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NORMA TÉCNICA ÁREA: Engenharia CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012 TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição VERSÃO NORMA: 2.0 Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum Revisado: Gilnei dos Santos Aprovado: Leandro Silva Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 1 de 81 SUMÁRIO CAPÍTULO I ......................................................................................................................................... 5 1. Objetivo ...................................................................................................................................... 5 2. Referências Normativas ............................................................................................................. 5 3. Definições .................................................................................................................................. 5 4. Elaboração e Apresentação de Projetos .................................................................................... 5 4.1. Elaboração ................................................................................................................................. 5 4.1.1. Proteção com Para-raios ............................................................................................................ 6 4.1.2. Critérios de Atendimento aos Consumidores.............................................................................. 6 4.1.3. Escolha do Traçado ................................................................................................................. 10 4.1.4. Parâmetros da Projeção TM para as aplicações da AES Sul em SIG ...................................... 12 4.2. Apresentação ........................................................................................................................... 12 4.2.1. Memorial Técnico Descritivo .................................................................................................... 13 4.2.2. Planta Construtiva .................................................................................................................... 13 4.2.3. Planta Chave............................................................................................................................ 14 4.2.4. Diagrama Unifilar e Cálculo Elétrico de Redes Secundárias .................................................... 14 4.2.5. Cálculo Elétrico de Redes Primárias ........................................................................................ 15 4.3. Elementos Necessários para a Análise .................................................................................... 15 4.4. Afastamentos Mínimos ............................................................................................................. 15 4.5. Afastamentos mínimos entre condutores e edificações ............................................................ 17 5. Afastadores .............................................................................................................................. 19 6. Seccionamento ........................................................................................................................ 19 7. Padrões de redes de distribuição e aplicação .......................................................................... 19 7.1. Padrão de Redes Primárias de Distribuição ............................................................................. 20 7.2. Padrão de Redes Secundárias de Distribuição ........................................................................ 20 8. Dimensionamento dos Condutores .......................................................................................... 21 9. Cruzamento.............................................................................................................................. 21 10. Aterramento ............................................................................................................................. 23 CAPÍTULO II ...................................................................................................................................... 25 REDES URBANAS ............................................................................................................................ 25 1. Objetivo .................................................................................................................................... 25 2. Projeto Elétrico ......................................................................................................................... 25 2.1.1. Distribuição Primária ................................................................................................................ 25 2.1.2. Distribuição Secundária............................................................................................................ 25 2.2. Determinação da Demanda...................................................................................................... 25 2.2.1. Projetos de Reformas: .............................................................................................................. 25 2.2.2. Projeto de Extensão de Rede, de Aumento de Carga e Desdobramento de Circuito: .............. 26 2.3. Transformadores de Distribuição.............................................................................................. 26 2.4. Cálculo Elétrico ........................................................................................................................ 27 2.5. Condutores............................................................................................................................... 28 2.6. Redes Multiplexadas ................................................................................................................ 31 2.6.1. Conectores ............................................................................................................................... 31 2.6.2. Condutores............................................................................................................................... 32 2.6.3. Suportes................................................................................................................................... 32 2.6.4. Ramais de Ligação................................................................................................................... 32 2.7. Proteção................................................................................................................................... 32 2.8. Loteamentos ............................................................................................................................ 33

NTD 002 - Projeto Distribuiçãoi

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NORMA TÉCNICA

ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 1 de 81

SUMÁRIO CAPÍTULO I ......................................................................................................................................... 5

1. Objetivo ...................................................................................................................................... 5

2. Referências Normativas ............................................................................................................. 5 3. Definições .................................................................................................................................. 5

4. Elaboração e Apresentação de Projetos .................................................................................... 5

4.1. Elaboração ................................................................................................................................. 5

4.1.1. Proteção com Para-raios ............................................................................................................ 6 4.1.2. Critérios de Atendimento aos Consumidores .............................................................................. 6

4.1.3. Escolha do Traçado ................................................................................................................. 10

4.1.4. Parâmetros da Projeção TM para as aplicações da AES Sul em SIG ...................................... 12 4.2. Apresentação ........................................................................................................................... 12

4.2.1. Memorial Técnico Descritivo .................................................................................................... 13

4.2.2. Planta Construtiva .................................................................................................................... 13 4.2.3. Planta Chave ............................................................................................................................ 14

4.2.4. Diagrama Unifilar e Cálculo Elétrico de Redes Secundárias .................................................... 14

4.2.5. Cálculo Elétrico de Redes Primárias ........................................................................................ 15

4.3. Elementos Necessários para a Análise .................................................................................... 15 4.4. Afastamentos Mínimos ............................................................................................................. 15

4.5. Afastamentos mínimos entre condutores e edificações ............................................................ 17

5. Afastadores .............................................................................................................................. 19 6. Seccionamento ........................................................................................................................ 19

7. Padrões de redes de distribuição e aplicação .......................................................................... 19

7.1. Padrão de Redes Primárias de Distribuição ............................................................................. 20

7.2. Padrão de Redes Secundárias de Distribuição ........................................................................ 20 8. Dimensionamento dos Condutores .......................................................................................... 21

9. Cruzamento.............................................................................................................................. 21

10. Aterramento ............................................................................................................................. 23 CAPÍTULO II ...................................................................................................................................... 25

REDES URBANAS ............................................................................................................................ 25

1. Objetivo .................................................................................................................................... 25 2. Projeto Elétrico ......................................................................................................................... 25

2.1.1. Distribuição Primária ................................................................................................................ 25

2.1.2. Distribuição Secundária............................................................................................................ 25

2.2. Determinação da Demanda ...................................................................................................... 25 2.2.1. Projetos de Reformas: .............................................................................................................. 25

2.2.2. Projeto de Extensão de Rede, de Aumento de Carga e Desdobramento de Circuito: .............. 26

2.3. Transformadores de Distribuição .............................................................................................. 26 2.4. Cálculo Elétrico ........................................................................................................................ 27

2.5. Condutores............................................................................................................................... 28

2.6. Redes Multiplexadas ................................................................................................................ 31

2.6.1. Conectores ............................................................................................................................... 31 2.6.2. Condutores............................................................................................................................... 32

2.6.3. Suportes ................................................................................................................................... 32

2.6.4. Ramais de Ligação ................................................................................................................... 32 2.7. Proteção ................................................................................................................................... 32

2.8. Loteamentos ............................................................................................................................ 33

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NORMA TÉCNICA

ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 2 de 81

2.8.1. Prescrições para Eletrificação de Loteamentos ........................................................................ 34 2.8.2. Planta Urbanística e Iluminação Pública .................................................................................. 34

2.8.2.1. Valores de Demanda ......................................................................................................... 34

2.8.3. Loteamento industrial de baixa tensão ..................................................................................... 34

2.9. Condomínio de prédios de múltiplas unidades consumidoras .................................................. 35 2.9.1. Condomínios atendidos com rede compacta na área interna ................................................... 35

2.9.2. Condomínios de edificações atendidos com transformador na via pública ............................... 37

2.9.3. Condomínios atendidos com transformador em subestação abrigada ...................................... 39 2.9.4. Condomínios de residências atendidos com transformador em via pública .............................. 39

2.9.5. Condomínios de residências atendidos com transformador na área interna ............................. 39

2.9.6. Mergulho subterrâneo na área do pórtico de entrada do condomínio ....................................... 39 2.9.7. Método de cálculo para escolha do transformador de condomínios verticais ........................... 40

3. Projeto Mecânico...................................................................................................................... 42

3.1. Cálculo Mecânico ..................................................................................................................... 42

3.1.1. Tração mecânica reduzida com aumento da flecha de montagem ........................................... 42 3.1.2. Aplicação da tração mecânica reduzida ................................................................................... 43

3.2. Estruturas ................................................................................................................................. 44

3.2.1. Regra do 1/3 nos projetos de redes.......................................................................................... 45 3.3. Estrutura de Alinhamento e Ângulo em Redes Primárias ......................................................... 45

3.4. Postes ...................................................................................................................................... 45

3.5. Ocupação ou Travessias de Faixas de Domínio e Cruzamentos .............................................. 46 3.6. Posicionamento dos postes da rede em função da Arborização ............................................... 46

CAPÍTULO III ..................................................................................................................................... 47

REDES DE DISTRIBUIÇÃO RURAL ................................................................................................. 47

1. Objetivo .................................................................................................................................... 47 2. Tipos de redes rurais ................................................................................................................ 47

3. Escolha do padrão de rede (convencional ou pilar) .................................................................. 47

4. Escolha do padrão de rede com cabo protegido XLPE ............................................................ 47 5. Critérios de Atendimento aos Consumidores ............................................................................ 47

6. Projeto Elétrico ......................................................................................................................... 48

6.1. Levantamento de Carga ........................................................................................................... 48

6.2. Cálculo Elétrico da Rede Secundária ....................................................................................... 48 6.2.1. Determinação da Classe do Consumidor ................................................................................. 48

6.2.2. Demanda Máxima dos Consumidores A, B e C ........................................................................ 49

6.2.3. Demandas Máximas dos Consumidores D ............................................................................... 49 6.2.4. Determinação da Carga Total Instalada ................................................................................... 49

6.2.5. Demanda dos Consumidores de Projetos de Reformas ........................................................... 49

6.2.6. Demanda dos Consumidores de Projeto de Extensão de Rede e aumento de carga: .............. 50 6.2.7. Diagrama Unifilar da Rede Secundária .................................................................................... 50

6.2.8. Fator de Potência para o Cálculo ............................................................................................. 50

6.3. Transformadores ...................................................................................................................... 50

6.3.1. Cálculo da Potência dos Transformadores ............................................................................... 50 6.3.2. Seleção da Potência Nominal dos Transformadores ................................................................ 51

6.4. Distribuição Primária ................................................................................................................ 52

6.4.1. Número de Fases ..................................................................................................................... 52 6.4.2. Amortecedores de Vibração ..................................................................................................... 52

6.4.3. Protetor para isolador ............................................................................................................... 52

6.5. Distribuição Secundária............................................................................................................ 52 6.5.1. Tensão Nominal ....................................................................................................................... 52

6.5.2. Tipo dos Circuitos..................................................................................................................... 52

6.5.3. Condutor Neutro ....................................................................................................................... 52

6.6. Estruturas ................................................................................................................................. 53

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ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 3 de 81

6.7. Cálculo Mecânico ..................................................................................................................... 54 6.7.1. Trações de Projeto ................................................................................................................... 54

6.7.2. Compensação do Esforço Resultante sobre a Estrutura e Escolha de Estais .......................... 54

6.8. Postes ...................................................................................................................................... 54

6.9. Condutores............................................................................................................................... 55 6.10. Aplicação ................................................................................................................................. 55

6.11. Bitolas padronizadas e tipo ...................................................................................................... 56

6.12. Aterramento de cercas e obstáculo .......................................................................................... 57 7. Vão .......................................................................................................................................... 59

7.1. Regra do 1/3 nos projetos de redes.......................................................................................... 60

8. Rede Monofilar com Retorno por Terra (MRT) ......................................................................... 60 8.1. Condições de Utilização ........................................................................................................... 60

8.2. Limite de Extensão dos Circuitos em CAA ............................................................................... 61

8.3. Traçado .................................................................................................................................... 61

8.4. Identificação da Fase ............................................................................................................... 61 8.5. Levantamento de Carga ........................................................................................................... 61

8.6. Demanda ................................................................................................................................. 61

CAPÍTULO IV .................................................................................................................................... 62 REDES COMPACTAS ....................................................................................................................... 62

1. Objetivo .................................................................................................................................... 62

2. Campo de Aplicação ................................................................................................................ 62 3. Condições Gerais ..................................................................................................................... 62

3.1. Recomendações ...................................................................................................................... 62

3.2. Sustentação dos Condutores ................................................................................................... 62

3.3. Proteção Contra Sobrecorrente ................................................................................................ 62 3.4. Proteção Contra Sobretensão .................................................................................................. 62

3.5. Localização dos Para-raios ...................................................................................................... 62

3.6. Seccionamento e Manobra ....................................................................................................... 62 3.7. Aterramento do Mensageiro ..................................................................................................... 63

3.8. Aterramento Temporário .......................................................................................................... 63

3.9. Transformadores de Distribuição .............................................................................................. 63

3.10. Estruturas ................................................................................................................................. 63 3.10.1. Postes ................................................................................................................................ 63

3.10.2. Cruzetas ............................................................................................................................ 63

3.10.3. Espaçador Losangular ....................................................................................................... 63 3.10.4. Travessias em Faixa de Domínio ....................................................................................... 63

3.10.5. Circuito Duplo .................................................................................................................... 63

3.10.6. Denominação das Estruturas da Rede Compacta.............................................................. 64 Critérios de Escolha da Estrutura ....................................................................................................... 64

CAPÍTULO V ..................................................................................................................................... 65

REDES PROTEGIDAS EM ESTRUTURA DA REDE CONVENCIONAL............................................ 65

1. Objetivo .................................................................................................................................... 65 2. Campo de Aplicação ................................................................................................................ 65

3. Definições ................................................................................................................................ 65

4. Disposições Gerais .................................................................................................................. 65 4.1. Recomendações ...................................................................................................................... 65

4.2. Proteção Contra Sobrecorrente ................................................................................................ 65

4.3. Localização dos Para-raios ...................................................................................................... 65 4.4. Seccionamento e Manobra ....................................................................................................... 66

4.5. Aterramento Temporário .......................................................................................................... 66

4.6. Transformadores de Distribuição .............................................................................................. 66

4.7. Tipos de Projetos ..................................................................................................................... 66

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CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

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4.7.1. Projetos de Reformas e Recondutoramento de Redes ............................................................. 66 4.8. Ferragens e Acessórios............................................................................................................ 66

5. Projeto Elétrico ......................................................................................................................... 66

5.1. Distribuição Primária ................................................................................................................ 66

5.2. Condutores............................................................................................................................... 67 5.3. Proteção ................................................................................................................................... 67

6. Projeto Mecânico...................................................................................................................... 67

6.1. Estruturas Básicas ................................................................................................................... 67 6.2. Estruturas Especiais ................................................................................................................. 67

6.3. Dimensionamento de Estruturas .............................................................................................. 68

6.4. Vãos ......................................................................................................................................... 68 6.5. Ângulos .................................................................................................................................... 68

6.6. Distâncias verticais e horizontais mínimas de segurança ......................................................... 68

6.7. Travessias ................................................................................................................................ 68

6.8. Circuito Duplo ........................................................................................................................... 68 6.9. Cruzamento Aéreo ................................................................................................................... 68

6.10. Postes ...................................................................................................................................... 68

CAPÍTULO VI .................................................................................................................................... 69 REDES DE DISTRIBUIÇÃO PARA ATENDIMENTO DO ART 3° DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 384 DE DEZEMBRO DE 2009 .................................................................................................................. 69

1. Objetivo .................................................................................................................................... 69 2. Critérios de Atendimento aos Consumidores ............................................................................ 69

3. Projeto Elétrico ......................................................................................................................... 69

4. Projeto Mecânicos e Disposição Física da Rede ...................................................................... 69

ANEXO A - Cálculo elétrico da rede secundária ................................................................................ 70 ANEXO B - Cálculo elétrico da rede primária ..................................................................................... 71

ANEXO C (1 de 2) - Configurações da rede secundária .................................................................... 72

ANEXO C (2 de 2) - Configurações da rede secundária .................................................................... 73 ANEXO D - Posicionamento da posteação em função da arborização .............................................. 74

ANEXO F - Relação de Consumidores .............................................................................................. 75

ANEXO G - Formulário para levantamento de carga ......................................................................... 76

ANEXO H – Planilha de Cálculo da Potência de Transformadores .................................................... 77 ANEXO J – Faixa de Servidão. .......................................................................................................... 78

ANEXO K - Exemplo de projeto ......................................................................................................... 79

ANEXO M – Correspondência de liberação de projeto....................................................................... 80 11. Vigência ................................................................................................................................... 81

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VERSÃO NORMA: 2.0

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Revisado: Gilnei dos Santos

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CAPÍTULO I

1. Objetivo

Esta Norma estabelece as condições mínimas exigíveis para a elaboração e apresentação de Projetos de Redes Aéreas de Distribuição de Energia Elétrica em média tensão (13,8 – 23,1kV) e baixa tensão (220/127 - 380/220V) e aplicáveis ao Sistema de Distribuição da AES Sul.

2. Referências Normativas

Constituem complemento desta, as seguintes normas e documentos:

NBR 5437Bucha para Transformadores sem Conservador de Óleo - Tensão Nominal 1,3 kV - 160 A, 400 A 800 A - Dimensões

NBR 5440 Transformadores para Redes Aéreas de Distribuição - PadronizaçãoNBR 5255 Materiais para Redes e Linhas Aéreas de Distribuição de Energia ElétricaNBR 15688 Rede de Distribuição aérea de energia elétrica com condutores nusNBR 5460 Sistemas Elétricos de PotênciaNBR 6231 Postes de Madeira – Resistência à FlexãoNBR 6232 Postes de Madeira – PreservativosNBR 6547 Ferragens de Linhas AéreasNBR 7285 Cabos de Potência com isolação, extrudados, de polietilenoNBR 8112 Cabos de Potência MultiplexadoNBR 8182 Cabos MultiplexadosNBR 8451 Postes de Concreto Armado para Redes de Distribuição de Energia Elétrica – EspecificaçãoNBR 8452 Postes de Concreto Armado para Redes de Distribuição de Energia Elétrica – PadronizaçãoNBR 8456 Postes de Eucalipto Preservado – EspecificaçãoNBR 8457 Postes de Eucalipto Preservado – PadronizaçãoNBR 9024 Cabos de Potência MultiplexadoNBR 11873 Cabos Aéreos Cobertos para regiões arborizadas com tensões de 15 e 25kVNR 10 Segurança em Instalação e Serviço em EletricidadeNTD 04 Padronização de Materiais de DistribuiçãoNTD 002.001 Tabelas Auxiliares

NTD 002.003Simbologia para Mapeamento, Projeto e Cadastramento de Linhas e Redes Aéreas de Distribuição

NTD 002.006 Terminologia Relacionada com Materiais e Equipamentos Utilizados em Linhas e Redes Aéreas NTD 002.005 Terminologia Usada em Operação e Manutenção de Linhas e Redes de DistribuiçãoNTD 002.008 Terminologia Usada em Projetos e Construção de Linhas e Redes de DistribuiçãoNTD 006 Ocupação ou Travessia de Faixas de Domínio por Redes de Distribuição de Energia ElétricaNTD 007 Compartilhamento de Infra-estruturas de Redes AéreasRIC - BT Regulamento de Instalações Consumidoras de Baixa TensãoRIC - MT Regulamento de Instalações Consumidoras de Média TensãoNTD 002.010 Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição 3. Definições

Ver norma específica a disposição na página da AES Sul na internet (www.aessul.com.br). 4. Elaboração e Apresentação de Projetos

4.1. Elaboração

Antes de iniciar o projeto, o projetista deve consultar a AES Sul para estabelecer o ponto de alimentação da futura rede, solicitando na oportunidade as demais informações necessárias para a elaboração do projeto.

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VERSÃO NORMA: 2.0

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Revisado: Gilnei dos Santos

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Os Projetos que contemplam extensão de rede ou ligação de nova carga em média tensão nos municípios de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha, Sapiranga, Ivoti e Dois Irmãos, devem, observar os seguintes critérios:

• Quando for prevista a utilização de rede monofásica, deve-se prever a utilização de redes bifásicas ou

trifásicas, conforme a necessidade do projeto, sendo, vetada a utilização de rede monofásica tipo MRT. • Quando for prevista a utilização de transformador monofásico do tipo monobucha, deve-se prever a

utilização de transformador tipo bifásica em MT (2 terminais de média tensão) ou trifásica (3 terminais de média tensão), conforme a necessidade do projeto. Sendo vetada, a utilização de transformadores de distribuição monofásico do tipo Monobucha (1 terminal de média tensão).

• Quando for previsto a utilização de equipamentos em média tensão (transformador, regulador de tensão, banco de capacitor, transformador de potencial – TP, gerador, etc.), deve-se prever ligações bifásicas ou trifásicas, conforme a necessidade do projeto, sendo vetada a ligação Fase-Terra destes equipamentos. A conexão destes equipamentos com a terra deve ser exclusivamente para a função de aterramento e proteção.

Na elaboração de projetos devem ser utilizados os símbolos e convenções prescritos na NTD 002.003 – Projeto de Redes de Distribuição - Simbologia e da ABNT. Quaisquer outros símbolos e convenções devem ser indicados nas respectivas plantas. Os desenhos devem ser feitos nos formatos especificados na ABNT.

O projeto deve atender o que estabelece a NR 10 - Segurança em Instalação e Serviço em Eletricidade.

O projeto deverá ser georreferenciado, conforme NTD 002.011 – Projetos Georreferenciados.

No anexo “M” encontra-se modelo de correspondência de liberação do projeto.

4.1.1. Proteção com Para-raios

Devem ser previstos pára-raios poliméricos com corrente de descarga de 10 kA e tensão compatível com a tensão nominal de operação da rede, conforme Tabela 1- salvo nos municípios constantes na tabela 2 - onde os para-raios a serem instalados devem ser com tensão nominal de 27 kV. Em todos os casos, os pára-raios devem estar de acordo com a NTD 004.008.025 - Para-raios de Distribuição Polimérico.

Tabela 1 - Tensão nominal dos para-raios

Classe de tensão Tensão nominal do para-raios15 kV 15 kV25 kV 24 kV

Tabela 2 - Relação de municípios em que devem ser utilizados para-raios de 27 kV

Araricá Picada CaféCampo Bom PortãoDois Irmãos Presidente Lucena

Estância Velha SanTa Maria do HervalIvoti São Leopoldo

Lindolfo Collor SapirangaMorro Reuter Sapucaia do Sul

Novo Hamburgo Taquara

Município

4.1.2. Critérios de Atendimento aos Consumidores

A fim de levar em conta as responsabilidades sobre a manutenção e a operação das redes a serem projetadas, deverão ser observados os critérios de atendimento descritos a seguir: • Toda propriedade deverá receber energia em um único ponto de alimentação, que deverá situar-se no

limite da via pública com o imóvel em que se localizar a unidade consumidora;

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TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 7 de 81

• Para os efeitos desta Norma, entende-se por propriedade a extensão de terras contínua, pertencente a um único dono ou a vários donos em condomínio;

• Os ramais de ligação em MT pertencerão a AES Sul, sempre que estiverem em via pública; • Não será permitido o cruzamento de ramais particulares sobre vias públicas; • Para definição do fornecimento e do tipo de medição em BT ou MT, deverá ser consultado o Regulamento

das Instalações Consumidoras em Média Tensão – RIC MT. Independente da definição do posto de medição previsto no regulamento, este deve ser exclusivo para medição e respeitar os afastamentos mínimos conforme NBR15688 e NR 10 do ponto de conexão;

• No caso de medição em MT, a mesma deverá ser prevista no poste mais próximo à via pública, dentro da propriedade.

