O Cosmos Latour Trad

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  • 8/18/2019 O Cosmos Latour Trad

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    O cosmos, o cosmopolita? Comente sobre as condições do Paz, de acordo com

    Ulrich Beck  Bruno Latour "De quem Cosmos? Qual Cosmopolíticas? Um Comentário sobre a Paz de Ulrich Beck  Proposta? "o conhecimento comum! o# $% &all '%%( )ssue * pp#(+%,(-'# .radu/0o &ranc1s.radu/0o 2rancesa "3 cosmos? 3 cosmopolita "em 4acques 3li5ier e Loli5e6oube7ran 8sob

     9ditor: 3 sur;imento de cosmopolita,6imp

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     poder*amos dizer% conveniente% a indiferen+a ,ilsoniano toda a sua comple-idade%não

     pode inflamar as trocas de violncia entre as partes. # problema com a solu+ãoBeck 'ue% se as "uerras mundiais comprometem o universal eo particular% a pazmundo j/ ocorreria devido h/ muito tempo. # limite de aborda"em Beck seu 0cosmopolita0 não contm cosmos e não mais pol*tica. 1uum "rande admirador da sociolo"ia Beck 2 cujo escopo 3nico na 1uropa 21u j/ elo"iou em numerosas ocasi4es. # 'ue n&s pa"amos a'ui umdebater entre ami"os 'ue trabalham juntos em um problema 'ue continua porresolver paramuito.

     $este te-to% eu não pretendo discutir a utilidade de uma cincia social cosmopolita'ue% para alm das fronteiras das $a+4es Unidas% tente considerar fen5menos

    "lobal com novas ferramentas estat*sticas ou novos mtodos de investi"a+ão. 1ume reconhe+o como a no+ão de sociedade nunca foi o e'uivalente ao estadona+ão. 1 isto por duas raz4es6 a primeira 'ue a rede cient*fica de 'ue eu memesmo contribuiu para estudar% nunca foi confinado às fronteiras nacionais comonossa concep+ão do mundo% toda a idia em "rande parte uma inven+ão docincia. 7 se"unda razão 'ue% como os disc*pulos de 8abriel 9arde bem ciente de'uea idia de sociedade ainda se refere à associa+ão e nunca se restrin"e aoseres humanos. 7ssim% como 7lphonse de andolle% eu sempre "ostei de conversarcom

    0:h;tosociolo"ie0 ou como 7lfred $orth

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    1spanhol para decidir se 'uer ou não% os *ndios tm alma e 'ue são suscept*veis deser salvos. =urante este debate% os *ndios foram confrontados com um problema nãomenosimportante% embora realizado com muito diferentes teorias e ferramentase-perimentaisiii.ua preocupa+ão% como >iveiros de astro não era se1spanh&is tinha uma alma 2 o 'ue parecia &bvio para eles 2 mas se con'uistadorestinha um corpo. ?ndios 9eoria ar"umentou 'ue todas as entidades compartilham

     padrão a mesma or"aniza+ão de base% isto % a dos seres humanos. 7 palma% a pechblenda% uma piranha% um cad/ver6 todo mundo tem uma alma% uma

    l*n"ua% evida familiar com a ima"em das aldeias ind*"enas do modelo. 9odas as entidadesuma alma e suas almas são todos semelhantes. # 'ue os diferencia dodissimilaridade de seus corpos% e% portanto% o corpo 'ue distin"uir as almas dos

     palma% a pechblenda% a piranha% 'ue o cad/ver. 1stas entidades tmtudo a mesma cultura% mas eles não compartilham% eles não% eles vivemnão na natureza. :olemistas de >alladolid% por sua vez% eram muitoima"inar uma aborda"em oposta e-iste. laramente os *ndios tinha um corpocomo os dos europeus% mas eles tinham uma alma semelhante@ ada uma destasracioc*nio chamado verifica+ão e-perimental% cada um com base em seu pr&prio

    instala+4es e os seus pr&prios protocolos6 por um lado% para determinar se os *ndiostinham umaalma% e por outro lado% para avaliar se os europeus tinham umcorpo. 1-perimenta+ão#s nativos americanos era tanto cient*fica como a de europeus. #s con'uistadores

     prisioneiros foram levados para cobaias% imerso na /"ua para ver se% por um lado%elesafo"ados% e em se"undo lu"ar% se a sua carne em decomposi+ão. 1sta e-perinciafoi i"ualmente

    crucial 'ue a controvrsia de >alladolid liderada pelos ibricos. e con'uistadoresafo"ados e apodrecido% então a 'uestão foi resolvida% eles tinham um corpo. 1mcontraste%se afo"ado% nem apodreceu% então os con'uistadores eram uma entidadeespiritual% provavelmente semelhantes aos -amãs. omo laude Lvi2trauss nãoresumeAronicamente% estes dois e-perimentos% os espanh&is contra os nativos americanos 0%oBranco invocou as cincias sociais en'uanto indiano eram maisconfian+a nas cincias naturais. 0

    # interesse desta hist&ria clara6 de modo al"um os prota"onistas daontrovrsia de >alladolid não vi% ainda 'ue parcialmente% o confrontoentre cristãos e animistas europeus *ndios não foram capazes de considerar 

