Upload
vuongtram
View
225
Download
6
Embed Size (px)
Citation preview
29/08/2017
1
MORFOLOGIA E ULTRA-ESTRUTURA DE BACTÉRIAS
Microbiologia FFI 0751
Profa. Dra. Ilana CamargoContinuação (aula 5)
✓ Tamanhos
✓ Parede celular
✓ Forma celular
o Estruturas internas à parede
✓Membrana citoplasmática
o Material genético
o Ribossomos
o Inclusões
✓ Endósporoso Estruturas externas à parede
o Glicocálice (ou glicocálix)
o Flagelos
o Fímbrias e Pili
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Aula de hoje...
29/08/2017
2
Citoplasma
Substância da célula dentro da membrana plasmáticaEspesso, aquoso, semitransparente, elástico
80% - àguaProteínas (enzimas)CarboidratosLipídeosÍons inorgânicosCompostos de peso molecular muito baixo
Principais estruturas:DNARibossomosInclusões
Material genéticoCromossomo
29/08/2017
3
A célula procariótica x célula eucariótica
✓ DNA (material genético) não está envolvido por umamembrana e ele é um cromossomo circular.
✓ DNA não está associado a proteínas histonas.
✓ Geralmente divisão celular por fissão binária (envolvemenos estruturas e processos que a divisão de eucariotos).
29/08/2017
4
29/08/2017
5
Cromossomo da Escherichia coli: tem cerca de 4,6 milhões de pares de bases (~4.300 genes)
a)DNA emergindo da célula rompida.b)Mapa genético.
(Fonte: Tortora et al., 2005)
Procariotos - bactéria
29/08/2017
6
1 CromossomoDNA de dupla fita, circular, grande
E. coli – 1,3 m de comprimento- 4,2 x 103 kb
Mycoplasma – 750 kb (!!)
Exceção:Brucella abortus – 2 cromossomos diferentes
Replicação de DNA bacteriano
Procariotos - bactéria
http://www.sciencebuddies.org/mentoring/plugin_bac_diversity_bacteria_and_dna.jpg
29/08/2017
7
Procariotos - bactéria
E. coli - 4,2 x 103 kb- ~4300 genes
Célula humana:Quantidade de DNA: mais de 1000 vezes superior;Número de genes: 7 vezes maior
http://drugline.org/img/term/e-coli-4798_3.jpg
http://mercedesmoreira.blogspot.com.br/2012/08/actividad-n12-celulas.html
Material genéticoPlasmídeo
29/08/2017
8
http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPages/R/RecombinantDNA.html
Plasmídeos
➢ DNA circular pequeno, de dupla fita, além do cromossomo bacteriano;
➢ São elementos genéticos extra-cromossômicos: não estão conectados ao cromossomo
bacteriano principal e replicam-se independentemente do DNA cromossômico;
Plasmídeos
➢ Contém de 5 a 100 genes não cruciais para a sobrevivência da bactéria em condições ambientais
normais;
➢ Podem ser ganhos ou perdidos sem lesar as células;
➢ Alguns conferem a vantagem da transferência de genes de resistência aos antibióticos, tolerância
aos metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas.
➢ Podem ser utilizados para a manipulação genética.
http://www.asbmb.org/asbmbtoday/asbmbtoday_article.aspx?id=15152
29/08/2017
9
Plasmídeos – elementos de DNA móveis que não são essenciais para a
vida do microrganismo, mas que traz vantagens
Procariotos - bactéria
Plasmídeos de 150 Kb – grandes70 kb - médios
3.5 kb - pequenos
enovelado
29/08/2017
10
- Origem de replicação para produzir
cópias que passam para células filhas na
divisão celular ou para outra célula
através da conjugação,
- Integrativos que se inserem no
cromossomo bacteriano ou não.
Conjugação
Plasmídeos
Resistência aos antimicrobianos devido à aquisição de plasmídeos
29/08/2017
11
✓ Tamanhos
✓ Parede celular
✓ Forma celular
o Estruturas internas à parede
✓Membrana citoplasmática
✓Material genético
o Ribossomos
o Inclusões
✓ Endósporoso Estruturas externas à parede
o Glicocálice (ou glicocálix)
o Flagelos
o Fímbrias e Pili
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Aula de hoje...