• O ponto de entrega é a conexão do sistema elétrico da distribuidora com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, exceto quando:

• A unidade consumidora, em área rural, for atendida em tensão secundária de distribuição, caso em que o ponto de entrega situar-se-á no local de consumo, ainda que dentro da propriedade do consumidor, observadas as normas e padrões da AES Sul;

• A necessidade de projetar a rede de baixa tensão na propriedade do consumidor ocorre nos casos em que o centro de carga encontra-se a uma distância superior a 40 metros da divisa da via pública com a propriedade;

Local deConsumo

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X X XVia

Púb

lica

Ponto deEntrega

PropriedadeConsumidor BT

Galpão

Galpão

X

X

X

X

X

X

X

X

Obs.: Imagem Ilustrativa

Rede AES Sul

X

X

X

Ponto deEntrega

Local deConsumo

40 mMáx.

PropriedadeConsumidor BT

X

Figura 1 - Representações do caso com ponto de ent rega no local de consumo, dentro da propriedade do consumidor.

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NORMA TÉCNICA

ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 8 de 81

Local deConsumo

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Via

Púb

lica

Ponto deEntrega

(PE)

PropriedadeConsumidor BT

Galpão

Galpão

X

X

X

X

X

Obs.: Imagem Ilustrativa

Rede AES Sul

Figura 2 - Representações do caso com ponto de ent rega no local de consumo, dentro da propriedade do consumidor.

Local deConsumo

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Ponto deEntrega

(PE)

Propriedade B

X

X

X

X

X

X

Obs.: Imagem Ilustrativa

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Propriedade AConsumidor BT

Rede AES Sul

Figura 3 - Representações do caso com ponto de ent rega no local de consumo, dentro da propriedade do consumidor.

• A unidade consumidora, em área rural, for atendida em tensão primária de distribuição e a rede elétrica da

distribuidora não atravessar a propriedade do consumidor, caso em que o ponto de entrega situar-se-á na primeira estrutura de derivação da rede na propriedade do consumidor;

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VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 9 de 81

Local deConsumo

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Via

Púb

lica

Ponto deEntrega

(PE)

PropriedadeConsumidor MT

Galpão

Galpão15 mMáx.

X

X

X

X

X

X

X

Obs.: Imagem Ilustrativa

Rede Particular

RedeAES Sul

Figura 4 - Representações do caso com ponto de ent rega primeira estrutura de derivação da rede na pro priedade do consumidor.

• A unidade consumidora, em área rural, for atendida em tensão primária de distribuição e a rede elétrica da

distribuidora atravessar a propriedade de terceiro não solicitante, caso em que o ponto de entrega situar-se-á na primeira estrutura de derivação da rede nessa propriedade;

Ponto deEntrega

(PE)

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Rede ParticularRedeAES Sul

Figura 5 – Representação do caso com ponto de entre ga na primeira estrutura de derivação da rede na pr opriedade do

consumidor, quando a rede atravessa propriedade de terceiro não solicitante.

• A unidade consumidora, em área rural, for atendida em tensão primária de distribuição e a rede elétrica da distribuidora atravessar a propriedade do solicitante, caso em que o ponto de entrega situar-se-á na estrutura de derivação da rede nessa propriedade;

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VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

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Local deConsumo

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Ponto deEntrega

(PE)

Propriedade AConsumidor MT

X

X

X

X

X

X

Obs.: Imagem Ilustrativa

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Rede ParticularRede

AES Sul

Figura 6 – Representação do caso com ponto de entre ga na estrutura de derivação de rede, passante na p ropriedade do

consumidor. • Tratar-se de condomínio horizontal, onde a rede elétrica interna não seja de propriedade da distribuidora

(rede subterrânea), caso em que o ponto de entrega situar-se-á no limite da via pública com o condomínio horizontal;

• Tratar-se de condomínio horizontal, onde a rede elétrica interna seja de propriedade da distribuidora (padrão de rede AES Sul), caso em que o ponto de entrega situar-se-á no limite da via interna com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora;

• Tratar-se de ativos de iluminação pública, pertencentes ao Poder Público Municipal, caso em que o ponto de entrega situar-se-á na conexão da rede elétrica da distribuidora com as instalações elétricas de iluminação pública;

• Havendo interesse do consumidor em ser atendido por ramal de entrada subterrâneo a partir do poste de propriedade da distribuidora, observadas a viabilidade técnica e as normas da distribuidora, o ponto de entrega situar-se-á na conexão deste ramal com a rede da distribuidora, desde que esse ramal não ultrapasse propriedades de terceiros ou vias públicas, exceto calçadas;

• Deve ser projetada a extensão de rede aérea atravessando a via pública para o atendimento de consumidores com interesse em ter o ramal de entrada subterrâneo. Isso se aplica na unidade consumidora, quando localiza no lado oposto à rede de distribuição em relação à via, observadas a viabilidade técnica. O ponto de entrega situar-se-á na conexão deste ramal subterrâneo com a extensão de rede da distribuidora.

Notas: 1) O consumidor titular de unidade consumidora do grupo A é responsável: pelas instalações necessárias ao abaixamento da tensão, transporte de energia e proteção dos sistemas além do ponto de entrega; 2) Toda propriedade deve receber energia em um único ponto de entrega, 3) A unidade consumidora, em área rural, atendida em tensão primária de distribuição deve ter no ponto de entrega uma estrutura tipo N3 ou N4, conforme NTD 003.001 Estrutura de Rede Aérea; 4) Não é permitido o cruzamento de ramais particulares sobre vias públicas; 5) A primeira estrutura da unidade consumidora, em área rural, atendida em tensão primária de distribuição deve ter distância inferior a 15 metros da rede da distribuidora. 4.1.3. Escolha do Traçado

Consistem na definição do posicionamento da rede, de acordo com o planejamento prévio, devendo ser observados os seguintes aspectos: •••• Os postes da rede a ser projetada devem estar localizados sempre que possível no mesmo lado das

diversas ruas e em alinhamento com redes elétricas existentes;

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Revisado: Gilnei dos Santos

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•••• Prever postes em ambos os lados de vias públicas cuja largura seja igual ou superior a 25m, havendo previsão de instalação de rede de baixa tensão ou quando a Prefeitura Municipal o exigir;

•••• Os postes devem ser localizados preferencialmente nas divisas dos terrenos ou, quando não for possível, no centro das testadas dos terrenos;

•••• Evitar a localização de postes em frente a entradas de residências, lojas, garagens, postos de combustíveis;

•••• Os postes somente poderão ser localizados no centro das vias públicas quando houver canteiros centrais, cujas dimensões permitam inscrever um círculo de diâmetro de 1m com centro no eixo do poste e cuja altura dos meios-fios seja, no mínimo, 0,15m;

•••• Os postes poderão ser previstos no centro de vias públicas sem canteiro central, desde que exista um termo de compromisso da Prefeitura Municipal assegurando a execução dos canteiros, de acordo com o estabelecido no item anterior, antes da construção da rede elétrica;

•••• Evitar a localização de postes em centros de cruzamentos de ruas ou avenidas. Isto poderá ser feito, desde que haja canteiro cujas dimensões permitam inscrever um círculo de 2m de diâmetro, no mínimo, com centro no eixo do poste, e protegida por defensa quando necessário;

•••• Em projetos de redes novas, vãos de rede MISTA ou BT maiores que 35m, devendo ser observadas as exigências da Prefeitura Municipal, devido à previsão de iluminação pública;

•••• Os vãos devem ser escolhidos de modo que o vão livre dos ramais de ligação não seja maior do que 30m; •••• Observar que onde houver previsão de BT, o número máximo de derivações de ramais de ligação

permitido por poste é quatro para cada lado da rua;1 •••• Em derivação de BT, a rede pode derivar num lado da esquina com poste afastado, no máximo, 10 m do

alinhamento da testada dos prédios e, do outro lado da esquina, com poste afastado de 1 m do alinhamento da testada dos prédios. Os condutores deste vão são montados com tração mecânica reduzida. Não é permitido o cruzamento da rede sobre terrenos de terceiros;

•••• Nas esquinas, nenhum poste poderá estar a menos de 1 m do alinhamento da testada dos prédios; •••• Evitar, sempre que possível, a instalação de transformadores a menos de 15 m das esquinas; •••• Não projetar transformador em deflexões ou derivações de ramais primários; •••• Posicionamento dos postes em áreas com arborização (ver item 3.6 do capítulo 1 ); •••• Deverá ser previsto, no projeto, em redes urbanas, o uso de estruturas tipo M, visando evitar futuros

deslocamentos por questões de segurança, salvo as estruturas do tipo 3 e 4. Essas devem ser preferencialmente do tipo “N3” e “N4”.

•••• Atender aos afastamentos mínimos dos condutores das edificações; •••• O eixo da rede deve passar o mais próximo possível dos centros de carga; •••• O traçado, sempre que possível, deve ser de fácil acesso, visando maior facilidade de construção,

operação e manutenção; evitar, sempre que possível os traçados através de matos, pântanos áreas de preservação ambiental e culturas em geral;

•••• Utilizar, quando houver, as faixas de domínio de rodovias; •••• Evitar deflexões em excesso; •••• Evitar travessias desnecessárias sobre ferrovias e rodovias federais e estaduais; •••• Evitar cruzamentos com linha de transmissão, de distribuição e de telecomunicações; •••• No caso de redes passando nas proximidades de aeroportos, deve-se consultar a concessionária; •••• Não é permitido o traçado sobre casas ou qualquer outra edificação. A escolha do traçado da RDR deve ser feita adotando-se exploração locada ou locação em perfil, definindo com precisão a posição e os comprimentos dos postes, os comprimentos dos vãos e os ângulos de deflexão, devendo ser observado o seguinte: •••• A locação dos postes no terreno deve ser feita por meio de piquetes devidamente numerados, pintados,

com dimensões mínimas de 4x4x20cm; •••• As deflexões podem ser medidas com trena, utilizando-se a tabela da NTD 002.001.008 – Deflexões ou

com teodolito; •••• Os comprimentos dos vãos podem ser determinados com GPS; •••• Na locação dos postes devem ser procurados os vãos máximos permitidos pelo terreno, levando-se em

consideração os comprimentos recomendados dos postes, as flechas dos condutores e as distâncias 1

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Revisado: Gilnei dos Santos

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mínimas admissíveis entre o condutor mais baixo e o solo. Também se deve priorizar a aplicação dos postes padronizados pela concessionária e as distâncias máximas permitidas do vão;

•••• Os vãos de rede na área rural de MT devem ser conforme o expresso no capítulo de rede rural deste documento. Os limites de aplicação das estruturas estão estabelecidos na NTD 002.002 - Gráficos para Escolha de Estruturas Redes de Distribuição Rural;

•••• Os afastamentos mínimos entre condutores de baixa tensão, em função do comprimento dos vãos, devem estar de acordo com a Tabela 3.

Tabela 3 – Afastamentos dos Condutores de BT Vão (m) Afastamento (mm)até 50 200

acima de 50 até 80 400

•••• O projeto da rede de distribuição (sem o seccionamento do cabo), não é permitido vãos adjacentes com diferença nos seus comprimentos superior a 1/3 (um terço) do vão adjacente maior. Quando não for possível, deve ser consultar a área técnica de projetos.

•••• Durante o levantamento do traçado devem ser anotados todos os obstáculos naturais e artificiais do terreno, bem como a posição de cada consumidor, com seu número de ordem.

•••• Não é permitido projetar o poste a uma distância menor de 5 metros do “barranco” de terrenos que sofreram a retirada de terra por escavação e não está coberto por vegetação.

4.1.4. Parâmetros da Projeção TM para as aplicações da AES Sul em SIG

Os parâmetros adotados para a Projeção TM customizada encontram-se disponíveis na norma NTD 002.011 – Padrão de Projetos Georreferenciados. 4.2. Apresentação

Todos os elementos componentes do projeto deverão ser assinados por responsável técnico habilitado, indicando o respectivo número de registro no CREA/CONFEA, bem como pelo(s) proprietário(s) da obra. A anotação de Responsabilidade Técnica (ART) deve ser anexada depois de efetuado o pagamento da taxa. O interessado deve apresentar o projeto global da eletrificação de loteamento, extensão ou reforma de rede, de acordo com esta Norma, juntamente com a liberação dos órgãos oficiais (quando aplicável) e em conformidade com a legislação vigente. Deve acompanhar requerimento solicitando liberação do projeto e liberação da carga prevista em uma via, assinado pelo proprietário ou seu representante legal, devendo constar do mesmo:

•••• O projeto deve ser entregue em 3 vias, obrigatoriamente em folhas “A3”, “A2” ou “A1”. Casos especiais

devem ser consultados junto a Central de Projetos da AES Sul; •••• O traçado deve ser feito de maneira a detalhar a área projetada, preferencialmente utilizando as escalas

(1:1000, 1:2000 ou 1:5000) contendo todos os dados urbanísticos, bem como os demais dados colhidos na inspeção do local, tais como posicionamento de redes elétricas e de telecomunicações, árvores de grande porte existentes, outros obstáculos bem como qualquer ponto notável;

•••• A rede deve ser projetada desde o ponto de alimentação na rede primária existente; •••• Endereço para correspondência, com indicação do técnico que deverá tratar junto à AES Sul referente ao

projeto; •••• Nos projetos de reformas parciais, poderão ser dispensados os seguintes elementos desta Norma:

a) Planta chave; b) Diagrama unifilar e cálculo elétrico da rede primária; c) Critérios de proteção e aterramento.

Notas : 1) A AES Sul terá 30 dias para proceder na análise do projeto de rede secundária de distribuição e 45 dias para rede primária; 2) A validade do projeto global é de 2 (dois) anos, a partir da data de sua liberação.

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4.2.1. Memorial Técnico Descritivo

• O Memorial Técnico Descritivo deve conter informações técnicas sobre o projeto, descrevendo os seguintes tópicos:

•••• Objetivo da obra, tipo de consumidores que serão atendidos, economia básica da região ou zona; •••• Localização geográfica da obra, município, distritos abrangidos, local da tomada de energia, coordenadas

geográficas e pontos de referência, quando necessário; •••• Tensão nominal de operação, classe de isolação, número de fases, seção e tipo de condutores do

alimentador existente e número de equipamento de referência; •••• Relação de consumidores de força com as respectivas cargas instaladas em kVA, indicando a atividade; •••• Quando não se tratar de loteamentos, deverão ser indicados os critérios de demanda e os de

diversificação usados nos cálculos elétricos. Quando usados critérios diferentes, deverão ser descritos e justificados;

•••• Características das redes primária e secundária indicando tensões nominais de operação, classe de isolação, tipos de condutores, número de fases, estruturas predominantes de MT, BT, tipos e altura dos postes;

•••• Características principais dos transformadores a serem usados, tais como indicação da classe de tensão e características de chaves fusíveis e pára-raios;

•••• Critérios de proteção adotados: para aterramento, deverão ser seguidas as prescrições desta NTD e Regulamento de Instalações Consumidoras;

•••• Tipos e características dos materiais a serem empregados; •••• Indicação da extensão das redes de média tensão, baixa tensão e mista, quantidade de transformadores

previstos e soma das potências, em kVA; •••• Previsão de cargas para iluminação pública (quando aplicável); •••• Indicação dos aterramentos dos equipamentos e cercas. •••• Deve constar no memorial técnico a seguinte frase: Todos os materiais a serem aplicados na obra são

novos e conforme a especificação técnica da AES Sul.

Nota: Deverão ser detalhadas neste item, informações adicionais de interesse para o perfeito entendimento do projeto.

4.2.2. Planta Construtiva

Devem constar nas plantas construtivas os seguintes itens: •••• Título da obra; •••• Município e distrito; •••• Nome do proprietário; •••• Nome e número do CREA, título de habilitação e endereço do responsável técnico; •••• Acima do selo, deve haver espaço destinado à aprovação da AES Sul, nas dimensões mínimas de 17,5 x

15cm (conforme ANEXO K); •••• Número de fases, seção, tipo dos condutores, altura dos postes e comprimento dos vãos; •••• Linhas de transmissão com as respectivas tensões nominais; •••• Telecomunicações e de TV dos cabos existentes; •••• Estruturas de MT e BT; •••• Ângulos de deflexão; •••• Estaiamentos de poste a poste e de cruzeta a poste; •••• Ramais de ligação; •••• Equipamentos de proteção e manobra da rede de média tensão; •••• Transformadores, inclusive os particulares, indicando número de ordem, número de fases e potências; •••• Chaves, pára-raios e aterramento; •••• Ponto de alimentação, constando de: indicação de pelo menos dois vãos de rede existente para cada lado

da derivação, tipo de estruturas e altura de postes, número de fases, seção e tipo de condutores, tensão nominal de operação, classe de isolação e ângulo de derivação; quando solicitado, quadro resumo com o comprimento de redes, número de fases e tipos de redes (MT, BT e MISTA);

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•••• Localização dos consumidores; •••• Numeração dos lotes e quadras (para loteamentos) ou indicação das ruas e números dos prédios

existentes; •••• Detalhes de arranjos especiais de estruturas não previstos nas padronizações; •••• Ferrovias, rodovias federais e estaduais, estradas municipais, caminhos particulares e vegetação existente

devidamente identificado; •••• Detalhe de situação com a localização de rede e indicação do norte geográfico; •••• Para disposição dos ramais de ligação aéreos, indicar os lotes que deverão ser ligados em cada poste

com numeração e limites de circuitos; •••• Simbologias padronizadas; •••• Identificação da tração mecânica reduzida conforme norma de simbologia. Para zonas tipicamente rurais, deve conter os seguintes itens adicionais: •••• Aterramento de cercas e divisas de propriedades rurais; •••• Numeração de ordem dos postes para projetos com exploração locada e indicação e numeração de

piquetes para projetos com locação em perfil; •••• Acidentes geográficos, como rios, arroios, açudes, lagos, peraus, taludes, matos e pântanos; •••• Parreirais e outras culturas; •••• Indicação dos trechos de limpeza de faixa (roçada, desmatamento ou abate ou poda de árvores isoladas); •••• Para detalhes de arranjos de estruturas especiais não previstas nas padronizações e/ou de elementos

solicitados nas alíneas anteriores, quando a escala utilizada dificultar sua compreensão; •••• Mapa de localização.

Nota: O desenho poderá apresentar cortes, desde que seja indicada a orientação em relação ao norte indicado na folha, para todos os trechos daquela folha.

4.2.3. Planta Chave

A planta chave deve ser apresentada quando a planta construtiva apresentar mais de duas folhas, entregue em 1 via, obrigatoriamente em folhas “A2” ou “A1”. Casos especiais devem ser consultados junto à Central de Projetos da AES Sul.

•••• Traçado da rede primária; •••• Chaves e transformadores convenientemente identificados; •••• Acidentes do terreno, naturais ou artificiais, linhas existentes de qualquer tipo; •••• Indicação do norte geográfico; •••• Indicação da parte abrangida por cada folha da planta construtiva. 4.2.4. Diagrama Unifilar e Cálculo Elétrico de Rede s Secundárias

No diagrama unifilar, desenhado na planilha de cálculo de queda de tensão (ver ANEXO A), devem ser indicados as demandas diversificadas e cargas nos pontos. Essas cargas podem ser do tipo distribuído no trecho ou no ponto. Quando marcamos um ponto em um cruzamento e não temos carga, devemos indicar na planilha o valor 0kVA. Na planilha de cálculo da queda de tensão devemos incluir as cargas distribuídas e no ponto conforme o diagrama unifilar do circuito em estudo. As cargas demandas dos consumidores devem ser em expressa em kVA e os comprimentos dos trechos em metros. Nota: O cálculo elétrico deve ser apresentado no formato da planilha do programa de cálculo de queda de tensão disponível na página da AES Sul com o respectivo diagrama unifilar. O diagrama unifilar deve ser elaborado em outra folha.

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4.2.5. Cálculo Elétrico de Redes Primárias

No diagrama unifilar, desenhado na planilha de cálculo de queda de tensão (ver ANEXO B), devem ser indicados os transformadores com suas potências em kVA e os comprimentos dos trechos em quilômetros.

Nota : O diagrama unifilar deve ser sempre apresentado, já o cálculo elétrico, quando solicitado.

4.3. Elementos Necessários para a Análise

• Carta de apresentação (1 cópia) • ART de projeto e/ou execução (1 cópia) • Relação de consumidores (1 cópia), conforme ANEXO F • Procuração (1 cópia) • Planilha de carga assinada pelo consumidor (3 cópia) • Memorial Técnico Descritivo (3 cópia) • Unifilar do percentual ponto a ponto da queda de tensão na planta. O cálculo da queda de tensão é obtido

através do programa disponível na página da AES Sul • Planilha para cálculo da potência do transformador (1 cópia), conforme ANEXO H • Planta construtiva • Planta chave (quando especificado) • Planta de situação (quando especificado) • Diagrama unifilar e cálculo elétrico da rede secundária (ANEXO A) • Diagrama unifilar e cálculo elétrico de rede primária deverão ser apresentados quando solicitado pela

concessionária. (ANEXO B); • Autorização de passagem assinada pelos proprietários; • Informações sobre a necessidade de licença ou autorização ambiental; • Apresentação do projeto deverá ser em meio magnético georreferenciado, conforme NTD 002 011 –

Padrão de Projetos Georreferenciados. 4.4. Afastamentos Mínimos

Os afastamentos mínimos que constam nas tabelas são relativos às partes energizadas e não do ponto de fixação.

