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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO - NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO-“lato sensu” GESTAO EMPRESARIAL MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS RIO DE JANEIRO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO - NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO-“lato sensu”

GESTAO EMPRESARIAL MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS

O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

RIO DE JANEIRO 2010

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MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS

O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

Monografia apresentada á Universidade Cândido Mendes como parte dos requisitos para obtenção do Titulo de Especialista em Gestão Empresarial.

Orientador: Prof. Mário Luiz.

RIO DE JANEIRO 2010

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MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS

O ADMINISTRAR E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

Monografia apresentada á Universidade Cândido Mendes como parte dos requisitos para obtenção do Titulo de Especialista em Gestão Empresarial.

Orientador: Prof. Mário Luiz.

Rio de Janeiro, RJ_______/________/2010. Nota:______

Prof. Mário Luiz Orientador

RIO DE JANEIRO 2010

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DEDICATÓRIA

À minha família,

com todo o carinho.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que me deu vida e inteligência, e que me dá força para continuar a

caminhada em busca dos meus objetivos.

Ao Orientador Prof. Jayme Augusto Menegassi Azevedo pela dedicação na

orientação deste trabalho, que sem sua importante ajuda não teria sido concretizado.

Aos meus pais, que me ensinaram a não temer desafios e a superar os

obstáculos com humildade.

E aos demais, que de alguma forma contribuíram na elaboração desta monografia.

MARIA FERNANDA PEREIRA DE LIMA SANTOS

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“Tu és o arquiteto do teu próprio destino. Trabalha, espera e ousa.”

Wilcox Wheeler

RIO DE JANEIRO 2010

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................08

CAPITULO l 1.0 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO........................................................................10 1.1 ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL.............................................................................16 1.2 TEORIAS ADMINISTRATIVAS..............................................................................20

CAPITULO II 2.0 CONCEITO DE PLANEJAMENTO.......................................................................26

2.1 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS.................................28

2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO...........................................................................30

CAPITULO III

3.0 PLANEJAMENTO CRIATIVO................................................................................31

CONCLUSÃO...............................................................................................................32

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................37

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INTRODUÇÃO

O mundo das organizações empresariais modifica-se num ambiente competitivo,

com informações sendo veiculado continuamente em uma velocidade extraordinária, o

que não significa necessariamente a compreensão da realidade econômica e seus

desdobramentos em negócios. No ambiente organizacional, inúmeros fatores

influenciam seu desempenho.

Na administração das empresas isto não é diferente. O seguinte trabalho tem como

finalidade apresentar um breve estudo sobre a administração e a importância do

planejamento dentro das empresas, e este como vital para uma empresa crescer e

sobreviver.

As organizações nascem com propósitos às vezes não tão claros, nascem da

vontade dos seus fundadores, que nem sempre estão envolvidos com o mercado.

O planejamento é uma peça fundamental que começa com a formulação dos

objetivos organizacionais, e estes está ligada a visão desta organização, aos seus

propósitos futuros. A elaboração dos objetivos tem seus pontos chaves, que começam

com a análise tanto do ambiente interno da empresa, quanto o ambiente externo, não

adianta também planejar objetivos futuros que certamente não serão cumpridos.

Outro erro comumente existente é de achar que depois de todo o esforço com a

elaboração do planejamento este é uma peça acabada e não pode ser mudada. Todo

planejamento deve sofrer um acompanhamento, e este acompanhamento está ligado

ao controle, outra função administrativa, mas principalmente aos resultados esperados,

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resultados estes que irão fazer com que os objetivos sejam alcançados ou não.

A grande maioria das organizações não faz um planejamento, e vão andando de

acordo com suas vontades sem traçar um planejamento, o sucesso ou fracasso de

cada ação na vida é fundamentalmente baseado em planejamento, não muito

diferente, no mundo corporativo, as empresas num ambiente extremamente

competitivo onde é preciso apresentar respostas rápidas às demandas do mercado,

com preços competitivos e qualidade certificada.

Para uma melhor compreensão buscamos dividir a pesquisa em dois capítulos,

onde no primeiro falaremos sobre a história da Administração e discutir algumas teorias

administrativas.

No segundo capítulo iremos falar sobre o conceito de planejamento, buscando

focar na importância do planejamento nas empresas e falar sobre planejamento

financeiro.

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CAPITULO I

HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO

Segundo Gomes (2005), a história da Administração iniciou-se num tempo muito

remoto, mais precisamente no ano 5.000 a.C, na Suméria, quando os antigos

sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos,

exercitando assim a arte de administrar.

Depois no Egito, Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado que

não poderia ter-se operacionalizado sem uma administração pública sistemática e

organizada.

Posteriormente, na China de 500 a.C, a necessidade de adotar um sistema

organizado de governo para o império, a Constituição de Chow, com seus oito

regulamentos e as Regras de Administração Pública de Confúcio exemplifica a

tentativa chinesa de definir regras e princípios de administração.

Apontam-se, ainda, outras raízes históricas, as instituições otomanas, pela forma

como eram administrados seus grandes feudos, os prelados católicos, já na Idade

Média, destacando-se como administradores natos.

A Alemanha e a Áustria, de 1550 a 1700, através do aparecimento de um grupo

de professores e administradores públicos chamados os fiscalistas ou cameralistas.

Os mercantilistas ou fisiocratas franceses, que valorizavam a riqueza física e o Estado,

pois ao lado das reformas fiscais preconizavam uma administração sistemática,

especialmente no setor público.

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Na evolução histórica da administração, duas instituições se destacaram: a Igreja

Católica Romana e as Organizações Militares.

A Igreja Católica Romana pode ser considerada a organização formal mais

eficiente da civilização ocidental.