Ribossomos
29/08/2017
12
Ribossomos
Ribossomos são caracterizados pelo coeficiente desedimentação, expresso em unidades Svedberg (S).
Procariotos: 70S contém uma subunidade grande (50S) e
uma pequena (30S)
Eucariotos: 80S contém uma subunidade grande (60S) e
uma pequena (40S)
Diferenças entre ribossomos: procarioto x eucarioto
29/08/2017
13
29/08/2017
14
✓ Tamanhos
✓ Parede celular
✓ Forma celular
o Estruturas internas à parede
✓Membrana citoplasmática
✓Material genético
✓ Ribossomos
o Inclusões
✓ Endósporoso Estruturas externas à parede
o Glicocálice (ou glicocálix)
o Flagelos
o Fímbrias e Pili
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Aula de hoje...
Inclusões da célula bacteriana
• Função de armazenamento de energia ou como reservatório de constituintes estruturais.
• Geralmente envolvidas por uma fina camada de lipídeos.
• Polímeros de armazenamento de carbono
– PHB (ácido poli-b-hidroxibutírico): natureza lipídica
– PHA (poli-b-hidroxialcanoato): nome coletivo para os grânulos acumulados, cujos polímeros podem variar de tamanho (C4 até C18).
– Glicogênio (polímero de glicose)
Estrutura química do PHB.Micrografia eletrônica de uma seção da
célula de Rhodovibrio sodomensis. (Madigan et al., 2004)
29/08/2017
15
Inclusões da célula bacteriana• Grânulos de polifosfato (volutina): reserva de fosfato inorgânico para ser usado
na síntese de ATP (também encontrados em algas, fungos e protozoários).
• Grânulos de enxofre: Thiobacillus (bactéria do enxofre)- glóbulos de enxofre no periplasma.
• Magnetossomos: inclusões de óxidos de ferro - Fe3O4 – em algumas bactérias Gram-negativo. Função provável relacionada ao movimento – atração magnética a sedimentos onde [ ] de O2 é menor.
• Vesículas de gás: em procariotos aquáticos (cianobactérias, fotossintéticas anoxigênicas), com função de aumentar a flutuabilidade.
Magnetossomos: fotomicrografia de Aquaspirillum magnetotacticum com
uma cadeia de magnetossomos.Tortora et al., 2005.
29/08/2017
16
✓ Tamanhos
✓ Parede celular
✓ Forma celular
o Estruturas internas à parede
✓ Membrana citoplasmática
✓ Material genético
✓ Ribossomos
✓ Inclusões
✓ Endósporos
o Estruturas externas à parede
o Glicocálice (ou glicocálix)
o Flagelos
o Fímbrias e Pili
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Aula de hoje...
GlicocáliceCamada limosa e cápsula
29/08/2017
17
Glicocálice/Glicocalix: Camada de material viscoso que
envolve as células bacterianas.
Produzido na maioria dos casos dentro da célula e
excretado para a superfície celular.
Composto de polímeros (viscoso e gelatinoso) situado
externamente à parede celular.
Cápsula – Se estiver organizado e acoplado firmemente à parede
celular (exclui partículas pequenas como tinta naquim);
Camada limosa – Se estiver desorganizado, sem forma e acoplado
frouxamente à parede celular tende a ser solúvel em água.
Estruturas externas à parede - Glicocálice
Estruturas externas à parede - Glicocálice
Podem ser:
espessas ou delgadas,
rígidas ou flexíveis,
dependendo na sua composição química
e grau de hidratação
29/08/2017
18
Estruturas externas à parede - Glicocálice
Evidenciada pela Tinta Nanquim
Composição:
Único tipo de açúcar –homopolissacarídeos;
Ex.: Streptococcus mutans
Sacarose – glicina = polímero para aderir às
superfícies lisas dos dentes e causa a cárie! Sem
a glicina, a bactéria seria expelida pelo fluxo da
saliva.
Mais de um tipo de açúcar – heteropolissacarídeos;
Ex. Streptococcus pneumoniae
Possui a cápsula tipo VI de Glicose, Galactose e
Ramnose.
Estruturas externas à parede - Glicocálice
29/08/2017
19
A determinação dos constituintes da cápsula é
normalmente um passo importante na identificação de
certas bactérias patogênicas.
