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Morto a tiros ao sair do banco Parceria garante expansão do Nupem Secretário de Governo se encontra com Dilma e Lula Royalties e Participação Especial somam mais de R$ 290 milhões PETRÓLEO UNIÃO N a semana dedicada a co- memoração dos 200 anos de criação da Vila de Macaé, a principal riqueza gerada na cidade, responsável por toda a transforma- ção do reconhecimento do município, de Princesinha do Atlântico, a Capital Nacional do Petróleo, registra núme- ros expressivos. pág. 3 Município ainda registra efeitos relativos a queda na produção do petróleo no país, o que influencia na arrecadação em 2013 Crime aconteceu na tarde de sábado no centro da cidade pág.5 Instituição expande áreas de pesquisa com vários temas pág.14 Leo Gomes fortaleceu união entre governos municipal e federal em encontro pág.7 WWW.ODEBATEON.COM.BR MACAÉ (RJ), DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013 ANO XXXVIII Nº 8149 FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO R$ 1,50 Macaé 200 anos mota coqueiro 1813 - 2013 DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013 - Nº8149 Este caderno não pode ser vendido separadamente SUPLEMENTO ESPECIAL, DO BICENTENÁRIO Nova Aurora sociedade musical que preserva história da música em Macaé Lira dos Conspiradores trabalho supera transformação da cidade ARTE O DEBATE RICARDO STUCKERT/ IL Macaé: 200 anos de história e transformação Que Macaé queremos adiante? Mercado ganha novo espaço Os fatos que marcaram a transforma- ção vivida pela Princesinha do Atlântico, hoje Capital Nacional do Petróleo estão registrados no Caderno Especial do Bi- centenário, elaborado pela equipe do O DEBATE para celebrar os 200 anos de história, lutas, conquistas e mudanças geradas no cotidiano da cidade, vista no passado pelas belezas naturais, mas que hoje atrai os olhares do país e do mundo diante da pujança econômica gerada pela indústria do petróleo. Ao registrar, ao longo de 37 anos, os fatos marcantes do município, o jornal O DE- BATE celebra, com os 210 mil macaen- ses, um momento mais que especial, onde todos são convidados a pensar e participar da decisão do futuro da cidade que recebe de braços abertos gente de todas as regiões. suplemento No sábado (27), os pesca- dores comemoraram a inaugu- ração do espaço provisório do Mercado de Peixes. As obras do local tiveram início em ja- neiro, após a solicitação da Subsecretaria Municipal de Pesca. Enquanto as obras de implantação do novo prédio do Mercado ainda estão sen- do realizadas, os trabalhadores do setor passam a contar com um espaço amplo, adequado e mais limpo. pág. 9 ESPECIAL ECONOMIA ATRAÇÃO ANÁLISE na semana marcada pelos preparativos para a celebração dos 200 anos de criação da Vila de São João de Macaé, a popu- lação macaense pode conhecer as instalações e o equipamento do Navio-Patrulha apresentado pela Marinha neste ano, que re- cebe o nome em homenagem a cidade que vive as atividades voltadas ao mundo offshore. Iniciadas no sábado (27), a vi- sitação à embarcação moderna pode ser realizada até este do- mingo. O Navio está atracado no porto de Imbetiba, ao lado da Capitania dos Portos. pág. 5 a propósito das comemorações dos 200 anos de Macaé, eis a per- gunta mais óbvia: que cidade que- remos para as próximas décadas? Para os que se habituaram com a maneira usual de fazer e ver as coisas acontecerem, a respos- ta está na ponta da língua: mais crescimento, mais empregos, mais arrecadação de impostos. Atentos aos anseios dos cidadãos que recentemente foram às ruas protestar, poderão ser acrescenta- População macaense pode conferir as instalações e equipamentos da embarcação da Marinha Mercante que atracou nesta semana no Porto da Imbetiba. Visitas seguem até este domingo Navio-Patrulha Macaé atrai visitantes WANDERLEY GIL Navio-Patrulha Macaé atracou no Porto de Imbetiba pela segunda vez neste ano para visitação da população macaense Desfile marca história da cidade Atleta encara Corrida Rústica de Inverno Evento acontece a partir das 10h na Imbetiba pág.14 Antônio Marcos vai representar Macaé em Araruama pág.9 POLÍCIA KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL Laboratório de criação e de manutenção de peixes dos: serviços com mais qualidade, maior transparência nos negócios públicos e privados e distribuição mais igualitária da riqueza local. Mas será que essa receita conven- cional seria suficiente para tornar a “capital nacional do petróleo” um exemplo de gestão e de quali- dade de vida? Basta olhar critica- mente para o tipo de “progresso” que Macaé viveu nos últimos 35 anos para desconfiar que alguma coisa deu errado. pág. 12

Noticiario 28 07 13

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Page 1: Noticiario 28 07 13

Morto a tiros ao sair do banco

Parceria garante expansão do Nupem

Secretário de Governo se encontra com Dilma e Lula

Royalties e Participação Especial somam mais de R$ 290 milhões

PETRÓLEO

UNIÃO

Na semana dedicada a co-memoração dos 200 anos de criação da Vila de Macaé, a

principal riqueza gerada na cidade, responsável por toda a transforma-ção do reconhecimento do município,

de Princesinha do Atlântico, a Capital Nacional do Petróleo, registra núme-ros expressivos. pág. 3

Município ainda registra efeitos relativos a queda na produção do petróleo no país, o que influencia na arrecadação em 2013

Crime aconteceu na tarde de sábado no centro da cidade pág.5

Instituição expande áreas de pesquisa com vários temas pág.14

Leo Gomes fortaleceu união entre governos municipal e federal em encontro pág.7

WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ (RJ), DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013 • ANO XXXVIII • Nº 8149 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO • R$ 1,50

Macaé200 anos

mota coqueiro1813 - 2013

D O M I N G O , 2 8 E S E G U N D A - F E I R A , 2 9 D E J U L H O D E 2 0 1 3 - N º 8 1 4 9

Este caderno não pode ser vendido separadamente

SUPLEMENTO ESPECIAL, DO BICENTENÁRIO

Nova Aurora sociedade musical que preserva história da música em Macaé

Igreja de Sant'ana é um dos primeiros monumentos construídos na cidadePalácio Cláudio Moacir de Azevedo, ao recer D. Pedro II no passado hoje é sede do legislativoPalácio Cláudio Moacir de Azevedo, ao recer D. Pedro II no passado hoje é sede do legislativo

mota coqueiroNova Aurora sociedade musical que preserva história da música em Macaé

mota coqueiro1813 - 20131813 - 2013

Igreja de Sant'ana é um dos primeiros monumentos construídos na cidadeIgreja de Sant'ana é um dos primeiros monumentos construídos na cidade

Obelisco do primeiro centenário passa por restauração

Lira dos Conspiradores trabalho supera transformação da cidade

ARTE O DEBATE

RICARDO STUCKERT/ IL

Macaé: 200 anos de história e transformação

Que Macaé queremos adiante?

Mercado ganha novo espaço

Os fatos que marcaram a transforma-ção vivida pela Princesinha do Atlântico, hoje Capital Nacional do Petróleo estão registrados no Caderno Especial do Bi-centenário, elaborado pela equipe do O DEBATE para celebrar os 200 anos de história, lutas, conquistas e mudanças geradas no cotidiano da cidade, vista no passado pelas belezas naturais, mas que hoje atrai os olhares do país e do

mundo diante da pujança econômica gerada pela indústria do petróleo. Ao registrar, ao longo de 37 anos, os fatos marcantes do município, o jornal O DE-BATE celebra, com os 210 mil macaen-ses, um momento mais que especial, onde todos são convidados a pensar e participar da decisão do futuro da cidade que recebe de braços abertos gente de todas as regiões. suplemento

No sábado (27), os pesca-dores comemoraram a inaugu-ração do espaço provisório do Mercado de Peixes. As obras do local tiveram início em ja-neiro, após a solicitação da Subsecretaria Municipal de Pesca. Enquanto as obras de implantação do novo prédio do Mercado ainda estão sen-do realizadas, os trabalhadores do setor passam a contar com um espaço amplo, adequado e mais limpo. pág. 9

ESPECIAL

ECONOMIA

ATRAÇÃO

ANÁLISE

na semana marcada pelos preparativos para a celebração dos 200 anos de criação da Vila de São João de Macaé, a popu-lação macaense pode conhecer as instalações e o equipamento do Navio-Patrulha apresentado pela Marinha neste ano, que re-cebe o nome em homenagem a cidade que vive as atividades voltadas ao mundo offshore. Iniciadas no sábado (27), a vi-sitação à embarcação moderna pode ser realizada até este do-mingo. O Navio está atracado no porto de Imbetiba, ao lado da Capitania dos Portos. pág. 5

a propósito das comemorações dos 200 anos de Macaé, eis a per-gunta mais óbvia: que cidade que-remos para as próximas décadas? Para os que se habituaram com a maneira usual de fazer e ver as coisas acontecerem, a respos-ta está na ponta da língua: mais crescimento, mais empregos, mais arrecadação de impostos. Atentos aos anseios dos cidadãos que recentemente foram às ruas protestar, poderão ser acrescenta-

População macaense pode conferir as instalações e equipamentos da embarcação da Marinha Mercante que atracou nesta semana no Porto da Imbetiba. Visitas seguem até este domingo

Navio-Patrulha Macaé atrai visitantesWANDERLEY GIL

Navio-Patrulha Macaé atracou no Porto de Imbetiba pela segunda vez neste ano para visitação da população macaense

Desfile marca história da cidade

Atleta encara Corrida Rústica de Inverno

Evento acontece a partir das 10h na Imbetiba pág.14

Antônio Marcos vai representar Macaé em Araruama pág.9

POLÍCIA

KANÁ MANHÃES

WANDERLEY GIL

Laboratório de criação e de manutenção de peixes

dos: serviços com mais qualidade, maior transparência nos negócios públicos e privados e distribuição mais igualitária da riqueza local. Mas será que essa receita conven-cional seria suficiente para tornar a “capital nacional do petróleo” um exemplo de gestão e de quali-dade de vida? Basta olhar critica-mente para o tipo de “progresso” que Macaé viveu nos últimos 35 anos para desconfiar que alguma coisa deu errado. pág. 12

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2 MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013

CidadeNOTA

O DEBATE EM MEMÓRIAAS NOTÍCIAS MAIS IMPORTANTES DA EDIÇÃO Nº 181. SÁBADO, 06 DE SETEMBRO DE 1980

SEMANA EM DEBATE

Parceria entre AMADA e Cetep

o evento com a temática “Nossa gente, nossa história, nosso patrimônio” vai contar a história dos 200 anos do município. A concentração será às 8h30, na Avenida Elias Agostinho, Imbetiba e as apresentações estão marcadas para começar às 10h. De acordo com a Prefeitura, a realização do desfile Macaé 200 anos atende à necessidade de fomento das políticas públicas de incentivo às iniciativas culturais e educativas.

Desfile Cívico volta para a Imbetiba

A Associação Macaense de Apoio ao Deficiente Auditivo (AMADA) vai fazer mais uma parceria na cida-de, com foco na qualificação profis-sional de seus assistidos. Com apoio do Centro de Educação Tecnológi-ca e Profissional (Cetep) a unidade oferecerá curso de Design Gráfico para assistidos.

Malvinas: PM estoura esconderijo do tráficomais uma baixa para o tráfico de drogas foi regis-trada pela Polícia Militar. Através do trabalho de investigação, policiais do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sob o comando do tenente-coronel Ramiro Campos, estouraram um acampamento, em meio ao manguezal, utilizado por criminosos que atuam na Malvinas.

Rede municipal passa a contar com mais três escolas

POLÍTICAO vereador Rubem Gonzaga de Almeida Pe-

reira anunciou sua renúncia ao cargo. Ele não concorda com a emenda constitucional que prorroga, por mais dois anos, os mandatos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

* * *EDUCAÇÃO

O Diretório Acadêmico da Fafima ganha uma nova diretoria. Deusdérito de Barros Si-mões (presidente), Márcia Simões do Des-terro (vice-presidente), Maria Ângela Lobo (diretora-secretária), Ivânia Silva Corrêa (di-retora-tesoureira), Sônia Maria Paiva (diretora cultural), Ubiracy Pinheiro Brandão (diretor de esportes), Maria Janete Ribeiro da Paixão (diretora de relações públicas), Jussara Corrêa Mendes (representante junto à congregação).

A secretaria de Transporte promove, este mês, a Semana Educativa do Trânsito.