Tabela 4 – Entre condutores de circuitos diferentes

u ≤ 1 1 ≤ U ≤ 15 15 < U ≤ 36,2comunicação 600 1400 1800

U ≤ 1 600 800 10001 ≤ U ≤ 15 - 800 900

15 < U≤ 36,2 - - 900

Tensão U - kV - Circuito superior

Afastamento mínimo - (mm)

Tensão U - kV - circuito

inferior

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Tabela 5 - Entre os condutores e o solo

Ruas avenidas 5000 5500 6000

Rodovias federais 7000 7000 7000

6500 6500

Vias exclusivas de pedestre em áreas urbanas

3000 3500 5500

Tensão - U - (kV)

3000 4500 5500

Ferrovias não eletrificadas e não eletrificáveis

Comunicação e cabos aterrados

U ≤ 1 1 ≤ U ≤ 36,2

4500

6500

4500 6000

6000 6000 9000

Natureza do logradouro

Vias exclusivas de pedestre em áreas rurais

Estradas rurais e áreas de plantio com tráfico de máquinas agrícolas

Entradas de prédios e demais locais de uso restrito a veículos

Afastamento mínimo (mm)

Não são permitidas construções civis sob as redes de distribuição. Em área rural, devem ser obedecidos os valores da faixa de segurança e na área urbana, as situações apresentadas no item 4.5.

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4.5. Afastamentos mínimos entre condutores e edific ações

Figura 7 - Exemplificação dos afastamentos

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Figura 8 - Exemplificação dos afastamentos

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Se o afastamento vertical entre os condutores e as sacadas, terraços ou janelas for igual ou maior do que as dimensões apresentadas na Figura 7, não se exige o afastamento horizontal da borda da sacada, terraço ou janela apresentadas na Figura 7, porem o afastamento da Figura 8 das paredes de edificações deve ser mantido.

O afastamento mínimo para casos especiais sob as redes de distribuição está destacado na Figura 9.

Figura 9 - Afastamentos mínimos para casos especiai s

Notas: 1) Dimensões em milímetros. 2) O raio de 2500 mm se aplica a qualquer estrutura, inclusive redes de telecomunicações e TV a cabo.

5. Afastadores

Os postes com transformador devem ser instalados uma ou duas peças de afastadores para rede secundária, conforme necessidade, sempre que houver previsão de ligações pelo lado da frente do transformador. Quando as ligações previstas forem atrás do poste, não há necessidade de instalar os afastadores.

6. Seccionamento

A aplicação da rede a chave faca unipolar, na área urbana, deve ser de capacidade nominal de 630 A para classe de tensão de 15kV e 25kV. Para a área rural a capacidade nominal é de 400 A. Ver especificação técnica na ETD 002.002. 7. Padrões de redes de distribuição e aplicação

• Rede Convencional (MT): Rede de distribuição com condutores nus (CA) ou (CAA), suportados através de isolador pilar de porcelana, instalada em postes com cruzetas, conforme NTD 003.001 - ESTRUTURA REDE AÉREA.

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ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

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• Rede Compacta (MT): Rede de distribuição com condutores de alumínio (CA) protegidos com cobertura XLPE, instalados com espaçadores horizontais ou losangulares e sustentados por mensageiro (CAA), conforme NTD 003.002 - ESTRUTURA REDE COMPACTA.

• Rede protegida (MT): Rede de distribuição com mesma estrutura das redes convencionais, mas com condutores com cobertura XLPE – protegidos - suportados através de isolador pilar polimérico e instalada em postes com cruzetas, conforme NTD 003.001 - ESTRUTURA REDE AÉREA.

• Rede pilar (MT): Rede de distribuição com condutores de alumio nus (CAA), com isoladores de porcelana diretamente fixados aos postes, conforme NTD 003.004 - ESTRUTURA REDE PILAR

7.1. Padrão de Redes Primárias de Distribuição

• Área urbana: o padrão da rede nova é do tipo compacta com cabo protegido. Os projetos de recondutoramento podem ser com cabo protegido em estrutura com cruzeta. Ver Tabela 6.

• Área rural: rede convencional, com condutor nu com alma de aço, salvo nos casos estabelecidos na

Tabela 7.

7.2. Padrão de Redes Secundárias de Distribuição

Área urbana: rede secundária multiplexada, com cabos multiplexados.

Área rural: rede com condutor nu com alma de aço para circuito bifásico e monofásico. Circuitos trifásicos a rede com condutor multiplexado.

A Tabela 6 indica os tipos de redes existentes na área de concessão e sua aplicação.

Tabela 6 - Padrão de redes de distribuição

TIPOS ÁREA URBANA (aplicação) ÁREA RURAL (aplicação)

Rede Compacta (MT)Projeto de novas redes e

recondutoramento em local densamente arborizado

Existência de bosques, matas e densidade de árvores junto ou no

alinhamento da rede

Rede Convencional (MT)

Projeto de novas redes com extensão de no máximo 120

metros, manutenção, recondutoramento e

complementação de rede nua existente, condutor (CA)

Padrão de rede condutor (CAA) (*)

Rede Protegida (MT)Projetos de recondutoramento em

locais arborizadosExistência de árvores espaçadas no

alinhamento da rede

Rede Pilar (MT) Não aplicávelProjeto com grande extensão de

rede de MT “alimentadores expressos”

Rede Multiplexada (BT) Padrão de rede Rede para circuitos trifásicos

Rede Convencional (BT) condutor (CAA)

Não aplicávelPadrão de rede monofásica,

bifásica, complementação de fase e manutenção

Rede Convencional (BT) condutor (CA)

Manutenção emergencial e complementação de fase

Não aplicável

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VERSÃO NORMA: 2.0

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Revisado: Gilnei dos Santos

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(*) Salvo a aplicação do cabo 2 (CA) em derivação de rede de MT em TMR, apresentado no tópico de TMR.

8. Dimensionamento dos Condutores

Os condutores da rede primária deverão, inicialmente, ser dimensionados para a capacidade de condução da corrente de até 60% em relação à nominal. Os condutores da rede secundária até 60% da capacidade nominal para ambos os lados do transformador, respeitando sempre a bitola mínima do condutor tronco especificado por esse documento.

A Tabela 7, apresenta a capacidade de corrente a ser projetada dos condutores existentes na rede.

Tabela 7 - Capacidade de corrente

(MT) (BT) 75°C 50°C 50°C

4AWG 114 101 1132AWG 152 138 1501/0 AWG 203 184 1952/0AWG 235 215 2203/0AWG 271 250 2524/0 AWG 314 293 282336,4 AWG 419 395 410

50 mm²

70 mm²

95 mm²

150 mm²

185 mm²

Condutor alumínio Multiplexcom Cobertura em XLPE

3x1x35+35mm²

3x1x50+50mm²3x1x70+70mm²

3x1x120+70mm²Condutor de Cobre Nu

6AWG4AWG2AWG1/0 AWG2/0AWG3/0AWG4/0 AWG

412477

262

Area Urbana (CA)

305354

171192

(MT) 90°C

Aerea Urbana ou Rural

121163226

Aerea Urbana ou Rural

129

224280

Condutor de Alumínio nuArea Rural (MT e BT)

(CAA)

Aerea Urbana ou Rural(BT) 90°C

450343

500

Corrente Nominal (A)

Condutor de Alumínio com cobertura em XLPE

9. Cruzamento

Rede convencional de média tensão O primeiro critério define que a posição da rede do circuito tronco sempre deve ficar no nível superior. Esse critério é determinante. Também se aplica para rede de média tensão derivando para um novo ramal projetado. A nova rede que deriva do ramal de média tensão deve ficar na posição inferior.

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O segundo critério determina que os condutores de maior seção (com conexão elétrica) passam sobre os de menor seção; A distância do cruzamento entre redes de média tensão convencional (cabos nus) não deve ser inferior a 0,80 metros. Ver Figura 10 com os detalhes da altura dos postes no cruzamento.

12metros

REDEDERIVAÇÃO

12metros

11metros

REDETRONCAL

Figura 10 - Distância de cruzamento para terreno pl ano

Rede compacta (RDC) e convencional

Em cruzamentos aéreos de RDC com a rede convencional, instalar a rede compacta em nível superior, efetuando os jumpers com cabo de alumínio coberto e mantendo a distância mínima de 0,80 entre os cabos. Rede de baixa tensão

Projetos com o cruzamento da extensão da rede multiplexada nova com rede nua existente (condutor de alumínio) permite-se duas opções: Opção 1: O vão da rede de BT nua do cruzamento deve ser projetada multiplexada, Opção 2: Projetar rede nua no vão do cruzamento de BT e realizar a ancoragem na próxima estrutura do cruzamento, a partir desta, projetar a extensão da rede nova multiplexada. A rede de BT existente do cruzamento deve estar obrigatoriamente regulada. Os projetos com o cruzamento da rede multiplexada nova com rede nua existente (condutor de cobre) deve ser projetado com rede multiplexada. O projeto de recondutoramento da troncal da rede nua por multiplexada os cruzamentos entre a rede troncal com os ramais devem ser com rede multiplexada. O cruzamento com conexão elétrica no meio do vão deve obedecer ao exemplo da figura que segue:

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ver detalhe A

Fases B

CA

Fases

B

C

A

y

X

conectorcunha

800m

m

Figura 11 - Cruzamentos

Nota: Sempre que possível à distância X e Y deverão ser iguais e nunca superiores a 15 metros.

Em cruzamentos de redes de distribuição com linhas de transmissão devem ser obedecidos os seguintes afastamentos mínimos:

1,70 m: para linhas de transmissão de 44 e 69 kV; 2,40 m: para linhas de transmissão de 138 kV; 3,40 m: para linhas de transmissão de 230 kV.

Rede compacta

O cruzamento entre redes compactas está demonstrado na norma de estrutura de rede compacta.

10. Aterramento

• As proteções através de aterramento devem ser seguidas as prescrições no Regulamento das Instalações Consumidoras de Media Tensão (RIC MT), NBR 14039, NBR 5410 e NTD 010.002 – Aterramento de Rede de Distribuição.

• Deverão ser indicados os tipos e características dos materiais empregados.

• Devem ser aterrados todos os pára-raios e tanques de equipamentos (transformadores, religa dores, reguladores de tensão, controles e painéis). Ver NTD 003.005.

• Havendo condutor neutro da rede secundária (em cobre ou alumínio), a ligação a terra deve ser comum ao para-raios, ao neutro e ao tanque dos equipamentos, devendo ser feitos com fio bi metálico aço cobreado.

• Para cada lado dos circuitos de baixa tensão deve haver, além de um ponto de aterramento no final da rede, outro ponto de aterramento intermediário, situado entre o mesmo e o transformador. Essa distância não deve ser superior a 100 metros.

• Em equipamentos (transformadores trifásicos, religadores e outros), a resistência de aterramento deve ser, de no máximo 10 ohms, em qualquer época do ano.

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• Os valores de resistência de aterramento do transformador monofásico fase-neutro não devem ser superiores a:

• 20 Ohms para transformador até 15 kVA em qualquer tensão;

• 15 Ohms para transformador de 25 kVA em 23/ √3 kV;

• 10 Ohms para transformador de 25 kVA em 13,8/ √3 kV.

• O condutor neutro de todos os circuitos secundários deve ser interligado e aterrado, no ponto de interligamento com os circuitos adjacentes, através de um eletrodo de aterramento constituído de uma haste de aterramento;

• Todo o fim de rede secundária deve ser aterrado através de eletrodo de aterramento;

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CAPÍTULO II

REDES URBANAS 1. Objetivo

Este capítulo fixa as condições exigíveis para a elaboração e apresentação de Projetos de Redes Aéreas de Distribuição Urbana (RDU). 2. Projeto Elétrico

2.1.1. Distribuição Primária

A rede primária deve ser trifásica do tipo convencional, compacta ou com cabo protegido. Ver Tabela 7 do capítulo “A” com as premissas da aplicação. O vão básico de no máximo de 35 metros. A tensão nominal de operação das redes deve ser de 13,8 ou 23,1kV, de acordo com a tensão existente na área do projeto e a classe de isolação de 15 ou 25 kV, conforme a tensão nominal de operação da rede. No caso de estar prevista a conversão da tensão de 13,8 para 23,1 kV na área do projeto, a classe de isolação projetada dos componentes da rede deverá ser de 25 kV. 2.1.2. Distribuição Secundária

Os circuitos secundários devem ser do tipo radial e a tensão secundária nominal de operação deve ser de 380/220 V ou 220/127 V, de acordo com a tensão existente na área do projeto. Para circuitos novos, inclusive iluminação pública, a rede projetada deve ser do tipo trifásica (4 fios) . Para todos os casos, os critérios de queda de tensão devem ser atendidos. O vão máximo da rede secundária é de 35 metros na área urbana. Nos circuitos secundários os condutores do tronco estiverem no mesmo alinhamento, deverá ser empregado a maior seção do condutor tronco obtida no cálculo elétrico dos circuitos secundários adjacentes, a fim de permitir o desdobramento futuro dos circuitos, sem ser necessário o reforço de rede. Na troncal dos circuitos e nas derivações secundárias em um mesmo alinhamento deve ser utilizada uma única seção de condutor. Adotar como limite entre o fim de cada circuito secundário e o ponto de instalação dos transformadores uma distância no máximo de:

a) 250m para redes com tensão de 380/220 V; b) 150m para redes com tensão de 220/127 V.

Preferencialmente deverão ser adotadas as configurações constantes no ANEXO C. 2.2. Determinação da Demanda

2.2.1. Projetos de Reformas:

Nas reformas de rede existente a demanda é obtida através do consumo (kWh) dos dados do faturamento. Esta demanda estimada deve ser comparada, sempre que possível, com a demanda obtida através de medições de corrente e tensão junto ao transformador e aos principais consumidores do circuito.

Os consumidores são classificados em quatro categorias: •••• Consumidores residenciais – com cargas de iluminação, eletrodomésticos, chuveiro elétrico e bomba

d’água até 3/4 cv; •••• Consumidores não residenciais – são os consumidores comerciais, de prestação de serviços e poderes

públicos com cargas de iluminação e/ou aparelhos elétricos com, no máximo, 3,5 cv; •••• Consumidores de força motriz – com cargas de iluminação e aparelhos elétricos acima de 3,5 cv; •••• Consumidores especiais – consumidores cujas cargas ocasionam flutuação de tensão na rede tais como:

aparelhos de raio - X, de solda, de galvanização e fornos elétricos.

A estimativa da demanda dos consumidores residenciais deve ser feita com base nos valores individuais da demanda diversificada em função dos consumos mensal. O valor da demanda média calculada do circuito

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deverá ser aplicado para novos consumidores residenciais a serem ligados. O valor a ser utilizado é aquele correspondente ao maior consumo mensal dos últimos 12 meses do transformador que atende o circuito. A estimativa da demanda dos consumidores não residenciais e de força deve ser calculada a partir das dados do faturamento, obtida no programa de cálculo de queda de tensão. Também, poderá ser estimada a demanda dos consumidores através do levantamento detalhado da carga instalada conforme indicado no Regulamento de Instalações Consumidoras de Baixa Tensão (RIC BT). Para avaliar os níveis de tensão no circuito, devem-se inseridos os valores dos consumos e/ou demandas no programa de cálculo da queda de tensão. Ver programa na (página da AES Sul>Dados técnicos> Normas técnicas). Para dimensionar o transformador deve-se somar a demanda máxima dos últimos doze meses do circuito com o valor da demanda dos consumidores residenciais novos e demais consumidores, se houverem. 2.2.2. Projeto de Extensão de Rede, de Aumento de C arga e Desdobramento de Circuito:

Nas extensões de rede, desdobramento do circuito e aumento de carga, a demanda a ser utilizada para os atuais consumidores, lotes não edificados e novos consumidores residenciais devem ser adotados conforme indicado no item 2.9.2.1, em função do tipo de instalação e característica da área (classe A, B ou C). Já para as cargas não residenciais, o valor deve ser obtido a partir do RIC-BT para consumidor novo e pedido de aumento de carga. Também deverá ser calculada a demanda conforme metodologia do RIC de baixa tensão para consumidores novos trifásicos residenciais com a previsão de disjuntor superior a 40 A. Para obter o carregamento do transformador existente (maior dos últimos 12 meses) para análise deverá ser encaminhado e-mail para [email protected], informando a matricula do equipamento. As extensões de rede para atendimento de no máximo dois consumidores monofásicos não há necessidade de solicitar o carregamento do transformador para a apresentação do projeto. Para dimensionar o transformador deve-se somar a demanda máxima dos últimos doze meses do circuito com o quantitativo de cargas novas a serem adicionadas.

2.3. Transformadores de Distribuição

Os transformadores devem ser trifásicos e estar de acordo com as NTD 002.001.005 e ETD 002.001 – Transformadores de Distribuição Classe 15 e 25 kV e as potências devem estar dentre as seguintes:

a) 30, 45, 75, 112,5 e 150, 225 e 300 kVA para tensão secundária 380/220 V; b) 30, 45, 75, 112,5, 150, 225 e 300 kVA para tensão secundária 220/127 V.

Em reformas, extensões de rede e conexões de novas cargas, as potências dos transformadores devem ser fixadas conforme o estabelecido na Tabela 8.

Tabela 8 – Potência de transformadores em reformas, extensões e novas cargas

Até 30 30

31 até 45 45

46 até 75 75

76 até 112,5 112,5(1)(2)

112,6 até 150 150(2)(3)

151 até 225 225(2)(3)

226 até 250 300

Demanda do Circuito (kVA)

Potência do Transformador (kVA)

Notas: 1) O transformador de 112,5 kVA poderá ser aplicado para atendimento de múltiplas unidades consumidoras, por necessidade técnicas que não justifiquem o transformador de 150 kVA. Ver item referente a condomínios de prédios de múltiplas unidades consumidoras. 2) Ver item referente a condomínios atendidos com rede compacta na área interna para potência do transformador até 150KVA.

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3) Ver item que trata das diretrizes de condomínios atendidos com transformador na via pública.

Os terminais de baixa tensão de saída do transformador devem obedecer a ETD 002.001 – Transformadores de Distribuição, salvo os casos específicos dos transformadores de condomínios. Ver item referente a condomínios.

Em caso de necessidade de desdobramento de circuito, as potências dos transformadores devem ser fixadas conforme o estabelecido na Tabela 9.

Tabela 9 – Potência de transformadores em desdobram entos de circuitos

Até 24 3025 até 36 4537 até 60 75

Demanda do Circuito (kVA)

Potência do Transformador (kVA)

2.4. Cálculo Elétrico

O cálculo elétrico deve ser feito conforme indicado na planilha de cálculo de queda de tensão e tomando por base o diagrama unifilar (ver ANEXOS A e ANEXO B). O cálculo da queda de tensão no circuito de BT deverá ser realizado através da planilha eletrônica de cálculo disponibilizada na internet (página da AES Sul>Dados técnicos> Normas técnicas). Essa deve ser encaminhada com o projeto. Para o dimensionamento de condutores deve-se partir daquele de menor seção, tomando o condutor que não ultrapasse simultaneamente as condições de máxima queda de tensão permissível e máxima de 80% do limite térmico do condutor, considerando as cargas devidamente demandadas e diversificadas. A aprovação de projetos com queda de tensão acima dos limites permissíveis, somente será possível com a autorização especial da AES Sul. O cálculo elétrico da rede secundária deve ser feito levando em consideração as demandas individuais que entraram no cálculo da demanda máxima do circuito secundário, utilizando o fator de potência:

a) 0,92 nos circuitos com carga residencial. b) 0,8 para os demais consumidores.

Em projetos de redes novas a queda de tensão máxima dos pontos mais afastados do transformador (BT), não pode ultrapassar 3,5%, considerando como base a tensão de 1p.u. na média tensão (MT). Em projetos de reformas e extensão de rede, a queda de tensão máxima nos pontos de rede secundária mais afastados do transformador, não pode ultrapassar 5%, considerando como base a tensão de 1p.u. na média tensão (MT). O cálculo elétrico da rede primária, quando exigido, deve ser feito com base nas potências dos transformadores, aplicando-se os coeficientes de diversidade para o conjunto de transformadores, conforme a Tabela 10 – Coeficientes de diversidade para transformadores do capitulo I. A queda de tensão existente no ponto de alimentação a ser considerado no cálculo, bem como as características da rede existente, desde a subestação até o ponto de alimentação que devem consultados junto a AES Sul. A queda de tensão máxima em qualquer dos pontos da rede primária mais afastada do ponto de alimentação não deve ultrapassar 7%, estando incluída neste valor a queda de tensão: • Existente no ponto de alimentação; • Devido à introdução de nova carga na rede existente; • No trecho projetado. No caso de haver previsão de ampliação da rede projetada, a carga prevista deve ser incluída no cálculo elétrico. Deve ser levado em conta o crescimento das cargas, aplicando-se o fator 1,40 às mesmas (vida útil de 10 anos e taxa de crescimento de 5% a.a., a partir do terceiro ano). Os coeficientes de queda de tensão para baixa tensão e as impedâncias para os condutores de média tensão estão indicados na NTD 002.001 – Tabelas Auxiliares.

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Tabela 10 – Coeficientes de diversidade para transf ormadores

Nº de transformadores na rede

Coeficiente (%)No de transformadores

na redeCoeficiente (%)

1 100 15 632 93 16 a 19 623 88 20 a 24 594 84 25 a 29 575 80 30 a 34 556 77 35 a 39 547 75 40 a 44 538 73 45 a 49 529 71 50 a 54 5110 69 55 a 74 5011 68 75 a 99 4812 66 100 a 149 4713 65 150 a 199 4614 64 Mais de 200 45

Nota: No caso de haver previsão de ampliação da rede projetada, a carga prevista deve ser incluída no cálculo elétrico. 2.5. Condutores

Os projetos de redes novas de MT deverão prever o uso do condutor protegido XLPE com rede do tipo compacta. Nos projetos de complementação de fase, o condutor deverá ser do mesmo tipo do existe. Nos casos em que o condutor da rede existente não é padrão deverá ser escolhido um do padrão com capacidade de corrente nominal equivalente. Nos projetos de redes novas de BT, deve ser previsto o emprego de condutores multiplex. Nos projetos de extensão de circuitos existentes de baixa tensão deverá ser previsto a instalação do condutor multiplexado. Quando ocorrer a necessidade de complementação de fase, da rede existente monofásica ou bifásica essa deverá seguir o padrão da rede construída. Nos casos em que o condutor existente não for o padrão deve ser utilizado o condutor padronizado que atenda a necessidade técnica do projeto. Nos projetos de reforma ou divisão de circuitos de baixa tensão deverá ser utilizado o condutor multiplexado. O projeto com a instalação do condutor multiplexado intercalado com a rede nua deverá atender os seguintes critérios: •••• O circuito de BT a jusante da rede multiplexada com mais de um vão deverá ser previsto a instalação de

espaçadores até o final do circuito da rede nua; •••• Os espaçadores deverão ser instalados a cada 15 metros; •••• A instalação dos espaçadores deverá ocorrer com a rede regulada; •••• O projetista deverá indicar no projeto a instalação dos espaçadores e a regulagem da rede, se necessário. Utilizar os condutores indicados nas Tabela 11 e Tabela 12.

