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GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE
COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS
SISTEMAS ISOLADOS.
(DISPONIBILIZADO PARA FINS DE SUGESTÕES E CONTRIBUIÇÕES EXTERNAS)
SUMÁRIO
I - Introdução ___________________________________________________ ___22
II - Histórico ______________________________________________________ 33
III - A Caracterização do Sistema Interligado e Sistemas Isolados 5
IV - Evolução da legislação visando suprimir, progressivamente, o montante dos recursos destinados à geração termelétrica até sua extinção. ____________________________________________________________ 66 V - A Sub-rogação dos benefícios da CCC para o Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Geração de Energia Elétrica__________7
VI - Requisitos básicos para a sub-rogação ____________________ 9 VII - Procedimentos _________________________________ 9
VIII - Perspectivas de Evolução da Conta Consumo de Combustíveis 710
IX - Perspectivas de evolução do montante de recursos da Conta Consumo de Combustíveis ________________________________________ 714 799 ANEXOS
ANEXO 1 - Metodologia de Cálculo de Benefícios da Sub-rogação da CCC____________________________________________________________________ 1616
ANEXO 2 - Distribuição de consumo de combustíveis fósseis nos sistemas isolados e subsidiados pela CCC-ISOL - previsão para 2000 e respectiva participação de cada estado no rateio da contribuição a CCC. _______ 1818
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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ANEXO 3 - Requisitos e Procedimentos para solicitação dos benefícios da CCC, estabelecidos na Resolução ANEEL nº 245/99 - GUIA PRÁTICO1919
I - Introdução
Para subsidiar a geração de energia elétrica com o uso de combustíveis
fósseis, foi criada, por lei, a Conta Consumo de Combustíveis - CCC. Ela
disciplinou o rateio dos custos de aquisição desses combustíveis entre
todas as concessionárias ou autorizadas do país, para garantir os recursos
financeiros ao suprimento de energia elétrica a consumidores de
localidades isoladas do sistema interligado de geração e distribuição, bem
como da geração termelétrica que atende, principalmente, à demanda de
ponta dos sistema interligado, com tarifas uniformizadas.
A reestruturação do setor elétrico brasileiro introduziu novos conceitos de
competição na geração de energia elétrica. A ampliação de exigências
voltadas para a sustentabilidade dos meios de geração em termos técnicos
e ambientais - relacionadas com a redução de emissões de gases de efeito
estufa para a atmosfera - e a necessidade de universalizar o suprimento
de energia elétrica para a população brasileira, motivaram a criação de
incentivos ao desenvolvimento de alternativas de geração de energia
elétrica a partir de fontes renováveis. A sub-rogação dos recursos da CCC
a empreendimentos de geração a partir dessas fontes favorece a
substituição do consumo de combustíveis fósseis na geração de energia
elétrica.
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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II - Histórico
Por várias décadas, o setor elétrico brasileiro cumpriu com eficácia a
função de subsidiar o desenvolvimento econômico e industrial do país. A
exploração racional e integrada dos potenciais hidráulicos proporcionou o
atendimento à demanda crescente por energia elétrica, notadamente após
a década de 60, quando o uso do vasto potencial dos recursos hídricos se
tornou realidade. A expansão contínua do parque gerador instalado foi
possível pela intervenção estatal, tendo a coordenação técnica, financeira
e administrativa do setor público, sido exercida pela Eletrobrás. Integrada
a uma estrutura de empresas geradoras e distribuidoras de âmbito
regional que investiram na infra-estrutura de grandes barragens, centrais
elétricas, linhas de alta tensão, etc. - o setor promoveu a construção e
operação dos sistemas elétricos hoje existentes. Houve o aporte de capital
requerido pelo crescimento urbano e industrial, que assegurou energia
elétrica em larga escala e baixo custo. As redes de transmissão de energia
foram decisivas para descentralizar a disponibilidade de energia para além
das proximidades dos centros de geração, permitindo integração entre
pontos críticos e o gerenciamento da sazonalidade da energia. Tudo isso
foi efetivo nas regiões Sul, Sudeste e grande parte das regiões Nordeste e
Centro-Oeste. A região Norte ou, mais precisamente, grandes áreas
pertencentes à Amazônia Legal, permaneceram, por questões de
obstáculos naturais e barreiras logísticas, associadas a grandes extensões
geográficas, dependentes de subsídio aos combustíveis fósseis (diesel e
óleo combustível) para que a geração termelétrica descentralizada pudesse
atender, com tarifas uniformizadas e compatíveis, os consumidores
daquelas regiões.
