

Planalto das Guianas;

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Planalto Central.

Planícies e Terras Baixas Amazônicas

Foto de satélite de uma parte da Planície amazônica.

São, de modo geral, objetos de conhecimento dos especialistas em geografia do Brasil como Planície Amazônica, embora a planície de verdade começa a ser visto apenas nas margens do rio Amazonas ou em trechos de menor porte, em meio a áreas de maior altitude. Esse compartimento geomorfológico poder ser divididos em três: igapós, tesos ou terraços fluviais e terra firme.

Igapós: Correspondem às áreas mais baixas, constantemente inundadas pelas cheias do rio Amazonas.

Tesos ou terraços fluviais (Várzeas): Suas altitudes são sempre inferiores a 30 metros, sendo inundados pelas cheias mais fortes.

Terra firme: Atinge altitudes de até 350 metros, estando livre das inundações. Ao contrário das várzeas e dos terraços fluviais, formados predominantemente pelos sedimentos que os rios depositam, a terra firme é constituída basicamente por arenitos.

O planalto das Guianas localiza-se ao norte da Planície Amazônica, sendo constituído por terrenos cristalinos. Prolonga-se até a Venezuela e as Guianas, e na área de fronteira entre esses países e o Brasil aparece a região serrana, constituída — de oeste para leste — pelas serras do Imeri ou Tapirapecó, Parima, Pacaraíma, Acaraí e Tumucumaque. É na região serrana que se encontram os pontos mais altos do país, como o pico da Neblina e o pico 31 de Março, na serra do Imeri, estado do Amazonas, inicialmente aferidos com instrumentos rudimentares de medição em 3.014 e 2.992 metros de altitude, respectivamente. Porém após o advento de instrumentos mais precisos para tal medição, como o GPS geodésico, esses valores foram corrigidos para 2.993m (Pico da Neblina) e 2.972m (Pico 31 de Março).[8] As medidas oficiais foram obtidas pelo Projeto Pontos Culminantes do Brasil.

Planalto Central

O planalto Central localiza-se ao sul da região abrangendo o sul do Amazonas e do Pará e a maior parte dos estados de Rondônia e do Tocantins. É constituído por terrenos cristalinos e sedimentares antigos, sendo mais elevado ao sul e no Tocantins.

Clima

Mapa climático da Região Norte do Brasil.

Algumas latitudes podem criar uma região com climas quentes e úmidos. A existência de calor e da enorme massa líquida favorecem a evaporação e fazem da Região Norte uma área bastante úmida. Dominada assim por um clima do tipo equatorial, a região apresenta temperaturas elevadas o ano todo (médias de 24°C a 26°C), uma baixa amplitude térmica, com exceção de algumas áreas do Amazonas, Rondônia e do Acre, onde ocorre o fenômeno da friagem, em virtude da atuação do La Niña, permitindo que massas de ar frio vindas do oceano Atlântico sul penetrem nos estados da região Sul, entrem por Mato Grosso e atinjam os estados amazônicos, diminuindo a

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temperatura. Isto ocorre porque o calor da Amazônia propicia uma área de baixa latitude que atrai massas de ar polar. Ocorrendo no inverno, o efeito da friagem dura uma semana ou pouco mais, quando a temperatura chega a descer a 6°C em Vilhena (RO), 10°C em Lábrea (AM), 12°C em Porto Velho (RO), 13°C Eirunepé (AM), 15ºC em Marabá (PA) e até 9°C em Rio Branco (AC).

O regime de chuvas na região é bem marcado, havendo um período seco, de junho a novembro, e outro com grande volume de precipitação, Dezembro a Maio. As chuvas provocam mais de 2.000 mm de precipitação anuais, havendo trechos com mais de 3.000 mm, como o litoral do Amapá, a foz do rio Amazonas e porções da Amazônia Ocidental.

A Região Norte apresenta o clima mais úmido do Brasil, sendo comum a ocorrência de fortes chuvas. São características da região.As chuvas de convecção ou de "hora certa", que em geral ocorrem no final da tarde e se formam da seguinte maneira: com o nascer do Sol, a temperatura começa a subir, ou seja, aumentar em toda a região, aquecimento que provoca a evaporação; o vapor de água no ar se eleva, formando grandes nuvens; com a diminuição da temperatura, causada pelo passar das horas do dia, esse vapor de água se precipita, caracterizando as chuvas de "hora certa".

Vegetação

Floresta amazônica.

Na Região Norte está localizado um importante ecossistema para o planeta: a Amazônia. Além da Amazônia, a região apresenta uma pequena faixa de mangue (no litoral) e alguns pontos de cerrado, e também alguns pontos de matas galerias.

Aprender as características físicas de uma região depende, em grande parte, da capacidade de dedução e observação: na Região Norte, a latitude e o relevo explicam a temperatura; a temperatura e os ventos explicam a umidade e o volume dos rios; e o clima e a umidade, somados, são responsáveis pela existência da mais extensa, variada e densa floresta do planeta, ou seja, a Floresta Amazônica ou Hileia.

A Ilha de Marajó, no estado do Pará, apresenta formações rasteiras de Campos da Hileia que, por sua vez, ficam inundadas nos períodos de cheias dos rios. É a maior ilha de água fluviomarinha do mundo. Grandes extensões de cerrado podem ser encontradas nos estados de Rondônia, Tocantins e Roraima.

Equivalendo a mais de um terço das reservas florestais do mundo, é uma formação tipicamente higrofila, com o predomínio de árvores grandes e largas (espécies latifoliadas), muito próximas umas das outras e entrelaçadas por grande variedade de lianas (cipós lenhosos) e epífitas (vegetais que se apoiam em outros). O clima da região, quente e chuvoso, permite o crescimento das espécies vegetais e a reprodução das espécies animais durante o ano todo. Isso faz com que a Amazônia tenha a flora mais variada do planeta, além de uma fauna muito rica em pássaros, peixes e insetos.

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Mapa de vegetação da Região Norte do Brasil.

A Floresta Amazônica apresenta algumas variações de aspecto, conforme o local, junto aos rios, nas áreas permanentemente alagadas, surge a mata de igapó, com árvores mais baixas. Mais para o interior surgem associações de árvores mais altas, conhecidas como mata de várzea, inundadas apenas durante as cheias. As áreas mais distantes do leito dos rios, inundadas somente por ocasião das grandes enchentes, são chamadas de mata de terra firme ou caaetê, que significa mata (caa) de proporções grandiosas.

Se não considerarmos a devastação, mais de 90% da área da Região Norte é ocupada pela Floresta Amazônica ou equatorial, embora ela não seja a única formação vegetal da Amazônia. Surgem ainda: Campos da Hileia, em manchas esparsas pela região, como na ilha de Marajó e no vale do rio Amazonas; o cerrado, que ocupa grande extensão do estado do Tocantins e vastos trechos de Rondônia e Roraima, além da vegetação litorânea.

Hidrografia

Ver artigo principal: Hidrografia da Região Norte do Brasil

A região apresenta a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia amazônica, formada pelo rio Amazonas e seus milhares de afluentes (alguns inclusive não catalogados). Em um de seus afluentes (rio Uamutã) está instalada a Usina Hidrelétrica de Balbina e em outro de seu afluente (rio Jamari) está localizada a usina Hidrelétrica de Samuel, construída na cachoeira de Samuel. Devido ao tamanho do rio Amazonas, foram construídos muitos portos durante o curso do rio, destacando-se entre eles pelo volume de cargas transportadas os portos de Manaus no estado do Amazonas, de Santarém no Pará, e de Santana no Amapá.

A foz do rio Amazonas apresenta um dos fenômenos naturais mais impressionantes que existe, a pororoca, uma perigosa onda contínua com até 5m de altura, formada na subida da maré e que costumeiramente é explorada por surfistas.

Na foz do rio Amazonas encontra-se a ilha de Marajó, a maior ilha de água fluviomarinha do mundo, com aproximadamente 50.000 km², que também abriga o maior rebanho de búfalos do país. Está no guiness book/2005.

A segunda maior bacia hidrográfica da região (e a maior inteiramente brasileira) é a Araguaia-Tocantins.[9] Num de seus rios integrantes (rio Tocantins), está instalada a UHE Tucuruí, uma das maiores usinas hidroelétricas do mundo.

Um fato interessante a respeito dessa bacia é a presença da ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, localizada no estado do Tocantins. A ilha é formada pelo rio Araguaia e por um de seus afluentes, o rio Javaés.

Demografia

Posição Estado População

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(2014)[2] % da pop.

total

1 Pará Pará 8 073 924 46,9%

2 Amazonas 3 873 743 22,5%

3 Rondônia 1 748 531 10,1%

4 Tocantins 1 496 880 8,6%

5 Acre 790 101 4,6%

6 Amapá 750 912 4,4%

7 Roraima 496 936 2,9%

Apesar de ser a maior região em termos superficiais, é a segunda menos populosa do Brasil, com 17 milhões de habitantes, à frente apenas do Centro-Oeste. Isso faz com que sua densidade demográfica, 4,77 hab./km², seja a menor entre as regiões do país. Essa pequena densidade populacional na Região Norte e no Centro-Oeste faz com que hajam grandes "vazios demográficos", sendo que uma das principais razões é a extensa área coberta pela Amazônia, que por ser um ecossistema de floresta densa, dificulta a ocupação humana.

No período de 1970/2000, a população amazônica quase triplicou, evoluindo de aproximadamente 5,3 milhões de habitantes para 15,1 milhões de habitantes, em decorrência das elevadas taxas anuais de crescimento experimentadas, sempre superiores à média brasileira, mas que se mostram declinantes ao longo das três últimas décadas (4,38% a.a em 1980, 3,30% a.a em 1990 e 2,26% a.a em 2000) Essa tendência manifesta-se em quase todas as unidades federadas, à exceção do Amapá, que registrou taxas crescentes e elevadas de incremento populacional, que atingiu 5,71% a.a no interstício 1991/2000, e do Amazonas, que possui caso semelhante ao Amapá e registrou um crescimento populacional de 3,03% a.a no mesmo período, como resultado de fluxos migratórios em direção a esses estados.