Tabela 11 – Condutores padrões MT

Rede convencional Rede protegida

2, 1/0, 4/0 e 336,4 Alumínio (CA) 35, 50 e 95 mm²

Rede compacta

50, 70, 95, 150 mm2 • O cabo 35mm2 – capa XLPE- tem a aplicação exclusiva em derivação da rede de distribuição para ligação

de consumidores de média tensão (ramal de ligação).

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Tabela 12 – Condutores padrões BT

Seção nominal (mm²)nro x fase+neutro

2x1x35+352x1x50+503x1x35+353x1x50+353x1x70+70

3x1x120+70

Quadruplex

Triplex

Cabos

Rede de Baixa Tensão

As seções dos condutores tronco da rede secundária na saída do transformador de distribuição devem ser reforçadas. Este reforço deve obedecer ao que prescreve a Tabela 13, mesmo que por questões técnicas de capacidade e por queda de tensão não exija.

Tabela 13 – Condutor tronco (1) mínimo de circuitos de redes secundárias

30 2 35 2 3545 1/0 70 2 5075 1/0 70 1/0 50

112,5 1/0 120 1/0 70

Transformador (KVA)

220/127 V 380/220 V

CA/AWGMultiplex

(mm 2) CA/AWGMultiplex

(mm 2)

Tabela 14 – Condutor tronco (1) mínimo de circuitos secundários - item 2.10. Prédios de múltiplas unid ades consumidoras e condomínios

112,5 2 50 2 50

150(2)(3) 1/0 70 1/0 50

225(2)(3) 1/0 70 1/0 50

300(2)(3) 1/0 70 1/0 50

Transformador (KVA)

220/127 V 380/220 V

CA/AWGMultiplex

(mm 2) CA/AWGMultiplex

(mm 2)

Notas: 1) O cabo de fornecimento de energia elétrica ao condomínio, obrigatoriamente, deverá estar ligado diretamente nos bornes do transformador. Ver as prerrogativas dispostas no item 2.10, do capítulo II, desta NTD. 2) O tronco do transformador de 300 kVA/ 127/220 V com condutor 1/0CA e permitido para uma demanda disponível ao circuito de baixa tensão de até 80 kVA. Acima de 80 kVA o projeto deve prever a instalação do cabo multiplexado de 70 mm². 3) Definição da troncal do circuito de baixa tensão.

• Em projetos de reforma, desdobramento de circuito e loteamentos.

Até a estrutura de abertura com outro circuito, ver exemplo 01; Até a primeira estrutura após o cruzamento, ver exemplo 02; Na inexistência de cruzamentos ou abertura de circuito: Considera-se o valor percentual de 50% da extensão da rede do transformador até o final do circuito. A troncal, nestes casos, a considerar não deve ser inferior a 70 metros, ver exemplo 03.

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Exemplo 01:

Troncal

Obs.: Imagem Ilustrativa

3#70(50)BT

Figura 12 – Diagrama do exemplo 1.

Exemplo 02: Troncal

Obs.: Imagem Ilustrativa

3#70(50)BT 3#50(35)BT

3#50

(35)

BT

Figura 13 – Diagrama do exemplo 2.

Exemplo 03:

Obs.: Imagem Ilustrativa

Troncal

3#70(50)BT

100%

50%

3#50(35)BT

Figura 14 – Diagrama do exemplo 3.

• Em projetos aumento de carga e extensão de rede

Até a estrutura de abertura com outro circuito ou até a primeira estrutura que antecede o cruzamento, ver exemplo 04; Na inexistência de cruzamentos ou abertura de circuito: Considera-se o valor percentual de 50% da extensão da rede do transformador até o final do circuito. A troncal, nestes casos, a considerar não deve ser inferior a 70 metros, ver exemplo 03.

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CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

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Exemplo 04: Troncal

Obs.: Imagem Ilustrativa

3#50(35)BT3#70(50)BT

3#5

0(35

)BT

Figura 15 - Diagrama do exemplo 4

Para a ligação do transformador à rede, devem ser usadas as bitolas indicadas na Tabela 15Tabela 15 e Tabela 16 a baixo:

Tabela 15 – Barramento de ligação do TR a rede de d istribuição trifásica de baixa tensão

Até 45 35 3575 70 95

112,5 95 150150 120 2x95225 2x70 2X150300 2x120 3x120

380/220 V 220/127 VCabo Isolado de Cobre 0,6/1 kV (mm²)Transformador

Trifásico (KVA)

Tabela 16 - Barramento de ligação do TR a rede de d istribuição trifásica de baixa tensão dos prédios d e múltiplas unidades consumidoras e condomínios

380/220 V 220/127 V112,5 95 120150 120 120225 120 120300 120 120

Transformador Trifásico (kVA)

Cabo Isolado de Cobre 0,6/1kV (mm²)

A Tabela 16 tem sua aplicação, exclusiva, para circuitos que atendem a ligação dos prédios de múltiplas unidades consumidoras, cujo seu fornecimento ocorre diretamente dos bornes de baixa tensão do transformador.

2.6. Redes Multiplexadas

2.6.1. Conectores

Deverão ser usadas conexões elétricas, dos seguintes tipos:

a) Conector de perfuração, com cabeça fusível, junta de estanqueidade, cobertura de material polimérico resistente às intempéries e a raios ultravioletas, conforme NTD´s 004.003 e 002.001.003 – Conexões.

Nota: Para arremate dos condutores em derivações e trocas de bitolas, deverão ser usados terminais tipo capuz para fechamento, conforme Tabela 17:

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VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

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Tabela 17 – Capuz para fechamento Bitola do Condutor

(mm2)Diâmetro aproximado do cabo

isolado (XLPE)Limites do diâmetro

(mm)16 a 150 9,1 e 21,5 8,0 até 24,0

b) Conector à pressão tipo cunha de liga de alumínio de alta resistência mecânica (ver NTD 004.003).

Nota: Maiores detalhes sobre estas conexões encontram-se na NTD 003.003 – Instalações para Redes Multiplexadas.

2.6.2. Condutores

Os condutores serão do tipo multiplex isolados em XLPE (polietileno reticulado) com mensageiro em alumínio com alma de aço, conforme especificação NTD 004.001 – Condutores. 2.6.3. Suportes

As redes multiplexadas, poderão ser montadas utilizando nas tangências e ângulos menores:

a) Armações secundárias de um estribo e isoladores tipo roldana de dois leitos; b) Suporte com grampo de suspensão.

Em ângulos maiores, as mudanças de seção, ancoragens e derivações poderão ser usadas:

a) Ancoragem com olhal, sapatilha e alça pré-formada para cabos multiplexados; b) Ancoragem com suporte de ancoragem e grampo de ancoragem.

2.6.4. Ramais de Ligação

Para facilitar a ligação dos ramais, devem sempre ser instalados, nas três (03) fases e no neutro, rabichos de ligação. Os rabichos de ligação devem ser confeccionados em condutores de cabos isolados multiplexados retirados das sobras. Para o dimensionamento e instalação dos rabichos, utilizar condutores com seção de 35mm2. Cada perna do rabicho deverá ter um comprimento aproximado de 150 mm e poderá receber até duas (02) conexões. Deverá ser usado para a fase conector tipo perfurante. Novos ramais de ligação multiplexados, para os quais não tenha havido previsão de rabichos de ligação suficientes, poderão ser ligados diretamente à rede isolada, tendo-se o cuidado de deixar uma ponta de 150 mm após a instalação do conector, para outras futuras eventuais ligações. As pontas dos ramais de ligação que não forem imediatamente utilizadas deverão ser vedadas com massa e fita isolante. Deve-se dar preferência para o uso de capuz para fechamento.

2.7. Proteção

Os transformadores devem ser protegidos através de chaves fusíveis de base C, corrente nominal 300A, com porta-fusíveis e elos fusíveis dimensionados conforme a potência e tensão do transformador, de acordo com a NTD 002.001.005 – Escolha de Fusíveis Primários e a NTD 004.009 - Porta Fusível de Chave. Devem ser previstas em ramais de alimentadores, chaves fusíveis de base C, corrente nominal 300A, com dispositivo para a abertura com a ferramenta “loadbuster”, para operação em carga. Nota: Não devem ser previstas mais que quatro chaves fusíveis em série em um mesmo alimentador. Deverão preferencialmente ser utilizados elos de no máximo de 25K. Deverá ser analisada a seletividade entre as chaves, conforme tabelas a seguir:

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Tabela 18 - Máximas correntes admissíveis por elo f usível

Tipo Nominal Elo Carregamento Máximo6K 6 9A10K 10 15A15K 15 22A25K 25 37A40K 40 60A65K 65 97A

Tabela 19 - Seletividade entre elos x corrente de c urto-circuito

10K 15K 25K 40K 65K6K 190A 510A 840A 1340A 2200A

10K - 300A 840A 1340A 2200A15K - - 430A 1340A 2200A25K - - - 660A 2200A40K - - - - 1100A

Elo ProtetorElo Protegido

Nota : A seletividade entre elos deve ser atendida pelo menos para a condição de curto circuito fase-terra.

O porta-fusível e o elo fusível devem ter capacidade de corrente calculada em função da potência atendida pelo ramal alimentador, convenientemente demandado, devendo-se ainda considerar a coordenação com os demais dispositivos de proteção instalados ao longo do alimentador, visando à seletividade. Seguem os passos para o cálculo do elo fusível do novo ramal do alimentador: •••• Utiliza-se a Tabela 10 para determinar a demanda diversificada do ramal; •••• De posse do valor da demanda, calcula-se a corrente; •••• O primeiro critério para determinar o elo será o resultado do valor da corrente multiplicado pelo fator 1,5

vezes; •••• Verificar a ICC trifásica no ponto; •••• Avaliar a seletividade entre elos conforme a corrente de curto–circuito; •••• Escolher o elo correto de acordo com a Tabela 19.

O projeto global do loteamento deve ser apresentado com o elo específico para o projeto global. Nos projetos parciais, deve ser revisto o estudo do elo, a ser aplicado com a liberação do projeto parcial. Sendo previsto nas derivações dos ramais, elos fusíveis de no mínimo 6K. Em ramal primário cuja extensão seja igual ou inferior a 100m atendendo a um único transformador que não seja particular, perfeitamente visível do ponto de derivação do ramal, podem ser dispensadas as chaves fusíveis junto ao transformador. Em caso de instalação de um ou mais transformador neste ramal, deverão ser instaladas chaves fusíveis nos transformadores. Em situações onde a rede e testada do terreno estiverem em lados distintos das rodovias (BR, RS e RST) deve ser prevista a instalação de chave fusível na derivação (lado fonte) e chave faca no limite da propriedade do cliente. Nos casos de travessias em estradas secundarias nas vias urbanas e rurais pode ser prevista somente instalação de chave fusível na derivação (lado fonte).

2.8. Loteamentos

Neste item, serão abordados aspectos específicos para elaboração e aprovação de projetos para loteamentos particulares, não se aplicando a condomínios e programas habitacionais específicos conveniados.

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2.8.1. Prescrições para Eletrificação de Loteamento s

Além do estabelecido nos itens anteriores, deverão ser adotadas as seguintes prescrições para eletrificação de loteamentos. 2.8.2. Planta Urbanística e Iluminação Pública

As seguintes informações devem ser apresentadas e aprovadas pela Prefeitura Municipal:

a) Identificação dos elementos urbanísticos: lotes, quadras, praças, árvores de maior porte, prédios existentes, ruas, avenidas, pontes, viadutos, túneis, rodovias, ferrovias e rios, bem como marcos quilométrico, com suas coordenadas, sempre que existirem;

b) Dados relativos à iluminação pública (quando houver) em conformidade com NTD 009 – Iluminação Pública.

Nota: Será aceito o carimbo de aprovação da Prefeitura Municipal numa via da planta construtiva, desde que esta contenha, além dos elementos urbanísticos, os dados relativos à iluminação pública. 2.8.2.1. Valores de Demanda

Devem ser adotados no mínimo os seguintes valores de demanda:

a) 2,0kVA por lote para loteamento Classe A; b) 1,5kVA por lote para loteamento Classe B; c) 1,0kVA por lote para loteamento Classe C.

Descrição do tipo de loteamento: Classe A - localizado em zonas com terrenos de alta valorização, área igual ou maior do que 300m² e que possuirão todos os serviços de infra-estrutura, tais como: calçamento, redes de água e esgoto, iluminação pública, praças; Classe B - localizado em zonas com terrenos de média valorização, área igual ou superior a 300m²; Classe C - localizado em zonas com terrenos de baixa valorização, tendo área não superior a 300m². Notas: 1) Quando houver previsão de consumidores não residenciais, sua demanda deve ser estimada conforme Regulamento de Instalações Consumidoras em Baixa Tensão (RIC BT); 2) Em todos os casos de loteamento, prever para iluminação pública com comando individual, uma carga mínima de 170W por poste, quando esta carga não for definida pela Prefeitura Municipal, conforme norma NTD 009 – Iluminação Pública. Deve ser prevista a utilização de transformadores trifásicos e com potência fixada conforme Tabela 20:

Tabela 20 - Potência de transformadores Demanda do circuito (kVA) Potência do transformador (kVA)

Até 30 3031 a 45 4546 a 75 75

2.8.3. Loteamento industrial de baixa tensão

O projeto do loteamento deverá seguir os parâmetros de projeto de rede e os itens elencados abaixo: • Demanda dos lotes devem ser calculadas pelo RIC de BT; • O projetista deverá apresentar memorial de cálculo da demanda dos lotes; • Projeto é para atendimento de consumidores exclusivamente de baixa tensão.

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Tabela 21 - Potência de transformadores de loteamen tos industriais de BT Demanda do circuito (kVA) Potência do transformador (kVA)

31 a 45 4546 a 75 75

75 a 112,5 112,5

2.9. Condomínio de prédios de múltiplas unidades co nsumidoras

Os prédios de múltiplas unidades consumidoras podem ser atendidos com rede aérea compacta na área interna, com entrada de rede subterrânea de baixa tensão e subestação abrigada, quando não é parte integrante do prédio (RIC MT).

2.9.1. Condomínios atendidos com rede compacta na área in terna

Os seguintes critérios devem ser atendidos nos projetos com rede compacta na área interna do condomínio: • O memorial descritivo deve constar que os braços “L” e anti-balanço devem ser da classe 25 kV, mesmo

que a classe de tensão da rede seja de 15 kV. • Permitir o acesso de caminhões de construção e manutenção de redes de energia elétrica; • Permitir o acesso de caminhões de construção e manutenção de redes de energia elétrica; • Os postes não devem estar localizados na área de transito de veículos; • A rede não deve localizar-se acima do estacionamento dos veículos; • O arruamento deve ter largura suficiente para permitir a manobra de caminhão; • A Tabela 20 apresenta os transformadores a serem projetados em postes.

Tabela 22 - Potência de transformadores de condomín ios verticais com rede aérea Demanda do circuito (kVA) Potência do transformador (kVA)

31 a 45 4546 a 75 75

76 a 112 112,5113 a 150 150

A fim de evitar a rede sobre o estacionamento dos veículos, o projetista deve atentar para os seguintes pontos: • A fase do poste deverá estar a 0,15 metros da via de transito de veículos. Ver figura 14. • A largura do passeio da implantação do poste é de 1 metro no mínimo. Ver figura 13. • A largura do passeio da estrutura do transformador é de no mínimo 2,80 metros. Ver figura 13. • O poste com o transformador de final de rede tem a cruzeta da ancoragem da cordoalha e dos cabos

estaiada no poste e na extremidade das cruzetas, para transferência dos esforços. Ver figura 15. • A cruzeta de ancoragem dos cabos é metálica e com o comprimento de 2,40 metros. Ver figura 15. • O poste de ancoragem de fixação do estai deve ser de 12 metros. • O poste do transformador e o da rede deve ser de 12 metros para terreno plano. • Os transformadores devem ser com conector do tipo spade (T3). • A rede de baixa tensão deve ser subterrânea e a responsabilidade pela manutenção é do condomínio. • O condomínio que possui essa topologia de rede o ponto de entrega é nos bornes do transformador.

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Figura 16 – Vista com a largura mínima das calçadas com poste e transformador

Figura 17 – Vista com o afastamento da fase do post e da via de transito de veículos

Figura 18 – Vista da estrutura (CE3B) com os estais .

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Devem constar na planta construtiva da rede os seguintes pontos: • O projeto deve apresentar desenho com a indicação da largura da calçada e via de trânsito de veículos • O projeto deverá apresentar a distância das edificações da rede em perfil. As distâncias devem atender as

exigências mínimas desta norma. • O projeto deve apresentar o detalhe em perfil do acesso para o caminhão da distribuidora com a indicação

das medidas horizontais e verticais. • As imagens das figuras 16, 17 e 18 devem constar na planta do projeto.

2.9.2. Condomínios de edificações atendidos com tra nsformador na via pública

A potência nominal máxima do transformador projetado para instalação na via pública é até 225kVA. A manutenção do ramal subterrâneo de baixa tensão é de responsabilidade do condomínio. Neste caso o ponto de entrega é nos bornes do transformador. Todos os consumidores devem ter carga instalada abaixo de 75kW.

O atendimento através de rede subterrânea de baixa tensão é permitida para condomínios com no máximo 2 blocos de apartamentos e um bloco para edificações mistas ou comercial. Para a escolha do transformador, a demanda do prédio de múltiplas unidades consumidoras deve ser igual ou superior a 65% da potência nominal do transformador de 112,5 kVA, 150 kVA e 225 kVA.

O projeto com a instalação do transformador em via pública para atendimento aos prédios do condomínio, com potência nominal de até 225 kVA deve atender as seguintes condições:

• Existir condições técnicas na rede de distribuição da concessionária para instalação de transformador e

atendimento em baixa tensão; • A queda de tensão verificada no Quadro de Medição mais distante não deve ser superior aos seguintes

valores, em relação à tensão nominal da instalação:

a) 2% calculados a partir do ponto de derivação, quando este se localizar na rede secundária de distribuição conforme RIC BT.

b) 2% calculados a partir do ponto de derivação, quando este se localizar nos terminais secundários do transformador de distribuição conforme RIC de BT;

c) Deverá ser apresentado junto com o projeto o cálculo da queda de tensão por circuito secundário até o quadro de medição. Também deverão conter o esquema elétrico com a indicação da caixa geral de BT com a distribuição dos circuitos interligada com os respectivos quadros de medição e dispositivos de proteção. A caixa de entrada de distribuição, quando existir, poderá localizar-se no centro das cargas de uma determinada área.

• Deverão ser observados os critérios de Queda de Tensão da NBR 5410:2004, onde consta que a queda

de tensão em qualquer ponto de utilização da instalação, não deverá ser superior à:

a) 5% calculados a partir do ponto de entrega, quando este se localizar na rede secundária de distribuição.

b) 7% calculados a partir do ponto de entrega, quando este se localizar nos terminais secundários do transformador de distribuição.

• O atendimento através de entrada subterrânea dos bornes do transformador com circuito único ou, duplicado de cabos será limitada ao cabo de 240 mm² por fase e para todos os demais circuitos secundários derivados da caixa de distribuição de baixa tensão, quando houver.

• O projeto poderá ter mais de uma caixa de distribuição de baixa tensão com circuitos independentes, interligando os painéis de medição. Em todos os caos devem ser apresentado os cálculos de queda de tensão.

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• Todas as caixas de passagem localizadas na área interna do condomínio até o painel de medição deverão ter dispositivo para lacre.

• O projetista deverá optar por rede de distribuição primária de média tensão aérea compacta na propriedade interna do condomínio, quando os valores percentuais de queda de tensão, não for possível após a análise técnica.

• Não é permitida a instalação de cabos diretamente enterrados no solo, emendas ou qualquer alteração na isolação dos cabos dentro dos eletrodutos.

• O cabo de cobre da saída dos bornes do medidor não poderá ser superior a 35mm². Não são permitidos cabos superiores com adaptador para conexão aos bornes do medidor.

Notas : 1) Em casos de reforma, este item pode ser aplicado em parte ou no seu todo, dependendo das condições técnicas e/ou de segurança; 2) Não é permitido paralelismo de transformadores; 3) Em instalações com demanda superior a 112,5 kVA e/ou uma área edificada superior a 3.000 m2, por razões de ordem técnica e respeitando as características particulares das redes da concessionária, pode ser exigida previsão de uma área para instalação futura de subestação; 4) Os transformadores com capacidade superior a 150 kVA devem ser conectados os cabos da rede de baixa tensão do condomínio diretamente nos bornes de baixa tensão (terminal) do transformador.

A abertura do novo circuito de baixa tensão será dois vãos no máximo para o lado do transformador existente antes do desdobramento. O outro lado do circuito novo deverá estender até o secionamento existente da rede de baixa tensão, do circuito antes do desdobramento. Os transformadores devem ser trifásicos e estar de acordo com as NTD 002.001.005 e NTD 004.008 – Transformadores de Distribuição Classe 15 e 25 kV. Para definição dos postes para instalação de transformadores em alinhamento deve ser seguida NTD 002.010 – Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição.

Os projetos com a previsão de instalação do transformador do lado da via pública sem rede de distribuição de energia, para atendimento do condomínio, devem seguir as seguintes diretrizes: • O poste da rede de derivação (convencional de média tensão) deve ser de 12 metros (mínimo) conforme

topologia da rede. Neste poste deve ser projetar a chave fusível do transformador. • O poste de derivação deve constar no projeto a seguinte frase: “O número da placa da chave deve receber

o mesmo número do TR”. • O poste do transformador deve constar a seguinte frase “instalar placa com o número do TR”. • O poste de instalação do transformador deve ser de 11 metros, quando o poste da derivação for de 12

metros. Isto é válido para terrenos planos. • No poste do transformador fica vetado projetar rede de baixa tensão aérea. • Pode ser utilizada a estrutura da rede compacta da NTD 003.002 – a CE3-TR.

a) A extensão da rede convencional com cabo protegido é de no máximo 12 metros para a estrutura CE3-TR sem a cordoalha. A disposição dos condutores permanece. Para extensão superior, deverá ser projetado rede compacta ou utilizar cruzetas de comprimento de 2,40 metros, com rede convencional com cabo protegido.

b) O cabo protegido da travessia é o de 35mm². c) Ver figura 16.

