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Relatório das Oficinas para o Desenvolvimento Brasil 2035 – 20 de abril de 2016 – Cidade Universitária – São Paulo - SP Antônio Luís Aulicino, PhD i Núcleo de Apoio à Pesquisa do Planejamento de Longo Prazo (NAP PLP) RELATÓRIO DAS OFICINAS QUE PROPORCIONAM O INÍCIO DO PROCESSO PROSPECTIVO DO SEMINÁRIO PROJETO BRASIL 2035 “Desenvolvimento do Brasil ” 2035 Plataforma Brasil 2100 – Iniciativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Oficinas –Coordenação e Orientação Técnica: Prof. Dr. Antônio Luís Aulicino – FEA-USP e IDS Responsável Geral: Prof. Dr. Adalberto Américo Fischmann – FEA-USP São Paulo Abril 2016

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Relatório das Oficinas para o Desenvolvimento Brasil 2035 – 20 de abril de 2016 – Cidade Universitária – São Paulo - SP Antônio Luís Aulicino, PhD

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Núcleo de Apoio à Pesquisa do Planejamento de Longo Prazo

(NAP PLP)

RELATÓRIO DAS

OFICINAS QUE PROPORCIONAM O INÍCIO DO PROCESSO

PROSPECTIVO DO SEMINÁRIO PROJETO BRASIL 2035

“Desenvolvimento do Brasil ”

2035

Plataforma Brasil 2100 – Iniciativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

Oficinas –Coordenação e Orientação Técnica: Prof. Dr. Antônio Luís Aulicino – FEA-USP e IDS

Responsável Geral: Prof. Dr. Adalberto Américo Fischmann – FEA-USP

São Paulo Abril 2016

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APRESENTAÇÂO O Seminário do Processo Prospectivo é o início do processo prospectivo, pode-se dizer que é a “rampa de lançamento desse processo”. Teve como orientador dos trabalho Antônio Luís Aulicino. O Processo Prospectivo Territorial é a antecipação para orientar a ação, com apropriação dos participantes, que significa a participação de representantes da sociedade para adquirir conhecimento, tanto da metodologia quanto da situação atual do Projeto Brasil 2035, e, em conjunto, propor seu futuro para 2035, como uma escala para a Plataforma Brasil 2100, com a finalidade se ser desenvolvido. Deve ser ressaltado que em razão do prazo do promotores do Projeto Brasil 2035, Plataforma Brasil 2100, e, principalmente, em razão de que, no Brasil, seus habitantes ainda não incorporaram os conceitos de Distrito ou de Comunidade, nos Municípios, onde deveria iniciar os processos prospectivos, para depois consolidar nos Municípios, após por agrupamentos de Municípios, isto é regiões municipais, nos estados, para depois consolidar por estados, depois por regiões, agrupando os diversos estados, para depois consolidar o país, Brasil. Este exercício de Processo Prospectivo é um ensaio para identificar as variáveis-chave e as Ações Estratégicas que devem ser executadas para que o Brasil esteja desenvolvido em 2100, caso contrário e dependendo das tendências o Brasil estará numa situação bem pior que a atual. Para a construção da visão estratégica do futuro de um território é importante conceituar território, segundo a entidade European Network of Territorial Intelligence (ENTI), criado por um grupo de pesquisadores da União Europeia, tendo seu início mais ativo a partir de 2006 (ENTI, 2006). A palavra território aparece mais recentemente no vocabulário geográfico e, mais amplamente, nas ciências sociais, cuja definição foi consolidada por Champollion (2006), considerando os conceitos dos autores: Brunet (1992), Micoud (2000) e Di Meo (1998):

“Território é, em primeiro lugar, um espaço geográfico em que há um sentimento de pertinência, que pertence ao território, e o de apropriação, mas também é considerado como um espaço de aplicação de poder e, consequentemente, testemunha uma dotação econômica, ideológica e política do espaço por alguns grupos.”

Além dessa definição temos a definição de Moine (2006), os territórios são sistemas complexos, sendo que a questão, hoje, é compreender como os territórios se estruturam, sob a aceitação global, como eles funcionam e como eles evoluem. Hoje, se está diante de realidades de difícil adequação, de um lado uma crescente complexidade de contextos em que se está envolvido e, de outro lado, uma exigência de resultados com base na coerência e nos conceitos sobre desenvolvimento sustentável, que focam adoção de uma abordagem mais abrangente capaz de levar em conta esta complexidade. Atualmente, têm-se ferramentas muito sofisticadas, mas a realidade oferece sempre uma defasagem em relação ao que se deseja, fornecendo uma abordagem mais holística para o conceito território, acredita-se que haverá um melhor entendimento, devendo-se ter cuidado com uma simplificação excessiva, mas devendo, isto sim, procurar compreender essa complexidade. Para compreender essa complexidade do território é necessário que ela seja entendida pelos representantes dos diversos tipos de agentes sociais e se aproprie dessa complexidade. Para que isso ocorra deve haver métodos e técnicas que proporcionem a apropriação desses diversos agentes sociais (stakeholders) envolvidos. Considera-se que a apropriação é (i) a aquisição de conhecimento, (ii) a motivação de ver juntos e o (iii) desenvolvimento do comprometimento, objetivando a construção da visão estratégica do futuro desejável, possível e/ou realizável, conforme Godet (2001). Portanto, a importância da elaboração do processo prospectivo é integrar os diversos agentes sociais para construir a visão estratégica do futuro desejado, minimizar os riscos, reduzir os desperdícios nos

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investimentos tanto de infraestrutura quanto sociais e de outras dimensões, como também apoiar tomadas de decisão e formulação ações e de políticas públicas. A Governança deste Projeto é constituído pelo Comitê de Direção, que é formado pelos conselheiros do NAPLP e pelo Comitê Técnico Prospectivo. Os integrantes deste Comitê deverão participar ativamente e orientar as decisões durante este processo. Para cada uma das entidades listadas acima, deverão ser definidas as pessoas que participaram e participarão deste processo. No dia 26 de fevereiro de 2016, na reunião do Conselho do NAPLP, foi definida a participação no Projeto Brasil 2035, desde que atendesse sua missão. E, nos dias 24 de março e no dia 11 de abril de 2016 foram compartilhadas a formas de participação do NAPLP no Projeto Brasil 2035. As atribuições do Comitê Técnico Prospectivo:

As pessoas deste comitê devem acompanhar o Comitê de Direção e devem conduzir o processo prospectivo, ficando responsável pelo planejamento e execução dos processos prospectivos participativos (conduta, escolha de metodologias, organização, relatórios, material para oficinas, infraestrutura logística, etc.). Suas atividades são: a criação e manutenção do Banco de Dados Geográfico quando for possível, para apoiar as decisões; suporte bibliográfico e documentos técnicos; preparação e animação das reuniões, outras atribuições: conscientização por agrupamento dos diversos tipos de agentes sociais, animação de condução das oficinas, tanto em setores da sociedade quanto no Seminário, conduzir e elaborar o aprofundamento das variáveis-chave identificadas, praticamente conduzir o processo prospectivo, escolha de cenários e potenciais, análise de riscos e formular planos de ações e acompanhar sua execução.

Esta Governança proporcionará a viabilidade das próximas etapas do Processo Prospectivo. A realização do Seminário, que desenvolveu as quatro oficinas, tendo representantes de diversos tipos de agentes sociais, apesar da quantidade de pessoas ter sido baixa. Neste Seminário houve a contribuição de mateirais pelos seguintes participantes: Paulo Blaser, Ronaldo Fontes e Rubens Pereira. A figura 1 mostra com base nos autores BERGER (1998), GIGET (1998), GODET (2001), JOUVENEL (2008), e AULICINO (2006), e a experiência prática de elaborar o processo prospectivo de Antônio Luís Aulicino.

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Figura 1: Esquema das Etapas de Execução do Processo Prospectivo A figura 1 mostra, inicialmente, a definição da prospectiva: a Antecipação para orientar a Ação com a Apropriação, conforme GODET (2001). Nesse conceito, a Antecipação, para nós, é a soma das Perspectivas e das Possibilidades. Enquanto a Ação proporciona o Reposicionamento da Organização e/ou da Região. Nessa abordagem, durante todo o processo deve proporcionar a apropriação das pessoas. A outra etapa é a avaliação constante do processo prospectivo, desde o seu início, durante a elaboração e após seu término, no que se refere a curto, médio e longo prazo, com o intuito de verificar os impactos e resultados desse processo. Segue a descrição das seis etapas de maneira resumida para executar o processo prospectivo, considerando que a Governança já foi explicada e como uma etapa que antecede a todas as que serão descritas, nos capítulos seguintes essas etapas serão aprofundadas: A identificação das Perspectivas possui 3 etapas, sendo estas:

I. Análise Conjuntural é um retrato dinâmico de uma realidade presente e não uma simples descrição de fatos ocorridos em um determinado local e período, conforme ALVES (2011). Nessa análise, considera as informações obtidas na retrospectiva, e a identificação das variáveis- chave e dos atores-chave nas diversas oficinas realizadas. Antes de iniciar esta etapa a Governança deve ser definida como a escolha das pessoas que integrarão os Comitês de Direção e Técnico Prospectivo;

II. Análise Estrutural consiste em analisar de maneira profunda as variáveis-chave e os atores-chave do ambiente externo identificadas, por sua ação direta e também por intermédio de combinações de

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influências indiretas sobre o ambiente próximo da Organização e/ ou da Região, e identificar as inter-relações e a relevância dessas variáveis para explicar o sistema, conforme GODET (2001). Além disso, é nessa etapa que serão identificadas as variáveis-chave motrizes e as variáveis-chave de inovação, alta motricidade e alta dependência; e

III. Árvores de Competência de Marc GIGET (1998) elaboram as dinâmicas passadas, presentes e futuras da região de sua árvore de habilidades, que começa pela vocação, competências e seus conhecimentos (as raízes), mas também seus processos, sua execução e sua organização (o tronco), até as linhas de produtos e/ou serviços (os frutos), levando em conta as mudanças do ambiente e identificando as forças e fraquezas do presente em relação ao passado. Depois imaginar um futuro desejável diante das ameaças e oportunidades do ambiente e construir uma árvore de competência do futuro, sabendo que o processo prospectivo permite isso ao considerar que o futuro possui incertezas e está aberto para muitos futuros possíveis e realizáveis.

A identificação das Possibilidades, isto é, construir cenários que mostre as diversas possibilidades futuras para serem construídas. Esta possui uma etapa: IV. Análise Morfológica é a combinação das diversas hipóteses identificadas no aprofundamento das

variáveis-chave e dos atores-chave motrizes, conforme GODET (2001. O Reposicionamento possui uma etapa:

V. Construção de Cenários ou Maquetes, nesta etapa, escolhe-se os cenários e os descrevem-se, tanto parciais quanto os globais, conforme JOUVENEL (2009). Após a escolha do cenário, que deverá ser possível, realizável e próximo do desejável, define as ações estratégicas, e no caso de regiões, além das ações as políticas públicas. Esta etapa de definição das ações e/ou políticas utiliza-se o roadmapping.

A última etapa é a: VI. Avaliação do Processo Prospectivo por meio dos Resultados e Impactos verifica se houve

resultados e impactos e se eles contribuíram ou não tanto para melhoria do processo prospectivo quanto para atingir os objetivos definidos, sendo efetuada durante todo o processo, e depois de seu término, conforme AULICINO (2006).

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SUMÁRIO

Oficinas do Processo Inicial Prospectivo Projeto Brasil 2035.................................... 1

Resultado do Exercício das Oficinas obtido pelos Participantes............................... 6

Condução das Oficinas................................................................................................. 7

I) Oficina de “Caça às Ideias ou Ideias Recebidas ... às ações”................................... 8

II) Oficina de “Mudanças e Rupturas ... às ações”....................................................... 16

III) Oficina de “Freios e Inércias . . . às ações.............................................................. 23

IV) Oficina da “Árvore de competência do passado, do presente . . . e do futuro”..... 30

V) Consolidação dos Resultados obtidos nas Oficinas do Processo Inicial do Desenvolvimento BRASIL 2035..........................................................................