A distribuição da população entre os estados mantém o seu perfil concentrado, embora mais atenuado, em apenas dois estados: Pará e Amazonas, onde residem 70% do total de habitantes. O Pará, sozinho, corresponde a quase metade do total da população da região, seguido pelo Amazonas que representa pouco mais de 20%. A população está concentrada, sobretudo, nas capitais dos estados. Com mais de dois milhões de habitantes, Manaus, capital do Amazonas, é o município mais populoso, concentrando 52,5% da população regional e 11,7% da Região, seguida por Belém, Pará, com 1,4 milhões, que sozinha abriga 17,7% dos habitantes de seu estado e 8,3% do Norte.

ver • editar

Municípios mais populosos da Região Norte do Brasil

Estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 1º de julho de 2014[2]

Manaus aerial view.jpg

Manaus

Belém Skyline.jpg

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Belém

Posição Localidade Estado Pop. Posição Localidade Estado Pop. Shopping Castanheira e BR-316.JPG

Ananindeua

Skyline Olaria - Porto Velho - 2008.jpg

Porto Velho

1 Manaus Amazonas 2 020 301 11 Castanhal Pará 186 895

2 Belém Pará 1 432 844 12 Parauapebas Pará 183 352

3 Ananindeua Pará 499 776 13 Araguaína Tocantins 167 176

4 Porto Velho Rondônia 494 013 14 Abaetetuba Pará 148 873

5 Macapá Amapá 446 757 15 Ji-Paraná Rondônia 129 242

6 Rio Branco Acre 363 928 16 CametáPará 129 161

7 Boa Vista Roraima 314 900 17 Marituba Pará 120 305

8 Santarém Pará 290 521 18 Bragança Pará 120 124

9 Palmas Tocantins 265 409 19 Barcarena Pará 112 921

10 MarabáPará 257 062 20 São Félix do Xingu Pará 111 633

Etnias

Cor/Raça (2010)[10]

Parda 67,2%

Branca 23,2%

Negro 6,5%

Indígena 1,9%

Amarela 1,1%

A população do Norte brasileiro é largamente formada por mestiços, descendentes de indígenas e portugueses. Em Manaus, a maior cidade da Região, é grande o número de descendentes de ingleses, franceses e judeus, o que eleva o percentual de brancos na cidade, que chega a quase 40% da população. O que faz de Manaus a segunda capital com maior percentual de brancos na Região Norte, só fica atrás de Porto Velho. Já a população negra na Região Norte, está mais concentrada nos Estados do Pará e Tocantins, Belém e Palmas são as capitais com maior percentual de negros na Região Norte. No século XX, o Norte também recebeu grande migração dos nordestinos, que foram trabalhar nos seringais do Amazonas e do Acre. Também há um elevado número de migrantes, oriundos do sul e sudeste do Brasil na Região Norte, migrantes gaúchos, catarinenses, paranaenses e também paulistas, estão basicamente concentrados nos Estados do Amazonas, Rondônia e Acre.

Regiões metropolitanas

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A Região Metropolitana de Manaus é a segunda mais populosa e a mais importante área metropolitana da Região Norte, e a maior brasileira em área territorial, com seus 101 474 km².[1]

Oito regiões metropolitanas brasileiras localizam-se na Região Norte do Brasil. Entretanto, apenas duas delas possuem mais de dois milhões de habitantes: As regiões metropolitanas da Grande Manaus e Grande Belém.

A Região Metropolitana de Belém possui 2 126 250 habitantes, sendo a segunda mais populosa da região. Abrange sete municípios. Além de Belém, é formada pelos municípios de Ananindeua, Benevides, Marituba, Santa Bárbara do Pará, Santa Isabel do Pará e Castanhal;[11]

A Região Metropolitana de Boa Vista é a mais populosa do estado de Roraima, com uma população de 311 666 habitantes. É formada por dois municípios: Boa Vista, capital do estado, e Cantá.[12]

A Região Metropolitana Central é uma região metropolitana no estado de Roraima. Criou-se em 2007, através da Lei Complementar Estadual nº 130 de 21 de dezembro. Fazem parte dela os municípios de Caracaraí e Iracema.

A Região Metropolitana de Macapá está situada no estado do Amapá e engloba dois municípios: Macapá e Santana. Possui uma população de 509 883 habitantes.[12]

A Região Metropolitana de Manaus é a mais populosa da região, com 2 478 860 habitantes e a maior região metropolitana brasileira em área territorial. É formada por Manaus, capital do estado do Amazonas e outros sete municípios: Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. O maior acesso entre seus municípios dar-se-á através da Ponte Rio Negro.[13]

A Região Metropolitana de Marabá está localizada no Pará. Foi criada em 2013 e conta com 311 172 habitantes. É formada por Marabá e outros quatro municípios: Bom Jesus do Tocantins, Nova Ipixuna, São Domingos do Araguaia e São João do Araguaia.[14] [15]

A Região Metropolitana de Santarém, criada em 2012, abrange os municípios de Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos. Tem uma população de 310 898 habiltantes.[16]

A Região Metropolitana do Sul de Roraima situa-se no estado de Roraima. Assim como as outras duas regiões metropolitanas existentes no estado, foi criada pela Lei Complementar Estadual nº 130 de 21 de dezembro de 2007. É formada por três municípios: São Luís, Caroebe e São João da Baliza. A população da região metropolitana do Sul de Roraima está estimada em 22 058 habitantes, sendo a menos populosa do Brasil.

Economia

Ver artigo principal: Economia da Região Norte do Brasil

A economia da região baseia-se nas atividades industriais, de extrativismo vegetal e mineral, inclusive de petróleo e gás natural, agricultura e pecuária, além das atividades turísticas.

Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte representava 5,3% do PIB nacional.[17] Foi a região brasileira que apresentou o maior crescimento econômico em um período de oito anos, passando de 4,7% em 2002 a 5,3% em 2010, em concentração do PIB brasileiro.[17] Com um crescimento em volume do PIB de 14,2% e 74,2%, respectivamente, o Tocantins foi o estado que apresentou o maior crescimento em volume.[17] Entretanto, as maiores contribuições econômicas da Região em 2010 continuaram a vir dos estados do Pará, Amazonas e Rondônia.[17] No Pará, destacou-se a recuperação internacional do preço do minério de ferro, que representa um grande peso

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na economia do estado. O Amazonas apresentou uma grande recuperação da indústria de transformação, seriamente abalada pela crise econômica de 2008. Rondônia, por sua vez, obteve o maior ganho de participação na atividade agropecuária dentre todos os estados entre 2002 e 2010.[17]

Além disso, em âmbito nacional, Amazonas e Rondônia subiram uma posição na Lista de estados brasileiros classificados por PIB. O Amazonas passou de 15º para 14º estado mais rico do país em 2010, ultrapassando o Mato Grosso, que caiu uma posição no referido ano. Rondônia deixou a 23ª posição e passou a ocupar a 22ª, desbancando o Piauí, que também caiu uma posição entre os estados.[17]

Dos sete estados da região, apenas Pará e Amazonas integram o chamado "Grupo Econômico Intermediário", formado por nove estados brasileiros que representam entre 2,6% e 1,2% da economia brasileira. Além do Pará e Amazonas, que representam 2,1% e 1,6%, respectivamente, da economia do país, fazem parte deste grupo os estados de Goiás, Pernambuco, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Maranhão e Mato Grosso do Sul.[17] Os demais estados da região representam menos de 1% da economia brasileira. Por ordem, seguem-se os estados de Rondônia (0,6% da economia nacional), Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e Roraima (0,2%).[17]

Participação dos estados no PIB nacional (IBGE/2010)

EstadosPIB (em R$ 1 000)[17] % do PIB nacional PIB per capita

Pará 77.848.000 2,1 10.259

Amazonas 59.779.000 1,6 17.173

Rondônia 23.561.000 0,6 15.098

Tocantins 17.240.000 0,5 12.461

Acre 8.477.000 0,2 11.567

Amapá 8.266.000 0,2 12.361

Roraima 6.341.000 0,16 14.051

Setor primário

Agricultura

Em relação à agricultura, têm crescido muito as plantações de soja. Além da soja, outras culturas muito comuns na região são o arroz, o guaraná, a mandioca, cacau, cupuaçu, coco e o maracujá.

A agricultura comercial concentra-se nos seguintes pólos:

a área de várzeas no médio e baixo Amazonas, onde o cultivo da juta possui grande destaque;

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a Região Bragantina, próxima a Belém, onde se pratica a policultura, que abastece a grande capital nortista, e a fruticultura. A pimenta-do-reino, cujo cultivo se iniciou com a chegada dos imigrantes japoneses, é outro importante produto da região.

Especiaria apreciada desde tempos remotos, a pimenta-do-reino foi introduzida com sucesso pelos imigrantes japoneses na Região Norte.

