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O ENFRENTAMENTO DA DOR GRUPO FRATERNIDADE GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL www.juraemprosaeverso.com.br [email protected] 21 de setembro de 2015 igue o som – Clique para avançar os slides PP-2-188

O ENFRENTAMENTO DA DOR GRUPO FRATERNIDADE GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL [email protected] 21 de setembro de

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O enfrentamento da dorGRUPO FRATERNIDADEGRUPO APRENDIZES DA ARTE REALwww.juraemprosaeverso.com.brjurandi@juraemprosaeverso.com.br21 de setembro de 2015Ligue o som Clique para avanar os slidesPP-2-188

H vrias espcies de dores capazes de atingir os coraes humanos.

Qual a mais intensa?

Parece-nos ser aquela que estamos sentindo no momento.

Temos o costume de esquecer o passado e valorizar o sentimento presente como se nada de pior j tivesse acontecido, ou pudesse vir a acontecer.

Isso uma tendncia muito natural do ser humano. Mesmo assim, existem sofrimentos que se distinguem dos outros, e assumem perante a maioria das criaturas uma condio de maior gravidade.

A morte de um ser querido, por exemplo. No h quem no se comova, sofra, sinta verdadeiramente quando um ser amado abandona o envoltrio corporal e parte para outro plano da vida.

Pouco importa se a desencarnao foi repentina, ou no; se foi violenta, ou serena. No interessa se aquele que partiu j contava com avanada idade, ou se ainda era jovem.

No h como mensurar essa espcie de dor. E cada um a sente, e reage a ela, de forma diversa. H aqueles que se entregam, blasfemam e se revoltam. H outros que choram, mas que aceitam, envolvendo suas dores no blsamo da prece e da f.

H, ainda, os que buscam modos nobres e belos para render novas homenagens queles que j se foram.

Assim parece-nos ter agido o poeta Augusto Frederico Schmidt, que toca nossos coraes com os seguintes versos:

"Os que se vo, vo depressa,

Ontem, ainda, sorria na espreguiadeira.

Ontem dizia adeus, ainda da janela.

Ontem vestia, ainda, o vestido to leve cor-de-rosa.

Os que se vo, vo depressa.

Seus olhos grandes e pretos, h pouco, brilhavam.

Sua voz doce e firme faz pouco ainda falava.

Suas mos morenas tinham gestos de bnos.

No entanto hoje, na festa, ela no estava. Nem um vestgio dela, sequer.

Decerto sua lembrana nem chegou, como os convidados,

Alguns, quase todos, indiferentes e desconhecidos.

Os que se vo, vo depressa

Mais depressa que os pssaros que passam no cu,

Mais depressa que o prprio tempo,

Mais depressa que a bondade dos homens,

Mais depressa que os trens correndo, nas noites escuras,

Mais depressa que a estrela fugitiva que mal faz trao no cu.

Os que se vo, vo depressa.

S no corao do poeta, que diferente dos outros coraes,

S no corao sempre ferido do poeta

que no vo depressa os que se vo.

Ontem ainda sorria na espreguiadeira,

E seu corao era grande e infeliz.

Hoje, na festa ela no estava, nem sua lembrana.

Vo depressa, to depressa os que se vo ..."

No permita que sua dor, seja ela causada pelo motivo que for, o impea de perceber a beleza de cada momento.

No deixe que suas lgrimas, por mais sentidas e justas que sejam, turvem sua viso, impossibilitando que seus olhos vejam a vida com clareza e serenidade.

Dedique aos amores que partiram pensamentos otimistas e repletos de confiana no reencontro futuro, sem desespero nem revolta.

Se hoje, na sua rotina, pareceu-lhe que ningum notou a dor que lhe invadia intensamente o peito, saiba que nada, nem mesmo nossas angstias, passam despercebidas ao pai.

Confie, persista e prossiga, sempre.

GRUPO FRATERNIDADEGRUPO APRENDIZES DA ARTE REALTEXTO: Equipe de Redao do Momento Esprita, Texto com o ttulo A AUSENTE, modificado pelo Jura em Prosa e VersoFOTOS- Tema: AVES DO ARQUIVO DO JURA EM PROSA E VERSOFORMATAO: JURA EM PROSA E VERSOMSICA: Halleluja Ray Conniff