* * *POLÍCIA

Juiz interroga acusados do linchamento do Barreto e os mantém presos. Os detidos são réus primários. São acusados de matar o pe-dreiro Jorge das Dores, este acusado de estu-pros na região.

Ministro da Aeronáutica inaugura, no dia 22, o hangar construído pela Votec. O cisto apro-ximado foi de Cr$ 80 milhões.

ESPORTENo Estádio Expedicionário, Atlético vence o

Barra por 1 a 0.

DESFILE CÍVICOPela primeira vez, a realização do desfile em ho-

menagem ao Dia da Independência será realizado à tarde.

O desfile acontecerá sobre o "Tapete da Inde-pendência".

* * *

PRODUÇÃO DE PETRÓLEOComeça o início da extração de petróleo no poço

Lagoa Parda nº 4, na Bacia Terrestre do Espírito Santo.

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MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013 3

Política O vereador Maxwell Vaz (PT) defendeu a realização de uma nova política de atração de novas empresas

NOTA

Royalties e Participação somam R$ 290 milhões

RECURSOS

Município ainda registra efeitos relativos a queda na produção do petróleo no país, o que influencia no montade liberados através da exploração na Bacia de CamposMárcio [email protected]

Na semana dedicada a comemoração dos 200 anos de criação da Vila

de Macaé, a principal riqueza gerada na cidade, responsável por toda a transformação do reconhecimento do município, de Princesinha do Atlântico, a Capital Nacional do Petróleo, geram recursos abundantes.

Com a liberação da parcela dos royalties do petróleo refe-rente a julho - R$ 35.638.783,66 -, Macaé alcançou em julho a arrecadação total de R$ 29.328.398,34 apenas com os recursos originados do proces-so de produção e exploração do petróleo na Bacia de Campos.

Atividade que colocou Ma-caé no topo entre as cidades mais prósperas do país, o setor offshore segue ainda se recu-perando de medidas adotadas pela principal companhia pe-trolífera do país, a Petrobras, que ocasionaram uma redução no percentual de produção e, consequentemente no volume de recursos gerados ao muni-cípio polo da maior fonte da economia brasileira.

Apenas com as sete parcelas dos royalties, liberadas pela Agência Nacional do Petróleo

(ANP), Macaé foi capaz de re-ceber R$ 264.170.156,08. Apesar de expressivo, o valor represen-ta uma diferença negativa de R$ 20.647.859,91 em relação ao percentual calculado, de janei-ro a julho, no ano passado: R$ 320.705.065,25.

Com as duas parcelas da Parti-cipação Especial, Macaé arreca-dou neste ano R$ 26.158.242,16, equanto, em 2012, o valor foi de R$ 35.887.049,91, uma diferença de R$ 9.728.807,75.

No total do ano, Macaé apre-senta em 2013 uma queda de R$ 30.376.666,91, em relação ao to-tal acumulado de janeiro a julho em 2012.

Comparados, os números registrados entre os dois anos apontam uma queda de cerca de R$ 4,5 milhões por mês, nos recursos originados pela explo-ração e produção do petróleo, para Macaé, em 2013.

Através do planejamento apresentado pela Petrobras, a estimativa é que o volume de produção de petróleo, e con-sequentemente o percentual de recursos gerados a Macaé, comece a se elevar a partir dos próximos meses.

Em julho, o município re-gistrou um aumento de R$ 3 milhões, comparada a parcela liberada no mês passado.

WANDERLEY GIL

Indústria do petróleo deve recuperar ritmo nos próximos meses

MÊS ROYALTIES ESPECIALJaneiro R$ 40.015.902,40Fevereiro R$ 42.172.465,72 R$ 14.384.364,60 Março R$ 41.912.115,00Abril R$ 35.923.773,21Maio R$ 35.829.397,76 R$ 11.773.877,66Junho R$ 32.677.718,33Julho R$ 35.638.783,66

ARRECADAÇÃO DE MACAÉ COM O PETRÓLEO EM 2013

MÊS ROYALTIES ESPECIALJaneiro R$ 37.405.707,37Fevereiro R$ 41.050.472,48 R$ 18.324.046,48 Março R$ 41.547.797,02Abril R$ 39.051.000,02Maio R$ 42.692.899,61 R$ 17.563.003,43Junho R$ 40.343.829,12Julho R$ 42.726.309,72

ARRECADAÇÃO DE MACAÉ COM O PETRÓLEO EM 2012

Governo trabalha para reduzir o "custo Macaé" para setor offshore

PLANEJAMENTO

projetos que vão desde a re-alização de obras imediatas pa-ra garantir a pavimentação em ruas, assim como a criação de redes de escoamento de águas pluviais, até a implantação do Plano de Integração da Mobili-dade Urbana e Logística (Mas-terPlan), que prevê, já a partir de 2014, a construção do Arco Viário de Santa Tereza, além da sonhada Transportuária, que atenderá diretamente a de-manda gerada pela construção do novo porto de Macaé, no São José do Barreto, fazem parte do planejamento desenvolvido pelo governo municipal através da proposta de garantir a manu-tenção das empresas que aten-dem a indústria do petróleo, na busca pela redução do chamado "custo Macaé".

Ao afirmar que a indústria do petróleo passou a ser vista com um novo olhar pela gestão mu-nicipal, o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) afirmou que, nos próximos anos, investimentos serão pesados na engenharia da mobilidade urbana da ci-dade, criando assim rotas que irão separar o tráfego pesado de veículos que atendem ao setor do petróleo, do tráfego de passeio, formado pelos veículos particulares e de menor porte utilizados para o deslocamento da própria população.

Para garantir essa verdadei-

Melhorias em infraestrutura e na mobilidade visam atender indústria

ra transformação em um dos maiores desafios assumidos pela atual gestão, o governo municipal busca parcerias junto aos governos estadual e federal com objetivo de por em prática o planejamento idealizado com objetivo de garantir a manuten-ção do parque industrial do mu-nicípio.

"Queremos preparar a cida-de para atrair novas empresas voltadas a indústria do petróleo. Porém, precisamos atuar nos setores que geram maior custo

KANÁ MANHÃES

Interaçãocom a indústria do petróleo garante ao governo o acerto de setores que encarecem as atividades relativas a indústria do petróleo

para o setor e aí chegamos a in-fraestrutura e a mobilidade. A manutenção das empresas que já atuam na cidade é primordial para o nosso futuro. Quando planejamos projetos para aten-der o setor, também estamos beneficiando toda a população", analisou o chefe do executivo.

Ao participar, nesta semana, de encontro com membros da Comissão Municipal da Firjan e a Associação Comercial e In-dustrial de Macaé (Acim), ins-tituições que cumprem papel

histórico na cidade, o prefeito reforçou o posicionamento de investimentos na cidade, tam-bém a membros da IADC, Re-de-Petro e a Petrobras, grupos que representam as empresas diretamente ligadas a indústria do petróleo.

"Por reconhecer a importân-cia de relação junto a essas ins-tituições, proponho a realização de um encontro mensal, para que possamos analisar o que está sendo feito e discutir novos projetos", propôs Dr. Aluízio.

PONTODE VISTA

Ao atingir nesta segunda-feira (29), os tão esperados 200 anos de emancipação política e admi-nistrativa, o município de Macaé se encontra em festas que vão durar mais tempo do que o ofi-cialmente programado pelas au-toridades. Como sempre, o desfile cívico militar e a sessão solene na Câmara Municipal, considerados os mais importantes eventos para registrar a data, deverão ser os mais significativos, dentre muitos outros que se destacam como a inauguração de obras e shows. Como sempre acontece desde a sua fundação, O DEBATE circula com suplemento espe-cial contando em suas linhas um pouco da história que começou a ser retratado aqui, pelo Professor e Historiador Antonio Alvarez Parada, conhecido pelos nativos como professor Tonito, que editou aos sábados neste jornal desde 18 de novembro de 1978 as “1.000 Histórias Curtas e Antigas”, publi-cação encerrada em 23 de março de 1985. Dez anos depois (1995), a Petrobras patrocinou a impressão da obra em dois volumes, relíquias de quem teve oportunidade de adquiri-los e que encheu de ale-gria o coração de Detinha, sua esposa e viúva. Como O DEBATE vem registrando desde 1º de Maio de 1976 todos os acontecimentos ocorridos neste município e na região, há 37 anos completados no ano corrente, tem servido de base para pesquisas e sua inteira coleção está sendo tombada agora pelo Acervo de Patrimônio Histó-rico da Fundação Municipal de Cultura. Sem desejar ter o mérito reconhecido por ter permitido ao brilhante professor e historiador o ineditismo do registro que estão inseridos nos dois volumes com o

depósito legal no Arquivo Nacio-nal, foi o próprio Antonio Alvarez Parada, ou melhor, o professor To-nito, que ao encerrar a publicação das 1000 histórias, se despediu dirigindo-se aos leitores: “Hoje, estamos colocando um ponto final nesta coluna, onde desde novembro de 1978, fizemos des-filar de forma curta, narrativas do passado macaense. Foram mil his-tórias, durante 330 semanas. Não sabemos até onde elas atingiram o objetivo diretor de sua elabora-ção: fazer a Macaé do passado mais conhecida aos macaenses do presente. Para muitos leitores de “O Debate” terá sido ela uma coluna dispensável. Conhecemos, porém, pessoas que acompanha-ram com razoável interesse - e nos manifestaram isso, oralmente ou por escrito - o conteúdo das His-tórias Curtas e Antigas. A estas últimas, em especial, dedicamos a coluna que, a partir da próxima semana, aqui estará: Uma Data. Um Fato. Um Nome. Para encer-rarmos, resta-nos apresentar os nossos agradecimentos. A come-çar pelo “patrão”, o Oscar Pires, sempre apoiando e estimulando, durante os 76 meses de vida da coluna. Que não falhou um sábado sequer pela simples razão de “O Debate” haver circulado ininter-ruptamente no período. Nossos agradecimentos estendem-se aos funcionários do jornal, em especial aos gráficos e revisores, pelo cuidado com nossos escritos. Um agradecimento Geral e muito grande a todos vocês, leitores, que nos alertaram com suas críticas e correções e nos estimularam com sua palavra de compreen-são e colaboração. A todos, pois, muito obrigado. Antonio Alvarez Parada”.

Ao afirmar que os 200 anos de Macaé serão marcados com um inédito monumento aos direitos humanos a ser edificado pro-vavelmente na Imbetiba tendo como marco a sentença de morte de Motta Coqueiro, que ao ser executado em praça pública onde hoje estão construídos os prédios da Fundação Educacional Luiz Reid, em 1855, rogou uma praga de que, “Macaé, durante cem anos não terás progresso”, Dr. Aluízio prometeu a realização de um concurso público para a escolha da arte que deverá estar concluído e inaugurado até 2015 e, para isso, foi buscar o jornalista macaense Carlos Marchi, autor da obra “A Fera de Macabu”. Este município que ainda agregava antes de 1952 os então distritos de Conceição de Macabu, Quis-samã e Carapebus, sediando três engenhos de açúcar e álcool, mantém em ruínas e alguns recu-perados, os casarões e obras de artes que retratam o período do colonialismo e de escravos. Dife-rente dos 200 anos, ao comple-tar o sesquicentenário em 1963, a prefeitura e a Câmara Munici-pal organizaram uma grande e majestosa festa quando foram

os nativos brindados com o Hino de Macaé, tendo como autor da música Lucas Vieira e letra do professor Antonio Alvarez Para-da, há algum tempo executado nas solenidades realizadas em vários eventos e que neste dia 29 de julho, será exaltado mais uma vez. Lembrar o professor Tonito Parada, que também registrou neste jornal vários artigos sob o título “Meninos do Senai”, deve-ria o poder público reeditar todas as suas obras em tiragens maio-res para distribuição aos alunos que hoje estão matriculados na rede estadual e municipal mas desconhecem a linda história de Macaé registrada por esse emérito professor que deixou saudades e que poderia ser mo-tivo de pesquisas em trabalhos escolares. Para o Professor An-tonio Alvarez Parada, nominar escola, ruas, e até praças, ainda é pouco para reconhecer o mag-nífico trabalho realizado por ele que não media sacrifícios para manter viva a história de Macaé. Como amanhã será dia de recor-dar a história, tomara que Tonito seja lembrado, bem lembrado, e ovacionado pelas suas obras literárias.

Os grupos “Anonymous” e os “Black Bloc” são identificados como os organizadores de protestos que acontecem no Rio e, na sexta-feira, também em São Paulo. O povo apoia as manifestações espontâneas da população, mas não as da prática de vandalismo e de cunho político, que deixam um rastro de estragos por onde atuam. O patrimônio custa caro e não é destruição que se quer e sim a construção.