Uma das características dessa área são os solos lateríticos, presentes nas zonas intertropicais em geral, onde a intensa umidade provoca a concentração de minério de ferro na superfície. O resultado é uma camada de coloração avermelhada, endurecida e ácida, imprópria para a agricultura. Por esse motivo, os imigrantes japoneses implantaram um sistema de cultivo, denominado cultura de vaso, que consiste em abrir covas, de onde retiram o solo laterítico, substituindo-o por solos de melhor qualidade, aplicando-lhes corretivos agrícolas até obterem o aproveitamento desejado;

Rondônia, que a partir da década de 1970 atraiu agricultores do centro-sul do país, estimulados pelos projetos de colonização e reforma agrária do governo federal e da disponibilidade de terras férteis e baratas. O desenvolvimento das atividades agrícolas trouxe uma série de problemas ambientais e conflitos fundiários. Por outro lado, transformou a área em uma das principais fronteiras agrícolas do país e uma das regiões mais prósperas e produtivas do Norte brasileiro. Atualmente o estado destaca-se na produção de café (maior produtor da Região Norte e 6º maior do Brasil), cacau (2º maior produtor da Região Norte e 3º maior do Brasil), feijão (2º maior produtor da Região Norte), milho (2º maior produtor da região Norte), soja (2º maior produtor da região Norte), arroz (3º maior produtor da região Norte) e mandioca (4º maior produtor da região Norte). Até mesmo a uva, fruta pouco comum em regiões com temperaturas elevadas, é produzida em Rondônia, mais precisamente no sul do estado (produção de 224 toneladas em 2007). Apesar do grande volume de produção e do território pequeno para os padrões da região (7 vezes menor que o Amazonas e 6 vezes menor que o Pará), Rondônia ainda possui mais de 60% de seu território totalmente preservado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, tendo alcançado uma redução de 72% nos índices de desmatamento entre 2004 e 2008;

Cerrado, em Tocantins, onde a correção do solo ácido com calcário e fertilizantes garante uma expressiva monocultura de soja.

Acredita-se que o estado do Acre, onde há vastas áreas de solos férteis, se torne a próxima fronteira agrícola da região. Cientistas e ecologistas temem que tal fato se concretize, pois a devastação da floresta, como já ocorreu em outros estados da Amazônia Legal, como Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão e Rondônia, seria inevitável. Uma medida apontada como eficaz para evitar a reincidência de tais problemas seria a aplicação rigorosa da legislação ambiental na região.

Pecuária

A paisagem predominante na região Norte — a grande Floresta Amazônica — não é propícia à criação de gado. Apesar disso, a implantação de projetos agropecuários vem estimulando essa atividade ao longo das rodovias Belém-Brasília e Brasília-Acre, principalmente devido à facilidade de contato com os mercados do Sudeste e Centro-Oeste. A pecuária praticada é do tipo extensivo e voltada quase que exclusivamente para a criação de bovinos. Grandes transnacionais aplicam vultosos capitais em imensas propriedades ocupadas por essa atividade.

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Há um dado negativo, entretanto, pois, de todas as atividades econômicas, a mais prejudicial à floresta é a pecuária, porque requer a devastação de grandes trechos da mata. A substituição da floresta por pastagens aumenta a temperatura local e diminui a pluviosidade, levando, em última instância, à desertificação das áreas de criação. As áreas destinadas a essa atividade permanecem produtivas por período de tempo reduzido, devido à baixa tecnologia utilizada na maioria dos empreendimentos pioneiros.

Assim, a pecuária é desenvolvida com sucesso apenas nos Campos da Hileia, principalmente em Roraima e na ilha de Marajó, onde se encontra o maior rebanho de búfalos do país.

Atualmente, a Região Norte possui um rebanho bovino de aproximadamente 38 milhões de cabeças de gado, sendo que 89% desse total encontra-se em apenas três estados, Pará (15 milhões de cabeças), Rondônia (11 milhões de cabeças) e Tocantins (7 milhões de cabeças). Em 2008, o estado de Rondônia foi o 5º maior exportador de carne bovina do país, de acordo com dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), superando estados tradicionais, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Além da pecuária de corte, a pecuária leiteira também se destaca na região, com uma produção total em 2007 de cerca de 1,7 bilhão de litros de leite, sendo que 93% desse total foi produzido em apenas três estados, Rondônia (708 milhões de litros), Pará (643 milhões de litros) e Tocantins (213 milhões de litros).

Extrativismo

Extrativismo vegetal

Essa atividade, que já foi a mais expressiva da Região Norte, perdeu importância econômica nos últimos anos. Atualmente a madeira é o principal produto extrativo da região, a produção se concentra nos estados do Pará, Amazonas e Rondônia. A borracha já não representa a base econômica da região, como foi no século XX, apesar de ainda estar sendo produzida nos estados: Amazonas, Acre e Rondônia. Como consequência do avanço das áreas destinadas a agropecuária, tem ocorrido uma grande redução das áreas dos seringais.

Extrativismo animal

O extrativismo animal, representado pela caça e pesca, também é praticado na região. Possuindo uma fauna extremamente rica, a Amazônia oferece grande variedade de peixes — destacando-se o tucunaré, peixe-boi, o tambaqui e o pirarucu —, bem como tartarugas e um sem-número de outras espécies. O produto dessa atividade, geralmente, vem completar a alimentação do habitante do Norte, juntando-se em sua mesa ao arroz, à abóbora, ao feijão, ao milho, à banana etc.

Extrativismo mineral

O extrativismo mineral baseia-se na prospecção e extração de minerais metálicos, como ouro, na serra pelada, diamantes, alumínio, estanho, ferro em grande escala na serra dos Carajás, estado do Pará e manganês e níquel, noroeste do Pará, encontra-se a mineração Rio do Norte (bauxita), na serra do Navio, estado do Amapá; e extração de minerais fósseis, como o petróleo e o gás natural do campo de Urucu, no estado do Amazonas, no município de

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Coari, o que o tornam o terceiro maior produtor de petróleo do Brasil. No distrito de Bom Futuro, em Ariquemes - RO encontra-se a maior mina de cassiterita a céu aberto do mundo; em Espigão D'Oeste - RO, encontra-se uma mina de diamantes propriedade dos índios Cinta Larga.

Setor secundário

Indústria

Não há uma verdadeira economia industrial na Amazônia. Existem, isto sim, algumas poucas indústrias isoladas, geralmente de beneficiamento de produtos agrícolas ou do extrativismo. As únicas exceções a esse quadro ocorrem em Manaus, onde a isenção de impostos, administrada pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), mantém cerca de 500 indústrias. Entretanto, apesar de empregar expressiva parcela da mão-de-obra local,somente agora foi implantado o Polo de Biotecnologia, através do qual será possível explorar as matérias-primas regionais. Na maioria são filiais de grandes indústrias eletrônicas, quase sempre de capitais transnacionais, que produzem aparelhos eletrônicos, motocicletas, relógios, aparelhos de ar-condicionado, CDs e DVDs, suprimentos de informática e outros, com componentes trazidos de fora da região. E também polos Indústriais na região metropolitana de Belém, em Marabá e Barcarena(polos metal-mecânicos) em Porto Velho e em Santana (Amapá).

Zona Franca de Manaus

O Teatro Amazonas no centro de Manaus.

Quando a Zona Franca foi ampliada, em 1967, por um decreto do então presidente Castelo Branco, o objetivo era atrair para a Amazônia indústrias que baixassem o custo de vida e trouxessem o progresso para a região. Pensava-se em implantar uma espécie de "porto livre", em que as importações fossem permitidas. Nas vitrines da Zona Franca de Manaus, os numerosos turistas do Sul do país encontravam o que havia de mais moderno nas nações industrializadas em matéria de televisores, aparelhos de som, óculos, calculadoras, filmadoras, enfim, todos os objetos de consumo ambicionados pela classe média. Manaus parecia ter encontrado um substituto para a borracha que, no século XIX, a tornara uma das cinco cidades mais ricas do mundo. Entretanto, durante a década de 1980, a livre importação foi restringida pelo governo, mais interessado em proteger a indústria nacional. Assim, grande parte dos atrativos da Zona Franca desapareceram, fato que se somava à grande distância de Manaus dos grandes centros consumidores do centro-sul do país.

Porém o saldo é positivo. Se, por um lado, houve um decréscimo na atividade comercial e a infra-estrutura turística montada na época da opulência (hotéis e transportes) teve que procurar alternativas de utilização, por outro, a Zona Franca cumpriu o seu papel — existe hoje o Polo Industrial de Manaus (PIM), o Polo Agropecuário e o Polo de Biotecnologia, que se revelam promissores para a economia local.

Energia

A maior parte dos rios da Região Norte são de planície, embora haja muitos outros que oferecem grande possibilidade de aproveitamento hidrelétrico. Atualmente, além da gigantesca Tucuruí, das usinas do rio Araguari (Amapá), de Santarém (Pará) e de Balbina, construída para suprir Manaus, o Norte conta com hidrelétricas em

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operação nos rios Xingu (São Félix), Curuá-Una, Jatapu e Araguari (Coaracy Nunes), existindo ainda várias usinas hidrelétricas e térmicas em projeto e construção.

Contudo, a construção dessas usinas é alvo de severas críticas por parte de ecologistas do mundo inteiro. Sua implantação requer a devastação de enorme quantidade de árvores, provocando a extinção de grande variedade de mamíferos, aves, peixes e insetos, muitos dos quais desconhecidos pelos cientistas, além de interferir na vida de grupos indígenas, com a usina de Kararaó, por exemplo.

A Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, em particular, recebeu muitas críticas. Apesar de haver inundado uma área enorme para funcionamento, produz pouca energia, pois os rios que formam o seu lago têm fraca vazão e correm em terreno de pequena declividade. Além disso, a produção de gás natural de Urucu (Município de Coari) poderia substituir Balbina no suprimento de energia para a região de Manaus, após a conclusão do gasoduto que será construído até aí.

De qualquer modo, a energia abundante constitui o primeiro passo para a industrialização e oferece boas perspectivas à região.

Em 1978, começaram a ser construídas usinas hidrelétricas na região. Atualmente várias estão concluídas, e muitas outras projetadas. Entre as que estão em funcionamento estão Tucuruí e Curuá-Una, no Pará; Balbina, no Amazonas; Samuel, em Rondônia; Coaraci Nunes, no Amapá, Estreito, Cana Brava, Serra da Mesa, Peixe Angical em Tocantins.