Através dos séculos vem mostrando e provando a força de atração de seus

objetivos, a eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas, espalhando-se

por todo mundo e exercendo influência, inclusive sobre os comportamentos das

pessoas, seus fiéis.

As Organizações Militares evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros

medievais e dos exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os tempos

modernos com uma hierarquia de poder rígida e adoção de princípios e práticas

administrativas comuns a todas as empresas da atualidade.

O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna

administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX,

chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas

mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial.

A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a

vapor, por James Watt, em 1776. A aplicação da máquina a vapor no processo de

produção provocou um enorme surto de industrialização, que se estendeu rapidamente

a toda a Europa e Estados Unidos.

A Revolução Industrial desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de

1780 a 1860. É a revolução do carvão, como principal fonte de energia, e do ferro,

como principal matéria-prima. A segunda fase de 1860 a 1914. São a revolução da

eletricidade e derivados do petróleo, como as novas fontes de energia, e do aço, como

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a nova matéria-prima. Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a

moderna administração surgiu em resposta a duas consequências provocadas pela

Revolução Industrial, sendo:

a) crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma

administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvisação;

b) necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer

face à intensa concorrência e competição no mercado.

No século XX, surge Frederick W. Taylor, engenheiro americano, apresentando os

princípios da Administração Cientifica e o estudo da Administração como Ciência.

Conhecido como o precursor da Teoria da Administração Cientifica.

Taylor preconizava a prática da divisão do trabalho, enfatizando tempos e

métodos a fim de assegurar seus objetivos "de máxima produção a mínimo custo",

seguindo os princípios da seleção científica do trabalhador, do tempo padrão, do

trabalho em conjunto, da supervisão e da ênfase na eficiência.

Nas considerações da Administração Científica de Taylor, a organização é

comparada com uma máquina, que segue um projeto pré-definido; o salário é

importante, mas não é fundamental para a satisfação dos funcionários; a organização

é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado; a qualificação do funcionário

passa a ser supérflua em consequência da divisão de tarefas que são executadas de

maneira repetitiva e monótona e finalmente, a administração científica, faz uso da

exploração dos funcionários em prol dos interesses particulares das empresas.

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As propostas pioneiras de Taylor deflagraram uma "febre" de racionalização, que

prepararam o terreno para o advento do TQC (Total Quality Control), ocorrido ao longo

do pós-guerra. As propostas básicas de Taylor: planejamento, padronização,

especialização, controle e remuneração trouxeram decorrências sociais e culturais da

sua aplicação, pois representaram a total alienação das equipes de trabalho e da

solidariedade grupal, fortes e vivazes no tempo da produção artesanal. Apesar das

decorrências negativas para a massa trabalhadora, que as propostas de Taylor

acarretaram, não se pode deixar de admitir que elas representaram um enorme

avanço para o processo de produção em massa.

É importante conhecer a história da Administração no Brasil e os precursores da

luta de torná-la reconhecida. A história da Administração iniciou-se em 1931, com a

fundação do Instituto da Organização Racional do Trabalho - IDORT, que contava com

o Professor Roberto Mange, suíço naturalizado. Em meados do mesmo ano o

Departamento Administrativo do Serviço Público, até hoje conhecido pela sigla DASP,

foi fundado pelo Dr. Luiz Simões Lopes. Por este órgão foi criada a Escola de Serviço

Público que enviava técnicos de administração aos Estados Unidos para a realização

de cursos de aperfeiçoamento, com defesa de tese. Os conhecimentos e as ações

desenvolvidas por estes especialistas, no seu retorno ao país, fez deles pioneiros da

Administração no Brasil, como profissão. Novamente sob orientação do Dr. Luiz

Simões Lopes, em 1944, foi criada a Fundação Getúlio Vargas, mantenedora da EASP

- Escola de Administração de Empresas de São Paulo.

Junto com o DASP, foi criado um cargo exclusivo de Técnico em Administração

(hoje Administrador). Sentia-se então a necessidade de institucionalização urgente da

profissão do Administrador, como forma de preservar o mercado de trabalho para os

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que já atuavam na Administração Pública e para os egressos daquelas escolas, bem

como, defender a sociedade de pessoas inabilitadas e na maioria despreparadas. No

entanto, institucionalizar uma profissão não é tarefa fácil e a estratégia adotada deveria

consistir na fundação da ABTA - Associação Brasileira de Técnicos de Administração,

em 19 de Novembro de 1960, que tinha como símbolo o hexágono.

A entidade recém-criada começou a desenvolver esforços com vistas à

preparação de um projeto de lei que institucionalizasse a administração. É de inteira

justiça salientar aqui a inestimável colaboração do Professor Alberto Guerreiro Ramos,

Técnico de Administração do DASP, na época Deputado Federal, para a aprovação do

projeto. Guerreiro Ramos foi decisivamente apoiado pela ABTA na luta pela sanção

presidencial, já que a reação de poderosas forças contrárias pugnava pelo veto.

Afinal, com o importante apoio do Diretor Geral do DASP, a Lei nº 4769, foi

sancionada em 09 de Setembro de 1965, pelo então Presidente da República de 1965,

pelo então Presidente da República de 1965, pelo então Presidente da República de

1965, pelo então Presidente da Repú, Humberto de Alencar Castelo Branco.

Para implantação da citada Lei, o Ministério do Trabalho nomeou uma Junta

Federal presidida por Ibany da Cunha Ribeir, aliada à ABTA, presidida por A. Nogueira

de Faria, que forneceu sua estrutura e seus recursos materiais e humanos,

implantando assim os Conselhos Regionais de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e

Bahia.

Entre os que exerceram o cargo de Técnico de Administração no DASP, além dos

acima mencionados, podemos citar Celso Furtado e Belmiro Siqueira. Este último

ocupou vários cargos naquela repartição pública, dentre eles o de Diretor Geral, em

1967 e 1968.

