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Mercados Noruega O Sector da Energia Abril 2011 informação sectorial

Noruega - O sector da Energia Abril 2011 · O MPE administra os recursos energéticos do continente e dos cursos de água. Como outras nações Como outras nações industrializadas,

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Mercados

Noruega O Sector da Energia

Abril 2011

informação sectorial

aicep Portugal Global Noruega – O Sector da Energia (Abril 2011)

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Índice

Energias na Noruega 3

Geração eléctrica 5

Hidroeléctricas 6

Energia das marés 7

Energia eólica 7

Energia solar 8

Ambiente 9

Parcerias 11

Parques de ciência e tecnologia 11

Empresas públicas 11

Principais empresas que operam no sector 16

Energia osmótica 19

Carro eléctrico 20

Sites consultados 22

Anexos:

I - Energias renováveis e resíduos na Noruega, em 2008 23

II - Projectos e empresas hidroeléctricas referidos no Nordic Energy Solutions 24

III - Projectos e empresas de energia eólica referidos no Nordic Energy Solutions 29

IV - Projectos e empresas de energia solar referidos no Nordic Energy Solutions 43

V - Projectos e empresas de bioenergias referidos no Nordic Energy Solutions 49

VI - Cadeia de valor da REC 53

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Energia na Noruega

De acordo com a Nordic Energy Solutions, em 2030 a Noruega será neutra em termos de carbono. Esta

meta será alcançada através de várias medidas que incluem o uso de fontes de energias renováveis,

taxas sobre o petróleo e combustíveis e isenção de taxas para veículos amigos do ambiente.

O controlo político sobre as questões da energia na Noruega é competência do Ministério do Petróleo e

da Energia (MPE), enquanto as questões do ambiente e clima recaem sobre o Ministério do Ambiente. O

sector de investigação e tecnologia no ministério é responsável pela investigação e desenvolvimento da

energia.

Quase todos os fundos de investigação são canalizados pelo Concelho de Investigação da Noruega. O

portfolio de investigação de energia no Concelho de Investigação da Noruega é financiado pelo

Ministério do Petróleo e Energia, Ministério do Ambiente e Ministério da Educação e Investigação. Para

além do Concelho de Investigação, há outras agências governamentais, tais como Innovation Norway,

Enova e Gassnova, que financiam e suportam actividades pré-mercantis.

O MPE administra os recursos energéticos do continente e dos cursos de água. Como outras nações

industrializadas, a Noruega tem um grande consumo de energia, mas o seu uso, mais do que na maioria

dos países, é baseado maioritariamente na electricidade.

A principal razão é que a Noruega tem uma grande produção de energia baseada em hidroeléctricas. O

Directorado Norueguês dos Recursos Hídricos e Energia, Statnett SF, Enova SF e Gassnova opera sob

a alçada do MPE.

A Enova é responsável por conferir suportes ao investimento e elaborar estratégias para o aumento da

implementação de energias renováveis, enquanto a Gassnova assegura a implementação dos interesses

governamentais na área da Captura e Armazenamento de Carbono (CCS).

Muita da estratégia de investigação e desenvolvimento para as energias renováveis está na estratégia

do Energi 21, apresentada em 2008. A estratégia foi desenvolvida através da cooperação entre

companhias de energia norueguesas, investigadores e representantes de instituições públicas.

A estratégia conduziu à criação de oito Centros de Investigação para Energias Amigas do Ambiente. A

Noruega tem um sistema de inovação predominantemente financiado pelas empresas, onde o sector do

petróleo tem sido capaz de sustentar estratégias de inovação de longo prazo.

O consumo de energia na Noruega, distribuído por tipo de energia, apresenta a seguinte forma:

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Gráfico I: Consumo de energia doméstico, por tipo de energia, em 2008, em percentagem

Fonte: Statistics Norway

Metade do consumo energético na Noruega por tipo de energia é de electricidade, sendo que os

produtos provenientes do petróleo ocupam a 2ª posição, com cerca de 35% do total do consumo.

Gráfico II: Produção e utilização de energia na Noruega, em 2008, em TWh

Fonte: Statistics Norway

De acordo com o gráfico II, a produção de energia continua a ser maioritariamente à base da produção

do petróleo, cerca de 60%, seguida pela energia proveniente do gás natural, 33%, e energias

hidroeléctrica, eólica e bioenergias, com 7%.

Já quanto ao uso da energia, esta é maioritariamente destinada ao consumo de electricidade e

transportes.

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Gráfico III: Repartição do consumo final sectorial por recurso

Fonte: IEA – International Energy Agency

Pelo gráfico III, podemos constatar que o sector que mais energia consome é o industrial, tendo a sua

composição de fontes de energia sofrido algumas alterações de 1974 a 2008, uma vez que o consumo

de energia proveniente do gás e das energias renováveis e resíduos, que era inexistente em 1974,

passou a representar cerca de 10%. A energia proveniente de carvão e do petróleo diminuiu e a da

electricidade aumentou no sector industrial.

No sector dos transportes, o consumo de energia passou para o dobro de 1974 para 2008, continuando

a ter como fonte principal de energia o petróleo.

Relativamente aos restantes sectores, podemos observar que o consumo de energia proveniente do

petróleo diminuiu em cerca de 1 milhão de toneladas de 1974 para 2008, enquanto que o consumo de

electricidade mais que duplicou no mesmo período. Passou, também, a ser visível o consumo de energia

proveniente de renováveis e resíduos.

Geração Eléctrica

A Noruega tem a maior produção mundial per capita de energia hídrica e é o sexto maior produtor deste

tipo de energia, uma forma de energia renovável, praticamente 100% limpa. É também altamente flexível

e a produção pode ser rapidamente regulada para satisfazer as necessidades de sistemas de energia

noutros países. Num ano com precipitação regular, a geração das hidroeléctricas ronda os 120 TWh,

correspondendo a, aproximadamente, 99% da produção energética da Noruega.

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A juntar às hidroeléctricas, a Noruega tem estações de energia eólica e de energia solar e, ainda, está

a construir instalações de energia de gás . A geração total do sistema de electricidade norueguesa num

ano normal é de cerca de 121 TWh.

Hidroeléctricas

Os maiores projectos de desenvolvimento de

hidroeléctricas foram levados a cabo entre

1970 e 1985, quando a capacidade instalada

aumentou em 10.730 MW, a uma média de

4,1% por ano. No final dos anos 80, diminuiu

a taxa de desenvolvimento de hidroeléctricas

na Noruega. Desde o início dos anos 90, o aumento de nova capacidade tem sido constantemente baixo.

Esta aumentou em 800 MW de 1993 a 2005. O aumento nos anos 90 foi primariamente devido à

remodelação e upgrade de estações eléctricas antigas, o que resultou numa melhor utilização das

estações eléctricas já existentes.

A geração hidroeléctrica pode variar substancialmente de um ano para o outro dependendo da

precipitação e afluência. Os níveis de precipitação variam de acordo com as regiões, as estações e os

anos. O afluxo é maior durante o degelo da Primavera, mas normalmente diminui no Verão e no Outono.

As cheias do Outono resultam, geralmente, num aumento antes do início do Inverno, quando o afluxo é

normalmente muito baixo. As cheias da Primavera ocorrem, sobretudo, nas regiões do interior e nas

montanhas. A precipitação varia substancialmente de ano para ano, e é mais do dobro nos anos mais

húmidos do que nos anos mais secos.

Muitas das estações energéticas podem armazenar água em reservatórios e são referidas como

estações energético-reservatório. Os reservatórios permitem reter água em épocas de cheias e libertar

em períodos de seca, tipicamente no Inverno. A água é colectada quando o afluxo é elevado e o

consumo é reduzido. Normalmente, a água será utilizada no Outono e no Inverno, quando a procura de

electricidade é mais elevada. Na Primavera e no Verão, a procura de electricidade atinge níveis mínimos

e os reservatórios são reabastecidos. No início de 2006, a capacidade total dos reservatórios de energia

noruegueses foi de cerca de 84,3 TWh, o que é equivalente a dois terços do consumo anual de

electricidade.

Outros tipos de estações hidroeléctricas utilizam, em vez disso, grandes volumes de água, com uma

cabeça pequena, típica de uma estação eléctrica run-of-river. Como regular a corrente da água é difícil, é

usada como e quando possível. A quantidade de electricidade gerada aumenta consideravelmente em

períodos de cheias com o degelo ou quando a precipitação é muito alta. As maiorias das estações

eléctricas run-of-river situam-se em áreas planas.

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Energia das Marés

Este tipo de energia tem sido apontado como uma fonte de energia renovável prometedora para países

marítimos e, por não causar qualquer dano ambiental, é infinito.

Até ao último quarto de século, tinham sido feitos poucos progressos para tornar a movimentação das

ondas numa fonte de energia, particularmente devido à falta de conhecimento científico acerca do que

era uma onda, como se propagava e como podia ser convertida, para além de que não existia o capital

necessário para estes estudos.

Em 1985, a Noruega instalou uma estação de wave energy na costa de Bergen. Nesta mesma altura, foi

desenvolvido equipamento que permite através de uma turbina tirar proveito da água que flui do oceano

e é conduzida um gerador.

Energia Eólica

A energia eólica é um recurso energético variável e, ao contrário da energia hidroeléctrica, não pode ser

regulada. Como as instalações eólicas só operam quando há vento, estas apenas podem cobrir uma

parte das necessidades eléctricas. Uma estação eólica consiste em uma ou mais turbinas eólicas e as

instalações eléctricas necessárias. Quando são instaladas várias turbinas, é frequentemente

denominado de parque eólico. Na prática, uma turbina eólica pode utilizar até 40% da energia cinética do

vento que passa entre as pás. A taxa máxima teórica de utilização de energia é cerca de 60%.

No final de 2005, foram instalados cerca de

280 MW de energia eólica na Noruega,

distribuídos por 138 turbinas. Isto representa

uma capacidade produtiva de cerca de 0,85

TWh, o equivalente ao consumo de 40.000

famílias. Em 2005, foram gerados 507 GWh de

energia eólica na Noruega, quase o dobro da gerada em 2004.

Na Noruega existe um excelente potencial eólico, podendo mesmo no futuro tornar-se a “Bateria da

Europa”, visto que tem a maior linha costeira europeia. Segundo dados divulgados em Bruxelas, pela

Associação Europeia da Energia Eólica, Portugal ocupa o sexto lugar no ranking europeu e o nono

mundial de potência instalada de energia eólica com uma capacidade de 3.535 megawatts (MW).

A Alemanha e a Espanha lideram a potência instalada europeia, com 25.104 e 19.149 MW,

respectivamente, sendo o total da União Europeia de 74.767 MW, de acordo com as estatísticas da

Associação Europeia da Energia Eólica (EWEA), relativas a 2009.

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A localização dos parques eólicos nas áreas menos povoadas da Noruega tem vantagens e

inconvenientes. Por um lado, as operações que ocorrem nos parques não perturbam os cidadãos mas,

por outro, provocam algum impacto na frágil estrutura árctica.

As turbinas eólicas podem localizar-se no solo ou a flutuar sobre águas profundas. Tendo em conta o

potencial deste tipo de energia na Noruega, é muito importante persistir no desenvolvimento da indústria

eólica e na pesquisa contínua sobre este sector e inovação de processos.

O Institute for Energy Technology (IFE) é uma das empresas que, em cooperação com uma larga rede

de cientistas, mais contribui na exploração eficiente e no apoio de actividades estratégicas relacionadas

com a energia eólica, desenvolvendo pesquisas focadas em aerodinâmica e optimização estrutural das

turbinas eólicas, simulação de vento em terrenos complexos, entre outros.

Energia Solar

De acordo com o relatório de tendência de 2009 da IEA (International Energy Agency), foram instalados

na Noruega, no ano de 2009, cerca de 320 kW, inteiramente em sistemas off-grid, com nível de mercado

anual similar ao dos 4 anos anteriores. As aplicações domésticas off-grid correspondem a mais de 93%

da capacidade fotovoltaíca (PV) acumulada instalada na Noruega de cerca de 8,7 MW.

Não houve demonstrações, testes em terreno ou programas de estímulo do mercado PV na Noruega em

2009. Contudo, os noruegueses usam a tecnologia PV há mais de 3 décadas, especialmente em casas

de recreio. Representando de 80% a 90% do mercado PV norueguês, um número crescente de

utilizadores compra, agora, capacidade adicional de PV para utilizar nos aparelhos domésticos. A

substituição de sistemas velhos também cria algum crescimento no mercado. Está a ser gasto mais em

baterias livres de manutenção e de alta qualidade, que custam o dobro ou o triplo das baterias comuns.

Os consumidores profissionais também constituem uma parte importante do mercado. Mesmo faróis com

latitude superior a 70º norte, são providos de energia PV, fornecida com um banco de baterias NICd que

asseguram a oferta de energia durante os escuros meses de Inverno. A capacidade típica de

armazenamento é de 120 dias sem energia do sistema PV. Foram instaladas aproximadamente 2.890

instalações para servirem faróis e lanternas costeiras.