A UHE – Lajeado é a primeira hidrelétrica brasileira privada, construída com auxílio financeiro público, erguida com total desrespeito à população atingida: índios xerete, ribeirinhos e camadas pobres de Palmas, Porto Nacional e região em Tocantins.

Atualmente, estão em construção no Rio Madeira, em Rondônia, as usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, que juntas terão uma capacidade instalada de 6.450 MW, cerca de metade da energia gerada pela UHE de Itaipu. As usinas são apontadas pelos especialistas da área como uma solução para os problemas de racionamento de energia do país. Apesar da polêmica criada em torno das obras por parte de ambientalistas e organizações não-governamentais, as usinas serão as primeiras da Amazônia a utilizar o sistema de turbinas tipo "bulbo", o que não requer grandes volumes de água, uma vez que as turbinas serão acionadas pela correnteza do rio e não pela queda d'água. Com isso, o coeficiente de eficiência energética das usinas será superior, por exemplo, ao da UHE de Itaipu, considerada um modelo para o setor.

Setor terciário

Transportes

BR-174 atravessando floresta amazônica no Amazonas e Roraima.

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Trecho duplicado da BR-364 próximo a Porto Velho.

A malha rodoviária na região não é muito extensa. Boa parte das rodovias existentes na região foram construídas nos anos 60 e 70, com o intuito de integrar essa região às outras regiões do país. Como exemplo, tem-se a rodovia Transamazônica, a rodovia Belém-Brasília e a BR-364 (Cuiabá-Porto Velho-Rio Branco).

Em relação à malha ferroviária, duas ferrovias possuem destaque: A estrada de ferro Carajás, que vai de Marabá, estado do Pará, a São Luís, capital do estado do Maranhão (Região Nordeste), que escoa os minerais extraídos na serra dos Carajás até os portos de Itaqui e Ponta da Madeira; e a Estrada de Ferro do Amapá, que transporta o manganês e o níquel, extraídos na serra do Navio até o porto de Santana, em Macapá, capital do estado do Amapá. Uma outra estrada de ferro importante para a região foi a ferrovia madeira-Mamoré, localizada no estado de Rondônia e que foi construída no início do século XX, com o intuito de escoar a borracha produzida nessa região e na Bolívia para o oceano Atlântico, através dos rios Madeira e Amazonas, até os portos de Manaus e Belém. Atualmente essa ferrovia encontra-se desativada.

Na Amazônia Central os meios de transporte mais utilizados são barcos e aviões, e existem aeroportos em quase todos os municípios da região. O transporte por estradas só existe de verdade no sul e leste do Pará, no sul do Amazonas, entre os municípios mais próximos de Manaus e nos estados do Acre e Rondônia. Manaus é um dos maiores centros de movimentação de cargas no país e é servida pelo transporte rodoviário interestadual com carretas embarcadas em balsas e transportadas até os portos de Belém do Pará e Porto Velho/RO. Existe a BR-174 que liga Manaus a Boa Vista/RR e a partir daí liga a região ao Caribe, através da Venezuela. O rio Amazonas permite a navegação de navios de grande porte, de qualquer calado, e Manaus também é servida por esse modal.

Turismo

Rio Branco.

Ver artigo principal: Turismo no Norte do Brasil

Por ser uma região pouco habitada e de ocupação mais tardia, o ecossistema regional encontra-se preservado, o que propicia as atividades de ecoturismo.

As cidades que recebem o maior número de turistas são:

Manaus

Porto Velho

Presidente Figueiredo

Salinópolis

Santarém

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Parintins

Belém

Macapá

Coari

Belém

Bragança

Parauapebas

Palmas

Boa Vista

Rio Branco

Manaus foi uma das primeiras cidades brasileiras a possuir o AmazonBus, veículo oferecido aos turistas que visitam à cidade aos moldes de veículos turísticos que já operam em cerca de setenta cidades turísticas do exterior. O AmazonBus percorre 40 pontos turísticos manauenses. Dentre os incluídos no roteiro, estão o Teatro Amazonas e a Praia da Ponta Negra..[18] [19]

Cultura

Theatro da Paz.

O ciclo da borracha converteu as cidades amazônicas em prósperos centros econômicos e culturais. Teatro Amazonas na cidade de Manaus.

Com folclore próprio, as grandes atrações são o Festival Folclórico de Parintins, o Círio de Nazaré, em Belém/PA, o Çairé, em Santarém/PA e as danças típicas, Marujada, Carimbó e Cirandas, como Samba lelê e outros.

Na região estão alguns dos teatros mais belos do Brasil, que são: Teatro Amazonas, localizado em Manaus e o Theatro da Paz, localizado em Belém. Uma mistura da arte barroca, rococó e outras artes além de ser o principal símbolo do áureo da borracha, na época em que Manaus e Belém eram as localidades mais ricas do Brasil.

Literatura

José Veríssimo

Inglês de Sousa

Dalcídio Jurandir

Antônio Tavernard

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Benedicto Monteiro

Os estados que compõem a região Norte do Brasil são: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Essa é a maior região brasileira em extensão territorial (3.853.397,2 km²), corresponde a aproximadamente 42% do território nacional e seu contingente populacional é de 15 milhões de habitantes, composto por indígenas e imigrantes: gaúchos, paranaenses, paulistas, nordestinos, africanos, europeus e asiáticos.

Todos esses fatores contribuem para a pluralidade cultural, composta por diversas danças, crenças, comidas, festas, dentre outros aspectos que integram a cultura de um povo.

Os índios realizam inúmeros rituais, cada tribo expressa sua crença e tradição, havendo diferenciação nos elementos culturais. Em suas celebrações, os índios normalmente, se pintam e usam vários acessórios, por motivos de vaidade ou questões religiosas.

Celebração indígena

O Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas realizadas no Brasil e no mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da cidade de Belém, capital do estado do Pará, ato representado por um grandioso espetáculo em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

A Festa do Divino é de origem portuguesa. Uma da mais cultuadas em Rondônia, reúne centenas de fiéis nos meses de abril, maio e junho, proporcionando um belo espetáculo. Os festejos iniciam-se após a quaresma, com a saída da bandeira do Divino. A bandeira é vermelha e possui uma pomba branca, além de várias fitas coloridas.

Jerusalém da Amazônia é a segunda maior cidade cenográfica do mundo, onde se encena a Paixão de Cristo durante a Semana Santa. Esse é outro evento cultural de fundamental importância, realizado na região Norte.

A Folia de Reis é uma manifestação cultural muito comum nos estados que compõem a referida região, na qual se comemora o nascimento de Jesus Cristo, encenando a visita dos três Reis Magos à gruta de Belém para adorar o Menino-Deus. Dados relacionados a essa festa, afirmam que sua origem é portuguesa e tinha um caráter de diversão, simbolizando a comemoração do nascimento de Cristo.

Os Três Reis Magos

Na cidade de Taguatinga, localizada no sul do estado do Tocantins, as Cavalhadas acontecem durante a festa de Nossa Senhora da Abadia, nos dias 12 e 13 de agosto. O ritual inicia-se com a benção do sacerdote aos cavalheiros, juntamente com a entrega das lanças usadas nos treinamentos para a batalha ao imperador, simbolizando que estes estão preparados para se apresentar em louvor a Nossa Senhora da Abadia e em honra ao imperador. É a

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representação de uma batalha de cunho religioso entre mouros e cristãos, na qual estes últimos acabam vencendo, e ocorre a submissão dos mouros ao cristianismo.

O Congo ou Congada é uma manifestação cultural de origem africana, mas com influência ibérica no que se refere à religiosidade. É popular em toda a região Norte do Brasil, durante o Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

A congada é a representação da coroação do rei e da rainha, eleitos pelos escravos, e da chegada da embaixada, que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador. Vence o rei, perdoa-se o embaixador. O término ocorre na igreja com a realização do batizado dos infiéis.

O Boi-Bumbá é uma vertente do Bumba Meu Boi, muito praticado no Brasil. É uma das mais antigas formas de distração popular. Foi introduzido pelos colonizadores europeus, correspondendo à primeira expressão de teatro popular brasileiro.

O Festival de Parintins é um dos maiores responsáveis pela divulgação cultural do Boi-Bumbá, realizado desde 1913. No Bumbódromo apresentam-se as agremiações Boi Garantido (vermelho) e o Boi Caprichoso (azul), sendo destinadas a elas três horas para cada apresentação. São três noites de apresentação, nas quais são abordados, através das alegorias e encenações, aspectos regionais, como: lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos. Anualmente, aproximadamente 35 mil pessoas prestigiam essa manifestação cultural.

Festival de Parintins

O artesanato no Norte é bem diversificado e os trabalhos são produzidos com fibras, coquinhos, cerâmica, pedra-sabão, barro, couro, madeira, látex, entre outros. São produzidos bichos, colares, pulseiras, brincos, cestarias, potes, etc.

Destacam-se os trabalhos artesanais indígenas, muito utilizados como enfeites, para compor a indumentária usada nos rituais e também para a produção de utensílios domésticos e na comercialização. Os Karajás são excelentes artesãos da arte plumária e cerâmica. Os Akwe (Xerente) são considerados o povo do trançado (cestaria) e os Timbiras (Apinajé e Krahô), são especialistas na arte dos trançados e artefatos de sementes nativas do cerrado.

O capim dourado é muito utilizado pelos artesãos tocantinenses, é uma planta exclusiva do estado, sendo mais comum no Jalapão. Na produção dos artesanatos são feitas bolsas, potes, pulseiras, brincos, mandalas, chapéus, enfeites e suplast. Hoje são confeccionados aproximadamente 50 tipos de produtos, com uma característica peculiar - todos com formatos arredondados porque a fibra não permite ser dobrada.