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VI) Aprofundamento das Variáveis-chave e descrição............................................ 42

VII) Avaliação do Processo Prospectivo Desenvolvimento BRASIL 2035................. 43

VIII) Referência Bibliográfica Base para Apresentação da Palestra e das Oficinas.... 45

Lista de Presença.......................................................................................................... 50

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Hirarquização das Ideias Identificadas......................................................... 10

Tabela 2: Hierarquização das Mudanças Identificadas................................................ 18

Tabela 3: Relação dos Fatores Freios e Inércia Identificadas..................................... 24

Tabela 4 : Relação dos Fatores Freios e Inércias Hierarquizados................................ 25

Tabela 5: Fatores da Árvore de Competência do Passado e do Presente e Pontos

Fracos e Fortes.............................................................................................. 34

Tabela 6: Fatores da Árvore de Competência do Presente e do Futuro e

Oportunidades e Ameaças............................................................................ 37

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Esquema das Etapas de Execução do Processo Prospectivo utilizada pelo IDS.............. iv

Figura 2: Representação da frequência dos diversos tipos de agentes sociais que participaram do Seminário Projeto BRASIL 2035................................................................................... 5

Figura 3: Plano: Importância x Impacto das principais ideias identificadas.................................... 12

Figura 4: Plano: Importância das mudanças x Grau de preparação dos Atores............................... 19

Figura 5: Plano: Importância dos freios e inércias x Grau de preparação dos Atores..................... 26

Figura 6: Árvore de Competência do Passado, Presente e Futuro................................................... 32

Figura 7: Síntese dos resultados das oficinas do Desenvolvimento BRASIL 2035......................... 41

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Oficinas do Processo Inicial Prospectivo do Projeto Brasil 2035

O momento é de reflexão, diante da situação atual do Brasil, ano 2016, é de crise tanto socioeconômica quanto política, interferindo em todas as outras dimensões, além dos problemas ambientais causados pelo maior desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem no município de Mariana, MG. Para esta reflexão há necessidade de uma contextualização da situação atual do Brasil. Para esta reflexão foi transcrita, os aspectos gerais interpretados pelo Banco Mundial, (THE WORLD BANK, 2016), que parece ter uma neutralidade:

“Entre 2003 e 2014, o Brasil viveu uma fase de progresso econômico e social em que mais de 29 milhões de pessoas saíram da pobreza (medida pela linha de pobreza nacional de R$140 em 2012) e a desigualdade foi reduzida significativamente (o coeficiente de Gini caiu 11% no mesmo período, chegando a 0,515). A renda dos 40% mais pobres da população cresceu, em média, 7,1% (em termos reais) entre 2003 e 2014, em comparação aos 4.4% de crescimento da renda da população total. No entanto, a redução da pobreza e da desigualdade vem dando sinais de estagnação desde 2015. O Brasil está atualmente passando por uma recessão profunda. Desde o início desta década, o crescimento do país desacelerou continuamente, partindo de uma média anual de crescimento de 4,5% entre 2006 e 2010 para 2,1% entre 2011 e 2014. O PIB contraiu 3,8% em 2015. A crise econômica, associada à crise política pela qual passa o país, contribuiu para a queda da confiança dos consumidores e investidores. Além disso, a queda nos preços das commodities e a deterioração do sentimento dos investidores com relação a mercados emergentes contribuíram ainda mais para o aprofundamento da crise. O realinhamento dos preços administrados, combinados com o repasse da depreciação cambial, produziu um pico de inflação em 2015 (a inflação atingiu 10,7% em dezembro), excedendo o limite superior da meta (4,5 ± 2%). A inflação entre os preços administrados está desacelerando e provavelmente será o principal motor da desaceleração moderada que se espera para 2016. No entanto, ainda deverá manter-se acima do teto da meta para este ano. O governo propôs algumas medidas de ajuste macroeconômico e está preparando o terreno para reformas estruturais. No início de 2015, o governo iniciou um ajuste macroeconômico centrado em um plano de consolidação fiscal ambicioso. A política monetária e a política cambial foram ajustadas para reduzir as expectativas de inflação e permitir a queda da taxa de câmbio real. A agenda de políticas incluiu também ações para impulsionar a competitividade, o investimento e a produtividade. No entanto, seguir o programa de reformas tem sido difícil, dada a dificuldade na obtenção de consenso no Congresso. O ajuste fiscal é prejudicado pela rigidez do orçamento e pelo ambiente político difícil. Estima-se que menos de 15% das despesas seja discricionária no Brasil. Grande parte das despesas públicas é obrigatória (pela Constituição ou por outra legislação), crescendo em linha com as receitas, o crescimento nominal do PIB, ou outras regras pré-especificadas. Além disso, uma grande parte das receitas se destina à educação e à saúde. As tentativas de aprovar uma legislação para aumentar a arrecadação no curto prazo e abordar questões mais estruturais, como a reforma da previdência, têm até o momento ficado aquém das intenções do governo. A crise levou a um ajuste significativo na conta corrente do balanço de pagamentos. Em resposta à contração do PIB e uma depreciação de 30% da moeda, o déficit em conta corrente diminuiu para 3,3% do PIB em dezembro de 2015 em comparação aos 4,3% de um ano atrás. O investimento estrangeiro direto somou 4,2% do PIB no mesmo período, financiando 132% do déficit em conta corrente. O Brasil tem mantido um nível suficiente de reservas externas, que fecharam 2015 em US$358 bilhões, ou 18 meses de importações. As perspectivas de médio prazo do Brasil vão depender do sucesso dos ajustes atuais e da adoção de novas reformas que favoreçam o crescimento. O aumento da produtividade e da competitividade é o principal desafio para o país aumentar seu índice de crescimento no médio prazo. Com o recuo dos fatores que fomentaram o crescimento ao longo da última década - o consumo alimentado pelo crédito e a expansão do mercado de trabalho e das commodities - serão necessários mais investimentos e ganhos de produtividade para promover o crescimento.

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O Brasil possui diferenças regionais extremas, especialmente em indicadores sociais - como saúde, mortalidade infantil e nutrição. Os indicadores das regiões mais ricas do Sul e do Sudeste são muito melhores que os indicadores do Norte e do Nordeste. Apesar da redução da pobreza conquistada na última década, a desigualdade permanece relativamente alta para um país de renda média. Após garantir a cobertura universal da educação primária, o Brasil agora luta para melhorar a qualidade e os resultados do sistema, especialmente nos níveis básico e médio. Houve grande progresso na redução do desmatamento da floresta tropical e de outros biomas sensíveis. Porém, o país ainda enfrenta desafios importantes de desenvolvimento - principalmente como combinar os benefícios do crescimento agrícola, da proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável. Nas mais recentes negociações internacionais sobre o clima, a COP21, o Brasil desempenhou um papel essencial para alcançar o marco climático de 2015. O país demonstrou mais uma vez sua liderança na arena das negociações internacionais sobre mudança climática, corroborada pelas contribuições significativas que fez para a mitigação das mudanças climáticas em seu território. O Brasil se comprometeu voluntariamente a reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020 e deve atingir esse objetivo mais cedo.”

Por esses motivos um momento de reflexão é importante, utilizando as técnicas e métodos do processo prospectivo, considerando que:

“O processo prospectivo proporciona às organizações predisposição para fazer mudanças, preparando as pessoas e adaptando os recursos para enfrentar possíveis adversidades ou tirar proveito de oportunidades. Dessa forma, as organizações poderão compartilhar o processo prospectivo com as pessoas que nela trabalham, terão tempo suficiente para formular melhor as estratégias e escolher as melhores ações para porem em prática”. (AULICINO, 2012)

O Programa para dar início ao Processo Prospectivo, que é chamada de Rampa de Lançamento, do Desenvolvimento Brasil 2035 foi o seguinte:

Programa Seminário Prospectivo 20/04/2016–tipo Oficina de Formação-ação em Prospectiva

Das

09h00

às 11h30

09h00 – 09h15 Recepção e registro no Seminário

Abertura: Apresentação geral da dinâmica de trabalho e dos objetivos da oficina

Painel 1: Apresentação Projeto Brasil 2035 Plataforma Brasil 2100 – Construindo hoje o país de amanhã1

09h15 – 09h45 Apresentar o projeto Brasil 2035 – IPEA ou Outro Órgão Coordenador Painel 2: Introdução à Prospectiva Territorial2

09h45 às 11h00

Abordar e aplicar a metodologia da Prospectiva Territorial. Apresentação da metodologia de Prospectiva Territorial que trata da aplicação de processos sistemáticos e participativos de levantamento de informações relativas ao futuro e de construções de visões longo prazo para apoiar às decisões e formular políticas atuais e mobilizar ações comuns. Apresentação e Dinâmica das Oficinas e o Acordo Convivência

11h00 às 11h30 Distribuição dos participantes por Tipo de Oficina – máximo 10 pessoas por Oficina

11h30 às 12h30 Almoço

12h30 às 17h15 Dinâmicas em pequenos Grupos de Formação-ação em Prospectiva

Da antecipação para a ação com APROPRIAÇÃO

1ª. parte 12h30 às 14h30

Intervalo 14h30

às 14h45

2ª. parte 14h45 às 17h15

Oficina 1: Caça às Ideias às Ações Ideias identificadas Das ideias às ações Oficina 2: Mudanças às Ações Mudanças e Rupturas Das mudanças críticas às ações Oficina 3: Freios e Inércias às Ações Freios e Inércias Dos freios e inércias às ações Oficina 4: Mudanças crítica às Estratégias Mudanças críticas Das mudanças críticas às estratégias Oficina 5: Mudanças críticas aos Cenários Mudanças críticas Das mudanças críticas aos cenários

Oficina 6: Árvores de Competências Árvores passado e presente Árvore de competência do futuro

17h15 às 17h30 Intervalo

Síntese e Considerações Finais

Sessão Plenária – final da tarde - 17h30 às 18h30 - Coordenação: NAPLP

Síntese do dia de trabalho, os grupos compartilham suas reflexões e compararem os resultados.

1 Apresentação da Dra. Elaine Coutinho Marcial – arquivo: Brasil 2035.pdf 2 Apresentação de Antônio Luís Aulicino – arquivo: Seminario_20_abril_2016_PLan_Longo_Prazo_IDS_FEA_USP.pdf

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Recomendações e definição em comum dos próximos passos a serem executados.

O objetivo das oficinas do processo prospectivo regional, citadas no programa, é INICIAR o processo de reflexão prospectiva TERRITORIAL para o Desenvolvimento BRASIL 2035, nos ambientes interno e externo no horizonte 2.035. Esse processo depende dos participantes dessas oficinas e outros agentes sociais que desejarem esse desenvolvimento.

As oficinas de prospectiva constituem um exemplo de verdadeira formação-ação, na medida em que propiciam aos participantes as condições indispensáveis para uma participação ativa na reflexão prospectiva do Brasil.

Nestes encontros, os participantes são familiarizados com os métodos e as ferramentas da prospectiva estratégica para identificar e hierarquizar em comum os principais desafios do futuro sobre o Desenvolvimento BRASIL 2035 e identificar pistas para a ação.

Na prospectiva, o termo francês “atelier” (oficina ou workshop) é freqüentemente utilizado para designar sessões organizadas de reflexão coletiva. Este termo, desde há muitos anos, é utilizado tanto na França, como em diversos países da União Européia, da Asía e da Afríca. O carácter modular destas oficinas bem como a facilidade de sua realização prática permitem-lhes adaptar-se a todas as situações. Devido à sua simplicidade e rapidez de execução, estas oficinas aproximam-se de técnicas como a “quick

environmental scanning technique” (QUEST) de Burt Nanus (1982).

As oficinas devem ser compostas por oito a dez pessoas, quando possível, que se reúnem em várias atividades, de duas a quatro horas.

Nestas oficinas, quaisquer que sejam os temas abordados, são organizadas em torno de dois grandes princípios:

1°/ permitir uma grande liberdade de expressão a todos os interlocutores (tempo de reflexão individual em silêncio, recolhimento de todas as idéias por escrito);

2°/ canalizar a produção dos participantes (nomeadamente através de uma gestão rigorosa do tempo e, sobretudo, através do recurso sistemático de técnicas, tais como: a classificação das idéias, a hierarquização, etc.).