Enquanto que o mercado PV se mantém pequeno, o ponto alto na história PV na Noruega permanece o

desenvolvimento de um número de negócios ao longo da cadeia de valor PV e a associação a apoios de

I&D por parte do governo. Em particular a REC, com estações de produção de células e módulos PV na

Noruega, Suécia e Singapura e com a maioria da propriedade da REC Silicon nos EUA, classificada

como uma das fábricas globais de PV mais impressionantes.

Várias empresas norueguesas estão associadas a instituições internacionais de promoção de energias

renováveis.

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Uma destas instituições é a Associação da Indústria Fotovoltaíca Europeia

(EPIA), a maior associação industrial mundial dedicada ao mercado de energia

solar fotovoltaíca. A associação ambiciona promover a energia solar PV a nível

nacional, europeu e mundial e apoiar os seus membros no desenvolvimento

dos seus negócios, quer na UE como nos mercados para exportação.

São membros da EPIA as seguintes empresas noruguesas: Elkem Solar AS, Eltek Valere AS, Metallkraft

AS, Norsk Hydro AS, REC – Renewable Energy Corporation ASA e Sintef Materials and Chemistry.

Ambiente

A Noruega ambiciona ser uma nação líder em termos de políticas ambientais. Para as gerações futuras

terem acesso a um bom ambiente e a uma Natureza intacta, é necessário adaptar os nossos actos às

questões ambientais. A Noruega deve basear a sua política ambiental no princípio do desenvolvimento

sustentável, que inclui demonstrar solidariedade com as gerações futuras, tanto na Noruega, como no

estrangeiro. Isto significa proteger os recursos naturais essenciais e assegurar a sua adequada gestão.

Esta responsabilidade da política ambiental do governo cabe ao Ministério

do Ambiente. A política ambiental é transversal e envolve temas que são

da responsabilidade de vários ministérios.

A Noruega ratificou o Protocolo de Quioto, sendo o compromisso

norueguês para a redução do dióxido de carbono, de acordo com o

protocolo, atingir um nível de emissões em 2012 não superior a 1% ao nível que se verificava nas

emissões de CO2 da Noruega em 1990.

Ainda assim, o Parlamento da Noruega concordou em reforçar o compromisso de Quioto em 10 pontos

percentuais, correspondendo a 9% abaixo do nível de 1990.

Em 2007, o Partido do Trabalho, o Partido Socialista de Esquerda, o Partido Central, o Partido

Conservador Democrático e o Partido Liberal concordaram na aprovação da política norueguesa de

Papel Branco.

O princípio do poluidor-pagador é uma base importante para a política ambiental, que vai ser desenhada

para se conseguir a maior redução possível de emissões relativas aos recursos utilizados, tanto na

Noruega como no exterior, e os instrumentos de política gerais são o elemento central da política

ambiental doméstica. Os instrumentos económicos multissectoriais formam a base para medidas

descentralizadas, efectivas em custos e bem informadas para assegurar que o poluidor paga.

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Quando a Noruega se juntou ao esquema de trocas de emissões da União Europeia, cerca de 70% das

emissões domésticas foram ou cobertas pelo esquema de trocas de emissões ou sujeitas a taxas de

CO2. As partes acordaram que mais regulamentação devia, regra geral, ser evitada nas áreas já

reguladas pelos meios de instrumentos de política geral. Contudo, as partes acordaram que mesmo

nesses sectores existe a possibilidade de uso de outros instrumentos de política em adição às trocas de

emissões e as taxas devem ser retidas.

Os pontos principais do acordo do Parlamento norueguês são:

- Dois terços da redução das emissões de CO2 serão feitos internamente.

- As taxas de petróleo e gás serão aumentadas.

- A investigação em energias renováveis deverá aumentar em 70 milhões de NOK em fundos

adicionados em 2008, 300 milhões em 2009 e um mínimo de 600 milhões de NOK em 2010. Os fundos

para investigação de energias renováveis serão os mesmos que os fundos para a investigação do

petróleo.

- A contribuição norueguesa para evitar a desflorestação nos países em desenvolvimento aumenta em

cerca de 3 mil milhões de NOK todos os anos.

- A Noruega vai retomar as negociações com a Suécia sobre certificados verdes.

- Os fundos ferroviários vão aumentar para um nível acima dos investimentos rodoviários em 2009. Vão

ser acrescentados 250 milhões de NOK em 2009.

- As grandes cidades que promovem a utilização de transportes públicos serão recompensadas de

acordo com as medidas com a redução do tráfego automóvel.

- Serão postos de parte 150 milhões de NOK para um programa demonstrando o desenvolvimento das

turbinas eólicas offshore e outras tecnologias energéticas imaturas.

- A frota automóvel do Estado será neutra de carbono até 2030.

- Os veículos a hidrogénio estarão isentos de portagens e terão estacionamento gratuito.

- O aquecimento a petróleo será faseado através de legislação e medidas de suporte. O consumo de

energia nos edifícios deverá ser reduzido.

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Parcerias

A StatoilHydro, principal petrolífera norueguesa com uma produção de 1.724 milhões de barris diários,

pretende estabelecer parcerias com as portuguesas Galp e EDP na área das energias renováveis, um

projecto que agora se inicia. O objectivo é o de desenvolver projectos conjuntos, em Portugal ou noutros

mercados, onde estas empresas estejam presentes, principalmente no desenvolvimento de parques

eólicos offshore (no mar). Esta empresa, em conjunto com a Acciona e a Universidade do Algarve,

pretendem desenvolver tecnologia integrada de energia oceânica, aliando a energia eólica à energia das

ondas.

Parques de Ciência e Tecnologia

Em Maio de 1997, foi firmado um acordo entre o Agder University College (HIA), o Aust-Agder Kraftverk

(AAK) e o Energiverk Vest-Agder (VAE) visando a cooperação em tecnologias de energias renováveis e

o uso eficiente da energia.

O acordo tem por objectivo melhorar as competências dos parceiros envolvidos na pesquisa e

desenvolvimento. Além disso, visa apoiar os planos de longo prazo dos parceiros na área das energias

renováveis. Foi definido um programa para a realização de estudos e um centro de demonstração e

formação em tecnologia de energias renováveis.

O centro está localizado na Dømmesmoen e abrange um amplo espectro de diferentes tecnologias de

energias renováveis, células solares, células de biomassa, electrolysers para a produção de hidrogénio,

células a combustível, bombas de calor, sistemas solares térmicos, bem como poços de terra. Dispõe de

todos os instrumentos necessários e equipamento para medição, avaliação e valorização de todos os

sistemas. As principais actividades do centro incidem na pesquisa, formação e informação ao público.

Trata-se de um laboratório para professores e alunos, onde podem ser estudados os sistemas de

energias renováveis e como estes funcionam em conjunto. O objectivo consiste em criar um centro de

investigadores, noruegueses e estrangeiros, onde pode ser estudada e aperfeiçoada a tecnologia das

energias renováveis.

Empresas Públicas:

ENOVA SF

Foi criada oficialmente a 22 de Junho de 2001 e entrou em

funcionamento em 1 de Janeiro de 2002. A Enova SF é uma

empresa pública detida pelo Ministério do Petróleo e Energia.

A sua missão é contribuir para um ambiente saudável e para um uso e produção racional de energia,

confiando em instrumentos financeiros e incentivos para estimular os actores do mercado e mecanismos

para atingir os objectivos de política energética nacional.

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A criação da Enova marcou uma mudança na organização e implementação das políticas de eficiência

energética e de energias renováveis norueguesas. Ao reunir as responsabilidades políticas estratégicas

numa organização pequena, flexível e orientada para o mercado, a Noruega criou uma agência pró-

activa que tem a capacidade de estimular a eficiência energética motivando decisões de investimento

rentáveis e amigas do ambiente. A Enova SF goza de uma liberdade considerável relativamente à

escolha e composição dos seus focos estratégicos e medidas políticas.

A Enova aconselha o Ministério em questões relacionadas com a eficiência energética e com novas

energias renováveis.

Para assegurar o cumprimento dos seus objectivos, o parlamento norueguês criou um fundo energético

e indicou subvenções dentro de um quadro de até 5 mil milhões de NOK (cerca de 650 milhões de

Euros) ao longo de um período de 10 anos. O fundo é proveniente de uma imposição associada às

tarifas de distribuição de electricidade.

A Enova gere o fundo energético e financia programas e iniciativas que apoiam e sustentam os

objectivos nacionais, e tem liberdade para escolher as suas medidas políticas e a responsabilidade para

estabelecer iniciativas e esquemas de fundos de financiamento que podem resultar em investimentos

rentáveis e amigos do ambiente.

As actividades da Enova são organizadas em programas desenvolvidos, desenhados e geridos por

equipas compostas por especialistas técnicos com diferentes conhecimentos e experiências. A

abordagem multidisciplinar e implementação de desenvolvimento é uma característica importante da

conduta de negócio da Enova.

Os seus objectivos estão apenas relacionados com o uso e produção de energia localizada no solo, os

aspectos relacionados com transporte e sector offshore estão fora da sua área de responsabilidade. A

empresa não financia ou empreende actividades de investigação.

A melhoria da eficiência energia, maior flexibilidade na oferta energética, diminuição da dependência da

electricidade directa em aquecimento e aumento da quota de recursos de energias renováveis, para

além da energia hidroeléctrica, no conjunto da oferta energética são pontos essenciais na política

energética da Noruega.

Os objectivos da Enova, adoptados pelo Parlamento norueguês na primavera de 2000, são:

- Limitar consideravelmente o uso de energia

- Aumentar, até 2010, o uso anual de centrais de aquecimento hídricas baseadas na utilização de novas

fontes de energia, bombas de calor e aquecimento através de resíduos em 4 TWh

- Instalar, até 2010, uma capacidade eólica de 3 TWh

- Aumentar o uso de gás natural amigo do ambiente

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A Enova foca os seus esforços tanto na oferta de energia bem como no lado da procura, no

desenvolvimento e adopção de metodologias fiáveis para medição de performance e verificação de

resultados.

A Enova participa em algumas actividades internacionais, pertencentes a diversas instituições como:

IEA, UE, ECEEE, EnR.

GASSNOVA SF

A Gassnova SF foi criada em 2007 para gerir os interesses

governamentais relacionados com a Captura e Armazenamento de

Carbono (CCS) e é responsável pela construção e operação de instalações e infra-estruturas para as

soluções CCS planeadas em Kårstø e Mongstad. Este é um trabalho pioneiro, que irá despertar o

interesse internacional e que tem potencial para ser consideravelmente importante no panorama global.

A Gassnova tem como missão promover a tecnologia da energia a gás amiga do ambiente com CCS na

Noruega, através da inovação, desenvolvimento tecnológico e demonstração em pequena e grande

escala.

A Gassnova aconselha o MPE em assuntos relacionados com a captura e armazenamento de carbono,

e está a contribuir para a implementação do programa de desenvolvimento tecnológico CLIMIT em

cooperação com o Conselho de Investigação da Noruega. Um dos objectivos do trabalho da Gassnova é

o de desenvolver métodos para reduzir os custos associados à captura e armazenamento de carbono.

Por ser uma empresa estatal, as actividades da Gassnova passam pelo envolvimento nos projectos CO2

Technology Centre Mongstad, transporte e armazenamento de larga escala de CO2 de Mongstad e

captura total de CO2 em Mongstad.

O trabalho da Gasnova assenta na intersecção do debate das alterações climáticas, objectivos políticos

ambiciosos, investigação de CCS e inovação industrial. É importante estabelecer formas de cooperação

entre a indústria e a investigação para que surjam tecnologias CCS eficientes.

Porquê capturar e armazenar CO2?

O dióxido de carbono é um gás incolor e inodoro. Estar ou viver perto de uma fonte de emissão de CO2

não é prejudicial para a saúde. O problema, contudo, é que as emissões crescentes de CO2 estão a

aumentar os níveis de CO2 na atmosfera, intensificado o efeito de estufa. Este efeito no aquecimento

global não está dependente da localização das emissões do dióxido de carbono, o que conta é o total

das emissões de CO2.

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Utiliza-se a expressão “captura de CO2”, porque o CO2 é removido dos combustíveis e gases de

combustão e é posteriormente armazenado. Existem várias tecnologias de captura de CO2 e estão a ser

desenvolvidos novos métodos. Todos os métodos de captura de CO2 requerem grandes investimentos e

até agora, a tecnologia tem apenas sido testada em pequena escala.

A captura de CO2 pode ser realizada de 3 modos distintos: depois da combustão na planta energética

(pós-combustão), antes da combustão (pré-combustão) e combustão de gás natural com oxigénio puro

(oxy-fuel).

Para os dois últimos métodos, é necessário que sejam feitas grandes alterações nas actuais centrais a

gás ou carvão. Os métodos de captura requerem input de energia, o que significa que a produção de

energia líquida diminui quando a captura de CO2 é empregue e é necessário mais combustível. O

consumo de combustível por KWh de energia gerada aumenta tipicamente em 18 a 20%. A Noruega, a

União Europeia e os EUA estão a estudar alternativas para os métodos de captura de CO2, com o

objectivo de desenvolver tecnologias que sejam mais eficientes e mais acessíveis que as soluções

actuais.