Artesanato realizado com capim dourado

A culinária é influenciada pela cultura indígena, baseada na mandioca e em peixes. A carne de sol é bastante consumida pela população. Nas cidades de Belém e em Manaus, o tacacá é tomado direto na cuia indígena, espécie de sopa quente feita com tucupi, goma de mandioca, jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta de cheiro. O tucupi é um caldo da mandioca cozida e espremida no tipiti (peneira indígena), que acompanha o típico pato ao

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tucupi, do Pará. Outros elementos da culinária nortista são: tapioca, farofas, canjica, mingau, mundico-e-zefinha (doce de cupuaçu com queijo de Marajó, feito com o leite de búfala), ariá (espécie de rabanete), etc.

A REGIÃO NORTE é a menos habitada e sua população está mal distribuída. A maior parte concentra-se nas capitais dos Estados e em cidades situadas às margens dos rios.

A Região Norte é a mais extensa das regiões brasileira. Ela é formada por 7 Estados:

ACRE, AMAPÁ, AMAZONAS, PARÁ, RONDÔNIA, RORAIMA E TOCANTINS.

COMIDAS TÍPICAS: Pato no Tucupi, Tapioca, Pirarucu, Ovos, de Tartarugas, Caldeirada de Tucumaré, Tacacá, Pirarucu à casaca, Macaxieira, Peixe na bananeira, Tacacá

FESTA POPULARES: Festa dos Pássaros, Festa do Círios de Nazaré, Festa do Boi-Bumbá.

DANÇAS: Boi-Bumbá, Carimbó, Marujadas e as Cirandas.

LENDAS: Mãe-D'água, Vittória-Regia, Saci-Pereré, Uirapuru, do Súmé, das Amazonas, etc.

ARTESANATO: Cerâmicas, artigo de palha, boneco de barro, etc.

A Região Norte do Brasil é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Sua população é bem miscigenada (indígenas, imigrantes, cearenses, gaúchos, paranaenses, nordestinos, africanos, europeus e asiáticos), fator que contribui para a diversidade cultural da Região. A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa, por esse motivo iremos destacar alguns desses vários elementos que compõem a cultura desse povo tão alegre e receptivo.

São várias as manifestações culturais realizadas pelas diferentes tribos indígenas distribuídas pela Região Norte. O índio, por vaidade ou questões religiosas, se enfeita através de pinturas e acessórios durante suas celebrações.

Celebração indígena

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As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, que no segundo domingo de outubro reúne mais de 2 milhões de pessoas em Belém (PA), e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi-bumbá do país, que ocorre em junho, no Amazonas.

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

O boi-bumbá é uma das variações do bumba meu boi, largamente praticado no Brasil. É uma das mais antigas formas de distração popular. Foi introduzido pelos colonizadores europeus, sendo a primeira expressão de teatro popular brasileiro.

O Festival de Parintins é um dos maiores responsáveis pela divulgação cultural do boi-bumbá. No Bumbódromo apresentam-se as agremiações Boi Garantido (vermelho) e Boi Caprichoso (azul). São três noites de apresentação nas quais são abordados, através das alegorias e encenações, aspectos regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos.

Festival de Parintins

O carimbó é um estilo musical de origem negra, uma manifestação cultural marcante no estado do Pará. A dança é realizada em pares e são formadas duas fileiras de homens e mulheres, quando a música é iniciada os homens se direcionam às mulheres batendo palmas; formados os pares, eles ficam girando em torno de si mesmos.

O Congo ou Congada é uma manifestação cultural de origem africana, mas com influência ibérica, o congo já era conhecido em Lisboa entre 1840 e 1850. É popular em toda a Região Norte do Brasil, durante o Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

A congada é a representação da coroação do rei e da rainha eleitos pelos escravos e da chegada da embaixada, que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador. Vence o rei, perdoa-se o embaixador. Termina com o batizado dos infiéis.

Congada

Em Taguatinga, no sul do estado do Tocantins, as Cavalhadas tiveram início em 1937. Acontecem durante a festa de Nossa Senhora da Abadia, nos dias 12 e 13 de agosto. O ritual se inicia com a benção do sacerdote aos cavalheiros; a entrega ao imperador das lanças usadas nos treinamentos para a batalha simbolizando que estes estão preparados para se apresentar em louvor a Nossa Senhora da Abadia e em honra ao imperador.

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A Folia de Reis é outro evento comum nos estados do Norte. Comemora-se o nascimento de Jesus Cristo encenando a visita dos três Reis Magos à gruta de Belém para adorar o Menino-Deus. Dados a respeito dessa festa afirmam que a sua origem é portuguesa e tinha um caráter de diversão, era a comemoração do nascimento de Cristo.

A Festa do Divino é de origem portuguesa, é uma da mais cultuadas em Rondônia, reúne centenas de fiéis nos meses de abril, maio e junho, proporcionando um belo espetáculo.

Jerusalém da Amazônia é a segunda maior cidade cenográfica do mundo, onde se encena a Paixão de Cristo durante a Semana Santa. Esse é outro evento cultural de fundamental importância para a população de Rondônia.

A herança indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. No estado do Amapá, a carne de sol é bastante consumida pela população. Nas cidades de Belém e em Manaus é tomado direto na cuia indígena o tacacá, espécie de sopa quente feita com tucupi, goma de mandioca, jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta-de-cheiro. O tucupi é um caldo da mandioca cozida e espremida no tipiti (peneira indígena), que acompanha o típico pato ao tucupi, do Pará.

Na Ilha de Marajó se destaca o frito do vaqueiro, feito de cortes de carne de búfalo acompanhados de pirão de leite. Também da ilha vem a muçarela de búfala.

A biodiversidade da Amazônia se reflete ainda na variedade de frutas: cupuaçu, bacuri, açaí, taperebá, graviola, buriti, tucumã, pupunha, entre outros.

O artesanato no Norte é bem diversificado e os trabalhos são produzidos com fibras, coquinhos, cerâmica, pedra-sabão, barro, couro, madeira, látex, entre outros. São feitos bichos, colares, pulseiras, brincos, cestarias, potes, etc.

O artesanato indígena é utilizado como enfeites, para compor a indumentária usada nos rituais e também para a produção de utensílios domésticos e na comercialização. Os Karajá são excelentes artesãos da arte plumária e cerâmica. Os Akwe (Xerente) são considerados o povo do trançado (cestaria) e os Timbiras (Apinajé e Krahô), são especialistas na arte dos trançados e artefatos de sementes nativas do cerrado.

Artesanato indígena

No Tocantins se destaca o artesanato com capim dourado. É uma planta exclusiva do estado, sendo mais comum no Jalapão. Na produção dos artesanatos são feitas bolsas, potes, pulseiras, brincos, mandalas, chapéus, enfeites. Hoje são confeccionados por volta de 50 tipos de produtos; os artesanatos são necessariamente em formatos arredondados porque a fibra não permite ser dobrada.

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Por Wagner de Cerqueira e Francisco

Graduado em Geografia

Equipe Brasil Escola

REGIÃO NORTE A Região de origem indígena, não sofreu influência dos imigrantes estrangeiros. Belém, Amazonas, Parintins, possuem os mais belos espetáculos folclóricos do País, que representam as lendas da região. Manaus guarda a memória áurea da extração da borracha, seus rios e florestas dominam a paisagem. A Região Norte é uma aventura temperada pela exótica comida e costumes típicos. COMIDA BEM BRASILEIRA Castanha do Pará é encontrada no município de Marabá, no Pará. É conhecida por todo o BRASIL e no Exterior como Brasil Nut. Açaí - o açaizeiro é uma das Palmeiras mais típicas do Pará e sua importância alimentar é imensa no Estado. Chega a ser a principal refeição das classes populares. Cupuaçu - É facilmente encontrado no Estado do Maranhão, pode aparecer também no baixo Tocantins, nos bosques virgens de Itaituba e no Rio Anapu. Fruta consumida dentro da culinária, na forma de sucos, sorvetes, cremes, doces, geléias, licores, etc. FOLCLORE · Iara Os cronistas dos séculos XVI e XVII registraram essa história. No princípio, o personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem peixe que devorava pescadores e os levava para o fundo do rio. No século XVIII, Ipupiara vira a sedutora sereia Uiara ou Iara. Todo pescador brasileiro, de água doce ou salgada, conta histórias de moços que cederam aos encantos da bela Uiara e terminaram afogados de paixão. Ela deixa sua casa no fundo das águas no fim da tarde. Surge magnífica à flor das àguas: metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em busca de vítimas. Quando a Mãe das águas canta, hipnotiza os pescadores. Um deles foi o índio Tapuia. Certa vez, pescando, Ele viu a deusa, linda, surgir das águas. Resistiu. Não saiu da canoa, remou rápido até a margem e foi se esconder na aldeia. Mas enfeitiçado pelos olhos e ouvidos não conseguia esquecer a voz de Uiara. Numa tarde, quase morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo. Uiara já o esperava cantando a música das núpcias. Tapuia se jogou no rio e sumiu num mergulho, carregado pelas mãos da noiva. Uns dizem que naquela noite houve festa no chão das águas e que foram felizes para sempre. Outros dizem que na semana seguinte a insaciável Uiara voltou para levar outra vítima. *Origem: Européia com versões dos Indígenas, da Amazônia. · A cobra grande É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram Cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria.

Costumes região nordeste

Por Grupo Escolar

Os estados da região nordeste do Brasil têm uma cultura muito rica e diversificada. São muitas as tradições que nasceram ou que são praticadas apenas nos Estados do Nordeste.

Antes de falar dos costumes especificamente, é preciso apresentar quais são os estados que fazem parte da região nordeste. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

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Em todos esses estados existem costumes muito peculiares, que fazem parte da cultura e da história de cada lugar. A primeira grande tradição e costume do nordeste é, sem dúvida, o carnaval, celebrado principalmente em Salvador, Olinda e Recife.

