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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pedagogia Cinthia Bianca de Almeida Larissa Carmel de Carvalho Camassutti O BRINCAR DAS CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL LINS-SP 2013

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Pedagogia

Cinthia Bianca de Almeida

Larissa Carmel de Carvalho Camassutti

O BRINCAR DAS CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS DA

EDUCAÇÃO INFANTIL

LINS-SP

2013

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CINTHIA BIANCA DE ALMEIDA

LARISSA CARMEL DE CARVALHO CAMASSUTTI

O BRINCAR DAS CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Pedagogia, sob a orientação do Prof. Me Leandro Paschoali e orienação técnica da Profª Ma Fátima Eliana Frigatto Bozzo.

LINS-SP

2013

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CINTHIA BIANCA DE ALMEIDA

LARISSA CARMEL DE CARVALHO CAMASSUTTI

O BRINCAR DAS CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de graduação do curso de

Pedagogia.

Aprovado em:_____/_____/_____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Me Leandro Paschoali Rodrigues Gomes.

Titulação: Mestre em Educação Física: Universidade Metodista de Piracicaba

(UNIMEP) – Piracicaba.

Assinatura: ______________________

1º Prof. Me Thiago Flávio de Souza.

Titulação: Mestre em Administração: Universidade Metodista de Piracicaba

(UNIMEP) – Piracicaba.

Assinatura: ______________________

2º Prof(a). Ma Fátima Eliana Frigatto Bozzo.

Titulação: Mestre em Odontologia – saúde coletiva: Universidade Sagrado

Coração (USC) – Bauru.

Assinatura: ______________________

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha mãe Maria Benedita de

Almeida Bilancieri, por ter o dom de amar, cuidar, incentivar

e aconselhar.

Sempre esteve ao meu lado me apoiando em tudo, quando eu

cai me levantou, quando chorei cuidou de mim, e quando

mais precisei de uma amiga ela estava ali me ouvindo.

Dedico a você mãe que é um exemplo na minha vida, mulher

batalhadora, mulher de fé. Eu te amo ! obrigada por existir ,

obrigada por ser minha mãe e cuidar de mim.

Cinthia

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DEDICATÓRIA

Dedico exclusivamente a minha família que em todos os momentos me ajudaram com força, e carinho.

Á Odila Alves Marcelino de Carvalho e Ailton de Carvalho, meus maravilhosos pais, que são meus eternos guardiões e exemplo de vida, e que nesta etapa da graduação puderam contribuir grandemente em tudo que necessitei, AMO VOCÊS ETERNAMENTE.

Ao meu Marido Tiago Berchieli Camassutti que com paciência pode contribuir para os momentos em que estive estressada, triste, preocupada e ausente com o meu desempenho escolar e com amor e carinho pode completar meus dias de aflição fazendo com que meu ego se estabelecesse a cada dia, TE AMO MEU AMOR.

Ao meu AMOR MAIOR, meu filho Guilherme de Carvalho Camassutti, que veio ao mundo em período escolar e veio a somar muito, sua presença me fortalece a cada dia, me tornando uma pessoa mais humana e feliz, meu filho, minha vida, TE AMO INCONDICIONALMENTE.

Larissa Carmel.

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a DEUS, pelo dom da vida, por nunca ter me abandonado, e

quando tudo diz que não, sua voz me encoraja a prosseguir. DEUS do impossível,

obrigada por tudo TE AMO verdadeiramente. Grata a duas pessoas que mais me

apoiaram, não só nessa etapa, mais desde quando cheguei nesse lar, minha mãe Maria

B. De Almeida e Agnes Nazaré, minha família linda, que eu amo muito, e agradeço por

sempre estarem ao meu lado me apoiando e me ajudando em tudo. Mãe, tudo que sou

hoje foi porque a senhora me pegou, cuidou de mim, me fez crescer e me amou da

mesma forma que ama seus filhos, obrigada por ser minha melhor amiga, e guerreira.

Minha irmã Agnes, um exemplo na minha vida, batalhadora, sempre me provou que a FÉ

faz o herói, obrigada por sempre ter cuidado de mim, ter ficado ao meu lado, e agradeço

os puxões de orelha hehe, tem uma filha linda Polyana na qual eu amo muito. Agradeço

ao meu cunhado Wanderley, por sempre ter me apoiado também. Amo vocês !

Agradeço ao meu irmão Dagnos que hoje no céu está, mas tudo que me ensinou quando

aqui estava me tornou a pessoa que sou hoje, sempre estará vivo em mim, te amarei

eternamente “migão”

Agradeço minha amiga, companheira e parceira Larissa Carmel de Carvalho Camassutti

que fez o TCC comigo, em vários momentos pensei que não fossemos terminar a tempo,

que não iríamos conseguir, mais a amizade falou mais alto, os incentivos as risadas

fizeram com que tudo desse certo, serão momentos que ficarão marcados pra sempre

em meu coração, e um trabalho jamais esquecido. As noites sem dormir os telefones, os

e-mails trocados foram frutos de um ótimo trabalho, e uma prova de uma amizade

verdadeira, obrigada Larissa por tudo, te amo e que DEUS continue abençoando sua

vida, família e desse filho lindo que você tem!

Agradeço também minhas amigas Mairis Porquieres, Maira Aline, e Vanessa Sales por

estarem ao meu lado nos momentos onde mais precisei, e quando pensei em desistir

achando que nada daria certo, elas estavam ao meu lado me apoiando o tempo todo e

fazendo com que eu mantivesse a calma. São amizades que levarei comigo eternamente,

e me lembrarei sempre de cada momentos que passamos juntas. Amo todas obrigada

por existirem e fazer morada em meu coração.

Cinthia

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AGRADECIMENTO

Agradeço a DEUS pela vida e sabedoria, Obrigada Senhor por estar comigo sempre por ter estendido as mãos em momentos de aflição e angústia, hoje sei que tudo valeu a pena e que meu futuro promete, a recompensa está por vir EU CREIO!!

Agradeço aos meus Pais que são verdadeiros anjos sem asas, que me deram a vida e me ensinou a vivê-la com dignidade. A vocês, que iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicação para que eu seguisse sem medo e cheia de esperanças. A vocês, que se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudessem realizar os meus, Meu muito Obrigada AMO muito vocês.

Sonho parece verdade quando a gente esquece-se de acordar. Hoje, vivo uma realidade que parece um sonho, mas foi preciso muito esforço, determinação, paciência, perseverança, ousadia e maleabilidade para chegar até aqui, e nada disso eu conseguiria sozinha. Minha terna gratidão a todos aqueles que colaboraram para que este sonho pudesse ser concretizado e a minha grande amiga e parceira Cinthia Bianca de Almeida que com ela conseguimos montar as peçinhas para chegar a esse bonito trabalho chamado TCC obrigada minha amiga pela compreensão em momentos difíceis de desespero e pela sua serenidade que me tranquiliza sempre agora só sobrarão saudade, mas você sempre estará comigo no meu coração, TE AMO amiga.

Ao meu Esposo Tiago pela retribuição de amor dia após dia, pelo seu carinho, compreensão e por acreditar em mim, Obrigada meu amor, você contribuiu muito para que este sonho fosse concretizado TE AMO.

Ao meu filho Guilherme minha pequena grande benção de DEUS, reconheço que muitas foram às vezes que seus olhos me buscaram e eu estava ausente, muitas vezes quis me abraçar e beijar, e não me encontrou, muitas vezes buscou meu sorriso e atenção, mas estava apressada para as aulas ou provas. Ainda que estivesse tão envolvida com meus próprios caminhos; sei do fundo de minha alma que sem você não teria chegado até aqui e o quanto era doloroso deixá-lo a cada despedida. Você me incentivou a caminhar, a ter forças para continuar com abraços, beijos e sorrisos a cada reencontro; foi o alívio para o meu estresse e decepções com olhar carinhoso e porto seguro para meus medos. Junto a você compartilhamos alegrias. Perdoe-me pela ausência, mas a vitória é nossa e meu futuro é o seu, TE AMO MINHA VIDA.

Larissa Carmel

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EPÍGRAFE

Você não pode ser qualquer coisa que desejar ser. Mas pode ser tudo o que Deus quer que você seja. Max Lucado.

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RESUMO

A brincadeira estabelece acesso ao desenvolvimento coordenativo, motor e cognitivo, tornando assim uma criança sociável e respeitadora de regras. Desde seus primeiros meses de vida, a criança pratica várias tentativas de ver, sentir e de descobrir o mundo à sua volta. Ela procura, através de seu corpo, explorar o ambiente onde está situado. Proporciona a criança, momentos agradáveis na hora de brincar, estabelecendo uma raiz entre respeitar o próximo e compartilhar, permitindo desafios. Os objetivos da pesquisa foram proporcionar a criança, momentos agradáveis na hora de brincar, estabelecendo uma raiz entre respeitar o próximo, regras e compartilhar, permitindo desafios para o desenvolvimento cognitivo; apresentar a importância do brincar no desenvolvimento da educação infantil, garantindo um melhor desenvolvimento de suas habilidades; desenvolver atividades para o desencadeamento da coordenação, metacognição e egocentrismo. A pesquisa é exploratória, descritiva; sua característica está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados como questionamento e a observação sistemática e comparativa; quanto aos procedimentos foi bibliográfico, mediante análise quantitativa e qualitativa dos dados da pesquisa de campo, o método de abordagem foi realizado pelo método hipotético dedutivo. Os jogos possuem um valor inestimável, pois a criança ao jogar ela aprende a pedir ajuda, começa a compreender a importância que o outro faz, e então ela passa a entender que só se tem sucesso se um ouvir o outro. Com isso ela passa a administrar valores para a vida adulta, pois terá grandes noções ao lidar com objetos e pessoas que a vida traz. O brincar desperta a curiosidade, o interesse e estimula a concentração, o raciocínio, à atenção e outras qualidades indispensáveis ao desenvolvimento psicomotor e cognitivo do mesmo, os resultados foram muito positivos só nos reforçou a grande importância do brincar para a construção do conhecimento nos primeiros anos de vida. A conclusão após a pesquisa realizada é que a brincadeira é essencial na vida das crianças, pois desencadeia várias funções físicas e mental necessárias para seu desenvolvimento e que sem elas a infância será improdutiva e morta.

Palavras chave: Brincadeira. Aprendizagem. Educação Infantil.

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ABSTRACT

The game provides acess to coordinative, motor and cognitive development, making this way a sociable and respectful of rules child. Since your firsts month of life, the child try many times to see, to feel and to discover the world around yourself. She search with your body, to explore the place where she is located. Provides to the child, pleasure moments in time playing, establishing a root between to respect others and to share, allowing challenges. The search focus was give to the children, pleasure moments in time to play, providing a root between to respect the others, rules and to share; showing the importance to play in the childhood education development, ensuring a better abilities development. Develop activities to trigger the coordination, metacognition and egocentrism. The research is exploratory, descriptive, its characteristic is to use padronized techniques of data collection as questioning and the sistematic and comparative observation. About the procedures, it were bibliographics, with quantitative and qualitative search data analysis. The approach method was done by hypothetical deductive method. the games are priceless, because when the child plays, she learns to ask help, she begins to understand the importance from another person, and she can understand that just have sucess if we listen others. This way she can administer values for her adult life, having great ideas to dealing with objects and people that her life bring. To play arouses curiosity, the interest and grow the concentration, the reasoning, the attention and other essential qualities to development psychomotor and cognitive. The results were very positive and helped us to know how important is to play for to build the knowledge in first years of life. The conclusion after the research done is the play is essential to children's life, because it trigger a lot of physical and mental functions necessary to your develpment and without it, their childhood will be unproductive and dead.