Existem grandes depósitos naturais de CO2 em formações rochosas em vários locais do planeta. É, por

isso, uma solução óbvia utilizar a mesma abordagem para limitar as quantidades de emissões antrópicas

de CO2 para a atmosfera. A Noruega tem utilizado este método de armazenamento de CO2 debaixo do

Mar do Norte, há mais de 10 anos. É importante que as formações geológicas usadas para

armazenamento sejam adequadas para que o CO2 não se liberte. As formações rochosas porosas

enterradas a grandes profundidades e seladas por sobreposições de rochas grossas e impermeáveis

são formações de armazenamento adequadas.

As duas primeiras centrais energéticas a gás no continente começaram operações em 2007, após várias

décadas de debate sobre a produção de gás e da captura de CO2.

NVE

O Directorado Norueguês dos Recursos Hídricos e Energia (NVE), criado em 1921, é

um orgão subordinado ao Ministério do Petróleo e da Energia. Está sediado em Oslo e

tem escritórios regionais em Tønsberg, Hamar, Førde, Trondheim e Narvik.

Actualmente com 400 funcionários, o NVE está encarregue de assegurar uma gestão integrada e amiga

do ambiente dos recursos hídricos do país, promover mercados energéticos eficientes, sistemas

energéticos rentáveis e contribuir para uma utilização eficiente da energia. O NVE desempenha um

papel central no planeamento nacional da contingência das cheias e é responsável pela oferta nacional

de energia. Desde 2009, foi-lhe atribuída maior responsabilidade, incluindo a prevenção de danos

causados por deslizamentos de terras.

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O NVE está envolvido na investigação e desenvolvimento nas suas áreas de especialidade, está no

centro da perícia das hidroeléctricas na Noruega e está envolvido em projectos de cooperação para o

desenvolvimento internacional.

A energia e a água são factores fundamentais no combate à pobreza, melhoria das condições sanitárias

e aumento da prosperidade nos países em desenvolvimento. O NVE tem mais de 30 anos de

experiência no apoio ao desenvolvimento. A maioria do trabalho do NVE nos países em desenvolvimento

envolve programas iniciados pela Agência para a Cooperação e Desenvolvimento da Noruega ou pelo

Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Os compromissos do NVE são:

- Preparação e avaliação de projectos

- Desenvolvimento do quadro legal

- Instituição e construção de capacidade

- Avaliação de estudos e relatórios

- Monitorização de recursos hídricos

- Estudos de sistemas energéticos

- Regulação energética

O NVE está a trabalhar, principalmente, na África e Ásia, para além dos Estados dos Balcãs, em estudos

de eficiência energética e avaliações de impacto ambiental, e na monitorização das redes de recursos

hídricos.

STATNETT SF

Trata-se do maior operador da rede eléctrica nacional. O grupo

Statnett tem mais de 850 funcionários, com sede em Smestad,

nos subúrbios de Oslo.

A Statnett é responsável por todas as transmissões eléctricas de alta voltagem e distribuição na

Noruega. Essa distribuição é feita, principalmente, a partir das principais estações de produção de

energia hidroeléctrica do país.

A rede principal consiste em aproximadamente 10.000 km de linhas de transmissão de alta voltagem

bem como numerosos transformadores e estações de conexão. A Statnett não é responsável pela

geração de electricidade, mas por assegurar que esta chega aos distribuidores regionais e, assim, ao

consumidor final. As receitas da Statnett são provenientes de arrendamento das instalações de

transmissão ao Acordo Comercial da Rede Principal (MGCA).

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A Statnett está designada como o Operador de Sistemas de Transmissão (TSO) norueguês, mantendo

constante o equilíbrio entre a oferta e a procura. Ao fazer isto, a Statnett também regula as trocas de

energia eléctrica com outros sistemas de rede estrangeiros, envolvendo, sobretudo, outros países

nórdicos.

A empresa investe em Investigação e Desenvolvimento para promover a sua visão, valores e

estratégias. A empresa está a inovar nos seus métodos de desenvolvimento, soluções e produtos que

promovem o desenvolvimento e eficiência no mercado energético.

Baseada nos seus objectivos, a Statnett irá construir a próxima geração da rede eléctrica principal para:

assegurar a oferta de energia, através de uma rede com qualidade e capacidade satisfatórias; contribuir

para a criação de valor para os consumidores e para a sociedade norueguesa; e proporcionar melhores

soluções ambientais.

Em 2010, a Statnett finalizou a primeira parte de um programa de investigação onde o objectivo é

desenvolver novas soluções para linhas energéticas de alta voltagem que envolvam a menor quantidade

de efeitos indesejados para a sociedade e para o ambiente. A empresa encontrou três meios de

minimizar os efeitos e reacções indesejados: camuflagem, adaptações de design específicas da

paisagem e arquitectura/design. A camuflagem provou ser uma estratégia útil em relação a muitos

desafios que a empresa enfrenta e que irão ser usados durante muito tempo no futuro próximo, a

camuflagem pode ser uma possibilidade para áreas densamente povoadas.

Principais Empresas que Operam no Sector:

Fred. Olsen Renewables

A Fred. Olsen Renewables é uma empresa subsidiária da Bonheur ASA e Ganger Rolf ASA, e é

responsável pelas actividades de energia renováveis do grupo.

O foco inicial tem sido a energia eólica e o primeiro investimento feito pela empresa data de 1996.

Recentemente, foram levados a cabo esforços significativos no desenvolvimento de projectos de

parques eólicos. Estes revelaram-se um sucesso, em especial no Reino Unido, e o primeiro parque

eólico de grande dimensão, Crystal Rig na Escócia, iniciou as suas operações em 2003. A Fred. Olsen

Renewables tem também actividades na Noruega, Suécia, Canadá e República da Irlanda, onde estão

actualmente em desenvolvimento vários projectos.

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17

A estratégia geral é participar em projectos desde uma fase inicial. A empresa está envolvida na

selecção do local, planeamento e construção, e tenciona operar os projectos durante toda a sua vida.

Esta abordagem é baseada no princípio cradle-to-grave.

A estratégia da Fred. Olsen Renewables é a de investir numa diversidade de tecnologias de energias

renováveis.

REC

“Smart energy for a cleaner future”

A Renewable Energy Corporation (REC) é uma empresa líder no sector da energia solar. Ambiciona ser

fornecedor líder mundial de soluções de energia solar altamente competitivas. Os seus objectivos

passam por reduzir os custos, crescer de forma rentável, avançar tecnologicamente, focar-se no

mercado e no consumidor e promover o desenvolvimento organizacional. Pretende atingir a excelência

operacional e baixos custos produção, através da procura contínua de programas de desenvolvimento

de tecnologias ambiciosas e iniciativas de redução de custos.

A REC está a tornar a energia solar acessível e barata, usando as suas forças através da cadeia de

valor da energia solar fotovoltaica. A REC é um dos maiores produtores mundiais de materiais silícios,

PV wafers, células e módulos solares, e está envolvida na integração de sistemas solares em mercados

seleccionados. Os mercados de interesse da REC são a Europa, os EUA e a Ásia.

Para além de ser uma empresa virada para a promoção de energias limpas, a REC acredita que as

empresas devem estabelecer objectivos para se tornarem mais eficientes, bem como protegerem o

ambiente. A REC tem uma pegada de carbono baixa devido ao facto de usarem energia hídrica para

todas as produções silícicas e para a maioria das operações das wafers e células. O preço de energia

gerada por sistemas solares está a decrescer de forma estavél, fazendo com que esta fique mais

acessível para o consumidor.

Algumas medidas alcançadas pela REC até ao momento são:

- Redução do custo dos módulos da REC Solar em 12% em 2008

- Diminuição do payback energético dos módulos da REC Solar para apenas 1 ano

- Pegada de carbono diminuída para menos de 16 g de CO2 por kWh para os módulos da REC Solar

Com sede em Oslo, as instalações de produção de materiais silícios encontram-se em Moses Lake,

Washington e Butte, Montana, nos EUA, as de produção wafer estão localizadas em Glomfjord e Herøya,

na Noruega e Tuas, Singapura e as de produção solar em célula estão em Narvik, Noruega, e Tuas,

Singapura. A REC possui escritórios de venda na Alemanha, Espanha, Itália, França, EUA, Japão e

China.

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Contra todas as probabilidades, foi montada uma companhia de energia solar no norte da Europa, que

apresentou uma grande performance de crescimento. Em 1993, Alf Bjørseth foi o responsável pela ideia

que células solares feitas de wafers multicristalinas poderiam ser a tecnologia líder de uma indústria

prestes a sofrer um boom de crescimento. Por volta da mesma época, fechou um local de produção de

amoníaco em Glomfjord, e Bjørseth, juntamente com Reidar Langmo, iniciaram a produção nessas

instalações. A primeira wafer foi produzida no Verão de 1997. Em 1999, a empresa, na altura

denominada de ScanWafer, assinou grandes contratos com a Mitsubishi Electric e com a Shell Solar, e,

rapidamente, a procura de wafers ultrapassou a oferta. No mesmo ano, a empresa mudou o nome para

Renewable Energy Corporation.

A primeira expansão deu-se em 2001, causada pela expansão da fábrica de Glomfjord. A ScanWafer

era, então, o maior produtor mundial de wafers multicristalinas. Em 2002, a empresa investiu numa

unidade de produção de silício em Moses Lake, nos EUA, seguida pela abertura de uma unidade de

produção de células solares em Narvik, Noruega e uma de produção de módulos solares em Glava,

Suécia. Em 2005, Alf Bjørseth saiu da REC e deixou o controlo da empresa a Erik Thorsen. No ano

seguinte, a empresa passou a estar listada na Bolsa de Valores de Oslo.

Planeando mais uma expansão e explorando as possibilidades de construção de um complexo integrado

de energia solar à escala mundial, a REC avaliou cerca de 200 possíveis localizações para este novo

projecto, tendo, por fim, escolhido Singapura. Em Novembro de 2010, ao fim de 2 anos desde que

estabeleceu o compromisso de investimento, a REC abriu novas instalações de wafer integrada e

módulos solares em Tuas, Singapura. O projecto foi finalizado com um investimento cerca de 20%

abaixo do inicialmente estimado. Trata-se do maior investimento individual levado a cabo pela REC, e o

maior investimento em tecnologias limpas alguma vez feito em Singapura, no valor de cerca de 1.3

biliões de euros.

A REC está dividida em REC Silicon, REC Wafer e REC Solar. A REC Silicon é um dos maiores

produtores mundiais de polisilício para a indústria fotovoltaica. A REC Wafer é o produtor líder de wafer

multicristalinas para a indústria de células solares, com uma presença crescente nos segmentos de

mercado monocyistalline wafer and ingot. A REC Solar propõe soluções de melhor performance de

energia solar para os segmentos residencial, comércio e serviços, e tem como objectivo o

desenvolvimento de projectos em determinados segmentos.

STATKRAFT

A Statkraft, detida pelo Estado norueguês, é a maior empresa de

energias renováveis da Europa, produz e desenvolve energia

hidroeléctrica, eólica, gás e aquecimento urbano.

Tem 277 estações de aquecimento urbano com uma capacidade instalada de cerca de 15.800 MW, e as

estações hidroeléctricas têm capacidade anual total acima de 50 TWh.

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A Statkraft investe em inovação, com programas de I&D específicos nas áreas das hidroeléctricas,

energia eólica, energia osmótica e bioenergia. A empresa assume um papel importante nas trocas

energéticas europeias com perícia inovadora em trocas energéticas físicas e financeiras.

A empresa distribui electricidade e aquecimento para cerca de 600.000 clientes na Noruega e na Suécia,

detém os cabos de transmissão Baltic Cable entre a Suécia e a Alemanha, e desenvolve energia

hidroeléctrica em mercados emergentes fora da Europa através da SN Power.

A Statkraft possui mais de 100 anos de experiência como fornecedor de energias limpas, opera em mais

de 20 países e emprega cerca de 3.200 trabalhadores.

Em 2009, as vendas do grupo ascenderam a 26 mil milhões de NOK.

O objectivo da Statkraft é, como líder em energias renováveis na Europa, ir de encontro às necessidades

mundiais de energias puras. Os seus valores são a competência, responsabilidade e inovação. A

estratégia da Statkraft passa pelo crescimento de três áreas: geração de energia flexível e operações de

mercado na Noruega e no resto da Europa Ocidental; hidroeléctrica internacional e energia eólica na

Noruega, Suécia e Reino Unido.

A estratégia de inovação da Statkraft está baseada na estratégia de negócio geral da empresa, o

objectivo estratégico da empresa é aumentar as vantagens competitivas futuras através da análise

tecnológica e programas de I&D dentro das hidroeléctricas, eólicas e bioenergia. Como a empresa é a

líder mundial no desenvolvimento de energia osmótica como uma nova e aliciante tecnologia de energias

renováveis. O seu sistema de inovação assegurou o equilíbrio no seu portfolio de inovações, qualidade

nas suas actividades de I&D e rotinas para proliferação e implementação de novos conhecimentos na

companhia.