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Belmiro Siqueira é o Patrono dos Administradores, título que lhe foi outorgado

"pos-mortem" e dá nome ao concurso nacional anualmente promovido pelo Sistema

CFA/CRAs: prêmio "BELMIRO SIQUEIRA DE ADMINISTRAÇÃO". Administrador,

professor, consultor, assessor governamental, colunista de vários jornais, sempre

escrevendo sobre assuntos ligados à sua área de atuação. Autor de vários trabalhos

sobre Administração foi eleito Conselheiro Federal em 1977 e Vice-Presidente do

Conselho Federal de Administração - CFA, até 28 de Novembro de 1987, data de seu

falecimento. Na ocasião encontrava-se no / exercício da Presidência do CFA. Era

mineiro de Ubá, nascido a 22 de Outubro de 1921.

Torna-se imperativo, nesta oportunidade, exaltar a valiosa, decisiva e importante

contribuição do administrador Belmiro Siqueira. Cujo talento, profissionalismo e

dedicação ficaram registrados nos anais da história da Administração, no Brasil. Os

profissionais de administração eram denominados, na época, de Técnicos de

Administração, o que transmitia uma conotação de formação escolar de nível médio.

Mais de 02 anos após a publicação dessa Lei ela foi regulamentada através do

Decreto 61.934, de 22 de setembro de 1967.Foi criado então, o órgão responsável

pela disciplina e fiscalização do exercício profissional: o CFTA – Conselho Federal de

Técnicos de Administração, com a missão de trabalhar pela afirmação da existência e

fixação da profissão de Administrador no macro-sistema sócio-jurídico-econômico

nacional.

Começaram a ser criados outros Conselhos Regionais nas diversas capitais do

país, que hoje compõem o Sistema CFA/CRA's, com a finalidade de difundir e

consolidar a missão do órgão maior (CFTA) da categoria, com abrangência e

autonomia nas diversas regiões da Unidade Federativa.

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Coincidindo com o 20° aniversário da criação da profissão de Administrador, por

força da Lei Federal n°735, de 13 de junho de 1985, foi mudada a denominação de

Técnico de Administração para Administrador, após uma campanha realizada em 1983,

coordenada pelo CRA-SP, que levou ao Ministério do Trabalho as reivindicações de

todas as instituições do País ligadas ao campo da administração.

Segundo Guitman (1997), atualmente existem mais de 1.700 instituições de

ensino superior e de especialização na área de Administração, um contingente de mais

de 300.000 profissionais registrados em todo país, 600.000 alunos

cursando administração, além da demanda aos vestibulares da área, que só perdem

para os dos cursos de medicina.

1.1 ADMINISTRAÇÕES NO BRASIL

De acordo com Albuquerque (1981), ensino da administração no Brasil teve sua

origem na criação do DASP - Departamento de Administração do Serviço Público, em

1938, no governo Vargas. O DASP foi criado para estabelecer um padrão de eficiência

no serviço público federal e para criar canais mais democráticos para o recrutamento e

seleção de recursos humanos para a administração pública, através de concursos de

caráter universal e público. Seguindo-se à criação do DASP, o governo autorizou

aquele Departamento a constituir outra instituição, denominada Fundação Getúlio

Vargas (FGV), voltada para as seguintes atribuições fundamentais: o estudo das

organizações e da racionalização do trabalho e a preparação de quadros profissionais

em nível superior.

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Em conformidade com Martins (1989), o ensino da administração no Brasil, desde

o seu início, estabeleceu fortes vínculos com o sistema de ensino americano, inclusive

com a utilização de bibliografia, modelos curriculares e mesmo com a participação de

professores americanos como docentes nos primeiros cursos aqui realizados. O

objetivo preponderante da FGV era a formação de quadros de especialistas para

atender ao setor produtivo. Seguindo-se ao surgimento da EBAP, no então Distrito

Federal, no Rio de Janeiro, em 1952, a FGV promoveu a criação da Escola de

Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) em 1954. A cidade de São Paulo

foi escolhida por ser considerado o centro das atividades econômicas e produtivas do

Brasil.

Martins (1989) cita que:

“Foi um processo longo, iniciado com a criação de disciplinas de Administração ensinadas em vários cursos superiores. Prosseguiu com a criação dos primeiros cursos de Economia e Administração. Consolidou-se com a sua auto nominação como curso de graduação e, finalmente, com os diversos cursos de pós-graduação implantados no Brasil a partir da década de 1970.” (1989, pág.91)

Segundo Castro (1981), a origem do ensino da administração no Brasil está

relacionada à formação social brasileira e ao estágio de desenvolvimento econômico e

social brasileiro. No ano de 1952 os Estados Unidos já formavam aproximadamente 50

mil bacharéis, 4 mil mestres e 100 doutores, por ano, em administração.

Covre (1981) acrescenta que a primeira turma de administradores formados pela

EAESP, em 1958, tinha apenas 17 bacharéis. Tendo o ensino da administração no

Brasil começado na Região Sudeste, Rio de Janeiro e São Paulo, sob forte influência

do sistema de ensino americano, com relação à bibliografia, grade curricular, métodos

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de ensino e conhecimentos transmitidos, este modelo acabou inspirando e servindo de

pólo e fonte de referência para a organização dos demais cursos que se constituíram

nas diversas regiões do Brasil nos anos que se seguiram. No Brasil, o surgimento dos

cursos foi fortemente condicionado por fatores sociais e econômicos ocorridos a partir

da 3ª década do século XX.

Para Taunay (1969), afirma que a Administração da Produção ou Administração

de operações é a função administrativa responsável pelo estudo e pelo

desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços, a produção é

a função central das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o

objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir.