As oficinas constituem um preâmbulo precioso, senão indispensável, a qualquer reflexão prospectiva. A sua execução é simples e a sua metodologia facilmente apropriável. Eles devem, em primeiro lugar, servir de rampa de lançamento para o Processo Prospectivo em comum. No fim dessas oficinas, os participantes adquirem, assim, um melhor conhecimento dos problemas a estudar. E ficam em posição de definir em conjunto um tema e um método de trabalho adaptado às limitações de tempo e de meios e aos objetivos pretendidos (o método só fica completamente validado após algumas semanas de consolidação).

É no decurso das sessões de síntese, organizadas no final destas oficinas, que os diferentes grupos partilham as suas reflexões e as comparam. As fotos abaixo mostram a abertura do Seminário e as apresentações de sítese das oficinas:

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Este documento apresenta a consolidação dos resultados dos trabalhos realizados durante as oficinas da Prospectiva do Desenvolvimento BRASIL 2035, durante o dia 20 de abril de 2016, tendo como objetivo: tornar Brasil em 2100 um país desenvolvido, com uma sociedade mais livre, justa e solidária em 2100, tendo inicialmente, o horizonte para 2035.

Os passos seguintes aos Resultados obtidos nas oficinas devem ser definidos em Conjunto pelos participantes e por aqueles que desejam um FUTURO melhor para o BRASIL.

Do total de 53 pessoas, que estavam presentes na abertura dos trabalhos, participaram nas oficinas 39 pessoas nas oficinas I, II, III e VII. Na descrição dos trabalhos realizados por oficina constam os nomes dos participantes. Os tipos de agentes sociais que participaram na abertura dos trabalhos, na manhã do dia 20 de abril de 2016, estão representados na figura 2, representando 53 pessoas.

19%

17%

17%

15%

9%

5%

6%

4%

4%4%

Tipos de Agentes Sociais Participantes do Seminário

Empresário

Pesquisador - Diversas Áreas

Estudantes

Associados de ONGs

Cidadãos que prestam Serviços de Cidadania

Funcionários de Economia Mista

Militar - Ativa e Reserva

Professor ensino Superior

Funcionário Público

Sindicalista

Figura 2 : Representação da frequência dos diversos tipos de agentes sociais que participaram do

Semináro Projeto Brasil 2035 Fonte: Lista de Presença do Seminário

A figura 2 mostra que apesar da quantidade baixa de participantes, mostra que houve um equilíbrio entre os diversos tipos de agentes sociais. Esse equilíbrio proporcionará um resultado equilibrado na varredura do ambiente do Brasil 2035, propiciando a identificação das variáveis-chave que delimitarão o escopo do projeto.

Deve ser lembrado que o objetivo das oficinas não é só a varredura do ambiente (environmental achanning), mas a reflexão conjunta, devendo respeitar os pensamentos individuais, como registrar todos os fatores identificados, isto proporcionará o sentimento nas pessoas de contribuição e começa o comprometimento com o processo.

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Resultado das Oficinas obtido pelos Participantes do

Seminário Projeto BRASIL 2035

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Condução das Oficinas Na condução das oficinas, foram definidos os relatores, e facilitadores, que consideraram as orientações relacionadas a seguir, como também o acordo de convivência para os trabalhos nas oficinas atingirem os resultados esperados: Orientações aos animadores ou facilitadores: • Orientar e esclarecer as atividades a serem desenvolvidas ao longo do dia, SEGUINDO AS

ORIENTAÇÕES ESCRITAS. • Solicitar que o grupo selecione uma pessoa a ser responsável pelo registro das informações do grupo.

Fotografar todas as atividades durante a oficina. E outro que marque o tempo das atividades. • Controlar o tempo de fala de cada pessoa, para que não se estenda além do necessário para o grupo de

pessoas. • Elaborar o acordo de convivência (complementar). • O facilitador não desenha e nem escreve nas fichas dos participantes; • Deve se responsabilizar por todo o material do grupo (recolher ao final do dia), pela identificação dos

participantes dos grupos e a identificar as informações corretamente. • Nunca induzir ou dizer, mas ajudar o participante para o desenvolvimento da atividades a serem

realizadas. • Exigir o cumprimento dos acordos • Não deixar que um elemento do grupo tome conta

. Acordo de Convivência nos grupos, para desenvolvimento dos trabalhos nas oficinas: • Participar de todas as atividades, manhã e tarde, se não puder, é melhor não participar dos trabalhos • Os participantes não modificar as orientações escritas de cada oficina • Cumprimento do horário para não atrapalhar o andamento dos trabalhos iniciados • Respeitar a fala dos outros, não interromper a pessoa quando estiver falando • A pessoa que está falando deve ser concisa para dar tempo para os demais participantes • Dúvidas devem ser tiradas individualmente com o animador • Não ter conversas paralelas Recomendação para escrever nos post-its: Como deve se escrever Por que?

1 Escrever um fator por “post-it” Facilita a estruturação dos fatores e a compreensão pelos participantes

2 Não mais que 3 linhas Facilitar a leitura pelos participantes

3 Escrever em letra de forma 4 Escrever de forma clara, concisa e objetiva Não necessita de explicações 5 Não utilizar termos ambíguos ou genéricos Evita más interpretações

6 Utilizar cores diversas de canetas para expressar usos diferentes durante o processo

O visual é melhor compreendido e claro.

7 Facilitar a elaboração dos relatórios

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I) Oficina de Caça às Ideias ou Ideias Recebidas ... às Ações3 Objetivo:

• Identificar as ideias que têm impactos sobre o Desenvolvimento BRASIL 2035, através dos comportamentos e das representações dos atores, notadamente. Esta reengenharia mental é essencial para auxiliar na elaboração das melhores perguntas sobre o futuro.

Algumas ideias recebidas, fundamentadas ou não, são geralmente admitidas sem que seja necessário argumentá-las ou justificá-las.

• Exemplos: “A Região ser Reconhecida Internacionalmente como a melhor produtora de

Rochas Ornamentais”, “Efeito Estufa”; “Uso ou não uso de agrotóxico”; “Desenvolvimento

Sustentável é um problema do governo”, “Nas regiões da Amazônia só há desmatamento”

O objetivo desta oficina consiste em fazer um inventário das ideias recebidas e dos consensos dominantes, que circulam no âmbito de Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro.

O benefício desta abordagem, é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as “crenças” e “não expressas”, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores.

Animador: Enir Sebastião Mendes

Relatora: Sheila Serafim da Silva

Compartilhamento dos Resultados: Rafael Diogo Rossetti

Participantes:

Nome Organização Dia 20 abril

manhã tarde 1 Enir Sebastião Mendes M M E sim sim 2 Érica Alice Puertas FATEC sim sim 3 José Maurício Cardoso Botelho Petrobrás sim sim 4 José Roberto Eichler M D sim sim 5 José Tarciso Florentino da Silva AGEM sim sim 6 José Vitor Bazuch CMSE sim sim 7 Rafael Diogo Rossetti MESSIER sim sim

8 Ricardo Luís Nascimento Cons. Participativo – Brasilândia 2040

sim sim

9 Ronaldo Fontes I F B sim sim 10 Sheila Serafim da Silva ADM - FEA - USP sim sim

11 Beatriz Luz E4CB não sim

Oficina de “caça às ideias ou ideias recebidas” seguiu as etapas:

� Listar as ideias recebidas e dos consensos dominantes que circulam no âmbito do Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro

� Hierarquizar estas ideias em função da importância de seu impacto sobre os comportamentos e estratégias futuras dos atores

� Analisar o conteúdo das principais ideias recebidas

� Identificar os argumentos a favor e contra e tirar as lições desta análise e propor ações concretas

3 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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� Definir as ações para as principais ideias.

1) Abaixo seguem as etapas, realizadas e os resultados, da Oficina “ideias recebidas”:

Procedimento utilizado:

• Durante 10 a 15 minutos, cada participante estabelece em silêncio e por escrito a lista das ideias identificadas e dos consensos dominantes que circulam no âmbito do Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro

• Todos estes fatores são em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, 22 ideias identificadas e os consensos dominantes de impactar sobre o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro.

As ideias recebidas e os consensos dominantes identificados pelos participantes, da oficina, foram as seguintes:

1. Inversão da pirâmide intelectual do Brasil; 2. Mudança da estrutura do Estado; 3. Segurança e Defesa (Amazônia, narcotráfico, crime organizado, Constituição Brasileira); 4. Melhoria do desenvolvimento social em áreas de menor poder aquisitivo com investimento

intensivo em saúde, educação e atividades esportivas; 5. Base industrial de defesa capaz de atender as principais necessidades das Forças Armadas; 6. Maior comprometimento de recursos estratégicos sob a égide de investidores estrangeiros e capital

privado; 7. Redimensionar e organizar os serviços de saúde; 8. Investimento de 2% a 3% do PIB em CT&I; 9. Desenvolvimento de tecnologia e reforço da capacidade de atuação das Forças Armadas na

proteção da Amazônia azul, bem como de suas instalações críticas e áreas estratégicas para o país; 10. Vincular a sustentabilidade às demais ideias; 11. Maioria educação híbrida – aprendizagem vivência virtual; 12. Sistema educacional que atenda a totalidade da população com eficiência e eficácia; 13. Melhora a saúde com melhores hospitais e com a valorização e o respeito aos profissionais; 14. Promover os institutos e mecanismos de segurança e defesa; 15. Impulsionar o desenvolvimento de C & T com participação privada nos financiamentos; 16. Implementação das matérias de: programação, inteligência emocional e design desde a educação

básica; 17. Excluir as ONGs internacionais e nacionais espúrias; 18. Terrorismo interno – conceito legal; 19. Pensar o devenir (futuro) a partir das realidades regionais (distrito, região, metrópoles, etc); 20. Globalização da economia brasileira (inserção); 21. Co-criação e colaboração nas empresas e educação; 22. Alterar o senso comum através da educação; 23. Melhora a educação valorizando e respeitando o professor; 24. Disciplinas relacionadas ao empreendedorismo e política em todas as fases da educação; 25. Incentivo à aprendizagem e às atividades até o final da vida; 26. Continuação e piora dos cenários atuais; 27. Infraestruturas críticas; 28. Segurança pública: valorização dos policiais e melhorando o salário dos mesmos; 29. Mudanças climáticas (aquecimento global, elevação dos oceanos, obediência aos padrões,

desmatamento); 30. Energia renovável; 31. Otimização da mobilidade: urbana, aumento da malha ferroviária, etc; 32. Revisão dos acessos aos cargos públicos nas 3 esferas; 33. Melhor aproveitamento do alistamento militar para ambos;

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34. Criar políticas que permitam ações estratégicas de manutenção e exploração dos recursos naturais que atendam os Objetivos Nacionais, ex: nióbio;

35. Influência externa: EUA, China, Rússia; 36. Política de preservação e utilização racional dos recursos naturais; 37. Sustentabilidade: plantio de árvores para assim melhorar a qualidade do ar que respiramos; 38. Revisão das reservas indígenas / florestais / quilombolas.

2) As principais ideias

Procedimento utilizado:

• Um sistema de agregação de pontos de vista permitiu de hierarquizar esses 38 fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento BRASIL 2035 e independentemente da natureza deste impacto (positivo / negativo). Cada participante recebeu, neste caso, 19 pontos4 (ou direito de voto) para afetar as 6 ideais recebidas que considera como tendo um impacto sobre o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro. Os participantes puderam escolher no máximo 4 fatores. O número de pontos a serem atribuídos a um item deverá situar-se entre 1 e 4:

� 1 = impacto fraco ou limitado;

� 2 = impacto sensível;

� 3 = impacto forte;

� 4 = impacto crítico.

• Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada fator, obtendo o resultado, que consta na tabela 1:

Tabela 1: Hirarquização das Ideias Identificadas

Ordem Ideia Hierar-

quização

1ª. Inversão da pirâmide intelectual do Brasil; 11 2ª. Segurança e Defesa (Amazônia, narcotráfico, crime organizado,

Constituição Brasileira); 10

3ª. Redimensionar e organizar os serviços de saúde: 10 4ª Mudança da estrutura do Estado; 10 5ª. Base industrial de defesa capaz de atender as principais necessidades

das Forças Armadas; 10

6ª. Maior comprometimento de recursos estratégicos sob a égide de investidores estrangeiros e capital privado;

8

7ª. Melhoria do desenvolvimento social em áreas de menor poder aquisitivo com investimento intensivo em saúde, educação e atividades esportivas;

8

8ª. Investimento de 2% a 3% do PIB em CT&I; 8 9ª. Desenvolvimento de tecnologia e reforço da capacidade de atuação

das Forças Armadas na proteção da Amazônia azul, bem como de suas instalações críticas e áreas estratégicas para o país;

7

10ª. Vincular a sustentabilidade às demais ideias; 7 11ª. Terrorismo interno – conceito legal; 7 12ª. Sistema educacional que atenda a totalidade da população com

eficiência e eficácia; 6

13ª. Melhora a saúde com melhores hospitais e com a valorização e o 6

4 Este número é igual ao número de fatores dividido por 2 (seja 19), quando o resultado for fracionado arredondar o número encontrado ao

imediatamente superior. Esta regra geralmente é adaptada em função do número de fatores identificados e do número de participantes do grupo de trabalho.

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respeito aos profissionais; 14ª. Promover os institutos e mecanismos de segurança e defesa; 6 15ª. Impulsionar o desenvolvimento de C & T com participação privada

nos financiamentos; 6

16ª. Implementação das matérias de: programação, inteligência emocional e design desde a educação básica;

6

17ª. Excluir as ONGs internacionais e nacionais espúrias; 6 18ª. Maioria educação híbrida – aprendizagem vivência virtual; 6 19ª. Pensar o devenir (futuro) a partir das realidades regionais (distrito,

região, metrópoles, etc); 5

20ª. Globalização da economia brasileira (inserção); 5 21ª. Co-criação e colaboração nas empresas e educação; 4 22ª. Alterar o senso comum através da educação; 4 23ª. Melhora a educação valorizando e respeitando o professor; 4 24ª. Disciplinas relacionadas ao empreendedorismo e política em todas as

fases da educação; 4

25ª. Incentivo à aprendizagem e às atividades até o final da vida; 4 26ª. Continuação e piora dos cenários atuais; 3 27ª. Infraestruturas críticas; 3 28ª. Segurança pública: valorização dos policiais e melhorando o salário

dos mesmos; 3

29ª. Mudanças climáticas (aquecimento global, elevação dos oceanos, obediência aos padrões, desmatamento);

2

30ª. Energia renovável; 1 31ª. Otimização da mobilidade: urbana, aumento da malha ferroviária, etc; 1 32ª. Revisão dos acessos aos cargos públicos nas 3 esferas; 33ª. Melhor aproveitamento do alistamento militar para ambos; 34ª. Criar políticas que permitam ações estratégicas de manutenção e

exploração dos recursos naturais que atendam os Objetivos Nacionais, ex: nióbio;

35ª. Influência externa: EUA, China, Rússia; 36ª. Política de preservação e utilização racional dos recursos naturais; 37ª. Sustentabilidade: plantio de árvores para assim melhorar a qualidade

do ar que respiramos;

38ª. Revisão das reservas indígenas / florestais / quilombolas.

3) Identificar as consequências dessas ideias

As principais ideias identificadas e os consensos dominantes identificados na etapa 2, estão posicionados sobre um plano cujos eixos medem sua importância (ordenada) e seu impacto (abcissa) (negativo/freio ou positivo/motor) sobre o Desenvolvimento BRASIL 2035.

O posicionamento desses fatores no Plano: importância x impactos, apresentados a seguir, devem se lidos de maneira sistêmica (posição relativa de cada ideia identificada em relação às outras).

Neste exercício, as ideias foram classificadas na sua maioria como positivas / motoras para o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro, conforme figura 3.

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Figura 3: Plano: Importância x Impacto das principais ideias identificadas

Importância das idéias

identificadas

Impacto sobre o Desenvolvimento BRASIL 2035

Forte

Fraco

Negativo / Freio Positivo / motor

Continuação e piora dos cenários atuais (3)

Mudanças climáticas (aquecimento global, elevação dos oceanos, obediência aos padrões, desmatamento); (2)

Mudança da estrutura do Estado (10)

Maior comprometimento de recursos estratégicos sob a égide de investidores estrangeiros e capital privado (8)

Falta Financiamento (8)

Sistema educacional que atenda a

totalidade da

população com

eficiência e

Fatores que vão contribuir para o Desenvolvimento BRASIL 2035

Inversão da pirâmide intelectual do Brasil (11)

Energia renovável (1)

Vincular a sustentabilidade às demais ideias (7)

Desenvolvimento de tecnologia e reforço da capacidade de atuação das Forças Armadas na proteção da Amazônia azul, bem como de suas

instalações críticas e áreas estratégicas para o país (7)

Globalização da economia brasileira (inserção) (5)

Otimização da mobilidade: urbana, aumento da malha ferroviária, etc (1)

Pensar o devenir (futuro) a partir das realidades regionais (distrito, região, metrópoles, etc) (5)

Melhora a saúde com melhores hospitais e com a valorização e o respeito aos profissionais (6)

Incentivo à aprendizagem e às atividades até o final da vida (4)

Melhoria do desenvolvimento social em áreas de menor poder aquisitivo com investimento intensivo em saúde, educação e atividades esportivas (8)

Fatores que freiam o Desenvolvimento BRASIL 2035 Goiano

Redimensionar e organizar os serviços

de saúde (10)

Segurança e Defesa (Amazônia, narcotráfico,

crime organizado, Constituição Brasileira) (10)

Base industrial de defesa capaz de

atender as principais necessidades das

Forças Armadas; (10)

Investimento de 2% a 3% do PIB em CT&I (8)

Terrorismo interno – conceito legal (7)

Promover os institutos e mecanismos de segurança e defesa (6)

Excluir as ONGs internacionais e nacionais espúrias (6)

Impulsionar o desenvolvimento de C & T com participação privada nos financiamentos (6)

Implementação das matérias de: programação, inteligência emocional e design desde a educação básica (6)

Maioria educação híbrida – aprendi-zagem vivência virtual (6)

Co-criação e colaboração nas empresas e educação (4)

Alterar o senso comum através da educação (4)

Melhora a educação valorizando e respeitando o professor (4)

Disciplinas relacionadas ao empreendedorismo e política em todas as fases da educação (4)

Infraestruturas críticas (3)

Segurança pública: valorização dos policiais e melhorando o salário dos

mesmos (3)

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4) Analisar o conteúdo das principais ideias recebidas

Procedimento utilizado:

• Nesta etapa é tratada a avaliação da credibilidade das principais ideias recebidas anteriormente identificadas.

• Estas ideias recebidas podem ser consideradas, ao menos parcialmente, quais argumentos fundamentam a ideia? Para responder a esta questão, o grupo de trabalho identificou os argumentos que fundamentam ou não fundamentam cada uma das principais ideias recebidas, identificando os argumentos a favor e os argumentos contra.

1ª Ideia: Inversão da pirâmide intelectual do Brasil (11)

Argumento a favor (Fundamentado) Argumento contra (Não fundamentado)

• Promover ensino capaz de atingir maior número de pessoas com condição intelectual adequada.

• Não alcançar a qualidade de ensino necessária

Síntese e Lições Aprendidas:

Promover políticas de inclusão social de acordo com a vontade e competência.

2ª Ideia: Segurança e Defesa (Amazônia, narcotráfico, crime organizado, Constituição Brasileira) (10)

Argumento a favor (Fundamentado) Argumento contra (Não fundamentado)

• Promoção e ampliação da “Estratégia Nacional de Defesa”;

• Não ter capacidade de defesa dos interesses estratégicos do país.

Síntese e Lições Aprendidas:

Criação de Parques Tecnológicos de indústria de defesa.

3ª Ideia: Redimensionar e organizar os serviços de saúde (10) Argumento a favor (Fundamentado) Argumento contra (Não fundamentado)

• Redimensionar e organizar o sistema de saúde

• Desvio de má gestão

Síntese e Lições Aprendidas:

• Reorganizar o sistema de saúde.

4ª Ideia: Mudança da estrutura do Estado (10) Argumento a favor (Fundamentado) Argumento contra (Não fundamentado)

• Ter um representante de estado e um representante de governo

• Ter resistência interna

Síntese e Lições Aprendidas:

Promover a reforma política.

5ª Ideia: Base industrial de defesa capaz de atender as principais necessidades das Forças Armadas (10)

Argumento a favor (Fundamentado) Argumento contra (Não fundamentado)

• Ter poder de dissuasão frente agressões externas.

• Risco de reação internacional

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Síntese e Lições Aprendidas:

• Criação de Parques Tecnológicos de indústria de defesa. 5) Definir as ações para por em prática das principais ideias

Os participantes do grupo decidiram elaborar uma frase – síntese para expressar as ações para as principais ideias:

Ter um modelo educacional que estimule habilidades psicossociais, emocionais e técnicas desde o ensino básico, público e privado, capaz de promover o desenvolvimento de uma economia co-criativa, circular e de alto valor agregado.

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II) Oficina de “Mudanças e Rupturas ... às ações” 5

Objetivo:

O objetivo desta oficina consiste em identificar quais são as mudanças de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente, demográfica, política e outras), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas para o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje no futuro, bem como as implicações dos fatores referidos e potenciais ações para remediar ou fortalecer tais fatores.

O benefício desta abordagem, é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as crenças e não

expressas, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores.

Animadora: Antônio Luís Aulicino

Relator e Compartilhamento dos resultados: Armando Dal Colletto

Participantes:

Nome Organização Presente no dia

dia 24 jan dia 25 jan 1 Anna Ribeiro IPEA sim sim

2 Antônio Luís Aulicino FEA - USP sim sim

3 Armando Dal Colletto Voyer International sim sim

4 Carlos A. Barão Petrobrás sim sim

5 Giauco Freira PUC - SP sim sim

6 Hércules A. Prado EMBRAPA sim sim

7 Ivone Rodrigues UNIFESP sim sim

8 João Cayres CUT SP sim sim

9 Juan Ramon Soto EPAMUD sim sim

10 Maria Luiza Marques de Abrantes INPQ sim sim

Oficina de “mudanças ... às ações” seguiu as etapas:

� Listar os fatores de mudanças de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente, demográfica, politica e outras), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas para o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje no futuro.

� Hierarquizar estas mudanças em função da importância de seu impacto sobre futuro do Desenvolvimento BRASIL 2035.

� Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças.

� Identificar as conseqüências e proposições de ações.

1) Abaixo seguem as etapas, realizadas e resultados, da Oficina “mudanças... às ações”: Procedimento utilizado: • Durante 10 a 15 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito a lista das mudanças

e/ ou rupturas tecnológicas, econômicas, políticas, culturais, sociais, organizacionais, regulmentações, etc, que vão marcar o futuro do Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro.

5 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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• Todos estes fatores foram em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, os fatores de mudanças prováveis de impactar o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro.