Energia osmótica

A Statkraft é a líder em desenvolvimento de energia osmótica, uma nova tecnologia de energias

renováveis. A energia osmótica é uma energia limpa, renovável e com um potencial de 1.600 a 1.700

TWh (igual ao consumo eléctrico total da China em 2022).

Ao abrir, em Novembro de 2009, o primeiro protótipo mundial de energia osmótica, a empresa provou

que esta tecnologia funciona. O seu objectivo é tornar a energia osmótica num recurso energético

comercial até 2020.

A energia osmótica é baseada num fenómeno natural osmótico, definido como sendo o transporte de

água através de uma membrana semi-permeável; deste modo, as estações podem absorver a humidade

através das suas folhas e retê-la. Quando a água doce encontra água salgada, por exemplo quando um

rio se reúne com o mar, liberta grandes quantidades de energia. Esta energia pode ser utilizada para a

geração de energia através de infiltração.

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Carro Eléctrico

Os primeiros carros eléctricos surgiram nos anos 70. No entanto, apenas recentemente se verificou um

aumento na aquisição destes carros na Noruega, fruto de uma maior consciencialização das pessoas

para as questões ambientais. Actualmente, e dentro do sector dos transportes, o mercado para veículos

urbanos eléctricos é um dos mercados com maior crescimento.

As autoridades nacionais e locais estão a aumentar a promoção a utilização de veículos com baixas

emissões de CO2 e outros gases, tornando-os mais baratos e com mais vantagens. Em Londres os

condutores de veículos eléctricos estão isentos do pagamento da taxa de congestionamento; em Itália os

veículos eléctricos possuem acesso a certos centros da cidade que estão interditos a veículos com motor

de combustão e na Noruega os veículos eléctricos podem circular nas faixas BUS, não pagam portagens

e têm estacionamento gratuito nas cidades.

Para o ambiente, a utilização do carro eléctrico é extremamente benéfica visto que este contribui para a

redução das emissões de CO2.

BUDDY

O Buddy é um veículo da Pure Mobility, que é detida por 24 accionistas. O negócio da

Pure Mobility é baseado em ética e responsabilidade social e ambiental. Para a empresa,

o ambiente vem sempre primeiro.

Originalmente produzidos na Dinamarca, desde 1991, sob o nome Kewet, estes veículos passaram,

desde 1999, a ser produzidos integralmente na Noruega.

Os carros Buddy podem ser adquiridos na Noruega por um preço inferior ao dos carros tradicionais.

O Buddy é um dos pouco veículos projectados especialmente para o estacionamento transversal, uma

vez que possui apenas 2,43 metros de comprimento, oferecendo mais facilidades de estacionamento na

cidade.

Considerado como carro citadino, tem capacidade para 3

passageiros e atinge 80 km por hora. São necessárias 4 a 6 horas

para o seu carregamento completo, estando a sua autonomia

avaliada entre 40 e 80 quilómetros. Esta diferença na autonomia

pode dever-se a vários factores, tais como: o tipo de bateria, a

temperatura exterior, as condições de condução e o ciclo de vida

útil da bateria.

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THINK

“Don’t just drive – THINK!”

O primeiro protótipo, predecessor do actual THINK City, foi desenvolvido em 1991, passando em 1999 a

ser produzido em série, financiado pelo gigante americano Ford.

A Ford tornou-se o maior accionista e, durante os quatro anos em que foi proprietária da THINK, investiu

150 milhões de dólares americanos. Quando a Ford decidiu, em 2003, abandonar o sector dos veículos

eléctricos, a THINK foi vendida pelo grupo americano.

Embora encontrando-se a lutar pela sobrevivência, a THINK manteve sempre a infraestrutura básica e

as consideráveis competências adquiridas dos seus antigos donos americanos.

Nos anos mais recentes, uma onde de preocupação ambiental e de

consciencialização das alterações climáticas, conduziu o mercado na

procura de soluções de mobilidade alternativas. Em 2006, investidores

noruegueses compraram a THINK e entrou em acção uma equipa de

gestão experiente, que juntava novos e antigos membros do staff da

THINK, e foi delineada uma nova estratégia para a companhia.

Em 2007, a THINK foi preparada para entrar em produção de série regular, produzindo a 5ª geração do

THINK City. A produção está localizada na empresa de alta tecnologia Valmet Automotives, sediada em

Uusikaupunki, na Finlândia, que também produz para outras companhias, como a Porsche.

A preocupação com o ambiente tem sido o coração do desenvolvimento do THINK City, pois este não foi

apenas desenhado para ser ecológico na condução, mas o carro em si foi desenvolvido para ser

reciclado, uma vez que utiliza materiais reciclados e processos de produção não poluentes. O THINK

City é um carro urbano moderno, com zero emissões e três vezes mais eficiente que o tradicional carro

com motor de combustão.

Foi recentemente lançado um novo modelo do THINK City com 4

lugares, que ganhou um prémio norueguês de design. Este

modelo tem uma capacidade para realizar 160 quilómetros e

atinge uma velocidade máxima de 110 km/h. É um carro seguro de

conduzir, tanto nas cidades como em auto-estrada, dado que está

em conformidade com os requisitos homologados pela UE (certificado M1) e é o primeiro veículo

eléctrico a ter um certificado de homologação pan-europeu.

O THINK City está a ser comercializado noutros países para além da Noruega, como os EUA, Áustria,

Holanda, França, Suíça e Finlândia.

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Sites Consultados:

http://www.enova.no/sitepageview.aspx?sitePageID=1346

http://www.epia.org/

http://www.fredolsen-renewables.com/

http://www.gassnova.no/

http://www.iea.org/stats/index.asp

http://www.iea-pvps.org/index.php?id=92

http://www.nordicenergysolutions.org/

http://www.nve.no/en/

http://www.puremobility.com/

http://www.recgroup.com/

http://www.regjeringen.no/en/dep/oed.html?id=750

http://www.ssb.no/english/

http://www.statkraft.com/

http://www.statnett.no/en/

http://www.thinkev.com/

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Anexo I - Energias Renováveis e Resíduos na Noruega, 2008

Resíduos

Municipais

Resídios

Industriais

Sólidos

Biomassa

Primários

Biogás Biofueis

Líquidos Geotérmica

Solar

Térmica Hidroeléctrica

Solar

PV

Marés,

Ondas Eólica

Unidade GWh GWh GWh GWh GWh Gwh GWh GWh GWh GWh GWh

Geração Eléctrica Bruta 112 10 325 6 0 0 0 140522 0 0 917

Unidade TJ TJ TJ TJ TJ TJ TJ

Produção Aquecimento

Bruta 6479 546 1553 7 0 0 0

Unidade TJ TJ TJ TJ 1000 ton. TJ TJ

Produção 9148 649 44380 1125 0 0 0

Importações 0 0 1327 0 8 0 0

Exportações 0 0 -23 0 0 0 0

Variação de existências 0 0 0 0 0 0 0

Oferta Doméstica 9148 649 45684 1125 8 0 0

Diferenças Est. e Transf. 0 0 0 0 0 0 0

Transformação 7674 649 3899 38 0 0 0

Plantas Eléctricas 0 103 1356 30 0 0 0

Plantas CHP 4140 0 0 0 0 0 0

Plantas Aquecimento 3534 546 2543 8 0 0 0

Outras transformações 0 0 0 0 0 0 0

Uso Próprio das Indústrias

Energ. 0 0 0 0 0 0 0

Perdas 0 0 0 544 0 0 0

Consumo Final 1474 0 41785 543 8 0 0

Indústria 1474 0 16558 0 0 0 0

Transportes 0 0 0 0 0 0 0

Residencial 0 0 24752 0 0 0 0

Comércios e Serviços

Públicos 0 0 426 543 0 0 0

Agricultura e Silvicultura 0 0 49 0 0 0 0

Pesca 0 0 0 0 0 0 0

Outros não específicos 0 0 0 0 0 0 0

Uso não energético 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: IEA – International Energy Agency

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Anexo II - Projectos e Empresas Hidroeléctricas Referidos na Nordic Energy Solutions

1) Produção e venda de energia hidroeléctrica

A E-CO ENERGI é um dos grupos líderes na Noruega, cujas actividades principais são a propriedade e

gestão de estações hidroeléctricas e serviços de consultoria. A cidade de Oslo é proprietária de 100% da

empresa-mãe, E-CO Energi AS.

A E-CO Vannkraft é o segundo maior produtor de energia hídrica da Noruega, com uma produção média

anual de 9.7 TWh. A empresa detém e gere estações energéticas no sul da Noruega e tem interesses na

Buskerund Kraftproduksjon AS, Oppland Energi AS e Norsk Grønnkraft AS. A actividade principal é a

operação e manutenção das estações energéticas e exploração dos reservatórios de água disponível,

por forma a maximizar o retorno da produção energética.

A empresa está organizada em três sectores:

- O proprietário da estação energética é responsável pelo uso do capital, avaliação de investimentos e

reinvestimentos nas instalações produtivas

- O vendedor é responsável pela aplicação dos recursos produtivos e venda da energia produzida no

mercado a retalho

- O operador da estação energética é responsável pela gestão operativa, controlo e manutenção de

estações energéticas e regulação relacionada com as instalações.

A E-CO Vannkraft tem aproximadamente 150 trabalhadores no escritório principal em Oslo e nas

instalações de produção em Hallingdal, Aurland e Mørkfoss-Solbergfoss em Askim. A empresa é detida

na totalidade pela E-CO Energi.

Para mais informações consultar:

http://www.e-co.no/?template=nyengelsk

2) Energia máxima de ondas moderadas

A Langlee Wave Power desenvolveu uma tecnologia única para converter a energia das ondas em

energia eléctrica, capturando grande parte dessa energia, e foi concebida para condições encontradas

perto de centros populacionais costeiros.

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O sistema é optimizado para implantação em áreas com condições de ondas moderadas, 2-4 metros, e é

ideal para localizações de parques eólicos offshore. Transmissão energética, infra-estruturas e

aprovação de custos de localização podem ser partilhadas com parques eólicos offshore novos ou já

existentes. Operando apenas abaixo da superfície, o sistema Langlee está protegido de danos de

tempestades fortes, permanecendo, ainda, posicionado onde o conversor de energia das ondas tem o

seu maior potencial. Apenas a parte superior de cada tubo de aço flutuante de módulos está exposta à

zona de rebentação. O design Langlee é simples, o sistema apresenta um número mínimo de partes

móveis e nenhum componente complexo está exposto à água do mar. O sistema baseia-se em

tecnologias provadas e componentes standard.

O conceito do conversor de energia das ondas da Langlee é revolucionário, captura a máxima energia

das ondas, que se concentra abaixo da superfície marítima. Contudo, o uso das componentes do

sistema Langlee utiliza tecnologias e standards de construção reconhecidos na experiência offshore

norueguesa. As ondas do mar movem as asas de água articuladas de cada módulo submerso, de forma

análoga ao modo como as ondas sonoras movem o diafragma do microfone. A energia absorvida do

movimento das ondas pelas asas de água é transportada para o sistema hidráulico, que transmite

energia aos geradores eléctricos. A matriz dos módulos conversores de energia da Langlee flutua, para

melhor capturar a energia; a energia das ondas é maior logo abaixo da superfície. O sistema Langlee é

ancorado ao solo oceânico. Cada módulo dispõe dois pares de asas de água, separados pelo

comprimento de meia onda, movendo-se em direcções opostas à medida que as ondas passam pela

matriz Langlee.

Como o sistema Langlee está desenhado para operar nas mesmas condições de ondas que os parques

eólicos actuais, o seu foco de mercado será em localizações actualmente em desenvolvimento. Este

foco permite aos clientes adicionares a produção de energia das ondas que utiliza as infra-estruturas já

disponíveis, como os cabos de transmissão subaquáticos, instalações relacionadas e manutenção

personalizada.

Em Agosto de 2009, a Langlee Wave Power AS assinou uma carta de intenção com a companhia

energética turca Ünmaksan para construir uma instalação de energia das ondas com capacidade de 24

MW, valorizada em cerca de 120 milhões de euros na sequência de testes de instalação piloto.

Para mais informações consultar:

http://www.langleewavepower.com/index.php

3) A completa cadeia de valor da energia hídrica

A Rainpower é um dos principais actores no mercado hidroeléctrico norueguês e internacional, e é um

fornecedor completo de tecnologia, produtos e serviços na indústria hidroeléctrica.

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Com 150 anos de experiência, know-how e serviços, a Rainpower contribui para o aumento da eficiência

energética dentro do mercado hidroeléctrico. A empresa tem sede, bem como laboratório e oficina, na

Noruega. Os fornecimentos incluem: tecnologias gerais hidroeléctricas; turbinas de alta pressão;

pequenas estações hidroeléctricas; manutenção; remodelação; actualização e serviços gerais.

Toda a cadeia de valor está ao dispor dos clientes: gestão de projectos, engenheiros, consultores

técnicos, montadores, planeadores e controladores documentais, todos com elevadas competências e

uma longa experiência.

A Rainpower oferece assistência para cálculos, análise, relatórios, assistência técnica, desenhos

técnicos, comentários de fornecedores, gestão e planeamento de projecto.