Keywords: play, learning, childhood education.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Brincadeiras na época do renascimento............................................16

Figura 2: Brincando na escola...........................................................................17

Figura 3: Brincadeiras na Educação Infantil......................................................22

Figura 4: Brincadeiras Coletivas........................................................................26

Figura 5: Desenvolvimento Cognitivo................................................................30

Figura 6: Brincando de Montar..........................................................................35

Figura 7: Brincando de Faz de conta.................................................................39

Figura 8: Resposta da pergunta nº 1 dos Professores......................................41

Figura 9: Resposta da pergunta nº 2 dos Professores......................................42

Figura 10: Resposta da pergunta nº 3 dos Professores....................................43

Figura 11: Resposta da pergunta nº 4 dos Professores....................................43

Figura 12: Resposta da pergunta nº 5 dos Professores....................................44

Figura 13: Resposta da pergunta nº 6 dos Professores....................................45

Figura 14: Resposta da pergunta nº 7 dos Professores....................................46

Figura 15: Resposta da pergunta nº 8 dos Professores....................................47

Figura 16: Resposta da pergunta nº 9 dos Professores....................................48

Figura 17: Resposta da pergunta nº 10 dos Professores..................................48

Figura 18: Resposta da pergunta nº 11 dos Professores..................................49

Figura 19: Socialização......................................................................................50

Figura 20: Imaginação.......................................................................................51

Figura 21: Desenvolvimento de linguagens.......................................................52

Figura 22: Criatividade.......................................................................................53

Figura 23: respeitar regras.................................................................................54

Figura 24: Saber Dividir.....................................................................................55

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Figura 25: Habilidades Cognitivas e afetivas.....................................................56

Figura 26: Inteligência........................................................................................57

Figura 27: Noção espacial.................................................................................58

Figura 28: exploração do Ambiente...................................................................59

Figura 29: habilidades motoras..........................................................................60

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 13

CAPÍTULO I – BRINCAR, UMA ARTE MILENAR .................................. 16

1 A HISTORIA .................................................................................... 16

1.1 A brincadeira na escola ................................................................... 17

1.2 A falta do brincar ............................................................................. 17

1.3 A importância do brincar para o desenvolvimento infantil ............... 19

1.4 Jogos e brincadeiras na educação infantil ....................................... 21

CAPÍTULO II – BRINCAR, APRENDER E SE DIVERTIR....................... 26

2 O BRINCAR .................................................................................... 26

2.1 As brincadeiras ................................................................................ 26

2.2 Os objetos ....................................................................................... 27

2.3 A recreação ..................................................................................... 27

2.4 Idades Fundamentais ...................................................................... 28

2.5 Uma escolha motivadora ................................................................. 29

2.6 As brincadeiras geram desenvolvimentos ....................................... 30

3 PAPEL DO EDUCADOR ................................................................ 31

3.1 A utilização de jogos e brincadeiras como recurso pedagógico...... 34

CAPÍTULO III – A PESQUISA ................................................................. 40

3 A METODOLOGIA .......................................................................... 40

3.1 Análise e discussão de dados ......................................................... 40

3.2 Análise das entrevistas .................................................................... 40

CONCLUSÃO .......................................................................................... 61

REFERÊNCIAS ....................................................................................... 63

APÊNDICES............................................................................................ 67

ANEXOS............................................................................................ 76

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INTRODUÇÃO

Essa pesquisa é importante, pois, abrange um olhar sociocultural

construtivista, na forma em que a criança brinca e a realidade que ela vive.

A brincadeira é um incentivo no desenvolvimento de novas habilidades,

elas transmitem certas felicidades e prazeres que se fundamentam em um

exercício de liberdade.

Brincar é colocar a imaginação em ação, onde a criança se apropria da

realidade criando um espaço de aprendizagem.

As crianças ao brincarem estabelecem uma relação com o mundo da

fantasia criando um espaço onde possam se expressar de modos simbólicos,

desejos, medos, sentimentos e agressividade.

Os objetivos da pesquisa foram proporcionar a criança, momentos

agradáveis na hora de brincar, estabelecendo uma raiz entre respeitar o

próximo, regras e compartilhar, permitindo desafios para o desenvolvimento

cognitivo; apresentar a importância do brincar no desenvolvimento da

educação infantil, garantindo um melhor desenvolvimento de suas habilidades;

desenvolver atividades para o desencadeamento da coordenação,

metacognição.

Na brincadeira a criança consegue vivenciar regras preestabelecidas,

elas aprendem esperar a sua vez e também a ganhar e perder, e com isso é

incentivado à autoestima da criança por si mesma.

Todo brincar tem início a partir de uma vontade, ninguém brinca por

obrigação. A brincadeira acontece dentro de espaços e tempos determinados,

por exemplo, a “Amarelinha” necessita de um lugar adequado para sua criação.

Com isso a criança deve ter oportunidade de brincar na escola, em casa,

rua em parque e áreas livres. A maioria das vezes não se escolhe o lugar, pois

o que importa é o momento.

A pesquisa quanto aos objetivos foi exploratória, pois tem como objetivo

proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais

explícito e construir hipótese, descritiva tem como objetivo primordial a

descrição das características de determinada população ou fenômeno. Uma de

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suas características mais significativa está na utilização de técnicas

padronizadas de coleta de dados tais como o questionamento e a observação

sistemática e comparativa que avalia dados de um lugar com outro dentro da

sua pesquisa.

Este trabalho quanto aos procedimentos foi bibliográfica, desenvolvida a

partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos

científicos, levantamentos, pois se caracteriza pela interrogação direta das

pessoas cujo comportamento se deseja conhecerem. Procede-se a solicitação

de informação a um grupo significativo de pessoas acerca de problema

estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa e qualitativa

obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados.

Quanto ao método de abordagem essa pesquisa foi realizada pelo

método hipotético dedutivo que se inicia pela percepção de uma lacuna nos

conhecimentos acerca da qual formula hipótese e, pelo processo de dedução,

testa predição da ocorrência de fenômeno abrangido pela hipótese.

No método do procedimento essa pesquisa usou o histórico que consiste

em investigar acontecimentos, processos e instituição do passado para verificar

a sua influência na sociedade de hoje.

A criança que brinca vive sua infância e com isso se torna um adulto

equilibrado fisicamente, tendo em si uma criatividade e responsabilidade para

solucionar problemas que surgirem.

O trabalho está organizado em três capítulos, sendo que no primeiro

capitulo foi abordado o tema, “brincar uma arte milenar” que trata-se da história

do brincar, surgimento, materiais utilizados e suas funções enfatizando as 3

fases do desenvolvimento segundo Piaget (1975).

No segundo capitulo foi abordado o tema “brincar, aprender e se

divertir”, que engloba os objetos utilizados, recreação, criatividade, idades

fundamentais a serem desenvolvidas, brincadeiras e seus desenvolvimentos,

atenção e concentração, utilização de jogos como recursos pedagógicos,

demonstração de capacidade de realizações, desenvolvimento da organização

espacial e autonomia, discriminação auditiva, aborda o papel do educador,

trabalha o controle da ansiedade, revê os limites e uma escolha motivadora

para o estímulo da criança.

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No terceiro capitulo intitulado como “metodologia da pesquisa”, descreve

a pesquisa realizada em uma instituição pública municipal de educação infantil.

Tendo assim concluído o referido trabalho observando a importância do

brincar de 2 a 5 anos da educação infantil, finaliza-se com uma proposta de

intervenção e conclusão.

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CAPITULO I

BRINCAR, UMA ARTE MILENAR

1 A HISTÓRIA

O brincar é uma arte que existe a milhares de anos com a finalidade de

divertir as crianças, e só com o passar dos tempos descobriram que eles

traziam muitos benefícios, como: concentração, memorização, coordenação,

imaginação, criatividade, auto estima, socialização, entre outros.

Segundo Zatz; Zatz; Halaban (2006, p.18):

Muitos brinquedos que conhecemos hoje tem sua origem nas mais antigas cavilações. E alguns deles se apresentam em versões praticamente inalteradas, se considerarmos a distancia temporal e cultural que nos separa deles. É o caso das bonecas, por exemplo. As primeiras bonecas foram construídas, possivelmente há quarenta mil anos, na Ásia e na África, eram usadas em rituais. Acredita-se ter sido no Egito, há cerca de dois mil anos, que elas se transformaram em brinquedos, feitos de corda, pano e papel.

Muitos brinquedos eram produzidos artesanalmente com produtos e

objetos adquiridos do próprio meio.

Figura 1 – Brincadeiras na época do renascimento

Fonte: http://felipepimenta.com

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Zatz; Zatz; Halaban (2006, p.18), diz que: “Os piões, que, por volta do

ano 3000 a.C., na Babilônia, eram feitos de argila e tinham as bordas

decoradas com desenhos ou relevos representando formas humanas ou

animais”.

Muitos brinquedos que se conhece hoje fez parte de uma herança

cultural, gerada em seus primórdios, como: Chocalhos surgidos no Egito em

1300 a.C, os soldadinhos de chumbo, pelo século XCIII, caixinhas de música,

pelo século XVIII por Suíços, trem elétrico em miniatura e giz de cera foram

criados em 1903.

Esta história traz a dimensão da atividade do homem tão inerente a esse

passado, estes são alguns exemplos que podemos reconhecer que fez e fará

história em nossas vidas.

Zatz; Zatz; Halaban (2006, p.19), acreditam que:

Relembrar nossa própria meninice nos capacita a interagir melhor com as crianças, podendo contribuir positivamente para o seu desenvolvimento. Assim como as brincadeiras tradicionais, os brinquedos também constituem uma espécie de herança cultural que se perpetua de geração em geração através dos tempos. Fazer parte desta cadeia é uma experiência que podemos ter a felicidade de compartilhar com nossos filhos.

1.1 A brincadeira na escola

Esta situação fará com que o indivíduo aprenda a se portar de maneira

adequada em situações distintas, aprenderá que para ter uma boa relação, e

interação é necessário respeitar regras, respeitar o espaço, opiniões e ideias

alheias, mesmo que não esteja de acordo com as mesmas.

O jogo e o brinquedo proporcionam, sem dúvidas, uma interação entre

professores e alunos, é necessário a inclusão como agentes do aprendizado na

elaboração do plano pedagógico utilizado.

Figura 2: Brincando na escola

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Fonte: http://gestaoescolar.abril.com.br

Infelizmente, nos dias de hoje os jogos e brincadeiras não são levados a

sério pela maioria dos educadores, e quando são, executam apenas como

distração de recreação ou descarrego de energia durante alguns minutos do

tempo da criança em atividade escolar.

Existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável, como por exemplo, predominantemente no fim da idade pré-escolar, jogos que só dão prazer à criança se ela considera o resultado interessante. Os jogos esportivos (não somente os esportes atléticos, mas também outros jogos que podem ser ganhos e perdidos) são, com muita freqüência acompanhados de desprazer, quando o resultado é desfavorável para a criança. (VIGOTSKY, 1984, p. 107).

A criança em sua inocência deve sentir prazer ao brincar se entregando

inteiramente a atividade e o brinquedo certo, nem sempre é aquele que lhe

diverte, que desperta a curiosidade, o interesse, mas sim aquele que estimula a

concentração, o raciocínio, a atenção e outras qualidades indispensáveis ao

desenvolvimento psicomotor e cognitivo do mesmo.

1.2 A falta do brincar

Além dos educadores, a família deve contribuir ativamente na

disponibilidade das brincadeiras na vida da criança. É necessário que os pais

se conscientizem de que o brincar é muito mais do que somente um passar o

tempo, mas sim, são maneiras eficientes que a criança possui para conhecer e

se inserir no meio em que vive.

Segundo Vygotski (1984, p.162): "ao brincar, a criança está acima da

própria idade, acima de seu comportamento diário, maior do que é na

realidade".

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Na medida em que a criança executa a imitação pelos responsáveis em

suas atividades diárias, ela cria oportunidades para seu desenvolvimento

intelectual e social. Por isso a importância da interação dos adultos, sejam

professores, ou familiares com as crianças.