Entre as principais responsabilidades da Gerência de operações está a proteção da

produção: são medidas utilizadas para garantir a continuidade da produção ao longo do

tempo, defendendo-a de intempéries e circunstâncias externas. Em sistemas com

baixo volume de produção, por exemplo, um restaurante pequeno, há um número

pequeno de funcionários, e não há grande repetição de tarefas. Isso pode ser mais

gratificante para o funcionário, mas é prejudicial à sistematização. Além disso, o custo

unitário é bem mais alto, pois é pouco diluído. O capital exigido, no entanto, é intensivo.

Para Andrade (2002), a história da administração no Brasil é relativamente

recente, embora nos Estado Unidos o primeiro curso de Administração tenha sido

implantado em 1881 na Warton School, no Brasil o primeiro curso data de 1952,

quando no Rio de Janeiro foi criada a EBAP Escola Brasileira de Administração Publica

pela Fundação Getulio Vargas.

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De acordo com Martins (1989), a partir dos anos quarenta acentua-se a

necessidade de mão de obra qualificada e a consequente profissionalização do ensino

de administração, ressaltando a importância da formação de pessoal qualificado para

dar suporte a uma sociedade que passava do estagio de uma economia agrária para a

industrialização, que necessitava criar centros de investigação científica para dar

suporte às questões econômicas e administrativas. Segundo essa visão era necessária

a criação dos Cursos de Administração para dar suporte as grandes unidades

produtivas que passavam a constituir os elementos fundamentais da economia do país,

os cursos de administração passaram por dois momentos:

- O primeiro com o surgimento dos cursos e o reconhecimento e regulamentação da

profissão do Administrador. Embora desde os anos trinta já houvesse uma

preocupação em formar a partir de uma educação escolar o Administrador, somente a

partir da criação do DASP- Departamento de Administração do Serviço Publico em

1938, a formação do administrador no Brasil começou a ter maior importância que

culminou com lei 4.769 de 9 de setembro de 1965, que dispôs sobre o exercício da

profissão do administrador.

- O segundo ciclo, inicia-se me 1993 com a aprovação da proposta de currículo mínimo

aprovada pela resolução 2/93 do Conselho Federal de Educação, como consequência

do trabalho da ANGRADE Associação Nacional dos Cursos de Graduação em

Administração e do CFA Conselho Federal de Administração, visando melhorar a

qualidade da formação dos administradores, tendo em vista o papel do Administrador

como agente transformador das relações produtivas e sociais e das exigências do

mercado de trabalho.

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Para Castro (19810, estamos iniciando o terceiro ciclo, ou momento da qualidade

dos cursos, quando, em função da política do Ministério da Educação em relação ao

ensino superior, se passou a investir na melhoria da qualidade da educação com um

conjunto de ações como o PAIUBE - Projeto de Avaliação da Universidade Brasileira, o

Programa de Avaliação dos Cursos de Pós-Graduação da Fundação CAPES e o

Programa de Avaliação dos Cursos de Graduação. A criação do Exame Nacional de

Cursos pela lei 9.131 de 25 de novembro de 1995 e sua sistematização pela portaria nº

249 de 18 de março de 1996, a portaria nº525 de 9 de abril de 1997, o decreto 3.860

de 9 de julho de 2001 completam esse conjunto de medidas. A partir de 15 de maio de

2002, com a homologação dos pareceres CNE/CES 145/2002 e CNE/CES 146/202

passam a vigorar as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Administração.

1.2 TEORIAS ADMINISTRATIVAS

Henri Fayol que era francês defendia princípios semelhantes na Europa, baseado

em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram

estudados por executivos europeus, os seguidores da Administração Científica só

deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados

Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes

contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios. Fayol

relacionou 14 (quatorze) princípios básicos que podem ser estudados de forma

complementar aos de Taylor. As 05 (cinco) funções precípuas da gerência

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administrativa como: planejar, comandar, organizar, controlar e coordenar, os

fundamentos da Teoria Clássica defendida por Fayol.

Esta Teoria considera: a obsessão pelo comando, a empresa como sistema

fechado e a manipulação dos trabalhadores, que semelhante à Administração

Científica, desenvolvia princípios que buscavam explorar os trabalhadores.

Segundo Gomes (2005), na história da evolução da Administração não se pode

esquecer a valiosa contribuição de Elton George Mayo, o criador da Teoria das

Reações Humanas, desenvolvida a partir de 1940, nos Estados Unidos e mais

recentemente, com novas idéias, com o nome de Teoria do Comportamento

Organizacional. Ela foi, basicamente, o movimento de reação e de oposição à Teoria

Clássica da Administração, com ênfase centrada nas pessoas.

Teve como origem: a necessidade de humanizar e democratizar a administração,

o desenvolvimento das chamadas ciências humanas(psicologia e sociologia), as ideias

da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin e as

conclusões do Experimento de Hawthorne, já bastante estudado e discutido nas

escolas de administração. Em 1932, quando a experiência foi suspensa, estavam

delineados os princípios básicos da Escola de Relações Humanas, tais como: o nível

de produção como resultante da integração social; o comportamento social do

empregado; a formação de grupos informais; as relações interpessoais; a importância

do conteúdo do cargo e a ênfase nos aspectos emocionais.

Em 1950 foi desenvolvida a Teoria Estruturalista, preocupada em integrar todas

as teorias das diferentes escolas acima enumeradas, que teve início com a Teoria da

Burocracia de Max Weber, que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos

meios aos objetivos, para que se obtenha o máximo de eficiência.

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A Teoria de Sistemas desenvolvida a partir de 1970, que passou a abordar a

empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que o

envolve e a Teoria da Contingência, desenvolvida no final da década de 1970. Para

essa teoria a empresa e sua administração são variáveis dependentes do que ocorre

no ambiente externo, isto é, a medida que o meio ambiente muda, também ocorrem

mudanças na empresa e na sua administração como consequência.