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    'ue não seja atravs de 'uadros de compreensão do clero cristão no >Asculo. 7ssim como os *ndios não mediu as 'uest4es levantadas seudiscuss4es de 'ual'uer forma Beck a 'uestão. Cas esta 'uestão si um primeiro passo no sentido de tomar em considera+ão a comple-idade do

     problema. #:r&prios europeus foram capazes de concordar@ $ão era 'ue (pelo menos)duas solu+4es para o problema levantado em >alladolid@ #s *ndios tinham almacomoristãos ou não foram e'uipados 2 cada posi+ão teve seus defensores. 7cenoassumiu 'ue havia apenas duas solu+4es para o problema em >alladolid emas almas dos *ndios ('ue tinha uma alma% eles não tm)% e i"nora outros

     problemas encontrados na 7mrica do ul a respeito do corpo con'uistadores ('uetinham

    um corpo% eles não tinham). $e"ocia+ão entre europeus e nativos americanos tmde% pelo menos% ser 'uadripartite. Bartolom de Las asas% o padre dominicano%avan+ados europeus e *ndios fundo semelhante% e ele denunciou acrueldade contra os cristãos 0seus irmãos indianos.0 Cas% ainda 'ue ele respondeu6'ual'uer 'ue seja o Dmbito da sua den3ncia 'ue ele não testemunhou o afo"amentoistem/tica seus cole"as espanh&is para determinar cientificamente a naturezae-i"ir a sua corporeidade@ # 0lado0 iria arrumar Las asas% ap&s este tipoe-perimentar@ omo >iveiros de astro tem demonstrado convincentemente% a'uestãoo 0outro0% tão central para o trabalho recente foi formalizado com muita

    sofistica+ão. !/ muitas mais maneiras de abordar a alteridade 'ue o mais tolerantecommentes pe'uenas conceber.omo podemos ser cosmopolita ao conduzir ne"ocia+4es em nome de umdois ou 'uatro (ou mais) partes envolvidas em uma controvrsia@ É arriscado e

     provavelmente etnocntrico supor 'ue o inimi"o che"ar a acordo sobre princ*piosfundamentos (o princ*pio% ou seja% 'ue todo homem tem um corpo)iv. 1m

     $esse sentido% a postura etnocntrica Beck aparece por'ue o seu cosmopolitismocarre"a umaAnternacionalismo filos&fico europeu moderado. Beck chama seus principaisconceitos edefini+4es dos est&icos e Eant. 1ssas defini+4es (a'ueles de Beck% Eant e1st&ico) são problem/ticas6 nenhum desenvolve uma compreensão 'ue vai alm daconstata+ão de risco de e-tin+ão das culturas em conflito. # cosmos tambm deveser posta em jo"oomo a maioria dos soci&lo"os% Beck sofre de uma ce"ueira antropol&"ica. :arasoci&lo"o% a natureza% o mundo% o cosmos% simplesmente l/% ea partir do momento

    homens partilham as mesmas caracter*sticas b/sicas% sua visão de mundo basicamente o mesmo em todos os lu"ares. Cal*cia% cobi+a% instintos primitivoscreditar o fato de 'ue

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    não podemos ter 2 e raramente temos 2 a paz. Fuando Beck escreve 'ueLas asas condenou as lutas cont*nuas e foi pedindo o fim% ele percebenão 'ue ele tambm pode ilustrar sua posi+ão. Beck e Las asas ter uma boa base%mas

     boas inten+4es nunca foram resolvidos ou impedido o conflito. $ão estou dizendo% claro% 'ue ocosmopolitismo Beck simplesmente uma versão maior do humanismo!abermas. # acesso ao debate não se destina apenas para os a"entes racionaiscapaz de conduzir uma conversa atravs da razão. Beck est/ disposto a enfrentar conflitos maiores. $o entanto% o 'ue ele não percebe 'ue% independentemente dotenda cosmopolitismo% 7le-andria 1stados Unidos% ele s& pode ser eficaz para um

     per*odo de absoluta confian+a na capacidade da razão% e ainda mais a cinciadeterminar com certeza o cosmos funda+ão s& e-istente de um mundo2cidade%

    'ue todos n&s aspiramos a ser cidadãos. # problema 'ue enfrentamos a"ora% precisamente o desaparecimento dos 0um cosmos0 1u chamo mononaturalism.É hoje imposs*vel herdar esta maravilhosa ideia de cosmopolitismo%

     por'ue não temos o 'ue os nossos antepassados tinham prest*"io6 um cosmos. 7 partir del/% temos 'ue escolher% eu acho% entre cosmopolitismo e comosmopoliti'ues.Uma forma de apoiar este ar"umento elevar o tom entre o empre"o% por Beck%o prazo da cosmopolita e por volumes ten"ers em seu trabalhomaior% cosmopolitav

    . Uma chamada cosmopolita est&ica ou kantiana 'ual'uer  pessoa 'ue um 0cidadão do universo0% em vez de (ou antes de considerar se ele ouela) um cidadão de um 1stado particular% o disc*pulo de uma reli"ião em particular% omembrouma irmandade especial% profissional ou familiar. ten"ers suas utiliza+4es

     previstascosmopol*tica o 'uestionamento do 'ue 0continua0 ou 0continua0. 1la

    Página 192-Fr Beck cosmopolitismo

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    O cosmos, o cosmopolita?

    Comente sobre as condições do

    Paz, de acordo com Ulrich Beck 

     Bruno Latour "De quem Cosmos? Qual Cosmopolíticas? Um Comentário sobre a Paz de Ulrich Beck  Proposta? "o conhecimento comum! o# $% &all '%%( )ssue * pp#(+%,

    (-'# .radu/0o &ranc1s.radu/0o 2rancesa "3 cosmos? 3 cosmopolita "em 4acques 3li5ier e Loli5e6oube7ran 8sob