As ações contra a corrupção, principalmente, dentre as reformas rei-vindicadas nas manifestações de rua, ainda não foram bem recebidas pelos representantes políticos dos poderes legislativo e executivo. Na reforma política, ninguém quer financiamento público (que já existe), e tão pouco voto em lista. As mordomias (uso de aviões da FAB, por exemplo), altos salários e garçom ganhando R$ 18 mil, é abuso.

Quando alguém comentou sobre a construção de monumento para comemorar os 200 anos, um gaiato respondeu: “Não precisa. O ex-prefeito Silvio Lopes já construiu um na entrada da cidade e basta colocar o número 200 acima da chama” (ou do S), como entendem alguns. Mas Dr. Aluízio prometeu inaugurar a futura arte na Imbetiba em julho de 2015.

Parabéns, minha terra querida. Até domingo.

PONTADA

Tempo de aniversário

Homenagem especial* * *

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4 MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013

OpiniãoEDITORIAL

ESPAÇO ABERTO

FOTO LEGENDA

PAINEL

EXPEDIENTE

Dos 100 anos de atrasos desejados pelo fazendeiro Motta Coqueiro, no ato do seu enforcamento ao ser reconhecido como a “Fera de Macabu”, até os 40 anos de prosperida-de gerados pela instalação do maior parque operacional da principal empresa petrolífera do país, Macaé viveu momentos célebres, importantes tanto para o estado do Rio de Janeiro, quanto para o país.

É um desrespeito imenso tentar fazer cidadãos bem intencionados de tolos. Mas é o que tem acontecido nas audiências e consultas públicas obrigatórias por lei para que a população seja informada de determi-nados empreendimentos.

Macaé 200 anos: da Vila a Capital do Petróleo

O limite do desrespeito

Ao registrar em suas ter-ras a passagem do impe-rador Dom Pedro II, no

passado, e por receber também visitas de personalidades ilus-tres da política nacional e in-ternacional no presente, a cida-de capaz de se transformar, em quatro décadas, de Princesinha do Atlântico a Capital Nacional do Petróleo, hoje celebra uma data importante: os 200 anos de criação da Vila de São João de Macaé.

Deixando de lado todos os aspectos negativos gerados pe-la inércia do poder público em entender e acompanhar o pro-cesso evolutivo, que garantiu à cidade um dos maiores merca-dos de trabalho do Estado, um ambiente favorável de negócios capaz de atrair o interesse de empresas situadas em outros continentes, o município tenta hoje se reestruturar de um mo-mento histórico de desgastes, sem perder o seu maior brilho: a força da sua população.

Ao possuir um litoral invejá-vel, que por muitos anos foi o principal atrativo para famílias e turistas de várias partes da re-gião, Macaé possui o privilégio também de registrar em suas águas a extração e a produção de cerca de 80% de todo o petróleo

produzido no país, números que devem crescer ainda mais nos próximos anos.

Nas suas águas desbravam também homens que sustentam a cultura da pesca, que disputa o seu espaço entre as embarca-ções que atendem a indústria do petróleo.

Na eterna briga entre a pre-servação do seu passado e a for-ça do progresso, hoje a cidade tenta redescobrir, não a sua vo-cação econômica, mas sim qual é a sua identidade.

Infelizmente, hoje são poucas as construções que retratam um passado glorioso, onde as bele-zas naturais e o pensamento da sociedade ditavam a rotina do município.

Hoje, ao viver a expectativa da concepção de projetos como a criação de um monumento aos direitos humanos, retratando a história de Motta Coqueiro, e a preparação de um livro que apresentará detalhes esquecidos de momentos importantes do seu passado, Macaé mais uma vez renasce e demonstra que é capaz de suportar todo o peso do progresso, sem deixar de ain-da ser uma cidade privilegiada por belezas que vão desde o mar até os contornos da Serra.

Parabéns, Macaé!

O fato de os cidadãos con-cordarem ou não com as deliberações (que mui-

tas vezes já vêm prontas) é de pouca influência, pois o que in-teressa mesmo é o quorum que valida o evento juridicamente. Quem comparece e assina, estará automaticamente con-cordando com tudo que é ex-posto. Isso tem acontecido em todos os eventos semelhantes e quem duvidar, basta reportar as audiências públicas do INEA sobre o Porto do Açu, aprovada com poucas restrições. Meses depois, toda a região estava sa-linizada.

No caso específico, trata-se da consulta pública promovida pelo Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Macaé e das Ostras, no dia 22 de julho, no auditório do Senai. A reunião começou por volta das 16 horas e a empresa de consultoria que realizou o estudo apresentou material com erros grosseiros pelo simples fato de não conhecer a região em foco. Foram trocados nomes de rios, por exemplo, e o apresentador, a todo o tempo, se desculpava, alegando não saber responder às perguntas da plateia interessada e com conhecimento de causa.

O referido estudo suprimiu di-versas áreas e afluentes dos rios Macaé e das Ostras de grande re-levância, como o Purgatório, bem como ignorou as aptidões locais de cada área, seus problemas e vocações econômicas. Mais grave: não contemplou localidades estra-tégicas, como Trajano de Moraes e a Rebio União. Será que o INEA aprovou o documento?

Os apresentadores não soube-ram dar informações precisas; pelo contrário, quem informou corretamente a empresa de con-sultoria contratada pelo INEA foi o público. Ao final da reunião,

soubemos informalmente que a referida empresa venceu a licita-ção por ter dado o melhor preço e que o estudo teria custado cer-ca de R$ 1 milhão e 600 mil reais. Agora, todos querem saber quanto realmente custou o trabalho de fa-to e o que foi solicitado à empresa como objeto de estudo.

Também se quer saber por que o INEA não foi mais rigoroso e exigente em relação à qualidade do trabalho que seria apresenta-do nas duas consultas públicas (a primeira foi em Lumiar, Nova Friburgo). Por que o INEA não contemplou empresas, núcleos de pesquisa ou universidades que atuam e conhecem bem a região para complementar o trabalho?

Com certeza, uma quantidade menor de falhas ocorreria e tem-po e dinheiro seriam economi-zados. E o Comitê de Bacias Hi-drográficas dos Rios Macaé e das Ostras deveria ter examinado o trabalho antes de ser apresentado ao público, evitando uma situação notoriamente constrangedora.

Resumindo: uma apresentação equivocada e distorcida que dei-xou muita gente irritada. Afinal, dedicamos cerca de quatro horas do nosso precioso tempo para ou-vir informações incorretas. Agora, o trabalho precisa ser inteiramen-te revisado, demorando sabe Deus quantos meses mais, enquanto o tempo corre contra a natureza, a ocupação imobiliária desorde-nada continua na região serrana e na cidade de Macaé, cuja área de expansão do rio está sendo lite-ralmente aterrada às margens da Linha Azul, prenunciando uma tragédia sem precedentes.

Tempo perdido? Talvez não, se soubermos como e quando agir.

Bernadete Vasconcellos* Ambientalista, diretora da Revista Visão Socioambiental, membro da Agenda 21 Macaé e filiada ao Greenpeace.

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NOTA

KANÁ MAHÃES

ComemoraçãoAo registrar, ao longo dos últimos 40 anos, a pujança do petróleo trazida através da ins-talação da Petrobras, Macaé tornou-se uma cidade estratégica de forma econômica para o estado e para o país. Mas é apenas isso que se pode comemorar nesses 200 anos? Para quem realmente gosta de viver nesse muni-cípio acolhedor, onde as pessoas possuem a alternativa de mudar de vida, a resposta é simples: não. Macaé tem mais e merece muito mais que esse reconhecimento.

200 anosRegistrados em livros escritos por macaenses, e revividos também nas páginas de O DEBATE, que apresenta neste domingo (28) e segunda-feira (29) o tradicional caderno especial em celebra-ção ao aniversário de Macaé, os fatos que muda-ram o rumo da cidade precisam ser celebrados e reavaliados, com objetivo de garantir também um novo futuro para o município. Os 200 anos servem também para uma reflexão de que se espera de Macaé para os próximos anos.

RiquezaTema da campanha desenvolvida pelo novo governo com objetivo de marcar a celebração dos 200 anos de criação da Vila de Macaé, a população da cidade é, sem sombra de dúvi-das, a sua maior riqueza. Personalidades no passado e no presente foram responsáveis por escrever a história do município que evo-luiu e se transformou em menos de quatro dé-cadas. Das terras banhadas pelo mar saíram deputados estaduais, federais, governador e até um presidente da república. Saíram tam-bém pescadores, professores e muitos outros profissionais de extrema relevância.

PrincesinhaÉ importante analisar também a atual situação registrada em seus pontos que deram a alcunha de “Princesinha do Atlân-tico” a hoje Capital Nacional do Petróleo. Cartões postais como as praias da Barra, das Conchas e da Tartaruga, além da Praia de Imbetiba, hoje não acolhem mais as centenas de pessoas que desfrutavam do mar limpo e de cores vivas. Hoje, esse pa-pel é cumprido pelas Praias dos Cavaleiros e do Pecado, que concentram a parte mais rica da cidade.

ArquiteturaApesar de possuir ainda poucos prédios que fazem referência ao passado glorioso, o município ainda pode contar com a pre-servação de monumentos importantes, como o Forte Marechal Hermes e o Pa-lácio Cláudio Moacyr de Azevedo. Como registro da era do petróleo, o Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho acaba ocupando a lista de novas e im-ponentes construções, como também o Palácio Natálio Salvador Antunes.

ReconhecimentoO reconhecimento de Macaé como uma cidade estratégica passa a ser prioridade para a administração municipal. Nesta se-mana, o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) e o secretário municipal de Governo e Comu-nicação, Leonardo Gomes, estiveram em Brasília onde participaram de encontros com representantes do governo federal, com objetivo de garantir projetos para a cidade. O resultado das duas agendas foi positivo.

ConvênioNo dia seguinte à comemoração dos 200 anos da cidade, os governos municipal e es-tadual assinarão o convênio que destinará cerca de R$ 60 milhões para a realização de obras de infraestrutura para a mobilidade urbana. Os recursos são frutos do entendi-mento administrativo firmado entre o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) e o governador Sérgio Cabral (PMDB). Um encontro entre as duas lideranças deve acontecer na terça-feira (30) na cidade.

FestaA festa agostina do CAP, Colégio de Apli-cação da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), organizada pelo Grêmio Estu-dantil da instituição, promete agitar a Cidade Universitária no próximo dia 3 de agosto, das 18h até a meia-noite. As atrações, além da alegria dos estudantes do ensino médio, são barraquinhas e quadrilha. O evento garante a confraternização entre os alunos e o corpo docente que se dedica a atuar em prol de uma das instituições mais reconhecidas na educação.

SaúdeA Secretaria de Saúde de Macaé montou toda estratégia de atendimento durante a Exposição Agropecuária, que acontece no Parque de Exposições Latiff Mussi. Foram montados dois postos de saúde com seis leitos cada, cinco ambulâncias, sendo qua-tro UTIs. O atendimento acontece sempre das 18h às 2h da madrugada. Nos primei-ros dias, a maioria dos atendimentos foi para aferição de pressão arterial, curativo e pequenas suturas.

GUIA DO LEITORJORNAL O DEBATEtel/fax: (22) 2106-6060acesse: http://www.odebateon.com.br/e-mail: [email protected]: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 215e-mail: [email protected]: E-mail: [email protected]

TELEFONES ÚTEIS:POLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2762-0820DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2759-1312DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2759-0698DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058

Nesta semana motoristas que circularam pela região próxima ao Terminal Central, no início da rua Francisco Portela, se surpreenderam com a “armadilha” gerada pela falta de um tampão na entrada de galeria de esgoto. Para evitar acidentes, cones de sinalização foram colocados ao redor. Parte desses materiais acabam sendo furtados, e outra é destruída em função da circulação intensa de veículos.

Capitania dos Portos terá troca de comando

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MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013 5

Polícia 32º Batalhão da Polícia Militar conta com octóptero, Veículo Aéreo Não-Tripulado (VANT)

NOTA

DECRETO nº: 1.616

Abre crédito suplementar

O Prefeito Municipal de Carapebus, no uso de suas atribuições legais ecom base no preceituado no art. 2º da Lei Municipal nº 543/12 e nosparágrafos 2º e 3º do art. 43 da Lei Federal nº 4.320/64.

DECRETA:Art. 1º - Abre Crédito Suplementar na importância de R$11.700,00

(Onze mil e setecentos reais) para dotações orçamentárias constantes noAnexo I.