Hoje em dia, várias crianças possuem algum "déficit" psicomotor devido

à falta de exercícios ou treinos necessários para seu desenvolvimento motor.

São, na maioria das vezes, crianças acomodadas, que não praticam nenhuma

brincadeira ou atividade que exige desgaste físico, que não aprendem a fazer

nada porque fazem por elas, são crianças que vivem em casa e passam o dia

em frente à televisão ou o computador.

Segundo Costallat, et al. (2002, p.110): "Tais crianças tornam-se

regredidas, manipuladoras, com baixa resistência à frustração, apresentando

também, dificuldade no trato social e no desenvolvimento pedagógico”.

1.3 A importância do brincar para o desenvolvimento infantil

As crianças de hoje em dia possuem uma inteligência extremamente

criativa, pois são capazes de montar seus próprios planos e brincadeiras.

Há uma importância muito grande nos jogos e brincadeiras para o

crescimento da criança e seu caráter, pois ela aprende a dominar seus

sentimentos, habilidades e administrar melhor suas amizades impondo respeito

e limites (MIRANDA, 2002).

Através das brincadeiras, as crianças começam a desenvolver suas

potencialidades, sabendo lutar e entender sentimentos de frustração e de

aprendizagem. Para a criança, o jogo é o exercício, é a preparação para a vida

adulta (MIRANDA, 2002).

Os jogos na educação infantil ensinam e ajudam as crianças vencerem,

perder, não ser orgulhosas e mostram a elas educação e compreensão ao

liderar pequenos grupos.

Segundo Miranda:

Jogar para o grupo e não jogar para si, obedecer às ordens do capitão ou chefe, respeitar a decisão do juiz e jamais protestar contra ele, vencer sem orgulho, vencer sem lamurias, obedecer às leis do jogo (2002, p.155)

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Quando a criança brinca, ela anda, corre, pula pegos objetos e faz

movimentos. Isso é de muita importância, pois mesmo brincando a criança esta

trabalhando seu corpo, reforçando seu físico e melhorando sua saúde

(AUFAUVRE, 1987).

A criança que brinca gera em si uma grande imunidade, ficando menos

doente.

De acordo com Aufauvre, (1987, p.152):

Uma vez que a criança domine melhor a possibilidade de andar, multiplicam-se os jogos como o próprio corpo: os gestos para ficar em pé, rastejar, sentar, apanhar diversos objetos tornam-se ocasiões de jogos a partir do momento em que são totalmente dominados e aperfeiçoam o equilíbrio postural, aumentando o tônus muscular.

Um fator de muitos princípios é que a criança deve ser vista como um ser

normal, e não como pequena, inferior, incapazes de realizar tal jogo ou

participar de alguma brincadeira, pois ela deve-se sentir querida e capaz para

se descobrir e mostrar suas criatividades.

Aufauvre, (1987, p.150) diz que:

O objetivo é possibilitar a criança descobrir-se como uma unidade num meio, cuja hostilidade ela possa dominar, sem risco para a sua integridade ou para a integridade de outrem, num contexto de exigências progressivas, em que ela supere os bloqueios.

No jogo, o alvo não é o resultado, mas a ação em si mesma. A atividade

mais importante na infância são os jogos e brincadeiras, pois a criança

necessita brincar, jogar, criar, e inventar para manter seu equilíbrio com o

mundo (MARQUES, 1999).

Geralmente a criança investe naquilo que proporciona a ela mais prazer

e descobertas, pois ela ao brincar está a uma base de busca.

Garcia e Marques, (1989, p.9) diz que “A criança repete a brincadeira

que lhe dá prazer, a que estimula o seu intelecto, a que representa desafio, a

que permite experimentar suas potencialidades de maneiras múltiplas”.

Quando a criança brinca, ela joga, imita e representa, porque os jogos e

as brincadeiras infantis são atividades prazerosas e essências para a criança,

pois possibilitam uma adaptação as condições contemporâneas.

Nas escolas Infantis os jogos dão prazer às crianças, que fazem parte da

cultura infantil e contribuem para o desenvolvimento da inteligência e de

aprendizagens especificas.

De acordo com Melo e Valle, (2005, p.43):

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Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja conduzida a uma esfera imaginária, um mundo de faz de conta consciente, porém capaz de reproduzir as relações que observa em seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes papéis, exercitando sua capacidade de generalizar e abstrair.

Zatz, Zatz e Halaban (2006, p.14) descrevem que “brincando, a criança

aprende a se relacionar, compartilhar as coisas, a se comunicar e a expressar

suas ideias e sentimentos”.

Os jogos também são de extrema importância para o desenvolvimento

cognitivo e afetivo, pois através dele a criança tem capacidade de pensar e

memorizar mais os conteúdos didáticos.

Segundo Piaget (1975) os jogos infantis são classificados em três tipos

de fases: o exercício, o símbolo e a regra constituindo os jogos de construção.

A criança quando brinca e joga está explorando, descobrindo

comunicando suas vontades, ideias, fantasias reais ou imaginarias. É daí então

que a criança faz suas descobertas, desenvolve fisicamente e mentalmente

sentindo prazer, alegria e concretização em suas pequenas ou grandes ações

(Piaget, 1975).

De acordo com Brougère (2004) as brincadeiras podem ser definidas

como livres quando as crianças não se sintam delimitadas ou obrigadas ao

brincar, pois as brincadeiras tanto no imaginário ou por meio de algum objeto,

para ela têm que trazer algum prazer, que vem de dentro para fora, tornando-

as livres ao realizá-las.

Os jogos possuem um valor muito além, pois a criança ao jogar ela

aprende a pedir ajuda, começa a compreender a importância que o outro faz, e

daí ela passa a entender que só se tem sucesso se um ouvir o outro, se ambos

não se ouvirem tudo se torna uma bagunça.

E com isso ela passa a administrar valores para a vida adulta, pois terá

grandes noções para lidar com produtos e produtores que a vida traz.

1.4 Jogos e brincadeiras na Educação Infantil

Através das brincadeiras infantis a criança utiliza várias linguagens como

a musical, corporais e diversas outras. O fato da criança brincar livremente e

escolher o que quer, significa concretizar seus desejos individuais e constrói

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sua cultura utilizando a imaginação. A criança fundamenta suas ações em

jogos e brincadeiras e a instituição infantil deve valorizar o lúdico como direito a

infância.

Figura 3: Brincadeiras na educação Infantil

Fonte: http://www.literato.net

Ainda para Kishimoto (2001), existe o brinquedo ou jogo educativo, que

possui a função educativa e lúdica. Através da função lúdica a brincadeira

desenvolve na criança sua afetividade e cognição através da sua interação

com os brinquedos. Caracterizando a função educativa, o jogo completa o

indivíduo na aquisição do conhecimento.

Existem ainda as brincadeiras tradicionais como, o pião e a amarelinha,

que representam a cultura de algum povo em épocas, e foi transmitida ao longo

dos tempos através da oralidade e tornaram-se universal. Com os jogos de

construção, a criança desenvolve a sua criatividade e estimula a imaginação.

Finalizando a classificação dos tipos de brincadeiras na infância,

Kishimoto (2001) ressalta o jogo simbólico, muito importante quando a criança

desenvolve papéis sociais através de uma situação imaginária. Através da

imaginação, assimila a realidade para encontrar explicações para atitudes que

não encontram respostas no contexto social.

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As características do jogo simbólico estão na liberdade de regras, ao

menos quando a própria criança as cria na brincadeira. Está presente também

o desenvolvimento do raciocínio lógico, na tendência imitativa quando a criança

busca coerência com a realidade. Tudo representado na ação de pular, rodar,

girar, saltar.

O jogo não pode ser considerado apenas como um instrumento de

diversão, mas também como uma ferramenta para a construção do

conhecimento. Através da brincadeira, a criança desenvolve a noção de tempo,

espaço e são motivadas a superar obstáculos. E, por ser isenta de regras, a

criança é estimulada a explorar o mundo a sua volta de forma voluntária e

inteligente.

Segundo Kishimoto (2001) o jogo era apreciado desde a antiguidade, o

qual era considerado uma prática de desenvolvimento físico e mental. Também

visto como um exercício que desenvolvia a inteligência e facilitador da

aquisição da aprendizagem. Assim, o jogo estaria ligado ao desenvolvimento

espontâneo da criança, na sua forma de expressão e interação com o meio.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI)

(BRASIL, 1998) expõe a proposta de que jogos e brincadeiras façam parte da

rotina infantil, pois a criança desenvolve a identificação e exploração do próprio

corpo, também através da imitação de movimento em que a mesma possa

tornar-se independente em suas ações no dia-a-dia de uma instituição escolar.

Para Rizzi e Haydt (1987), o lúdico está presente na criança desde

quando ela nasce. Sob a perspectiva de Piaget, a criança recém-nascida

encontra-se na fase sensório-motora, caracterizada pela inteligência prática.

Assim a cada fase de desenvolvimento, a criança atua no meio com diferentes

características para responder aos estímulos externos.

O exercício sensório-motor nada mais é do que a repetição de

movimentos e a manipulação de objetos por parte do bebê em seus primeiros

anos de vida. A partir dos 2 anos, a criança atua com o jogo simbólico através

das representações de papéis e expressão da realidade através de papéis

sociais. E o jogo de regras quando a criança brinca por meio de regras e

normas.

Segundo Fontana e Cruz (1997) ainda na perspectiva piagetiana,

considera a brincadeira sensório-motora através do jogo de exercício, pelo puro

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prazer de movimentar-se. O jogo vai tornando-se mais complexo a medida que

a criança combina várias ações em alcançar um objetivo, e sim, apenas

demonstrando seu comportamento.

Já com a brincadeira simbólica, a criança utiliza da imaginação para

representar através de objetos e do relacionamento com outros indivíduos.

Nesta fase acontecem as dramatizações de forma construtiva em função da

adaptação da realidade. E os jogos de regras acontecem quando a criança

substitui a ludicidade pelas brincadeiras regradas, aos 7 anos de idade.

Segundo Fontana e Cruz (1997), na perspectiva de Vygotsky, a

brincadeira acontece na medida em que a criança sente a necessidade de

dominar os objetos, quando ao brincar, o indivíduo interage no meio social

buscando respostas dos comportamentos adultos, utilizando do método da

imitação.

Para Rizzi e Haydt (1987), o jogo é muito importante para a Educação

Infantil, pois é uma ferramenta pedagógica muito utilizada no processo ensino-

aprendizagem, ao mesmo tempo em que satisfaz necessidades da criança, e

corresponde a espontaneidade. Assim, o jogo é conduzido de forma

motivacional.

O jogo desenvolve o exercício físico através da motricidade, a afetividade

e o pensamento lógico através do cognitivismo. As brincadeiras infantis

também possuem a função de socializar os indivíduos, e também estimulam a

cooperação, a responsabilidade, respeito mútuo, compreensão de regras e a

busca do próprio aperfeiçoamento integral da criança.

A brincadeira do faz de conta é a principal atividade da criança na pré-

escola, enquanto que os jogos de regras fazem parte da vida escolar, pois

estes possuem um papel mais específico no desenvolvimento infantil com

características instrucionais, ou seja, as características da cultura são

transmitidas de forma valorizada pela sociedade.

Fontana e Cruz (1997), afirmam que a brincadeira em casa não é a

mesma coisa que brincar na escola, uma vez que a instituição escolar é

caracterizada pelos seus objetivos pedagógicos e é o espaço em que a criança

desenvolve habilidades e apropria-se de conteúdos através dos jogos. “[...]

brincar é uma forma de aprender, privilegiando-se assim a atividade cognitiva

implícita na brincadeira, em detrimento de seu caráter lúdico”. (1997 p. 136)

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Brincar é sem dúvida alguma a forma de expressão de uma criança. São

através das brincadeiras que são reconhecidas as primeiras marcas de uma

criança, por exemplo, ao desenhar ela fala de si e dos outros, ao falar, pensa

no mundo a sua volta. Através do lúdico, objetos e movimentos são vividos e

transformados.