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    mais e-i"entes% o 'ue eu tambm apoio referindo2se ao novo papel diplom/ticocientista social. # 'ue nos faz discutir como n&sdispostos a levar em conta a dissidncia% em termos de identidade humana% mastambmsobre o cosmos em 'ue vivem os homens.7 anedota hist&rica de uma contribui+ão si"nificativa de 1duardo >iveiros deastro% ilustra as limita+4es da proposta paz Beck ii. # principal e-emploBeck d/ 0controvrsia de >alladolid0% o famoso debate 'ue levou1spanhol para decidir se 'uer ou não% os *ndios tm alma e 'ue são suscept*veis deser salvos. =urante este debate% os *ndios foram confrontados com um problema não

    menosimportante% embora realizado com muito diferentes teorias e ferramentase-perimentaisiii.ua preocupa+ão% como >iveiros de astro não era se1spanh&is tinha uma alma 2 o 'ue parecia &bvio para eles 2 mas se con'uistadorestinha um corpo. ?ndios 9eoria ar"umentou 'ue todas as entidades compartilham

     padrão a mesma or"aniza+ão de base% isto % a dos seres humanos. 7 palma% a pechblenda% uma piranha% um cad/ver6 todo mundo tem uma alma% uma

    l*n"ua% evida familiar com a ima"em das aldeias ind*"enas do modelo. 9odas as entidadesuma alma e suas almas são todos semelhantes. # 'ue os diferencia dodissimilaridade de seus corpos% e% portanto% o corpo 'ue distin"uir as almas dos

     palma% a pechblenda% a piranha% 'ue o cad/ver. 1stas entidades tmtudo a mesma cultura% mas eles não compartilham% eles não% eles vivemnão na natureza. :olemistas de >alladolid% por sua vez% eram muitoima"inar uma aborda"em oposta e-iste. laramente os *ndios tinha um corpocomo os dos europeus% mas eles tinham uma alma semelhante@ ada uma destas

    racioc*nio chamado verifica+ão e-perimental% cada um com base em seu pr&prioinstala+4es e os seus pr&prios protocolos6 por um lado% para determinar se os *ndiostinham umaalma% e por outro lado% para avaliar se os europeus tinham umcorpo. 1-perimenta+ão#s nativos americanos era tanto cient*fica como a de europeus. #s con'uistadores

     prisioneiros foram levados para cobaias% imerso na /"ua para ver se% por um lado%elesafo"ados% e em se"undo lu"ar% se a sua carne em decomposi+ão. 1sta e-perinciafoi i"ualmente

    crucial 'ue a controvrsia de >alladolid liderada pelos ibricos. e con'uistadoresafo"ados e apodrecido% então a 'uestão foi resolvida% eles tinham um corpo. 1mcontraste%

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    se afo"ado% nem apodreceu% então os con'uistadores eram uma entidadeespiritual% provavelmente semelhantes aos -amãs. omo laude Lvi2trauss nãoresumeAronicamente% estes dois e-perimentos% os espanh&is contra os nativos americanos 0%oBranco invocou as cincias sociais en'uanto indiano eram maisconfian+a nas cincias naturais. 0# interesse desta hist&ria clara6 de modo al"um os prota"onistas daontrovrsia de >alladolid não vi% ainda 'ue parcialmente% o confrontoentre cristãos e animistas europeus *ndios não foram capazes de considerar 'ue não seja atravs de 'uadros de compreensão do clero cristão no >Asculo. 7ssim como os *ndios não mediu as 'uest4es levantadas seudiscuss4es de 'ual'uer forma Beck a 'uestão. Cas esta 'uestão

    si um primeiro passo no sentido de tomar em considera+ão a comple-idade do problema. #:r&prios europeus foram capazes de concordar@ $ão era 'ue (pelo menos)duas solu+4es para o problema levantado em >alladolid@ #s *ndios tinham almacomoristãos ou não foram e'uipados 2 cada posi+ão teve seus defensores. 7ceno

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    3assumiu 'ue havia apenas duas solu+4es para o problema em >alladolid emas almas dos *ndios ('ue tinha uma alma% eles não tm)% e i"nora outros

     problemas encontrados na 7mrica do ul a respeito do corpo con'uistadores ('uetinhamum corpo% eles não tinham). $e"ocia+ão entre europeus e nativos americanos tmde% pelo menos% ser 'uadripartite. Bartolom de Las asas% o padre dominicano%avan+ados europeus e *ndios fundo semelhante% e ele denunciou acrueldade contra os cristãos 0seus irmãos indianos.0 Cas% ainda 'ue ele respondeu6

    'ual'uer 'ue seja o Dmbito da sua den3ncia 'ue ele não testemunhou o afo"amentoistem/tica seus cole"as espanh&is para determinar cientificamente a naturezae-i"ir a sua corporeidade@ # 0lado0 iria arrumar Las asas% ap&s este tipoe-perimentar@ omo >iveiros de astro tem demonstrado convincentemente% a'uestãoo 0outro0% tão central para o trabalho recente foi formalizado com muitasofistica+ão. !/ muitas mais maneiras de abordar a alteridade 'ue o mais tolerantecommentes pe'uenas conceber.omo podemos ser cosmopolita ao conduzir ne"ocia+4es em nome de um

    dois ou 'uatro (ou mais) partes envolvidas em uma controvrsia@ É arriscado e provavelmente etnocntrico supor 'ue o inimi"o che"ar a acordo sobre princ*piosfundamentos (o princ*pio% ou seja% 'ue todo homem tem um corpo)