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Região Nordeste do Brasil

Agricultura do Nordeste

Na região de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte um costume bastante popular é dançar o coco, uma tradiconal dança de roda. Em Recife, duas danças populares são o frevo e o maracatu.

Entre os costumes do nordeste também podemos citar o Reisado, ou Folia de Reis, uma manifestação popular que existe desde os tempos do Brasil Colonial. A Folia de Reis é bastante comum em cidades do interior do nordeste em datas próximas ao natal.

Outra manifestação popular bastante tradicional nos estados do nordeste é a festa junina, uma homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro. As principias festas juninas do Nordeste acontecem em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

A capoeira também é um costume que nasceu no nordeste. A luta foi criada pelos escravos africanos e se espalhou pela Bahia e por Pernambuco. As rodas de capoeira são muito comuns no nordeste.

Outra tradição popular da região é a Lavagem do Bonfim, uma das maiores festas religiosas da Bahia. O Senhor do Bonfim é considerado um Oxalá africano.

O Candomblé também é um costume do nordeste. O culto dos orixás acontece em vários estados da região, principalmente na Bahia e em Pernambuco.

Por fim, um outro costume muito bonito da região nordeste é a Literatura de Cordel, um marco da cultura nordestina que apresenta histórias e versos populares em pequenos livros.

Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/costumes-regiao-nordeste.html

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A região norte é rica em aspectos culturais. A presença indígena ainda é muito forte e isso faz com a região cultive várias lendas e festas de origem indígena. Também carrega alguns elementos de outros estados, já que no passado houve uma grande migração de gaúchos, paulistas e até europeus e africanos. Sendo assim, são várias as manifestações culturais presentes nessa parte do Brasil.

Talvez uma das maiores e mais conhecidas seja o Festival de Parintins, realizado todos os anos. A festa gira em torno da disputa entre dois bois: o Garantido (representado pela cor vermelha) e o Caprichoso (representado pela cor azul). São os desfiles dos dois “bois” no último final de semana do mês de junho. Ao todo, são 27 vitórias do boi Garantido e 19 do Caprichoso. É uma festa de três noites de apresentações e envolve toda a cidade turística de Parintins (AM), além de atrair pessoas do Brasil e do mundo para assistir ao espetáculo.

A festa nasceu a partir da influência de imigrantes nordestinos que trouxeram a lenda “Bumba-meu-Boi” e é realizado desde 1966. Atualmente o local das apresentações é um espaço especialmente destinado à festa: uma arena chamada de Bumbódromo. A festa se parece um pouco com o carnaval: cada um dos bois desfila com sua própria música, há encenações ao longo do percurso e fantasias. Uma peculiaridade marcante é a essencial de sempre valorizar a cultura local.

O evento e a rivalidade entre as torcidas têm proporções realmente grandes. Para se ter uma ideia, a galera (torcida) do boi Caprichoso não fala o nome do seu adversário (boi Garantido) e só se refere e esse como “contrário” e o mesmo é feito pelos torcedores do Garantido. Outro fato curioso é que, durante as apresentações de um dos bois, a torcida adversária faz absoluto silencio, não xingando, vaiando ou emitindo qualquer som. Isso acontece pelo respeito entre os competidores e também porque a “galera" ou ”torcida” também é alvo de avaliação para nota, que faz parte da contagem de pontos para definir o campeão do ano. Além desse quesito, ainda existem 20 aspectos a ser analisado pelos jurados para definir o campeão. Esses jurados, aliás, são chamados de diferentes partes do Brasil, menos da região norte, para não haver parcialidade nos votos.

Mas a cultura dessa região não se limita somente a esse festival: ela é rica em folclores e celebrações culturais. Os índios contribuem com seu artesanato, muito rico e variado, e suas lendas, que forma grande parte do folclore do norte brasileiro. Outra grande contribuição do povo indígena foi a culinária presente no norte: carne seca, modos diferentes de preparar peixes, uso de mandioca, pimenta, etc.

Os imigrantes nordestinos, junto aos imigrantes europeus, levaram a cultura do catolicismo para a região. Prova disso são algumas manifestações tipicamente católicas e que são muito populares nessa parte do Brasil, como: a Folia dos Três Reis Magos ou a encenação da “Paixão de Cristo” em Jerusalém (AM), segunda maior cidade cenográfica do mundo. Há também a Festa do Divino, presente principalmente em Rondônia, com muitos participantes. No quesito culinária, os nordestinos levaram algumas receitas típicas do nordeste para essa região como: tapioca, canjica, farofas, dentre outros.

Há também a herança dos imigrantes africanos na formação cultural da região norte. Uma das mais marcantes é prática da “congada”, que é uma festa encenando a coroação de um rei e uma rainha eleita pelos escravos. Também há lendas de origem africana que acabaram se misturando as da região.

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Lendas são o que não faltam no folclore dessa região: desde mitos famosos como Bicho Papão e Saci Pererê até outras mais regionais como a da Vitória Régia e a do Boto.

A lenda do boto era de um boto rosado, que em noites de festa, aparecia em forma de um rapaz, usando chapéu (para encobrir o buraco que os botos tem na cabeça) e seduz as moças desacompanhadas e as leva para o fundo do mar e, em alguns casos, as engravida. Já a vitória régia era, segundo a lenda indígena, a índia mais bonita de uma aldeia e era apaixonada pela lua, ou “guerreiro lua”. Então, ficava a observar a lua todas as noites, até que, em uma oportunidade, ela viu o reflexo da lua no rio. Então, ela pulou e tentando achar guerreiro lua na água, morreu afogada. Triste pelo que tinha acontecido, a lua fez com que nascesse uma planta na água com seu formato e que carregasse o nome da índia.

Além dessas lendas ainda existem as do: Boitatá, Curupira, Iara, Cobra Honorato, Onça Maneta e outros.

A culinária da região norte tem influencia, principalmente, de imigrantes portugueses e dos índios. Alguns dos muitos pratos característicos da região são: feijoada paraense, o tucupí, pirarucu de casaca, a maniçoba e outros. Outro prato famoso é o Tacacá: um caldo quente que tem dentro camarão seco, tucupí, jambu e goma. Já na área de doces a principal contribuição do norte para o Brasil é o açaí, bolo de mandioca, as castanhas-do-Pará, bijú, entre outros. A culinária típica dessa região está ligada com as frutas e especiarias únicas da região norte

A região norte é composta pelos Estados do Amazonas (capital Manaus), Roraima (capital Boa Vista), Acre (capital Rio Branco), Rondônia (capital Porto Velho), Pará (capital Belém), Amapá (capital Macapá) e Tocantins (capital Palmas).

A maior região do Brasil em área, com 3.869.639,9 quilômetros quadrados (ou mais de 45% do território brasileiro), é também a que abriga a menor parcela da população por quilômetro quadrado: apenas 7% do total de habitantes, ou 2,91 por quilômetro quadrado.

O clima predominante na região norte é o tropical úmido e a vegetação, sua característica mais marcante, é a Floresta Amazônica com algumas áreas de transição entre esta e os outros tipos de vegetações das regiões adjacentes.

Região Norte

Podemos subdividir os ecossistemas locais em três categorias: os igapós, regiões permanentemente inundadas e que desenvolveram vegetação típica; as várzeas, regiões que se inundam na época das cheias; e as terras firmas, ou platôs, que ficam em locais mais altos, livres das cheias.

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Devido às características de clima, hidrografia, vegetação densa e difícil acesso, a região norte apresenta baixa taxa de industrialização, sendo as principais atividades econômicas da região o extrativismo vegetal e a exploração de minérios em regiões específicas como as jazidas de ferro da Serra dos Carajás (Pará).

É na região norte que se encontra a maior bacia hidrográfica das Américas e o maior rio do mundo , o rio Amazonas. Outro rio importante da região é o rio Tocantins que abriga a maior usina hidrelétrica da região norte, a Usina de Tucuruí.

A região norte ainda abriga grande parte das comunidades indígenas do Brasil que devido ao isolamento propiciado pelas características locais puderam manter seu modo de vida tradicional.

As indústrias que se estabelecem na região norte recebem incentivos fiscais para compensar as dificuldades inerentes à localização e falta de mão de obra. Estes incentivos fazem parte do plano geoeconômico que constituiu a Zona Franca de Manaus ainda no período da ditadura militar.

Arquivado em: Brasil, Geografia

A região Norte do Brasil é uma das cinco regiões brasileiras segundo a divisão elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sua principal característica é o fato de ser a maior região do país em área territorial, com 3.869.638 km², abrigando também os dois maiores estados do Brasil, respectivamente, Amazonas e Pará. Além desses, a região conta com mais cinco estados: Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Apesar de ser a maior região, o Norte brasileiro também possui uma das menores populações absolutas e, consequentemente, as menores densidades demográficas. Observa-se, em muitos casos, a evidência de alguns “vazios demográficos”, em que a quantidade de habitantes por área é muito reduzida ou praticamente nula.

Ao todo, são pouco mais do que 15,5 milhões de pessoas vivendo na região Norte, com o estado do Pará sendo o mais povoado, com quase oito milhões de habitantes. Roraima, por outro lado, é a unidade federativa do Brasil com o menor número de pessoas, com uma população de 488 mil residentes. Todos esses dados citados são referentes às estimativas do IBGE para o ano de 2013.

A região Norte do Brasil é quase que totalmente recoberta pelo domínio da Floresta Amazônica, que também se encontra em alguns outros países que fazem fronteira com a região, além do norte do estado do Mato Grosso. Trata-se da principal área de preservação natural do país, haja vista a importância ambiental dessa floresta para o clima e o ecossistema, o que ajuda a explicar a baixa densidade demográfica local.

Apesar disso, atualmente, encontra-se em expansão a fronteira agrícola brasileira, a faixa de terras em que se utiliza intensamente o solo para práticas agropecuárias, com a remoção da vegetação natural. Vislumbram-se, ainda,

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muitas grilagens, ocupações irregulares e fortes disputas pela posse da terra, envolvendo posseiros, grileiros e comunidades indígenas que habitam a região desde tempos remotos.