O jogo então tona-se um instrumento de apropriação do mundo adulto. É

através do lúdico, ou seja, cada atividade prática irá exercer um papel distinto

no desenvolvimento infantil. Ao brincar, as crianças utilizam a cooperação entre

si mesmas e a cada atividade, como desenhar, recortar, escrever, exterioriza

sentimentos.

Segundo Fontana e Cruz (1997), a brincadeira na escola é algo muito

complexo, é considerada uma forma de aprender, mas é muito mais sério, pois

envolvem as experiências, comportamentos, indecisões, relacionamentos,

transformação. O lúdico é utilizado pelas crianças para atender aos seus

desejos e emoções.

A criança precisa aprender brincando, e a escola precisa saber separar o

momento lúdico das aulas didáticas, podendo também ser utilizado na intenção

pedagógica a exploração dos jogos e brinquedos. Neste ponto de vista, a

brincadeira apresenta-se na escola em diversas situações e sob as mais

variadas formas.

Ainda Fontana e Cruz (1997), os jogos e as brincadeiras facilitam na

formação de pensamento da criança e da descoberta de si mesma. Através da

possibilidade de experimentar, a própria criança transforma o mundo. Ainda

desenvolvem o cognitivo e a parte física, e também explora os seus sentidos

através dos objetos e dos indivíduos que as cercam.

O jogo é uma forma de comunicação, ou seja, a criança expressa

características de sua personalidade e a vontade de interagir com o meio,

objetos e outras pessoas. Através da ação, a criança desenvolve a agilidade

física, desenvolvem o pensamento e expressam sentimentos, assim passam a

conhecer a si próprias também.

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CAPITULO II

BRINCAR, APRENDER E SE DIVERTIR

2 O BRINCAR

Através das brincadeiras e jogos, trabalha-se a ação de cooperativismo.

As crianças passam a ter relações de aprendizagens fundadas em diálogos,

igualdade e respeito.

Figura 4: Brincadeiras Coletivas

Fonte: http://fabiosantos.files.wordpress.com

Como diz Freire (1999) à especialidade da criança é brincar. Por isso,

quando se pretende estabelecer um dialogo com as crianças por meio do jogo,

é melhor deixa-las falar primeiro.

Melo e Valle, (2005, p.45) diz:

Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja

conduzida a uma esfera imaginária, um mundo de faz de conta

consciente, porém capaz de reproduzir as relações que observa em

seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes

papéis,exercitando sua capacidade de generalizar e abstrair.

Aberastury (1972) complementa enfatizando que a brincadeira infantil é

um meio de pôr para fora os medos, as angústias e os problemas que a criança

enfrentou.

2.1 As brincadeiras

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As brincadeiras possuem um significado muito essencial na vida da

criança, pois é brincando que se aprende.

Segundo Kishimoto (2005, p. 121) o jogo, aqui entendido em seu sentido

amplo, ou seja, também denominado como brincadeira, tem por excelência

duas funções:

1. Função lúdica: propicia diversão, prazer e até o desprazer, quando escolhido voluntariamente; 2. Função educativa: ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.

É brincando que se aprende, cada função é muito significativa para o

futuro, e importante para o ego, prazer e conhecimento.

2.2 Os objetos

Vygotsky (1998, p.112) afirma que:

O brinquedo cria na criança uma zona de desenvolvimento proximal que é por ele definida como: [...] a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.

Segundo Melo e Valle (2005), é por meio do brinquedo e de sua ação

lúdica que a criança expressa sua realidade, ordenando e desordenando,

construindo e desconstruindo um mundo que lhe seja significativo e que

corresponda às necessidades intrínsecas para seu desenvolvimento global.

Vygotsky, (1998, p.127) diz: “A criança vê um objeto, mas age de

maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição

em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê”.

2.3 A recreação

As atividades recreativas possuem uma característica muito boa na

questão da aprendizagem, pois ela é trabalhada em todas as formas e ângulos.

Principais características das atividades recreativas (CAVALLARI;

ZACHARIAS, 2007, p 64):

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• Deve ser desenvolvida de forma espontânea, sem esperar resultados ou benefícios específicos. Para tanto a opção por sua prática deve ser livre, atendendo os interesses de cada indivíduo; • A prática das atividades recreativas deve levar as pessoas a “estados psicológicos positivos”, se realizando em um clima e com uma atitude predominantemente alegre e entusiasta; • Deve ser um estímulo para a criatividade, um benefício para a formação pessoal e para as relações sociais, dando lugar à liberação de tensões da vida cotidiana, resgatando os valores essenciais para uma auto-realização.

2.4 Idades Fundamentais

Aos dois anos de idade, as habilidades da criança começam a melhorar

e a criança consegue imitar melhor a atitude do adulto. Nessa etapa do

desenvolvimento já sabem brincar de diferentes maneiras e necessitam de

umas variedades de brinquedos que corresponde a isso.

Segundo Chateau (1987) uma criança, em seus primeiros anos de vida,

gosta sempre de “fazer-se de boba”, de divertir-se, mas conhece perfeitamente

a diferença entre “fazer-se de boba” e brincar/ jogar. Percebe-se isso quando

ela chega às vezes a nos dizer “agora eu não estou brincando, estou falando

sério”, isto demonstra claramente a sua capacidade de diferenciar o brincar de

“fazer-se de boba” da seriedade do seu jogo.

A partir dos três anos de idade, começa a fase de representação, ela

nomeia as forma que desenha mesmo que não haja semelhança alguma com o

objeto representado. A brincadeira informal ainda é a melhor maneira de

aprender, pois a criança passa a construir torre de blocos, fazer castelos de

areia, e com isso consegue varias descoberta cientifica. Já começam a ter uma

grande percepção da sequencia temporal.

Com quatro anos, a criança entra na fase dos por quês? Possuem

curiosidade fazem perguntas bem elaboradas, argumentam tudo, embora nem

sempre suas razoes sejam coerentes com a lógica dos adultos. Nessa fase já

são influenciados pelo ambiente, e amigos de escola.

Aos cinco anos de idade, a criança já é capaz de montar um quebra-

cabeça de vinte e cinco peças. Quando brincam de modelar, usam lápis de cor,

lápis de cera, instrumentos musicais e fantoches, estão trabalhando a

criatividade, imaginação e senso estético. (CHATEAU, 1987)

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2.5 Uma escolha motivadora

As crianças geralmente brincam por motivos, elas não brincam apenas

para passar o tempo, elas são motivadas por processos íntimos, desejos,

problemas, ansiedades. E com isso elas geram uma situação de defesa, ou

algo em que as aproximam de coisas, tornando as mais simples e dinâmicas.

Para Melo e Valle, (2005, p.45):

Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja

conduzida a uma esfera imaginária, um mundo de faz de conta

consciente, porém capaz de reproduzir as relações que observa

em seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes papéis,

exercitando sua capacidade de generalizar e abstrair.

As brincadeiras são consideradas livres, pois através delas a criança

se sente importante e capaz para realizar seus próprios projetos, até mesmo

para se socializarem de uma forma eficaz. O objetivo da brincadeira é

sempre zelar pelo prazer que ela trás, e o resultado é sempre o melhor, pois

dali os brincantes irão tirar o que de bom foi, e aquilo que não é bom na

próxima vez não será feito. (MELO E VALLE, 2005).

Bleger, (1991, p.75) diz: “Sempre se aprende mais do que se pensa, do

que se pode demonstrar verbalmente ou declarar conscientemente”.

Segundo Cordazzo e Vieira, (2007, p 93) “a brincadeira é definida

como uma atividade livre, que não pode ser delimitada e que, ao gerar prazer,

possui um fim em si mesmo”.

As crianças que escolherem brincar possuem uma capacidade extrema

e motivadora para realizar qualquer tarefa, pois ela quando brinca esta

desenvolvendo varias funções principais do corpo, como por exemplo, as

funções motoras, cognitivas, perceptivas e comportamentais. O legal também

são os objetos em que elas utilizam para brincar, através deles, a brincadeira

começa a ficar mais concreta. (CORDAZZO E VIEIRA, 2007).

Vygotsky, (1998) fala que o brinquedo ajudará a desenvolver uma

diferenciação entre a ação e o significado. A criança, com o seu evoluir, passa

a estabelecer relação entre o seu brincar e a ideia que se tem dele, deixando

de ser dependente dos estímulos físicos, ou seja, do ambiente concreto que a

rodeia. “A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o

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campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações

no pensamento e situações reais” (VYGOTSKY, 1998, p. 137).

Para uma criança dar continuidade em seu projeto ela precisa de

parcerias, ou seja, necessitam de outra criança, ou alguém que o apoia, até

mesmo os brinquedos.

Para Huinzinga, (1996, p.4): “No jogo existe alguma coisa "em jogo" que

transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido à ação.

Todo jogo significa alguma coisa”.

A criança que escolhe brincar tem mais imunidade do que uma criança

que fica vendo TV, e comendo o dia todo.

As crianças gostam de inventar, construir e trabalhar, vivem em um

mundo da imaginação, e nisso elas conversam sozinhas, e fingem ver alguém

ou um objeto, fazendo uma descoberta cientifica.

2.6 As brincadeiras geram desenvolvimentos

As brincadeiras são fontes riquíssimas para o desenvolvimento

cognitivo social, e afetivo da criança. Normalmente o ser humano vê a

brincadeira como um fator normal da criança, mas para a educação a

brincadeira é fundamental para o crescimento da criança.

Antes a criança brincava normalmente por brincar, sem apoio nenhum,

hoje elas são motivadas pelos brinquedos, pois cada um tem uma forma

significativa de ajuda-las a se desenvolverem de uma forma diferente.

Figura 5: Desenvolvimento Cognitivo

Fonte: http://cmei-itacolomi.blogspot.com.br

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Cada pequena atividade possibilita a criança a aprender algo novo, pois

o ato de brincar é um aprendizado de vida. Elas desenvolvem varias técnicas

de caça como, por exemplo, brincar de se esconder e assustar o outro, de

morder, de fugir, brincam também de lutar, rolando pelo chão. A maneira que

mais desenvolve nas crianças é aquela onde os pais participam juntos,

estimulando os sentidos que compõem sua interface com o mundo.

Segundo Zatz; Zatz; Halaban, (2006, p.15):

A semente que existe em cada um de nós precisa ser cultivada.

Assim como nos preocupamos com a qualidade da alimentação de

nossos filhos, devemos nos perguntar sobre a qualidade das

oportunidades. É nesse contexto que a brincadeira e o brinquedo

desempenham papel fundamental na formação da criança.

Os brinquedos fazem parte do cotidiano da criança, são os meios

utilizados para a realização da brincadeira, e o suporte que dá um colorido

especial ao ato de brincar.

Segundo Oliveira, (2002, p. 126):

O desenvolvimento humano não decorre da ação isolada de fatores genéticos que buscam condições para o seu amadurecimento nem de fatores ambientais que agem sobre o organismo, controlando seu comportamento.

Decorre, antes, das trocas recíprocas que se estabelecem durante toda

vida entre indivíduo e meio, cada aspecto influindo sobre o outro. Como todo

organismo vivo, o humano inscreve-se em uma linha de desenvolvimento

condicionada tanto pelo equipamento biocomportamental da espécie quanto

pela operação.

É muito importante que a criança brinque livremente, mas os pais devem

estar prontos para observar cada movimento e tirar o perigo que percorre em

volta. Fernandez, (1990, p.54) diz: “Assim como em todo processo da

aprendizagem estão implicados os quatro níveis organismo, corpo, inteligência,

desejo, e não se poderia falar de aprendizagem excluindo alguns deles”.