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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A Lei no 5.899, de 5 de julho de 1973, inciso III, art.13, dispõe que os
ônus e vantagens decorrentes do consumo dos combustíveis fósseis para
atender às necessidades do sistema interligado ou por imposição do
interesse nacional sejam rateados entre todas as empresas
concessionárias, de acordo com critérios estabelecidos pelo Poder
Executivo. O Decreto no. 774, de 18 de março de 1993, que regulamentou
a Lei no. 8.631, de 4 de março do mesmo ano, dispõe, no art. 22,
providências sobre o rateio do custo de consumo de combustíveis, que
abrangem a totalidade dos distribuidores de energia elétrica através da
Conta Consumo de Combustíveis - CCC, compondo reservas financeiras
para cobertura desse custo. Com a vigência desse decreto, grande parte
da capacidade instalada de geração termelétrica nacional passou a usufruir
dos recursos da CCC.
Para se avaliar a dimensão dos recursos envolvidos, o quadro a seguir
apresenta os valores previstos de aporte à CCC, nos três últimos anos:
PREVISÃO DE DISPÊNDIOS DA CCC DESDE 1998 (R$ X 106)
ANO Sist. Interligado Sist. Isolados Total 1998 149 654 8031999 428 511 9392000 1342 653 1996
Fonte: Resoluções ANEEL nos 204/98, 238/99 e 274/00.
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III - A Caracterização do Sistema Interligado e Sistemas Isolados
O Decreto no 774, de 18 de março de 1993, art.22, desdobrou a CCC em
três sub-contas distintas:
a) CCC-S/SE/CO - Conta Consumo de Combustíveis destinada a cobrir os
custos de combustíveis fósseis da geração termelétrica constantes do
Plano de Operação do Sistema Interligado do Sul, Sudeste e Centro-
Oeste, tendo como contribuintes todos os concessionários que atendam
a consumidores finais cujos sistemas elétricos estejam, no todo ou em
parte, conectados a esse sistema interligado;
b) CCC- N/NE - Idem para os custos constantes no Plano de Operação do
Sistema Interligado do Norte e Nordeste;
c) CCC-ISOL - Idem para os custos constantes no Plano de Operação dos
Sistemas Isolados, tendo como contribuintes todos os concessionários
do país que atendam a consumidores finais;
Os demais artigos do Decreto nº 774 tratam das atribuições da Eletrobrás
e do extinto DNAEE, sucedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL, para a definição das quotas anuais de rateio dessas sub-contas. A
partir dos Planos Anuais de Combustíveis, até o dia 31 de outubro de cada
ano, a Eletrobrás deve estabelecer as quotas de rateio a serem
homologadas pela ANEEL. A tarifa de energia elétrica que valoriza a
'Energia Hidráulica Equivalente'1 de cada concessionária ou autorizada do
sistema isolado, e que define o montante a ser descontado das despesas
com combustíveis rateadas pela CCC-ISOL, também é definido pela ANEEL.
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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Por meio de resoluções específicas da ANEEL, cada concessionário recolhe
à Eletrobrás, para crédito à CCC, as quotas anuais que lhe são atribuídas,
em duodécimos, até o dia 10 de cada mês vencido. O reembolso mensal
das despesas com a aquisição de combustíveis é então efetuado pela
Eletrobrás aos concessionários, a débito da CCC respectiva, sendo que a
CCC-ISOL só reembolsa as despesas com combustíveis que excedam à
respectiva Energia Hidráulica Equivalente, excluídos todos os tributos
estaduais e municipais incidentes sobre o valor base do combustível.