Algumas cápsulas são de polipeptídeos.
Ex. Bacillus anthracis (agente do carbúnculo/ antrax)
– Cápsula de ácido glutâmico.
Estruturas externas à parede - Glicocálice
Funções do glicocálice:
-Aderência à superfícies sólidas;
- Proteção contra o dessecamento temporário se ligando a
moléculas de água;
-Reservatório de alimentos;
-Evita a adsorção e lise da célula por bacteriófagos;
Vírus que atacam bactérias.
-Proteção para as bactérias patogênicas contra fagocitose por
células sanguíneas, aumentando a chance de infecção.
Praga na indústria – responsável pelo acúmulo de lodo nos
equipamentos, afetando a qualidade dos produtos.
http://www.nehmi-ip.com.br/imagens_servicos/bio_7_p.gif
29/08/2017
20
Estruturas externas à parede - Glicocálice
Glicocálice: cápsulas e camadas limosas– Maior parte de natureza polissacarídica
(exopolissacarídeos = EPS).
– Composição variável nas diferentes espécies.
– Proporcionam aderência entre a bactéria e superfícies, por meio de reações químicas: tecido hospedeiro (células do pulmão, dentes, implantes, tubulações, raízes e vasos condutores de plantas, rochas, etc).
EPS– Dificultam o reconhecimento e destruição pelas células
fagocitárias do sistema imune – relacionado à virulência(Ex. Streptococcus pneumoniae com e sem cápsula).
– Oferecem resistência à dessecação (tem muitas moléculas de água associadas).
– Aplicação industrial: espessantes – goma xantana(Xanthomonas campestris).
Sob determinadas condições, os microrganismos se aderem, interagem
com as superfícies e iniciam crescimento celular.
Essa multiplicação dá origem a colônias e quando a massa celular é
suficiente para agregar nutrientes, resíduos e outros microrganismos
(camada espessa), está formado o que se denomina BIOFILME.
➢São complexos ecossistemas microbiológicos embebidos em uma matriz
de polímeros orgânicos, aderidos a uma superfície;
➢Forma-se um cultivo puro ou uma associação com outros
microrganismos.
➢Os microrganismos em biofilmes estão mais resistentes à ação de
agentes químicos e físicos.
EPS e Biofilme
29/08/2017
21
Biofilmes bacterianos
Fixação Crescimento Separação
Células planctônicas
Células planctônicas
Biofilme
29/08/2017
22
Biofilme
Encontrado onde há água e suporte sólido
Dentes, canos, lentes de contato, sistemas digestivos
✓ Tamanhos
✓ Parede celular
✓ Forma celular
o Estruturas internas à parede
✓ Membrana citoplasmática
✓ Material genético
✓ Ribossomos
✓ Inclusões
✓ Endósporos
o Estruturas externas à parede
✓Glicocálice (ou glicocálix)
o Fímbrias e Pili
o Flagelos
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Aula de hoje...
29/08/2017
23
Fímbrias e Pili
Estruturas filamentosas compostas por proteínas que se projetam a partir da superfície de uma célula, podendo
apresentar muitas funções
http://aulavirtual.usal.es/aulavirtual/demos/microbiologia/unidades/documen/uni_02/57/caphtm/cap0401.htm http://www.dbi.ufla.br/Ledson/LBMP/Bact24.htm
Estruturas externas à parede – Fímbrias
• Mais curtas e mais numerosas que flagelo.
• Função de adesão.
• Pilina: proteína formadora, distribuídas de modo helicoidal em torno de um eixo.
Fímbrias em célula em divisão de E. coli (Tortora et al., 2005).
• Neisseria gonorrhoeae –agente causador da gonorréia: fímbrias
ajudam a colonização das membranas mucosas.
http://www.nibib.nih.gov/NewsEvents/ResearchHighlights/Archive/2007/06June07
29/08/2017
24
➢ Podem ser vistos somente pelo Microscópio Eletrônico
➢ Penetram na parede celular, mas não possuem ancoragem
complexa como os flagelos
➢ São ocos, mas possuem Pilina, proteínas arranjadas em
forma de espiral em torno de um espaço central para formar a
estrutura.
Estruturas externas à parede – Fímbrias
Em infecção, as fímbrias auxiliam a
bactéria patogênica a aderir às células
superficiais do trato respiratório,
intestinal ou geniturinário.
