Notícias 2010

28/07/2010 19h03 - Atualizado em 28/07/2010 19h48

Cai número de mortos em confronto com a polícia em SP, diz PMNo segundo trimestre deste ano, polícia matou 128 que resistiram à prisão. Número é 21% menor do que os 155 mortos no segundo trimestre de 2009.

Roney DomingosDo G1 SP

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Cento e vinte e oito pessoas morreram em confronto com a polícia no

segundo trimestre deste ano em São Paulo em episódios conhecidos como

"resistência seguida de morte". O número é 21% inferior ao registrado no

segundo trimestre de 2009, quando 155 pessoas morreram em confrontos.

O número deste trimestre poderia ter sido menor não fosse o crescimento

de 22% das mortes em abril na comparação com o mesmo mês do ano

passado. "Só 17% dos que entram em confronto acabam falecendo. Muitos

atiram contra a polícia, mas de cada dez presos, apenas um acaba

falecendo", diz o comandante da Polícia Militar, coronel Álvaro Camilo.

De acordo com Camilo, a polícia de São Paulo se aproxima de outras

polícias do mundo no que diz respeito aos índices de letalidade. "Não nos

comparamos com outras polícias porque nosso objetivo é chegar a zero de

letalidade. Mas não podemos esquecer que existe uma ação contrária do

marginal do outro lado", afirma o comandante da PM.

De acordo com ele, a polícia adotou uma série de mecanismos para

controlar a letalidade da ação policial. Cada vez que há confronto com

morte, a ocorrência é acompanhada por uma oficial independente e pela

Corregedoria. Além disso, uma comissão da Secretaria da Segurança

Publica acompanha a evolução dos números e há controle de disparos de

arma de fogo.

De acordo com as estatísticas trimestrais da Secretaria da Segurança

Pública, entre abril e junho houve queda generalizada da criminalidade em

todo o estado de São Paulo. No entanto, as ocorrências policiais

relacionadas a estupro cresceram 160%. Segundo Camilo, essa variação

ocorreu por causa de mudanças na legislação que a tornaram mais rigorosa

para crimes sexuais.

Também cresceram 8,36% as ocorrências relacionadas a lesão corporal

culposa (sem intenção) por acidente de trânsito, segundo Camilo,

provavelmente por causa do aumento da frota de veículos em circulação. 

Cresceram ainda 10,72% as ocorrências relacionadas a tráfico de

entorpecente, segundo o coronel, uma boa notícia, porque mostra que a

polícia tem realizado um trabalho mais eficaz no combate às drogas.