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www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 7 julho, 2011 ISSN 1518-8558 Começa a batalha por medalhas na maior competição esportiva militar AJUDA HUMANITÁRIA Comandantes de Forças Aéreas americanas debatem ação conjunta em evento A quinta edição dos Jogos Mun- diais Militares começa no próximo dia 16 de julho, no Rio de Janeiro. Serão cerca de quatro mil atletas, de mais de cem países, na luta por medalhas de ouro, prata e bronze (foto acima). A seleção brasileira reúne 15 milita- res da Força Aérea Brasileira, entre graduados e oficiais. É a primeira vez que a compeção, que começou a ser realizada em 1995, acontece no connente americano. (Pág.5 a 12) A reação conjunta a desastres naturais foi um dos temas debados durante a 51 a Conferência dos Coman- dantes das Forças Aéreas Americanas (CONJEFAMER), realizada em Natal (RN). Está em elaboração um manual para operações combinadas. (Pág. 14) O atirador que é a promessa de medalha de ouro para o Brasil (Pág. 7) O zagueiro da seleção brasileira de futebol é atleta da Força Aérea (Pág. 11) RIO 2011 - ESPECIAL Mensagem de apoio aos atletas do Comandante da Aeronáutica (Pág. 6) Guia de esportes completo para acompanhar as provas e o desempenho dos atletas da Força Aérea no Mundial Veja como garantir o seu ingresso para acompanhar os Jogos Militares (Pág. 12) INTERNET A Força Aérea entra de vez na era das mídias sociais. Veja as novidades (Pág. 4) GUIA DE BENEFÍCIOS Conheça os programas de assistência social mantidos pela FAB (Pág. 15) 105 ANOS O dia em que o brasileiro Alberto Santos Dumont “inventou” o ensaio em voo Em julho de 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont realizou uma série de testes antes de voar no 14- Bis. O avião foi acoplado ao balão n o 14, o que facilitou a decolagem, mas prejudicou o voo. Saiba mais sobre a avidade de ensaio em voo . (Pág. 16) SGT Rezende / CECOMSAER

Notaer - Edição de Julho

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Começa a batalha por medalhas na maior competição esportiva militar

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Page 1: Notaer - Edição de Julho

www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 7 julho, 2011 ISSN 1518-8558

Começa a batalha por medalhas na maior competição esportiva militar

AJUDA HUMANITÁRIAComandantes de Forças Aéreas americanas debatem ação conjunta em evento

A quinta edição dos Jogos Mun-diais Militares começa no próximo dia 16 de julho, no Rio de Janeiro. Serão cerca de quatro mil atletas, de mais de cem países, na luta por medalhas de ouro, prata e bronze (foto acima). A seleção brasileira reúne 15 milita-res da Força Aérea Brasileira, entre graduados e ofi ciais. É a primeira vez que a competi ção, que começou a ser realizada em 1995, acontece no conti nente americano. (Pág.5 a 12)

A reação conjunta a desastres naturais foi um dos temas debati dos durante a 51a Conferência dos Coman-dantes das Forças Aéreas Americanas (CONJEFAMER), realizada em Natal (RN). Está em elaboração um manual para operações combinadas. (Pág. 14)

O atirador que é a promessa de medalha de ouro para o Brasil (Pág. 7)

O zagueiro da seleção brasileira de futebol é atleta da Força Aérea (Pág. 11)

RIO 2011 - ESPECIAL

Mensagem de apoio aos atletas do Comandante da Aeronáutica (Pág. 6)

Guia de esportes completo para acompanhar as provas e o desempenho dos atletas da Força Aérea no Mundial

Veja como garantir o seu ingresso para acompanhar os Jogos Militares (Pág. 12)

INTERNETA Força Aérea entra de vez na era das mídias sociais. Veja as novidades (Pág. 4)

GUIA DE BENEFÍCIOSConheça os programas de assistência social mantidos pela FAB (Pág. 15)

105 ANOSO dia em que o brasileiro Alberto Santos Dumont “inventou” o ensaio em voo

Em julho de 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont realizou uma série de testes antes de voar no 14-Bis. O avião foi acoplado ao balão no

14, o que facilitou a decolagem, mas prejudicou o voo. Saiba mais sobre a ati vidade de ensaio em voo . (Pág. 16)

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CARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

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O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

Chefe da Divisão de Produção e Di-vulgação: Tenente Coronel Alexandre Emílio Spengler

Chefe da Divisão de Relações Pú-blicas: Coronel Marcos da Costa Trindade

Chefe da Agência Força Aérea: Major Alexandre Daniel Pinheiro da Silva

Editores: Tenente Luiz Claudio Ferrei-ra e Tenente Alessandro Silva

Repórteres: Tenente Luiz Claudio Ferreira, Tenente Alessandro Silva, Tenente Marcia Silva, Tenente Flávia Sidônia, Tenente Flávio Hisakasu Nishimori, Tenente Juliana Mota e Tenente Carla Dieppe

Colaboradores: EMAER, DIRINT, IEAv, IPEV, CLA, CIAER, PAME-RJ, Rio2011 e SISCOMSAE (textos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades)

Tiragem: 30.000 exemplares

Jornalista Responsável: Tenente Luiz Claudio Ferreira (MTB 2857 - PE)

Diagramação: Tenente Alessandro Silva, Subofi cial Cláudio Bonfi m Ra-mos, Sargento Rafael da Costa Lopes e Cabo Lucas Maurício Alves Zigunow

Revisão: Subofi cial Cláudio Bonfi m Ramos

Estão autorizadas transcrições inte-grais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected]

Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900Brasília - DF

Impressão e acabamento:Aquarius Gráfi ca e Editora

Expediente

Linha de chegada

PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS

Brig Ar Marcelo Kanitz DamascenoChefe do CECOMSAER

Mesmo com a previsão, na Cons-ti tuição Federal, da proteção da inti -midade dos cidadãos, o Brasil ainda é um dos poucos países que não possui uma legislação específi ca de seguran-ça das informações pessoais conti das em bancos de dados de empresas ou insti tuições. Apenas para registrar, na América do Sul, o Chile sancionou uma lei específi ca sobre a matéria em 1999, a Argenti na em 2000 e o Uruguai em 2004.

A inexistência de uma legislação que regulamente a uti lização desses dados pessoais (fornecidos pela própria pessoa em cadastros) por empresas ou instituições, quando usados sem consenti mento, gera vulnerabilidade e insegurança ao cidadão, que pode ser víti ma de clonagem de identi dade, de fraudes bancárias, vazamentos de da-dos ou mesmo discriminação. Há, tam-bém, a possibilidade de insegurança ju-rídica para o mercado e para o Estado, pois uma empresa multi nacional pode deixar de fazer negócios no país, devido à falta de garanti a de que informações referentes aos seus funcionários ou à empresa serão protegidas.

Para se ter uma ideia, há casos de

empresas que vendem, ou cedem, a terceiros, bancos de dados pessoais de seus clientes sem autorização. A legislação atual prevê sanções quan-do a divulgação dos dados pessoais cause danos à imagem, à honra ou à privacidade de uma pessoa, mas não há previsão legal a respeito da transferência de dados pela internet.

Com base nessa lacuna legal, um anteprojeto de lei que pretende ga-ranti r a proteção de dados pessoais, inclusive na internet, inspirado na principal norma da União Européia que trata da proteção de dados pessoais, a Diretiva 95/46/EC, foi colocado para consulta pública pelo Ministério da Justi ça, no blog Cultura Digital. Os interessados podem fazer comentários, artigo por artigo e, caso o Ministério da Justi ça julgue interessante, as opiniões podem ser incorporadas ao texto principal.

O texto preliminar do anteprojeto teve a sua formulação iniciada em 2005, tendo como ponto de parti da uma pesquisa realizada pelo Ministé-rio da Justi ça em conjunto com uma equipe da Fundação Getúlio Vargas, formando um grupo de trabalho que

estudou normas internacionais, ten-tando adaptá-las à realidade do país. Somente após a consulta pública e a formalização do texto é que o ante-projeto será enviado ao Congresso. Depois, será elaborado o projeto de lei (ainda sem prazo defi nido).