Para mais informações consultar:

http://rainpower.no/

4) Desenvolvimento energético

A SN Power é uma empresa internacional de energias renováveis em crescimento, com projectos e

operações na Ásia, África e América Latina. A empresa investe em termos comerciais e o seu

compromisso é a sustentabilidade ambiental e social.

A SN Power é um investidor comercial, desenvolvedor e operador em projectos hidroeléctricos em

mercados emergentes.

É ainda um investidor industrial a longo prazo no sector hidroeléctrico. O seu modelo de negócio é

baseado em propriedade activa, transferência da perícia hidroeléctrica norueguesa e desenvolvimento

responsável e sustentável de energias renováveis. A empresa enfatiza a cooperação chegada com os

interessados – comunidades financeiras, industriais e, particularmente, com as comunidades locais. A

empresa mantém padrões de responsabilidade social, ambiental e éticos em todas as suas actividades.

A Noruega é o quinto maior produtor hidroeléctrico e a única nação industrializada a ir de encontro à

procura de electricidade quase exclusivamente com a produção hidroeléctrica. A electricidade

proveniente da energia hídrica foi a chave da transformação da Noruega, de um dos países mais pobres

da Europa há cerca de um século, na nação industrializada e rica dos dias de hoje.

A SN Power possui o know-how da sua longa tradição na energia hídrica na Noruega. O seu staff inclui

engenheiros hidroeléctricos experientes bem como membros com experiência internacional em energia,

infraestruturas, produção industrial e finanças empresariais. O negócio é também impulsionado pelo

profundo conhecimento do desenvolvimento hidroeléctrico e de investimento em capital de risco dos

proprietários.

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A SN Power foi fundada em 2002, tem sede em Oslo, e é detida pela Statkraft e pela Norfund.

Para mais informações consultar:

http://www.snpower.com/

5) Permitir a energia da água

A Norconsult é uma das consultoras de engenharia líder na geração energética, oferta de energia e

planeamento de recursos hídricos, com 75 anos de experiência na Noruega e cerca de 50 anos de

operações internacionais.

Desde 1955, que a empresa tem participado no planeamento e construção de estações energéticas em

todo o mundo, conferindo-lhe conhecimentos e experiência em várias condições.

As áreas de competência e serviços oferecidos nos campos energéticos e hídricos: hidroeléctricas;

transmissão e sistemas de alta voltagem; economia energética; consultoria de gestão energética;

barragens e navegáveis; turbinas/bombas e geradores e água e ambiente.

A Norconsult oferece planeamento de esquemas de hidroeléctricas desde análises preliminares de

hidrologia, topografia, geologia e produção energética esperada, até ao layout detalhado e design de

todas as componentes do projecto.

Os engenheiros da Norconsult têm uma grande experiência em projectos de todos os tamanhos e graus

de complexidade, e podem ser facilmente integrados nas equipas multidisciplinares dos seus

empregadores.

A Norconsult desenvolveu métodos eficazes para identificar a capacidade instalada mais vantajosa e

medidas para aumentar a capacidade das estações hidroeléctricas.

Os serviços incluem:

- Planeamento de novas estações e aumento de capacidade

- Inspecções e avaliações de condições

- Preços acessíveis da base de dados da empresa para optimização de alternativas

- Contracto de engenheiros e especificações técnicas

- Avaliações de impacto ambiental

- Gestão de projectos

- Supervisão, testes e comissionamento do local

- Garantia de qualidade

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A Norconsult tem estado envolvida em muitos projectos de pequenas estações energéticas e inspecções

mecânicas, bem com inspecções de um grande número de barragens na Noruega e na Suécia.

A presença da empresa no sector energético norueguês está claramente comprovada, através da sua

participação em projectos de investigação e conferências. A empresa está particularmente envolvida na

investigação norueguesa de quebras nas barragens.

Para mais informações consultar:

http://norconsult.com/

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Anexo III - Projectos e Empresas de Energia Eólica Referidos na Nordic Energy Solutions

1) Pioneiros em energia eólica - Software de operações de parques eólicos

Apoiada em cerca de duas décadas de desenvolvimento de software de gestão com base de operações

(OMS) para petróleo e gás e processo industrial, a Baze Techonology está a revolucionar a forma como

as empresas de energia eólica podem operar com os elementos da cadeia de valor dos parques eólicos.

O funcionamento dos parques eólicos tem uma margem reduzida, pois o recurso energético está fora de

controlo. Para ter sucesso neste negócio é necessário agir rapidamente, colaborar com exactidão e

eficiência e aplicar processos e standards de trabalho que permitam seguir uma linha de referência.

Quando os parques eólicos estão localizados em offshore isso torna-se ainda mais importante.

BazeField, um produto da Baze Technology, apoia o fluxo de trabalho, é uma ferramenta de

planeamento e de análise, dá uma medição da performance geral e individual para cada papel na

operação. Na base do sistema está um motor histórico de dados que providencia informação em tempo

real e indicadores-chave de performance (KPI) para cada função na organização, testada em várias

instalações de larga escala ao longo de vários anos. É a forte ligação entre sistemas IT e a cadeia de

valor de negócio e processos de trabalho que tornam a BazeField única.

A BazeField cobre todos os aspectos da cadeia de valor em múltiplas operações de parques eólicos em

colaboração com as equipas de apoio central – todas combinadas com uma embalagem coerente. O

sistema apoia todos os processos necessários para a realização do trabalho de forma eficiente e mede a

performance de acordo com a cadeia de valor. A BazeField lida com todos as funções necessárias para

desempenhar a operação e está, assim, preparada para alimentar cada função com medidas pessoais e

suporte operacional.

BazeField está em funcionamento na StatoilHydro para operações nos parques eólicos de Havøygavlen

em colaboração com as suas operações do centro em Vækerø, na Noruega. O software OMS da Baze

Technology é usado noutras indústrias pela Aker e StatoilHydro em petróleo e gás, Norske Skog e Södra

em pastas celulósicas e papel e Yara em processos industriais.

Para mais informações consultar:

http://www.bazetechnology.com/

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2) Testes para turbinas eólicas

A VIVA, que opera numa estação de testes para turbinas eólicas na Noruega, usando pessoal e

competência da SINTEF Energy Research (Sefas), do Instituto para Tecnologia Energética (IFE) e da

Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega (NTNU) num projecto base, propõe-se a levar a cabo

os seguintes testes:

- Medição da performance energética

- Medição do ruído acústico

- Medição da qualidade energética

- Medição da carga estrutural

Os testes podem ser realizados de acordo com as normas internacionais, ou prorrogados de acordo com

as especificações dos clientes. Outros testes e medições podem igualmente ser negociados, i. e. teste

de segurança do sistema, outros testes de sistema e vários testes de componentes.

Sefas, IFE e NTNU realizam estudos na área de I&D, tanto a nível nacional como a nível internacional, e

estão a participar no desenvolvimento de standards internacionais para turbinas eólicas. Para melhorar e

assegurar melhores capacidades de teste, a VIVA vai candidatar-se a membro da MEASNET (Measuring

Network of Wind Energy Institutes) e colaborar com outros testes de estações para turbinas eólicas.

A localização da Valsneset oferece condições excelentes para a realização de testes de alta qualidade

das turbinas eólicas para aprovação de tipo, documentação e apoio ao desenvolvimento industrial.

Contudo, os testes podem ser levados a cabo em outras localizações, dependendo dos requisitos dos

clientes.

Para mais informações consultar:

http://www.vivawind.no/

http://www.ntnu.edu/

http://www.sintef.no/

3) Medições e análises eólicas

Kjeller Vindteknikk AS é a empresa líder nas medições e análises eólicas na Noruega. A empresa ajuda

os clientes a criarem mapas de recursos eólicos, encontrar as localizações, realizar medições eólicas,

analisar dados e produzir cálculos energéticos.

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A Kjeller Vindteknikk AS foi fundada em 1998 e trabalhou já num grande número de projectos de energia

eólica. Oferecem uma variedade de serviços de consultoria. Em cooperação com outras empresas,

presta serviços de consultoria para todas as áreas relativas ao planeamento de energia eólica, desde

encontrar as localizações até preparar as candidaturas a todas as licenças. A empresa é muitas vezes

usada para realizar diligências de cálculos de produção energética, participar em estudos noruegueses,

desenvolver produtos, medições eólicas e trabalhos de pesquisa.

Habitualmente, a Kjeller Vindteknikk instala e opera nas estações de medições eólicas. É, contudo,

possível comprar ou alugar equipamento. A empresa oferece uma grande variedade de mastros e

equipamentos de medição eólica, juntamente com a sua ajuda e aconselhamento de peritos.

A Kjeller Vindteknikk AS recebeu o rating (AAA) mais elevado da Dun & Bradstreet, para o período de

Setembro de 2007 a Setembro de 2008.

Para mais informações consultar:

http://www.vindteknikk.no/index.php

4) Aproveitando o vento norte

O objectivo da NNV (Nord Norsk Vindkraft) é o de converter partes das vastas regiões com recursos

eólicos em energia, criando, desta forma, uma mais-valia para os proprietários e para a comunidade.

A ideia de negócio de NNV consiste em comercializar a utilização da energia eólica para a produção de

electricidade. A empresa vai desenhar um mapa com o potencial de energia eólica do norte da Noruega

e fazer preparações para o desenvolvimento, com um foco primário na região de Nordland.

Para mais informações consultar:

http://eng.nnvind.no/

5) Turbinas eólicas para um clima costeiro severo

O Grupo ScanWind é um produtor de turbinas eólicas de 3.5-4 MW para uso onshore e offshore. O

design consiste numa turbina de accionamento directo e velocidade variável, com um gerador de íman

permanente.

As turbinas da ScanWind são adequadas ao clima costeiro severo e são produzidas para uma classe

eólica de IEC IA/s. As turbinas operam sem equipamento. Esta característica de accionamento directo

requer menos manutenção, causa menos erros e torna as turbinas extremamente rentáveis. Os

componentes das turbinas são todos equipamentos normalizados, o que simplifica a compra de partes,

quando necessário.

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A turbina de 3.5 MW da ScanWind é a única turbina do seu tamanho que foi testada ao longo de vários

anos nas condições ásperas dos ventos noruegueses. O objectivo foi o de desenvolver um conceito

completamente novo de energia eólica para usar em áreas sujeitas a ventos fortes, turbulência,

atmosfera salgada e acessibilidade limitada. Os resultados mostraram que a confiança nos produtos é

muito boa.

Instalar grandes turbinas em terrenos acidentados ou em ilhas pequenas é um grande desafio. A

ScanWind desenvolveu uma solução única para montar os moinhos de vento mesmo em condições de

vento forte, o sistema de levantamento requer um espaço de terreno mínimo, que por sua vez minimiza o

impacto no ambiente.

O grupo ScanWind AS tem sede em Trondheim, na Noruega, e uma subsidiária em Karlstad, na Suécia.

A fábrica de montagem fica em Verdal, a 90 km a norte de Trondheim. A ScanWind pertence à Morphic

Tecnologies - 80% - e à Nord Trøndelag Elektrisitetsverk (NVE) - 20%.

Para mais informações consultar:

http://www.scanwind.com/

6) Modelação de fluxos de vento

A WindSim é uma ferramenta de design de parques eólicos modernos (WFDT). A WindSim foca-se em

tecnologias avançadas com perícia incomparável no domínio da energia eólica, para que o cliente possa

desenhar os parques eólicos mais rentáveis.

O foco da WindSim na energia eólica permite ajudar os líderes mundiais da indústria a irem de encontro

aos seus desafios na projecção de parques eólicos, investigação e avaliação de energia eólica há mais

de dez anos. A WindSim AS é um fornecedor líder, reconhecido internacionalmente, na aplicação de

dinâmicas de fluidos computacionais e outros métodos avançados na indústria da energia eólica.

Em 1998, a WindSim AS concebeu o Atlas de Vento Norueguês, em cooperação com o Instituto de

Meteorologia da Noruega. Simular as condições locais do vento ao longo da complexa linha costeira da

Noruega foi uma tarefa difícil. A metodologia da WindSim foi desenvolvida durante este projecto para

ajudar a ir de encontro a estas exigências.

A primeira versão do software WindSim foi lançada em 2003; tem havido, desde então, um crescimento

forte e estável do uso do software, sendo este usado a nível mundial pela indústria de energia eólica,

incluindo Enercon, Gamesa, GE Energy, Nordex, REpowerm Siemens, Suzion, Vestas e muitas outras.

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A indústria de energia eólica procura software que produza simulações mais precisas. Os estudos

provam que CFD capta os efeitos do terreno nas condições do vento de forma mais realística que as

tecnologias tradicionais utilizadas. O valor do CFD quando comparado com terrenos complexos é bem

conhecido. Este software também apresenta bons resultados em terrenos simples e offshores. É cada

vez mais necessário misturar os métodos modernos de CFD com as abordagens tradicionais para uma

melhor tomada de decisão.

Os clientes da WindSim optimizam os layout dos parques ai identificarem as localizações das turbinas

com as máximas velocidades de vento, mas com pouca turbulência, para maximizarem a produção.