A seguir, você poderá conferir mais detalhes sobre os elementos físicos e humanos do Norte brasileiro, com textos envolvendo informações sobre clima, vegetação, relevo, economia, cultura, entre outros importantes aspectos da região Norte. Confira também as subseções de cada um dos estados nortistas.

Boa leitura!

Por Rodolfo Alves Pena

Graduado em Geografia

Informações e dados da região Norte do Brasil

- Área: 3.853.676,9 km²

- População: 17.231.027 (estimativa 2014)

- Densidade demográfica (estimativa 2014): 4,5 hab./km²

- Mortalidade infantil (por mil): 19,2 (estimativa 2013)

- Analfabetismo: 9,5% (2013)

- Número de municípios: 450 (em 2013)

- Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

- Vegetação: Floresta Amazônica (quase todo território da região norte), vegetação de mangue (litoral do Amapá e Pará) e Cerrado (extremo sul do Amazonas, Pará, Tocantins e Rondônia).

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- Clima: prevalece na região o clima equatorial, com temperaturas elevadas e índice pluviométrico (de chuvas) elevado.

- Rios Principais: rio Amazonas, rio Negro, rio Solimões, rio Xingú, rio Tocantins, rio Madeira, rio Juruá, rio branco, rio Tapajós, rio Paru e rio Uamutã.

- Usinas Hidrelétricas: Usina Hidrelétrica de Balbinos, de Samuel, Santarém, Tucuruí e São Felix.

- Agricultura (principais produtos agrícolas): soja (crescimento expressivo nos últimos anos), guaraná, arroz, mandioca, cacau, maracujá e cupuaçú.

- Economia: Baseada no extrativismo vegetal e na agricultura. Pecuária bufalina em Roraima e na Ilha de Marajó. No setor industrial destaca-se o Pólo Industrial de Manaus, na cidade de Manaus-AM. Nesta região há grande produção de eletrônicos, relógios, eletrodomésticos e suprimentos de informática.

- Turismo: A beleza natural da Floresta Amazônica (fauna, flora, cachoeiras, corredeiras, rios) tem atraído cada vez mais turistas do Brasil e de vários países do mundo. Além do ecoturismo, existem festas e pontos turísticos importantes: Mercado Ver-o-Peso (Belém), Museu Paraense Emilio Goeldi, Teatro da Paz (Belém), Teatro Amazonas (Manaus).

- Cultura: Danças típicas (marujada, carimbó, cirandas), Festival Folclórico de Parintins, festa religiosa do Cirio de Nazaré (Belém). Na culinária é forte a influência indígena. Os pratos típicos que se destacam são: pirarucu de casaca, tacaca, açai, pato no tucupi e maniçoba.

- Principais Cidades da Região Norte:

- Estado do Amazonas: Manaus (capital), Coari, Manacapuru, Tefé, Parintins, Tabatinga e Itacoatiara.

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- Estado do Pará: Belém (capital), Santarém, Altamira, Marabá e Bragantina.

- Estado de Tocantins: Palmas (capital), Araguaína, Porto Nacional, Gurupi e Paraíso do Tocantins.

- Estado de Rondônia: Porto Velho (capital), Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena e Cacoal.

- Estado de Roraima: Boa Vista (capital), Amajari, Alto Alegre, Rorainópolis, Mucajaí e Caracaraí.

- Estado do Acre: Rio Branco (capital), Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira, Tarauacá.

- Estado do Amapá: Macapá (capital) e Santana.

A Região Norte do Brasil é a mais extensa com 3.869.637 km², sendo composta por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Além de ser a maior região territorial, nela está localizada os dois maiores estados do Brasil: Amazonas e Pará, respectivamente. As cidades de Altamira, Barcelos e São Gabriel são as maiores cidades do Brasil em área territorial, tendo cada uma, mais de 100.000 km², sendo maiores que os estados de Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Alagoas juntos. Apesar de ser a maior região do Brasil, é a menos povoada. A região faz divisa ao sul com Mato Grosso, Goiás e a Bolívia, ao norte faz divisa com Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, ao leste com Maranhão, Piauí e Bahia, e a oeste com Peru e Colômbia.

Relevo

A Região Norte está situada na região geoeconômica da Amazônia, entre o Maciço das Guianas, a Cordilheira dos Andes, o Planalto Central e o Oceânico Atlântico. O relevo da Região Norte pode ser dividido em três partes:

Planícies e Terras Baixas Amazônicas: Apesar de ser conhecido por planícies, apenas uma pequena margem do Rio Amazonas, e alguns pequenos trechos em partes elevadas, são propriamente ditas planícies. Essa parte é dividida em três subgrupos:

Igapós: São as partes mais baixas, constantemente inundadas pela cheia do Rio Amazonas;

Tesos ou terraços fluviais (Várzeas): Possuem altitudes menores que 30 metros e são inundadas pelas cheias mais fortes;

Terra firme: Podendo chegar a até 350m de altitude, está livre das inundações. A composição do terreno é basicamente de arenito;

Planalto das Guianas: É uma formação de relevo constituída basicamente por terrenos cristalinos. Ele vai do Brasil até a Venezuela e as Guianas. Na fronteira desses países encontra-se a Região Serrana, onde está localizada a Serra

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do Imeri, Parima, Pacaraima, Acaraí e Tumucumaque. É na Região Serrana que encontramos o pico mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, na Serra do Imeri, na Região Norte do estado do Amazonas;

Planalto central: Fica na parte sul da região, abrangendo o estado do Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. Sua constituição é feita por terrenos cristalinos e sedimentos antigos, sendo mais elevado ao sul e no Tocantins;

Clima

O clima da Região Norte é bastante úmido, sendo um clima equatorial. As temperaturas são elevadas durante o ano todo, com baixa amplitude térmica, com exceção de algumas localidades de Roraima e Acre onde ocorre o fenômeno La Niña, que permite que massas de ar frio vindas do oceano Atlântico entrem na região pelo Mato Grosso até chegar nesses estados, abaixando sua temperatura. Isso ocorre porque o calor da Amazônia permite que exista uma área de baixa latitude que atrai massa polar.

As chuvas na Região Norte são constantes, possuindo um período de estiagem de junho a novembro. As maiores incidência de chuvas são nas áreas do litoral do Amapá, foz do Rio Amazonas e algumas partes da Amazônia Ocidental. As chuvas de convecção ou de “hora certa” são características da região.

Vegetação

É na Região Norte que está localizado o maior ecossistema do mundo: a floresta Amazônica. Podem encontrar outras características da sua vegetação: mangue no litoral e algumas faixas de cerrado.

A Amazônia equivale a mais de um terço das reservas florestais do mundo. Suas principais características são as árvores grandes e largas (espécies latifoliadas), próximas uma das outras e unidas por cipós e epífitas (vegetais que se apóiam em outros). Por causa do clima, quente e chuvoso, favorece o crescimento de plantas e a reprodução de animais durante todo o ano, fazendo com que a floresta Amazônia possua a flora mais variada do planeta.

Existem algumas variações na floresta Amazônica de acordo com o local. Próximo aos rios, onde a inundação é permanente a vegetação é mais baixa chamada de mata de igapó. Nas chamadas mata de Várzea onde a inundação não é permanente começam a surgir árvores mais altas. Sem considerar a devastação, a floresta Amazônica ocupa mais de 90% da Região Norte.

Na ilha de Marajó, a maior ilha de água fluviomarinha do mundo, e no vale do Rio Amazonas encontramos às formações rasteiras de Campos da Hileia que, nos períodos de cheias dos rios, ficam inundadas. Já em Tocantins, Rondônia e Roraima existem grandes extensões de cerrado.

Hidrografia

A hidrografia da Região Norte é bastante rica, possuindo a maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica, formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Por causa da sua grande extensão, o rio Amazonas possui três portos, um deles está localizado em Manaus, capital do Amazonas.

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Na foz do rio Amazonas acontece um fenômeno natural chamado pororoca, uma onda contínua de até cinco metros formada na subida da maré. Na Região Norte ainda podemos encontrar a Bacia do Tocantins e em um dos seus rios (rio Tocantins) está instalada uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, a Tucuruí.

População

Apesar de ser a maior região do Brasil, sua densidade demografia é de apenas por volta de 4,7 habitantes por km². Suas principais cidades são Manaus (capital do Amazonas), Belém (capital do Pará), Porto Velho (capital de Rondônia), Macapá (capital do Amapá), Rio Branco (capital do Acre), Boa Vista (capital de Roraima), Palmas (capital do Tocantins), Ananindeua, Marabá, Santarém, entre outras. A economia da região baseia-se nas atividades industriais, extrativismo mineral e vegetal, agricultura, pecuária e o turismo.

O Norte é a maior Região do Brasil, com extensão territorial de 3.853.327,2 quilômetros quadrados, o que corresponde a aproximadamente 45% da área total do país.

Essa grande área é formada pelos seguintes estados:

Acre – Rio Branco

Amapá – Macapá

Amazonas – Manaus

Pará – Belém

Rondônia – Porto Velho

Roraima – Boa Vista

Tocantins – Palmas

Apesar de ser a maior Região do país, o Norte possui o segundo menor contingente populacional. De acordo com dados do Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15.865.678 pessoas residem nos estados nortistas, sendo que o Pará é o estado mais populoso – 7.588.078.

Manaus, capital do Amazonas, é a cidade mais populosa da Região (1.802.525 habitantes.). A outra cidade com mais de 1 milhão de habitantes é Belém, capital do Pará.