Acerca dos dados considerados sensíveis, as pessoas não poderão ser obrigadas a fornecerem informa-ções que por algum moti vo possam ocasionar qualquer espécie de dis-criminação do ti tular, como origem racial ou étnica, convicções religiosas, opiniões políti cas e fi liação sindical ou partidária. Também serão con-sideradas sensíveis as informações referentes à saúde, bem como dados genéti cos. O texto proíbe que sejam formados bancos de dados com as informações consideradas sensíveis, sem disposição legal expressa.

A proteção de dados, principal-mente em ambiente virtual, não obedece à fronteiras. Uma coisa é falar de dados que estão guardados em uma repartição pública, outra é tratar de proteção de dados que es-tão na web. (Centro de Inteligência da Aeronáutica)

Em geral, o esporte serve como metáfora da nossa própria vida. As

difi culdades como obstáculos, exten-sões do aprendizado. O treinamento, silencioso, sem abraço na chegada. Poesia plena, sem verso rimado. Até a linha de chegada, como na própria roti na, há muito o que suar. Chegamos, pois, diante da bandeira, à espera da conquista e do abraço. É preciso dizer mais do que um abraço?

Em nosso NOTAER, tentamos, nes-ta edição, traduzir os senti mentos e a alma dos atletas militares, mas contar histórias de caminhos e vitórias não é objeti vo apenas de agora. Passa a ser

roti na. O homem faz a sua história com seu esforço individual, mas também com a capacidade de trabalhar em equipe e superar limites. Vencer.

Durante este mês, cobriremos os caminhos e as conquistas. O pódio é um detalhe deste conto. Acompanhe as histórias em nosso site na intraer e na internet. Vibrará, por certo, tanto com os resultados como com os obstáculos, ponto a ponto, a cada vitória. Afi nal, cada um de nós faz parte desse ti me chamado Brasil.

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PALAVRAS DO COMANDANTE

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Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáuti ca

Os clubes da família aeronáutica

“É bom sentá-lo novamente ao lado. Com olhos que contêm

o olhar anti go sempre comigo um pouco atribulado. E, como sempre, singular comigo.” Versos do sábio Soneto do Amigo, de Vinícius de Moraes, que tratam da amizade e da necessidade do reencontro. No âmbito do nosso trabalho, cada um constrói uma rede de relacionamen-tos e de signifi cados que, por vezes, chamamos até de família. No nosso caso, a “Família Aeronáuti ca”. Fato é que os reencontros têm espaços além dos nossos tradicionais lugares, com belas paisagens. Que o digam as instalações do clube do Rio de Janeiro, tanto no Centro da cidade, como na Barra da Tijuca. Os dois locais são circundados por cenários de raríssima beleza e mantêm ati vi-dades permanentes que nos levam à certeza de estarmos em casa.

Dirijo-me ao nosso efeti vo para convidá-los e incentivá-los a se

associar a essas insti tuições tradi-cionais que estão em permanente aperfeiçoamento, tanto na estrutura da parte de entretenimento quan-to nos apartamentos. Além disso, considero importante lembrar que as taxas mensais de todos os clubes são bem reduzidas e servem apenas para colaborar com a manutenção das estruturas. Ao convidá-los, relembro o empenho pessoal do Tenente Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Bapti sta, de toda a direto-ria e funcionários do clube do Rio de Janeiro. Todos à disposição para recebê-los o quanto antes. Tanto os que residem na Cidade Maravilhosa como aqueles que, em viagens, po-dem ter momentos agradáveis em grandes clubes, numa das cidades mais belas do mundo.

Rati fi co a importância do enten-dimento dos nossos militares sobre a adesão e efeti va parti cipação do maior número de famílias nos clubes.

São a base do nosso reencontro, tanto no Rio de Janeiro como em outras cidades do País. São espaços do descanso preparados para receber militares das mais diversas patentes, além dos civis que tanto colaboram com nossa missão.

Nosso objeti vo é que sejam luga-res que colaborem com a sinergia de um grupo muito especial. Entusias-mo e parti cipação são as causas que podem elevar qualquer ambiente. Sabemos bem da determinação diá-ria de trabalho de cada um de vocês. Agora, saibam também que precisam de ati vidades informais. Insisto que o bem-estar de cada um é prioridade para o seu comandante. Peço que es-tejam conectados a essa ideia e que vislumbrem como podem ampliar o relacionamento interpessoal além das paredes de nossas organizações. Nossos clubes estão aí justamente para isso.

A maior convivência em nossos

clubes possibilitará também que sur-jam novas sugestões para que esses espaços sejam aperfeiçoados.

Lembro que, anteriormente, ao ingressarmos na carreira militar, estávamos automati camente ligados aos clubes, o que referendou a eles uma aura de tradição e respeito. Com o aumento do efeti vo, nosso desafi o permanente é divulgar o que esses locais podem oferecer.

O entusiasmo no Rio de Janeiro é espelho do que ocorre pelo Brasil afo-ra. Não percamos, pois, a oportunida-de de propiciarmos bons momentos para nós mesmos e para nossas famílias. Isso ocorre, por vezes, sim-plesmente porque não conhecemos. Saibam que, além do seu comandan-te, quem pede essa oportunidade são os milhares de companheiros que já frequentam nossos espaços.

Encontremo-nos!!! Nesses lo-cais, também nos encontramos com nós mesmos

A cidade do Rio de Janeiro será destaque mundial nos próximos dias com a realização dos Jogos Militares; Conheça os clubes que podem receber os interessados em prestigiar o maior evento militar esportivo do mundo

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Entre em contato com os clubes da Aeronáuticawww.fab.mil.br

(Catálogo Telefônico - Clube)

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COMUNICAÇÃO SOCIAL

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“Utilidade social do jornal é mostrar o que está errado para ser corrigido”, diz jornalista William Bonner em palestra no Rio de Janeiro

O jornalista William Bonner, editor-chefe e apresentador do Jornal

Nacional, da TV Globo, esteve (14/6) na Universidade da Força Aérea, no Rio de Janeiro, onde apresentou a ro-ti na do telejornal aos 230 alunos dos cursos de Políti ca e Estratégia (CPEA) e de Estado-Maior (CCEM).

Durante a apresentação, o jor-nalista destacou que o maior desafi o da equipe é mostrar, em 35 minutos, o que de mais importante aconte-ce no Brasil e no mundo, de forma clara e transparente. O profi ssional enfati zou os critérios primários uti li-zados por sua equipe para defi nir as notí cias que irão ao ar: abrangência, gravidade, caráter histórico, peso do contexto e importância do todo.

Em seguida, houve uma rodada de debates em que Bonner foi ques-ti onado, entre outras coisas, sobre a quanti dade de notí cias negati vas que a imprensa destaca. “A uti lidade social do jornal é mostrar o que está errado para ser corrigido”, afi rmou.

Caldeirão do Huck destaca os 70 anos da Força Aérea

Foi Alan, de 12 anos, quem avisou os policiais sobre o ataque à escola

em Realengo, no Rio de Janeiro, em abril. Ele rejeita o tí tulo de herói, mas confi denciou que sonha em ser pilo-to militar. Sob o estí mulo da incrível história de coragem do menino, o apresentador da Rede Globo, Luciano Huck, o convidou a parti cipar de uma simulação de interceptação aérea. Ambos voaram e a matéria foi exibida no dia 4 de junho, destacando os 70 anos da Força Aérea Brasileira.

Alan e Huck visitaram o Insti tuto de Medicina Aeronespacial (IMAE), no Rio de Janeiro, e viram como é feita a preparação para um voo em aeronave de combate. O apresenta-dor conheceu ainda como ocorre a ejeção em situações de emergência. Em seguida, foram para a Base Aé-rea de Anápolis, onde fi ca sediado o

A FAB NA INTERNET

O apresentador Luciano Huck e o estudante Alan em caça Mirage F-2000

O jornalista William Bonner participou de palestra no Rio de Janeiro

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Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA). Luciano Huck voou em uma aeronave Mirage F-2000. O garoto es-teve em uma aeronave de transporte que, na simulação, foi interceptada.