Minimizam cargas nas turbinas por prevenirem potenciais problemas.

A WindSim AS desenvolve e comercializa o software WindSim, mas também oferece serviços

profissionais como consultoria e cursos de formação.

Para mais informações consultar:

http://www.windsim.com/

7) Moinhos de vento flutuantes

O sistema SWAY é uma turbina eólica flutuante para localizações offshore de águas profundas. Produz

vastas quantidades de electricidade que podem ser transportadas para terra ou para instalações de

petróleo offshore próximas.

A tecnologia SWAY é parcialmente baseada no bem conhecido conceito das instalações offshore de gás

e petróleo. É uma torre de turbina eólica flutuante com lastro pesado na base, assegurando que o centro

de gravidade esteja bem abaixo do centro de flutuação do sistema. O sistema pode ser colocado em

locais onde o oceano tenha uma profundidade entre 100 e 400 metros.

A SWAY também desenvolveu um sistema para controlar forças impulsionadoras que estejam a actuar

no rotor para reduzir a fadiga.

Os maiores avanços na tecnologia SWAY

- O sistema de fundação SWAY permite que as turbinas eólicas sejam colocadas no oceano em locais

com profundidade entre os 100 e os 400 metros

- A tecnologia SWAY irá reduzir significativamente os custos de fundação, comparada com as estruturas

fixas a 45 metros de profundidade

- Muito poucos movimentos na parte superior da torre

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- O design da parte superior da torre reduz/elimina a turbulência correspondente a problemas de fatiga

do rotor e níveis de ruídos associados rotores montados para sotavento.

- Instalações mais simples e menos intensivas em custos e manutenção

- A posição de cada turbina eólica é flexível de acordo com os recursos piscatórios e centros de carga

- As torres podem ser reafectadas a outras localizações ou rebocadas para terra para maior manutenção

Para mais informações consultar:

http://sway.no/

8) Windpods

O principal foco da OWEC Tower é o desenvolvimento de parques eólicos offshore. Baseada em mais de

30 anos de experiência pioneira no Mar do Norte, foram desenvolvidas soluções para o sector da energia

eólica offshore desde 2001.

A OWEC Tower tem como estratégia de negócio desenvolver as estruturas de fundação mais

competitivas para turbinas eólicas offshore. A empresa desenvolveu uma fundação especial adequada

para profundidades de água de 20 metros ou superiores.

A estratégia de negócio é baseada num modelo de licenças, onde o objectivo é deixar a maioria do

benefício ao consumidor final. A estrutura de fundação, em desenvolvimento contínuo, está apoiada por

serviços de alcance geral, desde estudos de viabilidade até engenharia detalhada. Considerações em

fabrico, instalação e O&M são cuidadas no processo de desenvolvimento e engenharia.

OWEC Jacket Quattropod

Os principais custos na energia eólica offshore podem ser agrupados em quatro grandes categorias e a

estrutura principal que contém a torre e a fundação representa cerca de 25% desses custos. OJQ é uma

subestrutura completa, incluindo uma torre tubular, secção média e fundação, desenhadas e certificadas

à medida que vai sendo instalado no solo oceânico. A OWEC Tower AS ganhou o prémio “Empresa do

ano em Tecnologias Limpas Emergentes” em 2009.

Para mais informações consultar: OWEC Tower

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9) Dedicação pura à energia eólica offshore

A NorWind está completamente centrada na energia eólica offshore, e oferece um serviço completo de

design, fabrico e instalação de fundações offshore fixas, bem como instalações para turbinas.

Identificando a tecnologia disponível mais apropriada e mais recente em todas as alturas, a NorWind e

os seus parceiros planeiam, constroem e instalam as fundações de turbinas eólicas em águas com

profundidade superiores a 60 metros. A NorWind está também envolvida no desenvolvimento de

tecnologias para tornar as turbinas eólicas flutuantes numa realidade.

Para assegurar o acesso às soluções líder mais rentáveis, a NorWind mantém alianças com

empreiteiros, especialistas-chave no desenvolvimento de energia eólica.

Os parques eólicos offshore, a mais de 20km da costa, oferecem vantagens claras relativamente a

projectos próximos da costa ou em terra. As localizações offshore são mais ventosas. Os projectos

podem utilizar turbinas maiores, as localizações são quase ilimitadas e os conflitos ambientais são

menos comuns e menos sérios que os onshore.

Para mais informações consultar:

http://www.norwind.no/

10) Sistema de docas flutuantes

Uma empresa norueguesa com uma longa tradição em trabalhos de elevação surgiu com uma ideia

muito inteligente de sistemas de docas flutuantes para as turbinas eólicas flutuantes.

A Vest Kran é um dos fornecedores líder de serviço completo da Engineered Heavy Lifting and Logistics

in Scandinavia. As suas principais áreas de negócio repartem-se pelas indústrias de construção, petróleo

e gás e energia eólica.

Alguns dos seus serviços incluem: a gestão de projecto; serviços de levantamentos pesados; transporte

e logística; engenharia; armação e montagem; pessoal; serviços terminais; aluguer e venda de

guindastes; manutenção de guindastes e certificação de equipamento.

A Vest Kran, estabelecida em 1992, tem aproximadamente 100 trabalhadores, e possui escritórios na

Noruega e na Suécia, incluindo 2 em terminais marítimos.

Em 2008, a Vest Kran apresentou um volume de negócios de 180 milhões NOK.

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O sistema SeaLock, sistema de docas de turbinas eólicas flutuantes offshore, patenteado pela Vest

Kran, permite às turbinas eólicas flutuantes offshore atracarem numa estação doca flutuante ancorada

de águas profundas. Este sistema de conexão e desconexão rápida reduz os custos das instalações dos

parques eólicos offshore e permite serviços onshore e programas de manutenção.

A turbina é completada e preparada para operações onshore, depois rebocada para a estação-doca,

instalada e preparada para operações dentro de 1-2 dias.

- Não são necessários navios especiais

- Montagem onshore

- Tempo de instalação reduzido

- Os serviços de reparação podem ser realizados onshore

- Possibilidade de rápida troca de turbinas

Os seus benefícios são: menor tempo de inutilização; maior rentabilidade; maior segurança; menor

dependência do tempo e soluções mecânicas.

11) Torres de energia

Seatower é um fornecedor EPCI de fundações para turbinas eólicas offshore, mastros e subestações. A

sua tecnologia única Cranefree – baseada nos princípios do sector do petróleo e gás offshore – permite

que projectos eólicos offshore em águas profundas sejam executados de forma rentável com risco

mínimo.

A Seatower foi fundada em 2007 em Oslo, por uma equipa com vasta experiência no sector offshore.

Com eles trouxeram perícia e tecnologia que irá transformar o sector eólico através da aplicação de

tecnologias offshore comprovadas.

Desde o seu início, a Seatower atingiu vários marcos. As primeiras patentes de fundações eólicas

offshore Cranefree foram submetidas na Primavera de 2007 e premiadas em Janeiro de 2009. A solução

Cranefree significa que as fundações dos moinhos eólicos são autoflutuantes e que podem ser

instaladas sem o uso de gruas. As fundações Cranefree estão disponíveis apenas na Seatower AS.

O conceito foi finalizado durante o Outono de 2008, incluindo com métodos de instalação e fabrico. Ao

mesmo tempo, a Seatower foi premiada com um contrato de I&D industrial pelo Concelho de

Investigação Norueguês, com o objectivo de continuar as melhorias na tecnologia e logística de

fundações eólicas offshore.

Para mais informações consultar:

http://www.seatower.no/

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12) Mapeando o vento

O Directório Norueguês de Recursos e Energia Hídricos mapeou os recursos eólicos noruegueses. O

resultado pode surgir como uma surpresa para alguns.

A linha costeira rugosa da Noruega parece o local mais óbvio para colocar moinhos de vento, o que

justifica o porquê de a maioria dos projectos eólicos na Noruega se encontraram exactamente ao longo

da costa aproveitando os ventos do Mar do Norte e do Mar da Noruega.

Como uma ferramenta no planeamento de futuros parques eólicos, este Directório regista e avalia os

recursos eólicos da Noruega. O mapa de vento, desenvolvido por uma das empresas norueguesas

líderes em medições eólicas, Kjeller Vindtecknikk, mostrou grande potencial para a energia eólica nas

florestas da Noruega.

A energia eólica não é só uma questão de ventos fortes. Tempestades e vendavais podem provocar

maior tempo de inutilização devido à manutenção dos moinhos de vento. Um vento suave, mas contínuo,

pode ser preferível.

Para mais informações consultar:

http://www.nve.no/en/

13) A conexão poderosa

Com base na experiência norueguesa, a Troll WindPower apresenta um sistema de transmissão em

terreno para parques eólicos offshore.

A Troll WindPower é uma empresa de energias renováveis e um líder inovador em sistemas eléctricos

para parques eólicos offshore. Desenvolve soluções novas e rentáveis que preencham os requisitos

duros de um ambiente offshore, tirando proveito das mais recentes e inovadoras tecnologias e

experiência da indústria offshore norueguesa.

A Troll WindPower desenhou, juntamente com o Bergen Group Rosenberg, uma subestação offshore

para ter um ponto de conexão centralizado para os parques eólicos offshore. A subestação Rosenberg é

baseada em soluções rentáveis, seguras e inovadoras, usando a melhor tecnologia disponível nos dias

de hoje.

A subestação assenta num princípio modular para melhor se ajustar a variações em capacidade para

cada parque eólico.

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O sistema modular tem várias vantagens importantes: primeiro, um módulo compreende um layout do

sistema eléctrico acabado de um tamanho específico; isto significa que quando um parque eólico

offshore é planeado, pode ser usado um número de módulos e sub-módulos iguais para torná-lo apto ao

tamanho exacto do parque eólico; segundo, um sistema eléctrico concluído e feito à medida e

prontamente disponível, não tendo de usar tempo válido a fazer um modelo e em engenharia complexa,

o sistema modular simplifica todo o processo de planeamento, tornando mais fácil, mais rápido e mais

barato o desenvolvimento de novos parque eólicos offshore.

O sistema modular será adaptado em cooperação com o cliente, para que todos os requisitos deste

sejam satisfeitos e para corresponder a configuração à localização específica do projecto.

Para mais informações consultar:

http://www.trollwindpower.no/

14) Especialistas nórdicos em guindastes

A Nordic Crane Group é um dos fornecedores líderes de gruas móveis na Escandinávia, ao mesmo

tempo de prestam serviços nos sectores de transporte, transporte especial e engenharia e construção.

A Nordic Crane Wind AS é especialista em içamento e instalação de centros de energia eólica tanto em

terra como no mar, na Escandinávia. Desde 1983, a Nordic Crane Wind já instalou cerca de metade de

todas as instalações de energia eólica da Suécia.

Um alto nível de competência e 25 anos de experiência com içamentos complexos e instalações eólicas

asseguram aos clientes que podem confiar numa execução eficaz e segura dos seus projectos. A

empresa tem um total de seis máquinas para montagem de instalações de energia eólica na Suécia,

fazendo com que seja a empresa líder no seu sector na Escandinávia.

A Nordic Crane Wind AS pertence ao Grupo Nordic Crane, que também inclui Kynningsrud Kran na

Noruega e Suécia, e Stangeland Kran AS.

15) Desenvolvendo alguns dos maiores projectos eólicos na Noruega

A Havgul Clean Energy AS é um projecto de energia eólica em desenvolvimento pela empresa. Por trás

da Havgul estão pessoas que têm sido fulcrais no desenvolvimento de alguns dos maiores projectos de

energia eólica da Noruega, onshore e offshore.

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A Havgul Clean Energy AS é uma empresa que desenvolve projectos de energia eólica na Noruega e na

Suécia. A empresa está, igualmente, envolvida noutros mercados, em especial na Polónia e nos EUA.

Havgul é o nome dado ao vento que atinge a costa norueguesa.

A Havgul Clean Energy AS participou em alguns dos maiores projectos de energia eólica na Noruega,

tanto em onshore como em offshore. No seu conjunto, os funcionários da empresa têm quase 50 anos

de experiência no desenvolvimento de energias renováveis. Até agora, o foco tem sido a Noruega,

contudo, foram acrescentadas à lista a Suécia, a Polónia e os EUA.

Para mais informações consultar:

http://www.havgul.no/en_index.htm

16) Instalar turbinas eólicas offshore

A Wincarrier AS definiu, no início de 2008, que iria igualar a procura crescente de navios de instalação

de turbinas eólicas offshore.

A empresa foca-se em fornecer aos clientes soluções de instalação eficientes e rentáveis para uma

indústria ainda imatura.

A Wincarrier AS pertence ao grupo Fred. Olsen que segue uma tradição desde 1848, quando a família

Fred. Olsen entrou para o negócio naval. Hoje em dia, o grupo está envolvido na perfuração offshore,

energias renováveis, cruzeiro, TI, capital de risco e imóveis.

A gestão da Windcarrier AS tem experiência extensiva das indústrias de petróleo, gás, construção naval,

permitindo que a empresa apresente novas tecnologias numa indústria caracterizada pelas tecnologias

baseadas em onshore.