Assim sendo, os princípios fundamentais das Teorias de Taylor, Fayol, Mayo e

Weber foram e serão sempre os pilares da evolução e do desenvolvimento da ciência

da Administração e que têm motivado e impulsionado os estudos, pesquisas, trabalhos

e obras dos seus seguidores até os nossos dias.

Apesar de a história do pensamento administrativo demonstrar que desde os

primórdios da civilização as pessoas vêm sendo administradas em grupos, as

tentativas de desenvolver teorias da administração são relativamente recentes, datando

da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, naquela época, o

desenvolvimento e o uso de novas tecnologias concentraram grandes quantidades de

matéria-prima e de trabalhadores dentro das fábricas. Os bens eram produzidos em

quantidade e precisavam ser amplamente distribuídos, e a necessidade de coordenar

todos esses elementos fez surgir uma abordagem sistemática à administração.

A ocorrência da globalização da economia, na década de 1990, modificou o

cenário organizacional vigente até então. Na economia global as distinções entre as

economias nacionais são eliminadas pela crescente integração e interdependência dos

mercados para bens, serviços, finanças e mão de obra. Contudo, o atendimento, por

parte das empresas, dos pressupostos que o processo de globalização requer, traz

diversas implicações para as estruturas organizacionais. Com frequência, as empresas

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constatam que as estruturas existentes, apropriadas para a produção doméstica, não

servem para as operações no exterior. Isto porque essas estruturas estão projetadas

para produzir repetitivamente uns poucos tipos básicos de decisões. O quadro atual da

economia mundial tem apontado no sentido de três grandes vetores: no plano

econômico, a globalização e a consequente competição internacional; no plano social,

a regionalização, até como resposta aos efeitos da globalização econômica, que obriga

os países a reduzirem seus custos e abandonarem o assistencialismo; no plano

político, a descentralização, pois cada região necessita de flexibilidade para arranjar

seus fatores e se tornar competitiva.

Atualmente, em função da globalização e da abertura do mercado nacional,

vislumbra-se o começo do fim da organização tradicional. Um século dominado por um

único tipo de organização a burocrática – está dando lugar, lentamente, a uma nova

era.

Essa evolução envolve um pensamento renovador sobre a maneira pela qual as

pessoas, o trabalho e as informações podem ser reunidos em novas formas de

organização capazes de realizar níveis significativamente mais altos de desempenho

continuado.

Herrera (2007) ressalta que embora a industrialização tenha iniciado na década

de 80, séc. XIX, com os adventos das invenções mecânicas, hidráulicas e elétricas da

Revolução Industrial o estudo sistemático só ocorreu no início do séc. XX, com os

seguintes fatos:

Em 1911 com os Princípios da Administração Científica com os estudos de

Frederick W. Taylor nos EEUU sobre o sistema técnico com ênfase na especialização

da tarefa e controle da produção.

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Com a Gerência Administrativa do livro, em 1916, Administração Industrial e Geral

de Henry Fayol na França, com abordagem na departamentalização, competências

administrativas e desempenho organizacional, sendo considerado o Pai da

Administração Clássica que defendia que a administração deveria ser uma disciplina a

ser estudada fora das escolas de engenharia.

Em 1927, Relações Humanas a partir dos trabalhos de R.F.Hoxié (USA, 1916),

Robert Owen (Escócia, 1825) e Elton de Mayo (USA, 1924 - experiência de Hawthorne

– WE Co.) onde o funcionário passa a ser visto como recurso humano e não como uma

peça do sistema técnico.

No período de 1940, com a Escola burocrática de Max Weber com ênfase na

organização formal e burocracia racional.

Em 1943, a Teoria da motivação e escalas de necessidades de Abrham Meslow ,

é considerado o pai da Psicologia Transpessoal.

Behavorismo (comportamento) de Herbert Simon, em 1945, Teoria da decisão

que concebe a organização como um sistema de decisões.

Teoria Geral de Sistemas de Ludwig Von Bertalanfy na Áustria, abordagem

sistêmica - organização como sistema aberto, visão holística, em 1954.

Peter Drucker, que foi considerado o Pai da administração moderna,

com sua obra “The Pratice of Manegement” inicia uma nova era no pensamento

administrativo e gerencial que considera a administração como disciplina dada sua

importância no estudo da organização.

Existem várias abordagens sobre a evolução do pensamento dos estudiosos da

administração: a Clássica, a Burocrática, a Humanística, a Comportamental, a

Sistêmica, a Organizacional, a Contingencial até se chegar na abordagem Estratégica;

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abordagens que podemos classificar em duas fases: pensamento mecanicista e

reducionista, primeira metade do séc XX; e pensamento sistêmico, orgânico e holístico.

A partir dos anos 80 as Escolas do Pensamento Estratégico, já com vinte anos de

existência, sugeriram a criação da disciplina de Administração Estratégica nas grandes

universidades americanas, resultado das demandas do aumento de competitividade

por um novo foco na gestão.

A gestão é a aplicação da teoria administrativa por suas várias metodologias, a

saber: gestão por funcionalidades, por objetivos, por resultados, por qualidade total, por

processos, por competências, orientada a clientes, estratégica.

Parnell (2000), explica que a estratégia corporativa apresentou grande

desenvolvimento, principalmente a partir da década de 1980 quando o fenômeno da

reestruturação empresarial – “conjunto amplo de decisões e de ações, com dimensão

organizacional, financeira e de portfólio”.

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CAPITULO II

CONCEITO DE PLANEJAMENTO

Para Guitman (1997), planejamento trata-se de uma forma de garantir que os objetivos

e planos elaborados em relação a áreas específicas de operação da empresa sejam

viáveis e internamente coerentes. O fato de o planejamento obrigar a administração a

refletir sobre os objetivos e fixar prioridades talvez seja o mais importante resultado do

processo.