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Fimbriae%2C+Bacterial&lang=1
Pili
29/08/2017
25
Estruturas externas à parede – Pili
• Pili (singular Pilus): mais longos que as fímbrias e há apenas um ou dois por célula.
• Mesma estrutura das fímbrias.• Função sexual: auxilia a aproximação entre duas células
bacterianas para que ocorra transferência de DNA.
Presença de pilus em célula de E. coli, revelada pela adesão de bacteriófagos ao pilus. O contato entre duas bactérias conjugantes
é feito pelo pilus, que as aproxima por retração (despolimerização da pilina). Madigan et al., 2004
• Outras funções:
– aderência
– a classe de pili tipo IV realiza uma forma incomum de motilidade: motilidade pulsante!!
Por deslizamento: movimento ao longo de uma superfície sólida através da extensão dos pili seguida da sua retração.
Estruturas externas à parede – Pili
Exemplo: Pseudomonas
Acredita-se que pili do tipo IV atuem como mediadores na transferência genética por meio do processo de transformação.
29/08/2017
26
✓ Tamanhos
✓ Parede celular
✓ Forma celular
o Estruturas internas à parede
✓ Membrana citoplasmática
✓ Material genético
✓ Ribossomos
✓ Inclusões
✓ Endósporos
o Estruturas externas à parede
✓Glicocálice (ou glicocálix)
✓Fímbrias e Pili
o Flagelos
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Aula de hoje...
Flagelos
29/08/2017
27
Os flagelos são muitas vezes mais longos que as células, mas o
diâmetro é muito fino e por isso não podem ser vistos com o
microscópio óptico.
Procedimentos de coloração colocam uma camada de corante
precipitado na superfície dos flagelos fazem com que apareçam mais
espessos e, assim, visíveis ao microscópio óptico.
Os corantes são a base de acetato de pararosanilina e
hidrocloreto de pararosanilina.
Flagelos – corado de vermelho
Não flagelo – corado de azul
Estruturas externas à parede – Flagelos
Estruturas externas à parede – Flagelos
29/08/2017
28
Estruturas externas à parede – Flagelos
• Associado à locomoção da célula (movimento natatório), oferece uma vantagem na exploração dos recursos dos ambientes.
• Apêndices longos e finos (~20 nm de espessura).
• Único ou vários, em diferentes arranjos
Monotríquio: Flagelo único e polar;
Anfitríquio: Um tufo de flagelos em cada extremidade;
Lofotríquio: Dois ou mais flagelos em um pólo da célula;
Peritríquio: Flagelos distribuídos por toda a célula.
Estruturas externas à parede – Flagelos
Fonte: Tortora et al., 2005
29/08/2017
29
Estrutura do flagelo procariótico
Fonte: Madigan et al, 2004.
• Semi-rígida helicoidal (não fica reto).
• Formado pelo motor, gancho e filamento.
• Motor: ancorado na Membrana citoplasmática e parede, bastão + anéis, proteínas Mot (rotação) e Fli (reversão do sentido de rotação).
• Gancho: base mais rígida.
• Filamento: formado por subunidades de flagelina. Anel C
Movimento do flagelo procariótico
“Turbina de prótons”
Fluxo de prótons através das proteínas Mot exerce forças
eletrostáticas sobre cargas arranjadas de forma helicoidal nas
proteínas do rotor.
Atrações entre as cargas + e – promovem rotação do corpo basal
à medida que os prótons fluem através das proteínas Mot.
29/08/2017
30
Etapas envolvidas na biossíntese dos flagelos
Fonte: Madigan et al, 2004.
- 40 genes envolvidos na expressão da motilidade (Salmonella typhimurium e Escherichia coli).
- Proteína “cap”: auxilia na organização das moléculas de flagelina adicionadas ao filamento.
- Regeneração após quebra.
Estrutura do flagelo procariótico
2002
29/08/2017
31
Estrutura do flagelo procariótico
Bactéria Gram-negativo Bactéria Gram-positivo
2002
Tipos de movimentação em procariotos com flagelação
Fonte: Madigan et al, 2004.
-Energia para rotação: movimento de prótons na membrana, passando pelo complexo Mot (força próton motiva). Translocação de 1.000 prótons para cada rotação.