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    iv. 1m

     $esse sentido% a postura etnocntrica Beck aparece por'ue o seu cosmopolitismocarre"a umaAnternacionalismo filos&fico europeu moderado. Beck chama seus principaisconceitos edefini+4es dos est&icos e Eant. 1ssas defini+4es (a'ueles de Beck% Eant e1st&ico) são problem/ticas6 nenhum desenvolve uma compreensão 'ue vai alm daconstata+ão de risco de e-tin+ão das culturas em conflito. # cosmos tambm deveser posta em jo"oomo a maioria dos soci&lo"os% Beck sofre de uma ce"ueira antropol&"ica. :arasoci&lo"o% a natureza% o mundo% o cosmos% simplesmente l/% ea partir do momentohomens partilham as mesmas caracter*sticas b/sicas% sua visão de mundo

    basicamente o mesmo em todos os lu"ares. Cal*cia% cobi+a% instintos primitivoscreditar o fato de 'uenão podemos ter 2 e raramente temos 2 a paz. Fuando Beck escreve 'ueLas asas condenou as lutas cont*nuas e foi pedindo o fim% ele percebenão 'ue ele tambm pode ilustrar sua posi+ão. Beck e Las asas ter uma boa base%mas

     boas inten+4es nunca foram resolvidos ou impedido o conflito. $ão estou dizendo% claro% 'ue ocosmopolitismo Beck simplesmente uma versão maior do humanismo!abermas. # acesso ao debate não se destina apenas para os a"entes racionais

    capaz de conduzir uma conversa atravs da razão. Beck est/ disposto a enfrentar conflitos maiores. $o entanto% o 'ue ele não percebe 'ue% independentemente dotenda cosmopolitismo% 7le-andria 1stados Unidos% ele s& pode ser eficaz para um

     per*odo de absoluta confian+a na capacidade da razão% e ainda mais a cinciadeterminar com certeza o cosmos funda+ão s& e-istente de um mundo2cidade%'ue todos n&s aspiramos a ser cidadãos. # problema 'ue enfrentamos a"ora% precisamente o desaparecimento dos 0um cosmos0 1u chamo mononaturalism.É hoje imposs*vel herdar esta maravilhosa ideia de cosmopolitismo%

     por'ue não temos o 'ue os nossos antepassados tinham prest*"io6 um cosmos. 7

     partir del/% temos 'ue escolher% eu acho% entre cosmopolitismo e comosmopoliti'ues.Uma forma de apoiar este ar"umento elevar o tom entre o empre"o% por Beck%o prazo da cosmopolita e por volumes ten"ers em seu trabalhomaior% cosmopolitav. Uma chamada cosmopolita est&ica ou kantiana 'ual'uer 

     pessoa 'ue um 0cidadão do universo0% em vez de (ou antes de considerar se ele ouela) um cidadão de um 1stado particular% o disc*pulo de uma reli"ião em particular% o

    membrouma irmandade especial% profissional ou familiar. ten"ers suas utiliza+4es

     previstas

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    cosmopol*tica o 'uestionamento do 'ue 0continua0 ou 0continua0. 1la

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    reinventou o termo% apresentando2o como um composto da mais alta importDnciacosmos e 'ue a pol*tica% precisamente por'ue o sentido usualcosmopolita assumiu uma certa teoria da cincia 'ue a"ora est/ sendo desafiadavi.=e acordo com ela% a for+a de um elemento verificada pela sua capacidade parareduzir a outros elementos.

    7 presen+a do cosmos na cosmopolita resiste a tendncia da pol*ticacomrcio de desi"n e-clusivo em um c*rculo humano. 7 presen+a de pol*ticosna cosmopolita resiste à tendncia do cosmos para projetar uma lista finitaentidades 'ue devem ser levados em conta. # cosmos impede retirada prematurados

     pol*tica% ea pol*tica do cosmos. :ara os est&icos% o cosmopolitismo eratoleranteG cosmopol*tica como ten"ers define% um remdiocontra o 'ue ela chamou de 0a maldi+ão de tolerDncia0vii.

    # contraste entre a compreensão do cosmos por ten"ers e Beck não podeestar ao redor. :ara Beck% o mundo si"nifica cultura% uma visão "lobal 'ue seestendealm do horizonte das $a+4es Unidas. 7ssume2se 'ue as 'uest4es de "uerra e:az preocupa+ão apenas humano% cada um com a mesma psicolo"ia% cada umdotadouma lin"ua"em traduz*vel em todas as outras l*n"uas% cada um comrepresenta+4es contradit&rias do 'ue e-iste. e"undo Beck% como a maioriasoci&lo"os e cientistas pol*ticos% as "uerras raiva por'ue os homens defendem

    diferentes culturas e vis4es de mundo. e estes ,orldvie,s pode ser reconciliados ou reconhecidos em suas diferen+as% então a paz deve ser deduzido automaticamente. 1ste modo de entender o cosmos e cosmopolita simplista por'ue isso limita o n3mero de entidades 'ue podem ne"ociar em tornoda mesmatabela. Cas se o cosmos tudo% então ele deve ser ampliado% de acordo com suadire+ãoliteral% a todas as entidades não2humanos envolvidos nas a+4es humanas. #sin5nimo de

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    0:luriverse0 como pol*tica fora% ou% em 'ual'uer caso% como não influenciando omodoche"ar a um acordo ou não. :az% como mononaturalism Beck poss*vel

     por'ue os nossos ar"umentos (para tomar emprestado o termo escol/stica) tmapenas relat&riosse"undo% com nossas 'ualidades.e esta a paz% devo dizer 'ue prefiro a "uerra. :or "uerra eu 'uero dizer umaconflito para o 'ual não pode haver nenhuma arbitra"em reconhecido% o conflitoonde o 'ue est/ em jo"oconsiste precisamente na constru+ão conjunta de um mundo comum. omo se issofoi bem definido por arl chmitt% conflito% pelo menos% mais problem/ticoviolento% supervisionado por um /rbitro não uma "uerra% mas o 'ue ele chama de0:ol*cia0. e houver um cosmos% a natureza sempre unificado 'ue serve

    referncia para todas as disputas% então ele não pode ser% por defini+ão% a "uerra%masapenas as opera+4es policiais. 7ssim% de acordo com esta defini+ão% o #cidente faznão são percebidas como sendo eles mesmos em um campo de batalha contra uminimi"o% eespera uma vit&ria incerta% mas simplesmente lidar com as pessoas irracionais 'uetinha 'ue ser corri"idosviii. omo ar"umentei em outro lu"ar% os ocidentais tma"ora não foi afetada por uma peda"o"ia do conflito. Cas as coisas tm vindo

    mudar% e nossas "uerras estão a"ora "lobalizado "uerras% por'ue 7"ora% a constitui+ão do cosmos 'ue est/ em jo"o. $ada est/ fora dos limites%nada e-clu*do do 'uadro da discussão. $ativos americanos% vale lembrar%não ficaram satisfeitos 'uando o seu partido 2 defendida por europeus acreditam'ue a suahumanidade 2 triunfou em >alladolid. $o entanto% esses *ndios in"ratos recebeu odom do esp*rito 'ue permitiu o seu batismo% ao mesmo tempo 'ue a suasalva+ão. :or 'ue essaB5nus duplo% a paz ea vida eterna% desa"radou2los@ #s europeus