Groppelli (1998) classificou como caótico o nível de competição entre as

empresas, a visão ativa do executivo que planeja os rumos de sua empresa se torna

uma questão fundamental pois, a falta de direcionamento claro pode induzir a

organização a trilhar caminhos obscuros e danosos, colocando-a em grandes

dificuldades, ou até mesmo lavá-la à falência, fato que impulsionam as empresas cada

dia mais a elevação de seus níveis de profissionalismo e produtividade, colocando os

gestores incansavelmente a procura de alternativas para superar os desafios

encontrados dia a dia.

Segundo Mosimann e Fisch (1999) a execução é a fase do processo de gestão na

qual as coisas acontecem, as ações emergem. Essas ações devem estar em

consonância com o que anteriormente foi planejando. Dessa forma, o planejamento

antecede as ações de execução. “É por meio das ações (do fazer) que surgem os

resultados”. Compreende a fase em que os planos são implementados, as ações se

concretizam e as transações ocorrem. Neste momento, é possível que ajustes ainda

sejam requeridos para uma adequada implementação do planejamento operacional,

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tais como mudanças na programação e a conseqüente necessidade de identificação de

novas alternativas para adequar-se às mudanças procedidas.

A execução das atividades se reveste de grande importância nas empresas, pois

é nessa fase que os recursos são consumidos e os produtos gerados, o que vale dizer

que é nessa etapa que ocorrem as mais significativas variações patrimoniais

relacionadas às operações físico-operacionais de uma organização.

A execução não está restrita somente aos processos manufatureiros de bens,

mas também a produção de serviços, tais como escritórios, hospitais, escolas, estúdios

de criação intelectual, etc. Os serviços auxiliares de produção de Bens e serviços, tais

como contabilidade, Xerox, vendas, etc., têm a etapa de execução, pois processam

insumos para transformá-los em serviços.

Para Jones (2008), o planejamento é uma maneira útil de fazer os gerentes

participarem da tomada de decisões sobre os objetivos e estratégias adequadas para

uma organização. Para planejar é necessário para dar à organização uma noção de

direção e propósito, um plano ajuda a coordenar gerentes de diferentes funções e

divisões em uma organização para garantir que eles sigam na mesma direção. Um

plano pode ser usado como dispositivo para controlar os gerentes dentro de uma

organização.

Fayol explica ainda que, existem dois tipos de planos, os planos permanentes e

os planos únicos.

- Planos permanentes: são usados em situações em que a tomada de decisão

programada é adequada. Quando as mesmas situações ocorrem repetidamente.

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- Planos únicos: são desenvolvidos para lidar com decisões não programadas que

devem ser tomadas em situações incomuns ou singulares.

Quanto à duração dos planos, eles podem ser:

- Planos de longo prazo: com duração de 5 anos ou mais.

- Planos intermediários: com duração entre 1 e 5 anos.

- Planos de curto prazo: com duração de um ano ou menos.

Segundo Welsch (1996) “planejar representa a forma como a empresa pretende

atingir os objetivos e as metas propostas”.

O planejamento é a tentativa de prever as ocorrências futuras e estar preparado

para agir de forma a evitar surpresas desagradáveis no funcionamento e na gestão do

empreendimento.

2.1 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS

Para Welsch (1996) , o planejamento não está ligado a uma série de regras que

devem ser seguidas para que após alguns dias se obtenha um planejamento. Ele deve

ser estruturado com base nas características da empresa que busca em última

instância a excelência empresarial e a otimização do desempenho econômico da

empresa.

O planejamento de uma empresa deve ser feito no âmbito global. Na realidade o

planejamento é o processo de desenvolver a estratégia e a relação pretendida da

organização com seu mercado consumidor. Assim ele deve envolver todos os

membros da organização a fim de que assumam seu papel perante suas

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responsabilidades e suas atuações diante do que foi planejado e assim atingir o

sucesso operacional.

O processo de planejamento deve ser dinâmico, flexível e oportuno, isto é,

adaptável às mudanças, com estilo participativo, voltado para a eficácia empresarial.

Não se pode deixar de destacar a importância existente no tema “planejamento”

que deve acompanhar os gestores em todos os momentos de construção do

conhecimento empresarial.

Nas diversas atividades, os empreendedores devem planejar cuidadosamente suas

ações implementando planos e avaliações sistemáticas do desempenho conforme os

planos idealizados.

Cabe ao empreendedor coordenar e participar da escolha da melhor alternativa,

observando os aspectos econômicos, de modo a garantir a eficácia da empresa.

A etapa de planejamento é o momento em que os possíveis acontecimentos futuros

são antecipados e oportunidades e ameaças são identificadas.

Nesse aspecto, o processo de planejamento conduz a um conjunto de metas e

planos que são adequados e viáveis dentro de um conjunto de circunstâncias

previstas. Assim, o planejamento deve estar vinculado ao cenário onde a empresa

atuará no futuro.

Para Pestana e Franco (1995), o planejamento se faz necessário em todas as

atividades da empresa, mas principalmente nas atividades da área financeira, uma

gestão financeira eficaz tornou-se atualmente um fator crítico de sucesso. Inicialmente

é preciso entender o que significa gestão, para permitir o seu correto emprego no

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contexto do planejamento. O termo Gestão deriva do latim gestone, que significa gerir,

gerencia administração.