“Foi incrível ter parti cipado de uma missão inteira”, afi rmou o apre-sentador. Alan, embora tí mido, man-teve o sorriso e sonho de um dia voltar a usar o macacão de voo.

O jornalista fez questão de des-tacar que não é a notí cia que muda as coisas. “Mas é a informação que muda a história. E é essa história que é retratada pelo jornalismo”.

Experiência – No mesmo dia, a jornalista Lília Teles, também da TV Globo, relatou para ofi ciais do CPEA a sua experiência no trabalho de cober-

tura da tragédia do terremoto no Haiti (2010). “A Lília de hoje é totalmente diferente da de antes.”

A jornalista destacou o trabalho das Forças Armadas. “A atenção que eles dispensaram a nossa equipe de jornalismo e, principalmente, à po-pulação local fi carão marcados para sempre em minha vida”.

PILOTO POR 1 DIA - Os vídeos do apresentador Luciano Huck voando em um caça ti veram mais de 8 mil visualizações em apenas duas sema-nas. A matéria completa exibida pelo programa está disponível em htt p://caldeiraodohuck.globo.com/

INÉDITO – Imagens exclusivas da Missão Centenário (2005) e que mostram a viagem de retorno do astronauta Marcos Pontes, ti veram mais de 1.700 visualizações. As ima-gens foram feitas da Estação Espacial Internacional. Na re-entrada, a Souyz ati nge velocidade de 28 mil km/h.

#CAN80ANOS – O vídeo comemo-rati vo do Correio Aéreo Nacional teve mais de 400 visualizações apenas no primeiro fi nal de semana de exibição. Além de imagens históricas, o material traz entrevistas imperdíveis.

YOU TUBE

TWITTER

SEGUIDORES – Em apenas 15 dias, a FAB quase dobrou o número de seguidores do @portalfab (1.305, em 16 de junho), depois de a uti lização das Mídias Sociais ser incorporada defi niti vamente ao trabalho de divul-gação insti tucional da FAB.

SORTEIOS – Em junho, a FAB sorteou livros autografados pelo astronauta Marcos Pontes e kits de divulgação alusivos aos 70 anos da insti tuição. Siga @portalfab

FACEBOOK

CONCURSOS – As informações sobre as oportunidades de ingresso estão disponíveis. Basta procurar “concurso fab”.

SAIBA MAISPara acessar, clique nos links do

portal www.fab.mil.br

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RIO 2011RIO 20115

RIO 20115º JOGOS MUNDIAIS MILITARES

Atletas de mais de cem países participam da maior competição esportiva militar do mundo

Tudo pronto para o maior evento esporti vo militar já realizado no

país. De 16 a 24 de julho, o Rio de Janeiro é palco da 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares. A competição reúne cerca de quatro mil atletas, de mais de cem países, em 20 modali-dades. A seleção brasileira, compos-ta por atletas das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáuti ca) e das Forças Auxiliares, deve parti cipar com 250 integrantes e vai brigar por medalhas em todas as competi ções.

NOTAER preparou este caderno

especial para quem pretende acom-panhar as disputas. Quinze atletas da Força Aérea representam o país nas modalidades: futebol de campo, orientação, paraquedismo, pentatlo aeronáuti co, pentatlo militar e ti ro.

“A nossa expectati va é a melhor possível, tendo em vista que a FAB coordena duas equipes com boas chances de medalhas: a natação e o taekwondo. Além disso, temos boas chances no ti ro e no pentatlo aeronáuti co”, afi rma o presidente da Comissão de Desportos da Aero-

náuti ca (CDA), Major Brigadeiro do Ar Stefan Egon Gracza.

Na equipe de ti ro, o destaque é o Tenente Coronel Aviador Júlio An-tonio de Souza Almeida, medalhista panamericano.

Histórico - A primeira versão dos Jogos Mundiais Militares foi realizada em Roma, em 1995, e contou com a parti cipação de 4.017 atletas de 93 países. A segunda edição ocorreu em Zagreb, Croácia, em 1999, com a pre-sença de 6.734 atletas de 82 nações. Catânia, na Itália, sediou, em 2003, os

3º Jogos, com a parti cipação de 6 mil atletas de 87 países. A últi ma edição ocorreu em 2007, na Índia, com 4.738 competi dores de 101 países.

É a primeira vez que os Jogos Mundiais são disputados no Conti nen-te Americano. Para o presidente da Comissão Desporti va Militar do Brasil, Almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa, a expectativa é a melhor possível. “Estamos muito oti mistas e engajados na preparação para cumprir à altura esse compromisso assumido internacionalmente”, afi rma.

ESPECIAL - ESPORTE

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MENSAGEM DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA - Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito

ORIENTE-SE

ATLETAS DA FAB -Tiro

Nome: Júlio Antonio de Souza e Almeida Idade: 41 anosPosto: Tenente Coronel Aviador

Nome: Roberta Luz Cabo de AlmeidaIdade: 29 anos Posto: Tenente Intendente

Peito de vitórias e medalhasO coração tocará muito mais

acelerado. As pessoas eclodi-rão em aplausos, fi gas, olhos fi xos. Transformar-se-á em sonho realizado, em memória, em fi lme de vida os minutos da competi ção. O coração, aliás, os corações terão espaço cati vo nos Jogos Mundiais Militares, espaço de congraçamento entre povos e ce-lebração da paz. Ao fi nal, haverá os

que subirão ao pódio para receber a medalha, enquanto outros aplaudi-rão. Em comum, todos estarão unidos na maior competi ção esporti va militar do mundo: os Jogos da Paz.

É claro que a vitória é o desejo de todos. Superar limites é a qua-lidade do militar, mas também de todo esporti sta, de todo brasileiro. Longe ser a medalha a única forma

de enobrecer o peito, o exemplo de integração será a vitória de todos. O quadro de medalhas difi cilmente conseguirá traduzir isso. As imagens fi carão para a história.

Aos meus companheiros da For-ça Aérea, e também da Marinha, do Exército e das Polícias, rogo que busquemos a vitória e que multi-pliquemos a práti ca de paz e união,

levando as cores da nossa bandeira no peito. Todos já são vencedores, parti cularmente o Brasil, que organi-zou, por intermédio do Ministério da Defesa e de diversos parceiros, uma das maiores competi ções do mundo. O legado disso fi cará para as gerações futuras. Boa sorte a todos os atletas que representarão nosso Brasil nas arenas de competi ções.

Como acompanhar a maior competição esportiva militar do mundo

Vale a pena conferir em

Ingressos – Veja como solicitar as en-tradas para as competi ções, inclusive para

as cerimônias de abertura e de en-cerramento.

Esportes Militares – Infográfi cos ajudam a entender como são as modalidades esporti vas ti picamente militares, como a orientação, o para-quedismo e os pentatlos aeronáuti co, militar e naval.

Locais de Competi ção – Conheça as arenas que serão palco das dispu-tas pelas medalhas de ouro, prata e bronze.Modalidades – Veja quais são as

modalidades que estarão em disputa na competi ção.

Notí cias – A página reúne as prin-cipais informações da competi ção, além de fotos e vídeos; emissoras de TV brasileira parti ciparão da cobertu-ra do evento.

Downloads – Baixe wallpapers dos Jogos Mundiais Militares, além de imagens de plano de fundo para o twitt er e computadores.

www.rio2011.mil.br

CURIOSIDADE - As medalhas de premiação dos 5º Jogos Mundiais Militares têm um contorno inédito, que faz alusão ao mapa do Brasil

Calendários de eventos – Rio 2011Fo

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Medalhista panamericano, oficial da Força Aérea é promessa de medalha para o Brasil no tiroO Tenente Coronel Aviador Júlio

Almeida é uma das grandes promessas de vitória para os Jogos Mundiais Militares. Nas Olimpíadas de Pequim (2008), o militar ficou entre os 20 melhores do mundo, além de ter conquistado a prata no Pan-Americano de 2007 e a prata no Campeonato de Tiro do ano passado.

“Vou chegar para disputar o ouro, mas existem outros atletas muito fortes”, afi rma. Para a competi ção, o ofi cial tem treinado durante o dia in-teiro. Experiente, vem de tí tulos mun-diais e parti cipação nas Olimpíadas.