-Velocidade até 60 comprimentos celulares/segundo-Capazes de girar até 300 revoluções por segundo!!
29/08/2017
32
Impulsão em meio líquido 0,00017 Km/h60 comprimentos celulares/segundo!!
Velocidade não é constante e pode-se aumentar ou diminuir de acordo com a intensidade da força próton motiva
http://microblog.me.uk/wp-content/uploads/petri.0.jpg
Proteus mirabilis
Crescimento da colônia seguido por “ondas”.
Células normais com 2 m e de 6-10 flagelos
Células de expansão com 40 m e de milhares de flagelos movem-se para a extremidade do ágar, perdem a diferenciação e voltam ao normal e novas células de expansão se formam...
29/08/2017
33
Momento
“Aprendendo Microbiologia com Poema e Poesia”
http://www.icej.org.br/?p=372
By Ilana Camargo
Oh Meu Deus! Isso deve ser Proteus! (por Ilana Camargo)
Ninguém, por mais que fosse desatento,deixaria de notar tal véu no crescimento.Um bacilo Gram negativo com tal mobilidade,migra sobre o meio sólido com grande habilidade.
Com tantos flagelos após grande diferenciação,migra pela superfície do ágar durante a incubação.
A morfologia ao redor de suas colônias... Hm! Com seu colega comente!O entrega até mesmo para o menos experiente:Basta observar o véu no ágar nutriente.
No ágar MacConkey, no entanto,há colônias em crescimento,mas o grande véu some como por encantoe a inibição eu não entendo!
Como sugestão eu digoe meu colega repete comigo:Oh Meu Deus! Isso deve ser Proteus!
29/08/2017
34
De volta à aula...
Flagelo de Archaea
➢Motilidade flagelar altamente disseminada com motilidade natatória;
➢Mais delgados;
➢Movimento também de rotação;
➢Estrutura do motor flagelar não conhecida;
Peptideoglicano e membrana externa estão ausentes!!
➢Várias flagelinas diferentes são encontradas e algumas compostas de
glicoproteínas;
➢Compartilham determinadas propriedades moleculares com pili tipo IV
bacterianos que atuam em outra forma de motilidade (pulsante)
29/08/2017
35
✓ Tamanhos
✓ Parede celular
✓ Forma celular
o Estruturas internas à parede
✓ Membrana citoplasmática
✓ Material genético
✓ Ribossomos
✓ Inclusões
✓ Endósporos
✓ Estruturas externas à parede
✓Glicocálice (ou glicocálix)
✓Fímbrias e Pili
✓Flagelos
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Aula de hoje...
29/08/2017
36
Locomoção e taxia
Locomoção microbiana - deslizamento
Mecanismo proposto para a motilidade por deslizamento em Flavobacterium johnsoniae –
movimentação de proteínas na superfície celular.Madigan et al., 2004.
Movimento mais lento e suave
Requer contato com superfície sólida
29/08/2017
37
Locomoção microbiana - deslizamento
Flavobacterium johnsoniae – acima, massas celulares afastando-se da colônia.
Abaixo, colônia de linhagem mutante, não deslizante. Madigan et al., 2004.
Cianobactéria filamentosa Oscillatoria princeps. Os filamentos deslizam por meio da secreção de
um polissacarídeo limoso.Madigan et al., 2004.
29/08/2017
38
• Motilidade pulsante com pili tipo IV
Locomoção microbiana - deslizamento
Respostas comportamentais - Taxias
• Movimento de uma bactéria para perto ou longe de um estímulo particular.
• Melhor conhecido em bactérias que apresentam locomoção flagelar.
• Quimiotaxia – resposta a um agente químico.
• Fototaxia – resposta a um estímulo luminoso.
• Outras taxias (p.e., aerotaxia).
29/08/2017
39
Regulação da quimiotaxia
• Proteínas sensoras localizadas na membrana –quimiorreceptores – percebem o gradiente químico einteragem com as proteínas que afetam a direção domotor flagelar.
• Principais agentes quimiotáticos bacterianos:nutrientes excretados por células como algas eprotozoários, ou por organismos macroscópicos mortos.