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    considerou 'ue a sua cosmopolita foi o mais natural no sentido de 'ue a naturezaum caminho para atalhar 'ual'uer solu+ão pol*tica para construir a pazcidadei-

    . #s fundamentos 'ue a natureza oferece são postuladas como processo e-terno2 1les se separaram e noventa e nove por cento das 'uest4es% e isso pode resultar 

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    'uIadvenir outra fase do conflito. 7 pol*tica permanece 'uestion/vel% uma vez 'uenão fazsobre (o 'ue Hohn 9resch chamados) os 0cosmo"rams0-. É sempre dif*cildecidir entre opini4es 'ue diferenciam a partir de coisas 2 incluindosobre o mundo em 'ue vivemos. 1 com certeza os advers/rios ao invs de

     para dar as suas opini4es% ter/ in*cio% ale"ando uma maneira diferentehabitar o mundo.Um mundo comum não al"o 'ue podemos reconhecer comoo 'ue sempre esteve l/ (e at a"ora não inclu*do). Um mundo comum% se

     pode ter um% al"o 'ue temos de construir% defender juntoscom unhas e dentes. oci&lo"os etnocentrismo nunca foi mais evidente do 'ue

    'uandolidar com o mundo por e-pulsar a amea+a de multiplicidade atravs de umcosmopolitismoconveniente-i. $o caso de arti"os de Beck% o sintoma vem de suas notasrodap% indecorosa sobre reli"ião-ii. 9em havido motivoshist&rico 2 como #livier hristin mostrou% com respeito% a "uerra do sculo >A

    sculo 1uropa 2 para se'Jestrar reli"ião 'uando propostas de paz são emitidos.Cas ele não tem certeza do 'ue estava ali 'uatro sculos e meio uma formadiplom/tica e respeitosa tratar nossas "uerras mais recente reli"ião. Fuandoos homens de boa vontade se re3nem no lube !abermas% com seus charutos%estabelecer um armist*cio por um conflito em particular e eles dei-am seus deusesnacabides na entrada% duvido 'ue vai realizar uma conferncia de paz. 9em>ersailles 'ue "eram Cuni'ue% 'ue chamou o apocalipse. omo Beck 'ue ele acha 'ue a reli"ião pode ser ne"li"enciada@ Cais uma vez% não e-iste

    nenhumcosmos em seu cosmopolitismo6 parece não suspeitar 'ue os homensainda são considerados menos importantes do 'ue a vasta popula+ão de divindadesou mais ou menos entidades transcendentais 'ue lhes dão vida. :ara muitos

     pessoas em muitos lu"ares% por sculos% os homens tm 0donos0nas palavras de 9obie $athan% e os propriet/rios ter ascendncia sobreos homens de 'ual'uer natureza no custo. Beck parece acreditar a U$1# koin%umociolo"ical 1speranto% 'ue est/ escondido atr/s de imperfei+4es persistentes ousocial ou psicol&"ico% nas nossas representa+4es. !omens de boa vontade%

    =everia dizer% devemos reconhecer 'ue os deuses não são nadarepresenta+4es. eria conveniente considerar as coisas bem% mas como 9obias

     $athan d/ para ver a sua contribui+ão para o simp&sio% 'ue não são

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    homens 'ue estão em "uerra% mas os deuses. 7dmita ou% pelo menos% poder*amos possibilidade de 'ue o inimi"o pode ser separados por discordDncia. #fundamentos da paz% como ten"ers aponta% não est/ olhando para oos homens de boa vontade% despir os seus deuses (suas inclina+4es secretas)mas os homens incur/veis colaterais imbu*dos de inten+4es supra e sub2humana. 1stesfunda+4es% 'ue são acessados com facilidade% realmente representam um peri"osrio.ten"ers tambm poderia acrescentar 'ue6 'uanto maior a resolu+ão de um acordo trabalhoso%melhor 'ualidade (da* a aud/cia para avan+ar o termo 0maldi+ão datolerDncia 0). Cesmo rom,ell% afinal% para 'ue ele apoiou os atos mais horr*veisiconoclastia teve escr3pulos suficientes para come+ar (em uma frase 'ue tem

    ten"ersnunca mostrado)6 0Ko"o2vos% irmãos% pela compai-ão de risto%:ensar 'ue voc pode estar errado 0. empre 'ue% em Beck% podemos encontrar 

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    !

    at uma chamada tr/"ica@ ua cosmopolita muito cosmopolita paralidar com o horror do nosso tempo.

    # problema 'ue Beck considera apenas a dimensão maior  pacifica+ão cl/ssico 2 a frente e para tr/s entre o particular eo universal. onsiderar  paz% desta forma pertence à tradi+ão est&ica 'ue Beck mostra umaapresenta+ão recente em 'ue ele desenvolve um compromisso interessante entre asformas triviaisuniversalismo e multid4es de formas de relativismo e-istente emulticulturalismo. $o entanto% estas concep+4es cl/ssicas e est&icos não se re3nemtodas as condi+4es de paz6 Amplica+4es para ela contribuem não sãodeterminada principalmente pelo potencial e as limita+4es dessa rela+ão entre

    universalismo e particularismo. É poss*vel e-plorar uma outra dimensão%centra2se nas dinDmicas criadas entre o pensamento naturalista eo pensamentoconstrutivista.1n'uanto o sentido tradicional da cosmopolita foi constru*do a partir de umcerta defini+ão da cincia% interessante ver como ele evoluiu 'uandoela foi transformada. #s defensores do cosmopolitismo pode sempre esperan+aver o dia em 'ue os cidadãos do mundo reconhecem 'ue eles vivem no mesmomundo.