3 O PAPEL DO EDUCADOR

É necessário que a rede de ensino disponha de cursos de atualização

e formação continuada, para que os profissionais atuantes na área há tempos,

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sejam qualificados e inclusive se aproveitem da sua experiência obtida ao

longo dos anos de exercício profissional. No caso dos professores iniciantes, a

formação a nível superior é importante para que estes possam iniciar o

exercício do magistério de forma qualificada e coerente com a Lei de Diretrizes

e Bases (LDB).

O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI),

(BRASIL, 1998), ainda caracteriza o professor de Educação Infantil como um

profissional polivalente, ou seja, este deverá trabalhar a formação da

identidade da criança, a aquisição de hábitos e valores e a aprendizagem de

diversos conteúdos, em várias áreas do conhecimento (linguagem oral e

escrita, matemática, artes, meio ambiente, música, entre outros) com as

crianças, e que estas desenvolvam as várias áreas do conhecimento.

Esse processo de ensino-aprendizagem coloca o educador como um

aprendiz também através do relacionamento com o conhecimento a ser

trabalhado, com outros educadores e com os próprios alunos.

A instituição de Educação Infantil, juntamente com seus profissionais,

segundo o RCNEI (BRASIL, 1998) incorporou ao longo dos anos, função de

cuidar e educar. Esta última prática tem função socializadora, proporcionando

através das intervenções das educadoras, a construção da identidade das

crianças, pois estas entram em contato com várias culturas e linguagens. O

educar também promove o desenvolvimento das capacidades infantis, quando

os profissionais proporcionam situações em que exigem das crianças,

cuidados, atenção, movimentação e integração.

O RCNEI (BRASIL,1998) caracteriza o cuidar como sendo uma prática

que vai além da pedagógica, ou seja, as creches devem proporcionar o

desenvolvimento da criança como ser humano, o que exige a exploração de

várias áreas do conhecimento e a atuação de vários profissionais. O cuidar

envolve a atenção a alimentação, a higiene, a saúde e aos aspectos biológicos

do corpo das crianças. Os educadores irão atuar como mediadores para esse

aprendizado e ajudar a criança a sentir, demonstrar e satisfazer suas

necessidades, demonstrando compromisso com cada uma. O profissional irá

ensinar através do afeto e respeito.

Dentro da prática de cuidar, o educador precisa ensinar e desenvolver

hábitos que satisfaça as necessidades da criança e que promova seu bem-

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estar, dentro de um ambiente seguro e confortável. É importante o cuidado com

a alimentação, principalmente dos bebês, em que a instituição deve apoiar a

nutrição pelo leite materno, e para as crianças maiores, é necessário que haja

uma regularidade nos diversos alimentos para que sejam supridas todas as

carências em vitaminas necessárias para a criança crescer de forma saudável.

Outros cuidados são necessários para ocorrer de forma completa o

desenvolvimento da criança como: a troca de fraldas, o repouso, o banho, os

cuidados com os dentes.

Bondioli e Mantovani (1998), demonstra algumas características para um

bom funcionamento da creche em relação a atuação dos educadores, são eles:

o trabalho em grupo, ou seja, mais de uma educador para a mesma turma de

alunos. A atualização e formação contínua dos educadores são essenciais para

uma educação de qualidade, os quais irão atender as necessidades da

atualidade e da creche em si. A atuação de todos os funcionários para decidir

situações educacionais e administrativas.

Outras práticas que Bondioli e Mantovani (1998), apresentam são:

reuniões das famílias que esperam por vagas de seus filhos na creche,

diálogos com os pais ou responsáveis por cada criança antes de iniciar as

funções da creche, encontros com os pais que irão começar com seu filho na

instituição, um possível encontro individual, ou de necessidade da família ou do

educador, para resolver problemática mais séria sobre a criança, proporcionar

festas para o encontro não só dos pais, mas de outros vínculos familiares com

cada criança, passeios e atividades livres, em ambientes diferentes ao da

creche.

Ainda sobre a visão das autoras, o papel dos educadores contribuiu de

forma efetiva para caracterizar a função educativa, dês rotulando a atividade

assistencialista. Esses profissionais ocupam um lugar recente na instituição

infantil e demonstram dificuldade de representação de seu papel social.

Ainda de acordo com Bondioli e Mantovani (1998, p. 35), a função dos

educadores de creche, está relacionada também a:

Organização dos ambientes e espaços internos e externos, de forma a garantir a liberdade e o direito da criança brincar;

Orientação das relações entre as crianças, ou seja, promover relações entre todos os membros, respeitando a diversidade racial, social e cultural das crianças;

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Conduzir o processo de socialização da criança, ou seja, a aprendizagem de regras, normas e comportamentos adequados as diferentes situações;

Promoção de diálogo entre as crianças, pais e funcionários com o objetivo do educador proporcionar novas aprendizagens e conhecimentos;

Participação na manutenção do espaço físico da creche, de modo a proporcionar as crianças, um ambiente descontraído e mostrar-se empenhada pela decoração da creche;

Motivação e interesse pelo processo administrativo da instituição.

Para Zabalza (1998), o professor da educação infantil dispõe de

conhecimentos da pedagogia e da psicologia para planejar atividades de

acordo com as necessidades de desenvolvimento de cada faixa etária. Além do

acesso a cursos, treinamentos, oficinas pedagógicas e outras situações que

propiciam a formação continuada dos professores. Estes podem contar com

reuniões de apoio pedagógico ou psicopedagógico coordenados por

profissionais da instituição. Sabe-se que os professores possuem perfis

próprios, os quais são influenciados pela identidade de cada profissional. Isto

significa que as características pessoais marcam fortemente a prática docente,

e que portanto, o professor deverá estar atento aos aspectos de sua identidade

que influenciam a qualidade do seu trabalho. Mas tem que saber impor limites

e quebrar a formalidade e, utilizar sua originalidade como pessoa.

Ainda Zabalza (1998), defende que a atuação do educador depende de

sua qualidade de vida, principalmente para trabalhar em creches e pré-escolas.

As crianças pequenas exigem mais dos professores, e estes, por sua vez,

podem chegar a um desgaste emocional que afeta a relação com as crianças.

Então é preciso que o profissional tenha sempre um controle emocional e a

autoconfiança para lidar com conflitos e situações imprevistas.

3.1. A utilização de jogos e brincadeiras como recurso pedagógico

Para Lopes (2001), a criança desenvolve suas potencialidades de forma

precoce e de acordo com os estímulos que recebem. Até os sete anos de

idade, a criança desenvolve diferentes áreas do cérebro que as capacitam a

assimilar as informações do meio e a trabalhar com elas de diferentes formas.

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Figura 6: Brincando de montar

Fonte: http://kitsegifts.blogspot.com.br

As crianças de hoje são mais espertas e inteligentes, diz Lopes (2001),

do que as crianças de algumas décadas atrás.

Um dos motivos que leva a criança a se desenvolver de forma mais

rápida é o fato de os pais, geralmente, trabalharem fora de casa, e procurarem

assim, uma educação pré-escolar em creches, afirma Lopes (2001). É com

essas crianças que os educadores irão lidar e precisam estar preparados para

atender suas necessidades e proporcionar uma educação de qualidade. O

desenvolvimento infantil precisa acontecer de forma equilibrada em todas as

áreas, para que a criança possa relacionar-se bem com os outros indivíduos e

construir a sua própria identidade.

Para Lopes (2001), o desenvolvimento completo é aquele que engloba

três dimensões: o afetivo, o cognitivo e o corporal. A criança é um ser que

expressa seus sentimentos e vontades de forma muito espontânea.

Lopes (2001), afirma que a aprendizagem acontece de forma mais

eficiente e fácil através do jogo, e também através na confecção de jogos e

brinquedos. O jogo promove a interação, estimula a atenção, a competição e

cooperação entre as crianças, ou seja, faz com que cada indivíduo seja um ser

ativo no processo de ensino-aprendizagem ou na construção do seu

conhecimento. A mesma autora descreve os objetivos pedagógicos dos jogos e

como trabalhar com eles, conforme descrito abaixo:

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a) Trabalhar a ansiedade

A ansiedade pode atrapalhar tanto a criança como o educador. Para a

primeira pode prejudicar suas relações interpessoais, pode afetar a

concentração, pode causar o descontrole emocional e inquietação motora. Já

para o educador, ao deparar-se com uma criança ansiosa, pode também se

sentir ancioso, pois um mesmo estado emocional tende a contagiar pessoas

próximas, o que pode prejudicar as propostas de atividades do educador.

(LOPES, 2001)

Algumas das atividades que Lopes (2001), indica é a construção de

brinquedo com peças pequenas. A pintura usando materiais diversos. O

contato com diferentes espaços para que as crianças possam fazer uso da

concentração e percepção. Tais atividades servem para diminuir as expressões

de ansiedade da criança.

b) Rever os limites

A criança que foi educada sem regras afeta o andamento das

atividades escolares, pois elas chegam sem limites, e em sala de aula não

acompanham as atividades propostas pela professora, diz Lopes (2001).

Alguns dos jogos que a autora indica nessas situações, são os de regras e os

competitivos. Nesse tipo de jogo, a criança é levada a seguir determinadas

formas de comportamentos, e assim irá aprender o sentido do respeito às

regras do jogo e para com os colegas. (LOPES, 2001)

Ainda Lopes (2001), afirma que a criança espelha-se no adulto para

adquirir as regras. É o educador ou os pais que possuem o papel de

demonstrar o que é certo ou errado, o que é bom ou ruim, etc. Devem fazer

isso com atitudes seguras, pois a criança não conhece seus limites, então

esperam uma autoconfiança por parte dos adultos.

c) Demonstrar a capacidade de realizações

Neste ponto, a escola deve proporcionar a criança oportunidades de

demonstrar suas potencialidades, seja na construção de um brinquedo, ou na

atuação da criança em jogos. O educador deve colocar a criança em contato

com as experiências de errar, acertar, construir, desconstruir. Assim, a criança

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terá a percepção de que é capaz de realizar algo de forma independente para

si e para outras pessoas que fazem parte do seu convívio. (LOPES, 2001)

d) Desenvolver a autonomia

Para Lopes, (2001, p 41): “o desenvolvimento da autonomia na criança é

um aspecto fundamental para a maturidade emocional e o equilíbrio entre o

psíquico e o mental.”

O papel do jogo é estimular a criança a escolher opções, ou seja, no

jogo irá aprender a raciocinar e a planejar as situações antes das brincadeiras

ou irá sentir-se responsável pelas suas escolhas quando atuar sozinha.

e) Desenvolver a organização espacial

A criança pequena, segundo Lopes (2001), está iniciando o

desenvolvimento da noção espacial. Por isso, ela não possui noção de

posicionamento físico dos objetos no espaço em que atua, por isso acaba

muitas vezes esbarrando nos objetos e mobiliários. É através das brincadeiras

que exigem das crianças as movimentações corporais e a percepção do

próprio corpo no espaço, que essas vão adquirir a noção da forma, como o

espaço se organiza e de como ela atua sobre ele.

f) Atenção e concentração

Para Lopes (2001), o principal motivo pelo qual a criança não se

mostra atenciosa ou concentrada, é a falta de interesse pela atividade

proposta. Por isso o educador em como papel trabalhar com atividades que

despertem a curiosidade, o interesse e o empenho da criança na realização

das mesmas.

g) Discriminação auditiva

A capacidade de discriminar os sons é muito importante para a

alfabetização. Essa habilidade é indispensável à aquisição da consciência

fonológica, que também pode ser desenvolvida por meio do brincar de ouvir

músicas, cantigas, versos, histórias, entre outras.

