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O acendedor de lampião e a iluminação pública
A gravura, de Jean Baptiste Debret (1768-1848), dá uma ideia
de como era o serviço de iluminação pública, antes do advento
do gás. Dois negros escravos, um descendo o lampião
suspenso no fachada de uma casa, na antiga Rua da Ajuda, e
outro trazendo à cabeça, enorme canjirão de óleo de baleia com
o respectivo funil, preparam um candeeiro de quatro mechas
para servir à noite.
DEBRET, Jean-Baptiste. Primeiras ocupações da manhã. 1826. Aquarela sobre papel: 18,7 cm x 24,2 cm. Museu Castro Maya, Rio de Janeiro.
DEBRET, Jean-Baptiste. Primeiras ocupações da manhã. 1826. Aquarela sobre papel: 18,7 cm x 24,2 cm. Museu Castro Maya, Rio de Janeiro.
Profissões que desaparecem ou se transformam podem ajudar a contar a história de uma sociedade.
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Times Square, Nova Iorque − Estados UnidosTimes Square, Nova Iorque − Estados Unidos
Poema da Noite O acendedor de lampiões
Lá vem o acendedor de lampiões da rua! Este mesmo que vem infatigavelmente, Parodiar o sol e associar-se à lua Quando a sombra da noite enegrece o poente!Um, dois, três lampiões, acende e continua Outros mais a acender imperturbavelmente, À medida que a noite aos poucos se acentua E a palidez da lua apenas se pressente.Triste ironia atroz que o senso humano irrita: - Ele que doira a noite e ilumina a cidade, Talvez não tenha luz na choupana em que habita.Tanta gente também nos outros insinua Crenças, religiões, amor, felicidade, Como este acendedor de lampiões da rua!
Jorge de Lima (1909)