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I SBAI - UNESP - Rio Claro/SP - Brasil o CONTROLE EM CASCATA PARA MANIPULADORES CONSIDERANDO A DINÂMICA DOS ATUADORES E A FLEXIBILIDADE RAUL GUENTHER Mecânica - UFSC - Caixa 476 - 88.039/970 - Florianópolis - SC - RESUMO - do de para o de em manipuladores quando a dinâmica dos e a f'lexibilidade é levada em no caso onde se consideram as um novo enfoque através do qual a ordem do sistema dinâmico do manipulador é reduzida à ordem do manipulador rígido sem que as propriedades de no caso rígido sejam modif'icadas. A técni ca de control e da é apl i cada ao caso dos mani pul adores com f'lexíveis. Apresentam-se resultados de simulações que comprovam a ef'iciência da 1 - INTRODUÇÃO Nos manipuladores ora em uso os do mecanismo e dos são de forma a serem rígidos. Além disso, em uma boa deles a dinâmica dos atuadores é mais rápida do que a do mecanismo. Estas permitem utilizar, para fins de análise, uma i deal i zação dos mani pul ador es , chamada de Node L o (fi do C MR) , considerando: H1- Os efei dos deslocamentos elásticos suficientemente pequenos para serem desprezados; H2- Que as forças ou aplicados às do mecanismo pelos são os sinais de Este modelo rígido pode ser por um de equações não lineares acopladas que várias propriedades das quais cumpre Pl- Que um sinal de para cada grau de liberdade, e por isso o é totaLmente acionado; P2- Que o mapeamento entre o sinal de e a velocidade nas juntas é passi vo e Spong 1988) . duas propriedades f'ormam a base para o baseado na dinâmica inversa e para o baseado na passividade, duas cujas leis de controle usadas no MR propiciam global à malha f'echada, para o caso em que os são de ganhos f'ixos, como para o caso vo. As f'orças e apl i cados às j do mecani smo do manipulador são geradas por hidráulicos e que dinâmica própria (dinâmica dos at1.1adores). - 473-

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I SBAI - UNESP - Rio Claro/SP - Brasil

o CONTROLE EM CASCATA PARA MANIPULADORES

CONSIDERANDO A DINÂMICA DOS ATUADORES E A FLEXIBILIDADE

RAUL GUENTHER

Depar~.Engenharia Mecânica - UFSC -Caixa Pos~al 476 - 88.039/970 - Florianópolis - SC -

RESUMO - Es~e ~rabalho ~ra~a do proje~o de con~roladores para o seguimen~o de ~raje~órias em manipuladores quando a dinâmica dos a~uadores e a f'lexibilidade é levada em con~a, no caso onde se consideram as incer~ezas paramé~ricas. Sis~ema~iza-se um novo enfoque através do qual a ordem do sistema dinâmico do manipulador é reduzida à ordem do manipulador rígido sem que as propriedades de es~abilidade ob~idas no caso rígido sejam modif'icadas. A técni ca de control e ob~i da é apl i cada ao caso dos mani pul adores com ~ransmissões f'lexíveis. Apresentam-se resultados de simulações que comprovam a ef'iciência da ~écnica.

1 - INTRODUÇÃO Nos manipuladores ora em uso indus~rial, ~odos os componen~es

do mecanismo e dos a~uadores são cons~ruidos de forma a serem bas~ante rígidos. Além disso, em uma boa par~e deles a dinâmica dos atuadores é mais rápida do que a do mecanismo. Estas carac~erísticas permitem utilizar, para fins de análise, uma i deal i zação dos mani pul ador es , chamada de Node L o Rí (fi do C MR) , cons~ruida considerando: H1- Os efei ~os dos deslocamentos elásticos suficientemente pequenos para serem desprezados; H2- Que as forças ou ~orques aplicados às jun~as do mecanismo pelos a~uadores são os sinais de con~role.

Este modelo rígido pode ser represen~ado por um sis~ema de equações não lineares acopladas que ~em várias propriedades es~ru~urais, das quais cumpre des~acar: Pl- Que exis~e um sinal de con~role para cada grau de liberdade, e por isso o sis~ema é di~o

totaLmente acionado; P2- Que o mapeamento entre o sinal de con~role e a velocidade nas juntas é passi vo COr~ega e Spong 1988) .