O Tenente Coronel Júlio teve seu primeiro contato com o ti ro esporti vo quando fazia o curso de formação

de aviadores na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP).

No primeiro ano do curso, o mili-tar fez teste para a equipe de armas curtas que disputaria a INTERAFA (Campeonatos Esportivos Internos da Academia da Força Aérea). “A CDA [Comissão de Desportos da Ae-ronáuti ca] me apoia desde 1991 com armamento, munição e alvos, o que torna viável fi nanceiramente o meu treinamento”, afi rma.

O atleta admite que o favoriti smo “pesa um pouco”. “Faz parte da ati -vidade. Mas há muitos bons atletas. Chegamos em igualdade de condi-ções com outros atletas”. A Turquia e a Alemanha estão entre os favoritos. Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, o atirador fi cou entre os 20 melhores do mundo

Três atletas da Força Aérea representarão o Brasil no tiro esportivo

Atletas estarão nas provas femininas de tiro esportivo

A equipe feminina de ti ro na mo-dalidade carabina é composta de

três militares da Força Aérea, a Tenen-te Raquel Teresa de Souza Gomes, a Tenente Cristi na Badaró Bapti sta de

Mello e a Tenente Roberta Luz Cabo de Almeida. Por coincidência, o gosto delas pelo esporte também surgiu na Academia da Força Aérea (AFA), quando eram cadetes.

“Eu me interessei pelo esporte na Academia da Força Aérea. Parti -cipei de seleti vas quando estava no primeiro ano e fui escolhida no ano seguinte”, diz a Tenente Raquel.

Da mesma turma, a Tenente Cristi na começou na esgrima. No 2º ano, trocou o esporte pelo ti ro. “Eu ti nha mais habilidade com o fuzil do que com a pistola. Por isso, escolhi a carabina. No 1º ano na equipe de ti ro, conquistamos a NAVAMAER por equipe e, no 3º ano, o individual. Depois, vieram as convocações para a seleção brasileira. Nós não pensamos em recordes, mas sempre queremos bons resultados”, conta Cristi na.

Segundo a Tenente Raquel, ati rar com a carabina não é fácil e exige mui-ta técnica e concentração do ati rador. O alvo é muito pequeno e o ati rador tem de usar uma roupa especial feita de um tecido duro que limita os mo-vimentos. O esporte é prati cado, em sua maioria, por militares. São apenas

sete civis na modalidade no Brasil.Prova - O trio vai competi r em

duas provas: carabina de ar 60 ti-ros deitado e 3 posições com 20 ti ros – deitado, de joelhos e de pé. Cristi na tem o recorde brasileiro de ti ro deitado e é chance de medalha na modalidade, mesmo enfrentando os outros favoritos, como as equipes dos Estados Unidos, da China e da Alemanha. No Campeonato Sul-Americano realizado no ano passado em Buenos Aires, na Argenti na, elas conquistaram o 3º lugar por equipe e o mesmo resultado foi alcançado no Campeonato das Américas de Tiro, no Rio de Janeiro.

“No ti ro não tem como pensar no adversário. É uma competição individual, não temos a possibilidade de ti rar pontos deles. No fi nal, você confere os seus resultados. A gente está muito confi ante, a equipe está bem. Vamos ver na hora como vai ser”, explica a Tenente Cristi na.

PRECISÃO

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Nome: Raquel Teresa de Souza GomesIdade: 27 anosPosto: Tenente Intendente

Nome: Cristi na Badaró Bapti sta de MelloIdade: 28 anosPosto: Tenente Intendente

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RESISTÊNCIA

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Nome: Paulo Sérgio PortoIdade: 38 anosPosto: Major Aviador

Nome: Eduardo Utzig SilvaIdade: 34 anosPosto: Capitão Aviador

Nome: Rafael Bati sta XavierIdade: 31 anosPosto: Capitão Aviador

ATLETAS DA FAB - Pentatlo Aeronáutico

Recordista mundial integra a equipe brasileira depentatlo aeronáutico que estará no Rio de JaneiroHá 34 anos a Força Aérea Brasileira

forma atletas para o pentatlo aeronáutico (PAIM), modalidade pouco conhecida fora dos quartéis. Na competi ção, os atletas parti cipam de provas de ti ro, esgrima, basquete individual, pista de obstáculos, corri-da de orientação e natação.

Os atletas competem por equipe e também somam pontos individuais. O Brasil é forte na competi ção, não só na categoria por equipes, mas também na individual.

A equipe é formada pelos atletas da Força Aérea: Major Aviador Paulo Sérgio Porto, Capitão Aviador Rafael Xavier, Capitão Aviador Eduardo Ut-zig, Tenente Aviador André Kuroswiski e Tenente Aviador Frederico de Brito Machado.

O Capitão Utzig tem o recorde mundial na prova de ti ro individual de pistola, além de ter conquistado o 2º lugar no basquete e o 3º na esgrima no últi mo Campeonato Mundial de Pentatlo Militar, na Espanha (2010).

“A competi ção vai ser bem equili-brada. O resultado fi nal vai depender da pontuação, do esforço e do con-trole emocional”, afi rma o Capitão Xavier. O principal pré-requisito para parti cipar do pentatlo é ser aviador.

Histórico - O grande desafi o para a FAB é manter a série de vitórias apresentadas no Campeonato Bra-sileiro de Pentatlo Aeronáuti co, no lugar mais alto do pódio desde 2006, além do 2º lugar geral no Campeona-to Mundial, no ano passado.

“O nosso maior adversário é a Fin-lândia, que há quatro anos vem sendo a campeã do mundo. A equipe deles cresceu muito e só perdeu em 2006 para o Brasil. Outra equipe forte é a da Turquia”, afi rma o Capitão Utzig.

O Major Paulo Porto concorda que o maior rival do Brasil é a Finlân-dia, mas lembra também da tradição da Suécia no esporte. “A Suécia tem hexacampeonatos no pentatlo ae-ronáuti co. No passado, o país foi o maior campeão”, diz o Major Porto.

Natação, orientação e esgrima são alguns dos esportes exigidos pelo pentatlo aeronáutico, esporte tipicamente militar

Academia da Força Aérea deu impulso a atleta do pentatlo militar

A Tenente Mellina dos Santos Fer-reira Barbosa será a Força Aérea

na equipe feminina de pentatlo, prova que obriga o atleta e a equipe a en-frentar provas de ti ro de fuzil (200m), além da pista de pentatlo militar, natação utilitária com obstáculo, lançamento de granada e corrida de 4km. O conjunto é o que importa.

Atleta de pentatlo militar desde o 2º ano da Academia da Força Aérea (AFA), Mellina não pensou em prati -car outro esporte. Parti cipou da etapa do ano passado do Campeonato Eu-ropeu de Pentatlo Militar, na Áustria, A Tenente Mellina dos Santos Ferreira Barbosa, da equipe do pentatlo militar

quando a equipe conquistou o 5º lugar, e do Campeonato Mundial de Pentatlo Militar, na Holanda, quando as meninas do Brasil saíram com o 6º lugar na classifi cação geral.

“Para os Jogos Mundiais Militares, treinamos de forma integral. É um esporte diferente e exige muito do fí sico. O pentatlo fi ca melhor ainda com as mulheres parti cipando e con-seguindo bons resultados”, afi rma.

Os maiores rivais da equipe fe-minina brasileira de pentatlo militar são as seleções da China, da Coréia e da Rússia

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Nome: André Rossi KuroswskiIdade: 27 anosPosto: Tenente Aviador

Nome: Frederico de Brito MachadoIdade: 24 anosPosto: Tenente Aviador

Caças A-29 SuperTucano estarão em prova especial

O céu da cidade do Rio de Janeiro terá caças A-29 SuperTucano no

dia 17 de julho, durante a realização de prova especial do pentatlo aero-náuti co. Dez países parti ciparão do “rally aéreo”.

A prova testa os conhecimentos dos atletas em navegação militar e operacional. Cada equipe é composta por quatro militares, que fazem o pla-nejamento da navegação duas horas antes da decolagem.

