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N o próximo domingo, os brasileiros decidirão o próximo presidente do país. Quem vencer o pleito terá que enfrentar uma série de graves pro- blemas sociais enfrentado pelo Brasil. E o esporte surgirá como uma al- ternativa para socializar quem está à margem da sociedade. Como prova a Islândia. A Máquina do Esporte esteve na última semana em Reykjavík, capital do país eu- ropeu, e pôde vivenciar um pouco da empolgação local com o futebol. Na partida entre Islândia e Suíça, pela Liga das Nações, cerca de 10 mil pessoas se espreme- ram no estádio Laugardalsvöllur. Os corredores da arena têm seus dias contados; já há projeto para uma profunda modernização do espaço. A cidade não receberá nenhum megaevento, mas o passo seria a consagração de uma política pública O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR DUDA LOPES, DE REYKJAVÍK (ISLÂNDIA) Política social muda esporte na Islândia 1 NÚMERO DO DIA De Euros lucrou a Puma nos nove primeiros meses de 2018; empresa cresceu 10,5% em vendas em relação a 2017. 176 mi EDIÇÃO 1114 - SEXTA-FEIRA, 26 / OUTUBRO / 2018

O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · já há projeto para uma profunda modernização do espaço. ... inclusive com campos de futebol visíveis a todo instante por quem faz turismo

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Page 1: O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · já há projeto para uma profunda modernização do espaço. ... inclusive com campos de futebol visíveis a todo instante por quem faz turismo

No próximo domingo, os brasileiros decidirão o próximo presidente do país. Quem vencer o pleito terá que enfrentar uma série de graves pro-blemas sociais enfrentado pelo Brasil. E o esporte surgirá como uma al-

ternativa para socializar quem está à margem da sociedade. Como prova a Islândia.A Máquina do Esporte esteve na última semana em Reykjavík, capital do país eu-

ropeu, e pôde vivenciar um pouco da empolgação local com o futebol. Na partida entre Islândia e Suíça, pela Liga das Nações, cerca de 10 mil pessoas se espreme-ram no estádio Laugardalsvöllur. Os corredores da arena têm seus dias contados; já há projeto para uma profunda modernização do espaço. A cidade não receberá nenhum megaevento, mas o passo seria a consagração de uma política pública

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR DUDA LOPES, DE REYKJAVÍK (ISLÂNDIA)

Política social muda esporte na Islândia

1

N Ú M E R O D O D I A

De Euros lucrou a Puma nos nove primeiros meses de 2018; empresa cresceu 10,5% em vendas em relação a 2017.176 mi

EDIÇÃO 1114 - SEXTA-FEIRA, 26 / OUTUBRO / 2018

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adotada há cerca de duas décadas para sanar um problema social.A Islândia, com rigoroso inverno e população de 330 mil pessoas, sofria com o

ócio dos mais jovens, com consumo de álcool elevado e pequenos delitos. A so-lução do Governo foi investir pesado em estruturas esportivas ao longo do país, inclusive com campos de futebol visíveis a todo instante por quem faz turismo na região. Além disso, houve a profissionalização de técnicos esportivos e professores para inserir as crianças e os adolescentes no novo contexto.

Com as novas estruturas, uma série de clubes privados surgiram, especialmente de futebol. Para participar de times, não há nenhuma seleção ou peneira, seja por idade ou por gêneros. Os pais precisam arcar com uma anuidade, mas o Estado subsidia boa parte desse valor para quem tem entre 6 e 19 anos de idade.

Os resultados foram impressionantes. Uma pesquisa nacional revelou que, em 1998, 42% dos jovens entre 15 e 16 anos já havia se embriagado pelo menos uma vez, um dos índices mais altos da Europa. Em 2017, o número caiu para 5%. O consumo de cigarro foi de 23% a 3%. Na maconha, foi de 17% para 7%.

A cultura esportiva fez com que o alto rendimento ganhasse o espaço que tem hoje, com estádio lotado para fazer a celebração viking que ficou famosa após a campanha da Islândia na Euro de 2016. O campeonato local ainda sofre com o clima, mas mostrou enorme crescimento, tanto no masculino quanto no feminino.