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h) Criatividade

As brincadeiras, de acordo com Lopes (2001), precisam ser

intermediadas pelo educador, mas nem todas devem ser totalmente dirigidas,

afim de que a criança sinta-se à vontade para liberar a imaginação e inventar

coisas diferentes sem medo de ser criticada. O educador irá facilitar o desejo

da criança em exibir suas manifestações artísticas.

Segundo Kuhlmann (2000), é essencial a creche inserir seus alunos em

um clima descontraído e pedagógico. É um objetivo educacional desenvolver a

intelectualidade da criança, e é através de jogos e brincadeiras que isso

acontece. Não importando que a criança tenha meses de idade, como no

berçário. É importante colocar os bebês em contato com brinquedos que

estimulem diferentes ações e sensações bem como a interação com seus

pares. Isso é possível através da exploração de brinquedos e objetos, a

apreciação de móbiles, músicas, histórias, exercícios motores, enfim por um

conjunto de atividades supervisionadas pelo profissional da área.

Para Rizzi e Haydt (1987), é através do jogo que a criança expressa

seus sentimentos e ideias de forma natural. O jogo também representa uma

forma de a criança integrar-se ao mundo, incorporando valores e adquirindo

experiências através da capacidade de reinventar o meio em que vive,

utilizando para isso, o faz de conta.

Ainda de acordo com Rizzi e Haydt (1987), o jogo atua como agente

socializador, pois as crianças menores brincam pelo prazer, sem objetivos de

ganhar ou perder. Assim, relacionam-se com os outros colegas de classe,

estimulando. Na criança pequena a prática do respeito, cooperação e

solidariedade.

Existe o jogo de exercício sensório-motor, que é caracterizado pelo

prazer de executar uma ação. É a fase em que o bebê e a criança até dois

anos, repetem sons, manipulam e mordem objetos, acompanham os

movimentos dos adultos e expressam sensações por meio de atividades

motoras. Dessa forma, elas exploram seus movimentos e conhecem os limites

do próprio corpo, tendo início a formação do eu corporal.

Na fase dos dois aos seis anos, há o predomínio do jogo simbólico,

quando a criança utiliza símbolos para expressar a realidade, e também,

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quando desempenha papéis ao brincar de casinha atuando como a mãe ou o

pai. Neste tipo de jogo, a criança utiliza a imaginação e a imitação.

Rizzi e Haydt, (1987, p.13) apontam que: “[...] É o transporte a um

mundo de faz de conta, que possibilita à criança a realização de sonhos e

fantasias, revela conflitos interiores, medos, angústias, aliviando tensões e as

frustrações”.

Figura 7: Brincando de faz de conta

Fonte: http://www.gxp.com.br

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CAPITULO III

A PESQUISA

3 METODOLOGIA

Buscou-se através desta metodologia, observar as características, ponto

de vista comportamental e pedagógico, envolvendo a relação entre professores

da Educação infantil e alunos.

3.1 Análise e discussão de dados

Os resultados obtidos foram analisados de forma quantitativa, qualitativa

que permitiu maior inserção e interpretação dos dados coletados.

Teve o objetivo de analisar a intervenção e contribuição do brincar no

cotidiano da criança de 2 a 5 anos da Educação infantil.

Sendo assim os dados coletados seguem a seguinte ordem:

a) Análise da entrevista semi-estruturada diagnóstica para avaliar o

conhecimento prévio e imposto dos 11 professores da instituição;

b) Análise por observação da recreação obtida do ambiente escolar;

c) Análise das pautas de observação realizadas durante o recreio.

3.2 Análise das entrevistas

Foram realizadas entrevistas diagnósticas individuais sem que houvesse

qualquer intervenção.

As informações foram organizadas por meio de categorias pela

aproximação de respostas.

O roteiro para a realização da entrevista encontra-se no Apêndice A.

Quando perguntado,obteve-se como respostas dos professores os

gráficos a seguir.

Iniciou-se o questionário com a seguinte questão: Quantas vezes por

semana você leva seus alunos para brincar?

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Os resultados obtidos através da pergunta indicaram que os professores

levam seus alunos de duas a três vezes por semana explorando ao máximo o

desenvolvimento.

Figura 8 - resposta da pergunta nº 1 dos professores

1- Quantas vezes por semana você leva seus alunos para brincar?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

De acordo com as respostas do questionário a maioria dos professores

levam os alunos para brincarem duas vezes na semana. Sendo que a outra

parte leva os alunos três vezes para brincar. Destaca-se o brincar como um

valor fundamental para o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança.

Na seguinte questão foram perguntados aos professores: Quais são os

brinquedos e brincadeiras que eles mais gostam?

A maioria dos professores responderam: brincadeiras livres, boneca,

carrinho e parque, mas uma boa parte incluiu amarelinha, estátua, pega-pega,

esconde-esconde, vai e vem, bola, corda, telefone sem fio, peças de encaixe.

Entende-se então que as crianças brincam bastante de maneira diversificada,

trabalhando desenvolvimentos como imaginação, sociabilidade, memorização,

coordenação e vários aspectos tanto físicos como mental resgatando, uma

autonomia, autoestima, sociabilidade e principalmente a infância propriamente

dita com brincadeiras de valor sentimental sem tecnologias que levam ao

sedentarismo, individualidade perdendo totalmente a sociabilidade e interesse

em se agrupar e criar.

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Figura 9 - resposta da pergunta nº 2 dos professores

2- Quais são os brinquedos e brincadeiras que eles mais gostam?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

Os brinquedos são objetos que as crianças se distraem e modificam,

trazendo a eles outro sentido. Elas conseguem dar vida aos brinquedos e

outras personalidade. E as brincadeiras são onde elas imaginam um novo

mundo ao seu redor dando um novo aspecto no seu modo de pensar.

Analisando todas as respostas do questionário respondido pelos

professores, percebe-se que as crianças gostam mais de brincadeiras livres,

bonecas, carrinhos e parque. Com isso se entende que o brincar na Educação

Infantil possui uma importância muito grande, pois a criança a prende a se

socializar e a dividir.

Na próxima pergunta, Em sua opinião o que desenvolve os brinquedos

livres nas crianças? Obteve-se a resposta, desenvolve a coordenação motora,

raciocínio, criatividade e imaginação. Entende-se que os brinquedos livres são

fontes para o desenvolvimento a coordenação, imaginação e criatividade

fazendo com que a criança determine sua própria ação e regras aproximando

de uma inter-relação positiva aos colegas se tornando líder ao transmitir sua

lógica e também subordinado de algum líder que não seja os convencionais os

professores, assim estabelecem uma grande ligação entre o saber ser e

executar, passando por momentos de decisões e concordâncias.

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Figura 10 – resposta da pergunta nº 3 dos professores

3- Em sua opinião o que desenvolve os brinquedos livres nas crianças?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

Através das respostas do questionário respondido pelos dos

professores, os brinquedos livres desenvolvem a coordenação motora,

raciocínio, criatividade e imaginação. O brincar abrange várias áreas do corpo

ajudando a criança em um desenvolvimento amplo e completo. Com isso

destacam-se os brinquedos livres como um conteúdo de para a criatividade das

crianças.

Na pergunta É importante que a criança participe das brincadeiras? Por

quê? Teve-se a resposta, sim para o desenvolvimento da aprendizagem de

regras e respeito, compreende-se que as crianças precisam participar das

brincadeiras para melhorar suas aprendizagens de regras e respeito.

Figura 11- resposta da pergunta nº 4 dos professores

4- É importante que a criança participe das brincadeiras? Por quê?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

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Destaca-se, que é muito importante que a criança participe das

brincadeiras, pois desenvolvem a aprendizagem de regras e respeito de acordo

as com as respostas do questionário respondido pelos professores. O brincar

ajuda com grande frequência na área de respeito e compreensão de regras,

por isso deve-se ser sempre incentivado que as crianças participem das

brincadeiras.

Em uma das perguntas feita aos professores Qual a contribuição da

brincadeira para a criança? E a resposta, Para o raciocínio, imaginação e

criatividade, entende-se que a criança precisa da brincadeira para pensar, criar

e se divertir.

Figura 12 – resposta da pergunta nº 5 dos professores

5- Qual a contribuição da brincadeira para a criança?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

Através das respostas do questionário respondido pelos professores, a

brincadeira tem uma grande contribuição na vida da criança, pois desenvolve o

raciocínio, imaginação e criatividade. O brincar deve ser sempre trabalhado na

Educação Infantil, pois ajuda no desenvolvimento da criança em todas as

áreas.

Na próxima pergunta feita aos professores brincando a criança trabalha

a imaginação? Como? Obteve-se a resposta; sim, pode representar o mundo a

sua volta, entendendo que através do ato brincar a criança modifica todo o

mundo a sua volta.

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Figura 13 – resposta da pergunta nº 6 dos professores

6- Brincando a criança trabalha a imaginação? Como?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

De acordo com as respostas do questionário respondidas pelos

professores compreende que a brincadeira trabalha muito com a imaginação,

pois a criança pode representar o mundo a sua volta. Através do brincar os

alunos criam um novo sentido à vida, modificando as estruturas, criando novos

personagens e dando vida a coisas inexistentes.

Na pergunta, Para um professor trabalhar brincadeiras que

conhecimento ele deve ter? Foi apresentada a seguinte resposta: Pedagógicos

conhecendo a importância de se trabalhar com o lúdico e conhecer as fases do

desenvolvimento infantil; conhecer o referencial curricular e conhecer as

atividades desenvolvidas na área externa as sala de aula. Compreende-se

então que os professores devem-se ter conhecimentos pedagógicos para

conseguir trabalhar o lúdico de maneira a desenvolver atividades de qualidade

com resgate de objetivos, tornando o momento de brincar prazeroso, mas com

ensino e desenvolvimento em várias habilidades e assim em obter êxito no seu

trabalho.

Pois o educador tem um papel mediador diante de tudo que possa

acontecer dentro da sala de aula.

Figura 14 – resposta da pergunta nº 7 dos professores

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7- Para um professor trabalhar brincadeiras que conhecimento ele deve

ter?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

Através das respostas do questionário respondido pelos professores,

entende-se que para um professor trabalhar conteúdos sobre brincadeiras ele

deve ter um conhecimento pedagógico conhecendo a importância de se

trabalhar com o lúdico e conhecer as fases do desenvolvimento da criança. Os

professores devem estar aptos a trabalhar o brincar com seus alunos, pois

brincando a criança se diverte e aprende cada vez mais de maneira prazerosa

e dinâmica.

Entendendo a pergunta, É difícil trabalhar o lúdico? Quais as

dificuldades? E analisando as respostas dos professores como por exemplo;

Não pois os professoras são preparadas durante sua formação para praticar

essas atividades, compreende-se que os professores são capacitados para

trabalhar o lúdico com as crianças de forma eficaz e de qualidade.

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Figura 15 – resposta da pergunta nº 8 dos professores

8- É difícil trabalhar o lúdico? Quais as dificuldades?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

Analisando as respostas do questionário feitas pelos professores o

lúdico não é difícil ser trabalhado, pois os professores são preparados durante

sua formação para praticar essas atividades. E com isso compreende-se que

os professores deve sim trabalhar o lúdico sempre, para a melhoria do

desenvolvimento social, linguagens e cognição das crianças.

A pergunta Os pais colaboram sob a função do trabalho do lúdico com

seus filhos? Teve-se as seguintes respostas pelos professores, Não pois

acham que o brincar é só uma maneira de passar o tempo e que na escola a

função é de aprender a ler e escrever; Sim, pois os professores devem orienta-

los sobre a importância do lúdico para o desenvolvimento do seu filho; Não,

pois os pais não tem tempo para seus filhos; Alguns sim, outros não pois nem

todos os pais participam da vida de seus filhos. Com isso entende-se que os

pais devem participar desta fase de desenvolvimento dos seus filhos, pois o

brincar faz parte da estruturação do seu corpo e desenvolve várias linguagens

e habilidades, mas que somente alguns compreendem essa importância fora

da escola e cooperam para o auxilio do professor, tornando então a hora do

brincar em um momento só de prazer para distração, sem nenhum objetivo ou

qualidade dificultando o raciocínio lógico da criança e estabelecimento de

regras.