IV - Evolução da legislação visando suprimir, progressivamente, o
montante dos recursos destinados à geração termelétrica até sua
extinção.
O art.11 da lei no 9.648, de 27 de maio de 1998, estabeleceu que as
usinas termelétricas situadas nas regiões abrangidas pelo sistema elétrico
interligado, cuja operação tenha-se iniciado a partir de 6 de fevereiro de
1998, não mais fariam jus aos benefícios da sistemática de rateio de ônus
e vantagens decorrentes do consumo de combustíveis fósseis – CCC,
prevista no inciso III do art. 13 da Lei nº 5.899, de 5 de julho de 1973. O
mesmo artigo manteve, temporariamente, a sistemática de rateio para as
termelétricas do sistema interligado, em operação em 6 de fevereiro de
1998, considerando prazos e condições de transição, definidos na
Resolução ANEEL nº 261/98, a qual mantém o reembolso integral dos
custos com combustível até 2002, sendo reduzidos gradualmente nos três
anos subsequentes: 25% em 2003, 50% em 2004 e 75% em 2005, até a
extinção do benefício para o sistema interligado, a partir de 2006 inclusive.
1 Energia Hidráulica Equivalente - valor para cada concessionário que poderia substituir a totalidade da geração
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Ressalta-se que a manutenção temporária da CCC, para as centrais
termelétricas a carvão mineral, aplica-se exclusivamente àquelas que
utilizam apenas produto de origem nacional.
Com a reestruturação do setor elétrico brasileiro, a extinção do GCOI e do
CCON, e com a necessidade da adoção de procedimentos uniformes para o
processamento da CCC, a ANEEL estabeleceu, por meio da Resolução nº
350, de 22 de dezembro de 1999, os procedimentos para composição
dessa conta e o seu respectivo gerenciamento.
O gerenciamento da CCC é de competência legal da Eletrobrás, e o rateio
dos custos abrange a totalidade das distribuidoras e autorizadas. Para
composição do requisito financeiro e cálculo do valor das quotas são
utilizados os valores definidos pelo ONS, consubstanciados nos
procedimentos do 'Planejamento da Operação Energética de Médio Prazo',
do 'Planejamento da Operação Elétrica de Médio Prazo' e do cálculo do
custo de geração termelétrica.
V - A Sub-rogação dos benefícios da CCC para o Desenvolvimento das
Fontes Renováveis de Geração de Energia Elétrica
A sistemática da CCC subsidia o custo dos combustíveis fósseis, garante o
preço uniforme da energia elétrica fornecida às regiões isoladas e atende
necessidades de ponta de consumo no sistema interligado (CCC-S/SE/CO e
CCC-N/NE). Por outro lado, contribui para a crescente obsolescência do
parque termelétrico do país, além de onerar as concessionárias do Sistema
Interligado, que repassam custos para as tarifas de todos os consumidores
finais.
termelétrica caso os sistemas estivessem completamente interligados.
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Pelos motivos expostos e considerando a meta de universalização dos
serviços de eletricidade no país, a Lei nº 9.648/98 determinou também
que os aproveitamentos hidrelétricos tratados no inciso I do art.26 da Lei
nº 9.427/96 e a geração elétrica a partir de fontes alternativas que
venham a ser implantadas em sistema elétrico isolado, substituindo
geração termelétrica com derivados de petróleo, sub-rogar-se-ão ao
direito de usufruir dessa sistemática de rateio.