As mudanças e/ ou rupturas recebidas e os consensos dominantes identificados pelos participantes, foram as seguintes:

1) A má distribuição de renda ao paroxismo; 2) Perfil demográfico com menos jovens e mais idosos; 3) Economia compartilhada; 4) Chega de produzir lixo Brasil; 5) Mudança modais transporte; 6) Haverá uma mídia pública de qualidade; 7) Fechamento de bibliotecas (infantis, escolares, públicas, de instituições governamentais); 8) Envelhecimento da população e mudanças nas regras de aposentadorias; 9) A violência chega a níveis sem precedentes; 10) O nível de conscientização e intelectual; 11) Melhoria condições meio ambiente rumo a COP21 ; 12) Adicionar 2 pernas ao tripé econômico 13) A segurança pública melhora; 14) Programa sociais com contrapartida de desenvolvimento; 15) Políticas voltadas para o lazer de crianças e adolescentes; 16) Precariedade e insuficiência de creches públicas; 17) A educação básica será oferecida a toda população com qualidade; 18) Transporte coletivo em SP irá melhorar; 19) Um avanço na educação; 20) A população carcerária se multiplica exacerbadamente; 21) Falta de formação para novas economias; 22) CLT do protecionismo ao desenvolvimento profissional; 23) O investimento em P&D aumenta; 24) Valorização do planejamento governamental de longo prazo; 25) Interiorização do país; 26) Maioria da população terá ensino superior; 27) Aumenta a integração do Brasil com os demais países da América do Sul; 28) Regiões isoladas com governo próprio; 29) Aumento de refugiados; 30) Perda de valores e cultura local; 31) Revisão das Agências Reguladoras; 32) Diminuição de desemprego; 33) Superpopulação nas grandes cidades brasileiras; 34) A pena de morte é aprovada; 35) As classes abastadas tentam proteger em enclaves fortificados; 36) Piora o déficit fiscal (Contas Públicas); 37) Redução do número de partidos e máquina do estado; 38) Educação cívica nas escolas com qualidade; 39) Aprimoramento sistema político mais transparente e regulação; 40) Desenvolvimento internet própria.

2) As principais mudanças

Procedimento utilizado:

• Um sistema de agregação de pontos de vista permitiu de hierarquizar esses 40 fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento BRASIL 2035, independentemente

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da natureza deste impacto (positivo / negativo). Cada participante recebeu, neste caso, 20 pontos6 (ou direito de voto). A regra de classificação foi a seguinte: para cada um dos fatores (atribuiu-se um determinado número de pontos) em função da importância de seus impactos sobre o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro. Os participantes deverão escolheram no máximo 7 fatores. O número de pontos atribuídos a cada item devia situar-se entre 1 e 4, conforme seu impacto:

� 1 = impacto fraco ou limitado;

� 2 = impacto sensível;

� 3 = impacto forte;

� 4 = impacto crítico.

• Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada fator, obtendo o resultado que consta na tabela 2:

Tabela 2: Hirarquização das Mudanças Identificadas

Ordem Mudança Hierar-

quização 1ª. Envelhecimento da população e mudanças nas regras de aposentadorias; 20 2ª. A violência chega a níveis sem precedentes; 13 3ª. Valorização do planejamento governamental de longo prazo; 12 4ª. Haverá uma mídia pública de qualidade; 12 5ª. Mudança modais transporte; 11 6ª. Maioria da população terá ensino superior; 9 7ª. Programa sociais com contrapartida de desenvolvimento; 8 8ª. Desenvolvimento internet própria; 8 9ª. CLT do protecionismo ao desenvolvimento profissional; 8

10ª. Adicionar 2 pernas ao tripé econômico; 8 11ª. Diminuição de desemprego; 7 12ª. A segurança pública melhora; 7 13ª. Superpopulação nas grandes cidades brasileiras; 6 14ª. Perda de valores e cultura local; 6 15ª. Aumento de refugiados; 6 16ª. A má distribuição de renda ao paroxismo; 6 17ª. Melhoria condições meio ambiente rumo a COP21; 5

18ª. Piora o déficit fiscal (Contas Públicas); 4 19ª. Chega de produzir lixo Brasil; 4 20ª. Aumenta a integração do Brasil com os demais países da América do Sul; 4 21ª. Aprimoramento sistema político mais transparente e regulação; 4 22ª. A educação básica será oferecida a toda população com qualidade; 4 23ª. Revisão das Agências Reguladoras; 3 24ª. O investimento em P&D aumenta; 3 25ª. Economia compartilhada; 3 26ª. Perfil demográfico com menos jovens e mais idosos; 2 27ª. Fechamento de bibliotecas (infantis, escolares, públicas, de instituições

governamentais); 2

28ª. Um avanço na educação; - 29ª. Transporte coletivo em SP irá melhorar; - 30ª. Regiões isoladas com governo próprio; - 31ª. Redução do número de partidos e máquina do estado; - 32ª. Precariedade e insuficiência de creches públicas; -

6 Este número é igu26a.al ao número de fatores dividido por 2, neste caso 20, caso haja necessidade arredondar o número encontrado ao

imediatamente superior. Esta regra geralmente é adaptada em função do número de fatores identificados e do número de participantes do grupo de trabalho. Neste caso, depois divide por 3 (20 / 3 ≅ 7), para obter o máximo de fatores para distribuir os pontos definidos.

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33ª. Políticas voltadas para o lazer de crianças e adolescentes; - 34ª. O nível de conscientização e intelectual; 35ª. Interiorização do país; - 36ª. Falta de formação para novas economias; - 37ª. Educação cívica nas escolas com qualidade; - 38ª. As classes abastadas tentam proteger em enclaves fortificados; - 39ª. A população carcerária se multiplica exacerbadamente; - 40ª. A pena de morte é aprovada; -

3) Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças.

As principais mudanças indentificadas na etapa anterior (2) foram posicionadas sobre um plano, cujos eixos medem sua importância (ordenada) e o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento (abcissa), conforme figura 4.

Figura 4: Plano: Importância das mudanças x Grau de preparação dos Atores

OBS.: Os participantes deste grupo decidiram durante a análise que a mudança: “Perfil demográfico com menos jovens e mais idosos (2)” deveria juntar com “ Envelehcimento da população e

Necessidade de mobilização dos atores de desenvolvimento

Forte

Fraco

Importância das mudanças

Grau de preparação atual dos atores no desenvolvimento

Fraco Forte

Envelhecimento da população e mudanças nas

regras de aposentadorias (20

Mudança modais transporte (11)

Desenvolvimento internet própria (8)

CLT do protecionismo ao desenvolvimento

profissional (8)

Mudanças, principais desafios

Fechamento de bibliotecas (infantis, escolares, públicas, de instituições governamentais) (2)

Aumenta a integração do Brasil com os demais países da América do Sul (4)

Economia compartilhada (3)

O investimento em P&D aumenta (3)

Revisão das Agências Reguladoras (3)

A violência chega a níveis sem precedentes (13

Adicionar 2 pernas ao tripé econômico (8)

Haverá uma mídia pública de qualidade (12)

Programa sociais com contrapartida de desenvolvimento (8)

Diminuição de desemprego (7)

Maioria da população terá

ensino superior (9)

Valorização do planejamento governamental de longo prazo

(12)

Superpopulação nas grandes cidades brasileiras (6)

Aumento de refugiados (6)

A segurança pública melhora (7)

Perfil demográfico com menos jovens e

mais idosos (2)

Aprimoramento sistema político

mais transparente e regulação (4)

Piora o déficit fiscal (Contas Públicas) (4)

A educação básica será oferecida a toda população

com qualidade (4)

A má distribuição de renda ao

paroxismo (6)

Perda de valores e cultura local

(6)

Melhoria condições meio ambiente rumo a COP21 (5)

Chega de produzir lixo

Brasil (4)

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mudanças nas regras de aposentadoria (20)”, ressaltando que não muda a hierarquização dos fatores.

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4) Identificar as consequências e a proposição de ações

Identificar as consequências das principais mudanças e formular as questões principais para o futuro do Desenvolvimento BRASIL 2035.

1ª Mudança Crítica: Envelhecimento da população e mudanças nas regras de aposentadorias (22)

Consequências Aposentar mais velho com pequeno usufruto

Questões Como será a realocação de recursos?

2ª Mudança Crítica: A violência chega a níveis sem precedentes (13)

Consequências 1 – Esgotamento do sistema prisional 2 – População acuada 3 – Famílias desamparadas

Questões Como resolver as questões da origem do problema? 3ª Mudança Crítica: Valorização do Planejamento Governamental de Longo Prazo (12)

Consequências Gestão pública participativa com apropriação

Questões 1 - Como garantir que o planejamento transcenda os mandatos políticos?

2 – Como envolver a sociedade?

4ª Mudança Crítica: Haverá uma mídia pública de qualidade (12)

Consequências A sociedade melhor informada e melhora cultural

Questões Como atrair a população para a mídia pública?

5ª Mudança Crítica: Mudança modais transporte (12)

Consequências Otimização da mobilidade com redução de custo e contribuindo para a sustentabilidade

Questões Qual é o investimento necessário? 5) Ações referentes às mudanças, que devem abranger todas as mudanças, suas consequências e

questões formuladas: 1. Mobilizar e capacitar as lideranças locais na apropriação do planejamento local, havendo

consolidação regionais. 2. Formação de lideranças políticas desde o Ensino Fundamental I. 3. Elaboração de agendas de ações territoriais.

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III) Oficina de “Freios e Inércias . . . às ações”7 O objetivo desta oficina, consiste em fazer um inventário dos freios e inércias, que poderão prejudicar ou retardar o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro.

O benefício desta abordagem é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as crenças e não

expressas, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores. A prospectiva se interessa pelas mudanças, mas também pelas permanências. Em matéria de desenvolvimento regional, é necessário levar em consideração os freios, os obstáculos ou estrangulamentos, assim como a resistência à mudança proveniente das inércias. Animadoras e animadores: Elaine Coutinho Marcial, João Aparecido Trevisam e Eduardo Rodrigues

Schneider Relatores e Compartilhamento dos resultados: João Aparecido Trevisam e Rubens Pereira

Participantes:

Nome Organização Presente no dia

dia 24 jan dia 25 jan

1 Eduardo Rodrigues Schneider Militar da reserva sim sim

2 Elaine Coutinho Marcial IPEA sim sim

3 Francisco Queiroz da Silva EPPEN UNIFESP sim sim

4 Geraldo Cortegiano Jr Petrobrás sim sim

5 João Aparecido Trevisam ACEBR sim sim

6 Luíz Carlos do Prado Cidadão sim sim

7 Messias Eugênio Miranda Barboza Movimento Cidadania -

ACM sim sim

8 Paula Martins Escudeiro GeoBrasil Consultoria sim sim

9 Paulo Blaser Blaser Consult sim sim

10 Raphael Camargo Lima IPEA sim sim

11 Rubens Pereira ADESG sim sim

Oficina “freios e inércias” seguiu as etapas:

� Listar os freios, obstáculos, gargalos, estrangulamentos e inércias de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, etc.), de qualquer ordem (externa, interna) para o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro

� Hierarquizar estes fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento BRASIL 2035

� Avaliar a domínio dos atores do desenvolvimento face a estes principais fatores

� Identificar as exigências prévias e condições de sucesso para o Desenvolvimento BRASIL 2035

� Propor 5 a 10 ações concretas

Abaixo seguem as etapas, realizadas e resultados, da Oficina “freios e inércias”: Procedimento utilizado:

7 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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• Durante 10 a 15 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito a lista de freios, obstáculos, gargalos, estrangulamentos e inércias de qualquer natureza de qualquer ordem para o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro.

• Todos estes fatores foram em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, 27 freios/inércias e consensos dominantes prováveis de impactar sobre o Desenvolvimento BRASIL 2035, seu ambiente hoje e no futuro.

1) Listagem : os freios e as inércias recebidas e consensos dominantes identificados pelo grupo, constam na tabela 3.

Tabela 3: Relação dos Fatores Freios e Inércias Identificadas

Número Freios/Inércias 1 Baixo investimento em educação; 2 Infraestrutura deficitária (logística, Telecom –TICs, Energia) 3 Política Industrial; 4 Formulação, monitoramento e implementação mais eficiente de políticas públicas; 5 Gestão ineficiente do Estado – Pacto Federativo; 6 Dependência tecnológica; 7 Corrupção generalizada; 8 Gestores públicos sem formação específica; 9 Inércia histórica – obstáculo social – obstáculo cultural – gargalo educacional - Atitude 10 Falta de participação cidadã; 11 Baixo nível educacional da população – competências futuras; 12 Legislação; 13 Prioridade excessiva ao ensino de 3º. Grau em detrimento ao ensino básico;

14 Insuficiência de mecanismos / recursos para financiamento de longo prazo a custos compatíveis;

15 Burocracia;

16 Instabilidade regulatória / política – incerteza no que diz respeito aos contratos estabelecidos;

17 Desenho institucional de baixo rendimento, provocando dificuldade na obtenção de consensos e insegurança jurídica;

18 Sistema tributário – Ex.: diferenças de alíquotas entre os 27 estados; 19 Investimento (estatal / privado) em infraestrutura social e econômica; 20 Baixa capacidade industrial nacional – desindustrialização – ex.: Ind. Defesa fraca;

21 Carência de investimento em P&D e qualificação da mão-de-obra com repercussões diretas na competitividade da economia brasileira;

22 Falta de gestão hídrica; 23 Sistema eficaz de CT&I com impacto no setor produtivo e de defesa; 24 Falta de prioridade ao ensino de ciências e matemática;

25 Falta / deficiência na formulação de política industrial e na consecução dos projetos estabelecidos;

26 Falta de cultura de planejamento.

OBS.: No Freio: Sistema eficaz de CT&I com impacto no setor produtivo e de defesa, parece que faltou a palavra “FALTA” no início da frase.