Cruz Junior (1998):

“Evidencia que Modelos gerenciais mais adequados aos dias de hoje já vêm sendo utilizados por grandes empresas, e caracterizam-se, na maioria das vezes, pela prática do planejamento em longo prazo, que permite fixar realisticamente os objetivos da empresa e, ainda, traçar as grandes linhas da estratégia que conduzirá ao alcance de tais objetivos. Além disso, implicam, também, a elaboração de orçamentos que, na prática, constituem um verdadeiro quadro de referências para o futuro imediato, em termos dos custos e proveitos a atingir. Finalmente, contemplam controles gerenciais que permitem, de forma confiável, apurar os desvios (diferenças) entre o que a empresa se propõe alcançar e os resultados efetivamente obtidos.” (1998, pág. 90)

Welsch (1996) explica que o planejamento financeiro é o processo formal que

conduz a administração da empresa a acompanhar as diretrizes de mudanças e a

rever, quando necessário, as metas já estabelecidas. Assim, poderá a administração

visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o grau de

endividamento e o montante de dinheiro que considere necessário manter em caixa,

visando seu crescimento e sua rentabilidade.

Gitman (1987) afirma:

“Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.”(1987, pág.250)

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2.2PLANEJAMENTO FINANCEIRO E ORÇAMENTO

Segundo Guitman (1997), planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual

os objetivos financeiros podem ser alcançados. Um plano financeiro é, portanto, uma

declaração do que deve ser feito no futuro. Em sua maioria, as decisões numa

empresa demoram bastante para ser implantadas. Numa situação de incerteza, devem

ser analisadas com grande antecedência.

No desenvolvimento de um plano, deve-se enunciar explicitamente o ambiente

econômico em que a empresa espera viver durante o período por ele coberto. Em curto

prazo o plano financeiro preocupa-se principalmente com a análise de decisões que

afetam os ativos e passivos circulantes. A ausência de planejamento financeiro eficaz

em longo prazo é uma razão frequentemente citada para a ocorrência de dificuldades

financeiras e a falência de empresas. O plano financeiro permite determinar o tipo e a

natureza das necessidades de financiamento.

O objetivo do planejamento financeiro, numa empresa com fins lucrativos, é tomar

decisões que aumentem o valor da ação ou, em termos mais gerais, aumentem o valor

do capital dos proprietários.

Leitner 1999, afirma que as empresas sempre dependeram das análises

financeiras; hoje elas esperam que os administradores também assumam o papel de

estrategistas corporativos, com a preocupação de garantir que as decisões

empresariais estratégicas sejam otimizadas.

O planejamento financeiro é uma parte importante do trabalho do administrador.

Definindo os planos financeiros e orçamentos ele estará fornecendo roteiros para

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atingir objetivos da empresa. Além disso, esses instrumentos oferecem uma estrutura

para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismos de

controle, estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os

eventos reais.

O planejamento financeiro é desenvolvido fundamentalmente por meio de

projeções, como estimativa mais aproximada possível da posição econômico-financeira

esperada. Compreende a programação avançada de todos os planos da administração

financeira e a integração e coordenação desses planos com os planos operacionais de

todas as áreas da empresa.

Cherry (1997), afirma que o planejamento da função financeira está estreitamente

associado com a aquisição eficiente de fundos e seu uso adequado. O planejamento

financeiro ajuda a garantir a disponibilidade de fundos suficientes quando necessários,

informa com antecedência as necessidades de fundos de maneira que as negociações

sejam eficientes e aumentem as possibilidades de rendimento.

Em sua maioria, os modelos de planejamento financeiro exigem que seu usuário

especifique algumas hipóteses a respeito do futuro. Os modelos podem ser muito

diferentes em termos de complexidade, mas quase todos possuem previsão de vendas

também conhecido como elemento gerador, projeções de balanço, demonstração de

resultado e fluxo de caixa, necessidades de ativos, necessidades de financiamentos e

premissas econômicas.

O planejamento financeiro é uma parte importante do trabalho do administrado,

definindo os planos financeiros e orçamentos ele estará fornecendo roteiros para atingir

objetivos da empresa. Além disso, esses instrumentos oferecem uma estrutura para

coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismos de controle,

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estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos

reais.

ROSS et al., (1995) explica que o planejamento financeiro estabelece diretrizes de

mudança e crescimento numa empresa, preocupando se com uma visão global, com

os principais elementos de políticas de investimento e financiamento da empresa.

Com relação ao crescimento da empresa, ele está diretamente ligado à política

financeira adotada pela empresa. Assim, o planejamento financeiro estabelece o modo

pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados; é, portanto, um plano para o

futuro. O planejamento auxilia ainda na implantação de projetos que exijam análises

com antecedência de todas as variáveis a serem analisadas e a situação de incerteza.

A empresa, mediante o planejamento financeiro, poderá ter diferentes

oportunidades de desenvolvimento, além da possibilidade de analisar e comparar

diversos cenários. Uma das finalidades do planejamento financeiro é evitar surpresas e

desenvolver planos alternativos de providências a serem tomadas caso ocorram

imprevistos.

O objetivo do planejamento financeiro, numa empresa com fins lucrativos, é tomar

decisões que aumentem o valor da ação ou, em termos mais gerais, aumentem o valor

do capital dos proprietários.

Leitner (1999) afirma que as empresas sempre dependeram das análises

financeiras; hoje elas esperam que os administradores também assumam o papel de

estrategistas corporativos, com a preocupação de garantir que as decisões

empresariais estratégicas sejam otimizadas.

Segundo ROSS et al. (1995), o tema orçamento de capital é o mais importante em

administração financeira. O modo pelo qual uma empresa decide financiar suas

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operações e administra suas atividades operacionais de curto prazo (a administração

do capital de giro) certamente é questão fundamental, mas são os ativos permanentes

que definem o negócio da empresa.

Alguns dos problemas mais complicados em toda a área de orçamento de capital

são aqueles que lidam com estimação de riscos e preferência de risco. Por causa

das dificuldades de prever e tornar explícitas as preferências, os administradores

têm contado com maneiras práticas e grosseiras de proceder ou deixado o manejo

destes problemas para as regiões implícitas da mente – julgamento, pressentimento,

intuição e instinto.