Es~as duas propriedades f'ormam a base ~eórica para o con~role baseado na dinâmica inversa e para o con~role baseado na passividade, duas es~ra~égias cujas leis de controle usadas no MR propiciam es~abilidade global à malha f'echada, tan~o para o caso em que os con~roladores são de ganhos f'ixos, como para o caso adap~a~i vo.

As f'orças e ~orques apl i cados às j un~as do mecani smo do manipulador são geradas por a~uadores elé~ricos, hidráulicos e pneumá~icos, que ~êm dinâmica própria (dinâmica dos at1.1adores).

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Além disso, cada component.e do mecanismo e das t.ransmissões de moviment.o ent.re os at.uadores e as junt.as é uma font.e de flexibilidade nos manipuladores.

Result.ados t.eóricos e experiment.ais CGood et. aI. 1985, Reed e Ioannou 1988, Tar n et. aI. 1991) most.r am que ao usar o modelo rlgido no projet.o do cont.rolador int.roduzem-se limit.es ao emprego dos manipuladores que são: Ci) o uso rest.rit.o · a moviment.os com pequenas velocidades, quer seja por problemas de est.abilidade ou de erros de rastreament.o signií'icativos; Cii) o uso rest.rit.o a tarefas em que a precisão exigida é pequena. Estes limit.es podem ser vist.os como os limites inerent.es ao emprego do modelo rlgido, e uma maneira de supera-los é a inclusão da dinâmica dos at.uadores e da flexibilidade no modelo do manipulador.

Ao incluir a dinâmica dos at.uadores e a í'lexibilidade no modelo do manipulador o número de graus de liberdade passa a ser maior do que o número de sinais de cont.role. O sist.ema dinâmico passa a ser parciatmente acionado e, por isso, não é posslvel cancelar diret.ament.e as não linearidades, nem obt.er uma relação passiva ent.re a ent.rada e uma salda que se deseja controlar. Assim, o controle baseado na dinâmica inversa e o cont.role baseado na passi vidade não podem ser aplicados diret.ament.e. Em out.ras paI avras, os cont.rol adores desenvol vi dos para o MR não podem ser aplicados diretament.e.

O exame dos principais t.rabalhos divulgando o projet.o de controladores para o seguiment.o de t.rajet.órias quando a dinâmica dos atuadores e a flexibilidade das t.ransmissões é considerada most.ra que , no caso onde se consideram as incert.ezas paramét.ricas, existem dois enfoques para t.rat.ar do problema.

No primeiro a ordem do sist.ema é reduzida à ordem do · MR ut.ilizando o mét.odo das pert.urbações singulares CSpong 1989, Ghoerbel e Spong 1992, Khorasani 1992). Busca-se com isso ut.ilizar os result.ados já obt.idos no desenvolviment.o de cont.roladores adapt.ativos para o MR . A redução da ordem é feit.a "separando" os movimentos lent.o Ccorrespondent.e à parcela rlgida) e rápido Ccorrespondent.e à parcela adicional). Assim, int.roduzindo um controte corret ivo para amort.ecer a parcela rápi da, efet.ua-se a análise considerando que ao moviment.o lent.o é superpost.o um moviment.o rápido amort.ecido.

Em Reed e Ioannou 1988 most.ra-se que a ut.ilização do algorit.mo de Slot.ine e Li 1987 com a modificação-o no MR ao qual é superpost.a uma dinâmica elét.rica C amor t.eci da) não modelada, result.a em estabitidade Locat. Além disso, é necessário que os ganhos no cont.rolador sejam pequenos, o que limit.a o desempenho. Est.e resul t.ado permi t.e concl uir que amort.ecendo o moviment.o rápido at.ravés de um cont.role corret.ivo e cont.rolando o moviment.o lent.o at.ravés do algorit.mo de Slot.ine e Li com a modificação-o, como nos t.rabalhos cit.ados, a est.abilidade sempre result.ará tocat, além dos ganhos no cont.rolador t.erem que ser pequenos, mOdi f i cando essenci aI ment.e o r esul t.ado obt.i do par a o caso rlgido onde a est.abilidade é global e não exist.em rest.rições teóricas quant.o ao ganho nos cont.roladores.

A out.ra limit.açãb dest.a forma de reduzir a ordem é inerent.e a

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aplicação do mé~odo das per~urbações singulares (validade res~ri~a ao caso em que as cons~an~es de ~empo da dinâmica dos a~uadores e as flexibilidades são suficien~emen~e pequenas).