Art. 2º - Os recursos para atender o artigo 1º serão provenientes deanulações total ou parcial de dotações constante no Anexo I.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Carapebus, 26 de Julho de 2013.

Amaro Fernandes dos SantosPrefeito Municipal

ANEXO I

ESTADO DO RIO DE JANEIROPREFEITURA MUNICIPAL DE CARAPEBUSGabinete do Prefeito

PROGRAMA DE TRABALHO DESPESA FICHA FONTE REFORÇO R$ ANULAÇÃO R$ 02.205.0011236112032.087 33903000 65 101 4.300,00 02.205.0031236112032.088 33903000 89 106 7.000,00 02.205.0031236712062.278 33903000 101 004 400,00 02.205.0031236112021.093 44905100 83 005 11.700,00 TOTAL R$11.700,00 R$ 11.700,00

Bacia de Campos intensifica plano de manutenção

BACIA DE CAMPOS

Com foco na integridade dos sistemas de produção, na segu-rança das pessoas e na confiabi-lidade da curva de produção, as unidades marítimas já apresen-tam resultados acima do previsto, como a P-20.

A Unidade de Operações de Ex-ploração e Produção da Bacia de Campos, alinhada ao Plano de Ne-gócios e Gestão (PNG) 2013-2017 da Petrobras, vem recuperando a eficiência de seus sistemas de produção. Um claro exemplo disso é o retorno à produção da plataforma P-20.

Depois de 38 dias em parada programada para serviços de manutenção, a unidade retorna à operação e se prepara para re-ceber a produção do reservatório de Brava, no pré-sal da Bacia de Campos, além da interligação de um novo poço produtor em 2014.

Os dois poços irão agregar aproximadamente 10 mil barris por dia de petróleo à produção da plataforma.

O carro-chefe dos trabalhos de manutenção foi a troca do flare (torre do queimador). Com 40 metros de comprimento e pe-sando 40 toneladas, o flare é um equipamento fundamental para a segurança da plataforma.

Sua utilização garante, quando necessário, a despressurização segura da planta de processo, im-pedindo que a pressão ultrapasse os valores máximos admissíveis

Depois de 38 dias em parada programada para serviços de manutenção, a unidade retorna à operação

para a operação.Do planejamento à fabrica-

ção do novo flare, da logística de transporte à montagem do equipamento, da estratégia conjunta com outras unidades à colocação final da peça na plataforma, todas as etapas da operação foram detalhadamen-te estudadas, o que assegurou precisão e sucesso total.

Os serviços de manutenção se estenderam à quitação de reco-mendações técnicas, apontadas em inspeções anteriores. A subs-tituição das descargas dos seis motogeradores da plataforma foi uma delas.

O resultado foi a redução da temperatura no ambiente, ga-rantindo mais conforto tanto aos técnicos que trabalham no local quanto às demais pessoas que transitam pelas áreas próximas.

Também foi realizada a troca de tubulações e válvulas para a ga-rantia da integridade da unidade, além da realização de inspeções programadas e testes hidrostáti-cos em diversos equipamentos e sistemas, em atendimento à Nor-ma Reguladora NR-13, do Minis-tériodeTrabalho, que regulamen-ta a operação de vasos de pressão e caldeiras.

Com as pendências quitadas, a meta agora é voltar ao patamar dos 97,5% de eficiência opera-cional, resultado alcançado com os recursos do Programa de Au-mento da Eficiência Operacional (Proef ), para a Bacia de Campos (elaborado para elevar essa efici-ência, que possibilitou antecipa-ção do retorno à produção dos poços MRL-03 e MRL-08.

DIVULGAÇÃO

Novo flare da Plataforma P-20 no Campo de Marlim

PLATAFORMA P-20› COMPRIMENTO: 129,68 m (considerando-se também baleeira,

bote e flare)› LARGURA: 79,22 m› ALTURA: 52,8 m› ÁREA: 12.154 m2

› PESO: 26.388 ton› LOCAÇÃO: Campo de Marlim› DISTÂNCIA: 172,97 Km da costa de Macaé› LÂMINA d’água: 620 m› ACOMODAÇÕES: 252 vagas› ASSESSORA de Imprensa - Regional Bacia de Campos› GERÊNCIA de Imprensa - Comunicação Institucional

FICHA TÉCNICA

Navio-Patrulha Macaé atraca no Terminal de Imbetiba

VISITA

Embarcação responsável por proteger a costa marítima da Bacia de Campos fica aberta a visitação das 13h às 16h de hojeLetícia [email protected]

Pela segunda vez em 2013, o município tem o privilégio de ter em suas

águas a presença do Navio-Pa-trulha Macaé. A embarcação res-ponsável por inspecionar e pro-teger a costa marítima da Bacia de Campos, atracou no Terminal de Imbetiba da Petrobras na tar-de de ontem (27) e esteve aberto ao público. As visitações também serão realizadas hoje (28), entre às 13h e às 16h.

Esta é a segunda vez que o navio, batizado com o nome em homenagem à cidade, visita a Ca-pital Nacional do Petróleo. O Na-vio-Patrulha Macaé é o primeiro dos 27 navios-patrulha mais mo-dernos da Marinha a ficar pronto para a missão de apoiar a fisca-lização das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), de realizar ati-vidades de patrulha, inspeção na-val e salvaguarda da vida humana no mar, contribuindo assim para a segurança do tráfego marítimo nacional e defesa dos interesses estratégicos brasileiros.

O Navio Patrulha Macaé, cons-truído há três anos, é referência entre os outros navios a serem fi-nalizados. As próximas embarca-ções serão batizadas com nomes que começam com a letra “M” e farão parte da “Classe Macaé”. A previsão é que até 2020, todos os

27 navios-patrulhas estarão em atividade em toda a costa bra-sileira. Além do Macaé, o Navio Patrulha “Macau” também já teve a sua construção finalizada.

A equipe do jornal O DEBATE teve a oportunidade de conhecer cada espaço e objetos do navio, como as salas internas, a ponte, a proa, o convés, a popa, o canhão e as metralhadoras.

O navio esteve aberto à popu-lação no sábado, às 14h. Os visi-tantes, guiados por profissionais

da Marinha se divertiram e re-gistraram o momento especial. Encantados com o porte do na-vio, as crianças também puderam conhecer a embarcação.

Os interessados em visitar o navio poderão comparecer na entrada do Terminal da Petrobrás em Imbetiba e, por questões de segurança, deverão estar utilizan-do calçados fechados, sem saltos e calça comprida. Não será per-mitida a entrada de pessoas com dificuldades para locomoção e

de menores de idade desacom-panhados do responsável

Os grupos de visitantes serão composto de, no máximo, 15 pessoas por vez, que serão con-duzidos até o navio por milita-res da Delegacia da Capitania dos Portos em Macaé e repre-sentantes da segurança patri-monial da Petrobrás. Maiores informações sobre a visitação poderão ser obtidas na Delega-cia da Capitania dos Portos pelo telefone (22) 2772-1889.

WANDERLEY GIL

O Navio-Patrulha Macaé é o primeiro dos 27 navios-patrulha mais modernos da Marinha a ficar pronto

Polícia Militar coíbe o tráfico de drogas na região

BARRA DE SÃO JOÃO

Dando continuidade às opera-ções com o objetivo de fiscalizar a existência de crianças e adoles-centes em situações de riscos nas ruas, policiais do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM) apreende-ram três homens e um jovem de 19 anos, em diferentes ocasiões na última sexta-feira (26), em Barra de São João, distrito de Casimiro de Abreu.

De acordo com a polícia, um jovem de 19 anos e três homens foram presos em posse de substâncias ilícitas

A primeira ocorrência foi regis-trada por volta das 16h40 na Rua da Balança, no bairro Arroz. Du-rante um pratulhamento, a viatura da polícia suspeitou das atitudes de um jovem e realizou a aborda-gem. Na revista, foram encontra-dos quatro buchas de maconha e um tablete pequeno do mesmo material. O rapaz de 19 anos, com iniciais T. R. M. S. foi conduzido para a Delegacia de Policia, onde prestou seu depoimento e classifi-cado como usuário pelo delegado de plantão. Em seguida, foi libe-rado conforme o artigo 28 da Lei 11.343/06.

O segundo caso, foi registra-do por volta das 18h30, no Bair-ro Nova Esperança. Ao avistar a presença da viatura, um homem identificado como Atanailson Jo-sé Matos da Paz, de 26 anos, ten-tou fugir e se desfazer das drogas que estavam a seu porte. Na fuga, Atanailton entrou na residência de Welinton Bravim, de 32 anos. A polícia adentrou o local, que é conhecido como “Boca de Fumo”, onde também estava Antônio Car-los de Matos Santos Júnior, de 34 anos.

Durante as buscas, a polícia fez a arrecadação de 16 sacolés de coca-

ína e uma pedra do entorpecente com o peso total de 39,3 gramas, que estavam com Atanailson. Os militares ainda encontraram em-baixo da 17 saquinhos vazios, um prato, uma colher e dois potes de fermento em pó, material que seria usado para endolar as drogas.

Segundo a polícia, ao receber voz de prisão, Wellinton tentou subornar os militares ao oferecer uma moto de sua propriedade, po-rém, a guarnição negou a oferta e repetiu a voz de prisão. Os homens foram encaminhados para a 123ª Delecia de Polícia e foram presos por tráfico de drogas.

Homem é executado no centroASSASSINATO

Um crime assustou pedes-tres, motoristas e trabalhado-res no início da tarde de sábado (27), no centro de Macaé. Um homem foi executado por volta das 12h, ao sair de uma agência bancária na Avenida Rui Bar-bosa. De acordo com a polícia militar, o circuito de monitora-mento da Prefeitura registrou a ação e as imagens serão usadas para encontrar os criminosos.

De acordo com as informa-ções da Polícia Militar, o ho-mem identificado como Álvaro Luiz Mendes Barreto, de 50 anos, morador do Parque Ae-roporto, foi executado ao sair da agência bancária por um homem, que após cometer as-sassinato, roubou um veículo Scenic, de cor verde, para rea-lizar a fuga.

O dono do veículo, o empre-

Crime chocou a população e gerou muitos transtornos no trânsito da Avenida Rui Barbosa

sário de Rio das Ostras, Ivan de Azevedo, relatou os minutos de terror que viveu ao ter o seu carro roubado. “Eu e minha es-posa estávamos dentro do carro estacionado na Rua Luiz Bele-gard, quando um homem nos rendeu com uma arma e levou o carro. Só fui saber do assassi-nato na delegacia, quando regis-trava o boletim de ocorrência”, disse o empresário.

Populares que passavam pelo local, comentaram que foram feitos três disparos de arma de fogo contra a vítima. Uma pessoa que se encontra-vam presente no momento da execução descreveu a ação do bandido. “Um rapaz de boné roubou o cordão dele. Não sei se ele reagiu, mas o cara deu uns três disparos. Na hora eu saí correndo para me proteger e só vi o homem caído no chão, já ensanguentado. Não deu nem tempo do socorro chegar e ele morreu”, relata uma mulher que não quis se identificar.

Minutos após o crime, cente-

O DEBATE

O assassinato foi registrado por volta das 12h, horário de movimento

nas de curiosos se aglomeraram no local, o que causou muita lentidão no trânsito da Rui Bar-bosa. A circulação dos veículos só voltou ao normal por volta das 13h30, quando a polícia dis-

persou a população.Até o fechamento desta edi-

ção do Jornal O Debate, a polícia não havia maiores informações sobre o paradeiro do criminoso e do veículo roubado.

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6 MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013

Economia NOTA

QUESTÃO DE JUSTIÇ[email protected] Andrea Meirelles

Lei da Transparência - um direito do povo e um dever do poder público

A Lei Complementar 131, ou lei da transparên-cia, completou quatro

anos no mês de maio, e ain-da continua desconhecida da maioria das pessoas. Mais do que dar publicidade aos gas-tos públicos, a lei determinou o incentivo à participação po-pular, a realização de audiên-cias públicas e a liberação em tempo real de informações

pormenorizadas sobre o or-çamento público nos meios eletrônicos.

A lei ainda permite que qualquer cidadão, partido político, associação ou sin-dicato seja parte legítima para denunciar ao respecti-vo Tribunal de Contas ou ao Ministério Público o descum-primento das prescrições es-tabelecidas - artigo 73A.

Compreensão dos dados

Fiscalização popularO reflexo desse levante

popular já apareceu e deu sinais concretos, como por exemplo, o fortalecimento do debate sobre a Reforma Política.