Os aviões irão parti r a cada 20 minutos. Serão cinco decolagens por período, a parti r das 9h, da Base Aérea dos Afonsos, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Na competi ção, o piloto tem de passar por três pontos no circuito, em formato de um triângulo, em uma média de 40 minutos. O país-sede for-nece os pilotos e as aeronaves. Quem compete no rally aéreo é o navegador, que passa todas as instruções em in-glês pela fonia para o piloto. Parece fácil, mas não é. O país perde ponto se o avião passar atrasado ou adiantado pelo ponto de controle.

A equipe brasileira de pentatlo aeronáuti co está oti mista com a pro-va, já que vem de uma sequência de bons resultados nos mundiais. Neste ano, o grupo obteve a primeira co-locação no Campeonato Nórdico de Pentatlo Aeronáuti co

No rally aéreo, o navegador é o Capitão Aviador Eduardo Utzig Silva, que também participa de equipe terrestre do pentatlo militar.

”A chance de conquistar o pri-meiro lugar na competi ção é muito grande. O Brasil conquistou o 2º lugar geral no Campeonato Mundial, no ano passado, e vem de uma série de vitórias”, afi rma o chefe da equipe brasileira de Pentatlo Aeronáuti co, Tenente Coronel Aviador Paulo Ro-berto Gonzaga de Oliveira.

Carta de navegação em uma mão, a bússola na outra

Competidores terão de planejar missões e sobrevoar os pontos de controle exatamente nos horários defi nidos

As representantes da Força Aérea na prova são as Sargentos Wilma

Barbosa de Souza e Soraya Gonçalves Cabral. As atletas ti veram o primeiro contato com o esporte depois de for-madas, na Comissão de Desportos da Aeronáuti ca (CDA), e explicam que a idade mais avançada dos prati cantes de orientação é comum no país.

“No Brasil o histórico é bem dife-rente. Nossos atletas começam mais tarde. Eu iniciei aos 24 anos. No Bra-sil, são poucas áreas mapeadas para treinamento. Nós somos os melhores das Américas, mas superar os euro-peus ainda será uma tarefa para as futuras gerações”, explica a Sargento Wilma. Já no primeiro ano, conquis-tou o 3o lugar no Campeonato das Forças Armadas. No mesmo ano, foi

ORIENTAÇÃO

selecionada para a equipe que parti -cipou do Mundial Militar, na Holanda e foi campeã na categoria de base do Brasileiro. Em 2008, uma cirurgia no joelho a ti rou das competi ções. Wilma só voltou no ano seguinte, quando foi a melhor atleta brasileira no Mundial Militar, na Croácia.

A Sargento Soraya iniciou a carrei-ra de atleta na Escola de Especialistas de Aeronáuti ca (EEAR), em 2005, na cidade de Guarati nguetá (SP). Ainda neste ano, parti cipou da Olimpíada do Corpo de Alunos, em que foi campeã na corrida de orientação e no reve-zamento 4 por 400. No ano seguinte, conquistou a vaga como ti tular da equipe de orientação.

“A maior difi culdade na orienta-ção é encaixar a velocidade da leitura

do mapa com a velocidade da corri-da. O ideal é que os dois se realizem simultaneamente, para assim evitar erros e fazer o percurso em menor tempo. Se a corrida for mais veloz que a leitura, há o risco de passar do ponto de controle. Do contrário, não se consegue interpretar o mapa”, diz a Sargento Soraya.

Competição testará a habilidade de pilotos e navegadores das equipes que disputarão o pentatlo aeronáutico

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DEDICAÇÃO

A página dos Jogos Mundiais Militares (www.rio2011.mil.br) mostra infográfi cos detalhados sobre os esportes militares

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Fazer os atletas ati ngirem o auge da condição fí sica nos Jogos Mundiais

Militares. Essa é a principal meta dos preparadores fí sicos das diversas equi-pes brasileiras que disputarão a com-peti ção em julho, no Rio de Janeiro.

Na seleção brasileira masculina de futebol, um dos responsáveis por deixar os atletas “voando baixo” é o

Sargento da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) Diógenes Antonio dos Santos. Ele é um dos preparadores fí sicos da equipe.

“Nosso trabalho é semelhante ao desenvolvido pelas equipes profi ssio-nais de futebol. Realizamos treinos diariamente e, especifi camente, às terças e quintas-feiras, em período

integral. No geral, visamos à parte aeróbica, musculação, potência e velocidade”, explica.

Taekwondo - Para extrair o me-lhor dos atletas, a equipe vem seguin-do à risca um planejamento iniciado há dois anos e meio. “Agora estamos na fase na qual trabalhamos a ma-nipulação do volume, intensidade e

frequência do treinamento a fi m de que o pico do atleta, em termos de preparo fí sico, culmine justamente no período dos Jogos Mundiais”, afi rma o preparador fí sico da equipe brasileira, Tenente Kin Shung Hwang, que é for-mado em educação fí sica. “Também estamos dando ênfase nas principais qualidades fí sicas exigidas.”

Paraquedistas treinam forte para a disputa do ouro

Quem são os responsáveis por deixar os competidores “tinindo” para o Mundial

A Sargento Cássia Bahiense Neves, 27, entrou na equipe Falcões de

paraquedismo da Força Aérea em 2008 e tornou-se a primeira mulher do gru-po. Primeira colocada no Campeonato Brasileiro de Precisão de 2009 e 2010 e vencedora do Campeonato de 4-WAY FQL Arizona (2011), entre outras con-quistas, a paraquedista aposta em um bom rendimento da equipe brasileira nos Jogos Mundiais Militares.

A atleta e o Capitão Aviador Diego Gabriel da Silva são os representantes da Força Aérea na equipe do Brasil. “Esperamos conquistar o pódio em formação em queda livre e também no absoluto”, afi rma o militar.

Leia entrevista com a primeira mulher a integrar a equipe de paraque-dismo da Força Aérea:

NOTAER - Como está a equipe para os Jogos Mundias Militares?

Sargento Cássia Bahiense Neves - A Equipe está bem. Treinamos com os melhores técnicos nas duas mo-dalidades (Precisão e Formação em Queda Livre - FQL). Realizamos muitos treinamentos para “polirmos” a equipe.

NOTAER - Em sua opinião, quais são os principais adversários?

Sargento Cássia - França, Estados Unidos e China.

NOTAER - Como você analisa o fato de o torneio ser em casa?

Sargento Cássia - É excelente es-tarmos em casa, pois na modalidade

de precisão é fundamental treinar na área do campeonato. Existem várias situações no terreno, no clima, que deverão ser observadas pelos competi -

dores antes do campeonato. A pressão vai ser grande na Equipe Feminina, pois é a primeira representação do Brasil e a expectati va é grande por uma medalha.

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ATLETAS DA FAB - Orientação

Nome: Soraya Gonçalves CabralIdade: 26 anosGraduação: Terceiro Sargento

Nome: Wilma Barbosa de SouzaIdade: 31 anosGraduação: Segundo Sargento

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RESPONSABILIDADE

Sargento da FAB, zagueiro aposta no entrosamento da equipe para a conquista do título no futebol

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Com a experiência de já ter par-ticipado de duas edições dos

Jogos Mundiais Militares, o Sargento Francisco Luciano Portela Bati sta, 36, da Força Aérea Brasileira (FAB), será o “xerifão” na zaga da seleção brasilei-ra. Atual tricampeã no conti nente, a equipe conquistou, no ano passado, a primeira colocação na Copa das Américas do Suriname, torneio válido como seleti va para os Jogos Mundiais.

“O condicionamento fí sico será um grande diferencial. No torneio no Suriname, por exemplo, enfrentamos duas prorrogações e o ti me terminou as parti das inteiro, com todos os jo-gadores correndo até o fi nal. Outro ponto de destaque é o entrosamento em campo”, analisa o militar.

O zagueiro da seleção brasileira militar iniciou a carreira como joga-dor do Fortaleza, aos 16 anos. Dois anos mais tarde, profi ssionalizou-se

no Ceará. Ele fez parte do grupo que disputou a fi nal da Copa do Brasil, em 1994, tornando-se vice-campeão.

Antes de iniciar a vida militar, o sargento atuou pelo Cruzeiro (MG), Nacional (AM) e Tuna Luso (PA). Es-pecialista em Subsistência, o jogador ingressou na Escola de Especialistas de Aeronáuti ca (EEAR), em Guarati n-guetá (SP), em 1999.