No segundo enfoque o si s~ema di nâmi co i ncl ui ndo as flexibilidades nas ~ransmissões é considerado como um ~odo para rins de con~role CNicosia e Tomei 1991,1992, Lozano e Broglia~o

1992). Busca-se, assim, evi~ar as limi~ações resul~an~es da u~ilização do mé~odo das per~urbações singulares. Desenvolvido mais recen~emen~e, os resul~ados ob~idos a~é o momen~o tiem sempre são gerais, e os con~roladores propos~os são complicados.

Nes~e ~rabalho sis~ema~iza-se a propos~a de um ~erceiro

enfoque, apresen~ado inicialmen~e para o caso par~icular dos manipuladores com ~ransmissões flexíveis em Hsu e Guen~her 1993, e para manipuladores rígidos acionados elé~ricamen~e em Guen~her e Hsu 1993a. In~roduz-se uma ~écnica de con~role em casca~a a~ravés da qual a ordem do sis~ema é reduzida à do MR, sem a necessidade de impor condições sobre as cons~an~es de ~empo dos a~uadores e sobre a flexibilidade das ~ransmissões.

Além disso, para os casos es~udados a ~écnica em casca~a

resul~a em malhas fechadas globalmen~e es~áveis, ou localmen~e

es~áveis com um domínio de es~abilidade arbi~rariamen~e grande. A ~écnica de con~role em casca~a aqui apresen~ada permi ~e,

por~an~o, aprovei~ar os numerosos resul~ados já ob~idos no desenvolvimen~o de con~roladores para o MR, sem in~roduzir

res~rições essenciais ao emprego dos con~roladores proje~ados para o MR.

2- UMA TÉCNICA DE CONTROLE EM CASCATA A ~écnica de con~role em casca~a propos~a nes~e ~rabalho é

inspirada na es~ra~égia de desacoplamen~o apresen~ada por U~kin

1987 para sis~emas dinâmicos descri~os por

x = 1

n-m m onde x1~ ,x2~

proje~ada ~al que n-m

x1de~)~ .

m e u~ , quando a lei de

o ve~or siga uma

(1)

(2)

con~role "u" deve ser

~raje~ória desejada

De acordo com U~kin 1987 ~oma-se o subve~or de es~ados

como sinal de con~role do subsis~ema (1), e es~abelece-se

·n-m m , ó : IR ... IR

o (3)

seguindo algum cri~ério de performance. Define-se en~ão uma variedade sex

1,x

2) come

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(4)

e projeta-se uma sCx

1,x

2)=O Vt>t

a,

lei onde t

de controle "u" descont.ínua tal que é o tempo para a trajetória do sistema a

atingir.:: hipersuperfície sCx1 ,x2 )=O. Quando s(xl'~Z)=O' o sistema

em malha fechada esta no modo deslizante, e Cl) é um sistema de ordem reduzida controlado por x

2 segundo a lei (3).

Para o controle em cascata considera-se o caso em que h1

é

linear em x2

e (1)(2) pode ser reescrito como

x = 1

(5)

(6)

onde f2

=h2

, adotada para simplificar a notação .

Definindo x2d

como o sinal de comando de (5), e o erro de

rastreamento

(7)

e substituindo (7) em (5), obtem-se

(8)

(9)

A equação (8) pode ser vista como um subsistema dinâmico controlado por x 2d ' no qual atua uma perturbação dCt)= Bl(X1,t)~2.

O controle em cascata consiste em controlar o subsistema (8) através de x

2d' de t'orma que xl siga x1d(t), e fazer x 2 no

subsistema (9) seguir x2d

(t), aplicando um sinal de controle uCt).

Observação 2.1 A lei para o sinal x2d

é projetada para o

subsistema (8), cuja ordem é n-m. Assim, o controle em cascata proposto pode ser visto como uma técnica de redução da ordem. •

Sempr e que as equações do movi mento do mani pul ador puder em ser escritas na forma (8)(9), a técnica em cascata aqui apresentada pode ser aplicada. Na seção 3 apresenta-se sua aplicação aos manipuladores com transmissões flexíveis.

3- O CONTROLE EM CASCATA NOS MANIPULADORES COM TRANSMISSõES FLEXÍVEIS

Seja um manipulador com elos rígidos e "n" juntas de rotação, cujo movimento é descrito pelo seguinte modelo (Spong 1989)

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II ••

IX ql ) ql +CC q1 ' q1 ) q1 +gC q1 ) +K[ ql -q2] = O Cl0)

Cl1)

d [Rn - t. on e ql E e o ve or posi ção angul ar dos elos;

posi ção angul ar dos rot.ores; D é a mat.r i z de i nérci a; Cql é o

vet.or de t.orques cent.rífugos e de Coriolis; g é o vet.or de t.orques gravit.acionais; J é a mat.riz diagonal const.ant.e das inércias dos rotores; K é a matriz diagonal das constant.es de mola das t ransmi ssões; uelRn é o vetor torque de ' control e apl i cado aos rotores.