2) Hierarquizar estes freios/inércias em função da importância de seu impacto sobre o futuro desenvolvimento do BRASIL 2035

Procedimento Utilizado

Um sistema de agregação de pontos de vista permitiu de hierarquizar esses 26 freios/inércias em função da importância de seu impacto sobre o futuro do desenvolvimento BRASIL 2035,

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independentemente da natureza deste impacto (positivo /negativo). Cada participante recebeu, neste caso, 13 pontos8 (ou direito de voto). A regra de classificação foi a seguinte: para cada um dos freios/inércias (atribuiu-se um determinado número de pontos) em função da importância de seus impactos sobre o desenvolvimento BRASIL 2035, em seu ambiente hoje e no futuro. Os participantes puderam escolher no máximo 4 freios/inércias. O número de pontos atribuídos a cada freio/inércia situou-se entre 1 e 4, conforme o seu impacto:

1 = impacto fraco ou limitado; 2 = impacto sensível; 3 = impacto forte; e, 4 = impacto crítico. Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada freio/inércia, obtendo-se o seguinte resultado:

Tabela 4 : Relação dos Fatores Freios e Inércias Hierarquizados

Número Freios/Inércias Hierar-

quização 1º. Baixo investimento em educação; 28 2º. Infraestrutura deficitária (logística, Telecom –TICs, Energia); 13 3º. Política Industrial; 11 4º. Formulação, monitoramento e implementação mais eficiente de políticas públicas; 9 5º. Gestão ineficiente do Estado – Pacto Federativo; 7 6º. Dependência tecnológica; 7 7º. Corrupção generalizada; 7

8º. Inércia histórica – obstáculo social – obstáculo cultural – gargalo educacional - Atitude

6

9º. Falta de participação cidadã; 6 10º. Baixo nível educacional da população – competências futuras; 4 11º. Legislação; 4 12º. Prioridade excessiva ao ensino de 3º. Grau em detrimento ao ensino básico; 4

13º. Desenho institucional de baixo rendimento, provocando dificuldade na obtenção de consensos e insegurança jurídica;

4

14º. Sistema tributário – Ex.: diferenças de alíquotas entre os 27 estados; 4

15º. Insuficiência de mecanismos / recursos para financiamento de longo prazo a custos compatíveis;

3

16º. Burocracia; 3

17º. Instabilidade regulatória / política – incerteza no que diz respeito aos contratos estabelecidos;

3

18º. Investimento (estatal / privado) em infraestrutura social e econômica; 3 19º. Baixa capacidade industrial nacional – desindustrialização – ex.: Ind. Defesa fraca; 3

20º. Carência de investimento em P&D e qualificação da mão-de-obra com repercussões diretas na competitividade da economia brasileira;

1

21º. Gestores públicos sem formação específica; - 22º. Falta de gestão hídrica; - 23º. Sistema eficaz de CT&I com impacto no setor produtivo e de defesa; - 24º. Falta de prioridade ao ensino de ciências e matemática; -

25º. Falta / deficiência na formulação de política industrial e na consecução dos projetos estabelecidos;

-

26º. Falta de cultura de planejamento. -

3) Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças

8 Para realização da hierarquização dos freios/inércias foi feito o seguinte cálculo:

• Total de freios/inércias = 24; • Definição dos pontos a serem atribuídos pelos participantes aos freios/ inércias de suas escolhas: dividiu-se o total de freios/inércias por 2: 26/2 =

13 pontos. • Definição do número de escolhas de freios/Inércias a serem feitas pelos participantes: dividiu-se estes pontos por 3: 13/3 ≅ 4 escolhas. • Concluindo: cada participante escolheu 4 freios/inércias e distribuiu entre eles, no máximo, 12 pontos. A pontuação usada variou de 1 a 4,

conforme mencionado no texto.

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Os freios e as inércias identificados na etapa 2 deveriam ser posicionados um plano cujos eixos medem sua importância (ordenada), que foi efetuada na hierarquização dos fatores, faltou ser analisada com maior critério o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento (abscissa) (negativo/freio ou positivo/motor) sobre o desenvolvimento BRASIL 2035.

Verifica-se que os participantes tiveram dificuldades, no sentido de seguir as orientações escritas para essa oficina, no que concerne a classificação dos fatores quanto ao GRAU DE PREPARAÇÃO DOS ATORES. Porém, o esforço foi grande que não prejudicou os resultados dotrabalho.

O posicionamento desses fatores no Plano: importância x grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento, apresentados a seguir, devem ser lidos de maneira sistêmica (posição relativa de cada freio/inércia identificada em relação às outras).

Porém, pelo que pode ser interpretado, como sempre ocorre no Brasil e seus territórios, os freios/inércias foram concentrados em fraco grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento BRASIL 2035, conforme figura 5.

Fraco Forte

Grau de preparação atual dos atores de desenvolvimento BRASIL 2035

Baixo investimento em educação (28)

Infraestrutura deficitária (logística, Telecom –TICs, Energia) (13)

Política Industrial (11)

Gestão ineficiente do Estado – Pacto Federativo (7)

Corrupção generalizada (7)

Formulação, monitoramento e implementação mais eficiente de políticas públicas (9)

Dependência tecnológica (7)

Instabilidade regulatória / política – incerteza no que diz respeito aos contratos estabelecidos (3)

Baixo nível educacional da população – competências futuras (4)

Carência de investimento em P&D e qualificação da mão-de-obra com repercussões diretas na competitividade da economia brasileira (1)

Investimento (estatal / privado) em infraestrutura social e econômica (3)

Insuficiência de mecanismos / recursos para financiamento de longo prazo a custos compatíveis (3)

Sistema tributário – Ex.: diferenças de alíquotas entre os 27 estados (4)

Inércia histórica – obstáculo social – obstáculo cultural – gargalo educacional - Atitude (6)

Imp

ortâ

nci

a d

os f

reio

s e

inér

cias

F

raco

F

orte

Freios e inércias, principais desafios do futuro

Falta de participação cidadã (6)

Legislação (4)

Desenho institucional de baixo rendimento, provocando dificuldade na obtenção de consensos e insegurança jurídica (4)

Prioridade excessiva ao ensino de 3º. Grau em detrimento ao ensino básico (4)

Baixa capacidade industrial nacional – desindustrialização – ex.: Ind. Defesa fraca (3)

Burocracia (3)

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Figura 5: Plano: Importância dos freios e inércias X Grau de preparação dos atores

4) Identificar as exigências prévias e as condições de sucesso para o Desenvolvimento BRASIL 2035

Procedimento utilizado: Nesta etapa foram identificadas as exigências prévias e as condições de sucesso dos principais freios/inércias para o desenvolvimento BRASIL 2035, em seu ambiente hoje e no futuro.

Foram considerados somente 5 fatores, ao invés de sete, dentre aqueles que tiveram pontuação 7, foi escolhido o freio: “Gestão ineficiente do Estado – Pacto Federativo”.

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1º. Freio e Inércia: Baixo investimento em educação (28)

Exigências prévias • Decisão política, participação social e gestão de processos e recursos

Condições de sucesso

• Comprometimento dos agentes públicos e participação efetiva da sociedade na cobrança dos resultados

2º. Freio e Inércia: Infraestrutura deficitária (logística, Telecom –TICs, Energia) (13)

Exigências prévias • Bons marcos regulatórios e estáveis, planejamento de longo prazo e qualificação dos atores.

Condições de sucesso

• Financiamento de longo prazo com coparticipação privada

3º. Freio e Inércia: Política Industrial (11)

Exigências prévias • Elaboração de uma matriz, indicando os maiores efeitos, por indicador de CT&I, emprego e renda.

Condições de sucesso

• Redução do custo Brasil (reforma tributária, maior eficiência logística, financiamento) e aperfeiçoamento do sistema PD&I, integrando a sociedade civil com a cadeia produtiva.

4º. Freio e Inércia: Formulação, monitoramento e implementação mais eficiente de políticas públicas (9)

Exigências prévias • Criação de um sistema para integração das políticas públicas, a partir do monitoramento e avaliação dos políticos.

Condições de sucesso

• Definição de metas e prazos e acompanhamento.

5º. Freios e Inércias: Gestão ineficiente do Estado – Pacto Federativo (6)

Exigências prévias • Reforma administrativa efetiva

Condições de sucesso

• Profissionalização, transparência e desburocratização

5) Proposição das ações concretas que devem abranger todos os freios e inércias, as exigências prévias e as condições de sucesso para o desenvolvimento BRASIL 2035:

Não houve proposição de ações pelo grupo, podendo, neste caso, ser consideradas as exigências prévias e as condições de sucesso.

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IV) Oficina da “Árvore de competência do passado, do presente . . . e do futuro” 9 Objetivo da oficina: elaborar as dinâmicas passadas e presentes do Desenvolvimento BRASIL 2035, na elaboração de sua árvore de habilidades. Esta oficina precisa a vocação, as competências e seus conhecimentos, mas também sua organização até as linhas de produtos e/ou serviços. A dinâmica leva em conta as mudanças no ambiente. Na 1ª. parte foram construídas as árvores do passado e do presente, analisando os pontos fortes e fracos da árvore do presente em relação ao passado. Na 2ª. parte foi construída a árvore do futuro e analisadas as oportunidades e ameaças em relação à árvore do presente. Animadoras: Lucinei Paes de Lima e Neuseli Martins Costa Relatoras: Juceline Durigan e Neuseli Martins Costa Compartilhamento dos resultados: Issac Trabuco Soares Silva e Neuseli Martins Costa

Participantes:

Nome Organização Presente no dia

dia 24 jan dia 25 jan 1 Almir Matos Cons. Participativo e

Brasilândia 2040

sim sim

2 Isaac Trabuco Soares Silva CUT SP sim sim

3 Juceline Durigan Geo Brasilis sim sim

4 Lucinei Paes de Lima Agraria - USP sim sim

5 Neuseli Martins Costa Mottai sim sim

6 Thiago de Moraes Moreira Petrobras sim sim

7 Thomas Fronzaglia EMBRAPA sim sim

8 Viviane Menezes Penhabel FEA USP sim sim

Oficina de “árvore de competência do passado e presente” seguiu as etapas

� Construção da árvore do passado (10 a 20 anos)

� Construção da árvore do presente

Na Árvore de Competências do presente, identificar os pontos fortes e os fracos

� Na Árvore de Competências do presente, identificaram-se os pontos fortes e os fracos Abaixo seguem as etapas, realizadas e os resultados, da Oficina “árvore de competências do passado e do presente”, considerando:

• As raízes: valores, competências e pessoas, recursos financeiros, recursos tecnológicos, comerciais, produtivos e outros... adaptados, ao Desenvolvimento BRASIL 2035.

• O tronco: processo, organização e outros adaptados ao Desenvolvimento BRASIL 2035. • Os ramos: linhas de produto – mercado, serviço – mercado e outros ... adaptados ao

Desenvolvimento BRASIL 2035. 1) Construir a árvore do passado (10 a 20 anos):

9 GODET, M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

GIGET, M., "Arbres technologiques et arbres de compétences. Deux concepts à finalité distinte", Futuribles, nº 137, novembre 1989.

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Procedimento utilizado:

Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpria lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas, executando várias rodadas sucessivas.