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Figura 19 – Transformador para fornecimento de ener gia ao prédio

2.9.3. Condomínios atendidos com transformador em s ubestação abrigada

• Condomínios com uma (1) ou duas (2) torres, blocos ou edificações de apartamentos • A subestação abrigada não poderá ser parte integrante do prédio. • A potência nominal de cada transformador é no máximo 225KVA. • O pode-se prever espaço para mais um (1) transformador após análise técnica do projetista ou da

concessionária. • A subestação deverá ter acesso para a manutenção e substituição dos transformadores e acessórios. • A subestação deve estar no máximo a 2 metros da via pública. • Atender ao padrão do RIC de média tensão.

2.9.4. Condomínios de residências atendidos com tra nsformador em via pública

A potência nominal do transformador permitido é de no máximo de 75 kVA.

2.9.5. Condomínios de residências atendidos com tra nsformador na área interna

Segue os mesmos requisitos das potências dos transformadores de loteamentos.

2.9.6. Mergulho subterrâneo na área do pórtico de e ntrada do condomínio

Por necessidade técnica, o projetista poderá projetar o mergulho subterrâneo de MT na área do pórtico de entrada do condomínio, observando os seguintes pontos: • O mergulho subterrâneo deverá seguir o padrão do RIC de MT; • O mergulho subterrâneo não poderá ser projetado em via pública, exceto calçada; • No lado externo (via pública) deverá ser projetado o conjunto de chaves fusível e na parte interna do

condomínio o conjunto de chaves faca. Ambos os conjuntos devem ser instalados nos postes do mergulho subterrâneo.

• A extensão máxima do mergulho é de 35 metros. • O mergulho deve prever dois dutos. O principal e o reserva.

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2.9.7. Método de cálculo para escolha do transforma dor de condomínios verticais

O valor encontrado através do cálculo são valores mínimos de referência da demanda. O projetista pode utilizar demanda superior a calculada para o dimensionamento do transformador, desde que justificada, através da planilha de fatos relevantes do anexo 7, disponibilizado no site da AES Sul.

O método de cálculo para a escolha do transformador utiliza os valores das Tabela 23 e Tabela 24. Seguem dois exemplos dos passos a ser seguido com a aplicação das tabelas.

Exemplo 01:

Dados do condomínio:

a) Áreas dos apartamentos: 60 m²

b) O número de blocos: 05

c) Número de apartamentos por bloco: 20

• Conforme a Tabela 23. A demanda por área do apartamento é de 1,76 kVA.

• Conforme a Tabela 24. O fator de diversidade para 100 apartamentos é 63,34.

• Multiplicam-se os valores obtidos das tabelas 21 e 22.

1,76 X 63,34 = 111,48 kVA

• O produto da multiplicação deve ser multiplicado por 1,20 (fator de crescimento vegetativo).

111,48 X 1,2 = 133,77k VA

• A demanda do serviço é calculada conforme o RIC de BT. Este resultou em 15 KVA.

• A demanda total é 133,77kVA + 15 kVA= 148,77 kVA

Exemplo 02:

Dados do condomínio:

- Áreas dos apartamentos: 60 m²

- O número de blocos: 2

- Número de apartamentos por bloco: 80

• Conforme a Tabela 23. A demanda por área do apartamento é de 1,76 kVA.

Quando o número de apartamentos do circuito do transformador exceder a 150 unidades, teremos mais de um fator de diversidade no cálculo da demanda do transformador. O número de apartamentos acima de 150 deve ser aplicado o fator de diversidade correspondente a essa diferença, conforme a Tabela 24.

• Conforme a Tabela 24. O fator de diversidade para 150 apartamentos é 74,59.

• Conforme a Tabela 24. O fator de diversidade para 10 apartamentos é 9,64.

• Multiplicam-se os valores obtidos das tabelas 21 e 22.

a) Para 150 apartamentos = 1,76 X 74,59 = 131,28 kVA

b) Para 50 apartamentos = 1,76 X 9,64 = 19,96 kVA

• O produto da multiplicação deve ser multiplicado por 1,20 (fator de crescimento vegetativo).

a) Para 150 apartamentos = 131,28 X 1,20 = 157,54 kVA

b) Para 10 apartamentos = 19,96 X 1,20 = 20,35 kVA

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• A demanda do serviço é calculada conforme o RIC de BT. Este resultou em 25 KVA.

• A demanda total = 157,54 kVA + 20,35 kVA + 25 kVA = 202,89 kVA

Tabela 23 – Cálculo de demanda dos apartamentos em função da área

até 80 1,76 261 - 300 5,76 501 - 600 10,71

81 - 100 2,15 301 - 350 6,61 601 - 700 12,30

101 - 150 3,10 351 - 400 7,45 701 - 800 13,86

151 - 200 4,01 401 - 450 8,26 801 - 900 15,40

201 - 260 5,07 451 - 500 9,14 901 - 1000 16,93

Área Útil (m2)

kVAÁrea Útil

(m2)kVA

Área Útil (m2)

kVA

Tabela 24 – Fator de diversidade de carga em função do número de apartamentos

Nº Apto FD Nº Apto FD Nº Apto FD Nº Apto FD Nº Apto FD

1 1,00 31 24,08 61 41,50 91 58,30 121 68,59

2 1,96 32 24,69 62 42,06 92 58,86 122 68,84

3 2,92 33 25,29 63 42,62 93 59,42 123 69,09

4 3,88 34 25,90 64 43,18 94 59,98 124 69,34

5 4,84 35 26,50 65 43,74 95 60,54 125 69,59

6 5,80 36 27,10 66 44,30 96 61,10 126 69,79

7 6,76 37 27,71 67 44,86 97 61,66 127 69,99

8 7,72 38 28,31 68 45,42 98 62,22 128 70,19

9 8,68 39 28,92 69 45,98 99 62,78 129 70,39

10 9,64 40 29,52 70 46,54 100 63,34 130 70,59

11 10,42 41 30,12 71 47,10 101 63,59 131 70,79

12 11,20 42 30,73 72 47,66 102 63,84 132 70,99

13 11,98 43 31,33 73 48,22 103 64,09 133 71,19

14 12,76 44 31,94 74 48,78 104 64,34 134 71,39

15 13,54 45 32,54 75 49,34 105 64,59 135 71,59

16 14,32 46 33,10 76 49,90 106 64,84 136 71,79

17 15,10 47 33,66 77 50,46 107 65,09 137 71,99

18 15,88 48 34,22 78 51,02 108 65,34 138 72,19

19 16,66 49 34,78 79 51,58 109 65,59 139 72,39

20 17,44 50 35,34 80 52,14 110 65,84 140 72,59

21 18,04 51 35,90 81 52,70 111 66,09 141 72,79

22 18,65 52 36,46 82 53,26 112 66,34 142 72,99

23 19,25 53 37,02 83 53,82 113 66,59 143 73,19

24 19,86 54 37,58 84 54,38 114 66,84 144 73,39

25 20,46 55 38,14 85 54,94 115 67,09 145 73,59

26 21,06 56 38,70 86 55,50 116 67,34 146 73,79

27 21,67 57 39,26 87 56,06 117 67,59 147 73,99

28 22,27 58 39,82 88 56,62 118 67,84 148 74,19

29 22,88 59 40,38 89 57,18 119 68,09 149 74,39

30 23,48 60 40,94 90 57,74 120 68,34 150 74,59

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NORMA TÉCNICA

ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

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3. Projeto Mecânico

3.1. Cálculo Mecânico

Para o cálculo da resultante dos esforços atuantes sobre estruturas em derivação, fim de linha, em deflexão e mudança de número ou seção dos condutores deve-se utilizar a planilha de cálculo mecânico disponibilizada na internet (página da AES Sul>Dados técnicos> Normas técnicas). O poste sem aplicação do estai, da escora de subsolo e realização da concretagem da base tem capacidade nominal de suportar esforço até 100 daN no topo, desde que o terreno seja favorável;

Os esforços resultantes na estrutura (poste) devem ser calculados com a aplicação dos valores das trações de projeto dos cabos de energia elétrica e dos cabos dos ocupantes da faixa de compartilhamento. Os valores da tração de projeto e metodologia de aplicação dos esforços dos cabos dos compartilhantes estão na NTD 007 - compartilhamento de infraestrutura.

Os esforços resultantes em uma determinada estrutura devem ser compensados por: •••• Poste com ou sem escora de subsolo ou base concretada; •••• Estai de cruzeta (ECV) nas ancoragens da rede primária em estruturas do tipo 3, salvo nos casos com

cabo 2CA com cruzeta metálica; •••• Estai de cruzeta e cruzeta nas ancoragens de estruturas tipo 3; •••• Estais de poste a poste, a fim de evitar cruzamento entre estais e redes secundárias, ou quando desejar-

se transferir esforços para outro poste; •••• Escora de subsolo simples e estai para esforços até 200 daN no topo, desde que o terreno seja favorável. •••• Escora de subsolo dupla para esforço até 300 daN no topo, desde que o terreno seja favorável. •••• Estai de cruzeta em "V" com cordoalha de aço de 6,35 mm de diâmetro, para esforços até 2.820 daN; •••• Estai de cruzeta em "V" com cordoalha de aço de 7,9 mm de diâmetro, para esforços até 4840 daN; •••• Estai de cruzeta em "Y" com cordoalha de 6,35mm de diâmetro, para esforços até 1.400 daN no topo.

Aplicação para ancoragem da rede de MT de condutores de alumínio até 1/0CA. •••• Uma combinação de um ou mais elementos mencionados nas alíneas anteriores; •••• Não deverá ser utilizado estai do tipo ea1, ea2 e ea3; •••• No engastamento dos postes ver NTD 002.004 – Engastamentos estaiamentos; •••• Utilização de postes de concreto em ângulo ver NTD 002.010; •••• Em estruturas com transformador prever escora de subsolo. •••• A fim de evitar o estaiamento diretamente ao solo o esforço absorvido pelo estai deve ser transferido para

mais de um poste. •••• A ancoragem das cordoalhas das empresas que ocupam a faixa de compartilhamento não poderá ocorrer

no mesmo poste da rede de distribuição de energia. Quando a geometria da rede de distribuição estiver com ângulo superior a 60 graus, a ancoragem das cordoalhas das empresas da faixa de compartilhamento deverá ser projetada em poste anterior a esta deflexão. Neste trecho de rede (ângulo superior a 60 graus), as cordoalhas devem ser projetadas com tração mecânica reduzida, através da instalação de postes para a diminuição do vão e ângulo.

•••• Tração mecânica reduzida.

O método de redução de tração nos condutores pode ser adotado para qualquer tipo ou bitola de condutor desde que observadas às condições locais e critérios de normas vigentes. No caso de padrão de rede compacta não deve ser adotado esse procedimento. Os vãos com trações diferentes dos demais devem sempre ser separados destes por encabeçamentos. Por isso, no poste a partir do qual é montada a tração mecânica reduzida, a fixação dos condutores deve ser em estrutura do tipo ancoragem, tanto para a rede primária como secundária.

3.1.1. Tração mecânica reduzida com aumento da flec ha de montagem

Este processo consiste no aumento da flecha de montagem dos condutores no vão entre os dois postes, mantendo o vão igual. O valor da tração mecânica reduzida será:

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TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

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Tr = (Fm/ Fr)*Tb Onde, Tr = tração mecânica reduzida – nova tração Tb = tração de projeto Fm = flecha de montagem do vão Fr = flecha de redução a ser montada – nova flecha máxima

A nova flecha da rede deve respeitar os limites da luz mínima e distâncias de segurança desta norma a temperatura máxima de trabalho do condutor. No projeto deve constar o coeficiente que indica o valor do aumento da flecha de montagem e no memorial técnico descritivo devem ser apresentados os cálculos, inclusive o valor da nova flecha com a temperatura máxima de trabalho do condutor. Também deve constar um desenho com o perfil da rede na condição de flecha máxima e suas cotas. 3.1.2. Aplicação da tração mecânica reduzida

Para redes de distribuição compacta e redes com estrutura pilar não se aplicada à tração mecânica reduzida nos condutores. Não será necessário apresentar os cálculos da tração mecânica reduzida, quando o projetista adotar os valores especificados a seguir. Os cálculos foram elaborados com a premissa que o terreno é plano e sem construções abaixo da rede, com poste de altura mínima de 11 metros. No projeto deverão constar o valor percentual da tração mecânica reduzida e o incremento na flecha de montagem se necessário (ver simbologia na norma NTD 002.003). O projetista sempre deve avaliar a luz mínima entre a rede e o solo no projeto da rede. Seguem as definições:

Área urbana A rede de média tensão com alimentador simples com cabo de alumínio sem alma e vão básico de 35 metros, vão entre postes de 35 metros terá uma redução da tração de 28% com o aumento da flecha máxima de 40%. A flecha de montagem deverá ter esse incremento na construção, quando consultada a tabela de flecha de montagem da rede. O valor máximo permitido para o incremento da flecha é de 40%.

Área rural A rede de média tensão com cabo de alumínio com alma (4, 2, 1/0 e 4/0) e vão básico de 60 metros, vão entre postes de 60 metros, ancoragem em poste de 11 metros terá a tração reduzida de 28% com o aumento da flecha máxima de 40%. O valor máximo permitido para o incremento da flecha é de 40%.

A Tabela 25 é referente à rede de média tensão com cabo de alumínio com alma (4, 2, 1/0 e 4/0) na qual aumentamos a flecha para diminuir a tração de ancoragem. A tabela fornece o valor percentual da redução da tração de projeto.

Tabela 25 – Tração mecânica reduzida com o aumento da flecha

Vão básico ou vão entre postes

ancorados (metros)

Aumento da flecha de projeto

(%)

Percentual da tração de projeto (%)

20 40 28

40 40 28

60 40 28

Por exemplo: O vão de ancoragem entre dois postes com cabo 1/0CAA terá uma redução da tração de projeto de 28%, quando o aumento da flecha for 40%. O projeto deve atender as distâncias da luz mínima para a condição real de campo com uma temperatura máxima do condutor de 75°C, para rede de média tensão.

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VERSÃO NORMA: 2.0

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Revisado: Gilnei dos Santos

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Em projetos com derivação da rede troncal (existente), para atendimento de consumidores particulares com TMR, cabo 2CA, rede trifásica, temperatura da flecha máxima de projeto a 50°C, poderá utilizar o valor da Tabela 26.

Tabela 26 – Tração mecânica reduzida com derivação da rede troncal

15 2,5 180

Valor da Tração

mecânica reduzida de

Fator de multiplicação da flecha - TMR

Vão básico

(metros)

Em projetos de derivação da rede troncal com a instalação de poste, a sua capacidade mínima deve ser a indicada na NTD 002.10 - Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição. Devem ser previstas estruturas de ancoragem intermediárias, com estaiamento longitudinal adequado, nos casos previstos na norma de Padronização de Linhas Aéreas de Distribuição, quando os esforços resultantes dos cabos exigirem. 3.2. Estruturas

• Constam nas padronizações de instalações da NTD 003.001 – Estruturas e Equipamentos de Rede de Distribuição Aérea e NTD 002.010 – Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição.

• Em projetos novos, de reforma, recondutoramento e manutenção RDU devem:

o Utilizar estruturas do tipo M1 e M2 em alinhamento e ângulos de acordo com a tabela 22. o Utilizar preferencialmente estruturas dos tipos N3 e N4 em ancoragens da rede de acordo com a

tabela 22. o Projetar estruturas do tipo B, em situação onde os condutores aproximam-se das sacadas dos

prédios ou janelas, comprometendo os espaçamentos mínimos. o Prever postes de concreto. o Utilizados 2 (dois) afastadores de rede secundária para os postes com transformador, conforme NTD

003.005 – Estruturas e Equipamentos de Distribuição. o O padrão de cruzetas é formado por dois tipos: poliméricas e metálicas. o As cruzetas poliméricas a serem instaladas na rede de distribuição de energia devem ser de

fornecedores homologados.

• A cruzeta metálica e polimérica tem as seguintes aplicações: o As cruzetas poliméricas têm aplicação em estruturas do tipo N1, N2, M1, M2, B1 e B2. o As cruzetas metálicas têm aplicação em estrutura de alteração do tipo de rede. Mudança de

convencional para compacta.

• As estruturas do tipo N4 que define o vão do cantão devem ser projetada com: o Cruzetas poliméricas para condutores do tipo 2CA e 1/0CA. o Cruzetas metálicas para os condutores do tipo 4/0CA e 336CA.

• Projeta-se a cruzeta metálica em estruturas de ancoragem (tipo3) nas redes:

o Com condutor do tipo 4/0CA, preferencialmente, com o estaiamento da cruzeta, quando a situação de campo permitir;

o Com condutor do tipo 336,4 CA com o estaiamento da cruzeta. o Das saídas de subestações e travessias de rodovias.

• Projeta-se a cruzeta polimérica em estruturas de ancoragem (tipo3) nas redes:

o Com condutores dos tipos 2CA e 1/0CA. o Com condutor tipo 4/0CA, com o estaiamento da cruzeta.

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• A fixação da mão-francesa no poste e cruzeta deve ser utilizada à porca auto travante com nylon, conforme especificação técnica ETD 001.005.003;

• Em poste com equipamentos não é permitida a instalação de caixas ou equipamentos das empresas que usam a faixa de compartilhamento. Ver NTD 007 - Compartilhamento de Infra-estrutura da rede de distribuição.

3.2.1. Regra do 1/3 nos projetos de redes

O projeto da nova rede de distribuição (sem o seccionamento do cabo), não é permitido vãos adjacentes com diferença nos seus comprimentos superior a 1/3 (um terço) do vão adjacente maior. Quando não for possível, deve ser consultar a área técnica de projetos. Nos projetos de redes existentes, deve ser aplicada estrutura do tipo 2 (M2), quando na instalação do novo poste não for possível manter a regra de 1/3, com as seguintes observações: • Todas as fixações dos condutores aos isoladores devem ser com pré – formado, inclusive os condutores

das estruturas adjacentes; • As estruturas adjacentes devem ser com o isolador pilar; • O poste a ser instalado deve ser de concreto tronco cônico de 400daN. O uso do pré-formado na fixação dos condutores aos isoladores vem garantir a distribuição dos esforços, evitarem o escorregamento e manter a flechas entre os vãos do projeto.

3.3. Estrutura de Alinhamento e Ângulo em Redes Pri márias

Para as redes com características urbanas a escolha da estrutura, pode ser feita conforme a tabela a seguir:

Tabela 27 – Definição de Estruturas conforme ângulo e condutor Alumínio 4 2 1/0 4/0 336,4

M1 0 – 50º 0 – 50º 0 – 25º 0 – 15º 0 – 15ºM2 51 – 60º 51 – 60º 26 – 50º 16 – 30º 16 – 30ºN4 X X 51 – 60º 31 – 60º 31 – 60º

N3 - N3 61 – 90º 61 – 90º 61 – 90º 61 – 90º 61 – 90º

Nota: Nas redes de distribuição de energia da AES Sul só deverão ser instalados isoladores pilares. 3.4. Postes

As novas tomadas de rede aérea em Média Tensão com poste de madeira instalado com placa de identificação de fabricação inferior a cinco anos e em boas condições, verificada durante a elaboração do projeto, a estrutura não terá necessidade de ser substituída por um poste de concreto. A capacidade nominal do poste de concreto em alinhamento e estruturas com equipamentos deve ser consultada a NTD 002.010 – Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição. O tipo de poste de concreto duplo T ou cônico a ser projetado em alinhamento, em ângulos e em estruturas de ancoragens deve ser consultada a NTD 002.010 – Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição. Com relação aos comprimentos padronizados, os postes podem ser aplicados nas seguintes condições, desde que o terreno seja plano e atenda a Luz mínima:

•••• Rede secundária + iluminação pública + telecomunicações: 9m; •••• Rede primária convencional: 11m; •••• Rede primária com equipamentos: 12m; •••• Circuito duplo de rede primária: 13 m; •••• Troncal de circuito primário convencional (alimentadores): 12m. Notas: 1) Para casos especiais, como arranjos que envolvam derivação, cruzamentos ou travessias, poderão ser empregados postes de comprimento superiores.

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2) Em redes com alimentadores duplos e postes de 12 metros, a instalação de um novo transformador o poste deve ser substituído por um de altura de no mínimo 13 metros. 3.5. Ocupação ou Travessias de Faixas de Domínio e Cruzamentos

Quando houver ocupação de faixa de domínio de rodovias, ferrovias vias de navegação e aeroportos, devem ser apresentados detalhes em separado, de acordo com a NTD 006 – Ocupação ou Travessias de Faixas de Domínio por Redes de Distribuição de Energia Elétrica e NBR15688. 3.6. Posicionamento dos postes da rede em função da Arborização

O traçado a ser escolhido pela empresa projetista deverá dar preferência aos locais sem ocorrência de vegetação nativa arbustiva ou arbórea, desde que haja esta possibilidade. Também deverá dentro do possível ser evitada a locação de redes em Áreas de Preservação Permanente – APP (margens de cursos d’agua e encostas com declividade superior a 45°) e sobre es pécies de árvores imunes ao corte. Em áreas urbanizadas, sempre que possível, colocar a posteação do lado oeste na rua cujo eixo esteja na direção aproximada Norte-Sul, a fim de que as futuras árvores de médio porte possam ser plantadas do lado Leste, dando maior sombra, à tarde, sobre as frentes dos prédios e das calçadas. Para ruas cujo eixo está na direção Leste-Oeste, o lado da posteação deve ser, sempre que possível, do lado Norte, para que as árvores de porte grande ou médio possam ser plantadas do lado Sul, fornecendo sombra sobre a calçada, conforme ANEXO D – Posicionamento da Posteação em função da Arborização. [1] Quando a rede de distribuição tiver que cruzar por árvores de médio e grande porte, sempre que possível, a arborização existente deverá ser substituída por árvores de pequeno porte. Caso não seja possível executar esta substituição, deve ser elaborado um projeto especial cuja orientação deve ser feita pela AES Sul. Os padrões devem ser acertados com as respectivas Prefeituras Municipais. Quanto ao porte, as árvores são classificadas em três tipos: • Pequeno porte: até 4m; • Médio porte: de 4m a 6m; • Grande porte: acima de 6m. Sob as redes de distribuição urbana somente devem ser plantadas árvores de pequeno porte.