A oportunidade para integrar a equipe de futebol da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA) surgiu em uma das competi ções da Escola de Especialistas, em 2003.

O atleta já participou de duas edições dos Jogos Mundiais: em 2005, na Alemanha, e em 2007, na Índia.

Para ele, os principais adversários do Brasil serão as seleções do Egito e de Camarões. “Muitos jogadores dessas equipes atuam no futebol profi ssional europeu”, afi rma.

Ex-atleta da Força Aérea foi um dos pioneiros a representar o BrasilMEMÓRIA

“Chovia muito no dia da compe-ti ção. A expectati va era brigar

por medalhas, mas acabei fi cando na quinta posição no salto triplo”, recor-da o Subofi cial Abcélvio Rodrigues, 54, ao falar de sua parti cipação na primeira edição dos Jogos Mundiais Militares, realizada em Roma, na Itá-lia. A competi ção aconteceu em 1995.

O subofi cial conheceu o atleti smo quando ingressou na Escola de Espe-cialistas de Aeronáuti ca (EEAR), em Guarati nguetá (SP), em 1976. Desde então, a carreira do atleta militar decolou. Tornou-se um dos melhores na modalidade. Conquistou 11 vezes o campeonato brasileiro militar no O Subofi cial Abcélvio Rodrigues representou o país em duas Olimpíadas

O Sargento Francisco Portela Batista, ao centro, será o “xerifão” da zaga do Brasil

salto triplo e sete vezes no salto em distância. Foi também campeão mun-dial de salto triplo em 1987, no XXXIII RD Track and Field Military, realizado em Warendorf, na Alemanha.

A melhor marca de Abcélvio na carreira de esporti sta foi de 17,04 m no salto triplo, obti da na 4ª Copa das Américas, realizada em Bogotá, Colômbia, no ano de 1989.

“Nos Jogos Militares da Itália já ti nha passado o auge da minha per-formance, que ocorreu entre os anos 81 e 91. Portanto, o rendimento não foi o esperado.” O subofi cial repre-sentou ainda o país nas Olimpíadas de 1984 (Los Angeles) e 1988 (Seul).

ATLETAS DA FAB - Paraquedismo

Nome: Diego Gabriel da SilvaIdade: 31 anosPosto: Capitão Aviador

Nome: Cássia Bahiense NevesIdade: 27 anosGraduação: Terceiro Sargento

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SERVIÇO - JOGOS MUNDIAIS MILITARES

Países ajudam no transporte solidário de atletas para os jogos

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ATLETAS DA FAB - Futebol

Nome: Francisco Luciano Portela Bati staIdade: 36 anosGraduação: Segundo SargentoPosição: Zagueiro

Nome: Mellina dos Santos Ferreira BarbosaIdade: 25 anosPosto: Tenente Intendente

Os interessados em ingressos deverão utilizar o site dos Jogos Mundiais na internet

Saiba como solicitar ingressos para as competições

Quem ti ver interesse em acompa-nhar as competi ções dos Jogos

Mundiais Militares, no Rio de Janeiro, deve solicitar ingressos pela internet, no site da competi ção (www.rio2011.mil.br). A reserva é gratuita e o inte-ressado tem de cadastrar o número de CPF – cada documento pode reti -rar dois ingressos.

O maior evento esporti vo militar do mundo acontece de 16 a 24 de julho, no Rio de Janeiro. O pedido de ingresso vale também para quem pretende acompanhar as cerimônias de abertura e de encerramento.

O percentual de ingressos desti -nado ao público será de 50% em cada uma das arenas esportivas. Outros 40% serão distribuídos aos militares, e seus familiares, e 10% para convidados especiais. Um pré-cadastro já reuniu mais de 4 mil inscritos.

“Todas as pessoas podem se ca-dastrar, e cada CPF dá direito a dois ingressos. Portanto, se uma pessoa quiser levar a família para assisti r a na-tação, por exemplo, terá que cadastrar dois ou mais CPFs”, explica o Coronel

Quase 300 atletas de 49 países con-tarão com o Plano de Transporte

Solidário, o Travel Plan, para chegar ao Rio de Janeiro. Coube à Força Aérea Brasileira atender as cidades africanas de Bamako, em Mali, Yaoundé, em Camarões, Nairóbi, no Quênia e Johan-nesburgo, na África do Sul, com duas aeronaves KC-137 (foto ao lado).

Cada avião da FAB disponibilizará

Rogério França, Gerente de Ingressos do Comitê de Planejamento Operacio-nal dos Jogos Rio 2011.

Para algumas competições não haverá a necessidade de ingresso. É o caso da maratona (do Recreio ao Aterro do Flamengo), das provas de triatlo (em Copacabana) e de orientação (nas cida-des de Paty do Alferes e Seropédica).

O resgate dos ingressos vai até 13 de julho, em quatro lugares diferentes, sendo três na cidade do Rio de Janeiro: na Zona Sul (Forte de Copacabana), no Centro (quiosque localizado na lateral do Palácio Duque de Caixas) e na Zona Oeste (Vila Militar). No município de Resende terá um local para reti rada dos ingressos, será o Resende Shopping, na Avenida Saturnino Braga, 369. Os horários: de segunda a sexta, das 12h às 18h, e aos sábados, de 8h às 12h.

Pela internet – O site dos jogos Mundiais Militares (www.rio21011.mil.br) é uma opção para quem deseja acompanhar de perto as informações da competi ção. O endereço eletrônico reúne serviços, fotos, vídeos, banners e informações sobre as competi ções.

A Força Aérea Brasileira estará com equipe de jornalismo no Rio de Ja-neiro, produzindo conteúdo sobre a

competição e, principalmente, dos atletas da FAB que vão representar o Brasil (www.fab.mil.br).

140 assentos, desti nados aos atletas de 24 países da África. Além do Brasil, o Canadá, os Estados Unidos e a Itália também estarão envolvidos. “Pela primeira vez na história o país apoia um conti nente com esta magnitude e envolvimento”, completou o Adjunto de Esportes do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), Tenente-Coronel Pedro Gagliardi.SG

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ATLETAS DA FAB - Pentatlo Militar

Interessados devem acessar a página dos Jogos Mundiais na internet e utilizar o CPF para fazer o pedido

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TECNOLOGIA

Novo programa desenvolvido pela Força Aérea acelera a calibração de equipamentos de tráfego aéreo

Um soft ware que proporciona con-fi abilidade e agilidade nos pro-

cessos de manutenção e calibração de radares, estações meteorológicas e equipamentos de comunicação e controle de tráfego foi desenvolvido e está sendo implantado por técnicos da Subdivisão de Metrologia (TTME) do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de janeiro (PAME-RJ). O aplicati vo, bati zado de LAICA, vai proporcionar redução de custos e da susceti bilidade a erros.

Até o fi nal deste ano, está pre-visto que a ferramenta seja capaz de verifi car 192 modelos de equipamen-tos e instrumentos. O soft ware ainda está em período de testes. Quando concluído, será disponibilizado para laboratórios setoriais que atuam com a verifi cação de outras unidades da Força Aérea.“O aplicati vo é um legado que fi ca para o sistema e irá signifi car milhões em economia. Como somos detentores do soft ware, é possível instalá-lo em vários computadores,

Projeto foi desenvolvido pelo Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica (PAME-RJ) do Rio de Janeiro; aplica-tivo proporcionará redução de custos, de tempo de trabalho e da possibilidade de falhas nos processos

sem limitar o número de usuários e sem ter que pagar pela licença. Também podemos ceder para outros órgãos e para as outras Forças”, desta-ca o Chefe da TTME, Capitão Antônio Jorge Rodrigues Nunes.

A subdivisão é o órgão central de metrologia do controle do espaço aéreo. “O aplicati vo foi desenvolvi-do aproveitando a experiência dos sargentos, que são técnicos metro-logistas, e os conhecimentos dos engenheiros na área de programação e automação. A uti lização do soft wa-re diminui a possibilidade de erros”, afi rma o engenheiro eletrônico Carlos Alexandre Pizzino.