     $o entanto% a corrente de cosmopol*tica constru*do em torno de uma tarefacentral6

    ver como o 0mesmo mundo0 pode "radualmente construir.1nfrente um 0cosmo"ram0 dado os est&icos se per"untam se e-pressamaior emancipa+ão ou escraviza+ão (implica+4es de n*vel à escala local

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    ou universal). $o entanto% a mais importante e mais controverso n&s  per"untou6 0omo poss*vel diferenciar os modos de habitar o mundo% 'ue evitavaa'ueles 'ue escravizar@ 0. :ara os est&icos% o desape"o do mundo est/emancipa+ão (e% portanto% li"a+ão com o mundo da dependncia). :or defini+ão%umcidadão do cosmos livre% e"*pcio% "re"o ou judeu% por'ue eles estão li"ados asua terra e seu pr&prio conhecimento% são escravizados. $a tradi+ão est&ica% ser 1"*pcio% "re"o ou judeu uma ver"onha. 0!umanidade0 foi um enorme e felizdescoberta% e foi sempre 'ue era necess/rio (em particular% ap&s a se"unda8uerra Cundial). 7lm disso% se todos os membros do encontro das $a+4es Unidas

     pertencem 0s& para a comunidade humana0% se a l*n"ua comum usadaU$1# foi suficiente para cobrir todos os habitantes do planeta% a paz seriasempre "overnados. Cas esta paz não e-iste% o 'ue revela o mal2estar desta

    defini+ão!omem humanista libertado na base da nossa concep+ão do acordo.:or um lado% estamos em uma situa+ão em 'ue a paz não pode ser implementadose diplomatas despir os seus deuses% seus costumes e contradi+4esseus pr&prios cosmos. :or outro lado% diante de uma multidão de deuses e tradi+4esnão facilitar a implementa+ão de um acordo-iii. 7lm disso% a co2presen+a destes identidadese estas culturas (com as suas pr&prias contradi+4es) não permite a inte"ra+ão denovos membros no processo diplom/tico. 7s comunidades tm no lu"ar 

    razão para acreditar 'ue melhor representam os seus interesses% e não podecompreender por 'ue os outros se recusam a se juntar a eles. =a* a necessidade% emum

     processo de paz% e não separar o 'ue n&s com base (por e-emplo% a nossacren+as). 1sta dimensão e-i"e um protocolo diferente% outras investi"a+4es% por responder a outra per"unta6 Fue elementos tornam poss*vel distin"uir entrela+os 'ue fortalecem e escravizar a'ueles@ Mazer este trabalho re'uer% em primeirolu"ar colocar para superar o pensamento naturalista% a base para a cren+a em um mundo

    natural3nica. Um pensamento ap&s a cincia% ou melhor% uma defini+ão errada de cincia $atural ocidental ne"a a idia de pluriverse. Kadia+ão Universalnaturalismo foi para a moderna voz% real% 'ue levou para a paz. $o entanto% o

     pensei naturalista foi tambm a base sobre a 'ual o #cidente e-erceu a sua 0"uerra

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     psicol&"ica 0. #cidental moderna admoesta o resto do mundo em 'ue todosvivemossobre as mesmas leis f*sicas e biol&"icas e tm a mesma constitui+ão biol&"ica%

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    social e psicol&"ico. Fue voc não entendia por'ue são prisioneirosseus paradi"mas culturais 'ue e-cederam atravs da cincia. Cas a cincianão nossa propriedade% ele pertence a toda a humanidade :articipe nestee-perincia e% juntos% n&s somos um. # problema com esta 0diplomacia0não % su"iro% a pr&pria defesa-iv. #s ar"umentos estão corretos% mas elescolocar a carro+a na frente dos bois% eles come+am onde deveriam eventualmenteacabar.É poss*vel 2 a partir de um ponto de vista ocidental (especificamente Bor"onha) 2emfuturo distante% n&s vivemos em um mundo comum% tal como su"erido pelo

     pensamento

    naturalista. Cas se comportam como se e-istiu neste mundo% e nãone"ocia+ão seria necess/rio para alcan+/2lo% o caminho mais se"uro para criar conflitos.Moi demonstrado recentemente por :hilippe =escola 2 e em toda a suadimens4es 2 as premissas naturalistas não são ade'uados para maior n3mero-v. 7lm disso% apesar de sua reputa+ão p&s2modernista ideolo"ia% o construtivismo mais apropriado 'uando distin"uir o 'ue emancipa+ão eescraviza+ão. Malando de pensamento construtivista bastante complicado

    -vi. Cas podemosestabelecer certos princ*pios 'ue re3nem diferentes vertentes desta ideolo"ia67s realidades ane-ar os seres humanos dependem de uma srie demedia+4es.1les são compostos de elementos hetero"neos e construir sua pr&pria hist&ria.# si"nificado destes e do n3mero de elementos necess/rios para a sua media+ão

     base de constru+ão o valor destas realidades (mais h/ a media+ão% a realidade mais

     percept*vel). $ossos realidades correspondem a interpreta+4es muito diferentes% 'ue devem ser considerada com cautela.e a realidade torna2se importante (no espa+o e no tempo)% todosmedia+4es 'ue a porta precisa ser atualizado.7s realidades são fal*veis e precisam ser vistos e% em se"uida% constantementerevisitado.# trabalho cient*fico 'ue ilustra por e-celncia% como eu poderia mostrar muitas vezes% o construtivismo-vii