O jogo da Liga das Nações terminou com vitória da Suíça, e a Islândia eliminada. Mas não há problema; ninguém no pequeno país aposta na manutenção de uma grande seleção. O sucesso do esporte, no entanto, já está estabelecido.

A P Ó S P E D I D O S , C R U Z E I R O L A N Ç A

N O V O S I T E

N E S C A U A N U N C I A E M B A L A G E N S D A N B A

Uma semana após o título da Copa do Brasil, o Cruzeiro lançou nesta quarta-feira (24) um novo site. Com maior facilidade de navegação por pos-suir um layout mais limpo e dinâmico, simplificando os acessos aos diversos conteúdos e ferramentas oferecidos, a nova página era um pedido antigo dos torcedores do clube.

De acordo com a diretoria do Cru-zeiro, o principal objetivo é fazer do site o principal canal de relacionamen-to entre clube e torcida, aproximando os dois lados por meio de um vasto conteúdo multimídia que inclui notí-cias, estatísticas, registros históricos, vídeos e fotos.

A Nescau, marca de achocolatado em pó da Nestlé, decidiu ampliar a parceria com a NBA e apresentou nesta quinta-feira (25) uma edição especial de latas e caixinhas dos times que disputam a liga americana de basquete. As embalagens estarão à venda por tempo limitado e em todo o território nacional.

Ao todo, são nove modelos diferentes de latas e outros nove de caixinhas, com franquias como Boston Celtics, Golden State Warriors e Los Angeles Lakers.

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O P I N I Ã O

Alto rendimento não é papel do Estado

O Brasil tem falhado na política de esporte. E é uma falha histórica. Nos últimos anos, o problema ficou mais evidente, quando o alto rendi-mento ganhou peso ao Estado, mas as iniciativas sociais ficaram limi-

tadas a projetos isolados, alguns por Lei de Incentivo, outros pelo próprio Ministério.E o segmento não deve mudar após as eleições. Jair Bolsonaro nem cita a palavra

"esporte" em seu plano de governo. Fernando Haddad tem ideia interessante, chama-da Sistema Único do Esporte, a fim de unificar as políticas sociais do esporte. Ainda assim, uma medida mais enfática não seria condizente com a última década de PT.

Um bom caminho a trilhar seria desassociar as políticas públicas do alto rendi-mento. É triste pedir isso, mas a verdade é que a área traz limitados retornos sociais, o que tornam os investimentos supérfluos, em especial em um país com tamanhas

desigualdades, com tanta pobreza.Com um Ministério ou uma Secreta-

ria limitada a ações sociais no esporte, um plano mais consistente, sem a necessidade de retorno imediato, seria mais fácil de ser implementado e cobrado no futuro.

O longo prazo é a expressão-chave nesse processo. Por mais que seja odiável numa política sempre focada na próxima eleição. Mas, com o passar dos anos, cria--se uma cultura de esporte forte no país, que invariavelmente chega ao alto rendi-

mento, às grandes ligas, às confederações, aos atletas e às empresas.A Islândia é um pequeno exemplo do quanto isso é possível, e por isso foi des-

tacada nesta sexta-feira de pré-eleição. Evidentemente, há uma série de ponderações ao país. A nação europeia é rica, com baixa população e sem grandes desigualdades. Ainda assim, a demonstração de sucesso de um país que mantém o sexto melhor IDH do mundo não pode ser ignorada, mas sim adaptada a outras realidades.

No fundo, o que o próximo presidente precisa analisar é o que representa custo e o que representa um investimento concreto. Política social de esporte nunca é cus-to. É aplicação de educação, cidadania e saúde, questões urgentes para a população brasileira. De bolsa-atleta a novo Maracanã, essa ideia básica foi perdida ao longo da última década, que se somou a outras de descaso ao segmento.

Ao alto rendimento, sobra o controle por parte do Estado, a força da Justiça que pode impedir que as confederações se tornem a zona que sempre foram. Esse é o me-lhor que governos podem fazer pelas ligas e atletas do país.

Futuro presidente deve pensar

em esporte exclusivamente como

plataforma de saúde e educação

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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Corinthians lança cartão de crédito

pré-pago

A Penalty anunciou nesta quar-ta-feira (24) o lançamento de um e-commerce. O objetivo da marca é ampliar sua presença digital e, com isso, aumentar o número de vendas.