“A automação reduz o prazo de execução. Um gerador de sinal (SML 03) que levava 32 horas na calibração manual, atualmente é verifi cado em 8 horas. O Calibrador 5500, que no processo manual demorava cerca de 70 horas, com a automáti ca, realiza-se em aproximadamente 6 horas”, explica o engenheiro.

PESQUISA - Instituto de Estudos Avançados completa 29 anos com novos projetos

Projeto 14-X, Veículo Demons-trador de Propulsão a Laser (DVPL), o soft ware de planejamento de mis-são aérea PMA II. Todos são projetos do Insti tuto de Estudos Avançados (IEAv), que completou 29 anos (2/06). O projeto mais recente tem como base a uti lização da nanotecnologia como uma nova maneira de medir a aceleração de um foguete em rota

para o espaço. O termo vem do na-nômetro, medida que equivale a mais ou menos um bilionésimo do metro. É como comparar o tamanho da Lua com o de uma bola de futebol. Esta medida é aplicada em produtos como processadores e placas de vídeo de computadores, equipamentos mé-dicos e, no caso do projeto do IEAv, para foguetes.

INOVAÇÃO - Militar desenvolve modelo matemático para ajudar na seleção de aviões

A fase criti ca para um tomador de decisão é a análise da opção mais acertada entre inúmeras alternati vas possíveis. O Major Aviador Alessan-dro Sorgini D’Amato desenvolveu um modelo matemáti co que auxilia o tomador de decisão a optar pela aquisição da melhor aeronave para cada situação, de acordo com os

objeti vos estratégicos estabelecidos para a Força Aérea.

A tese de mestrado “Comparing and Prioriti zing Aircraft Requests in the Brazilian Air Force” foi defendida na George Mason University, em Fairfax-VA, nos Estados Unidos. O sof-tware Logical Decisions for Windows foi usado como ferramenta.

ESPAÇO - Centro de Lançamento de Alcântara lança foguetes de treinamento com sucesso

Foguetes de treinamento (FTB) da Operação Falcão I foram lançados (16/6) com sucesso no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O objeti vo principal da missão foi permiti r a preparação das equipes técnicas nos procedimentos operacionais que envolvem o envio ao espaço de um veículo lançador de satélites (VLS), por exemplo. Segundo o Coordenador-Geral da Operação, Tenente Coronel Aviador Paulo Jun-zo Hirasawa, o foguete ati ngiu seu apogeu a pouco mais de 34,426Km, e impacto a 22,4 quilômetros da costa, em alto-mar. O CLA é o principal cen-tro de lançamento do país.

Militares e civis da Força Aérea participaram do desenvolvimento de novo programa

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AJUDA HUMANITÁRIA

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Agilidade e pronti dão frente a situ-ações de desastres naturais foram

temas de debates durante a 51ª Con-ferência dos Comandantes das Forças Aéreas Americanas (CONJEFAMER) do Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA), realizado em Natal, no mês passado.

Os conferencistas trataram, por exemplo, da programação do Exercício Operacional “Cooperación” II (virtual) e III (real), que treina ações durante catástrofes naturais. Outros resultados foram a aprovação do uso do Manual de Operações Aéreas Combinadas, o ingresso da Guiana como país membro do SICOFAA e a rati fi cação do Canadá como sede da próxima edição do evento, em 2012.

“Tive a sati sfação de abrir os tra-balhos da 51ª CONJEFAMER. Naquela ocasião pude rati fi car a perti nência de insti tuírem-se fortes e profí cuas parcerias, num mundo onde as ques-tões de segurança, do socorro e ajuda humanitária às víti mas afetadas por catástrofes naturais e da integridade territorial fi rmam-se como atributos

indissociáveis de um povo livre”, afi r-mou o Comandante da Aeronáuti ca, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, na cerimônia de encerramento.

Na conferência, o “Manual de Operações Aéreas Combinadas”, em desenvolvimento desde o ano de 2005, foi submetido à analise dos comandantes dos países parti cipantes do SICOFAA. O objeti vo é padronizar as ações a serem tomadas pelos países que integram o sistema para atuação em situações de desastres naturais, de modo que o apoio humanitário aconteça de forma efi caz quando um país for afetado.

Digital - Outro meio de aperfei-çoamento das ações são os exercícios virtuais feitos por meio da uti lização de soft wares para comando e contro-le de aeronaves. Segundo o Coronel Kristi an Skinner, Secretário Geral da Secretaria Permanente do SICOFAA, os principais desafi os em relação ao desenvolvimento dos soft wares são a compati bilidade, os custos, a portabi-lidade e a manutenção.

Saiba mais: www.sicofaa.org

Aviões transportam mais de cem toneladas de ajuda

“Operação Gota” leva vacinas à região Norte

Cerca de quatro mil brasileiros, de pelo menos 30 comunidades rurais, ribeirinhas e indígenas, que moram em locais de difí cil acesso, foram va-cinados na Operação Gota, realizada em parceria pelo Ministério da Saúde e da Força Aérea. Trata-se de uma ação de multivacinação que levou 15 tipos de vacinas do calendário nacional de imunização, incluindo a campanha contra a poliomielite. As equipes de saúde foram transporta-das em helicóptero H-60 BlackHawk do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV). As equipes permaneceram mais de uma semana percorrendo lugarejos a parti r da cidade de Tefé (AM).

Aeronaves C-130 Hercules da Força Aérea Brasileira transportaram mais de cem toneladas de alimentos para víti mas das enchentes no Estado de Roraima. No início de junho, a ca-pital Boa Vista e mais 14 municípios foram diretamente atingidos pela cheia dos rios que cortam a região.

Em cada aeronave, foram trans-portadas cerca de 900 cestas básicas. O material doado e arrecadado pela Defesa Civil do Amazonas seguiu para a Base Aérea de Manaus e, depois, em aviões de transporte, para Boa Vista, de onde a Defesa Civil estadu-al se encarregou de encaminhar os manti mentos para as víti mas.

TRÁFEGO AÉREO – FAB monitorou avanço de nuvem vulcânica e coordenou “desvios”

Nuvens do vulcão Puyehue, que entrou em erupção no Chile,

chegaram ao espaço aéreo brasileiro na segunda semana de junho (7/6), perto da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. A parti r disso, o Centro de Gerenciamento da Navega-ção Aérea (CGNA), ligado ao Departa-mento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), passou a coordenar desvios para que aeronaves não ingressassem nas áreas afetadas.

O CGNA acompanhou a evolução da nuvem por meio de informações fornecidas pelo Volcanic Ash Advi-sory Centres da Argenti na, insti tuto responsável, segundo acordos inter-nacionais, pelo monitoramento da situação nessa região do planeta.

“Recebemos informações a cada três horas ou sempre que ocorria alguma mudança signifi cati va”, afi r-mou o Major Aviador Antonio Marcio Ferreira Crespo, gerente nacional

do fl uxo de tráfego aéreo. As infor-mações deram origem a boleti ns da Agência Força Aérea, ligada ao Centro de Comunicação Social da Aeronáu-ti ca (CECOMSAER), que ajudaram a imprensa a acompanhar a situação.

Durante uma semana, a nuvem provocou impactos na região Sul do país, chegando até o Paraná. As em-presas aéreas brasileira chegaram a cancelar voos nacionais.

Perigo - As nuvens vulcânicas apresentam em seu componente material semelhante ao vidro e que, em contato com as turbinas, pode derreter e provocar danos, até o apa-gamento dos motores das aeronaves, segundo o Tenente Coronel Aviador Flavio Antonio Coimbra Mendonça, do Centro de Investi gação e Preven-ção de Acidentes Aeronáuti cos (CENI-PA). “Além disso, há o risco da falta de visibilidade e dos gases tóxicos para tripulações e passageiros”, explica.

Ação conjunta em situações de desastres naturais é tema de debate em conferência internacional

A Conferência dos Comandantes das Forças Aéreas Americanas aconteceu em Natal

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Page 15: Notaer - Edição de Julho

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GUIA DE BENEFÍCIOS – Saiba Mais

Conheça os benefícios de assistência social à disposição de militares ativos, inativos, pensio-nistas e servidores ci-vis. Fonte: Subdiretoria de Encargos Especiais (SDEE), da Diretoria de Intendência (DIRINT).