A internet revolucionou as relações pessoais e insti-tucionais. Em poucos minu-

tos é possível fazer a chegar à informação a milhares, quiçá milhões de pessoas. Essa democracia virtual funciona de forma efetiva e facilita a fiscalização po-pular. Nesta última semana, um exemplo desta “fiscali-zação” ficou bem evidente.

Violação ao direito constitucional de privacidade

O Governador do Rio de Janeiro criou por decreto uma “Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifesta-ções”, e seu teor exigia que empresas de telefonia e pro-vedores de internet forne-cessem informações sobre participantes dos protestos sem autorização judicial no prazo máximo de 48 (qua-renta e oito) horas.

A Comissão por si só, já é questionável, mas com a expressa previsão de “que-bra de sigilo sem ordem judicial”, tornou-se uma aberração. Depois da ampla repercussão na mídia e nas redes sociais, e com a OAB declarando que iria à Jus-tiça para garantir o direito constitucional de inviola-bilidade das comunições, o decreto foi alterado.

Comércio já se prepara para o Dia dos Pais

DATA COMEMORATIVA

Expectativa é que vendas aumentem entre 15% e 30%Patricia [email protected]

O Dia dos Pais está chegando e a expecta-tiva do comércio para

a data, segundo os lojistas de Macaé, é de um aumento entre 15% e 30% nas vendas. Faltan-do duas semanas para a come-moração, o movimento ainda é fraco nas lojas do Calçadão da Avenida Rui Barbosa, no Cen-tro da cidade. Porém, a maioria dos comerciantes acredita que o fluxo deve aumentar na semana que antecede ao Dia dos Pais.

A data comemorativa coin-cide com a queima de estoque dos produtos de outono-inver-no, o que deixa os preços mais baixos. Quem comemora são os consumidores: “essa época é perfeita, porque consigo dar um bom presente ao meu pai e pago bem menos”, contou a fi-sioterapeuta Cibele Santos.

Segundo Creusa Oliveira, au-xiliar de supervisão de uma loja de roupas masculinas, as vendas neste período devem aumentar em 15%. “O movimento ainda está bem fraco, mas deve au-mentar nos próximos dias. O maior fluxo é na própria sema-na do Dia dos Pais.”

O gerente Jean Carlos está mais otimista e aposta em um aumento de 30% nas vendas. “Nosso movimento está muito bom, principalmente devido às liquidações que estamos fazen-do. Na semana do Dia dos Pais a tendência é que esse fluxo seja três vezes maior. Por isso, as nossas expectativas são as melhores possíveis.”

Márcia Campos, gerente de uma loja de cosméticos e per-fumes, demonstrou estar con-fiante com as vendas nesta data, mas reforçou que o movimen-to só se intensifica na semana que antecede à comemoração. “Comparado a julho do ano

passado, nossas vendas já estão bem melhores. Então, acredito que este Dia dos Pais seja muito bom. Mas as pessoas costumam deixar para comprar os presen-tes na última hora. Por isso, o movimento só deve aumentar, significativamente, nas próxi-mas semanas.”

O supervisor de uma loja de calçados, Fabrício Nunes, afir-mou que datas comemorativas tendem a impulsionar o comér-

cio fortemente. "Mesmo com o comprador endividado, nin-guém deixa de dar um presen-te ao seu pai e isso significa um aumento de vendas para nós comerciantes. Provavelmen-te, devemos sentir um cresci-mento maior no faturamento nas próximas semanas. A data cairá próxima ao pagamento da maioria das pessoas. Por isso, a tendência é esperar até a sema-na que vem.”

Já a gerente de uma loja de roupas masculinas e femininas, Inês Silva, disse que não acredi-ta que em um movimento mui-to intenso, pois o Dia dos Pais costuma ser mais fraco. “Neste ano, as vendas não estão muito boas. Nossa segunda melhor data, que é o Dia das Mães, foi bem fraco. O Dia dos Pais cos-tuma ser mais tranquilo, então não acho que as vendas devam aumentar muito.”

KANÁ MANHÃES

Segundo comerciantes, datas comemorativas tendem a impulsionar o comércio

Confira o que abre e fecha no aniversário de Macaé

FERIADO

Nesta segunda-feira (29), Macaé comemora seu aniver-sário de 200 anos. O feriado de celebração irá alterar o funcionamento de diversos estabelecimentos públicos e privados da cidade. O Sindi-cato dos Empregados do Co-mércio de Macaé informou que as lojas do Centro devem ficar fechadas. Apenas as lojas que têm acordo firmado junto ao Sindicato podem funcionar durante o feriado.

Alguns supermercados que também mantêm acordo com o Sindicato, como o Extra, e as drogarias que trabalham em regime de 24 horas devem ficar abertos.

As agências bancárias do município também estarão fechadas durante toda a se-gunda-feira, voltando a fun-cionar apenas no dia 30 de julho (terça-feira), segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancá-rios de Macaé e Região (SEEB Macaé).

Conforme a Federação Brasileira de Bancos (Febra-ban), aqueles que precisarem pagar suas contas no dia 29

Comércio e bancos não irão abrir nesta segunda-feira

podem utilizar os canais al-ternativos de atendimento. Caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking (banco no celular) e opera-ções por telefone são algu-

mas das opções. O Shopping Plaza Macaé

também preparou um esque-ma especial para atender aos clientes. Nesta segunda-feira, as lojas estarão abertas das 15h

às 21h, a praça de alimentação das 11h às 22h, e o hipermer-cado Wallmart, das 9h às 22h. Já o cinema funcionará nor-malmente, sem alteração do horário.

KANÁ MANHÃES

Macaenses devem ficar atentos aos horários diferenciados dos estabelecimentos

Rede 3G ganha 14,5 milhões de linhas em oito meses, aponta Anatel

O Estado do Rio de Janeiro e também a nossa bicentenária Macaé aguardam o desfecho da Ação de Inconstitucionali-dade da nova lei de royalties. Mesmo sob a ameaça de perda dos recursos dos royalties e do comprometimento irreversí-vel do orçamento público, houve grande dificuldade de mobilização popular. Isso se deu exatamente porque não há clareza sobre a aplicação destes recursos milionários.

Pioneira na criação do Con-

selho Municipal de Fiscaliza-ção dos Royalties do Petróleo (COMFARP), que iniciou os trabalhos em março deste ano, a cidade também po-derá ser pioneira sobre sua transparência, se o governo municipal criar um portal exclusivo - e com linguagem acessível a todos - específico sobre a execução orçamentá-ria dos recursos dos royalties do petróleo. Sem dúvida um presente à Macaé digno do seu bicentenário.

É necessário que a trans-parência da execução orça-mentária não se reflita só em números e/ou dados, que por si só, pouco dizem, mas que se realize de forma a permitir que a maioria da população possa compreendê-la.

Além da questão da aces-sibilidade e de dificuldades na navegação dos portais da transparência, poucos per-mitem, por exemplo, disposi-tivos de buscas para facilitar a pesquisa. As informações deveriam ser consolidadas,

claras e atualizadas, em sítios eletrônicos acessíveis. E não relatórios imensos e incom-preensíveis para a maioria, feitos especialmente para não serem compreendidos.

É exatamente essa falta de transparência dos gastos públicos e a pouca participação popular na sua destinação, que permite que os reais anseios da população não sejam atendidos. Essa insatisfa-ção popular até então represada, transbordou nos últimos meses, e gerou - e ainda gera, uma série de protestos.

Direito inviolável nos Estados Democráticos de Direito

A privacidade das pessoas é um direito inviolável nos Esta-dos Democráticos de Direito, jamais se poderia admitir um decreto como esse, com tal abuso de poder. Evidencia-se ainda uma vontade de crimina-lizar os movimentos populares. Excessos podem existir por uma minoria, mas isso jamais poderia permitir o retorno de um “Estado de Exceção”.

Note neste exemplo acima, uma inversão de valores ina-ceitável, pois os gastos públi-cos não tem a devida trans-parência - garantindo assim a “privacidade” do governo, mas os cidadãos que parti-ciparam das manifestações pacificamente podem ter sua privacidade violada com a quebra de sigilo prevista no decreto.

Eleições Limpas” e “Mandatos Limpos

São situações esdrúxulas como esta que demonstram a importância da mobilização popular para a consolidação de uma Reforma Política, que per-mita não só “Eleições Limpas”, mas principalmente “Manda-tos Limpos”.

No próximo dia 6 de agos-to, exatamente no mês em que se comemora a advoca-cia, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) fará uma mobilização para apresen-

tar os resultados da cam-panha nacional sobre a Re-forma Política e do projeto “Eleições Limpas”.

O momento é mais do que propício para que a socieda-de civil organizada contri-bua de forma decisiva para um projeto legislativo que possa combater uma doença crônica de nossa sociedade: a corrupção. E sem dúvida, a transparência é um dos seus principais remédios.

Transparência nos Royalties

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Secretário de Governo se encontra com Dilma e Lula

UNIÃO

Encontro com Dilma, Lula e Rui Falcão reafirma capacidade de articulação política de Macaé, através de Leo Gomes

No e nc o n t r o q u e encerrou o ciclo das comemorações pelos

dez anos do governo do PT, na última quarta feira, dia 24, em Salvador (BA), o secretário municipal de Governo, Leo-nardo Gomes, aproveitou para reforçar os laços firmados pe-lo prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) com o governo federal. Em conversa reservada com a presidenta Dilma Rousseff (PT), o secretário pôde rapi-damente discutir algumas de-mandas sociais e políticas da capital nacional do petróleo.

Para Leonardo Gomes, o que mais chamou atenção ao con-versar com a presidenta Dilma Rousseff foi o conhecimento demonstrado pela chefe do executivo das demandas e vocações de Macaé e sobre a pessoa do prefeito, Dr. Aluízio.

“A presidenta Dilma de-monstrou conhecimento sobre a situação econômica de Macaé, a importância da nossa cidade para a atividade do petróleo. Dilma apontou também preocupação sobre o futuro de Macaé em relação a questão da partilha dos royal-ties”, apontou o secretário.

Já o ex-presidente Lula, uma das figuras mais impor-tantes do cenário político na-

cional, durante o trajeto do décimo segundo andar, até o palco, no auditório do ho-tel Othon, onde se realizou o evento, aconselhou o secretá-rio Leonardo Gomes a manter o apoio ao prefeito Dr. Aluízio no fortalecimento das políti-cas de recuperação da autoes-tima do macaense.

Segundo Lula, o grande su-cesso do seu governo deu-se não só na construção de gran-des obras para o país, nem no Bolsa Família ou no Prouni - que concede bolsas de estu-dos em instituições privadas de ensino superior, mas pelos ganhos imateriais que deram a possibilidade de todo brasi-leiro poder andar de cabeça erguida. Lula citou a própria mãe, Dona Lindu, que o ad-vertiu a jamais baixar a cabe-ça, mesmo diante das maiores dificuldades.

Para o secretário de gover-no de Macaé, a oportunidade dada por Dr. Aluízio para ser secretário no governo da mu-dança já valeu a pena por ter tido a possibilidade de estar com Dilma e Lula. “Indepen-dente da coloração partidá-ria, devemos, acima de tudo, manter fixados os nossos pen-samentos no que se passa na capital federal e conectados

com as discussões que colo-quem Macaé no seu verdadei-ro lugar, que é o de destaque no cenário nacional”, afirmou Leo Gomes.

Nesta segunda-feira (29), durante a sessão solene da Câmara de Vereadores, em celebração aos 200 anos de criação da Vila de Macaé, Le-onardo Gomes, será agraciado pelo presidente do legislativo, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), com um Diploma de Mérito Político.

"Construímos uma relação política muito importante com a Câmara que entende esse novo processo que Macaé está vivendo. É uma grande honra receber esse Diploma das mãos do presidente da Ca-sa, o Dr. Eduardo, um Mérito aprovado por todos os demais parlamentares que compõem o legislativo municipal", de-clarou Leo.

RICARDO STUCKERT/ IL

Em encontro com Dilma, Leonardo Gomes fortaleceu laços entre governos municipal e federal

“Construímos uma relação

política muito importante com a Câmara”LEONARDO GOMES, secretário de Governo e Comunicação

ASSESSORIA

Leonardo Gomes teve a oportunidade de conversar com ex-presidente Lula

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Esporte

Letícia [email protected]

Desde a última sex-ta-feira (26), a região serrana de Macaé se

tornou o abrigo de dezenas de ciclistas oriundos de várias partes do país. A cidade, que se tornou conhecida como a “Capital Nacional da Adrena-lina morro abaixo” pelos atle-tas, é a sede do Campeonato

RESISTÊNCIA

Atleta encara Corrida Rústica de Inverno

uma das mais tradicionais provas do circuito de corridas de rua do Estado, a Corrida Rústica de Inverno de Araru-ama, promete movimentar o domingo esportivo dos atletas da região. Como não poderia ser diferente, a Associação de Corredores de Rua de Macaé (Ascom) será representada no evento. Antonio Marcos confirmou sua presença na prova de 10 km, que tem iní-cio previsto para às 8h.