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CAPÍTULO III

REDES DE DISTRIBUIÇÃO RURAL 1. Objetivo

Este Capítulo estabelece as condições exigíveis para a elaboração e apresentação de projetos de redes aéreas de distribuição em zonas rurais, aplicáveis aos sistemas de distribuição da AES Sul, que não constam nos capítulos anteriores desta Norma. Definem-se zonas rurais locais afastados dos centros urbanos, com baixa densidade demográfica, baixa demanda elétrica e predominância de propriedades rurais.

2. Tipos de redes rurais

Na área rural os tipos de redes são: a convencional com condutor com alma de aço, formada por estrutura do tipo “T” principalmente (em cruzeta), a pilar (com isolador fixado diretamente ao poste), compacta e estrutura com cruzeta e cabo XLPE. 3. Escolha do padrão de rede (convencional ou pilar )

A escolha da estrutura de rede convencional ou pilar a ser projetado recai nos seguintes critérios: • A principal aplicação da rede pilar é para projeto de redes expressas de média tensão, com poucas

derivações da mesma para atendimento a consumidores. A rede pilar é ideal para regiões de grande distância entre as propriedades;

• Em regiões ou áreas com aves de grande porte, deve, obrigatoriamente, ser projetada estrutura de rede convencional, com cruzeta rebaixada;

• Em regiões com crescimento populacional na área rural deve ser projetada a rede convencional; • Em circuitos com previsão de rede de baixa tensão deve ser projetada a rede convencional • A rede pilar aplica-se para condutores de bitola até 1/0CAA; • Os equipamentos devem ser instalados em estrutura convencional; • As derivações com equipamentos devem ser projetadas com rede convencional; • No entorno da cidade, mesmo sendo uma área rural, deve ser projetada rede convencional; • A rede pilar somente deve ser projetada em estruturas exclusiva para rede de média tensão. Tem a sua aplicação quando o terreno não apresenta concentração de árvores ou mata no trajeto do traçado da futura rede.

4. Escolha do padrão de rede com cabo protegido XLPE

Nos casos em que no traçado da rede existir grande concentração de árvores (mato) em torno da mesma ou junto da mesma deve ser previsto a rede compacta. Nos trajetos com concentração de árvores ao longo do alimentador, deve ser projetado o cabo protegido com estrutura convencional com cruzeta. O projetista deve contatar a área de projetos da concessionária para avaliar, quando tiver dúvida do padrão de rede a ser projetado. 5. Critérios de Atendimento aos Consumidores

A fim de levar em conta as responsabilidades sobre a manutenção e a operação das redes rurais a serem projetadas, deverão ser observados os critérios de atendimento descritos a seguir: •••• Nos ramais particulares onde não há possibilidade de atendimento através da via pública, e havendo

necessidade de projetar a rede em propriedades de terceiros (não-requerente), deverá ser obtida autorização dos mesmos através da assinatura de um "termo de permissão de passagem" (modelo AES Sul), a ser obtido pelo interessado e cuja cópia deverá ser anexada ao pedido de ligação;

•••• Os ramais particulares existentes que se destinam a atender a outras propriedades através de novas extensões serão incorporados pela a AES Sul;

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•••• O padrão das redes de média tensão no meio rural a ser adotado pela AES Sul, cujo objetivo seja o atendimento de novos fornecimentos, limitados às condições de universalização, será monofásico a um fio e transformação com retorno por terra.

Nota: Nos casos onde houver interesse mútuo entre concessionária e solicitante, poderão ser confeccionadas redes trifásicas. 6. Projeto Elétrico

6.1. Levantamento de Carga

O levantamento de carga deverá ser feito paralelamente à escolha do traçado da rede, utilizando-se o modelo de formulário constante no ANEXO G, apresentando-se sempre apenas a via original dos mesmos. O preenchimento do Formulário para Levantamento de Carga deverá ser feito durante entrevista com o futuro consumidor, na qual deverão ser obtidas informações sobre as cargas pretendidas pelo mesmo, com possibilidade de serem ligadas em sua propriedade dentro de um prazo de até cinco anos após a eletrificação da mesma. Durante o contato com o futuro consumidor, devem ser preenchidos os campos destinados a: •••• Numeração da folha com indicação do número de ordem das folhas componentes do levantamento de

carga. O número total de folhas deverá ser colocado, após o preenchimento da última folha, à direita deste, separados por uma barra, em todas as folhas;

•••• Identificação do Consumidor com indicação do nome do mesmo, número de ordem atribuído a ele na planta, município e distrito onde está localizado, nome da obra à qual deverá ser ligado e descrição da atividade principal desenvolvida na propriedade em relação ao uso de energia elétrica;

•••• Quantidade, descrição, número de fases, potência e regime de funcionamento. Deverão ser registrados os dados das cargas a ser ligada pelo consumidor, indicando-se o número de aparelhos de um mesmo tipo, a descrição do tipo de aparelho, o número de fases necessárias à ligação do(s) mesmo(s), a potência total do(s) mesmo(s) e o seu regime de funcionamento: diurno, noturno ou diurno e noturno; para os aparelhos cuja potência for função de sua produção horária, anotar qual a produção requerida pelo interessado, com a respectiva unidade;

•••• Observações ou quaisquer informações adicionais necessárias ao perfeito entendimento dos dados colhidos, podendo, se necessário, utilizar o verso da folha;

•••• Nome do responsável pelo levantamento, data e assinatura do consumidor ou responsável pelas informações colhidas.

6.2. Cálculo Elétrico da Rede Secundária

Os cálculos elétricos da rede secundária deverão ser elaborados com base nas demandas máximas individuais dos consumidores, determinadas através do preenchimento dos campos do Formulário para Levantamento de Carga referidos no item 3.1 deste capítulo, conforme descrito a seguir. 6.2.1. Determinação da Classe do Consumidor

Deverá ser assinalada no local apropriado do formulário a classe do consumidor, de acordo com o seguinte critério:

a) Consumidores com carga exclusivamente residencial serão classificados em classe A, B ou C, sendo: Classe A : Possui previsão para instalação de iluminação e diversos eletrodomésticos, inclusive chuveiro elétrico, bomba d'água até 3/4cv, denotando, pelo porte e aparência de sua residência, um alto potencial de utilização futura da energia elétrica; Classe B : Possui previsão para instalação de alguns eletrodomésticos, inclusive chuveiro elétrico e/ou bomba d'água de 3/4cv, denotando, pelo porte e aparência de sua residência, um potencial médio de utilização futura da energia elétrica; Classe C :

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Possui previsão para instalação apenas de iluminação e tomadas, podendo-se prever uma baixa utilização futura da energia elétrica. Classe D : Consumidores com carga não residencial.

6.2.2. Demanda Máxima dos Consumidores A, B e C

Para determinação das demandas máximas diversificadas individuais dos consumidores classes A, B e C, deverão ser adotados os valores indicados na Tabela 28 a baixo, não sendo necessário preencher os dados da coluna Demanda (kVA) do Formulário para Levantamento de Carga.

Tabela 28 – Demanda de Consumidores A, B e C

Classe A Classe B Classe C1 3,1 2,3 12 2,5 1,5 0,9

3 ou mais 2 1,1 0,8

Demanda Máxima Diversificada individual (kVA)Nº de Consumidores de Mesma Classe no Circuito (*)

(*) para cálculo elétrico da rede secundária, considerar cada lado do transformador separadamente e, para determinação da potência do transformador, considerar o número total de consumidores do circuito secundário.

Nota: Os valores obtidos deverão ser considerados como demanda noturna. Para o cálculo diurno considerar 20% de cada valor individual.

6.2.3. Demandas Máximas dos Consumidores D

A determinação dessas demandas deverá ser feita através de cálculos efetuados no formulário para Levantamento de Carga do consumidor considerado, seguindo-se os seguintes passos:

a) Converter os valores de potência dos aparelhos em demanda através da aplicação dos Fatores de Conversão apresentados em tabela existente no próprio formulário, lançando-se os valores obtidos nas colunas Diurna ou Noturna, ou em ambas, conforme o regime de funcionamento do(s) aparelho(s);

b) Efetuar os somatórios das colunas Diurna e Noturna, para as cargas de regime variável (cargas V) e para as cargas de regime permanente (cargas P);

c) Aplicar os fatores de demanda (F.D.) adequados aos somatórios das cargas V, escolhendo-se entre os valores de fator de demanda constantes na tabela Fatores de Demanda apresentada no formulário, obtendo-se os valores de demandas máximas diurna e noturna para as cargas V (DEM-V), não podendo ser, porém, os valores encontrados inferiores às demandas do maior motor em funcionamento durante cada período considerado (diurno ou noturno);

d) As demandas máximas (diurna e noturna) do consumidor deverão ser obtidas somando-se os valores de DEM-V obtidos, com os valores do DEM-P, lançando-se os totais na linha Totais Cargas-P+V.

6.2.4. Determinação da Carga Total Instalada

Para qualquer classe de consumidor, a carga total instalada do mesmo deverá ser obtida como segue:

a) Efetuar os somatórios das potências P; b) Obter as Cargas Totais – (P+V); c) A carga total instalada do consumidor, em kW, será obtida somando-se os valores da coluna Potência

(kW) com os valores da coluna Potência (cv), multiplicados pelo fator de conversão 0,736kW/cv. 6.2.5. Demanda dos Consumidores de Projetos de Refo rmas

Aplica-se a mesma metodologia da área urbana.

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6.2.6. Demanda dos Consumidores de Projeto de Exten são de Rede e aumento de carga:

Nas extensões de rede ou pedido de aumento de carga nos circuitos de baixa tensão, a demanda a ser utilizada para os atuais consumidores e novos consumidores residenciais deve ser adotada os valores indicado no item 5.2.2, em função do tipo de instalação e característica da área (classe A, B e C). Também deverá ser calculada a demanda através do RIC de baixa tensão para consumidores novos trifásicos residenciais com previsão de disjuntor superior a 40 A.

Nas extensões de rede de um novo consumidor não residencial deve-se adotar o mesmo método de cálculo efetuado pelo formulário para Levantamento de Carga do consumidor do item 5.2.3 – demanda máxima dos consumidores “classe D”.

Nos pedidos de aumento de carga não residenciais o cálculo da demanda é conforme o RIC de baixa tensão.

6.2.7. Diagrama Unifilar da Rede Secundária

No diagrama unifilar, desenhado na planilha de cálculo elétrico de queda de tensão (ANEXO A), devem ser identificadas as demandas máximas diversificadas individuais dos consumidores, bem como comprimentos e designação de trechos de rede. Os valores de demanda diurna dos consumidores classe D deverão ser distinguidos pela colocação da letra D à esquerda dos mesmos. 6.2.8. Fator de Potência para o Cálculo

O cálculo elétrico da rede secundária deve ser feito para o período de funcionamento das cargas (diurno e/ou noturno), considerando as demandas individuais calculadas segundo os itens 3.2.2 e 3.2.3. O fator de potência a ser adotado para o cálculo elétrico deverá ser:

a) 0,8 quando houver consumidor classe D no circuito; b) 0,92 quando estes não estiverem presentes.

6.3. Transformadores

6.3.1. Cálculo da Potência dos Transformadores

A potência e o número de fases de cada transformador serão determinados pelo preenchimento da Planilha para Cálculo da Potência dos Transformadores, conforme modelo do ANEXO H. Para o preenchimento da referida planilha deverá, primeiro, ser feita a respectiva identificação através da indicação do número de ordem da folha (número de ordem/número total de folhas) e dos nomes do município e da obra em questão, no topo da mesma. Os campos pertencentes às colunas "a" a "x" deverão ser preenchidas como segue:

a) Coluna “ a ”: Número de ordem do transformador, conforme identificação na planta; b) Coluna “ b ”: Número de consumidores classe A alimentados pelo transformador; c) Coluna “ c ”: Demanda diversificada dos consumidores classe A, obtida da tabela 1 do item 5.2.2 capitulo II; d) Coluna “ d ”: Demanda total dos consumidores classe A obtida pela multiplicação dos valores das duas colunas

anteriores; e) Colunas “ e ”, “ f ” ,” g ”, ” h ”, “ i “ e “ j “: Obtidas da tabela 1 do item 5.2.2 capitulo II; f) Coluna “ l “: Demanda total noturna dos consumidores A, B e C, obtida somando-se os dados das colunas d, g e j; g) Coluna “ m “: Número de consumidores da classe D alimentados pelo transformador; h) Coluna “ n “: Coeficiente de diversidade obtido em função do número de consumidores (coluna m), através da tabela

abaixo:

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Tabela 29 – Coeficientes de Diversidade (Consumidor es D) Número de consumidores Coeficiente de diversidade

1 12 0,83 0,74 0,65 0,5

i) Colunas “o” e “p”: Somatório das demandas individuais dos consumidores, diurnas e noturnas, respectivamente, obtidas

dos Formulários para Levantamento de Carga respectivos; j) Colunas “q” e “r”: Demandas totais, diurna e noturna, respectivamente, obtidas pela multiplicação do coeficiente de

diversidade (coluna n) pelos dados das colunas o e p; k) Coluna “s”: Somatório das demandas das cargas P dos consumidores alimentados pelo transformador, obtidas dos

Formulários para Levantamento de Carga respectivos; l) Coluna “t”: Demanda máxima diurna prevista para o transformador, escolhida como o maior entre o dado da coluna

s e o cálculo por:

22 )2,08,0(36,0 Iqq ⋅+⋅+⋅ , onde:

q e l são os dados das colunas designadas por essas letras;

m) Coluna “u”: Demanda máxima noturna prevista para o transformador, escolhida como o maior valor entre o dado da

coluna s e o calculado por:

22 )2,08,0(36,0 Irr ⋅+⋅+⋅ , onde:

onde “r” e “o” são os dados das colunas designadas por essas letras;

n) Coluna “v”: Potência nominal escolhida para o transformador, adotando-se o valor padronizado igual ou

imediatamente superior ao maior valor entre os dados das colunas t e u; o) Coluna “x”: Número de fases do transformador determinado pelo número de fases das cargas a ele ligadas, pela

potência do transformador ou pelo número de fases determinado pelo cálculo elétrico da rede secundária.

6.3.2. Seleção da Potência Nominal dos Transformad ores

Deve ser prevista a utilização de transformadores conforme as potências fixadas conforme tabela a seguir:

Tabela 30 - Potência de transformadores monofásicos Demanda do circuito (kVA ) Potência do transformador (kVA)

Até 9 10 Até 13,5 15 Até 22,5 25

Para demandas superiores a 22,5 kVA, deve-se prever a utilização de sistemas trifásicos. Para transformadores trifásicos devem ser adotados os mesmos critérios estabelecidos para rede urbana.

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6.4. Distribuição Primária

6.4.1. Número de Fases

A rede primária deve ser trifásica ou monofásica, de acordo com as características das cargas e com o cálculo elétrico.

6.4.2. Amortecedores de Vibração

A vibração eólica tem alta freqüência e pequena amplitude e é causada pelos ventos horizontais que correm na direção transversal da rede de distribuição de energia. Esse tipo de vento gera uma pressão alternada que provoca um desbalanceamento de pressão no cabo condutor, induzindo, desta forma, um movimento para cima e para baixo em um plano perpendicular à direção dos ventos. Nas áreas rurais dos municípios de Santana de Livramento, Alegrete, Uruguaiana, Rosário do Sul, São Borja, Itaqui, Quarai, Barra do Quarai e São Gabriel devem ser instalados os amortecedores de vibração nas redes troncais dos alimentadores, nos ramais e derivações com condutores do tipo 1/0CAA ou bitola equivalente/superior. A aplicação dos amortecedores de vibração deverá ser em projeto de obras novas, reforma de rede e obras de manutenção.

6.4.3. Protetor para isolador

O protetor de isolador é um dispositivo instalado na cruzeta, seja a mesma de madeira, aço ou fibra, com a finalidade de inibir os pássaros João de Barro de construírem seus ninhos muito próximos aos isoladores das redes de média tensão. O protetor para isolador deve ser instalado, obrigatoriamente, em todas as estruturas com cruzeta na área rural. O padrão do dispositivo encontra-se na ETD 001.008.004. Segue o exemplo do quantitativo de peças instalado por estrutura do tipo:

a) N4: 4(quatro) peças. b) T1/T2: 2(duas) peças.

Em todas as estruturas dos projetos novos e de recondutoramento, a regra da instalação dos protetores para isoladores deve ser de duas peças por isolador, não localizados na extremidade da cruzeta. Nos isoladores da extremidade da cruzeta, deve ser instalada uma peça na lateral do isolador do lado oposto a extremidade da cruzeta. 6.5. Distribuição Secundária

6.5.1. Tensão Nominal

A tensão nominal de operação deve estar de acordo com a tensão existente na área do projeto. 6.5.2. Tipo dos Circuitos

Os circuitos devem ser do tipo radial e de acordo com o tipo de transformador. Os circuitos exclusivos de iluminação pública a rede projetada poderá ser monofásica. Também se aplica a circuitos elétricos de baixa tensão para atendimento de consumidores monofásicos mais iluminação pública. 6.5.3. Condutor Neutro

Nas redes monofásicas a dois fios (fase-neutro) supridas por transformadores monofásicos, à seção dos condutores deve ser a mesma.

Nota: Deve ser analisada técnica-economicamente a conveniência de desdobrar o circuito ou reposicionar o transformador toda vez que o cálculo elétrico requerer o uso de condutores de seções superiores à mínima padronizada.

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6.6. Estruturas

A NTD 002.002 – apresenta os gráficos para escolha do tipo de estruturas (U, T, N, HT e Pilar) a ser projetada para as redes de distribuição Rural. As estruturas do tipo T1 devem ser montadas com a cruzeta rebaixada, quando o terreno permite que a distância da luz mínima ao solo seja cumprida, conforme segue: •••• Em vão com comprimento de no máximo de 80 metros, a cruzeta deve ser rebaixada de 85 centímetros do

topo do poste de 11 metros. Estrutura do tipo “TE1”. •••• Em vão com comprimentos compreendidos entre 81 metros e 100 metros, a cruzeta deve ser rebaixada de

45 centímetros do topo do poste de 11 metros

Em áreas com lavoura que possuem aves de grande porte a cruzeta deve ser rebaixada de 85 centímetros. As normas NTD 003.001, NTD 003.005 e NTD 002.004 contêm respectivamente as estruturas e equipamentos da rede distribuição com suas distâncias de montagem para redes de estrutura convencional e pilar. A rede de distribuição pilar tem aplicação exclusiva para suspensão de condutores em estruturas sem equipamentos. As cruzetas padronizadas são metálicas e poliméricas.

• As cruzetas metálicas têm aplicação nas estruturas:

a) De ancoragem do tipo N3, N3/N3 para os cabos 1/0CAA e 4/0CAA. b) De saídas subestações e travessias de rodovias para todos os cabos; c) Do tipo 4 para definir o vão do cantão para os cabos 1/0CAA e 4/0CAA com o estaiamento; d) Do tipo 4 em ângulo para os cabos 1/0CAA e 4/0CAA; e) Do tipo 4 nos casos de mudança de bitola do condutor com o estaiamento. Para os cabos 1/0CAA e

4CAA.

• As cruzetas poliméricas têm aplicação em: a) Estrutura que não são padronizadas o uso da cruzeta metálica. b) Estruturas de derivação projetadas com TMR (tração mecânica reduzida).

O estaiamento da cruzeta é obrigatório para redes trifásicas e bifásicas de MT, projetadas com os condutores do tipo 2CAA, 1/0CAA e 4/0CAA. Na impossibilidade do estaiamento da cruzeta, motivado por obstáculos em campo, o projetista deve entrar em contato com a área técnica da AES Sul. Obrigatoriamente, a cruzeta deve ser metálica, quando não for projetado o estaiamento da mesma. A rede com o cabo 4CAA poderá ser projetado com o estaiamento do tipo “EPP”. A estrutura U é utilizada em redes monofásicas de MT com condutor 4CAA, conforme Tabela 31:

Tabela 31 – Definição do tipo de Estruturas conform e ângulo

ALUMÍNIO 4CAA

U1 0 - 50°

U2 _

U4 51° - 60°

U3 >60°

U3 90°

A NTD 003.002 - Estrutura de Rede Compacta apresenta as estruturas padrões.

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6.7. Cálculo Mecânico

6.7.1. Trações de Projeto

Para o cálculo da resultante dos esforços atuantes sobre estruturas em derivação, fim de linha, em deflexão e mudança de número ou seção de condutores deve-se utilizar a planilha de cálculo mecânico disponibilizada na internet (página da AES Sul>Dados técnicos> Normas técnicas). O vão básico do cantão poderá ser calculado de maneira aproximada pela expressão:

)(3

2MEDMAXMEDBASVVVV −⋅+= , onde:

VBAS é o vão básico, em metros; VMED é o vão médio do cantão, em metros; VMAX é o maior vão do cantão, em metros.

