O coelho que não queria estudar

NARADOR 1: Na floresta, todos os coelhinhos iam à escola. Só um ficava em casa, o coelhinho Juquinha.JUQUINHA- Aprender a ler? Para que? Eu não preciso disso, posso muito bem encontrar cenouras sem saber ler. Eu vou é me divertir.Narrador 2: Todos os coelhinhos tinham ido à escola, Juquinha resolveu distrair-se e pensou:JUQUINHA- Vou à casa do tio Coelho ouvir histórias.Narrador 3: Juquinha chegou à casa do tia Coelha, bateu... Chamou... Chamou, ninguém respondeu. Tio Coelho tinha deixado um aviso na porta, mas Juquinha não sabia ler e pensou:JUQUINHA: - Com certeza tio Coelho foi fazer alguma visita. Vou embora.NARRADOR 1: Aborrecido por não ter encontrado o tia em casa, e cansado de tanto andar, Juquinha com surpresa avista o tio.JUQUINHO: - Estou vindo de sua casa, tia Coelha. Que pena o senhor ter ido fazer visita justamente hoje.TIA COELHA: - Fazer visitas? Você não leu o aviso que coloquei na porta?NARRADOR 2: Juquinha ficou muito desapontado e não respondeu. Tio Coelho se lembrou de que ele não sabia ler e explicou:TIA COELHA: - Pois o aviso dizia: volto já, sente-se e espere um pouco.JUQUINHA: - Ah! Então é isso que os avisos dizem. Pois já sei, agora aprendi.NARRADORA 3: No dia seguinte Juquinha foi à casa do senhor João de Barro conversar um pouco. Seu João de Barro não estava. Mas, bem embaixo de sua casa, havia uma cadeira com um aviso.

JUQUINHA: - Agora, já sei ler avisos. Senhor João de Barro volta já, vou sentar e esperar um pouco. Que horror! Sujei-me todo de tinta, por que não me avisaram?NARRADOR 1: Um coelho mensageiro que passava disse: COELHO MENSAGEIRO: - Que é isto, Juquinha? Você não viu o aviso sobre a cadeira? Ah! Você não sabe ler, não é? Este papel na cadeira diz: tinta fresca.JUQUINHA: - Como eu me enganei, mas agora eu não me engano mais. Já sei tudo sobre avisos.NARRADOR 2: Juquinha foi embora. Quando ele chegou em sua casa, viu a caixa do correio aberta. Dentro dela havia um papel.

JUQUINHA: - Já sei, não devo chegar perto da caixa, ela foi pintada de novo, aquele papel diz: tinta fresca. Vou passar bem longe.NARRRADOR 3: No dia seguinte, Juquinha notou um movimento diferente. Parecia que estava acontecendo alguma coisa fora do comum. Havia muitos animaizinhos passando na rua. Eles não tinham ido à escola, carregavam doces, balas, bombons e salgados. Juquinha resolveu ir ver aonde eles iam e começou a acompanhá-los às escondidas. Os animais estavam parando no meio da floresta. Debaixo de uma árvore, colocavam os doces, salgados e bebidas.JUQUINHA: - Um piquenique! E não me convidaram!NARRADOR 1: A coelhinha sua amiga viu Juquinha chorando e lhe perguntou:AMIGA COELHA: - Por que você está chorando, Juquinha?JUQUINHA: - Eu não fui convidado para o piquenique, ninguém se lembrou de mim.AMIGA COELHA: - Lembraram sim, Juquinha. Eu vi o carteiro colocando o convite na caixa do correio de sua casa.JUQUINHA: - Então aquilo era um convite? Pensei que fosse um aviso sobre tinta fresca.

AMIGA COELHA: - Ora Juquinha, que vergonha! Você precisa aprender a ler.

JUQUINHA: - Então eu fui convidado para o piquenique, que bom! Pensei que eles tinham se esquecido de mim, eu preciso aprender a ler, preciso aprender a ler. Amanhã mesmo eu vou começar. Serei o primeiro a chegar à escola.