2) Na construção da Árvore de Competências do presente, foram identificados os pontos fortes e os

pontos fracos em relação ao ambiente do Desenvolvimento BRASIL 2035, e aos atores, considerando à Árvore de Competências do Passado. Esta atividade foi efetuada conforme os participantes foram identificando os elementos do presente.

Procedimento utilizado:

Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpia lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas, executando várias rodadas sucessivas.

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Figura 6: Árvore de Competência do Passado, Presente e Futuro FONTE: GIGET (1989)

Passado Presente Futuro

O passado é único, a sua análise é para entender as operações constantes e permanentes do Desenvolvimento BRASIL 2035, para conhecer melhor a capacidade que tinha de evoluir e enraizar o projeto Desenvolvimento BRASIL 2035, na sua realidade histórica.

O futuro é incerto, sua análise ajuda a identificar riscos e oportunidades que surgem para o Desenvolvimento BRASIL 2035definir as questões e desafios a enfrentar, a fim de determinar o seu futuro desejado e integração no projeto Desenvolvimento BRASIL 2035.

Futuro

Raiz: • Vocação, • Competência, • Conhecimento

Tronco: • Execução • Organização

Frutos: • Linhas de

produtos e/ou Serviços

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Procedimento utilizado:

Durante 10 a 15 minutos, cada participante elabora sua prórpia lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As idéias são em seguida recolhidas e organizadas, executando várias rodadas sucessivas.

Em seguida a Tabela 5 foi preenchida, pelos participantes, inicialmente a árvore de competência do passado e, posteriormente, a árvore de competência do presente, com os diversos fatores, identificando se é ponto fraco e/ou ponto forte em relação aos fatores da árvore de competência do passado. O importante desta oficina foi o resgate do passado e a realidade do presente, considerando nesta reflexão os grandes aspectos. As fotos desta oficina propornam uma visualização melhor da situação passada e presente do BRASIL.

.

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Tabela 5: Fatores da Árvore de Competência do Passado e do Presente e Pontos Fracos e Fortes Elementos

de Represen-tação da Árvore

Árvore de Competência Fatores do Presente em relação ao

Passado

PASSADO PRESENTE P. Fraco P. Forte

RAMOS

1. Grande desigualdade social 1. Instabilidade política

• Redução de participação de produtos de alto valor agregado nas exportações

• Instabilidade política

• Conscientização

Política

• Crescimento de formas não tradicionais de economia (Transitions)

• Maior acesso à educação principalmente ensino superior

2. Valorização das empresas nacionais 2. Elevada incerteza e desconfiança do governo – crise moral

3. Globalização 3. Crise de representabilidade 4. Reformas do Estado 4. Preocupação com os produtos em relação ao uso e

origem pelo consumidor 5. Produtos com pouca tecnologia 5. Preocupação por ações sustentáveis e

colaborativas 6. Descomprometimento 6. Agropecuária fortalecida 7. Subserviência 7. Exportação de commodities 8. Fortalecimento da indústria 8. Variedade e crescimento do setor de serviços 9. Organização de participação social institucionalizada 9. Redução do valor agregado à produtos 10. Aumento da importância do setor de serviços 10. Lento desenvolvimento da tecnologia - pouca

inovação 11. Relativa estabilidade econômica e financeira 11. Estagnação do mercado consumidor interno 12. Aumento dos Investimentos estrangeiros no país 12. Restrição ao crédito 13. Grandes eventos internacionais (copa de futebol,

Olimpíadas) 14. Crescimento do cinema e da publicidade 15. Processo de conscientização e mobilização

política e social

TRONCO

1. Fortalecimento das instituições financeiras 1. Difusão das manifestações populares e do debate

político

2. Abertura comercial 2. Polarização social 3. Regulamentações estatutárias ( Lei de Responsabilidade

Social) 3. Melhorias de indicadores sociais

4. Plano real e crescimento econômico 4. Redes sociais 5. Privatizações 5. Programas e politicas públicas sociais

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6. Terceirização de mão-de-obra 6. Econômica criativa e solidária • Descentralização de responsabilidades públicas com centralização do orçamento

• Falta de planejamento a longo prazo

• Fortalecimento do 3º setor

• Desenvolvimento de vários programas sociais

7. Dominação e segregação social 7. Mobilização da participação social 8. Abertura comercial e câmbio valorizado 8. Ação coletiva 9. Organização pouco evoluída e baixa cooperação 9. Acesso a informação democratizada 10. Crédito escasso 10. Processos mais bem estruturados 11. Falta de planejamento de médio e longo prazo 11. Empresas e comunidades mais organizadas

12. Empreendedorismo

13. Violência e drogas

14. Corrupção e perda de valores

15. Fortalecimento do terceiro setor

16. Políticas anticíclicas esgotadas

17. Sobrecargas das administrações municipais

18. Ausência de reformas relevantes como a fiscal e político partidária

19. Fortalecimento do poder Judiciário

RAÍZ

1. Aceitação 1. Descrença no sistema político brasileiro

• Descompasso entre sistema político e sociedade

• Regulamentação de políticas públicas

• Acesso à informação

• Transparência

• Mobilização Social

2. Crise fiscal 2. Pessimismo generalizado 3. Cultura Nacional 3. Intolerância da sociedade 4. Pensamento focado no curto prazo 4. Crise política e econômica 5. Crise inflacionária 5. Possibilidades de crescimento 6. Acesso a bens importados 6. Compartilhamento e senso de pertencimento 7. Brasil agrário mais tecnológico 7. Maior qualificação – acesso a graduação 8. Dependência econômica de países do 1º mundo 8. Evolução de indicadores sociais 9. Sistema político em reorganização 9. Lideranças sociais enfraquecidas

10. Aparente estabilização do regime democrático 10. Final do bônus demográfico

11. Mão-de-obra pouco qualificada 11. Déficit e dificuldade de investimento em infraestrutura

12. Lideranças sociais em destaque 12. Recursos para desenvolvimento social

13. Bônus demográfico ( país mais jovem) 14. Esperança no futuro

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3) Construção da Árvore de Competência do Futuro Construir a árvore do futuro, considerando oportunidades e ameaças do ambiente e construir para o do Desenvolvimento BRASIL 2035, uma árvore de competência do futuro, sabendo que a análise prospectiva permite considerar que o futuro possui incertezas e está aberto para muitos futuros possíveis Objetivo da oficina: imaginar um futuro desejável / realizável diante das ameaças e oportunidades do ambiente e construir para o Desenvolvimento BRASIL 2035 uma árvore de competência do futuro, sabendo que a Análise Prospectiva permite considerar que o futuro possui incertezas e está aberto para muitos futuros possíveis. 3.1) Oficina de “árvore de competência do futuro” seguiu as etapas: 1) Construiu-se a árvore do futuro (10 a 20 anos), levando em consideração as mudanças críticas

identificadas, considerando o que deve ser: conservado, desenvolvido ou abandonado. Nestas considerações, levaram-se em conta as possíveis ameaças e oportunidades do ambiente. Identificar os elementos da árvore impactados (ativos e vulneráveis)

2) Construiu-se a árvore de competências desejável para o futuro do Desenvolvimento BRASIL 2035, considerando o que deve ser: conservado, desenvolvido ou abandonado. Nestas condições, levaram-se em conta as possíveis ameaças e oportunidades do ambiente.

3) Nesta oficina, a construção árvore de futuro levou em conta as forças e fraquezas do Desenvolvimento BRASIL 2035 e das consequências das mudanças.

Procedimento utilizado: Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpria lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas , executando várias rodadas sucessivas.

Em seguida a Tabela 6 foi preenchida, pelos participantes, a árvore de competência do futuro, com os diversos fatores. Depois identificaram os aspectos referentes a oportunidades e ameaças da Árvore do Futuro em relação à Árvore do Presente. O importante desta oficina foi o obter o que os participantes desejam para o futuro da BRASIL em ralação à situação presente.

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Tabela 6: Fatores da Árvore de Competência do Presente e do Futuro e Oportunidades e Ameaças Elementos

de Represen-tação da Árvore

Árvore de Competência Fatores do Futuro em relação ao

Presente

PRESENTE FUTURO Ameaças Oportunidades

RAMOS

1. Instabilidade política 1. Estabilidade Política e Econômica

• Desestabilidade política e econômica

• Uso predatório do

patrimônio cultural e ambiental

• Sentimento de não

participação popular na política (falta de representatividade efetiva)

• Desigualdade social

extrema

• Foco no individual ou classista

• Controle da economia

centrada nas mãos de poucas e grandes corporações

• Pauta de exportação focada no agronegócio

• Estabilidade Política e

Econômica • Uso sustentável do

Patrimônio cultural e ambiental

• Democracia plena e madura

• Sociedade menos desigual

• Foco em coletividade e bem

comum

• Desenvolvimento de economias locais com valorização das competências criativas

• Diversificação da pauta de exportação e da inserção internacional dos setores econômicos

2. Elevada incerteza e desconfiança do governo – crise moral

2. Uso sustentável do Patrimônio cultural e ambiental

3. Crise de representatividade 3. Democracia plena e madura 4. Preocupação com os produtos em

relação ao uso e origem pelo consumidor

4. Sociedade menos desigual

5. Preocupação por ações sustentáveis e colaborativas

5. Foco em coletividade e bem comum

6. Agropecuária fortalecida 6. Desenvolvimento de economias locais com valorização das competências criativas

7. Exportação de commodities

8. Variedade e crescimento do setor de serviços

7. Estabilidade Política e Econômica

9. Redução do valor agregado à produtos 10. Lento desenvolvimento da tecnologia

- pouca inovação

11. Estagnação do mercado consumidor interno

12. Restrição ao crédito 13. Grandes eventos internacionais (copa

de futebol, Olimpíadas)

14. Crescimento do cinema e da publicidade

15. Processo de conscientização e mobilização política e social

TRONCO

1. Difusão das manifestações populares e

do debate político 1. Foco no individual ou classista

• Mídia monopolizada por • Mídia democratizada 2. Polarização social 2. Controle da economia centrada nas mãos

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de poucas e grandes corporações corporações privadas

• Não participação das comunidades na aprovação dos orçamentos públicos

• Falta de investimentos em pesquisa e inovação tecnológica

• Supremacia do poder judiciário em relação aos poderes representativos (Executivo e Legislativo)

• Orçamento participativo e governos distritais

• Emprego de maior qualificação

• Investimentos e apoio a instituições voltadas à inovação, tecnologia e empreendedorismo

• Equilíbrio entre os 3 poderes ( Executivo, Legislativo, Judiciário)

3. Melhorias de indicadores sociais 3. Pauta de exportação focada no agronegócio

4. Redes sociais 5. Programas e políticas públicas

sociais

6. Econômica criativa e solidária 7. Mobilização da participação social 8. Ação coletiva

9. Acesso a informação democratizada 10. Processos mais bem estruturados 11. Empresas e comunidades mais

organizadas

12. Empreendedorismo 13. Violência e drogas 14. Corrupção e perda de valores 15. Fortalecimento do terceiro setor 16. Políticas anticíclicas esgotadas 17. Sobrecargas das administrações

municipais

18. Ausência de reformas relevantes como a fiscal e político partidária

1. Fortalecimento do poder Judiciário

RAIZ

1. Descrença no sistema político

brasileiro 1. Desestabilidade política e econômica

• Polarização política

• Falta de consciência do conceito de bem público

• Maior engajamento político e interesse pelos bens públicos

• Entendimento que uma sociedade mais igualitária é

2. Pessimismo generalizado 2. Uso predatório do patrimônio cultural e ambiental

3. Intolerância da sociedade 3. Sentimento de não participação popular na política ( falta de representatividade efetiva)

4. Crise política e econômica 4. Desigualdade social extrema 5. Possibilidades de crescimento 6. Compartilhamento e senso de

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pertencimento • Desigualdade social

• Visão individualista dos segmentos sociais e dos indivíduos

• Sistema político não responsivo e não representativo

benéfica a todos

• Desejo generalizado pelo compartilhamento

• Sistema político representativo e responsivo

7. Maior qualificação – acesso a graduação

8. Evolução de indicadores sociais 9. Lideranças sociais enfraquecidas 10. Final do bônus demográfico 11. Déficit e dificuldade de investimento

em infraestrutura

12. Recursos para desenvolvimento social

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V) Consolidação dos Resultados obtidos nas Oficinas do Processo Inicial do Desenvolvimento BRASIL 2035

A partir dos resultados obtidos nas diversas oficinas foi elaborada uma síntese, conforme na figura 12, que retrata a identificação das possíveis variáveis-chave para dar continuidade ao Processo Prospectivo, para que seja efetuada a Análise Estrutural, que:

• Aprofunda e descreve as variáveis;

• Define as Hipóteses das Variáveis;

• Efetua a Análise de Impacto Cruzado para descobrir quais são as variáveis motoras, que propiciarão o Desenvolvimento BRASIL 2035; e

• Efetua uma reflexão desta Análise Estrutural.