Especialista em provas curtas e meia maratona, An-tonio é considerado um dos dez melhores corredores do Estado. Dono de um currí-culo esportivo invejável, o atleta coleciona dezenas de títulos como o da etapa Ma-caé do Circuito Fluminense, Corrida da Costa do Sol e a Corrida da Petrobras do Rio de Janeiro.

Além dos títulos, o atleta da Ascom já marcou presença no pódio de grandes eventos da modalidade como o Cir-cuito Adidas e a Corrida da Mizuno. Seu último feito foi na Corrida Macaé 200 anos, onde ele ocupou a segunda colocação na categoria geral.

Com 13 anos de experi-ência e dedicação ao atle-tismo, Antonio sonha em um dia alcançar um grande feito na sua carreira espor-tiva: se destacar em uma das mais tradicionais pro-vas do país. “Já participei da Corrida de São Silvestre por quatro vezes, mas em todas as oportunidades saí com o pelotão amador. Es-tou me aprimorando para sair junto com a elite, ao lado dos grandes nomes do atletismo. Quero fazer um bom tempo e, quem sabe, levar a bandeira de Macaé ao pódio da São Silvestre”, ressalta Antonio.

Antônio Marcos vai representar Macaé no desafio em Araruama

WANDERLEY GIL

Após cinco meses de obras, pescadores contam agora com novo espaço

Pescadores comemoram novo espaço provisório do Mercado de Peixes PESCA

A solenidade foi acompanhada pelo prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) e pelo vereador Julinho do Aeroporto (PPL). Durante o evento, o prefeito destacou mais uma vez a importância do trabalho dos pesca-dores para a cidade.

"Vivemos agora a celebração dos 200 anos de criação da Vila de Ma-caé e nada mais justo e merecido comemorarmos a entrega desse espaço, que é provisório, mas que oferece mais qualidade e segurança a homens e mulheres que preser-vam uma atividade econômica que faz parte da identidade de Macaé", afirmou o prefeito.

O local conta com 61 bancas pro-visórias e um espaço dedicado ao desembarque e limpeza dos peixes.

Inaugurado ontem, local conta com 61 bancas e lugar para desembarque e limpeza de peixes

“Além dos 61 comerciantes, teremos 11 descascadeiras, duas pessoas tra-balhando na venda de verduras, três nas lanchonetes e 20 limpadores de peixes”, ressaltou Vanderlei.

Segundo o subsecretário, apesar de a inauguração ter acontecido neste sábado, os comerciantes só irão mudar de espaço na terça-fei-ra (30). “O final de semana é muito movimentado e uma mudança de local nesses dias atrapalharia o co-mércio dos pescadores.”

O objetivo do espaço provisório é proporcionar um local adequado e com qualidade para que as ativi-dades dos pescadores não sejam interrompidas até a conclusão da reforma do local definitivo. O espa-ço provisório para comercialização do pescado vai contar com uma es-trutura adequada em frente ao cais e bancas de alvenaria cobertas por uma tenda.

Apesar de a atividade de pesca ter perdido um pouco sua força após a

descoberta do petróleo na região, na década de 70, o município ain-da mantém uma forte presença no setor. Segundo dados da Subsecre-taria de Pesca, cerca de 16 mil pes-soas estão ligadas direta ou indire-tamente à atividade. Além disso, a região possui aproximadamente 400 barcos atuando e o volume de pescado por ano é de, em média, 50 toneladas por mês.

“Os meses de julho, agosto e se-tembro são mais fracos, devido ao frio que faz com que muitas embar-cações parem. Neste mês de julho, por exemplo, a produção média foi de 400 toneladas. Mas, do fim de setembro em diante, esse núme-ro mais do que dobra, chegando a uma produção de 60 toneladas por dia. O melhor mês é o de outubro, na época do peixe Dourado, que a produção atinge 100 toneladas por dia”, contou Vanderlei.

Diante desse cenário, a reforma do Mercado de Peixes e a cons-

trução de um espaço provisório tornaram-se fundamentais para o incentivo da prática no município. “Precisamos valorizar os pescado-res e esse espaço foi uma forma de fazer isso. Eles precisam de estru-tura para trabalhar bem. Estamos trabalhando também para oferecer mais capacidade técnica a todos eles e, assim, ajudá-los a dividir o espaço do mar com as plataformas de petróleo da melhor maneira

possível”, disse o prefeito Dr. Alu-ízio Junior.

Sendo um dos pontos mais vi-sitados na cidade, o projeto para o Mercado de Peixes definitivo inclui uma área de turismo próxi-ma, um setor para a feirinha, um mezanino com restaurante e uma praça de lazer. Porém, a data de conclusão das obras do espaço de-finitivo do mercado ainda não foi divulgada pelas autoridades.

Antonio vai correr para garantir um lugar no pódio da prova de 10 km

Ciclistas se despedem das trilhas do FradeAVENTURA

Após três dias de muita adrenalina, termina hoje o Campeonato Brasileiro de Downhill 2013TIAGO GUEDES

A pista do Frade proporciona todas as dificuldades técnicas exigidas para uma prova de downhill

Brasileiro de Downhill 2013. O evento realizado na radical pista do Frade, termina na tar-de de hoje (28).

Etapa única do campeonato, o Brasileiro de Downhil é uma das maiores competições de ciclismo do mundo. Os atle-tas têm como objetivo correr e buscar o título de Campeão Brasileiro, podendo a partir de então, estar aptos a requerer recursos importantes para

suas carreiras, como o Bolsa Atleta e o reconhecimento de empresas de produtos do ci-clismo do mundo.

E a tarefa não será nada fácil. A pista do Frade, que é considerada de forma unâni-me como a melhor do Estado, com aproximadamente qua-tro minutos de descida, pro-porcionou aos ciclistas todas as dificuldades técnicas exigi-das para uma prova de dow-

nhill. São descidas com gaps (saltos livres), mesas, duplos, raízes, troncos, rock garden ( jardim de pedras), trilhas fechadas e locais de alta velo-cidade. Tudo repleto de muita adrenalina que apimentou a competição.

“Para os atletas, a disputa em um local com descida de tempos altos e dificuldade téc-nica elevada, equilibra a situ-ação e faz com que segundos possam ser decisivos. Para a Serra Macaense, uma injeção ainda difícil de calcular, de público participante de alto nível, de turismo esportivo de qualidade, geração de ren-da alternativa e também a in-serção do nome da cidade no plano Nacional do ciclismo off road. Já foi iniciada uma forte tradição na cidade, em relação ao ciclismo. Macaé foi o pon-to alto da Volta Master de ci-clismo de estrada e agora está apta a ser conhecida como a cidade que tem todos os ter-renos para o ciclismo”, lem-bra o Federação Estadual de Ciclismo (Fecierj), Eduardo Almeida.

A grande surpresa desse campeonato é a presença fe-minina. Regina Barbieri é a primeira mulher comissária internacional do Brasil, ligada diretamente à União Ciclísti-ca Internacional (UCI). Ela é a responsável por ordenar, ali-nhar e pontuar todos os com-petidores do esporte, que até então, era considerado uma modalidade exclusiva do sexo masculino.

As atividades do último dia de competições começam a partir das 8h. O público po-derá percorrer grande parte da trilha por onde os atletas estarão disputando o grande título de Campeão Brasileiro de Downhill 2013.

TIAGO GUEDES

Em homenagem aniversário de Macaé, o nadador Ronaldo Dias vai fazer a nado a travessia da Ilha de Sant’anna, na segunda-feira, às 7h.

NOTA

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BAIRROS EM DEBATE BOSQUE AZUL

Condomínios populares vivem em estado de calamidade públicaBosque Azul sofre com o esgoto a céu aberto e áreas de lazer inacabadas Marianna [email protected]

“A miséria não acaba porque ainda é favo-rável”. Há quase oi-

to meses, o BAIRROS EM DE-BATE falou sobre os proble-mas críticos do Condomínio Cidadão Bosque Azul, que já foi considerado a grande pro-messa de moradia para cente-nas de pessoas que tinham o sonho da casa própria.

Finalizado há oito anos, o local faz parte do Programa de Arrendamento Familiar (PAF), um convênio da Pre-feitura Municipal de Macaé com o Governo Federal. Po-rém, foram necessários ape-nas alguns anos para que o sonho se tornasse um verda-deiro pesadelo para aqueles que decidiram fazer do local

o seu lar.Quem passa hoje pelo Con-

domínio Cidadão Bosque Azul I e II, percebe logo qual a realidade de quem mora lá: esgoto a céu aberto, falta d'água, áreas de lazer inaca-badas e uma estação de trata-mento abandonada.

Atualmente são cerca de 350 casas (dentro e fora dos condomínios), somando uma média de dois mil pessoas vi-vendo ali. Os moradores ga-rantem que isso acontece há anos, mas que nunca nada foi feito para reverter a situação do lugar.

Essa semana, a equipe de reportagem voltou ao local para ver como está a situa-ção do Bosque Azul e, pelo visto, problemas antigos ainda fazem parte da rotina dessas pessoas.

FOTOS KANÁ MANHÃES

Moradores de conjunto habitacional sofrem consequências de obra malfeita e inacabada

Dejetos, ratazanas, bara-tas, mosquitos e muita miséria. É assim o Bosque Azul. Esque-cidos pela administração públi-ca, o principal desafio do gover-no agora é combater o abando-no ao qual foram submetidos os moradores da comunidade durante todos esses anos.

Com a meta de sanar em 100% o esgoto em todo muni-cípio até o ano de 2016, o gover-no municipal terá um grande desafio quando se trata dessa questão no Bosque Azul.

Para quem vive ali, essa situ-ação é constrangedora e deixa todos inconformados, pois o odor no local é insuportável e as pessoas já não sabem mais o que fazer para resolver o pro-blema. O esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios faz par-te da realidade dessas pessoas.

Segundo eles, a rede é insu-ficiente e não recebe manuten-ção e o resultado não podia ser outro, o esgoto retorna para as ruas, correndo a céu aberto, on-de crianças, pessoas com defici-ência e idosos transitam todos os dias. Os moradores afirmam que já ligaram, fizeram ofícios e até abaixo-assinado e mesmo assim nada foi resolvido.

“Esse esgoto está todo en-

tupido, voltando para as ruas. Fica esse cheiro horrível na porta das nossas casas, virando criadouro de ratos, baratas e tu-do que é tipo de bicho”, conta Isolina Pereira.

O problema não se restringe apenas aos condomínios, mas sim a todo o loteamento. Na extensão da Avenida Verde Mares, em frente ao Conjunto Habitacional I, existem canos expostos que levam o esgoto até o canal da linha do trem. Em todas as vias é possível ver mais vazamento de esgoto.

Próximo ao local onde deve-ria funcionar a Estação de Tra-tamento do bairro, o que pode-mos ver é uma enorme vala com esgoto correndo a céu aberto, oferecendo um enorme risco de saúde para quem vive perto.

Desativada desde 2005, os moradores contam que a ETE nunca chegou a funcionar de fato. A equipe de reportagem esteve no local, onde pôde ver de perto a real situação dessa que deveria ser uma solução, eacabou se tornando mais um problema.

“Isso está largado às traças há anos. A casa onde deveria ficar o responsável por ela foi inva-dida. As grades de proteção fo-

ram arrancadas, a área onde de-veria ficar a parte elétrica toda destruída, as manilhas e canos estão expostos e o mato cobre boa parte. Isso aqui é o retrato do abandono. Enquanto isso, ao lado tem um enorme córrego com esgoto a céu aberto. De-pendemos de caminhão fossa toda semana e isso com muito custo. Quando chove alaga tudo e invade as nossas casas, trazen-do problemas de saúde. O bair-ro sofre com baratas, mosquitos e ratos, inclusive já tivemos ca-sos de pessoas que morreram de leptospirose aqui”, conta o morador Carlos da Silva.

O esgoto bruto correndo a céu aberto é um risco, tanto do ponto de vista ambiental quanto de saúde pública. En-tre algumas doenças que po-dem ser contraídas através do contato com o esgoto, estão a desinteria, leptospirose, den-gue, varíola, amebíase, bouba, tétano, difteria, ascaridíase, entre outras.