    . $a cincia% o "rau de objetividade ecerteza diretamente proporcional ao conhecimento do artif*cio daestratifica+ão% hetero"eneidade% multiplicidade e comple-idade do processo de

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    media+4es. 1sta idia pode parecer radical% mas não menos evidente emlaborat&rio% acessar a verdade nua e crua impens/vel. É um micr&bio est/vis*vel% sem a media+ão do microsc&pio@ É 'ue n&s microsc&pios na natureza%

     $ão são produ+4es humanas@ Fuando um cientista faz outracient*fico% não se os novos dados (novas informa+4es) tmtinha ocorrido ou não. 7 'uestão 0como voc provar 'ue

     bem como@ 02 1 a nfase sobre o0 como 0% em 'ue o processo reveladomedia+ão. =urante essas trocas% as diferen+as não aparecem no fato e

     produ+ão% mas a verdade dos fatos. 7s coisas são diferentes 'uandoientistas enfrentar a plebe 'ue% em se"uida% mostrar o racioc*nioepistem&lo"os e fil&sofos se juntar às estrat"ias de ensino a serem adotadas%campo de refle-ão sobre o 'ue Ked relativista deve combattrent facasKealismo branco.

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    #

    # e-emplo de incias lan+a luz sobre o fato de 'ue o constru*do eo real não sãotermos opostos% a verdadeira 'uestão distin"uir entre o bem eom/ constru+ão. e estas duas condi+4es são v/lidas para a cincia% 'ueepistem&lo"os tm dado um papel tão especial e transcendental% então eles

     pode certamente se aplicam às realidades amb*"uas de cosmopolita. 1specialmente

    'ue tal distin+ão não poderia ser fundada independentemente das pai-4es de umtempo. 1sta observa+ão tem um papel na busca pela paz. e um construtivista1spanhol havia desembarcado na foz do 7mazonas ('ue% lembre2se% os *ndiosafo"am espanh&is para ver se eles tinham um corpo)% ele poderia ter uma conversainesperadamente com clri"os >alladodid6 07h% assim 'ue voc constr&io seu problema@ Fue horror. =ei-e2me mostrar2lhe uma outra maneira deformular per"untas e verificar. 0 laro% esta reunião pac*fica fict*cio%mas para fins diferentes dos previstos por um naturalista raz4es. 1sta reunião

     pode não ter ocorrido como eu descrevi por causa de posi+4es fundamentalistas

    as partes envolvidas.# fundamentalismo est/ lon"e de nossa concep+ão do construtivismo. 7fundamentalista 2 seja na cincia% pol*tica ou reli"ião 2 rever a lista1u dei2lhe antes de rea"ir com indi"na+ão em todos os pontos67s realidades ane-ar os seres humanos não são divul"ados.1les são um (não composta de elementos hetero"neos) e pertencem apenasuma hist&ria.# si"nificado destes elementos eo n3mero de media+4es devem ser minimizados

     para benef*cio de toda uma realidade (a menos 'ue haja media+ão% a mais real

    compreens*vel). $ossos realidades não são compostas de interpreta+4es1les são de natureza universal (no espa+o e no tempo) e absurdo

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    acho 'ue eles precisam de um substrato limpo.7s realidades são constru+4es de confian+a% e não precisa de ser revista.1stas reac+4es estão presentes nas p/"inas do

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    comparar suas realiza+4es com as dos outros para melhorar os processos futuros. $o entanto% uma troca tão diplom/tico inerente a um estado de pr2"uerra. 1'uando a "uerra declarada% buscamos uma base s&lida para a reconstru+ão

     paz6 onde o naturalismo falha% por 'ue não tentar com o construtivismo@Minalmente% eu alimentei o mal2entendido no 'ue diz respeito à an/lise de Beck

     poderesultado de diferentes interpreta+4es 'ue passivos da situa+ão atual.7 0primeira moderniza+ão0% para usar sua e-pressão favorita% veio com umal"uma defini+ão de cosmopolitismo% 'ue se concentra na idia de 'ue o mundo

     podeser pensado atravs do 'ue :eter loterdijk chama de 08lobe metaf*sica0 (concebido por Cercator% 8alileu% =escartes% Leibniz% e% claro% !e"el)--

    . # problema 'ue este projeto sur"iu como o mundoapenas come+ando a tornar2se "lobal. 9he 8lobe 'ue !e"el estava li"ando todoseventos sociais era puramente conceitual% da* a sua perfei+ão. 7penas o

     planeta se move hoje% inevitavelmente% para um processo de "lobaliza+ão% 'ue $o entanto% nada 0"lobal0% ou o 08lobe metaf*sica0% onde cada povoencontrar o seu lu"ar e fun+ão. 7ssim% essas duas filosofias de cosmopolitismo sãofalhando. Fuando precisamos da 8lobal% eles entram em colapso no cora+ão da7tlDntico sem ser capaz de se recuperar. 7ssim% de acordo com a minha an/lise%uma defini+ão alternativa de

    cosmopol*tica poder/ ser retida6 o 'ue se relaciona com o ideal de uma esferacomum ap&s a 0primeira modernidade0. eria um erro tr/"ico para continuar trabalhar pela paz com base nesta concep+ão de cosmopolitismo inoperante. 1Ulrich Beck se recusa a ser !e"el Cuni'ue% por'ue ele sabe como o

     parlamento em 'ue um mundo comum poderia ser criado na forma den3mero de desvios.1u# primeiro livro 'ue tenta descrever as redes cient*ficas tem sido 'ualitativamente

     ph;tosociolo"ue escrito por adotar um ponto de vista cosmopolita (incluindo

    termos metodol&"icos). #u 7lphonse de andolle% !ist&ria da cincia e doscientistasdurante dois sculos% na opinião das principais academias e sociedades cient*ficas(NOPQ% :aris6 Ma;ard% orpus de #bras de Milosofia% NROP).ii1duardo >iveiros de astro 0pronomes cosmol&"icos e perspectivismo amer*ndio0ombine em 1ric% ed.% 8illes =eleuze. 7 vida filos&fica (:aris6 #s arruaceiros

     pensar Kodada% NRRO)% STR2T (mesmo 'ue sua contribui+ão para este volume).iii

    omo tem sido o desta'ue Beck% não &bvio 'ue os dois persona"ens principais docontrovrsia ainda se encontram. #u 7nthon; :a"den% 7 Fueda do !omem