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Figura 16 – resposta da pergunta nº 9 dos professores

9- Os pais colaboram sob a função do trabalho com o lúdico com seus filhos?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

Na pergunta feita aos professores; O que a brincadeira ira influenciar no

crescimento da criança? Obteve-se a seguinte resposta, aprendizagem de

regras, comunicação, afetivo, social. Complementando a brincadeira como alvo

da socialização, e compreensão de regras para as crianças.

Figura 17 – resposta da pergunta nº 10 dos professores

10- O que a brincadeira irá influenciar no crescimento da criança ?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

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De acordo com as respostas obtidas pelos professores ao responderem

o questionário, destaca-se que a brincadeira ira influencia no crescimento da

criança, ajudando na aprendizagem de regras, comunicação, afetivo e social.

Com isso o brincar deve fazer sempre parte do ambiente escolar na educação

Infantil.

A pergunta, brincar deve fazer parte do currículo da Educação Infantil?

Por quê? Teve-se a seguinte resposta pelos professores, Sim desenvolve a

coordenação motora, estimulando o desenvolvimento infantil, seu pensamento,

construindo aprendizagem, facilita a vivencia. Com isso destaca-se o brincar de

muita importância no currículo da Educação Infantil para a melhoria da vivencia

da criança.

Figura 18 – resposta da pergunta nº11 dos professores

11- O brincar deve fazer parte do currículo da Educação Infantil? Por quê?

Fonte: elaborada pelas pesquisadoras, 2013

Através das respostas obtidas pelo questionário respondido pelos

professores, entende-se que o brincar deve fazer parte do currículo da

Educação Infantil, pois desenvolve a coordenação motora, estimulando o

desenvolvimento infantil, os pensamentos, constrói aprendizagens, e facilita a

vivencia. A brincadeira favorece de maior valor no cotidiano da criança e nas

suas vivencias, tanto com a família quanto na escola.

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Iniciou-se a pesquisa com onze encontros que foram divididos em

Socialização, Imaginação, Desenvolvimento de linguagens, Criatividade,

Respeitar regras, Saber dividir, Habilidades cognitivas e afetivas, Inteligência,

Noção espacial, Exploração do ambiente e Habilidades motoras.

Verificou-se que a escola interage bem com as brincadeiras, tornando os

momentos mais prazerosos fazendo com que o aluno leve o seu brinquedo

para também ver a capacidade de emprestar e interação, os alunos se sentem

a vontade de brincar e sabem que quando há uma brincadeira de regra tem

que respeita-la, pois sem ela não há jogo, quando jogam tem que respeitar o

próximo tornando o jogo prazeroso e agradável em ambas as partes.

Assim também, já levam consigo a regra de que brincou guardou, sujou

limpou, para que haja uma organização e interação motivadora para a

conservação do jogo, pois existem jogos que se perder peças não dá para

brincar, então existe uma consciência de conservação.

Figura 19 - Socialização

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 1º encontro foram realizadas as observações das crianças de 5 anos

enquanto brincavam e se socializam ao mesmo tempo.

A professora solicitou que levassem brinquedos diversos de casa, para

brincar no pátio, e com isso a socialização entrou em prática.

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Durante essa observação, nota-se que as crianças trocaram brinquedos

o tempo todo, e pediam pra brincar com o objeto do colega.

Nem todos levaram brinquedos neste dia, mais brincaram entre si, e isso

foi muito interessante, pois eles mesmos, sem intervenção se dispuseram a

trocar, separaram os brinquedos para aqueles que não levaram e puderam

brincar socialmente sem brigas, é claro que sempre há uma discussão por

querer algum brinquedo do outro quando está em uso, mas muitos deles

souberam resolver sozinhos a dificuldade e muitas vezes emprestavam da mão

para não brigar com o outro. Através da brincadeira a própria criança cria um

ambiente agradável e percebe-se o quanto é prazeroso ter alguém com quem

trocar ideias e brinquedos, pois brincar sozinho é bom, mas acompanhado é

muito melhor, teve horas que brincaram sem os brinquedos, em grupos, mas

de brincadeiras manuais e quando perguntamos responderam que era mais

legal, ou seja, a brincadeira com peças ou objetos enjoa então resolveram

estabelecer regras sozinhos, dispondo de pedras, galhos, folhas... e usaram a

própria imaginação tornando uma coisa simples muito agradável e chamativa

pois algumas das outras crianças deixaram o brinquedo para assumir a outra

brincadeira, e assim todos brincaram de maneira civilizada e de seu modo sem

que houvesse alguma intervenção ou repressão.

Figura 20 - Imaginação

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

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No 2º encontro foram analisadas nas crianças como elas imaginam as

coisas.

Através de pecinhas de montar elas imaginavam o mundo de uma forma

diferente.

E com isso a criatividade surgia, cada um imagina algo de forma

diferente e com os encaixes iam montando diversas imagens, imaginando e

dando forma as coisas já existentes, dando certa vida a coisas inexistentes.

Criaram muitos personagens que ao ver dos adultos eram apenas

pecinhas coloridas uma dentro das outras, mais que para a criança, possuía

um valor inestimável, pois eles davam vidas as suas criações, acreditando em

algo produzido e assim podendo exibi-lo como a melhor das criações e

apreciado pelos colegas.

Figura 21 – Desenvolvimento de linguagens

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 3º encontro foi coletado os dados sobre a comunicação entre as

crianças de 2 ,3,4 e 5 anos através do brincar.

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Elas dividiram suas ideias, e o mais interessante nesse dia foi o espaço

utilizado para que pudessem brincar.

A professora solicitou varias vezes que se separassem um pouco

dessem certo espaço, mas, as crianças preferem continuar juntinhas, ficaram

tão próximas que pra elas estavam tudo ótimo.

A comunicação fluiu de forma prazerosa, pois se comunicaram muito

entre si, uns davam ordens dizendo que eram professores e faziam o que

queriam com os outros, e outros sem concordar apenas faziam o que era

conveniente ou que era proposto.

No entanto, as brincadeiras se modificaram várias vezes por eles, pois

cada minuto um dizia algo que complementava a brincadeira ou estragasse de

vez, e como no mundo da diversão não tem limite, se divertiram muito.

Figura 22 – Criatividade

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

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No 4º encontro, foi observado a criatividade que a brincadeira e jogos

proporcionam as crianças.

Brincando a criança toma posse de uma criatividade imensa, ela vê

coisas que os adultos não veem por estarem sempre corridos. Elas criam um

novo mundo, uma nova postura, novos caminhos que dão o mesmo sentido de

objetos que já existem.

Através da criatividade as crianças dão uma solução para muitos

problemas, deixando certas coisas bem mais fáceis e com um uma estrutura

ampla, eficiente e solucionável.

Figura 23 – Respeitar regras

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 5º encontro foram coletados e analisados os dados de como a

brincadeira é influente nas regras.

Através da brincadeira do Patinho Feio, as crianças aprenderam a

respeitar regras, ou seja, elas tiveram que ser pacientes e aguardar sua vez de

serem chamados para correr.

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Com isso observou-se o respeito e postura das crianças em fazer

silêncio, o mais interessante foi observar a intensidade com que prestaram

atenção em cada gesto feito pelos colegas.

Nesta brincadeira observou-se que não há diferenças de cor, tamanho,

ou formato da pessoa, todos são iguais e brincaram de maneira civilizada, não

tachando ninguém pela sua diferença.

Uma observação muito relevante foi a alegria em querer participar logo,

pedindo o tempo todo para serem os próximos, e os colegas em dúvida em

qual amiguinho escolher, ter prazer em brincar é maravilhoso.

Figura 24 – Saber dividir

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 6º encontro, foi observado à interação das crianças através de

brinquedos e brincadeiras, e com isso eles aprendem a dividir os brinquedos,

levando todo esse procedimento para a vida adulta.

Através do brincar a criança começa a interagir com o próximo, dando

sentido a brinquedos, imaginando situações diversas, elas se socializam, e

percebem que não tem como estarem o tempo todo sozinhas, e que um colega

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é sempre bom para ter mais ideias legais, e dividindo é a melhor forma para

brincar.

O brincar é de extrema importância para a interação entre as crianças

e o ato de dividir é consequência, mas este ato não deve ser ensinado somente

nas escolas, à interação dos familiares conta muito, ensinar seus filhos a

importância do ato de compartilhar, dividir brinquedos, espaço do quarto,

livrinhos e itens de uso escolar é uma missão muito importante no universo da

educação infantil. Além de ser extremamente útil na formação das crianças, o

ensinamento interfere no tipo de adulto que ele vai ser.

É função dos pais orientar e praticar sempre a divisão para a obtenção

do comando.

Figura 25 – Habilidades cognitivas e afetivas

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 7º encontro foi observado o quando o brincar de roda faz com o que

as crianças se sentem felizes, pois elas cantam, pulam, se soltam e interagem.

Através da brincadeira de roda analisamos que as crianças entram em

uma área de afetividade e cognição, pois elas brincam de maneira prazerosa,

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se sentem livres, cantam o tempo todo, contam durante as canções e decoram

as músicas, mas se alguém erra, elas corrigem e se argumentam.

Também foi focalizado que o brincar afetivo, estimula a habilidade

motora, pois se sentidos livres as crianças se soltam o tempo todo, trabalham a

força e os movimentos com canções de carinho se abraçando, de ter que

entrar e sair da roda...

O estímulo do afeto vem do berço com exemplos dos pais e família

pois uma criança áspera será uma criança excluída de grupos ou parcerias

possíveis se tornando sozinha e infeliz, fora da sociedade, pois ninguém é feliz

sozinho, o mundo é feito de pessoas e juntos tudo anda para a cooperação.

Figura 26 – Inteligência

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 8º encontro, neste dia foi analisado que o brincar de massinha

estimula a inteligência.

Através da brincadeira de massinha as crianças observaram nelas

mesmas a capacidade de inventar e descobrir novas formas, cores,

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combinações, possibilidades, diferentes texturas e movimentos diversos

objetos diferentes, desde animais, pessoas e até mesmo comidas como foram

coletados nesse dia.

O brincar ajuda a própria crianças a se descobrir, ou seja, mostra a ela

mesma suas criatividades, e assim uma vai mostrando ao outro sua sabedoria

ajudando entre si.

Observou-se que a modelagem também possibilita o desenvolvimento

da coordenação motora fina e da observação. A criança ao brincar geralmente

se comunica, pergunta, imagina, formulam hipóteses, testa suas ideias, busca

aperfeiçoar suas criações se tornando verdadeiros artistas.

Figura 27 - Noção espacial

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 9º encontro, neste dia observamos o brincar das crianças no parque.

A brincadeira na gangorra possui uma extrema importância, para que a

criança aprenda a ter uma noção espacial, onde ela perceberá que não se

deve por o pé embaixo que machuca, se soltar a mão iria cair, aprendem a se

movimentar, impulsionar para a outra criança levante.

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E o mais interessante é que a própria criança percebe a altura que ela

consegue subir, o impulso poderá ser forte, ou fraco e a própria criança através

desse brincar descobrirá sozinha, apenas brincando.

As noções de espaço são desenvolvidas pela criança a partir da

experimentação, tendo como referência o próprio corpo.

Sendo assim, cada criança tem seu ritmo, o ideal é estimulá-las, desde

cedo, para que possam incluir situações diferenciadas do dia a dia que

favoreçam essa compreensão.

Trabalhar através de jogos e atividades lúdicas sempre é a opção mais

eficaz e divertida.