Aquisição de medicamentos, concessão de aparelhos odontoló-gicos e auditi vos, óculos, próteses e órteses, prestação de serviços por profi ssionais e insti tuições de saúde não cobertos pela Subdiretoria de Aplicação dos Recursos da Assistência Médico-Hospitalar (SARAM).

Documentos necessários: receitu-ário médico com validade de até 180 dias; contracheque atual; comprovan-te de despesas familiares; declaração de benefi ciários (para dependentes).

O militar ou servidor civil também poderá solicitar, de posse de nota fi scal, resti tuição de despesa previa-mente efetuada decorrente de aqui-sição de medicamentos, desde que confi gurada, por meio de relatório médico, situação de emergência ou urgência. O valor ressarcido não pode ser superior a dois salários mínimos.

Saúde

Educação

Alimentação

Auxílio Funeral

Onde ProcurarAquisição de material, livros e

uniformes escolares por meio de resti tuição de despesa previamente efetuada (até um salário mínimo por dependente) e pagamento de mensa-lidade escolar para crianças especiais. As solicitações devem ser feitas no início de cada ano leti vo.

Documentos necessários para o ressarcimento de despesas com ma-terial escolar e uniforme: nota fi scal ou cupom fi scal dos materiais cons-

tantes na lista expedida pela escola; cópia de declaração de benefi ciário; comprovante de matrícula escolar (declaração da escola em papel ti mbrado e assinado pela direção ou coordenação); lista do material soli-citado pela escola; cópia do contra-cheque atual; comprovante de des-pesas (ex: aluguel, condomínio, luz, mensalidades escolares, prestações diversas, entre outros que o usuário considerar oportuno apresentar).

Documentos necessários para pagamento de escola para criança especial: declaração médica, com validade de até 180 dias; cópia da declaração de benefi ciário; orçamen-to da escola; cópia do contracheque atual; comprovante de despesas (ex: aluguel, condomínio, luz, mensalida-des escolares, prestações diversas, entre outros que o usuário considerar oportuno apresentar).

Aquisição de cestas básicas desti -nadas aos usuários das ações sociais do Comando da Aeronáuti ca.

Documentos necessários: cópia do contracheque atual; comprovante de despesas (ex: aluguel, condomínio, luz, mensalidades escolares, presta-ções diversas, entre outros que o usu-ário considerar oportuno apresentar).

Direito pecuniário devido ao militar por morte do cônjuge, do companheiro ou companheira ou do dependente, ou ainda ao benefi ciário no caso de falecimento do militar, em valor equivalente a uma vez a remu-neração, não podendo ser inferior ao soldo de subofi cial.

Em caso de óbito de militar ou dependente, o beneficiário deve procurar a Seção de Pessoal Militar e solicitar o auxílio. Em se tratando de inati vos, o benefi ciário deve se dirigir

ao posto da PIPAR mais próxima da lo-calidade. No caso dos servidores civis, o auxilio funeral é devido à família do servidor falecido na ati vidade ou apo-sentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.

Documentos necessários: cópia do contracheque atual; comprovante de despesas (ex: aluguel, condomí-nio, luz, mensalidades escolares, prestações diversas, dentre outros que o usuário considerar oportuno apresentar); atestado de óbito.

O militar ou servidor civil que precisar recorrer a algum projeto da assistência social deverá agendar atendimento na Seção de Serviço So-cial da organização militar ou no Nú-cleo de Serviço Social da Guarnição.

Mais informações: ICA 163-1/2011 e as Orientações Normati vas n° 01, 02 e 03/ DIRINT/ 2011 (www.sdee.aer.mil.br)

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ESPECIAL

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O dia em que Santos Dumont “inventou” o ensaio em vooHá 105 anos, o inventor brasileiro realizou uma série de testes para aprimorar o projeto de seu avião, o 14-Bis (na foto abaixo, acoplado ao balão no 14); três meses depois, voou pela primeira vez na França

Em julho de 1906, o brasileiro Alber-

to Santos Dumont acoplou seu avião ao balão nº 14, daí o nome da aeronave:

“14-Bis”. De 21 a 23 de julho, ao rea-lizar testes, percebeu que, embora o balão ajudasse na decolagem, difi cul-tava o voo, pois o arrasto gerado era grande. No fi nal do mesmo mês, içou o 14-Bis com cabos a uma altura de 13 metros e deslizou, sem a ajuda do motor, por cerca de 60 metros, para experimentar os comandos e o centro de gravidade de seu avião.

No momento em que realizava os

experimentos, rumo ao modelo do 14-Bis que voaria em 23 de outubro de 1906, Santos Dumont iniciava a ati vidade de ensaio em voo, práti ca até hoje adotada em todos os proje-tos de desenvolvimento aeronáuti co.

No Brasil, o primeiro voo de ensaio ofi cial ocorreu em 18 de de-zembro de 1958, no projeto do heli-cóptero BF-1 “Beija-Flor”, idealizado para ser uma aeronave leve, com dois lugares e dotada de motor rígido, para a industrialização. Naquela década, graças à criação do Centro Técnico da Aeronáuti ca (CTA), em São José dos Campos (SP), nascia a indústria aeronáuti ca brasileira.

Abertas inscrições para curso de ensaios em voo

Três anos mais tarde, foi criada a Seção de Operações e Ensaios em Voo, sob o comando do então Major Aviador Hugo de oliveira Piva, para fazer frente à crescente demanda de testes em aeronaves projetadas ou modifi cadas no país. Os primeiros testes dessa nova fase ocorreram com as aeronaves Privateer, bombar-deiros quadrimotores converti dos em aviões de transporte.

A parti r da década de 60, a Força Aérea enviou pilotos e engenheiros para cursos no exterior (França, Inglaterra e Estados Unidos), com o objeti vo de formar equipe capacitada e especializada nessa ati vidade. Nos anos 80, o Brasil entrou para o seleto grupo de países que ofereciam curso de capacitação nessa área.

Em 2004, o Curso de Ensaios em Voo da Força Aérea Brasileira recebeu o reconhecimento da “Society of Ex-perimental Test Pilots”, tornando-se uma das sete escolas de formação reconhecidas pela comunidade inter-nacional e que estão em apenas cinco países: Estados Unidos, Inglaterra, França, Índia e Brasil.

Desde a primeira turma em 1987 até o fi nal do ano passado, a Força Aé-rea formou 20 turmas, 75 pilotos de prova, 58 engenheiros e 89 técnicos instrumentadores. Hoje, a ati vidade está sob a coordenação do Insti tuto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), em São José dos Campos.

Estão abertas as inscrições para o processo seleti vo do XXII Curso de

Ensaios em Voo (CEV), a ser realizado em 2012 nas modalidades de piloto de ensaio experimental de Asas Ro-tati vas (3 vagas), engenheiro experi-mental de Asas Rotati vas (3 vagas) e instrumentador de ensaios (8 vagas). A duração do curso é de 45 semanas.

Objeti vo do curso é formar pilotos e engenheiros qualifi cados para pla-nejar, executar e gerenciar ati vidades de ensaios relacionadas com voos experimentais de desenvolvimento, modifi cação, avaliação ou certi fi cação de aeronaves e/ou sistemas embarca-dos, bem como formar técnicos espe-cializados, graduados das especialida-des (BEI, BEI-01, BEI-02 ou BET), para a ati vidade de instrumentar engenhos aeroespaciais visando a coleta de pa-râmetros de ensaios em voo.

Terminado o processo de seleção, os candidatos pertencentes ao efeti vo da Força Aérea que forem designados para matrícula serão classifi cados no Insti tuto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV).

Serviço - As inscrições devem ser feitas por requerimento, via cadeia de comando até 1º de agosto. Mais in-formações: www.ipev.cta.br e www.ipev.intraer.

CURIOSIDADESe esti vesse vivo, Santos Dumont completaria 138 anos. O inventor brasileiro nasceu em 20 de julho de 1873, na Fazenda Cabangu, em Minas Gerais.

Voo do helicóptero Beija-Flor no início da atividade de ensaio em voo no Brasil

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EEV