De acordo com a fabricante nacional, a loja virtual oferecerá mais de 750 artigos esportivos do portfólio da marca, entre eles bo-las, calçados, acessórios e itens de confecção. O e-commerce ficará hospedado no novo site da Penalty.

A marca está otimista com o novo canal, que já está disponível para navegação, e espera aumentar em até dois dígitos o número de vendas, em especial porque as en-tregas serão realizadas em todo o território nacional.

P O R A U M E N T O D E V E N D A S , P E N A LT Y L A N Ç A E - C O M M E R C E

O Atlético Paranaense fará uma participação em um reality show sobre

futebol na televisão chinesa. O clube recebeu na última terça (23) e quarta-feira (24) a visita de representantes de

uma produtora de televisão do país asiático, a Explosion Studio, que será

a responsável pelo programa. O reality show será apresentado na China entre

março e abril de 2019. Os jovens chineses selecionados após o final do programa farão, em maio, um amis-

toso contra a equipe Sub-17.

AT L É T I C O - P R PA R T I C I PA R Á

D E R E A L I T Y S H O W D E T V

C H I N E S A

POR REDAÇÃO

O Corinthians fechou uma parceria com a ViViPAY, empresa com mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro e plataformas bancárias. O acordo prevê a criação do “Cartão do Timão by ViVi”, um cartão pré-pago de baixo custo, com bandeira Mastercard e atrelado a uma conta digital com inú-meros benefícios dados pelo clube aos torcedores.

De acordo com a ViViPAY, o cartão é uma “solução inteli-gente e simples de gerenciar o dinheiro e manter o controle financeiro, pois oferece conveniência, segurança e confor-to”. Para que o torcedor utilize o produto, basta carregar o cartão de acordo com o próprio orçamento.

A conta digital atrelada ao cartão oferece todos os serviços de um banco tradicional. Com ele, será possível pagar bo-letos e contas, efetuar transferências e recarregar celulares.

Diferentemente de um cartão pré-pago tradicional, o usu-ário pode efetuar não só compras on-line como também pagamentos recorrentes. O cartão é aceito em milhões de pontos Mastercard pelo mundo e disponível para saques em caixas automáticos 24h por dia.

Segundo o Corinthians, o “Cartão do Timão” dará uma va-riedade de benefícios ao usuário, como descontos em medi-camentos, exames médicos e consultas. O cartão ainda ofe-recerá médicos de família disponíveis 24h para atendimento via fone, nutricionista, e coach de saúde e bem-estar.

A parceria com o clube envolve também um camarote da empresa na Arena Corinthians, em Itaquera.

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POR ERICH BETING

A Paramount será a principal patrocinadora do WGP Kickboxing, evento que será realizado em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, no próximo fim de semana, no dia 27 de outubro.

O estúdio americano usará o evento esportivo para divulgar o filme 'Operação Overload', novo longa do produtor J. J. Abrams, responsável por trabalhos nas sagas mais recentes de Star Wars e Star Trek, além da série Lost.

O acordo fechado pela agência Field Of Play tem como foco um público em co-mum às duas partes, na faixa de idade entre 18 e 35 anos. E uma série de ativações estão programadas para o próximo fim de semana. A comunicação do filme estará espalhada em marcas no ring e em outras propriedades do evento.

Além disso, a Paramount fará exibições de trailers do filme para os torcedores presentes no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo. Por fim, a película também estará representada em baldes de pipoca que serão vendidos para o público.

Com o acordo, o estúdio garante comunicação direta com os torcedores na are-na, mas também contará com exposição para os telespectadores. A disputa da WGP Kickboxing terá transmissão de três canais esportivos: o Canal Combate, especializado em lutas, a Bandsports e a Fox Sports.

Essa será a 50ª edição do WGP Kickboxing. Como celebração ao fato, haverá três disputas de título no ring paulista. O embate principal será entre os lutadores Bruno Gazani (União ABC) e Robson Minotinho (Coliseu Team). Os ingressos ainda estão à venda e partem de R$ 50 para a arquibancada do Ginásio.

Paramont fecha com evento de luta em SP

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POR DUDA LOPES