A Resolução da ANEEL no 245, de 11 de agosto de 1999, regulamentou as
condições e os prazos para a sub-rogação do rateio da CCC aos projetos
em sistemas elétricos isolados que substituam total ou parcialmente a
geração termelétrica com derivados de petróleo ou que atendam a novas
cargas pela expansão do mercado. Os termos dessa resolução se
fundamentaram na Lei nº 9.648 e nos incisos IV e VI do Art.3º do Anexo I
do Decreto nº 2.335, a partir da criação de condições para a modicidade
tarifária sem prejuízo da oferta, com ênfase na qualidade do serviço de
energia elétrica e na adoção de medidas efetivas para assegurar a oferta
de energia elétrica a áreas de baixa renda e de baixa demanda, urbanas
e/ou rurais.
A aplicação da sistemática de rateio da CCC será mantida, para os
sistemas isolados, até 27 de maio de 2013. A sub-rogação dos benefícios
da CCC-ISOL, válida até essa data, possibilita a utilização dos recursos da
CCC para viabilização de empreendimentos de geração que utilizem fontes
alternativas ou enquadrados como PCH.
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VI - Requisitos básicos para a sub-rogação
Poderão se sub-rogar dos benefícios da CCC-ISOL os empreendimentos
que se enquadrem nas seguintes condições:
a) Pequenas Centrais Hidrelétricas assim entendidas como aquelas que
estejam em conformidade com o estabelecido na Resolução nº 394/98 e
potência instalada de projeto entre 1 MW e 30 MW;
b) Demais empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de
fontes renováveis;
VII - Procedimentos
A ANEEL, por ocasião do ato de outorga dos empreendimentos, explicitará
a concessão do benefício.
Além dos requisitos necessários à outorga, conforme o disposto na
Resolução ANEEL nº 112/98, o empreendedor deverá encaminhar à ANEEL
o protocolo de entendimento ou compromisso negociado com o
proprietário da central geradora termelétrica a ser substituída,
estabelecendo metas e condições para o atendimento do mercado
associado. Esse procedimento não é necessário para acréscimo na carga
de geração, ou seja, quando comprovado que o aumento da demanda (a
compor a energia de referência) será maior ou igual à demanda atual.
Deverão, ainda, ser enfatizados, quando do atendimento à Resolução nº
112/98, o cronograma detalhado das obras bem como a data prevista para
entrada em operação comercial do empreendimento.
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As solicitações de sub-rogação deverão ser encaminhadas à ANEEL até o
dia 30 de junho do ano anterior à data de entrada em operação comercial
do empreendimento, para enquadramento. Após análise dos requisitos
necessários à sub-rogação, a ANEEL estabelecerá e publicará a Energia de
Referência – ER relativa ao empreendimento, bem como o número de
parcelas mensais a serem pagas. O valor de ER será estabelecido com
base no mercado atendido e na demanda reprimida de energia de longo
prazo.
VIII - Perspectivas de Evolução da Conta Consumo de Combustíveis
Completado um ano da regulamentação pela ANEEL, para que os recursos
da CCC possam ser transferidos em benefício de empreendimentos de
energia a partir de fontes renováveis, não se registraram projetos com a
intensidade esperada. Apesar da excelente atratividade que a medida
proporciona para os investidores, a menos de raras exceções, eles não têm
procurado credenciar projetos qualificados. Várias justificativas podem ser
relacionadas para tal fato.
Em primeiro plano se denota falta de interesse das empresas de geração e
distribuição, concessionárias ou autorizadas, em preterirem os recursos
fáceis - garantidos por lei - dos reembolsos aos combustíveis fósseis. Tal
postura implica em inércia e acomodação à situação atual. Aliado a isso,
nas regiões em que se encontram os sistemas isolados, as empresas
passam por ajustes, geralmente associados a processos de privatização.
Isso resulta em resistências de caráter estratégico quanto à aceitação e
implementação de novas regras impostas pela reestruturação do setor de
energia elétrica, voltadas tanto para a competição de mercado como entre
fontes de energia. Há insegurança de produtores independentes ou
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investidores na área de geração quanto ao emprego de capital em projetos
de fontes renováveis, uma vez que não tenham previamente assegurada a
venda de energia para a concessionária local. Pela sistemática da sub-
rogação dos benefícios da CCC fica subentendido que, no caso de um
empreendimento vir a atender mercado existente, será necessário que o
atual beneficiário dos recursos seja interveniente no processo de sub-
rogação, a fim de que o benefício não seja concedido duplamente.