Quimiotaxia
Ocilação corrida
Gradiente maior do agente atrativo
29/08/2017
40
Fototaxia
Fototaxia positiva de uma colônia inteira da bactéria púrpura Rhodospirillum centenum, por um período de duas horas. No detalhe, MET de célula de R. centenum, com flagelação peritríquia induzida.
Madigan et al., 2004.
Parte II: Colorações
Sobre a aula prática
29/08/2017
41
Colorações
Simples Diferencial
Positiva
Negativa
Separação de gruposColoração de Gram
Coloração de Ziehl-Neelsen
Observar estruturasEsporosCápsulasFlagelo
Um único corantePara constatação de microrganismo
Colorações
Simples
Positiva
Negativa
Um único corantePara constatação de microrganismo
Positiva: baseada na utilização de corantescarregados positivamente que se ligam às cargasnegativas de superfície de células e de materialnucléico
Negativa: baseada na coloração com corantesacídicos que são repelidos pela carga negativa dasuperfície de células. A lâmina de vidro ficará coradaenquanto que o microrganismo aparecerá mais claro
Azul de metileno (1 – 2 minutos)Cristal de violeta (20 – 60 segundos)Carbolfucsina (15 – 30 segundos)
NigrosinaTinta nanquim
29/08/2017
42
Colorações
Diferencial
Separação de gruposColoração de Gram
Coloração de Ziehl-Neelsen
Observar estruturasEsporos (Schaeffer-Fulton)
Cápsulas (Gins)Flagelo (pararosanilina)
Dois corantes contrastantes que gerarão colorações diferentes em grupos
distintos de bactérias
29/08/2017
43
Coloração de células para observação micorscópica.Madigan et al., 2004.
Partindo de cultura líquida
Partindo de cultura sólida
Adicione uma gota de solução
fisiológica e em seguida adicione uma
porção de uma colônia com o auxílio de
uma agulha de inoculação, misture e
espalhe sobre a lâmina
29/08/2017
44
Coloração de Gram
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Vi Lulu Ali A Fumar !
Coloração de Gram
Fixação das bactérias na lâmina
Pelo calor (Fogo)
Cristal Violeta – 1 minuto
Lugol (Iodo) – 1 minuto
Álcool Cetona
Água destilada
Fucsina - 30 segundos
29/08/2017
45
Solução de Iodo (Lugol)Mordente
Substância que fixa o corante na célula!
Forma um complexo com o Cristal Violeta e se fixam
na camada peptideoglicana!! ( força de ligação)
Cristal Violeta
Se infiltra na parede celular e cora as células de roxo!
O tratamento de álcool (ou álcool cetona) extrai os lipídeos
resultando em uma porosidade ou permeabilidade
aumentada da parede celular das bactérias Gram-negativo. O
complexo Cristal Violeta – Iodo (CV-I) é retirado com a
lavagem e as bactérias Gram-negativo são descoradas.
As bactérias Gram-positivas têm parede celular de
composição diferente e se desidrata durante o
tratamento com o álcool, diminuindo a porosidade e o
complexo CV-I não pode ser extraído.
29/08/2017
46
G+ - a célula não é afetada, permanecendo violeta
Última etapa: coloração pela Fucsina
G- - a célula adquire o corante, tornando-se vermelha/rosa.
Cocos Gram-positivo Cocos Gram-negativo
FUNÇÃO: Observar as características morfológicas das
bactérias isoladas – Excelente também como exame
direto para avaliar o material clínico (escarro).
Coloração de Gram
Espiral
Gram-negativo
Cocos
Gram-positivo
Bacilo
Gram-positivo
29/08/2017
47
Cocos
Gram-positivo
Bacilo
Gram-negativo
Coloração de Gram
Cocos Gram positivosestafilococos
29/08/2017
48
Coloração de Gram
Muito utilizada no estudo taxonômico das bactérias;
Cocos são, na maioria das vezes, GRAM POSITIVO;
Bacilos são na maioria das vezes, GRAM NEGATIVO;
O mecanismo da coloração de Gram se refere à
composição da parede celular:
➢ Gram-positivo possuem uma espessa camada de
peptideoglicana e ácido teicóico;
➢ Gram-negativo possuem uma fina camada de
peptídeoglicana, sobre a qual se encontra uma camada
composta por lipoproteínas, fosfolipídeos, proteínas e
lipopolissacarídeos.