A avaliação da magnitude, da distribuição no tempo e do risco dos fluxos de caixa

futuros é a essência do orçamento de capital. Na verdade, sempre que se avalia uma

decisão numa empresa, a magnitude, a distribuição temporal e o risco dos fluxos de

caixa representarão, de longe, as coisas mais importantes a serem consideradas.

Orçamento

O orçamento é um plano detalhado da aquisição e do uso dos recursos

financeiros ou de outra natureza, durante um período especificado. Ele representa um

plano para o futuro, expresso em termos quantitativos.

O orçamento geral é um resumo dos planos da empresa, e estabelece metas

específicas das atividades de venda, produção, distribuição, financeira, etc. e, que

geralmente, é representado por um orçamento de caixa, uma demonstração de

resultado orçada e um balanço patrimonial orçado.

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Entre as muitas vantagens que temos em possuir um orçamento bem elaborado,

podemos citar:

Fornecer um meio de transmitir os planos da administração a toda à organização;

Forçar os administradores a pensar no futuro e planejá-lo; Revelar os potenciais

gargalos ou problemas que a empresa pode vir a encontrar antes que eles ocorram; e

definir metas que servirão de níveis de referência para a subseqüente avaliação de

desempenho.

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CAPITULO III

PLANEJAMENTO CRIATIVO

Planejar a vida estrategicamente não envolve somente a criação de estratégias

para a realização de metas específicas. A simples aplicação de técnicas isoladas,

desvinculadas de um processo de autoconhecimento, ou com um fim específico, tem

se demonstrado ineficaz.

Feitosa (2009) cita que:

“Todo planejamento deve ser criativo e estratégico, caso contrário ele nãoé planejamento. É ele quem aponta uma direção para a comunicação, pois, falar apenas algo que vende é um pensamento antigo." (2009, pág. 07)

Os ativos intangíveis, como a marca, representam 47% do patrimônio das

empresas. A marca é a identidade e o conceito é como a empresa se apresenta para o

consumidor.

As empresas se preocupam muito com o Share of Market. Com a grande

concorrência além do Share of Market, as empresas devem se atentar para o Share of

Ideals. É ele quem vai aproximar e inserir a marca na cultura do consumidor.

Feitosa cita ainda alguns pontos principais sobre o planejamento, são eles:

1 – Avaliar a questão central.

2 – Fazer trocas com o time. O famoso “várias cabeças pensam melhor que uma.”

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3 – Opinião própria. Não ser “Maria vai com as outras.”

4 – Não temer o lixo. Não se prenda a um projeto capenga. Por mais demorado ou

adiantado que esteja um planejamento, se ele estiver ruim descarte-o.

5 – Informação é fundamental. Mas não confunda informação com conhecimento. Se

você tem informação sobre alguma coisa, mas não tem conhecimento sobre ele, corra

atrás.

6 – Nunca despreze o poder dos números.

7 – Saia da zona de conforto. Não fique só no escritório, faça estudos de campo, vá ao

supermercado ou onde as pessoas tem contato com o seu produto. Estude o

comportamento delas, analise as pesquisas, mas não se prenda a elas, acompanhe

todas as fases do processo.

8 – O chão é um grande professor. Fracassos acontecem e te ensinam a não cometer

o mesmo erro no futuro.

9 – A Insustentável leveza do. ppt. Apresentações de PowerPoint são importantes e, se

bem feitas, conquistam o cliente, mas não se acomode ele não faz tudo por você.

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10 – Vida real além da web. A internet é uma excelente ferramenta, mas as

verdadeiras respostas estão no mundo real. Explore o lugar onde as pessoas

compram.

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CONCLUSÃO

Conforme o estudo desenvolvido, conclui-se que com o passar do tempo, o fluxo

de informações dentro de uma empresa se torna maior e mais complexo, exigindo cada

vez mais um número maior de dados para auxiliar à tomada de decisões. E essa

complexa malha organizacional exige uma demanda cada vez maior de profissionais

que consigam ter uma visão ampla, portanto a qualificação dos administradores é de

fundamental importância porque as empresas são férteis em riscos. Os mercados

mudam rapidamente de rumo, e essas mudanças geralmente são alimentadas pelas

novas tecnologias e pela concorrência acirrada, interna e externa. Portanto, as

perspectivas da empresa geralmente dependem da capacidade de seus dirigentes de

enfrentar e superar os períodos de turbulência e tumulto.

O planejamento é a tentativa de prever as ocorrências futuras e estar preparado

para agir de forma a evitar surpresas desagradáveis no funcionamento e na gestão do

empreendimento.

Embora qualquer empreendimento ofereça riscos, é possível prevenir-se contra

eles através de algumas ferramentas operacionais que podem dirimir os riscos e

auxiliar o administrador na tomada de decisões.

O planejamento sozinho não alcança os objetivos da empresa. Se o planejamento

realizado não for executado, acompanhado, controlado e o mais importante, corrigido

se necessário, de nada adiantará realizar o planejamento.

Modelos gerenciais mais adequados aos dias de hoje já vêm sendo utilizados por

grandes empresas, e caracterizam-se, na maioria das vezes, pela prática do

planejamento em longo prazo, que permite fixar realisticamente os objetivos da

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empresa e, ainda, traçar as grandes linhas da estratégia que conduzirá ao alcance de

tais objetivos.

Além disso, implicam, também, a elaboração de orçamentos que, na prática,

constituem um verdadeiro quadro de referências para o futuro imediato, em termos dos

custos e proveitos a atingir. Finalmente, contemplam controles gerenciais que

permitem, de forma confiável, apurar os desvios (diferenças) entre que a empresa se

propõe alcançar e os resultados efetivamente obtidos.

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