Inexiste obrigatoriedade das empresas concessionárias ou autorizadas
migrarem do uso de combustíveis fósseis para o uso de energias
renováveis. Outros incentivos concorrentes não se encontram disponíveis
para as fontes renováveis alternativas à hidrelétrica. É o caso da dispensa
de pagamento de tarifa pelo uso dos sistemas de transmissão de que as
Pequenas Centrais Hidrelétricas (1 a 30 MW) dispõem. Por outro lado,
também esses projetos de PCH são prejudicados por não disporem do
serviço de despacho centralizado do ONS, deixando o produtor na
incerteza de inserção da energia gerada, devido às oscilações da demanda
efetiva.
Mesmo que seja acordada a venda de energia e exista anuência do
concessionário local, do ponto de vista financeiro, o benefício da sub-
rogação para a geração com fontes renováveis não possibilita redução do
risco do investidor. O custo financeiro associado ao endividamento inicial
do empreendimento é mantido.
A Resolução ANEEL nº 233/99 estabelece os Valores Normativos - VN que
limitam o repasse dos preços de aquisição de energia elétrica, livremente
negociados pelas distribuidoras, para as tarifas dos consumidores finais.
Estabelece fórmulas para o cálculo do custo da energia comprada e
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esclarece que, na faixa de até 5% em torno do VN, o repasse será integral.
Os valores definidos pela ANEEL (quadro a seguir) regulamentam o
procedimento legal para o repasse de custo, sendo um dispositivo
favorável à inserção de fontes energéticas mais dispendiosas. Porém, não
tem sido medida suficiente para a incorporação da atratividade do
benefício da CCC às fontes renováveis, prevalecendo ainda a barreira da
incerteza dos investidores quando optam por processos não estabelecidos
em larga escala.
Valores Normativos para repasse de custos
Fonte VN - R$/MWh PCH 71,30
Biomassa 80,80 Energia Eólica 100,90 Energia Solar 237,50
fonte: Resolução ANEEL nº 233/99. As perspectivas para a transferência dos benefícios da CCC ao
desenvolvimento das fontes renováveis sugerem que devam concorrer
outras medidas regulatórias ou dispositivos legais. Para ilustrar o tipo de
intervenção que é dado ao tema na Alemanha, se destaca a recente lei de
garantia de prioridade para fontes renováveis de energia naquele país. A
legislação procura promover o desenvolvimento sustentável do suprimento
de energia, considerando a proteção ao meio ambiente e o gerenciamento
do aquecimento global. Há que se registrar a distinção de prioridade deste
último requisito, uma vez que a Alemanha tem compromissos de redução
de emissões de gases de efeito estufa assumidos com os termos do
Protocolo de Kyoto e dos objetivos definidos pela União Européia, tendo
participado das negociações finais com a posição ativa pela implementação
dos compromissos. É previsto o aumento substancial da contribuição das
fontes renováveis na geração de energia elétrica com o objetivo de, ao
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menos, duplicar a parcela dessas fontes no consumo nacional de energia,
em torno de 2010.
A lei alemã estabelece a obrigação aos operadores das redes públicas de
conexão prioritária para energia elétrica originada de fontes renováveis,
definindo critérios de compra e o pagamento pelo uso das redes. Dentre as
obrigações se destaca a de caracterizar a rede de transmissão como apta
para tal obrigação mesmo que seja necessário o seu redimensionamento,
incorrendo em custo econômico. Prevê valores mínimos diferenciados por
fontes e montantes de compra de energia. É o caso de geração de
hidrelétrica de potência até 500 kW, de plantas de biomassa, de energia
eólica, solar e geotérmica. Por fim, a lei alemã prevê um esquema de
equalização dos sobrecustos originados por tais obrigações, em nível
nacional, entre todos os operadores dos sistemas de transporte e
comercialização de energia.