Ele também pode entrar pe-lo solo, comprometendo lençóis freáticos. Esse destino acontece geralmente em locais não ser-vidos por redes coletoras de esgoto, como zona rural, região de praia e periferias da cidade.

CRÉDITO

Enquanto ETE segue em total estado de abandono, moradores convivem com esgoto a céu aberto

Esgoto corre a céu aberto dentro dos condomínios

Áreas de lazer não foram concluídasOutra reclamação dos mo-radores do Condomínio Cida-dão Bosque Azul é com relação a inexistência de áreas de lazer. Os moradores mostram a área que foi destinada para a cons-trução de uma praça para o condomínio, que já é conside-rado por muitos um pequeno bairro, já que muitas das cor-respondências destinadas para o local tem como o Bosque Azul o bairro especificado.

Enquanto isso, é comum ver crianças brincando pelo meio da rua, correndo o risco de serem atropeladas. Essa situação vai contra a Consti-tuição Brasileira de 1988, que diz que, de acordo com o § 3º do Art. 217, cabe ao Poder Pú-blico incentivar o lazer, como forma de promoção social.

Proporcionar áreas de lazer digna também é um direito das crianças e adolescentes, previsto no Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA). O Art. 59 do ECA frisa que “os municípios, com apoio dos es-tados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para pro-gramações culturais, esporti-vas e de lazer voltadas para a infância e a juventude”.

“Nossa única opção de lazer são os campos de terra impro-visados. A praça dentro do con-domínio era uma promessa que não foi cumprida. Estava previs-to a construção de parquinho, quadra poliesportiva e campo de futebol, mas o que podemos ver é essa situação triste do abandono”, conta Carlos.

Apesar de promessa, área de lazer nunca foi concluída

Problema comum em toda a cidade, os entulhos fazem parte da rotina de quem vive no Bos-que Azul. Alguns moradores reclamam de alguns vizinhos, que fazem as calçadas e ter-renos baldios de canteiros de obras, obstruindo as passagens de pedestres.

Essa situação acaba com-prometendo a segurança da população no geral, inclusive de quem comete tal ato. Pri-meiramente, porque isso aca-ba obrigando que as pessoas tenham que desviar pelo meio da rua, arriscando suas vidas. Isso compromete a questão da acessibilidade, principalmente para pessoas de idade, crianças, mães com carrinho de bebê e deficientes físicos, que acabam tendo que dividir o espaço com os veículos.

Os entulhos, assim como o lixo, também são responsáveis pelos alagamentos, já que en-topem as entradas das galerias pluviais, impedindo o escoa-

mento da água. Muitos mora-dores reconhecem que grande parte do problema é provenien-te da pouca importância dada pela população à conscientiza-ção ambiental e à saúde pública.

A Prefeitura disponibiliza o serviço Cata Bagulho, que re-

colhe móveis antigos, entulhos, eletrodomésticos, entre outros objetos. Ela ressalta que, no ca-so dos entulhos, eles só serão recolhidos pela equipe se esti-verem ensacados.

Os próprios moradores po-dem entrar em contato através

do número 2762-4667, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Para ter acesso ao serviço, basta ligar para a secretaria de Limpeza Pública e agendar. A sede do órgão fica situada na Rua Ma-rechal Rondon, 390.

Entulhos tomam conta de terrenos e calçadas

O que diz a PrefeituraQuanto ao problema de esgoto a céu aberto e a ETE desativada, a Prefeitura diz que os problemas foram en-caminhados para a Empresa

Municipal de Saneamento (Esa-ne), que enviará equipes ao local para adotar as providências ne-cessárias. Em relação à área de lazer, um projeto para a cons-

trução da praça no bairro já foi elaborado e aguarda os trâmites legais para que a obra seja inicia-da. Já o problema de zoonoses, o CCZ informa que os moradores

precisam entrar em contato pessoalmente pelos telefones: 2772-6461 ou 2796-1186, para solicitar a visita e informar o endereço completo.

Entulhos tomam conta de terrenos e calçadas

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12 Geral MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2013

PROGRESSO

Que Macaé queremos adiante?Basta olhar criticamente para o tipo de “progresso” que Macaé viveu nos últimos anos para desconfiar que alguma coisa deu erradoMartinho Santafé

A propósito das co-memorações dos 200 anos de Macaé, eis a

pergunta mais óbvia: que ci-dade queremos para as pró-ximas décadas? Para os que se habituaram com a maneira usual de fazer e ver as coisas acontecerem, a resposta es-tá na ponta da língua: mais crescimento, mais empregos, mais arrecadação de impostos. Atentos aos anseios dos cida-dãos que recentemente foram às ruas protestar, poderão ser acrescentados: serviços com mais qualidade, maior trans-parência nos negócios públicos e privados e distribuição mais igualitária da riqueza local.

Mas será que essa receita convencional seria suficiente para tornar a “capital nacio-nal do petróleo” um exemplo de gestão e de qualidade de vida? Um parênteses: vale-ria mesmo a pena trocar uma denominação tão charmosa e afetiva como “Princesinha do Atlântico”, por outra que re-presenta a rendição definitiva diante de uma riqueza ainda importante, mas que não se renova e tem provocado tan-tos problemas para a vida no planeta?

O atual prefeito, no discurso de posse, disse oportunamen-te que o petróleo foi quem escolheu Macaé. Não seria a hora de Macaé tomar as ré-deas de seu desenvolvimento, incluindo nesse “pacote de ci-dadania” o direito de selecio-nar não só o que é bom para

o país - como vem sendo feito até agora -, mas o que é mais saudável para a cidade e seus cidadãos?

Basta olhar criticamente

DIVULGAÇÃO

Ocupação urbana à margem da Linha Azul, na área de expansão do Rio Macaé

para o tipo de “progresso” que Macaé viveu nos últimos 35 anos para desconfiar que alguma coisa deu errado. Há contas que não fecham e pa-

ralelas que jamais vão se en-contrar. Há excluídos demais para uma cidade que se diz tão rica e próspera.

É absolutamente necessário

lembrar o que disse recente-mente o Papa Francisco na comunidade carioca de Var-ginha: “Nenhum esforço de ‘pacificação’ será duradouro,

não haverá harmonia e felici-dade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma”.

Velhos conceitosAssim como a natureza, as cidades também têm limites que não devem ser ultrapassa-dos. É uma prática consagrada avaliar e gerir a economia uti-lizando conceitos elaborados nos séculos 19 e 20, quando se imaginava que o planeta ti-vesse recursos infinitos e, por-tanto, não havia margem para a noção de limites. Ninguém se preocupava com lixo, gases de efeito estufa, destruição da biodiversidade, e acreditava-se que os materiais escassos po-deriam ser rapidamente subs-tituídos pela engenhosidade humana. Não é isso que está acontecendo.

Um desses conceitos ina-

dequados para este início de século é o do crescimento econômico incessante como finalidade em si mesmo, e não um meio de proporcionar be-nefícios para toda a socieda-de - o que daria à economia um propósito ético. No caso contrário, as desigualdades se agravam. “Nós fabricamos os carros. Trânsito é proble-ma das prefeituras”, parecem dizer os diretores das monta-doras e das concessionárias”. Atitude idêntica têm os fabri-cantes de alimentos processa-dos, embora saibam que são os responsáveis pela epidemia global de obesidade - hoje há mais obesos que famintos no

mundo. Mas o sistema econô-mico ainda funciona assim.

Esse modelo de crescimento não sustentável, excludente e não ético encontra um exemplo no Açu, em São João da Barra. Lá, o que seria uma versão tupi-niquim de “redenção econômi-ca” virou um case de exclusão social de proporções gigantes-cas, temperado com áreas sali-nizadas e pequenos agriculto-res sem terra nem futuro. Ah sim, e um calote estratosférico.

Mas não é preciso ir tão lon-ge para observar as conseqüên-cias do crescimento como fim, e não como meio de se alcançar a prosperidade. Basta visitar as periferias de Macaé.

Praia do Forte: uma das mais belas e poluídas

A insustentabilidade na gestão econômica, social e ambiental foi um dos esto-pins das manifestações que ocuparam as ruas de todo o país em junho. O governo que facilitou o crédito e suspen-deu impostos para incentivar o consumo, deixando milhões de famílias endividadas e ruas congestionadas de automó-veis, foi incapaz de antecipar os protestos, pois na sua visão estreita a felicidade e o produ-to interno bruto se encontram nos shopping-centers e nas concessionárias de veículos individuais.E não fez o que deveria: dar prioridade abso-luta ao transporte público, à saúde e à educação para aten-der a uma nova classe média empoderada nas redes sociais e cada vez mais exigente.

Este mesmo governo pratica-mente “enterrou” o programa do etanol que colocou o Brasil na ponta do ranking das ener-gias renováveis. Agora aposta tudo no pré-sal, como se fosse a panacéia para todos os pro-blemas estruturais do país. O planeta agradece...

Limites e cidadaniaNa cidade que sonhamos

de olhos bem abertos para as próximas décadas, o respeito à cidadania e aos limites do meio ambiente terá predominância sobre os interesses econômicos e financeiros. Uma cidade que privilegie o pedestre e o ciclista e invista num modelo de trans-porte público que possa ser

utilizado por todos, indepen-dentemente da classe social. É assim que funciona nos países mais desenvolvidos.

Que inclua o direito de cida-dania plena - com ambientes preservados e saudáveis in-clusive nas periferias - como item inegociável nos proces-sos de licenciamento de em-preendimentos imobiliários e industriais. E que estes não dependam somente de meras

formalidades legais para se-rem implementados, entre as quais as audiências públicas com cartas marcadas e os li-cenciamentos fajutos (alguns até suspeitos), cujas conse-qüências modelam um quadro socioambiental bem próximo de uma tragédia urbana.

Nesta cidade imaginária, “deixar o sol entrar” será uma questão de saúde e qualidade de vida, ao contrário dos argu-

mentos daqueles que defendem a ocupação vertical sem limites da orla macaense, afirmando que todos (?) têm o direito de morar de frente para o mar. E que o novo código urbano exi-ja que as novas construções tenham tecnologias susten-táveis, como aproveitamento das águas pluviais, economia de materiais e energia, redução de emissões de gases de efeito estufa, reuso da água etc.

O direito coletivo e ambien-tal estará acima do lucro de alguns e não haverá justifica-tiva que reverta este princípio. O “SOS Praia do Pecado” se transformará então em “Viva a Praia do Pecado”.

RedescobertaBuscando na memória o de-

senho urbano de Macaé das décadas anteriores ao boom petrolífero, constata-se que a mobilidade hoje se articula

De olhos bem abertos para as próximas décadasmais em função dos automó-veis individuais que do trans-porte coletivo e das bicicletas, problema global que os soció-logos já apelidaram de “carro-centrismo”.

Um volume considerável de recursos públicos é alocado anualmente para a secretaria de Mobilidade urbana, que tem a missão impossível de ordenar o trânsito, enquanto as áreas de convivência social dão lugar aos estacionamentos. Como não se pode “esticar” ruas e avenidas, a solução é “enxugar gelo” indefinidamente.

A cidade que sonhamos terá uma rede extensa de ciclovias e locais seguros para estacionar as bicicletas. Se várias cidades em todo o mundo possuem sis-temas assim, por que não em Macaé?

Redescobrir as riquezas na-turais e culturais não é uma tarefa difícil em Macaé. Na cidade que queremos (e já ti-vemos) para as próximas dé-cadas, o rio, o mangue, o mar, a lagoa e os canais que contri-buem para o seu privilegiado e poético desenho urbano esta-rão definitivamente livres de esgoto doméstico e industrial e de lixo e os cidadãos poderão usufruir deles como se fazia há algumas décadas atrás.

Na época em que o discur-so do crescimento incessante a qualquer preço ainda não fazia parte do cotidiano da ci-dade. Mas todos, garanto, eram muito mais felizes.

Aterro ilegal em área próxima da Linha Azul

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Parcerias garantem excelência e expansão do NUPEM/UFRJ Macaé

PESQUISA

Com os investimentos recebidos nos últimos anos, a instituição tem expandido suas áreas de atuação no estudo da forma e estrutura de animais e plantas da regiãoJuliane [email protected]

Implantado na cidade há aproximadamente sete anos com a finalidade de estimu-

lar e fortalecer as atividades de pesquisa, ensino, extensão e de-senvolvimento tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no campo das Ciências Biológicas, nas Regiões Norte, Noroeste, Serrana e Bai-xada Litorânea do Estado do Rio de Janeiro, o Núcleo em Ecolo-gia e Desenvolvimento Socio-ambiental de Macaé (Nupem) já é considerado um tradicional centro de pesquisas em ecologia de UFRJ-Macaé.