Figura 28 - Exploração do ambiente

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 10º encontro, abordou-se o tema sobre exploração do ambiente, onde

focalizamos os gestos e movimentos das crianças e suas perspectivas de

exploração do ambiente.

As crianças através do brincar modificam o local onde se brinca

inventando cada vez mais para o melhor desfrute da brincadeira.

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60

Nessa brincadeira, a maioria das crianças prefere correr envolta rodando

os colegas do que ficarem sentados observando.

Interessante foi a forma que as crianças modificam, exploram o ambiente

para dar mais vida as suas brincadeiras.

Esta exploração pode ser feita desde sempre nas escolas com o

professor explorando o ambiente escolar e sua volta, produzindo hortas,

reciclando materiais, observando algo...

Este exercício será de grande apreciação pelas crianças, onde não se

presta atenção há um paraíso encantado a espera deles.

Figura 29 - Habilidades motoras

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2013

No 11º encontro, neste dia foi analisado as habilidades motoras que as

crianças desenvolvem através do brincar.

No parque as crianças se divertem muito no escorregador, e no balanço

onde as suas habilidades são desenvolvidas de forma relevantes e gradativas,

trabalhando toda a coordenação motora grossa e fina ao se deslocar e

permanecer nesta brincadeira.

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61

CONCLUSÃO

Resume-se através deste trabalho que o brincar é uma mídia privilegiada

para a aplicação de uma educação que visa o desenvolvimento pessoal à

cooperação e o cognitivo. Brincar e jogar são coisas simples na vida das

crianças. O jogo, o brincar e o brinquedo desempenham um papel fundamental

na aprendizagem, e negar o seu papel na escola é talvez renegar a nossa

própria história de aprendizagem. O brincar, porém existe na vida dos

indivíduos.

É importante salientar nesse momento os benefícios que a brincadeira e

o jogo fornecem à aprendizagem das crianças no que diz respeito ao

desenvolvimento físico–motor envolvendo as características de sociabilidade,

como trocas, as atitudes, reações, emoções, imaginação e a interação que

envolve as crianças e os objetivos utilizados incluindo as regras que elas

aprendem a respeitar.

O jogo e as brincadeiras implicam para a criança mais que o simples ato

de jogar, é através das brincadeiras que as crianças se expressam e

consequentemente se comunicam com o mundo; ao brincar e jogar a criança

aprende e investiga o mundo que a cerca, ela imagina, interage e coloca sua

inteligência para funcionar durante a pratica com as brincadeiras.

O papel do professor durante o processo didático-pedagógico é provocar

participação coletiva e desafiar o aluno a buscar soluções. E através do brincar

que se pode despertar na criança um espírito de companheirismo, cooperação,

autonomia e perseverança, é nesse período onde deve ajudar a criança sobre

a compreensão do cognitivo e do socialismo.

Para que haja mais desenvolvimento a criança precisa interagir de forma

coletiva, ou seja, precisa apresentar seu ponto de vista, discordar, apresentar

suas soluções deixar que a criança exponha suas ideias e suas emoções, isso

pode ser feito através das brincadeiras. O incentivo vem de grande expectativa,

ajuda ao máximo no desenvolvimento da mente da criança.

Os jogos, segundo Piaget (1994), tornam-se mais significativos à medida

que a criança se desenvolve, pois, a partir da livre manipulação de materiais

variados, ela passa a reconstruir objetos e reinventar as coisas, o que exige

uma adaptação mais completa. Essa adaptação deve ser realizada ao longo da

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infância e consiste numa síntese progressiva da assimilação com a

acomodação. As crianças devem ter o seu próprio espaço, os seus

pensamentos precisam ser respeitados, pois a imaginação flui de forma

continua.

Em relação ao jogo, a criança passa por diversas etapas, sendo que

cada uma delas possui esquemas específicos para assimilação do meio.

As brincadeiras e os jogos representam sempre uma situação-problema

a ser resolvida pela criança, e a solução deve ser construída pela mesma,

sendo, portanto, uma boa proposta o jogo na sala de aula, pois propicia a

relação entre parceiros e grupos, e nestas relações, podemos observar a

diversidade de comportamento das crianças para construir estratégias para a

vitória, e as relações diante das derrotas.

Diante da pesquisa e do embasamento teórico utilizado, pode-se concluir

que o brincar é uma ferramenta de trabalho muito proveitosa para o educador,

pois através dele o professor pode introduzir os conteúdos de forma

diferenciada e bastante ativa.

Com uma forma de transformar as aulas em brincadeiras o professor

poderá proporcionar apreensão de conteúdos de maneira agradável e o aluno

nem perceberá que está aprendendo, pois ira se sentir livre para se expor,

estará de divertindo e aprendendo ao mesmo tempo.

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63

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Entrevista diagnostica com os professores

1) Quantas vezes por semana você leva seus alunos para brincar?

2) Quais são os brinquedos e brincadeiras que eles mais gostam?

3) Em sua opinião o que desenvolve os brinquedos livres nas crianças?

4) É importante que a criança participe das brincadeiras? Por quê?

5) Qual a contribuição da brincadeira para a criança?

6) Brincando a criança trabalha a imaginação? Como?

7) Para um professor trabalhar brincadeiras que conhecimento ele deve ter?

8) É difícil trabalhar o lúdico? Quais as dificuldades?

9) Os pais colaboram sob a função do trabalho com o lúdico com seus filhos?

10) O que a brincadeira ira influenciar no crescimento da criança ?

11) O brincar deve fazer parte do currículo da Educação Infantil? Por quê?

12) Quais são as áreas do desenvolvimento que as brincadeiras atuam?

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APÊNDICE B

Pauta de observação

A. Socialização B. Imaginação C. Desenvolvimento de linguagens D. Criatividade E. Respeitar regras F. Saber dividir G. Habilidades cognitivas e afetivas H. Inteligência I. Noção espacial J. Exploração do ambiente K. Habilidades motoras

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70

APÊNDICE C – Tabela da análise das pautas de observação

1) Quantas vezes por semana você leva seus alunos para brincar?

Quantidade %

2 Vezes 76

3 Vezes 27

2) Quais são os brinquedos e brincadeiras que eles mais gostam?

Quantidade %

Brincadeira

livre e boneca,

carrinho,

parque

7 64

Amarelinha,

estátua, pega-

pega, esconde-

esconde, vai e

vem, bola e

corda

1 9

Telefone sem

fio, peças de

encaixe

1 9

Brincadeiras

com bolas

2 18

3) Em sua opinião o que desenvolve os brinquedos livres nas crianças?

Quantidade %

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71

Desenvolve a

coordenação

motora,

raciocínio,

criatividade e

imaginação

8 76

Desenvolve a

socialização,

imaginação e a

tomar decisões

3 27

4) É importante que a criança participe das brincadeiras? Por quê?

Quantidade %

Sim pois

aprende a se

relacionar

2 18

Sim desenvolve

o social,

cognitivo e

afetivo

2 18

Sim para o

desenvolvimento

da aprendizagem

de regras e

respeito

6 55

Só se a criança

quiser para

aprender

1 9

5) Qual a contribuição da brincadeira para a criança?

Quantidade %

Desenvolve a

coordenação

motora e

intelectual

2 18

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72

Para o

desenvolvimento

motor e

equilíbrio

2 18

Para o raciocínio,

imaginação e

criatividade

7 64

6) Brincando a criança trabalha a imaginação? Como?

Quantidade %

Sim

desenvolve

o pensar

2 ‘

Sim por

meio do faz

de conta

2

Sim, pode

representar

o mundo a

sua volta

6

Sim por

meio das

convivências

com os

colegas

1

7) Para um professor trabalhar brincadeiras que conhecimento ele

deve ter?

Quantidade %

Pedagógicos,

conhecendo a

importância de

se trabalhar com

o lúdico e

conhecer as

8 73

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73

fases do

desenvolvimento

infantil

Educação Fisica 1 9

Conhecer o

Referencial

Curricular para

a Educação

iInfantil

1 9

O básico e

gostar das

atividades

feitas fora da

sala

1 9

8) É difícil trabalhar o lúdico? Quais as dificuldades?

Quantidade %

sim, os

professores não

estão

preparados para

este tipo de

atividade

trabalham com o

lúdico, mas não

conhecem a

importância

1 9

Não pois os

professoras são

preparados

durante sua

formação para

praticar essas

atividades

8 73

Não, pois o

professor

pode se

2 18

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74

envolver de

forma

produtiva é

só estudar

9) Os pais colaboram sob a função do trabalho com o lúdico com seus

filhos?

Quantidade %

Não, acham

que é passar o

tempo e que a

criança deve ir

a escola para

aprender ler e a

escrever

2 18

Sim, pois o

professor deve

orienta-lo sobre

a importância do

lúdico para o

desenvolvimento

do seu filho

2 18

Não, pois os

pais não tem

tempo para os

filhos

1 9

Alguns sim

outros não, pois

a pais que

participam da

vida dos filho e

outros não

6 55

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75

10) O que a brincadeira ira influenciar no crescimento da criança?

Quantidade %

Crescimento

exploratório

1 9

Crescimento

criativo

3 27

Aprendizagem

de regras,

comunicação,

afetivo, social

7 64

11) Brincar deve fazer parte do currículo da Educação Infantil? Por

quê?

Quantidade %

Sim, desenvolve

a parte social a

ser solidário

com o outro

1 9

Sim desenvolve

a coordenação

motora,

estimulando o

desenvolvimento

infantil, seu

pensamento,

construindo

aprendizagens,

facilita a

vivência

10 91

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ANEXOS

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ANEXO A- Solicitação de autorização para pesquisa

Solicitamos a autorização para a pesquisa: “O BRINCAR DAS CRIANÇAS DE

2 A 5 ANOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL:” Realizada pelas alunas regular deste

curso de Pedagogia: Cinthia Bianca de Almeida, RG. 48.854.420-8 e Larissa

Carmel de Carvalho Camassutti RG. 40.046.147-X, cujo objetivo estritamente

acadêmico, em linhas gerais é analisar se por meio da intervenção do

professor o brincar contribui para o desenvolvimento de habilidades, das

crianças da educação infantil.

A participação e os resultados, nesse estudo serão sigilosos. Os resultados da

pesquisa poderão ser objetos de futuras publicações cientificas, mas em

hipótese alguma o nome dos participantes será divulgado.

Pongaí,_____ de outubro de 2013.

ASSINATURA: ___________________________________

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ANEXO B – Termo de consentimento livre e esclarecido

Título da Pesquisa: “O BRINCAR DAS CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS DA

EDUCAÇÃO INFANTIL”

Seu(ua) filho(a) foi convidado(a) a participar de uma pesquisa cujo objetivo

estritamente acadêmico, em linhas gerais é analisar se por meio da intervenção

do professor o brincar contribui para o desenvolvimento de habilidades, das

crianças da educação infantil.

A participação e os resultados, nesse estudo serão sigilosos. Os resultados da

pesquisa poderão ser objetos de futuras publicações cientificas, mas em

hipótese alguma o nome dos participantes será divulgado.

Eu,_________________________________________RG_________________

Concordo voluntariamente que o mesmo participe do referido estudo.

Pongaí,__/__/__

ASSINATURA:____________________________________________

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ANEXO C – Autorização

Eu,_______________________, diretora da Escola Municipal de Educação

Infantil_____________________, CNPJ nº_______________, autorizo a

divulgação total ou parcial, pela internet ou por outros meios, os dados da

pesquisa de campo realizada nesta Unidade Escolar no ano de 2013, contidos

no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das alunas Cinthia Bianca de

Almeida e Larissa Carmel de Carvalho Camassutti do centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, do curso de Pedagogia, desde

que a identidade da escola e do participante seja preservada no decorrer do

trabalho, conforme orientação recebida pela Secretaria Municipal de Educação

do Município de Pongaí-SP.

Pongaí, 01 de Outubro de 2013.

_________________________

Diretora de Escola

RG:________________

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