Chamando u e =-K(ql -q2) de torq-ue eLást ico pode-se reescrever I I ••

Cl0) como IXql)ql+CCql,ql)ql+gCql)= ueCQ1,Q2).

O torque el ást.i co para que a posi ção dos elos Ql si ga a

trajetória desejada para os elos QldCt) é u ed . Então, a posição -1

desejada para os rotores q2d pode ser definida como q2d=K ued+ql· "-

Assim, com o erro na posição dos rotores dado por q2=q2-q2d

pode-se reescrever Cl0)Cll) como

(12)

(13)

o sist.ema (12)C13) est.a na forma (8)C9) . Ent.ão o projet.o do cont.rolador em cascat.a consist.e em: Ci) Estabelecer uma lei para u ed t.al que ql siga qldCt) de maneira

estável na presença da perturbação dCt)=KQ2;

Cii) Estabelecer uma lei de controle uCt) em (13) tal que Q2 siga

Q2dCt).

Em Hsu e Guenther 1993 apresent.a-se o projet.o do cont.rolador em cascat.a para o caso em que os parâmet.ros do manipulador cont.ém incertezas e a flexibilidade das t.ransmissões é arbitrária . A lei para u ed é projet.ada com base no esquema adapt.at.ivo de Slot.ine e

Li 1987 para manipuladores rígidos, e para U é proposta uma lei de cont.role a est.rut.ura variável. Est.a combinação é denominada VS-ACC CVariable St.ruct.ure Adaptive Cascade Cont.rol).

A hipót.ese de que a mat.riz de rigidez K cont.ém incert.ezas impede a aplicação diret.a do esquema de Slotine e Li. Por isso é nece~fário modificar o esquema de modo a gerar diretament.e o sinal ur=K u ed =Q2d-Q1 e assim Q2d' sem conhecer K.

Para t.ant.o int.roduz-se uma superparamet.rização at.ravés da qual os parâmet.ros da flexibilidade são absorvidos em um vet.or de

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parâme~ros aumen~ado. En~ão, u~ilizando uma lei do gradiente com a

modificação-o na adap~ação dos parâme~ros o sinal u é gerado. r

Para fazer q2 seguir a ~raje~6ria desejada q2d define-se o

erro auxi 1 i ar

Propõe-se a seguin~e lei de con~role

(14)

onde u é o

o controLe nominaL, proje~ado de acordo com os

parâme~ros

diagonal

nominais do manipulador; ~2=K~>O é uma ma~riz de pr oj e~o; [ sgnC s2)] =[ sgnC s21) ... sgnC s2n)] ;

M(~)=diag[m.(~)] .-1 e m.(~) são funções de moduLação dos 1. 1.-, .. ,n 1.

rel.és. Observação 3.1 (propriedades de estabilidade) Em Hsu e Guen~her

1993 mos~ra-se que no sis~ema em malha fechada formado pelo manipulador com ~ransmissões flexíveis e pélo VS-ACC, (i) q2C~) é

uniformemen~e limi~ado e q2Ct)~O com ~~OO de forma exponencial;

Cii) A es~abilidade é global; Ciii) qlC~) e qlC~)~O quando t~oo. •

4- RESULTADOS DE SIMULAÇÕES Em Guen~her e Hsu 1993b mos~r a -se como é fei ~a a

implemen~ação da es~ra~égia de con~role em casca~a para o manipulador com ~ransmissões flexíveis de dois elos propos~o como exemplo padrão CEP) para sis~emas rob6~icos em Troch e Desoyer C 1990) C Fi g. 1) .

Figura 1 - O manipulador com dois elos.

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Os dados do EP são

I i 1. [m) m. [kg) 1 Ci [m) 2 I./J.[kg.m)

1. 1. 1. 1.