Prova disso é que nos últimos anos tem expandido suas áreas de atuação na área de morfolo-gia, isto é, no estudo da forma e estrutura de animais e plantas da região. O professor da insti-tuição, Rodrigo Nunes explica que nos últimos anos vários equipamentos de alta tecnologia foram adquiridos em projetos financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (CAPES) e pela Fun-dação de Amparo a Pesquisa Carlos Chagas Filho (FAPERJ). “Juntos, mais de 1 milhão de re-ais foram investidos nos últimos anos por essas fundações atra-vés de parcerias de docentes do NUPEM com vários Institutos da UFRJ do Rio de Janeiro”, pontua.

Ainda segundo o docente, pa-ra viabilizar as pesquisas nessa área, vários equipamentos têm sido adquiridos a partir de par-cerias com Institutos do Rio de Janeiro e o Museu Nacional. Nos últimos anos, por exemplo a parceria entre o Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas do Instituto de Ci-

ências Biomédicas, coordenado pela Professora Flávia Alcântara Gomes (membro da Academia Brasileira de Ciências), permi-tiu a aquisição de sistemas úni-cos para análise morfológica de espécies da região.

A pós-doutora Natália Mar-tins Feitosa, orientada pelo Pro-fessor José Garcia Abreu, chefe do Laboratório de Embriologia de Vertebrados lembra que a colaboração com o Instituto de Ciências Biomédicas permitiu a montagem de um sistema de criação de peixe-zebra, capaz de produzir mais de 1.000 adultos de peixes por mês. Segundo ela, esse peixe tanto pode ser utili-zado para a descoberta de novas drogas quanto para aulas de gra-duação dos cursos da Universi-dade como Biologia, Farmácia, Medicina, Enfermagem, Nutri-

ção, dentre outros.Já a estudante do segundo

período do curso de medicina e aluna de iniciação científica em Embriologia de Desenvolvi-mento, Maria Laura ressalta que é bem diferente observar ao vivo o coração de um peixe batendo ao invés de ler num livro.

“Sempre gostei de pesquisa em especial na parte de biolo-gia e mesmo estando cursando medicina optei por fazer o curso, pois na medicina também po-demos trabalhar com pesquisa. Sem contar que é uma forma de obter um conhecimento a mais, e mais para frente posso seguir essa mesma linha no mestrado, doutorado, enfim”, disse a aluna.

Rodrigo explica que Maria Laura e outros estudantes de iniciação científica da UFRJ participam de um projeto de

caracterização da formação da cabeça de embriões de peixe co-ordenado pelo prof. José Garcia Abreu (ICB-UFRJ) e pela pós-doutora da CAPES, Natalia Mar-tins Feitosa no NUPEM em Ma-caé e que esses conhecimentos poderão ser desenvolvidos tam-bém para as espécies de peixes da região, incluindo peixes das lagoas macaenses como a Lagoa de Imboassica.

O laboratório de criação e ma-nutenção dos peixes foi criado com o apoio do professor Vival-do Moura Neto, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. O equipamento vai passar por reforma a ser feita com a cola-boração de alunos e professo-res do curso de Automação do Instituto Federal Fluminense (IFF). Uma nova tecnologia se-rá implantada no equipamento.

KANÁ MANHÃES

A pós-doutora da UFRJ, Natália Martins Feitosa e a aluna de iniciação científica, Maria Laura

TRADIÇÃO

Desfile Cívico marca os 200 anos da Capital do Petróleo

Nesta segunda-feira, 29 de ju-nho, Macaé completa seus 200 anos de história. A data será marcada por uma série de atividades, entre elas o tradicional Desfile Cívico Militar. O evento será realizado na Aveni-da Elias Agostinho, Imbetiba. A concentração está marcada para as 8h30 e as apresentações para come-çar às 10h.

As atividades terão como tema “Nossa gente, nossa história, nosso patrimônio” e vai contar a história dos 200 anos do município. Se-gundo a Prefeitura, a realização do desfile Macaé 200 anos atende a ne-cessidade de fomento das políticas públicas de incentivo às iniciativas culturais e educativas. Já no aspecto sociocultural destaca a participação e revitalização das bandas escolares, código cultural que integra alunos, instrutores e coreógrafos.

A programação vai contar com a revista da tropa, que será realizada pelo prefeito Dr. Aluízio e pelo co-mando do Forte Marechal Hermes e a expectativa é de que quatro mil pessoas compareçam ao evento. O desfile terá concepção artística, contando a história de Macaé em três grandes momentos: Macaé Colonial, Macaé Imperial e Macaé República e a parte histórica terá narrativa do grupo de contadores de história da secretaria de Educação.

A previsão é de que, em média, dois mil alunos dos ensinos Fun-damental e Médio e professores da rede municipal participem do

Evento será realizado na Avenida Elias Agostinho, Imbetiba.

evento, além ainda de estudantes da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes e do Colégio Aplicação (CAp), das corporações musicais das unidades municipais Professo-ra Maria Isabel Damasceno Simão, Carolina Curvello Benjamin, Elza Ibrahim, Oscar Cordeiro e Ancyra Gonçalves Pimentel, as bandas Corporação Luiz Reid, Veteranos de Macaé e Sociedade Musical Be-neficente Lyra dos Conspiradores.

O evento vai contar ainda com a participação das corporações do Forte Marechal Hermes, 9° Gru-pamento de Bombeiros Militar, Guarda Civil Municipal, Guarda Sênior, Defesa Civil e Marinha do Brasil, a Coordenadoria da Terceira Idade, Asilo Casa do Idoso, Associa-ção Macaense de Apoio aos Cegos (Amac), Associação de Pais e Ami-gos dos Excepcionais (Apae), Grupo de Escoteiros, Instituto Politécnico de Ensino, Lions Clube de Macaé, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Moto Clube, Pro-jeto Nova Vida e a Escola Munici-pal de Artes Maria José Guedes e representantes da secretaria de Educação.

Além ainda dos pelotões: “A natu-reza e os viajantes”; “A paisagem e os nativos”; “Os sete capitães”; “Os jesuítas e os padres seculares”; “O colonizador”; “D. João VI e a ata de criação de vila”; “A descrição da vila no olhar de Saint Hilaire”; “A visita de Darwin e a herança cultural afri-cana”; “A imigração suíça”; “A vida política e administrativa e a criação da prefeitura”; “Washington Luiz e a chegada da luz elétrica”; “A Ma-caé pintada por Seth”; “Especial de homenagem” e “A diversidade contemporânea”.

WANDERLEY GIL

Evento que este ano tem como tema “Nossa gente, nossa história, nosso patrimônio” já é uma tradição do município

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Novotel Macaé oferece garantia de renda mínima por dois anos

LANÇAMENTO

Empreendimento está localizado na Praia dos Cavaleiros e vai contar com 197 apartamentos de categoria superiorPatrícia / [email protected]

A Maio Empreendi-mentos, incorpora-dora ligada a um gru-

po construtor mineiro que atua no mercado há 40 anos e é parceiro da Hotelaria Accor há 15 anos, está oferecendo uma garantia de renda míni-ma de dois anos para quem adquirir uma unidade do No-votel Macaé.

O empreendimento está lo-calizado na Praia dos Cavalei-ros. “Só conseguimos oferecer uma garantia assim, porque conhecemos profundamente o segmento hoteleiro, confia-mos no negócio e temos um histórico de sucesso dos em-preendimentos que lançamos nesses 15 anos de parceria com a Accor”, destaca Jânio Valeriano, diretor da Maio Empreendimentos. Ele acres-centa que o envolvimento da Maio e da Accor com o suces-so do negócio é outro fator fundamental.

Na prática, a renda garanti-da funciona da seguinte for-ma: ao comprar uma unidade hoteleira, o cliente recebe um documento emitido pela Maio Empreendimentos junto com o contrato de compra e venda. Esse documento irá garantir ao investidor uma renda mínima nos primeiros dois anos de ope-ração do hotel. “A experiência conta muito nesse momento. É preciso fazer um estudo de to-do o empreendimento, avaliar o modelo de contrato, a localiza-ção, a operadora hoteleira res-ponsável, entre outros fatores”, explica o diretor.

No caso específico do No-votel Macaé, o investidor vai contar com a expertise de mais de 15 anos da parceria Maio e Accor, responsáveis por oito hotéis em operação no Brasil. “Ao entregar a carta de garantia mínima ao nosso cliente, mostramos para ele que confiamos e, mais do que isso, acreditamos e conhece-mos o produto que estamos oferecendo”, completa Jânio.

DIVULGAÇÃO

Empreendimento terá investimentos na ordem de R$ 80 milhões

Tranquilidade e segurançaUma das principais vanta-gens da renda garantida é a tranquilidade que o cliente terá ao comprar uma unidade do Novotel Macaé. Ele pode-rá, por exemplo, contar com os recursos para pagar as pres-tações por um prazo após a abertura do hotel. “Isso é par-ticularmente importante para o planejamento financeiro do investidor”, destaca Janio.

Além disso, a garantia de renda na fase inicial do em-

preendimento também dará segurança e conforto para o investidor. “A partir do mo-mento que o hotel se conso-lida, essa garantia deixa de ser necessária. Mesmo que a maturação do hotel aconteça em um prazo inferior, resol-vemos dar esse conforto ao investidor, e sem embutir ne-nhuma margem de segurança no preço de venda. Confiamos em nosso empreendimento”, explica Jânio

Rendimento garantido e alta valorização do imóvelO Novotel Macaé é uma das melhores opções de in-vestimento no Estado do Rio de Janeiro. De um lado, há perspectiva de alto retorno em função das elevadas taxas de ocupação garantidas pelo turismo de negócios gerado pela indústria do petróleo. De outro, se beneficia da cres-cente valorização imobiliária em Macaé, impulsionada pelo pré-sal.

De olho na valorização imo-biliária, a Maio escolheu a re-gião mais nobre de Macaé. O Novotel está estrategicamente localizado na Avenida Nossa Senhora da Glória, a uma qua-dra da Praia dos Cavaleiros, a região hoteleira por excelên-cia da cidade.

O histórico de sucesso dos

empreendimentos da Maio é o que melhor credencia a ex-pertise da empresa. Em cinco empreendimentos hoteleiros já entregues e em funciona-mento há mais tempo, a taxa de ocupação mensal variou entre 77% e 90% em 2012. A rentabilidade líquida anual, já deduzidos os impostos, variou entre 10% e 16% sobre o valor do investimento realizado pe-lo investidor, atualizado pelo IGPM.

O Novotel Macaé terá in-vestimentos na ordem de R$ 80 milhões e vai contar com 197 apartamentos de categoria superior. A rede possui apro-ximadamente 400 hotéis e re-sorts em 60 países. A previsão é que o hotel comece a operar no segundo semestre de 2015.

GRADUAÇÃO

Faculdade Salesiana oferece vagas para Transferência interna

A Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora (FSMA) de Macaé publicou, na úl-tima semana, o edital pa-ra o processo seletivo de Transferência interna. As vagas oferecidas são para os alunos que desejam migrar para o curso de Engenharia de Produção com ênfase em Engenharia de Instalações no Mar. De acordo com o edital, as inscrições são gratuitas e serão abertas na terça-feira, 30 e encerradas no dia 2 de agosto.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, não serão aceitas solicitações de transferência por aqueles que se encontram em situação de trancamento ou abandono.

O processo seletivo será re-alizado por meio da data de

As inscrições começam na terça-feira, 30 de julho e seguem até o dia 2 de agosto

início no curso de graduação de origem (matrícula mais antiga) e do coeficiente de rendimento que deverá ser igual ou superior a sete.

O resultado será divulgado no dia 05 de agosto e a efeti-vação da matrícula deve ser realizada até o dia 06 do mes-mo mês, sob pena de perda da vaga.

A Faculdade foi inaugurada na cidade no dia 6 de agosto de 2001 sob a ótica da razão, religião e amabilidade, com a missão de oferecer aos alunos oriundos do ensino médio a oportunidade de continua-rem seus estudos na educa-ção superior. Atualmente são oferecidos na instituição os cursos de Jornalismo, Publi-cidade e Propaganda, Psico-logia, Engenharia da Compu-tação, Engenharia Ambiental e Engenharia Química, Ad-ministração e Engenharia de Produção com ênfase em Engenharia de Instalações no Mar.

KANÁ MANHÃES

Vagas são para o curso de Engenharia de Produção com ênfase em Engenharia de Instalações no Mar

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