Nas oficinas realizadas e a partir de seus resultados, foram possíveis identificar as variáveis-chave para efetuar uma possível Análise Estrutural, que constam na figura 7.

Nessa primeira análise foram identificadas 43 (quarenta e três) variáveis-chave, que poderão ser desmembradas ou não, ou agrupadas, ou identificar outras variáveis-chave quando for aprofundada e identificar variáveis provocadoras de tendências ou de rupturas, que sejam importantes separar e aprofundar, em razão da sua importância e ter uma influência muito forte no futuro sobre as demais variáveis e no Desenvolvimento do Brasil 2035.

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Figura 7: Síntese dos resultados das oficinas do Desenvolvimento BRASIL 2035.

Projeto Desenvolvimento

do Brasil 2035

Educação • Inversão da pirâmide intelectual do Brasil • Baixo investimento em educação • Maioria da população terá ensino superior

Infraestrutura • Infraestrutura deficitária • Mudança modal transporte

Gestão • Gestão ineficiente do Estado Pacto

Federativo • Valorização do Planejamento Governamental

de Longo Prazo • Mudança da estrutura do Estado • Maior comprometimento de recursos

estratégicos sob a égide de investidores estrangeiros e capital privado

• Governos distritais, subordinado ao orçamento participativo

• Equilíbrio entre os 3 poderes

Política • Política industrial • Formulação monitoramento e implementação mais

eficiente de políticas públicas • Vincular a sustentabilidade às demais ideias • Democracia plena e madura • Estabilidade política e econômica • Política econômica favorável ao crescimento • Ter orçamento e planejamento participativo –

comunidade decide: o quê, como, quando fazer • Reforma política – Sistema político representativo e

responsivo • Apoio e instituições voltadas à iniciativa, inovação e

empreendedorismo

Demografia • Superpopulação nas grandes

cidades brasileiras

• Corrupção generalizada

Segurança e Defesa • Segurança e Defesa (Vários aspectos) • Base industrial capaz de atender as

principais necessidades as Forças Armadas

Meio ambiente • Uso sustentável dos patrimônios

cultural e ambiental

Econômica • Diversificação da pauta de exportação e

da inserção internacional dos setores • Competitividade de setores de alto valor

adicional • Desenvolvimento das economias locais,

APLs com valorização das competências criativas

• Política econômica favorável ao crescimento

• Reforma Fiscal

Social • Redimensionar e organizar os serviços de

saúde • Violência chega a níveis sem precedente • Haverá uma mídia de qualidade • Envelhecimento da população e mudança nas

regras dos aposentados • Programa sociais com contrapartida de

desenvolvimento • Sociedade menos desigual • Foco em coletividade e bem comum • Mídia democratizada • Participação social engajada localmente • Reforma Previdência • Maior engajamento político e interesse pelos

bens públicos • Entendimento de que uma sociedade mais

igualitária é benéfica a todos

Tecnologia • Dependência tecnológica • Sistema de informação territorial

acessível

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VI) Aprofundamento das Variáveis-chave e descrição As variáveis-chave que deverão ser aprofundadas e descritas estão na figura 7, que devem ser distribuidas, tendo cada grupo de aprofundamento um Coordenador e as pessoas que poderão contribuir com esse aprofundamento e a descrição da variável. Este é o início da etapa II, Análise Estrutural, em que as variáveis serão descritas de forma profunda e definida as hipóteses. Esse aprofundamento contribuirá de forma esclarecedora, quando for realizar a Matriz de Impacto Cruzado, que haverá uma apropriação dos participantes sobre todas as variáveis-chave que podem contribuir com o Desenvolvimento BRASIL 2035. Por esse motivo essas variáveis deverão ser analisadas com o intuido de verificar a necessidade de desmembramento para melhor aprofundar as variáveis para não tornar o aprofundamento genérico ou se há necessidade de juntar algumas das variáveis. A outra hipótese é na análise da variável verificar que a necessidade de um aprofundamento das variáveis provocadoras de tendências ou de rupturas, gerando novas variáveis-chave, nesta Análise Estrutural. As informações que as variáveis-chave deverão conter, de maneira detalhada e aprofundada, são as seguintes: Nome da Variável

• Expressão Mnemônica ou nome curto da variável • Evoluções Passadas • Variáveis que provocaram as evoluções • Situação atual das variáveis provocadoras das evoluções • Tendências Futuras das variáveis provocadoras • Rupturas Futuras das variáveis provocadoras • Detalhamento das variáveis • Definição de Hipóteses • Referência Bibliográfica • Descrição deverá conter:

• Fontes de Consulta - Bibliografia: Entidades governamentais, biblioteca, internet e outras fontes

A quantidade de páginas deverá variar de acordo com a variável e a necessidade de aprofundamento e detalhamento, como a necessidade de especialistas. Nesse momento que devem ser consultados os especialistas sobre o assunto e/ou tema para contribuir no aprofundamento das variáveis-chave e auxiliar na descoberta das variáveis provocadoras identificadas no detalhamento / aprofundamento.

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VII) Avaliação do Processo Prospectivo Desenvolvimento BRASIL 2035

A Avaliação do Processo Prospectivo é a VI etapa, conforme figura 1, que procura avaliar os impactos e resultados durante e após o processo. Esta avaliação é feita com base nas atividades realizadas até esta etapa e é realizada conforme AULICINO (2006)10, utilizando os diversos indicadores, que são enumerados a seguir: 1. Sensibilização e a conscientização do conceito: apesar de algumas poucas pessoas terem participado do

curso do Processo Prospectivo (oito), houve uma boa condução das oficinas, da etapa I, Análise Conjuntural, obtendo bons resultados em todas as oficinas, mesmo considerando que somente oito tinham conhecimento do processo. Isso demonstrou um comprometimento forte com o processo. Houve no início do Seminário a explanação dos conceitos do Processo Prospectivo, para definir uma homogeneização entre os participantes, porque nem todos tinham participado das reuniões anteriores e somente oito tinha participado do curso de curta duração do processo prospectvio. Dentre os participantes, como já foi dito anteriormente, houve um equilíbrio dos representantes dos agentes sociais, conforme mostra a figura 2. Em razão do dia do Seminário ser na véspera de feriado o comparecimento foi baixo também, mas os resultados foram muito bons. Deve ser lembrado que as oficinas devem propiciar uma reflexão, e, principalmente, uma integração e interação entre os diversos tipos de agentes sociais, tendo como consequência os resultados. Portanto, o mais importante nessas oficinas é a aprendizagem de convivência entre os diferentes tipos de agentes sociais, porque no Brasil é mais comum haver esse tipo de trabalho, somente, entre os mesmos tipos de agentes sociais ou assemelhados e, não entre os diferentes. Neste seminário, pode-se constatar que houve resultado, apesar de alguns pequenos problemas, justamente, porque houve uma diversidade de tipos de agentes sociais e souberam trabalhar juntos, construindo os resultados esperados para cada tipo de oficina, conforme os registros neste relatório. Outro resultado de análise foi a quantidade de oficinas realizadas em razão da quantidade de pessoas, foram 4 oficinas, quando deveriam ter sido realizadas no mínimo seis oficinas. As oficinas que não foram realizadas foram: “Das Mudanças Críticas às Estratégias” e a “Das Mudanças Críticas aos Cenários Exploratórios”. Deve ser ressaltado, que essa redução de oficinas e de pessoas não prejudicaram os resultados.

2. Elaboração do escopo do processo prospectivo: o escopo do Processo Prospectivo do Brasil 2035,

considerando que seja TERRITORIAL, deveria ser efetuado incialmente por Distrito ou agrupamentos de Distritos, e depois por Município ou agrupamentos de Municípios, sabendo que hoje no Brasil há 5.570 municípios (IBGE, 2014), depois consolidar ao nível de estado e, depois, por regiões, consolidando o Brasil. Dessa forma, a SOCIEDADE BRASILEIRA, por meio dos diversos tipos de agentes sociais deveria ter participado e, se comprometendo com as ações e políticas públicas do BRASIL 2035, para chegar a 2100 um país desenvolvido. Deve ser ressaltado, que será muito difícil o Brasil se tornar desenvolvido sem a participação com APROPRIAÇÃO da sociedade brasileira. Portanto, este processo prospectivo será um piloto para identificar quais ações teremos que executar, para que a sociedade seja envolvida e, realmente, tenhamos em 2100 um BRASIL desenvolvido, considerando que para isso a sua população deverá estar totalmente comprometida com essa transformação, que será um RUPTURA, isto é, a proposição de inovações para um Brasil desenvolvido. Por estes motivos, as escolhas de técnicas e métodos são os do processo prospectivo, que propiciem a participação com apropriação dos envolvidos, que tenha um rigor e sejam transparentes.

10AULICINO, A.L. Tese de Doutorado: Foresight para Políticas de CT&I com Desenvolvimento Sustentável: Estudo de Caso

Brasil. São Paulo. FEA-USP, 2006. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-22092006-170228/pt-br.php. Acessado em: 20/10/2006.

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3. Identificação dos stakeholders(agente sociais) potenciais, atores e especialistas: além do

aprofundamento das variáveis-chave, deverá ser realizada uma oficna para identificação dos atores dominantes, que é a oficina: “Das Mudanças Críticas aos Atores”, para que façam parte do rol das variáveis-chave e do aprofundamento dessas variáveis-chave, devendo entrar na Análise Estrutural e Análise de Impacto Cruzado.

4. Ainda como Avaliação e Impacto dos Resultados das atividades realizadas até o momento, deve-se ressaltar que as tarefas do Comitê Técnico Prospectivo deverão ser revistas e verificar quais pessoas, realmente, vão desejar participar e contribuir com seu tempo para elaborar o processo prospectivo do Projeto Brasil 2035. Depois de definidas as pessoas integrantes do Comitê Técnico Prospectivo, as tarefas serão distribuídas. Isso poderá ocorrer na próxima reunião. Para que haja um trabalho que não sobrecarregue aos participantes do deste Comitê deveremos definir quando serão as reuniões e qual o melhor horário, sabendo que nem sempre poderemos contar com todos.

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VIII) Referência Bibliográfica base deste relatório, da Apresentação da Palestra e das Oficinas

ALBRIGHT, Richard. Visualizing Strategic and Technology Roadmaps. Disponível em: http://www.albrightstrategy.com/roadmap_visualization.html. Acesso em 20/08/2011. AULICINO, A. L.. Tese de Doutorado: Foresight para Políticas de CT&I com Desenvolvimento Sustentável: Estudo de Caso Brasil. São Paulo. FEA-USP, 2006. ___________________, 2012 Processo Prospectivo e Construção de Cenários. Disponível em: http://www.idsust.com.br/processo_prospectivo.php. Acesso em 20/03/2016.

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Emerging Countries: A Brazilian case. In: 29th World Conference in Tallinn 2012, 2012, Tallinn. Science and technology Parks: Serving the Companies and the Innovation Community. Estônia: IASP. AULICINO, A. L.; PETRONI, L. M. . Inovação: O processo de implantação do Parque Tecnológico para o

Desenvolvimento Sustentável da Região Sudoeste do Estado de São Paulo: o caso do Município de Ribeirão

Branco. In: XXII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, 2012, Foz de Iguaçu. XXII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas. Brasília: ANPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, 2012. BARRÉ, Remi. Science & Technology foresight as a collective learning process in view of strategic decision

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