Manaus: capital do Amazonas

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O clima predominante na Região é o tropical, com temperaturas elevadas e grande quantidade de chuvas. O relevo é marcado por planaltos, planícies e depressões. O ponto mais elevado do Norte e também do Brasil é o Pico da Neblina, com 2.993,78 metros acima do nível do mar.

A rede hidrográfica é muito rica, composta pelos rios das bacias Amazônica e do Tocantins. A principal cobertura vegetal é a floresta Amazônica. Esse bioma apresenta grande diversidade de espécies de animais e de vegetais, sendo considerada uma das áreas de maior biodiversidade do planeta.

Floresta Amazônica

A economia regional tem no extrativismo uma importante fonte de captação de renda. Os produtos de origem vegetal são o látex, madeira, castanha, açaí, entre outros. A mineração baseia-se na extração de ouro, minério de ferro, manganês, etc.

O setor industrial tem como grande destaque o Polo Industrial de Manaus, formado por mais de 500 indústrias que fabricam eletroeletrônicos, produtos de informática, motocicletas, entre outros.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco

Graduado em Geografia

Equipe Escola Kids

A região norte do Brasil é a maior em extensão territorial, mais precisamente, 659.637,9 km², que corresponde a 42,27%, quase metade do território nacional. São, mais ou menos, 3.869.637,9 pessoas por todos os sete estados que compõem essa área, sendo que Manaus e Belém, respectivamente, são as mais populosas. Dos habitantes, mais da metade são da cor “parda”. A descendência dessas pessoas é dominada pela mistura da população brasileira (com a migração de pessoas do sul, sudeste e nordeste brasileiro) e também de portugueses e africanos.

Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins são as unidades federativas que compõem essa região, que detém a responsabilidade de abrigar a floresta mais importante e rica do mundo: a Floresta Amazônica. É um território que, assim como todo o Brasil, abriga uma mistura de culturas e vem sendo construída por muitos anos. Imigrantes do sul e nordeste do país, além de portugueses africanos e outros povos, são parte do que é a região norte do Brasil.

A economia representa para o Brasil em torno de 5,05% do PIB nacional. Ao contrário de épocas passadas, a economia da região não se baseia somente no extrativismo. Por décadas, especialmente no início da colonização dessa área, o extrativismo, principalmente o vegetal e o mineral, eram a base da economia, transformando Manaus

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em uma das cidades mais ricas do Brasil no século XX. O atual momento dessa parte do Brasil são as indústrias e as atividades de pecuária e agricultura como principais modos de enriquecimento. Dos estados, o Pará é o de maior PIB, seguido de Amazonas e Rondônia. Das cidades, as capitais Manaus e Belém, respectivamente, são as duas de maior circulação de dinheiro da região.

Crescendo economicamente e tendo muitas riquezas naturais, a região norte tem pontos fortes de turismo, atraindo pessoas do Brasil e do mundo. Especialmente o turismo ecológico (em que se exploram as riquezas naturais de um local sem prejudicá-la) que é bastante praticado na Amazônia. Também a parte industrial é procurada, tendo a “Zona Franca de Manaus” como referência. Além disso, há também as ricas manifestações culturais que são visitadas e que tem o Festival de Parintins como um dos mais fortes atrativos turísticos na parte cultural.

Essa riqueza cultural está ligada mais uma vez à miscigenação desse povo. Os índios, africanos, portugueses, além dos nordestinos e das pessoas de sul e sudeste levaram um pouco de sua cultura para a região norte. O resultado é uma cultura rica em lendas, festas, comidas típicas e costumes. Além do já citado Festival de Parintins, festas de caráter religiosos, principalmente as religiões cristãs e afros, que estão presentes no popular das cidades turísticas do norte. Muitas lendas conhecidas nacionalmente surgiram nessa região como o mito da iara, saci pererê, boto cor de rosa e a mula sem cabeça.

O clima predominante dessa região é o equatorial. Ou seja, tem como característica a alta temperatura, muitas chuvas, clima bastante úmido e, por consequência disso, uma baixa amplitude térmica, que não ultrapassa 3ºC. A formação da vegetação da área está ligada ao clima de calor e chuvas: tem como características àrvores altas, largas e juntas. Em algumas áreas grandes copas de árvores se entrelaçam e bloqueiam totalmente a luz do sol, tornando essa área mais úmida e escura. Essas condições proporcionam o cenário perfeito para que haja uma grande variedade de insetos e animais. Além de variedade, dá boas condições de procriação e, portanto, uma quantidade alta de animais nessa região.

Acre - Clique aqui

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Amazonas - Clique aqui

Pará - Clique aqui

Rondônia - Clique aqui

Roraima - Clique aqui

Tocantins - Clique aqui

Área total: 3.869.637 km²

População (2000): 12.833.383 habitantes

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Densidade demográfica (2000): 3,31hab/km²

Maiores cidades (Habitantes/2000): Manaus (1.403.796); Belém (1.279.861); Ananindeua-PA (392.947); Porto Velho (314.525); Macapá (282.745); Santarém-PA (262.721); Rio Branco (252.885); Boa Vista (200.383); Palmas (137.045).

Relevo:

Formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Localizada entre o maciço das Guianas ao norte; o Planalto Central, ao sul; a cordilheira dos Andes, a oeste; e o Oceano Atlântico, a nordeste, a Região Norte é banhada pelos grandes rios das bacias Amazônica e do Tocantins. A maior parte da região apresenta clima equatorial. No norte do Pará e em Rondônia, o clima é tropical. A floresta Amazônica é a vegetação predominante.

Reservas Indígenas e poluição:

As 26 unidades de conservação da região, compreendem apenas 3,2% da Amazônia, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Devido à inexistência de fiscalização, essas áreas são alvo de queimadas. Entre 1997 e 1998, aumenta em 27% a parcela da Amazônia Legal devastada por essa prática, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dos 4 milhões de km² de floresta original, 13,3% jão não existem mais. Pará, Rondônia e Acre são os estados que mais contribuem para o aumento desse índice.

Além de afetar a fauna e a flora, as queimadas prejudicam a vida dos milhares de índios que ainda habitam a região. De acordo com a FUNAI, são cerca de 164 mil índios de diferentes etnias. A maior é a dos ianomâmis, com 9 mil representantes. A Região Norte detém 81,5% das áreas indígenas protegidas por lei - o Amazonas possui a maior extensão dessas terras (35,7%). A influência desses povos nativos se faz presente na culinária e na festa do Bumba-Meu-Boi de Parintins (AM). Junto com o Círio de Nazaré, que acontece em Belém (PA), é uma das festas regionais mais conhecidas.

A biodiversidade e os habitantes do Norte, sofrem ainda outro grave problema: a poluição dos rios pelo mercúrio, que contamina populações ribeirinhas. Alguns cientistas crêem que o mercúrio detectado não seja consequência apenas da ação do homem no garimpo de ouro, mas que ele também esteja sedimentado em solos da região.

Economia e Energia:

A economia se baseia no extrativismo de produtos como o látex, açaí, madeiras e castanha. A região também é rica em minérios. Lá estão a Serra dos Carajás (PA), a mais importante área de mineração do pais, produtora de grande parte do minério de ferro exportado, e a Serra do Navio (AP), rica em manganês. A extração mineral, porém, praticada sem os cuidados adequados, contribui para a destruição ambiental.

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No rio Tocantins, no Pará, encontra-se a usina hidrelétrica de Tucuruí, a maior da região e 2ª do país (a maior inteiramente nacional, já que Itaipú, no Paraná, é binacional - Brasil/Paraguai). Existem ainda outras usinas menores como Balbina, no rio Uatumã (AM) e Samuel, no rio Madeira (RO).

O governo federal oferece incentivos fiscais para a instalação de indústrias no Amazonas, especialmente montadoras de eletrodomésticos. Sua administração cabe à Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e os incentivos deverão permanecer em vigor até 2023.

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base, a região ocupa o segundo lugar - atrás do Sudeste -, nos investimentos públicos e privados, programados para até 2003. Até lá, serão injetados no Norte, cerca de 43 bilhões de dólares. Grande parte dos investimentos privados se concentrará na agroindústria.

A Região Norte tem priorizado a oferta e a redistribuição de energia para seus estados. O Pará, por exemplo, concluiu em 1999 a linha Tramoeste, que leva a energia de Tucuruí, no rio Tocantins, até o oeste paraense. No Amazonas, como a planície da bacia amazônica inviabiliza a construção de hidrelétricas, o estado investe no gás natural. Está em andamento o projeto do uso do gás de Urucú, na bacia do rio Solimões. A Petrobrás é sócia minoritária, com 24% e o restante é do governo estadual, que repassará cotas para empresas privadas. Os maiores consumidores são as geradoras de energia elétrica, que passarão a usar o novo combustível em substituição ao óleo diesel para movimentar as turbinas de suas termelétricas.

O programa federal de eletrificação rural "Luz no Campo", atende aos estados de Rondônia, Acre, Roraima, Pará e Tocantins. A chegada da energia elétrica vai permitir a mecanização da agricultura.

População e transportes:

As principais cidades do norte são Manaus, Belém, Altamira, Palmas, Porto Velho, Rio Branco e Macapá. Os transportes rodoviários são problemáticos, em razão das grandes distâncias e rodovias insuficientes e mal conservadas, com poucas exceções. Além disso no período das chuvas, as estradas ficam intransitáveis. Um exemplo de mal gasto do dinheiro público e prejuízos ao meio ambiente foi a construção da Transamazônica, até hoje não concluída, embora iniciada sua construção há mais de 30 anos. O transporte aéreo é razoável, com bons aeroportos em Manaus e Belém. Manaus é hoje o 3° maior centro movimentador de cargas aéreas do país, após São Paulo e Rio de Janeiro, em razão justamente da distância e dos problemas do trnsporte rodoviário. Existe algum aproveitamento no transporte fluvial de cargas e passageiros, nem sempre com barcas adequadas e frequentemente acontecem acidentes.