1 0.45 100 -0.15 5.25/4.77 2 0.20 25 -0.10 0.51/3.58 3 - 40 0.20 7.58/-

onde mi

• i =1 .2 são as massas dos el os +at.uadores ; m3 é a massa do

e:fet.uador+carga; I i .i=1.2 são as inércias dos elos+at.uadores; !3 é

a inércia do e:fet.uador+carga; J . • i=1.2 são as inércias dos 1.

rot.ores; 1 i • i =1 .2 são os compr i ment.os dos elos; 1 Ci • i =1.2 são as

coordenadas dos cent.ros de gravidade das massas m . . l.

O EP não t.em dados da rigidez nas t.ransmissões. Nas simulações adot.a-se uma rigidez k.=30000 N.m/rad Ci=1.2).

l.

semelhant.e a dos "harmonic drives" do PUMA 560. para caract.erizar uma sit.uação com transmissões fLexíveis. Simula-se t.ambém um exemplo em que a r i gi dez é 10 vezes menor com o obj et.i vo de investigar o comport.ament.o em sit.uações nas quais as transmissões são muito fLexíveis.

A incert.eza na inércia é devida ao desconheciment.o da massa m

3 no ef'et.uador. Considera-se que o valor verdadeiro é o valor

máximo m3 =40 kg. e que o valor nominal é a met.ade do máximo. Para

as demais grandezas assume-se uma incert.eza de 10%. A trajet.ória desejada começa em qlldCO)=-90o q12dCO)=Oo e

o o at.inge a posição de regime qlld(1)=-67.5 e q12d(1)=22.5 em 1

segundo de acordo com uma ~unção descrita por um polinômio de ga ordem CFig.3).

8.5 fi 1J. [gl'au.s] ,.5

1 fi 12 [gl'aus]

vs-acc vs-acc

pd pcl

-1

-1.5l 2 1 2 3 li 1

5e!J

Figura 2 Erros de rast.reament.o para o manipulador com transmissões :flexíveis. ut.ilizando um cont.rolador de ganhos :fixos CPD) e o cont.rolador em cascat.a CVS-ACC).

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"-Na Fig.2 estão apresentados os erros de rastreamento qll e

obtidos nas simulações realizadas com o manipulador com

transmissões Il exíveis, empregando um controlador proporcional -derivativo com uma parcela "feedforward" correspondente à inércia nominal CPD) , e usando o VS-ACC. Os ganhos da parc~la PD são os mesmos nos dois casos. Os resultados mostram que o VS-ACC elimina o erro de regime característi~o do controlador PD.

Na Fig.3 estão apresentados os resultados obtidos para o manipulador com transmissões muito flexíveis. Neste caso a utilização do controlador PD resulta em grandes oscilições e erros de regime, que são ambos eliminados com o emprego do VS-ACC.

Figura 3

18 I

I

[gl'aus]

a~ __ ~ ____ ~ __ ~ e 1 2 3

1i8!J

1111

-18

4

-2

-4

q~1[gl'allS] \ts-acc

1 2

q 1.2 [gl'aus]

pd

Trajetórias desejadas Cqlld e q12d) para os elos,

trajetórias obtidas com um controlador PD Cqll e q12) e erros de

rastreamento para um manipulador com transmissões muito flexíveis, utilizando um controlador de ganhos fixos CPD) e o controlador em cascata CVS-ACC).

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5- CONCLUSõES A ~écnica de con~roleem casca~a sis~ema~izada nes~e ~rabalho

se cons~i~ue em um enfoque al~érna~ivo ao que emprega o mé~odo das per~urbações singulares par.a ob~er a redução da ordem em mani pul ador es onde a di nâmi c a dos a ~ uador es e a f 1 exi bi li dade é considerada. Tem como van~agens o fa~o da sua validade ser para cons~an~es de ~empo e flexibilidades arbi~rárias, e da malha fechada resul~ar globalmen~e es~ável, sem res~rições ~eóricas

quan~o ao ganho dos con~roladores. A aplicação do con~role em casca~a no caso em que os

parâme~ros do manipulador são incer~os é fei~a combinando ~écnicas de con~role adap~a~i vo com uma lei a es~ru~ura variável. As simulações mos~ram a eficiência do con~rolador assim ob~ido para o caso do manipulador com ~ransmissões flexíveis, que ~ambém foram cons~a~adas em mani pul adores r í gi dos aci onados el é~r i cament.e (Guen~her and Hsu 1993a).

Na con~inuidade do ~rabalho será in~eressan~e inves~igar a aplicabilidade do mét.odo ao caso em que exis~e a superposição dos efei~os da dinâmica elé~rica e da flexibilidade nas t.ransmissões.

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