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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IX - Perspectivas de evolução do montante de recursos da Conta
Consumo de Combustíveis
Apenas com finalidade ilustrativa e termo de comparação de montante de
recursos projetados, se pode estimar a evolução das sub-contas CCC S-
SE-CO e CCC N-NE, considerando que as novas demandas da geração
termelétrica não mais serão incorporadas à sistemática de rateio de custos
e ainda que, por hipótese simplificadora, se mantenham até 2004 os níveis
atuais de preço dos combustíveis fósseis. Dessa forma, o gráfico a seguir
apresenta uma estimativa dos recursos das sub-contas do Sistema
Interligado.
Estimativas de Recursos da CCC
0123456
2000 a2002
2003 2004 2005 To tal
Anos
R$
em b
ilhõe
s SistemaS-SE-CO
SistemaN-NE
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Para se dispor de uma estimativa de montante de recursos a serem
parcialmente redirecionados para o desenvolvimento das fontes de energia
renováveis, foi simulado um cenário de evolução da sub-contas CCC-ISOL.
Em anexo à mais recente Resolução da ANEEL - 274/00, de 19 de julho de
2000 - são fixados os valores revisados das quotas anuais referentes aos
dispêndios com combustíveis para geração de energia elétrica a crédito na
CCC - relativos ao exercício de 2000, contendo o rateio das cotas nos
sistemas isolados no montante total de R$ 653.192.688,63. A sistemática
de rateio com expansão da capacidade instalada até 2013 foi estimada
para uma evolução da sub-conta CCC-ISOL. Nessa estimativa admitiu-se,
por hipóteses simplificadoras, a manutenção do atual nível de preços dos
combustíveis fósseis e um acréscimo da capacidade instalada que atenda
um incremento anual de 8% ao ano na demanda por energia - taxa
compatível com o crescimento populacional e o crescente cumprimento da
meta de universalização dos serviços de energia. Dessa forma, o gráfico a
seguir apresenta uma estimativa dos recursos da sub-conta dos Sistemas
Isolados e o valor acumulado de R$ 15,82 bilhões, no horizonte de 2000
até 2013, a serem despendidos nos aportes a CCC-ISOL e passíveis de se
reverter em incentivo econômico-financeiro ao desenvolvimento das fontes
renováveis de energia no Brasil.
E stim ativ as d e R ec u rso s d a C C C -IS OL
02468
1 01 21 41 61 8
Ano
R$
em b
ilhõe
s
To ta l
S is tem asIso lado s
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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ANEXO I
ANEXO 1 - Metodologia de Cálculo de Benefícios da Sub-rogação da CCC
1. Cálculo dos benefícios da sub-rogação – Aplicado a uma Pequena Central
Hidrelétrica – PCH com potência de 10 MW – Exemplo numérico
A seguir é simulado o cálculo para determinação do valor mensal de benefícios da sub-rogação
da CCC que pode vir a ser pago a um empreendimento de Pequena Central Hidrelétrica
substituindo geração termelétrica a combustível fóssil ou atendendo expansão de mercado em
área fora do sistema interligado. Para esse exemplo, o investimento é de 12 US$ milhões, com
prazo de construção de 3 anos, e supondo-se a substituição de geração termelétrica isolada
com uso de óleo diesel como combustível.
O custo de manutenção é de 10 US$/MWh e o preço de venda da energia gerada de 36
U$S/MWh. Supondo-se um fator de capacidade de 0,7, a estimativa para energia gerada é de