Tp = tração de projeto de cada condutor (daN). 6.7.2. Compensação do Esforço Resultante sobre a E strutura e Escolha de Estais

Os esforços resultantes em uma determinada estrutura devem ser compensados por: •••• Estai de cruzeta (ECV) nas ancoragens da rede primária com estruturas do tipo3 •••• Estai de cruzeta e cruzeta nas ancoragens de estruturas tipo3. •••• Escora para esforços até 1.000 daN no topo, exclusivamente em deflexões e desde que economicamente

justificável. •••• Estai de âncora com cordoalha de 6,35 mm de diâmetro, para esforços até 1.015 daN no topo. •••• Estai de âncora com cordoalha de 7,9 mm de diâmetro, para esforços até 1.710 daN no topo. •••• Estai de âncora com cordoalha de 9,53 mm de diâmetro, para esforços até 2.310 daN no topo. •••• Estai de cruzeta em "Y" ou poste a poste com cordoalha de 6,35mm de diâmetro, para esforços até

1.400daN no topo; Aplicação na ancoragem da rede com condutor de alumínio até 2CAA. •••• Estai de cruzeta em "Y" ou poste a poste com cordoalha de 9,53mm de diâmetro, para esforços até

2.310daN no topo; •••• Sapata para pântano, em terrenos alagadiços, banhados ou areia molhada. •••• Uma combinação de um ou mais elementos mencionados nas alíneas anteriores. •••• Ver itens complementares no capitulo I – Rede Urbana para o calculo mecânico •••• A concretagem da base do poste somente é aplicável, quando por questões técnicas não for possível à

utilização do estai, com a devida concordância da AES Sul. A aplicação de estais em postes de concreto deve atender os requisitos da NTD 002.004 – Engastamentos e Estaiamento e NTD 002.010 – Utilização de poste de Concreto na Rede de Distribuição. 6.8. Postes

Nos projetos de RDR devem ser previstos postes de concreto, exceto em casos específicos sob orientação da Central de Projetos. A capacidade mínima e tipo dos postes de concreto para a aplicação em alinhamento, ângulo e ancoragem deverá ser consultada a norma NTD 002.010 – Utilização de postes de concreto na rede de distribuição. O tipo de poste de concreto duplo T ou cônico a ser projetado em alinhamento, em ângulos e em estruturas de ancoragens deve ser consultada a NTD 002.010 – Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição. Os comprimentos padronizados dos postes para a rede convencional, desde que atendam a condição de luz mínima do condutor ao solo, são: • Rede secundária + iluminação pública + telecomunicações: 9m; • Rede primária: 11m; • Equipamentos: 12m;

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• Circuito duplo de rede primária: 13 m; • Troncal de circuitos primários (alimentadores): 12m. Notas 1) A instalação de chave fusível em poste de 11 metros existente, para atendimento a rede particular, poderá ser utilizada, desde que não tenha rede de baixa tensão ou previsão do poste da estrutura, na área rural; 2) Para casos especiais, como arranjos que envolvem derivações, cruzamentos ou travessias, bem como quando necessário assegurar os afastamentos mínimos entre condutores e solo e evitar arrancamento (enforcamento de estruturas), poderão ser empregados postes de comprimentos superiores; 3) Em redes construídas com postes de 12 metros e possuem alimentadores duplos, a instalação do novo transformador deverá ocorrer em postes de 13 metros.

Para rede pilar Os projetos com rede pilar no alinhamento (terreno plano) o poste poderá ter altura de 12 metros, no mínimo. Em ângulo, o poste deverá ser de 12 metros, no mínimo. O projetista deve avaliar sempre a luz mínima do condutor ao solo. A rede pilar não é aplicada em travessias de rodovias estaduais e federais. Na condição de mudança de configuração de rede pilar para convencional e vice versa o poste deverá ter uma altura mínima de 12 metros. 6.9. Condutores

6.10. Aplicação

Em redes rurais, projetam-se os seguintes condutores de média tensão:

• Condutores com alma de aço (CAA) para redes trifásicas e monofásicas e monofilares com retorno por terra (MRT).

• O condutor de alumínio do tipo 2CA (sem alma) tem aplicação exclusiva em rede que derivam da troncal. Os condutores do tipo 2CA podem ser projetados com tração mecânica reduzida (TRM), a fim de termos um esforço resultante menor no poste da rede tronco. A sua aplicação se restringe no máximo um vão. Ver item referente à TMR no capítulo II.

• O condutor bimetálico do tipo “1N5” para atendimento específico da concessionária. A sua aplicação se restringe a rede de média tensão monofásica.

• O condutor com cobertura em XLPE tem a sua aplicação na rede compacta em locais com densa arborização composto por árvores de médio e grande porte. Também se aplica em trajeto da rede montada em cruzeta com arborizações espaçadas ao longo do alinhamento.

Os condutores da rede de baixa tensão poderão ser do tipo com alma de aço de alumínio (CAA) ou com cabo multiplexados, salvo o condutor 4CAA que não se aplica. Os projetos das redes de baixa tensão em áreas com vegetação de pequeno porte o condutor a ser utilizado e o multiplexado. Essa condição deve ser aplicada, quando não existe alternativa viável para o projeto da rede. O projeto com a instalação do condutor multiplexado intercalado com a rede nua deverá atender os seguintes critérios: • O circuito de BT a jusante da rede multiplexada com mais de um vão deverá ser instalado espaçadores

até o final do circuito, quando a rede existente nua for trifásica; • Os espaçadores deverão ser instalados a cada 15 metros; • A instalação dos espaçadores deverá ocorrer com a rede regulada; • O projetista deverá indicar no projeto a instalação dos espaçadores e a regulagem da rede, se necessário.

Nas redes monofásicas a dois fios (fase-neutro) supridas por transformadores monofásicos, a seção dos condutores deve ser a mesma, enquanto que nas redes supridas por transformadores trifásicos e redes monofásicas a três fios (fase-fase-neutro), a seção do condutor neutro pode ser imediatamente inferior à seção do condutor fase, a menos que a seção do condutor fase seja a mínima padronizada. Também pode ser utilizada seção de mesma bitola caso necessário.

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Nota: Deve ser analisada técnica-economicamente a conveniência de desdobrar o circuito ou reposicionar o transformador toda vez que o cálculo elétrico requerer o uso de condutores de seções superiores à mínima padronizada. 6.11. Bitolas padronizadas e tipo

Dentre os condutores padronizados, utilizar preferencialmente os indicados na tabelas abaixo:

Tabela 32 – Condutores padrões MT

Condutor Tipo4, 2, 1/0, 4/0 e 336,4 Alumínio (CAA)

2 Alumínio (CA) 1N5 Bimetálico

4,2 e 1/0 Alumínio (CAA)

50 e 150 mm² XLPE

50 e 95 mm² XLPE

Rede compacta

Rede convencional de Média Tensão

Rede pilar trifásica e bifásica

Rede convencional de Média Tensão

Tabela 33 – Condutores padrões BT (tipo)

Condutor Tipo2 e 1/0 Alumínio (CAA)

Rede de Baixa Tensão

Tabela 34 – Condutores padrões (seção)

Seção nominal (mm²)nro x fase+neutro

3x1x35+353x1x50+503x1x70+70

3x1x120+70

Quadruplex

Cabos

Rede de Baixa Tensão

Tabela 35 – Condutores tronco de circuitos secundár ios

30 2 35 2 3545 1/0 50 2 3575 1/0 70 1/0 50

112,5 - 120 1/0 70

Transformador (KVA)

220/127 V 380/220 VCAA/AW

GMultiplex

(mm2)

CAA/AWG

Multiplex

(mm2)

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Tabela 36 - Barramento de ligação do TR a rede mono fásica

220V 127V 220V 127V16 16 2 1/0

Barramento secundário AWG

Barramento de ligação mm²

Cabo de alumínio CAATRANSFORMADOR

MONOFÁSICO

(kVA)

Cabo isolado de cobre 0,6/1kV

10 e 15

Tabela 37 – Barramento de ligação do TR a rede trif ásica

380/220 V 220/127 VAté 45 35 35

75 70 95112,5 95 150150 120 -

Transformador Trifásico (kVA)

Cabo Isolado de Cobre 0,6/1kV (mm²)

6.12. Aterramento de cercas e obstáculo

Aterramentos de cercas ou obstáculos metálicos, conforme os casos devem proceder da seguinte maneira:

a) Para cercas posicionadas paralelamente à rede de distribuição, a uma distância igual ou inferior à 30 metros do eixo desta: cada extensão de 250 metros de cerca deve ter, no mínimo, um ponto de seccionamento (ultilizar seccionador pré-formado ou fixar, desencontradamente, os fios de arame junto ao moerão) e um ponto de aterramento ao meio do trecho, onde aerá feita a conexão de todos os fios de arame da cerca.

Figura 20 – Haste de aterramento conectada a todos os fios da cerca.

L

L/2 0,10m

Figura 21 – Métodos para seccionamento de cercas.

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Eixo da Rede de Distribuição

Seccionamentoda cerca

250 m30 m

Aterramentoda cerca

Figura 22 – Dimensionamento dos aterramentos de cer ca.

b) Para parreirais com um dos lados posicionado paralelamente à rede de distribuição, a uma distância igual ou inferior à 30 metros do eixo desta: cada extensão de 250 metros de parreiral deve ter em seu arame lateral, no mínimo, um ponto de aterramento (pode ser feito junto ao estaiamento da estrutura).

c) Para cruzamentos entre redes de distribuição e cercas ou obstáculos metálicos: cercas e obstáculos devem ser seccionadas(os) 50 metros a montante e a jusante do ponto de cruzamento com a rede de distribuição. Devem ainda ser inseridos aterramentos ao centro do trecho isolado e fora deste (junto aos pontos de seccionamento).

Eixo da R

ede de Distribuição

Seccionamentoda cerca

50 m 50 m

Aterramento da cerca

Figura 23 – Dimensionamento dos aterramentos de cer ca II.

OBS.: Portões, porteiras, cancelas e mata-burros podem ser considerados pontos de seccionamento da cerca, desde que haja descontinuidade nos fios.

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Figura 24- Aterramento para portões, porteira, canc elas e mata-burros. 7. Vão

A tabela de aplicação do vão de projeto tem por finalidade informar o padrão do vão básico da rede de distribuição de energia. A coluna referente aos “tipos de condutores” define quais são aplicados para o vão em estudo. Nos casos em que a definição é “todos do padrão” fazem referencia aos condutores da área rural padronizados. Seguem exemplos de aplicação da planilha:

Exemplo 01: • Tipo da rede do projeto: baixa tensão multiplexada • Tipo de condutor: 50mm² • Localizar na planilha: o “x” marcado. • Resultado do vão básico de projeto: 50 metros.

Exemplo 2: • Tipo da rede do projeto: média tensão e baixa tensão ambos trifásicos • Tipo de condutor: 2CAA • Localizar na planilha: na mesma linha o “x” marcado em dois pontos. • Resultado do vão básico de projeto: 50 metros

Exemplo 3: • Tipo da rede do projeto: média tensão e baixa tensão • Tipo de condutor: média tensão 4CAA • Localizar na planilha: na mesma linha o “x” marcado em dois pontos. • Resultado do vão básico de projeto: 50 metros

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NORMA TÉCNICA

ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

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Tabela 38 - Tabela com o vão padrão de projeto

Trifásica TrifásicaBifásica Bifásica

x x x x 50 todos do padrãox x 50 todos do padrão

x 60 todos do padrãox 60 todos do padrão

x 50 todos do padrãox 80 1/0CAA, 4/0CAAx 100 4CAA, 2CAA

x 120 4CAA, 2CAAx x x 35 4CAA, 2CAA,1/0CAAx x x 30 4/0CAA, 1/0CAAx 60 2/0CAA, 1/0CAAx 50 1/0CAA, 4/0CAA

x 160 1N5

x 80 4CAA, 2CAA, 1/0CAA

x 35 50 e 150mm²

x 35 50 e 95 mm²

Rede de distribuição convencional Vão

básico padrão

Tipos de condutoresmonofásicaMonofásica Multiplexada

Baixa TensãoMédia tensão

Circuito Duplo

Rede de distribuição com cabo XLPE em cruzeta

Rede de distribuição compacta

Rede de distribuição pilar

O condutor bimetálico (1N5) tem sua aplicação em vãos básicos de projetos compreendidos na faixa entre 140 metros até 160 metros. O condutor bimetálico (1N5) tem aplicação em projetos especiais. Os projetos com vão básicos compreendidos na faixa entre 121 metros e 139 metros devem adequados conforme padrão do vão básico do cabo 4CAA. O projetista deverá avaliar a luz mínima para determinar o vão máximo permitido pelo terreno, obstáculos e com as características do transito de pessoas, veículos e máquinas agrícolas no local da construção da rede. A aprovação dos projetos com vãos superiores aos recomendados do condutor com alma de aço (CAA) e bimetálico ficará a critério da área de projetos, após a análise técnica. No caso de redes no Sistema MRT com Condutor de Alumínio com Alma de Aço (CAA), com previsão de complementação de fase, a locação deve ser adequada a uma futura implantação de rede trifásica. O projeto da rede pilar está limitada a vão máximo de 85 metros e vão básico máximo de 80 metros.

7.1. Regra do 1/3 nos projetos de redes

Em redes trifásicas, bifásicas e monofásicas não é permitido vãos adjacentes com diferenças nos seus comprimentos superiores a 1/3 (um terço) do comprimento do vão adjacente mais extenso. 8. Rede Monofilar com Retorno por Terra (MRT)

8.1. Condições de Utilização

A utilização do sistema MRT é exclusiva das redes primárias com demanda não superior aos limites estabelecidos na Tabela 39.

Tabela 39 - Demanda Diversificada Condutor Tensão (kV) Demanda Máxima (kVA)

55

90CAA

3/8,13

3/1,23

A corrente de curto-circuito fase-terra mínima (Icc) em qualquer final de rede com o sistema MRT, deve ser igual ou superior a 40 A. O emprego do sistema MRT deve ser projetado para ramais, devendo ser utilizados condutores CAA.

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TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

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8.2. Limite de Extensão dos Circuitos em CAA

Para determinação das extensões máximas possíveis com o sistema MRT/CAA, deve ser calculada a corrente de curto-circuito fase-terra mínimo no final do circuito, devendo ser a mesma superior a 40 A. 8.3. Traçado

A rede deve ser traçada preferencialmente ao longo de vias de acesso. Deve ser de fácil acesso a pedestres, com boa visibilidade, evitando locais de difícil topografia, como matos, pântanos, áreas de preservação permanente, culturas em geral e acidentes geográficos. 8.4. Identificação da Fase

Deve ser identificada no projeto a fase a qual será ligada a rede MRT. 8.5. Levantamento de Carga

Para todos os consumidores deve ser feito o levantamento de todas as cargas a serem instaladas, conforme definições dos capítulos anteriores. 8.6. Demanda

A demanda prevista para os transformadores projetados na região a ser atendida, devidamente diversificada, deve ser somada a potência já ligada ao ramal, quando for o caso.

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CAPÍTULO IV

REDES COMPACTAS

1. Objetivo

O capitulo III tem como objetivo estabelecer os critérios básicos para a elaboração de Projetos de Redes de distribuição aérea trifásica com cabo coberto fixados em espaçadores poliméricos sustentados por uma cordoalha de fios de aço zincado (mensageiro), em configuração compacta. 2. Campo de Aplicação

Aplica-se a projetos de Redes de Distribuição nos sistemas 13,8 e 23,1kV, em redes novas, ampliação, reforço ou melhoria, localizada em áreas urbanas e rurais conforme item 7 do capitulo I. 3. Condições Gerais

3.1. Recomendações

O projeto para Rede Compacta dever obedecer a todos os critérios e procedimentos constantes dos capítulos anteriores desta Norma. As exceções e particularidades serão tratadas neste Capítulo. 3.2. Sustentação dos Condutores

A sustentação dos condutores deverá ser realizada por cordoalhas de fios de aço zincado tipo AR ou HS de alta resistência, nas no diâmetro:

a) 9,53mm - para sustentação do cabo de alumínio coberto, 50mm², 70mm², 95mm² e 150mm². 3.3. Proteção Contra Sobrecorrente

Nos circuitos primários com cabos cobertos, serão protegidos contra sobrecorrentes pelos mesmos tipos de dispositivos ou equipamentos de proteção, adotados nas redes convencionais. 3.4. Proteção Contra Sobretensão

A proteção contra sobretensão da rede aérea com cabos cobertos deverá ser feita através de pára-raios, de modo a se obter o máximo aproveitamento do equipamento protetor. 3.5. Localização dos Para-raios

Devem ser previsto a instalação de pára-raios nas seguintes situações: • Estruturas de transição; • Estruturas com transformadores de distribuição; • Em todo final de linha; • Equipamentos especiais; • Equipamentos de manobra normalmente abertos nos terminais fonte carga.

Notas: 1)É permitida a instalação de para-raio na primeira estrutura a montante ou a jusante da estrutura de transição. 2)Quando houver para-raios instalados a uma distância de até dois vãos (em equipamentos) é dispensada a utilização de para-raios da estrutura de transição 3.6. Seccionamento e Manobra

Os tipos de equipamentos de seccionamento e manobra a serem utilizados nas redes aéreas com cabos cobertos são: • Chave fusível;

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• Seccionadora de faca unipolar; • Chave tripolar operação sob carga. 3.7. Aterramento do Mensageiro

A cordoalha de sustentação (mensageiro) deve ser aterrada nos pontos onde haja malha de aterramento de equipamentos, e aterramento do neutro da BT. Nos trechos onde não houver rede de BT, o mensageiro deve ser aterrado através de um eletrodo de aterramento em intervalos menores ou iguais a 300m. 3.8. Aterramento Temporário

Nos circuitos primários com cabos cobertos, prever a instalação de estribos com conectores tipo cunha, protegidos com capa isolante removível por vara de manobra para conexão do conjunto de aterramento temporário em intervalos de aproximadamente 300 metros, quando da execução de serviços de manutenção com a rede desenergizada. Os pontos de aterramento preferencialmente serão os estribos dos transformadores. 3.9. Transformadores de Distribuição

Deverão ser observados os critérios de dimensionamento de transformadores estabelecidos no Capítulo II desta Norma. 3.10. Estruturas

3.10.1. Postes

Para o calculo do esforço resultante a que o poste é submetido deve-se utilizar a planilha de cálculo de tração da AES Sul. O tipo de poste padrão da rede compacta é o tronco cônico. A escolha da capacidade nominal do poste em alinhamento, ancoragem e na instalação de equipamentos deve-se consultar a NTD 002.010 – Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição. O comprimento padronizado dos postes, desde que o terreno seja plano e atenda a Luz mínima, são: •••• Redes compactas: 12 m •••• Redes compactas com transformador: 13 m •••• Estrutura de derivação da rede compacta com compacta: 13 m •••• Estrutura convencional do tipo 1 passante com derivação em rede compacta: 12 m

3.10.2. Cruzetas

As cruzetas a serem projetadas devem seguir conforme Capítulo II item 4.1.8 desta Norma e nas NTD 004.005.006 – Cruzeta Metálica. 3.10.3. Espaçador Losangular

Para quantificar os espaçadores, losangulares nas estruturas da rede compacta consultar a NTD 003.002 – Estruturas Redes Compactas. 3.10.4. Travessias em Faixa de Domínio

Para projetar travessias de rede em faixa de domínio deve-se observar o que determina a NTD 006 – Ocupação ou Travessia de Faixas de Domínio por Redes de Distribuição de Energia Elétrica. 3.10.5. Circuito Duplo

As montagens dos circuitos duplos podem ser projetadas em lados opostos do poste ou em níveis. Em áreas com acentuado incidência de vegetação recomenda-se a disposição em níveis, para a área de poda é menor. Nas montagens de ancoragem, recomenda-se que sejam projetadas em estruturas alternadas.

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3.10.6. Denominação das Estruturas da Rede Compacta

A nomenclatura das estruturas “CE” deriva da designação “Compacta em Espaçadores”, seguindo de forma análoga os índices das estruturas das redes convencionais.

Para tanto, na codificação das estruturas de rede compacta devem ser adotadas as seguintes siglas:

Estruturas básicas e suas variações

Na identificação das estruturas básicas deve acrescentar na sigla CE (compacta em espaçadores) a numeração 1(com estribo para espaçador), 2 (com isolador polimérico tipo pino), 3 (uma ancoragem de rede) ou 4 (duas ancoragens de rede). Para identificar as variações das estruturas básicas devem-se utilizar as letras: “A” (para braço antibalanço), C (braço tipo “C”) e L (braço tipo “L”).

Segue as estruturas básicas e suas variações

• CE1 - Passante com braço tipo “L” e espaçador losangular; • CE1A - Passante com braço tipo “L”, espaçador losangular e braço antibalanço; • CE2 - Passante com braço horizontal e isolador polimérico tipo pino; • CE2L - Passante com braço horizontal, braço tipo “L” e isolador polimérico tipo pino; • CE2C - Passante com braço tipo “C” e isolador polimérico tipo pino; • CE2CL - Passante com braço tipo “C”, braço tipo “L” e isolador polimérico tipo pino; • CE3 - Com uma ancoragem em perfil “U”; • CE4 - Com duas ancoragens de rede em perfil “U”; • CE4C - Com duas ancoragens de rede em braço tipo “C”. Equipamentos:

• CF - Chave fusível; • SU - Seccionador unipolar (Chave Faca); • TR – Transformador; • PR – Para-raios;

Configurações: Para representar as configurações das estruturas a serem projetadas deve-se utilizar a seguinte codificação;

• Estruturas montadas em níveis diferentes: indicar as montagens das estruturas separadas por traço, na seguinte ordem, 1º nível-2º nível. Exemplo: CE2-N2.

• Estruturas montadas no mesmo nível e do mesmo lado: indicar somente a primeira montagem com a sigla CE e separá-las com um ponto. Exemplo: CE2.3

• Estruturas montadas no mesmo nível e em lados opostos: indicar as duas montagens com a sigla CE e separá-las com um ponto. Exemplo CE2.CE3.

• Estruturas com equipamentos indicar após a montagem a sigla do equipamento separada por um espaço. Exemplo: CE3 TR.

Critérios de Escolha da Estrutura Os padrões básicos de estruturas bem como arranjos e as suas respectivas denominações e aplicações estão ilustradas na NTD 003.002 Estrutura de Rede Compacta. Outros arranjos podem ser obtidos a partir da combinação de estruturas básicas entre si (como, por exemplo, estruturas para redes duplas, triplas ou quádruplas) ou ainda em conjunto com estruturas de rede convencional.

Para propostas de arranjos que não os apresentados na NTD 003.002, deve-se obedecer ao que estabelecem os afastamentos mínimos entre circuitos e equipamentos conforme tabela 1 e tabela 2 e as figuras apresentadas da referida Norma, bem como apresentar no projeto figuras detalhadas com os respectivos afastamentos e o caminho a ser percorrido pelo condutor. Nota: Fica a critério da distribuidora, após análise, a aceitação da proposta de estrutura.

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CAPÍTULO V

REDES PROTEGIDAS EM ESTRUTURA DA REDE CONVENCIONAL

1. Objetivo

O presente capítulo tem por objetivo estabelecer os critérios básicos para a elaboração de Projetos de Redes de Distribuição Trifásicas nas tensões 13,8 e 23,1kV, a padronização de montagens das estruturas básicas, composto basicamente de três condutores cobertos instalados sem espaçadores e apoiados em isoladores tipo pilar polimérico.