Para mais informações consultar:

http://windcarrier.no/

17) Exploração de parques eólicos

A Scandia Wind, LLC tem 120 anos de experiência combinada no desenvolvimento de projectos de

parques eólicos. O valor acrescentado aos projectos é demonstrado pelo histórico dos seus

parceiros e principais proprietários escandinavos: Havgul Clean Energy AS, da Noruega e Alpha

Wind Energy Aps, da Dinamarca. A Scandia Wind apresenta um pacote de serviços de

desenvolvimento, avaliação técnica e facilitação de financiamento de projectos para entregar

projectos de parques eólicos profissionais dentro do prazo e orçamento.

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Os proprietários:

- A Havgul Clean Energy AS, cujos parceiros estão envolvidos no desenvolvimento de energia eólica

desde 1995, desempenhando um papel proeminente na execução de política estratégica e comercial

durante o desenvolvimento, construção e através do comissionamento do parque eólico.

- A Alpha Energy Wind Aps, cujos parceiros possuem experiência, desde os anos 80, pode adicionar

valor em cada fase do desenvolvimento, mas são especialistas nos aspectos técnicos do

desenvolvimento de parques eólicos. A sua perícia é essencial no desenvolvimento de parques eólicos

sustentáveis.

- A Northport, Inc., propriedade de Steve Warner, com mais de 20 anos de experiência no financiamento

regional de projectos e coordenação da gestão.

Para mais informações consultar:

http://www.scandiawind.com/ScandiaWind.html

18) Preparar a próxima geração de parques eólicos offshore

A OceanWind tem como missão criar planos de projectos de energia eólica offshore que possam ser

implementados da forma mais segura e rentável.

O foco técnico da OceanWind é o desenvolvimento em águas profundas, que no contexto de energia

eólica offshore, significa projectos instalados em águas com profundidade igual ou superior a 20 metros.

A empresa tem uma visão global da energia eólica offshore e avalia oportunidades em diversos

mercados.

As actividades da OceanWind incluem a gestão e/ou execução de avaliação e selecção de localizações

offshore; avaliação dos recursos eólicos; investigação local; avaliação do impacto no ambiente;

aprovação; projecto de engenharia; logística offshore e métodos de instalação e saúde, segurança e

ambiente.

Os pontos fortes da OceanWind são:

- Foco na saúde, ambiente e segurança, designadamente através da incorporação dos conhecimentos

resultantes da experiência do sector offshore norueguês, tanto no petróleo como no gás.

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- Acesso directo a experiência e design de engenharia, fabricação e instalação através dos parceiros e

das empresas afiliadas, e envolvimento na cadeia de abastecimento nas fases iniciais do

desenvolvimento do projecto.

- Desenvolvimento de soluções inovadoras em engenharia, detalhes do projecto, fundações, instalações

e operações.

- Parcerias locais e envolvimento activo com os interessados.

- Uma equipa internacional com experiência relevante em energia eólica e no sector do petróleo e gás

offshore.

Juntamente com a sua parceira NorWind, e empresas afiliadas, a OceanWind reúne a competência em

águas profundas abrangendo a cadeia de valor desde a fiabilidade e desenvolvimento do local, até do

projecto de engenharia, construção e instalação.

Para mais informações consultar:

http://www.oceanwind.no/

19) Associação Norueguesa de Energia Eólica

A Associação de Energia Eólica Norueguesa está a trabalhar para utilizar os vastos recursos eólicos da

Noruega.

A Associação de Energia Eólica Norueguesa (NORWEA – Norsk vindkraftforening) está a trabalhar na

aceitação e reconhecimento da energia eólica como um contributo central no equilíbrio da balança

energética norueguesa e no combate às alterações climáticas.

A NORWEA comunica as vantagens e as possibilidades da energia eólica aos políticos, formadores de

opinião, tomadores de decisão, media, público e outras partes interessadas. A NORWEA irá participar

em todos os fóruns de questões relacionadas com a energia eólica e estimular colaborações com outros

grupos de interesse similar.

Para mais informações consultar:

http://www.norwea.no/

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20) Permitir a transmissão de energias renováveis

A ABB oferece todos os tipos de fornecimento que permitem a geração e transmissão de recursos

hídricos remotos, bem como geração e transmissão de parques eólicos remotos. A ABB é igualmente um

grande fornecedor de equipamento de energia solar.

Um exemplo de uma solução da ABB na área da energia solar vem de Espanha. A empresa está a

fornecer uma potência global e solução de automação para uma das maiores centrais de energia solar

térmica do mundo – uma solução que inclui equipamento de controlo excepcionalmente preciso para

permitir que os 1.248 painéis captem o máximo de energia solar. A solução engloba uma extensa matriz

de produtos e sistemas de energia e automação e inclui sistemas de controlo para parques energéticos e

painéis solares, instrumentação, motores, unidades e produtos com baixa voltagem, bem como

equipamentos de energia de subestação de forma a fornecer a energia à rede da forma mais segura e

fiável. A central fornece 60.000 casas em Espanha com energia limpa e evita 298.00 toneladas de

emissões de CO2 por ano.

Outro exemplo de soluções da ABB que permitem o uso de energias renováveis em alta escala é o

projecto de transmissão NordE.ON 1, autorizado em 2009. É o maior parque eólico offshore do mundo e

o mais remoto construído fora da Alemanha. A ABB é responsável pela conexão do parque eólico para a

rede eléctrica alemã através de uma transmissão HVDC Light, que consiste numa estação de conversão

offshore, construída numa plataforma localizada a 125 km da costa da Alemanha, a colocação dos seus

pares agrupados de 125 km de cabo em mar que continua em terra por mais 75 km. O tempo estimado

para este grande projecto é de apenas 2 anos desde a encomenda até à entrega ao cliente.

Para mais informações consultar:

http://www.abb.com/

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Anexo IV - Projectos e empresas de energia solar referidos na Nordic Energy Solutions

1) Especialistas em edifícios sustentáveis

A Schüco defende sistemas inteligentes que usam a mais alargada variedade de materiais e tecnologia

de ponta. A empresa investe extensivamente no desenvolvimento de novas soluções sustentáveis e

testa-as no seu centro tecnológico. Todos os produtos podem ser combinados para criar soluções

sofisticadas ou podem ser instalados separadamente. A Schüco oferece soluções atractivas e de alta

tecnologia para gerar energia na forma de calor ou electricidade.

Um sistema térmico solar é o modo mais simples para reduzir os custos domésticos de energia. Ao usar

colectores no telhado, podemos gerar calor para água quente doméstica e para aquecimento auxiliar. O

calor gerado é colectado num cilindro de armazenamento solar e pode ser usado em casa quando

necessário, aliviando o peso do sistema tradicional de aquecimento.

O arrefecimento solar da Schüco pode gerar até 98% das exigências energéticas. Uma vez que a grande

procura de arrefecimento ocorre ao mesmo tempo que a irradiação mais forte, o arrefecimento do edifício

é uma aplicação ideal para a energia solar. A energia necessária para comprimir e aquecer o refrigerador

é gerada pelos colectores solares no telhado ou na fachada do edifício e armazenados em cilindros de

armazenamento amortecedores.

A empresa opera em todos os mercados nórdicos.

Para mais informações consultar:

http://www.schueco.com/web/de-en/home_owners

2) Dominar e controlar a energia solar

A AventaSolar AS é uma nova empresa norueguesa, fundada em 2005, mas com longa experiência na

energia solar térmica e aquecimento baseado em água. Até ao presente, a AventaSolar tem actividades

em dois sectores: energia solar e controlo de sistemas.

Para reduzir a dependência em combustíveis convencionais com grandes impactos no ambiente, a

escolha de energia solar representa uma escolha óbvia. Uma fracção substancial do uso de energia

global serve a necessidade de aquecimento dos edifícios e de água doméstica ou para uso em ar

condicionado. A AventaSolar tem uma longa experiência com a energia solar térmica usada para esses

propósitos. Juntamente com parceiros fortes, a empresa desenvolveu uma nova geração de colectores

solares em materiais polímeros avançados.

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A AventaSolar oferece controladores para sistemas de aquecimento a baixas temperaturas e para

sistemas solares. A sua variedade de produtos inclui controladores para: sistemas de aquecimento solar;

aquecimento de pavimento com monitorização individual de energia e sistemas de aquecimento

combinados solar e pavimento.

Para mais informações consultar:

http://aventasolar.com/

3) Quartzos naturais purificados para aplicações solares

Para “dominar” o sol, as fábricas de energia solar no Japão e na China contam com quartzo das

montanhas íngremes ao redor de Tysfjord, muito acima do círculo árctico.

Sediada na pequena cidade de Drange, a Norwegian Crystallites AS produz cristais quartzo puros para

serem usados em semicondutores e nas indústrias solares. A Norwegian Crystallites SAS é o único

produtor de quartzos altamente refinados na Noruega e estão a extrair diferentes quartzos puros de

diferentes minas em várias localizações. A empresa está a aumentar a sua capacidade produtiva para

servir a crescente indústria solar.

Para mais informações consultar:

http://norcryst.no/?lang=eng

4) Sociedade Norueguesa de Energia Solar

A Sociedade Norueguesa de Energia Solar promove o uso da energia solar na Noruega através da

educação, investigação, desenvolvimento tecnológico e marketing.

A sociedade foi fundada em 1981 e conta actualmente com cerca de 110 membros. A sociedade advoga

activamente acções políticas necessárias parar tornar os recursos energéticos renováveis competitivos

no mercado da energia nacional. A Sociedade Norueguesa da Energia Solar, ISES Norway, é uma

secção nacional da Sociedade Internacional de Energia Solar.

Para mais informações consultar:

http://www.solenergi.no/english.html

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5) Materiais de construção captam aquecimento solar

A Solarnor foi das primeiras empresas a introduzir um sistema solar integrado feito em plástico.

Os colectores Solanor consistem em duas folhas twin-wall de plástico altamente resistentes a

temperaturas, fixadas em molduras de alumínio. A radiação solar é convertida em aquecimento na folha

absorvente. Água pura escorre através de uma estrutura de canal, absorve o calor que é depositado no

absorvedor e transporta-o para um armazenador.

O controlador de bomba opera automaticamente o sistema solar. Nos períodos em que não é possível a

recolha, o controlador pára a circulação e o líquido nos colectores é drenado em poucos minutos. O

colector Solarnor é um elemento de construção standard que pode substituir materiais de cobertura

usual do telhado ou fachada.

Para mais informações consultar:

http://www.catchsolar.net/index.php/solarnorweb_en

6) Solar grade silicon low cost

A Elkem Solar produz solar grade silicon de grande qualidade e a preços reduzidos e com um consumo

de energia e emissões de CO2 muito menores.

O componente mais importante das células solares é o silício altamente purificado. O acesso limitado a

silício de alta qualidade tem constrangido o crescimento da indústria de células de energia solar. A

tecnologia da Elkem Solar contribui para tornar a energia solar competitiva com os recursos energéticos

convencionais, através da redução dos custos e emissões, reduzindo a quantidade do produto.

A tecnologia Elkem Solar para a produção de solar grade silicion é testada e verificada, e a empresa está

agora a industrializar a sua linha de produção em Fiskaa em Kristiasand, Noruega. A Elkem Solar

começou a entregar solar grade silicon industrial a clientes contratados no primeiro trimestre de 2009.

A primeira instalação em Fiskaa tem capacidade para 6.000 toneladas de solar grade silicon, tendo a sua

construção orçado em cerca de 600 milhões de dólares, tornando-a num dos maiores investimentos

industriais a serem realizados no continente norueguês.

A Elkem Solar irá prosseguir o seu ponto forte na investigação e desenvolvimento. Várias melhorias nos

produtos e no processo já estão identificadas, o que contribui para custos de produção ainda menores

para energia de células solares. A industrialização de processos metalúrgicos tem sido uma das áreas

de conhecimento cerne da Elkem durante várias décadas.

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As vantagens do silício solar da Elkem são o menor consumo de energia quando produzindo solar grade

silicon; as menores emissões de CO2; a redução do Tempo de Retorno de Energia (EPBT) para

módulos solares instalados; menores custos de produção para solar grade silicon e potencial para

menores custos de investimento para estações de produção solar grade silicon.

Para mais informações consultar:

http://www.elkem.com/eway/default.aspx?pid=242&trg=Main_7127&Main_7127=7139:0:4,4198:1:0:0:::0:0

7) Tornar a energia solar acessível

A Scatec Solar dedica-se à oferta de energias limpas e renováveis a preços competitivos. A empresa

desenvolve e implanta soluções que tornam a energia solar mais atractiva e uma alternativa acessível

para as empresas e para as comunidades a nível mundial.

A Scatec Solar é um fornecedor e operador chave de estações de energia solar. A empresa é uma peça

jusante, focada no desenvolvimento, design, construção, operação e manutenção de estações de

energia fotovoltaíca (PV).

A Scatec Solar oferece: design e competências de engenharia completos; fornecimento de todos os

equipamentos; gestão do processo de construção e assegura a total funcionalidade das estações

energéticas.