61.320 MWh/ano ou 5.110 MWh/mês.
2. APLICAÇÃO DA FÓRMULA DO ART. 8. DA RESOLUÇÃO nº 245/99:
Vi = ECi . K . ( 1000 . ρρρρ . PCi - TEH )
ECi = Energia mensal, considerando que a energia verificada mensalmente será sempre igual
ou superior à energia de Referência = 5110 MWh/mês
K = 0,9 - início de operação anterior a 2007
ρ = 0,3 l/kWh
PCi = preço do óleo diesel substituído mensalmente = 0,6 R$/l
TEH = Tarifa de Equivalente Hidráulica publicada pela ANEEL = 25,12 R$/MWh
Vi = Valor mensal do benefício a ser pago ao empreendedor com os recursos da CCC-ISOL =
5110 x 0,9 x (1000 x 0,3 x 0,6 - 25,12) = R$ 712.293,12
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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V(R$) = Valor dos benefícios anuais em Reais = 12 x R$ 712.293,12 = R$ 8.547.517
V(US$) = Valor dos benefícios anuais em Dólares = R$ 8.547.517 / 1,82 R$S/US$ = US$
4.696.438
Impacto no fluxo de caixa do empreendimento com o benefício da CCC:
TIR = 12.94% TIR = 27.95% sem Benefício com Benefício
ANO 1000 US$ limite (*) 1000 US$ 0 a 3 -12000 -12000
4 1594 4696 6291 5 1594 4304 5898 6 1594 1594 7 1594 1594 ! ! ! ! ! ! ! !
33 1594 1594 (*) 75% de US$ 12 milhões = US$ 9 milhões Conclusão: a taxa interna de retorno - TIR do investimento para o empreendedor sobe de 12,94%
a.a. para 27,95% a.a. com o benefício da sub-rogação da CCC.
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ANEXO II
ANEXO 2 - Distribuição de consumo de combustíveis fósseis nos sistemas
isolados e subsidiados pela CCC-ISOL - previsão para 2000 e respectiva
participação de cada estado no rateio da contribuição para a CCC.
1. PREVISÃO PARA 2000 - CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS Pot.
Nom.. (MW)
Uni - dades
Carga Média (MW)
Geração Prevista (GWh)
t Óleo Comb.
1000 l Òleo Diesel
% Diesel
RIO BRANCO 153 41 43,0 901,8 127890 10.0INTERIOR ACRE 27 55 10,3 378,3 27054 2.1MACAPÁ 186 7 75,0 210,5 79976 6.2INTERIOR AMAPÁ 14 23 5,9 51,3 17069 1.3MANAUS 1047 30 318,0 2793,2 553576 340816 26.6INTERIOR AMAZONAS 150 264 57,2 502,2 150654 11.7INTERIOR PARÁ 85 148 26,9 233,8 2078 68926 5.4PORTO VELHO 398 16 156,0 764,6 209231 16.3INTERIOR RONDÔNIA 85 109 23,1 202,6 60778 4.8BOA VISTA 99 24 42,0 366,1 126240 9.9INTERIOR RORAIMA 12 89 4,5 39,3 11803 0.9INTERIOR TOCANTINS 2 18 0,57 5,0 1504 0.1ILHA - BA 1 4 0,13 1,1 329 0.0LOCALIDADES MA 2 7 0,16 1,4 430 0.0LOCALIDADES MT 70 157 24,9 9,6 54180 4.2LOCALIDADES MS 4 3 1,1 180,6 2876 0.2ILHA - PE 2 6 0,35 3,1 1093 0.1TOTAL 2337 1001 750,41 6644,5 555654 1280849 100.0Fonte: GTON / CTP - Plano de Operação para 2000 - Sistemas Isolados. 2. PARTICIPAÇÃO DE CADA REGIÃO NO RATEIO DE CONTRIBUIÇÃO PARA A CONTA CONSUMO DE
COMBUSTÍVEIS - SISTEMAS ISOLADOS CCC-ISOL
REGIÃO PARTICIPAÇÃO (%) NORTE 7,1
NORDESTE 14,2 CENTRO-OESTE 5,2
SUDESTE 58,0 SUL 15,5
TOTAL 100,0 Fonte: GTON / CTP - Plano de Operação para 2000 - Sistemas Isolados.