2. Campo de Aplicação

Esta Norma se aplica a projetos e montagem de Redes de Distribuição Rural nos sistemas 13,8 e 23,1kV conforme as diretrizes elencadas no capítulo de rede rural. 3. Definições

Devem ser consideradas as definições constantes na Introdução da NTD 002, em conjunto com as seguintes definições:

Anel de amarração Acessório de material elastomérico com a função de fixação do cabo coberto ao isolador, da rede protegida.

Capa Protetora Acessório de material polimérico, instalado sobre as conexões dos cabos protegidos, cuja função é manter o isolamento elétrico da rede e evitar umidade no interior da isolação do cabo.

Condutor ou Cabo protegido Condutor de seção circular constituído por fios encordoados de alumínio com uma cobertura protetora de polietileno reticulado termofixo (XLPE) visando à redução da corrente de fuga em caso de contato acidental do cabo com objetos aterrados e diminuição do espaçamento entre condutores. A cobertura do cabo não confere ao mesmo, característica de cabo isolado e, portanto, não deve ser tocado se energizado.

Isolador Pilar Polimérico Isolador pilar com dielétrico a base de polímero e com furo central roscado na base inferior, semelhante ao isolador pilar de porcelana.

Rede Protegida - RP Rede de distribuição primária de energia elétrica em tensões nominais de 13,8 kV ou 23,1 kV constituída de Cabos de Alumínio Cobertos em XLPE e isolador Pilar Polimérico.

4. Disposições Gerais

4.1. Recomendações

O projeto para Rede Protegida deverá obedecer a todos os critérios e procedimentos constantes dos capítulos anteriores da NTD 002 – Projeto de Rede Aérea de Distribuição. As exceções e particularidades serão tratadas neste documento. 4.2. Proteção Contra Sobrecorrente

Nos circuitos primários com cabos cobertos, serão protegidos contra sobrecorrentes pelos mesmos tipos de dispositivos ou equipamentos de proteção, adotados nas redes convencionais. 4.3. Localização dos Para-raios

É recomendada a utilização dos pára-raios nos seguintes pontos: • Nas estruturas de transição entre rede protegida e rede nua; • Nas estruturas com transformadores de distribuição;

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• Em todo final de linha; • Equipamentos especiais; • Equipamentos de manobra normalmente abertos nos terminais fonte carga. 4.4. Seccionamento e Manobra

Os tipos de equipamentos de seccionamento e manobra a serem utilizados nas redes aéreas com cabos cobertos são: • Chave fusível; • Seccionadora de faca unipolar; • Chave tripolar operação sob carga. 4.5. Aterramento Temporário

Nos circuitos primários com cabos cobertos, prever a instalação de estribos com conectores tipo cunha, protegidos com capa isolante removível por vara de manobra para conexão do conjunto de aterramento temporário em intervalos de aproximadamente 300 metros, quando da execução de serviços de manutenção com a rede desenergizada. Os pontos de aterramento preferencialmente serão os estribos dos transformadores. 4.6. Transformadores de Distribuição

Deverão ser observados os critérios de dimensionamento de transformadores estabelecidos no Capítulo II desta Norma, devendo dentro das possibilidades, serem utilizados transformadores trifásicos, conforme NTD 004.008. 4.7. Tipos de Projetos

4.7.1. Projetos de Reformas e Recondutoramento de R edes

São aqueles que visam à implantação do sistema de distribuição aérea com cabos protegidos, introduzindo alterações parciais ou totais na rede existente (convencional), para melhor adequá-la às condições locais, com o objetivo de melhorar as condições de fornecimento. Neste caso, as estruturas já existentes para rede nua pode ser utilizadas, desde que sejam atendidos os seguintes parâmetros: • Utilizado isolador pilar polimérico; • Atendido os limites de ângulos das estruturas; • Atendido os limites de trações dos condutores cobertos; • Atendido os limites de luz mínima nos vãos; • Atendido os esforços admissíveis na estrutura.

Pode-se utilizar o mesmo traçado e a quase totalidade dos postes existentes, o que praticamente elimina a necessidade de obras civis (salvo a substituição de um ou outro poste). O tratamento operacional dessa rede é o mesmo da rede nua, devendo-se sempre adotar todos os cuidados e procedimentos equivalentes à rede nua.

4.8. Ferragens e Acessórios

As ferragens e acessórios utilizados nas redes protegidas deverão estar de acordo com as Especificações contidas na NTD AES de Ferragens. 5.Projeto Elétrico

5.1. Distribuição Primária

A rede primária deve ser trifásica e a tensão nominal de operação das redes deve ser de 13,8 ou 23,1kV, de acordo com a tensão existente na área do projeto e a classe de isolação de 15 ou 25 kV, conforme a tensão nominal de operação da rede.

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Nota: No caso de estar prevista a conversão da tensão de 13,8 para 23,1kV na área do projeto, a classe de isolação projetada dos componentes da rede deverá ser de 25 kV.

5.2. Condutores

Os condutores padronizados são 35, 50 e 95 mm². O cabo de 35mm² é aplicado em circuito de derivação da rede para conexão ao transformador de particular, poste da rede de particular e de transformador do outro lado da via pública. Exemplo: transformadores para atendimento de condomínios, ramal de ligação de empresas. Para vão até 12 metros, pode utilizar a estrutura da rede compacta sem a cordoalha. Distâncias superiores a cruzeta de ancoragem deve ser de 2,40 metros.

5.3. Proteção

Devem ser previstas em ramais de alimentadores, chaves fusíveis de base C, corrente nominal 300A, com dispositivo para a abertura com a ferramenta “loadbuster”, para operação em carga.

6. Projeto Mecânico

6.1. Estruturas Básicas

São utilizadas as estruturas de rede convencional. Para todas as estruturas, na montagem, devem ser mantidos os espaçamentos uniformes entre condutores. Nas situações em que os cabos forem fixados sobre os isoladores pilar, estes devem ser instalados no lado oposto ao esforço resultante do ângulo dos vãos adjacentes. A fixação dos condutores nos isoladores pilar deve ser realizada preferencialmente por meio de laço pré formado lateral ou de topo, ou então com fio de alumínio coberto para amarração conforme NTD 004.004. Na fixação dos condutores nas estruturas de ancoragem e final de rede com isolador polimérico de suspensão devem ser utilizados alça pré-formado para cabo protegido, conforme NTD 004.004.003 ou grampo de ancoragem conforme diâmetro externo do condutor conforme NTD 004.004.015. Quanto às distâncias e projeções de prédios e de pessoas devem ser mantidos os mesmos critérios de afastamentos das redes nuas. Deve-se ressaltar que, pelo fato dos cabos condutores não possuírem blindagem metálica aterrada sobre a camada de material isolante, os mesmos não podem ser considerados isolados e sim apenas protegidos. Por esse motivo, não deve se tocar nesses cabos quando energizados.

O padrão de cruzetas é formado por dois tipos: poliméricas e metálicas. • A cruzeta metálica e polimérica tem as seguintes aplicações:

o As cruzetas poliméricas têm aplicação em estruturas do tipo N1, N2, M1, M2, B1 e B2. o As cruzetas metálicas têm aplicação em estrutura de alteração do tipo de rede. Mudança de

convencional para compacta.

• As estruturas do tipo N4 que define o vão do cantão devem ser projetada com: o Cruzetas poliméricas para condutores do tipo 25 e 50 mm². o Cruzetas metálicas para os condutores do tipo 95mm².

• Projeta-se a cruzeta metálica em estruturas de ancoragem (tipo3) nas redes:

o Com condutor do tipo 95mm², preferencialmente, com o estaiamento da cruzeta, quando a situação de campo permitir;

o Das saídas de subestações e travessias de rodovias.

• Projeta-se a cruzeta polimérica em estruturas de ancoragem (tipo3) nas redes: o Com condutores dos tipos 25 e 50 mm². o Com condutor tipo 95mm², com o estaiamento da cruzeta.

6.2. Estruturas Especiais

As estruturas especiais são as estruturas destinadas à instalação de equipamentos tais como: transformador, chave faca, chave fusível, banco capacitor, etc.

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Neste caso, salvo indicação ao contrário, deve-se adotar as estruturas já padronizadas para redes nuas.

6.3. Dimensionamento de Estruturas

No cálculo dos esforços nas estruturas deverá ser utilizado o programa disponível no site da AES Sul para escolha do poste de concreto em conjunto com a tabela de ângulos em função do condutor e estrutura.

6.4. Vãos

Os vãos básicos máximos permitidos é 35 m. As distâncias entre condutores e altura mínima do condutor em relação ao solo devem ser analisadas na condição de flecha máxima.

6.5. Ângulos

Os ângulos admissíveis em função de cada estrutura e condutores são indicados na tabela abaixo:

Tabela 40 - Tabela de ângulos em função da estrutur a e condutor

Condutor Tipo1 Tipo2 Tipo4 Tipo3-3 Tipo3

70 0-20 21-40 41-50 51-90

95 0-15 16-33 34-54 55-90

185 0-8 set/20 21-35 36-90

Ângulo máximo para estruturas da rede com cabo prot egido na área urbana

Ancoragem - Final de

rede

6.6. Distâncias verticais e horizontais mínimas de segurança As distâncias ao solo e edificações deverão respeitar os valores constantes na NTD 002 – Distâncias entre condutores e edificações da rede nua. 6.7. Travessias Deverão ser realizadas observando-se as exigências técnicas contidas na NTD 006 – Ocupação ou Travessia de Faixas de Domínio por Redes de Distribuição de Energia Elétrica. 6.8. Circuito Duplo As estruturas de rede protegida são projetadas apenas para circuitos trifásicos simples, ou seja, um único circuito alimentador, sem utilização com circuito duplo. 6.9. Cruzamento Aéreo No cruzamento aéreo entre rede protegida e rede convencional, o cabo protegido deverá ficar, preferencialmente, no nível superior, efetuando-se as ligações com cabo de alumínio coberto. 6.10. Postes Os postes para a rede protegida seguem os mesmos critérios da rede convencional com condutor nu, conforme NTD 002 – Projeto de Rede Aérea de Distribuição. A capacidade nominal do poste em alinhamento e em estruturas com transformadores deve ser consultada a NTD 002.010 – Utilização de Postes de Concreto na Rede de Distribuição. A altura do poste deve atender aos critérios de luz mínima de acordo com o terreno e flecha de projeto, devendo ser, no mínimo, de 11 metros de altura e atender aos esforços da rede conforme projeto. Nos casos de arranjos que envolvam derivações da rede primária, uso mútuo de postes, circuitos independentes de iluminação pública e travessias aéreas de vias, podem ser utilizados postes especiais. Deve ser projetada fundação especial, como concretagem da base, quando o material do solo não apresentar resistência mecânica compatível com o esforço nominal do poste.

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CAPÍTULO VI

REDES DE DISTRIBUIÇÃO PARA ATENDIMENTO DO ART 3° D A RESOLUÇÃO NORMATIVA 384 DE DEZEMBRO DE 2009

1. Objetivo

O capítulo VI estabelece as condições exigíveis para a elaboração e apresentação de projetos de redes aéreas de distribuição para atendimento do art3° da resolu ção normativa 384 para empreendimentos habitacionais urbanos de interesse social. Todos os parâmetros de cálculos mecânicos e elétricos não elencados neste capítulo deverão seguir os critérios de projeto da rede urbana. Também o regulamento de instalações consumidoras (RIC-BT) da concessionária. 2. Critérios de Atendimento aos Consumidores

Os consumidores a serem atendidos por esse tipo de rede são os localizados em áreas urbanas consideradas pelo poder público de interesse social. Os empreendimentos habitacionais destinados, predominantemente, às famílias de baixa renda, em uma das seguintes situações terão seu atendimento com esse tipo de projeto: • Em zona habitacional declarada por lei como de interesse social; ou • Promovidos pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades delegadas, estas

autorizadas por lei a implantar projetos de habitação, na forma da legislação em vigor; ou • Construídos no âmbito de programas habitacionais de interesse social implantados pelo poder público.

3. Projeto Elétrico

O valor da demanda a ser aplicada no cálculo elétrico é de 0,8kVA. Essa demanda se aplica a lotes considerados de baixa valorização com área não superior a 48m². Os demais pontos do projeto deverão seguir os padrões constantes na norma de projetos de rede aérea urbana. 4. Projeto Mecânicos e Disposição Física da Rede

Os projetos de edificação vertical com vários prédios a instalação do transformador poderá ser na área interna do condomínio e instalado em poste. A rede de distribuição primária deverá ser compacta e a secundária do tipo multiplexada. A aplicação desta condição se restringe para apartamentos com área útil de até 40m². O arruamento deverá permitir a manobra de caminhões da concessionária para realização de serviços de manutenção na rede de distribuição. Os demais itens do projeto deverão seguir os padrões constantes na norma de projetos de rede aérea urbana e RIC – regulamento de unidades consumidoras.

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TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 70 de 81

ANEXO A - Cálculo elétrico da rede secundária

Diagrama unifilar do circuito 6 25 5 35 1,16

7,66 6 2,66 25 5 35

4,16 2,66 4,16 kVA

2 28m

35

3

25

4

1 21m 28 Ponto1 30 3,66 3 8,1 35 3

35 2 4,35 4,32

Planilha para determinação da queda de tensão em circuitos de baixa tensão

Comp.Anterior Ponto ( m ) kVA kWh kVA kWh kVA kWh kWh N° F. Fase Neu tro Comp. Trecho Total %

Trafo 1

2

3

4

5

6

Trafo 1

2

3

4

5

6

Carregamento no ponto do transformador: kVA kWh

Queda Tensão

% de carregamento do Transformador: Maior % de Queda apresentada:

Trecho Distribuída Residêncial Comercial Industrial Dado s Condutor

No cruzamento das redes no ponto “1”, não temos cargas conectadas. Portanto na planilha do cálculo de queda de tensão na coluna do “kVA” vai o valor zero. Mas a coluna do comprimento do vão deve ser completada na unidade em metros. O indicador referente ao carregamento do transformador, esse tem a sua aplicação exclusiva para projetos de loteamentos. Para projetos de reforma, aumento de carga e desdobramento de circuito deve ser dimensionado conforme o item da norma que trata o assunto para áreas urbanas e rurais. A planilha acima é ilustrativa. A versão completa está disponível na página da AES Sul, intitulada como programa de cálculo de queda de tensão para rede de baixa tensão.

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NORMA TÉCNICA

ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

TÍTULO: Projeto de Rede Aérea de Distribuição

VERSÃO NORMA: 2.0

Elaborado: Marcus Izquierdo Felberbaum

Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

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ANEXO B - Cálculo elétrico da rede primária 75 L 75

75

O

J 225

275

75

212 H

I 122

F

120 G

75

203 E 162

183 27

28 M

A

50

75 D

N 75

PONTO DE CONEXÃO

141 103,5 195

B C

Observação: Trecho B-C = travessia de estrada Queda de tensão no poste de tomada de energia – 5,2%

Referência Desenho No Proc./EI n°:

TRECHO CARGA Condutores

QUEDA DE TENSÃO

Designação

Comprimento Distribuída no trecho

Acumulada no fim do

trecho

Total

Unitária

No trecho

Total

A B C D (C/2+D) B=E F G ExG=H I Primária km MVA MVA MVA x km

AWG

%

%

% Secundária 100m kVA kVA kVA x 100m CONEXÃO 5,200 -

A B 0,141 0,575 0,081 3#2 CA 0,604 0,049 5,249 B C 0,104 0,575 0,060 3#2 CAA 0,664 0,040 5,289 C D 0,195 0,575 0,112 3#2 CA 0,604 0,068 5,357 D E 0,162 0,525 0,085 “ “ 0,051 5,408 E F 0,203 0,450 0,090 “ “ 0,054 5,462 F G 0,183 0,300 0,055 “ “ 0,033 5,495 G H 0,120 0,225 0,027 “ “ 0,016 5,511 H I 0,212 0,150 0,032 “ “ 0,020 5,531 I J 0,122 0,075 0,009 “ “ 0,006 5,537 I L 0,225 0,075 0,017 “ “ 0,010 5,547

G M 0,028 0,075 0,002 “ “ 0,001 5,548 F O 0,275 0,075 0,021 “ “ 0,012 5,560 F N 0,027 0,075 0,002 “ “ 0,001 5,561

Demanda Noturna: Demanda Diurna: Preparado por: Data:

Visto Data:

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NORMA TÉCNICA

ÁREA: Engenharia

CÓDIGO: NTD 002 DATA PUBLICAÇÃO: 05/07/2012

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ANEXO C (1 de 2) - Configurações da rede secundária

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ÁREA: Engenharia

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ANEXO C (2 de 2) - Configurações da rede secundária

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ANEXO D - Posicionamento da posteação em função da arborização

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ANEXO F - Relação de Consumidores

RELAÇÃO DE CONSUMIDORES

fl _____ / _____

Município: Obra:

NOME: ENDEREÇO:

Carga Instalada Suprimento

Atividade Principal

(kW) MT BT No Fases

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ANEXO G - Formulário para levantamento de carga NOME: CONSUMIDOR N°:

MUNICÍPIO: DISTRITO:

OBRA: ENDEREÇO:

ATIVIDADE PRINCIPAL DA PROPRIEDADE:

TIP

OS

CA

RA

C

QU

AN

T DESCRIÇÃO N . º F A SE S

PO T ÊN C IA R EG IME D E F U N C IO N A M D E MAN D A ( kV A)

C V kW D N D V

D IU R N A

N O T U R N A

RE

SID

EN

CIA

L

VA

RIÁ

VE

L (V

)

O R

ES

IDE

NC

IAL

TOTAIS CARGAS-V M. DEM.

F.D.

PE

RM

AN

EN

TE

-P DEM - V

TOTAIS CARGAS - P DEM-P

TOTAIS CARGAS - PIV

CARGA TOTAL INSTALADA (kW)

CLASSE DO CONSUMIDOR: ( ) A ( ) B ( ) C ( ) D

FATORES DE CONVERSÃO

FATORES DE DEMANDA (F.d.)

MOTORES: POT NOMINAL P/kVA P/kW OUTRAS CARGAS TAMBO 0,60 ALAMBIQUE ENGENHO

0,60

ATÉ 5 CV 1,25

0,736 kVA = kW

ARMAZEM 0,50 ESCOLAS 0,65

≥ 5 ATÉ 50 CV 1,00 MOINHO SERRARARIA

0,80 IGREJAS 0,56

> 50 CV 0,90 OLARIAS 0,70 ATIVID. AGRÍC. 0,50

OBS: ADOTAR PARA DEM-V O MAIOR VALOR ENTRE (M DEM. x F.D) E (DEMANDA DO MAIOR MOTOR) PARA CARGAS PERMANENTES O FATOR DE DEMANDA É IGUAL A 1

OBSERVAÇÕES:

LEVANTADO POR: NOME DATA: ASSINATURA DO CONSUMIDOR OU RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES

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ANEXO H – Planilha de Cálculo da Potência de Transf ormadores

PLANILHA PARA CÁLCULO DA POTÊNCIA DOS TRANSFORMADOR ES

MUNICÍPIO: OBRA:

N.°

DE

ORDEM

CLASSE - A

CLASSE - B

CLASSE - C

DEMANDA

TOTAL

ABC

NOTURNA

CLASSE - D

DEMANDA

TOTAL

CARGAS – P

(kVA)

DEMANDA

MÁXIMA

(kVA)

TRANSF.

ESCOLHIDO

N.º

DEM.

INDIVID.

DIVERSIF.

DEM.

TOTAL

N.º

DEM.

INDIVID.

DIVERSIF.

DEM.

TOTAL

N.º

DEM.

INDIVID.

DIVERSIF.

DEM.

TOTAL

N.º

COEF.

DIVERS.

DEM.

DIURNA

DEM.

NOTURNA

DEM.

TOTAL

DIURNA

DEM.

TOTAL

NOTURNA

DIURNA

NOTURNA

POT.

(kVA)

N.º DE

FASES

a b c d=bxc e f g=exf h i j=hxi l=d+g+j m n o p q=nxo r=nxp s t u v x

- c, f, e i: valores extraídos do item 3.2.2 tabela 1

- t: o maior valor entre (s) e ( 22 )2,08,0(36,0 Iqq ⋅+⋅+⋅ )

- u: o maior valor entre (s) e ( 22 )2,08,0(36,0 Irr ⋅+⋅+⋅ )

- x: potência padronizada igual ou imediatamente su perior ao maior valor entre t e u

Preenchido por:

nome

Em ____ /____ /_____

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ANEXO J – Faixa de Servidão.

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Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 79 de 81

ANEXO K - Exemplo de projeto

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Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 80 de 81

ANEXO M – Correspondência de liberação de projeto Data:

Número de Protocolo:

Expediente Interno:

Interessado:

Município: /RS

Análise de Projeto Elétrico:

Informamos que após análise, o projeto encontra-se disponível para execução pelo prazo de 02

(anos), sendo que este deve estar de acordo com as normas e legislações vigentes. As eventuais ressalvas

devem ser observadas e conter a anuência do responsável técnico.

Análise de Carga:

( ) Informamos que não foi realizada a análise de carga. Nos casos de projetos de quadros de

medidores a solicitação do pedido de fornecimento definitivo deve ocorrer num prazo mínimo de 150 dias antes

da provável data de conclusão da obra do prédio.

( ) Informamos que foi realizado estudo de viabilidade de fornecimento e o pedido de

fornecimento/aumento de carga de _____ kVA/kW, __ foi liberado neste momento e para seu atendimento

dentro dos níveis de qualidade exigidos pela legislação __ fazem-se necessárias adequações do sistema

elétrico existente. Para projetos de quadro de medidores onde se faz necessária a adequação da rede elétrica,

foi criada a solicitação de projeto S_______________.

Execução da Obra:

Para execução de obra em via pública, deve-se encaminhar o modelo de carta de inicio de obra

conforme NTD 005 – “Construção de Rede Aérea de Distribuição” dentro do prazo de validade da análise do

projeto.

Qualquer informação não apresentada no projeto, que interfira na liberação da obra após a

fiscalização, quer sejam por motivos de padrão técnico ou de segurança, serão de responsabilidade do

profissional responsável pelo projeto.

Sendo o que se fazia oportuno, permanecemos a disposição em caso de qualquer esclarecimento que

porventura seja necessário.

Atenciosamente,

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VERSÃO NORMA: 2.0

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Revisado: Gilnei dos Santos

Aprovado: Leandro Silva

Projetos Projeto de Rede Aérea de Distribuição Página 81 de 81

11. Vigência

A versão da norma 2.0 substitui a versão “S”, na data de 05/07/2012.