Como um integrador independente do sistema, a Scatec Solar é livre para avaliar e oferecer a tecnologia

mais apropriada para projectos individuais.

A Scatec Solar desenvolve projectos que vão desde a avaliação de locais até à conclusão do processo

de licenciamento, bem como cooperar com grupos locais interessados. Com uma duração mínima

garantida de 25 anos, a operação de alta qualidade e manutenção são a chave para assegurar o máximo

retorno do investimento. Como fornecedor de soluções, a empresa também oferece contratos de longo

prazo de operação e manutenção.

Todas as centrais de energia solar fornecidas pela Scatec Solar asseguram uma oferta previsível de

energia, fluxo de receitas de baixo risco e longa durabilidade, tanto para estações ligadas à rede no

pavimento, como estações ligadas à rede em telhados ou um sistema autónomo.

A Scatec Solar desenvolveu e fundou duas estações de energia solar comunitárias na Índia rural de

modo a ganhar experiência no design, construção e funcionamento de estações solares autónomas em

mercados emergentes. Os projectos também mostram que a energia solar é uma alternativa

financeiramente sólida aos geradores eléctricos abastecidos a combustível

aicep Portugal Global Noruega – O Sector da Energia (Abril 2011)

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Para mais informações consultar:

http://www.scatec-solar.com/

8) Wafers solares de alta performance

A NorSun é uma empresa de energia solar que produz e comercializa lingotes e wafers de silício

monocristalinos de alta performance. A capacidade anual de produção nas unidades de produção

modernas de Årdal, na Noruega, e Vantaa, na Finlândia, era de 200 MWp no final do ano 2009.

Os clientes da NorSun são as principais indústrias de células solares de alta eficiência que valorizam a

qualidade, inovação e excelência de manufacturação.

A empresa está empenhada no crescimento de economias de escala e em avanços tecnológicos que

contribuam para uma conversão eficiente e acessível da luz solar em electricidade. A NorSun é uma

empresa em crescimento que aspira desempenhar um papel significativo na transição para um mundo

com pouco carbono.

Para mais informações consultar:

http://www.norsuncorp.no/

9) Energia Solar one-stop-shop

A Solkraft disponibiliza serviços e produtos profissionais para o mercado internacional fotovoltaíco. A

empresa é uma oportunidade única para companhias que queiram desenvolver estações de energia

solar fotovoltaíca (PV) em grande escala, tanto em pavimento como no topo de telhados.

A Norsk Solkraft AS é uma empresa verticalmente integrada na parte inferior da cadeia de valor PV. O

modelo de negócio da Norsk Solkraft são as estações energética PV e a sua missão é produzir e

providenciar produtos e serviços que aumentem o valor das estações energéticas PV no mundo.

A Solkraft desenvolve de projectos na sua fase inicial e integra sistemas de estações energéticas PV. A

empresa desenvolve autorizações e licenças para a construção de estações energéticas PV, oferece

serviços de design, engenharia e gestão de projectos, bem como promove a instalação completa para

consumidores finais.

A Solkraft tem uma forte competência no desenvolvimento de estações de energia solar em Itália,

Espanha e Bulgária com centrais prontas para construir com capacidade para 7 MW de projectos com

um pipeline total de 10 MW.

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O Sistema de Montagem da Solkraft (SMS) oferece estruturas de montagem standard e personalizadas

para projectos tanto em pavimentos como em telhados. Os produtos SMS são desenhados por

instaladores para instaladores, por forma a diminuir os custos e o tempo de montagem nos dois tipos de

projecto.

As principais componentes dos produtos SMS são feitas em alumínio resistente à corrosão que garante

um ciclo de vida livre de manutenção. São utilizados, também, parafusos e colchetes de aço inoxidável

para conectar as peças de alumínio.

Módulos de arrefecimento Solkraft

Este produto é desenvolvido para resolver o problema das percas de produção energética nas estações

de energia PV situadas em áreas de alta irradiação solar combinadas com altas temperaturas ambiente.

O maior problema na indústria solar são as altas temperaturas a que operam os painéis de células

solares, porque as células solares perdem 0,5% de eficiência por cada aumento de 1 grau Celsius na

temperatura. É, por isso, importante, sob um ponto de vista de produção de energia, reduzir a

temperatura a que operam as células solares.

A Solkraft desenvolveu a tecnologia para diminuir a temperatura dos painéis solares e melhorar a

produção energética. No campo dos testes, a produção energética aumenta entre 10 e 15% com este

novo painel patenteado, de acordo com as medições realizadas. A empresa está a trabalhar com

parceiros no Médio Oriente, EUA e Sul da Europa para construir instalações de produção e posicionar-

se, assim, no mercado.

Para mais informações consultar:

http://www.norsksolkraft.com/

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Anexo V - Projectos e empresas de bioenergias referidos na Nordic Energy Solutions

1) Bio Norueguesa

A BioWook Norway irá produzir 450.000 toneladas de aglomerados de madeira amigos do ambiente por

ano como suporte energético para a indústria transformadora e fábricas de carvão no mercado europeu.

A BioWood é detida maioritariamente pela Hafslund e pela Møre og Romsdal Biobrensel AS. A fábrica irá

fornecer acesso estável a combustíveis biológicos refinados para fins industriais, bem como irá aumentar

a conversão de combustíveis fósseis como o carvão, petróleo e gás, em suportes de energias

renováveis.

Os aglomerados são pequenos objectos cilíndricos com um diâmetro inferior a 20 milímetros, feitos de

biomaterial comprimido e seco. Os tamanhos standard são: 6, 8 e 12 milímetros. O material base é a

madeira, que é seca até atingir um nível de 9% de água ou inferior. Estes são moídos em partículas finas

antes da secagem. Devido ao seu pequeno tamanho, os aglomerados podem ser manuseados

praticamente do mesmo modo que o petróleo, o que os torna ideais para transporte em granel para

grandes cargas ou em sacos para cargas pequenas.

Para mais informações consultar:

http://www.biowood.no/index.php?page_id=12&lang_id=1

2) A atracção do estrume

Onde outros vêm estrume, a empresa norueguesa Energreen vê um recurso energético. O seu conceito

BiEnergy é um meio de capturar os gases com efeito de estufa, bem como produzir fertilizantes e

energia de um dos maiores poluidores do mundo: os animais de quinta.

Os animais de quinta são responsáveis por quase um quinto da poluição que causa aquecimento global,

de acordo com o relatório das Nações Unidas Livestock’s long shadow e as emissões de metano

libertadas pelo estrume são 21 vezes mais prejudiciais para a camada de ozono do que as de CO2.

Contudo, quando processado correctamente, o estrume também representa um grande potencial para a

energia sustentável e produção de fertilizantes, enquanto reduz, ao mesmo tempo, as emissões de

gases com efeito de estufa até 85%.

A Stiftelsen Vekst e a Energreen desenharam um conceito de ciclo fechado para a colheita de gases

com efeito de estufa e melhoraram consideravelmente a eficiência energética do manuseamento de gás

biológico baseado no estrume. Isto é possível devido a várias novas invenções patenteadas. O estrume

será transportado das quintas em tractores especializados. É bombeado dos tanques de armazenamento

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e tratado no tractor para aumentar a sua densidade energética. Cerca de 90% do estrume são fluidos;

estes são separados dos sólidos antes do transporte por um separador baseado no vácuo. Os fluidos

são limpos e podem ser eliminados para a natureza ou para o sistema de tratamento de águas. Assim,

só a parte sólida energética do estrume é transportada para uma estações de biogás, com apenas 1/10

do custo e emissões de CO2.

Na central de biogás, o gás metano desenvolvido a partir do estrume é convertido em electricidade e

aquecimento. Este é um processo tradicionalmente associado a baixa eficiência e altos custos de

manutenção. Com a solução patenteada da Energreen, o ThermoConverter, estes problemas alteram-se.

O ThermoConverter irá produzir mais energia da sua fonte de calor do que qualquer outra tecnologia,

bem como irá reduzir significativamente os custos de manutenção.

Para mais informações consultar:

http://www.energreen.no/eng/

3) Lixo in – energia e fertilizantes out

A tecnologia Cambi trata os materiais biológicos e produz energias renováveis e fertilizantes. Com um

processo hidrólise térmico anterior à degradação bacterial, resíduos como o lodo ou bio-resíduos são

desintegrados, esterilizados e digeridos. O resultado é o biogás, que pode ser utilizado em transporte ou

electricidade, e em fertilizante, que pode ser usado na agricultura.

O processo hidrólise térmico Cambi (THP) é uma tecnologia provada e fiável que tem sido usada em

todo o mundo desde 1995 em projectos greenfield para reduzir quer as quantidades eliminadas como os

custos de construção e operação de digestores.

A tecnologia traz o tratamento de bio-materiais para a balança ecológica. A Cambi THP é um pré-

tratamento a vapor com alta pressão para digestão anaeróbica de lodo municipal e industrial e bio-

resíduos. Aplicar a tecnologia THP resulta num carregamento de digestão duplo, aumentou a produção

de biogás e um produto bio-sólido livre de patogénios e estabilizado com maior desidratabilidade. Isto

poupa tanto os custos com transporte como energia, quer sendo aplicado o produto final directamente na

agricultura ou secá-lo como fertilizante ou bio-combustível.

O THP é extremamente eficiente em energia e tem baixos custos de manutenção, também elimina os

problemas com cheiros associados ao tratamento de resíduos orgânicos. O produto final (digerido) pode

ser aplicado directamente no solo, composto ou seco.

As centrais Cambi THP podem ser combinadas com plantas de cogeração, que produzem electricidade

verde e fornecem vapor quente para o Processo Hidrólise Térmica. Contudo, o biogás pode ser limpo

para ser usado como combustível para veículos ou como um substituto de gás natural.

aicep Portugal Global Noruega – O Sector da Energia (Abril 2011)

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As vantagens desta tecnologia são: aumento significativo da produção de biogás; redução significativa

do volume de lodo; maior taxa de digestão; operação de digestão mais estável e fiável; eficiência do

processo em termos energéticos; eliminação de problemas de fermentação causados por bactérias;

aumento da desidratação do lodo até 40%; garantias de eliminação de patogénios, com bactérias que

não renascem ou reactivam; minimização do potencial odor/cheiro, visto que as centrais Cambi têm

sistemas fechados.

A Cambi aproveita diversas fontes para produzir energia; entre estes encontram-se: lodo municipal e

industrial; resíduos biológicos, incluindo lixo alimentar e resíduos de matadouros; subprodutos e resíduos

da indústria de transformação e actividades agrícolas; matéria-prima lignocelulósica e grãos húmidos das

destilarias.

Para mais informações consultar:

http://www.cambi.no/wip4/index.epl?l=NULL

4) Geração energética de calor residual

A Single-Phase Power oferece soluções para reciclar energia de forma rentável. As suas fábricas

energéticas podem transformar o calor de resíduos industriais de baixas temperaturas em energia limpa,

segura e rentável.

A Single-Phase Power oferece soluções para a reciclagem de energia. O seu produto principal é uma

fábrica de energia que produz electricidade de calor a baixas temperaturas (70ºC e mais altas) ou calor

combinada e energia (CHP) de calor a temperaturas médias (150ºC e mais altas). As fábricas

energéticas são reversíveis e podem ser usadas como bombas de calor sem limitações de temperaturas.

As fontes típicas de calor que podem ser recicladas para gerar energia são:

- Resíduos industriais, calor excedentário

- Incineração de resíduos

- Combustão de biomassa

- Aquecimento distrital

- Barcos comerciais

- Energia solar

- Energia geotérmica

- Geração de vapor/arrefecimento

aicep Portugal Global Noruega – O Sector da Energia (Abril 2011)

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A central Single-Phase Power gera de 50 kW a 3 MW, que se traduz em até 2 milhões de Euros por ano

para um cliente típico. As centrais são instaladas, via tubos, como módulos independentes, facilmente

conectados a instalações existentes. A operação é simples e automatizada, e a estação energética não

interfere com os processos correntes da central onde é instalada. A Single-Phase Power oferece

contratos com serviços completos.

As centrais de energia da Single-Phase Power obedecem às regulações internacionais HSE e são

inspeccionadas por organismos de certificação independentes. As centrais operam num ciclo fechado e

contêm apenas quantidades mínimas de elementos amigos do ambiente como hélio.

A Single-Phase Power instalou uma estação piloto na incineradora Hurum Energigjenvinning em Tofte,

Noruega, e uma segunda estação piloto foi instalada na serraria Moelven Eidsvoll Værk, em 2009. A

empresa tem 35 anos de experiência combinada em tecnologia, gestão e pesquisa de energia.

A Single-Phase Power foi fundada pela Innovation Norway, Research Council of Norway e ENOVA, e os

principais accionistas da empresa são Energy Future Invest, Joma Næringspark e trabalhadores.

Para mais informações consultar:

http://www.sppower.no/Single-Phase_Power/Summary_in_English.html

aicep Portugal Global Noruega – O Sector da Energia (Abril 2011)

Agência para o Investimento e Comércio Externo de P ortugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA

Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www. portugalglobal.pt

Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120

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Anexo VI - Cadeia de valor da REC

Fonte: REC