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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ANEXO III
ANEXO 3 - Requisitos e Procedimentos para solicitação dos benefícios da
CCC, estabelecidos na Resolução ANEEL nº 245/99 - GUIA PRÁTICO
I - Itens a serem observados para que se possa fazer jus aos benefícios previstos na Resolução nº 245/99:
1. A central geradora de direito deverá ser implantada em sistemas isolados.
De acordo com a Lei nº 9.648, de 27/05/98, fica mantida, pelo prazo de 15 anos após sua publicação, a aplicação da sistemática da CCC para os sistemas isolados, estabelecida na Lei nº 8.631, de 04/03/93, e possibilita a utilização dessa sistemática para PCHs e geração a partir de fontes alternativas implantados em sistemas isolados. Portanto, a sistemática utilizada é a da CCC-ISOL, definida de acordo com o Decreto nº 774, de 18/03/93, que regulamentou a Lei nº 8.631. De acordo com o Decreto nº 774, a CCC-ISOL destina-se à cobertura dos custos de combustíveis da geração térmica constantes dos Planos de Operação dos sistemas isolados, definidos pelo GTON.
2. A geração proveniente do empreendimento deverá possibilitar a
desativação total ou parcial de uma usina térmelétrica já existente. Nesse caso deverá haver o documento formal com o “de acordo” da concessionária local.
3. Atendimento a novas cargas devido a expansões do mercado atual. 4. Quanto ao direito aos benefícios - A sub-rogação dos benefícios da
CCC aplica-se somente às PCHs ou empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fontes alternativas que tenham sido outorgados pela ANEEL e que ainda não estejam em operação.
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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II - Como solicitar o benefício? • A concessão do benefício deverá ser solicitada à ANEEL, juntamente com o pedido de outorga do
empreendimento. • Os empreendimentos, cuja outorga já tenha sido expedida, mas que ainda não tenham iniciado sua
operação, deverão encaminhar solicitação do benefício à ANEEL, até o dia 30 de junho do ano que antecede a entrada em operação do empreendimento, endereçada à:
Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL SGAN – Quadra 603 – Módulo J CEP 70.830-030 BRASÍLIA - DF
III - Documentação Necessária
Além dos documentos necessários à outorga do empreendimento, deverão ser encaminhados à ANEEL, os seguintes: • Cronograma detalhado das obras, com a data prevista para o início da operação comercial do
empreendimento; • No caso de substituição de unidades térmicas existentes, é necessário o documento formal de
concordância do proprietário da central geradora térmica a ser substituída. Esse documento deverá conter todos os dados que dizem respeito ao montante de energia e potência a ser substituída.
• Cópia dos contratos de venda de energia elétrica firmados pelo empreendimento.
IV - Como será calculado o benefício? Para cada empreendimento, com base na documentação apresentada, a ANEEL estabelecerá um valor de Energia de Referência – ER, que será utilizado para o cálculo do valor mensal do benefício, a ser pago pela CCC, de acordo com a fórmula constante da Resolução nº 245, de 11 de agosto de 1999. V - Como será feita a comunicação aos empreendimentos que obtiverem o
direito ao benefício?
Anualmente, até o dia 31 de outubro, a ANEEL publicará Resolução com os nomes do projetos que se sub-rogarão no direito de uso da CCC, estabelecendo, para cada um deles, o valor da Energia de Referência correspondente e o número de parcelas a serem pagas.
VI - A quem cabe a administração desse recurso?
Após a definição, pela ANEEL, dos empreendimentos que terão direito ao benefício, caberá ao Grupo Técnico Operacional da Região Norte – GTON, o acompanhamento, controle, recolhimento dos dados operacionais, pagamento do benefício e demais procedimentos relativos à administração da CCC, conforme a sistemática de controle definida por aquele órgão.
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL GUIA PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA CONTA CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS - CCC POR EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NOS SISTEMAS ISOLADOS.
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VII - Quem recebe o benefício?
O pagamento do benefício será efetuado pelo GTON, diretamente ao empreendimento detentor do direito ao benefício.
***Para maiores informações e esclarecimentos, fale conosco. Ligue 0800-612010