     $atural6 #

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    (ambrid"e *ndio americano e as #ri"ens da 1tnolo"ia omparada6 ambrid"eUniversit;:ress% NROT). !/ um livro de piso bai-o% onde os dois prota"onistas atender 

     $o entanto (e 'ue o filme tão ruim)6 Hean laude arriVre% a controvrsia>alladolid (:aris6 Belfont% NRRT). 7 disputa se refere a opor2se aos espanh&is. 1stahist&ria

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    1%

    om base na an/lise de laude Lvi2trauss% 'ue evoca um epis&dio na hist&ria de#viedo

    (7ssumindo2se 'ue ocorreu pela primeira vez em :uerto Kico). 7 famosa passa"emde 9ristes 9r&picosrevela6 07o mesmo tempo% no entanto% e em uma ilha vizinha (:orto Kico% deacordo com o testemunhode #video) Andians são empre"ados para capturar o branco e para destru*2los porimersão%então montou "uarda por semanas em torno da afo"ado ao se eram ounão sujeito à deteriora+ão. 7 partir dessa compara+ão entre as duas pes'uisasemer"emonclus4es6 o Branco invocadas as cincias sociais en'uanto os *ndios tinham vez

    confian+a nas cincias naturais e% ao mesmo tempo branco proclamou 'ue os *ndioseram animais% estes 3ltimos estavam contentes com o primeiro suspeito a serdeuses. 7i"ual a i"norDncia% o 3ltimo mtodo foi certamente os homens mais di"nos. 0$oentanto% como>iveiros de astro mostrou empurrando a interpreta+ão de Lvi2trauss% a idia nãoerase os con'uistadores eram deuses% mas simplesmente se eles tinham corpos.iv

    !/% naturalmente% uma diferen+a entre um projeto cosmopolita montado pelasociedade civilAnternacional e 'ue me refiro a'ui. omo foi dito durante a reunião noLondon chool of 1connomics em fevereiro de TWWS or"anizado por Ulrich Beck% adiferen+a est/o peso dado ao cosmos prazo. 0idadãos do mundo0 são cosmopolita% verdade% isso não si"nifica% no entanto% 'ue inte"rou todos os problemas de uma

     pol*tica referindo2se ao cosmos. Cesmo incluindo 1tienne 9assin% Cundo comum6:ara um cosmo2pol*tico conflitos (:aris6 euil% TWWS)% e =aniele 7rchibu"i% ed.=ebatendo osmopol*ticas ($e, Left Kevie, =ebates) ($e, Xork6 >erso%

    TWWQ). 7"radecer 7lm disso% os participantes deste debate para a sua visão enfrentar este enormecorpus refle-ivo.

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    vAsabelle ten"ers% osmopoliti'ues2>olume N6 9he

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    entur; (:aris6 euil% NRRP).-iii=e acordo com :hilippe =escola e >iveiros de astro% esta atitude est/ relacionadacom tudoanimistas 2 ao contr/rio totemistas% naturalistas e analo"ists. (1u uso a'ui avocabul/rio desenvolvido por =escola em seu ensaio 0onstruindo naturezas61colo"ia ;mbolice :r/tica ocial 0% 8isli :alsson e =escola% eds% $atureza e ociedade.7ntropol&"ico:erspectivas ZLondon6 Koutled"e% NRR[% OT2NWT) .. e"undo >iveiros de astro%indiano7mazon tambm fazem parte do processo de "lobaliza+ão% no sentido de 'ue 0n&s0temos

     built2in 0seus0 cosmolo"ias. & em seus sistemas cosmopolitas% n&snão tm o espa+o 'ue 0n&s0 pensamos 'ue temos% e este projeto difere da idia de'ueadmite 'ue 0n&s0 a"ir no 0"lobal0 e em seu 0local0.

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    -iv

    !/ uma "rande diferen+a entre 0cincia0% entendida como a prolifera+ãoentidades 'ue re"em a comunidade e 0cience0 como um meio para eliminar as'ualidadesse"undos em favor de 'ualidades prim/rias. ada um desses projetos e-i"ediferentes processos pol*ticos. :ara ir mais lon"e% ver meu ensaio 1speran+a de:andora61nsaios sobre a Kealidade de 1studos de incias (ambrid"e% C76 !arvardUniversit; :ress% NRRR).7o contr/rio do 'ue naturalistas acreditam na cincia pouco

     permitir/ aos cientistas ter eliminativistas. 1ste ponto bem desenvolvida porten"ersem seu brilhante livro :ensando com

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    -vii1m ommon Eno,led"e% defendi as varia+4es desta tese com base em S7rti"os T ] e di/lo"os. 0$a media+ão tcnica% Milosofia% ociolo"ia% 8enealo"ia0em WQ6WT(#utono NRRS)6 TR2S% 0# IpedofilI de Boa >ista6 uma foto2monta"em2Milos&fico0em S6N (primaveraNRRY)6 NSS2OP6 0$ão objetos cient*ficos tm uma hist&ria6 :asteur com