Exceção de cocos que não são Gram-positivos:· Veillonella parvula
· Veillonella alkalescens· Branhamella catarrhalis· Neisseria sicca· Neisseria gonorrhea· Neisseria meningitidis
Exceção de bacilos que não são Gram-negativos:· Lactobacillus casei
· Lactobacillus fermenti· Actinomyces viscosus· Eubacterium alantolyticum· Propionibacterium propionica· Bacillus stearothermophilus
Estas exceções são dadas através dos invólucros destas formas. Estão diretamente ligadas com a parede celular.
29/08/2017
49
Gram positivos retém o cristal violeta e as bactérias Gram-negativo não.
No entanto, isto não é um fenômeno absoluto. Muitas vezes, culturas de
bactérias GRAM (+) parecem Gram (-) ou misturadas (+ e -).
Existem algumas razões para isto:
1 – Super descoloração
2 – Fixação pelo calor muito drástica
3 – esfregaço muito espesso
4 – Passos de lavagens impróprios
5 – Cultura muito velha
6 - Cultura misturada ou impura
Como a coloração de Gram depende da estrutura da parede celular, sempreque houver um dano na parede a coloração de Gram poderá variar.
Uma bactéria Gram-positivo poderá aparecer Gram-negativo, porém, uma bactéria Gram-negativo será sempre Gram-negativo.
29/08/2017
50
- Tamanho: Pequeno, médio e grande (de 0,5 a 1,0 m de
diâmetro ou largura);
- Forma: cocos (esféricas), bacilos (cilíndricas) ou
espirilos (espiraladas);
Bactérias pleomórficas mudam de forma a medida que
a cultura envelhece. Por exemplo: Arthrobacter.
- Arranjo: estafilo..., estrepto..., diplo..., tétrade, sarcina,
paliçada.
Podem ser determinadas por microscopia e colorações!
As características morfológicas das bactérias:
• Colorações:
- Gram diferencia Gram positiva de Gram negativa;
- Ginsmistura de coloração simples negativa e positiva para diferenciar as bactérias produtoras de cápsula – observação!!!;
- Schaeffer-Fulton diferencia produtores de esporos de não produtores – observação!!!;.
29/08/2017
51
Preparação do esfregaço - Gins
• Gins mistura de coloração simples negativa e positiva para diferenciar as bactérias produtoras de cápsula;
Coloração de Gins
29/08/2017
52
Coloração de Schaeffer-Fulton
Coloração de Gram
29/08/2017
53
Momento II
“Aprendendo Microbiologia com Poema e Poesia”
http://www.icej.org.br/?p=372
Gram: ser ou não ser, eis a questão (por Ilana Camargo)
Do aconchego dos nossos clones nos levam...Para onde vamos nesta alça quente?
Deslizam-nos em uma gota de salina sobre uma lâmina de vidroO que vão fazer com a gente?
Ficamos à espera,Ficamos aflitos...
A lâmina seca.Ouço dos humanos alguns gritos.
De repente, nos fixam ao calor do fogo Aí que chega a realidade:
É a primeira aula sobre a coloração desse povo!Então vamos mostrar a nossa identidade!!
Será que vão acertar?Enxergamos tudo roxo por um minuto.
é o cristal violeta a nos corar.Depois vem o lugol como um mordenteE por mais um minuto coram a gente.
Hora do banho de cachoeiraÉ uma breve e leve ducha.
Mas que os humanos chamam de torneira.
De repente tudo fica gelado,e um arrepio vem à tona:É a vez do álcool cetona.
Eu e meus irmãos nos descoramos.Lá vem a fucsina rapidamente.
Vão nos reconhecer estes humanos?
Mais uma ducha gostosa,Depois nos deixam secar.
Ficamos todos cor de rosa:Será que vão adivinhar?
Do microscópio veio uma luminosidade:Tem alguém a nos espiar.
Tentam observar a nossa identidade...acho que vão acertar.
“Estas são todas rosa claro!!”O humano tem certeza disso.
“Porém o Gram eu não declaro!!”O medo de errar é coisa de Bixo!
Gram positivo ou Gram negativo?Eis a questão!
Se somos rosa depois da sua proeza,Fala ai seu Bixão:
Somos Gram negativos com certeza!!