Upload
lamnhu
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Prof. Dr. Winston Kleiber de Almeida Bacelar
Professor Adjunto III da Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil
Pós Doc IGOT – Bolsista Capes/FCT
O Estado-Município nas Pequenas
Cidades do Brasil
A construção/produção da cidade saudável, o lugar
saudável É UMA BUSCA CONSTANTE pelo
TERRITÓRIO SAUDÁVEL.
Assim, a dimensão do político e do político-
administrativo na produção da governança, do
emponderamento é fundamental e o papel das
TIC’s na intermediação entre Estado e sociedade é
fundamental.
Ninguém vive no Estado...não se vive
no país...não se vive na região...
Vive-se no local...VIVE-SE no
território...enfim, VIVE-SE no LUGAR
Estado - Governo Estado –
sociedade/povo
Estado – Sociedade
Civil Organizada; e
as ONGs (3º setor).
TIC’s A construção/produção da
cidade saudável depende
de vários agentes/atores
A CONSTRUÇÃO /PRODUÇÃO DA
CIDADE SAUDÁVEL
Século XIX e parte do século XX: Construção do estado nacional
brasileiro e solidificação do Estado nação português.
CONFIGURAÇÃO negativa:
BRASIL PORTUGAL
• Constituições centralistas e elitistas
(ex.: 1890, 1937 e 1969 );
•Regimes ditatoriais por grande parte
do século XX;
•Leis centralizadoras e coronelismos
locais e regionais;
•Municípios sem expressão ou poder
em resolutividade nas grandes áreas
da saúde, educação e segurança;
•Política getulista de redução do poder
regional dos coronéis.
•Fim da monarquia e “inauguração” da
república;
•Regime de exceção e ditadura (Estado
Novo);
• Constituições e leis centralistas e elitistas;
•Municípios sem expressão ou poder em
resolutividade nas grandes áreas da saúde,
educação e segurança;
•Políticas centralistas e pequeno poder
local.
Em Portugal e no Brasil a construção da cidade
saudável passa pelo entendimento do município...
município
De que até
1976, em
Portugal e 1988,
no Brasil.
A partir da
promulgação das
respectivas
Constituições
Nacionais (e
suas revisões e
acréscimos) o
município ganha
força e responde
por várias
demandas da
população.
PORTUGAL
A partir da Constituição Nacional e suas reformulações e emendas
(decretos lei e outras normativas) as esferas de administração do
território se redefinem
Poder
Central
Empondera
mento
PODER
REGIONAL
Poder local
emponderamento
Poder municipal
Poder central/Governo
Central do Território A Constituição Nacional (suas leis de
revisão, suas novas normativas e
decretos lei) e , especialmente, a
entrada de Portugal na União Europeia
e sua necessidade de adequação à
modernidade de seus pares produzem
uma nova dinâmica de administração
do território e do poder da governança
no território
.
Século XVIII até 1870
Poder
Central
Poder
regional
Poder
Local
A relação do poder entre as esferas territoriais
Poder
regional
Poder
Local
Século XVIII até 1870
Poder
Central
Poder
Regional
Poder
Local
Século XVIII até 1870
Poder
Local
Poder
Central
Poder
Regional
1870 até 1976
Poder
Central
Poder
Regional
Poder
Local
A partir de 1976
Poder
Central
Poder
Regional
Poder
Local
A distribuição de poder e a relação com a
administração e governança do território em
Portugal fica assim após 1976 (e consequentes
adequações legais e institucionais)...
1976
A produção da cidade saudável em Portugal Passa invariavelmente:
Pelos níveis de eficiência Estado (Central e
Local). O Estado em Portugal é ator/agente
fundamental na construção/produção
Pela aceitação de princípios gerenciais
preconizados pela Terceira Via e modernização
dos serviços públicos
Pela “motivação” dos organismos da UE
Pelo emponderamento do cidadão/população
com o maior uso das TIC”s.
BRASIL
A configuração da cidade, da administração do território
e parte da sociedade no Brasil colônia e na República
Velha (1889 a 1930).
É uma recriação lusitana: padrões
urbanísticos- arquitetônicos e administrativos.
Estruturação sócio-política calcada na lógica
familiar, patriarcal, clientelista e personalista.
Serviço Público como aspiração de carreira e
encarado como “favor” ao público.
Baixo ou não existente emponderamento do
cidadão/população (Anomia social).
A partir do Governo Vargas (1930-1945):
As elites locais
assumem o poder
nos pequenos
municípios.
Foi reduzido o poder
dos coronéis
regionais;
Clientelismos e
personalismos se
fundem na pequena
cidade.
O estado município
social se anuncia ...
A Constituição
brasileira de 1988
dá maiores poderes
aos municípios.
A gestão de verbas
federais e
estaduais passa
pelo executivo
municipal
A constante
cooptação do
Legislativo local;
inoperância de
ONGs e Conselhos
municipais; a mídia
inexistente; e om
pouco uso das
TIC’s. Assim, o
emponderamento
do cidadão esbarra
em vários
empecilhos
O emprego público
e as várias
transferências
sociais federais e
estaduais reforçam
o Estado Município
Social (Panen et
circensis)
Por que?
Estado “Anômico”
1940
A relação do poder politico no Brasil Passa invariavelmente:
1940
Poder
central
Poder Local
Poder
Regional
1988
As câmaras municipais brasileiras em
pequenos municípios
(legislativo/deliberativo) são
instituições frágeis no quesito
PRODUÇÃO DO ESPAÇO e
governança do território, ou seja, são
passivas, enquanto o executivo local e
nacional são ATIVOS. O órgão do
executivo local (as Prefeituras no
Brasil) têm papel incisivo e decisivo na
construção e produção da cidade
saudável.
Com a Constituição brasileira de 1988
a municipalização é uma presença
marcante, entretanto as
responsabilidades são maiores que o
aporte financeiro para os municípios
menores a partir do FPM (Fundo de
Participação dos Municípios). Este
repasse financeiro aos municípios
(feito sem exceção), depende apenas do
tamanho populacional
Divisão do “bolo” tributário no
Brasil 2007-2014.
Fonte: http://rluizaraujo.blogspot.pt/2009_11_01_archive.html
Nas pequenas cidades a relação
entre ambas as partes – Estado
e cidadão – se faz ainda de
maneira patrimonialista,
assistencialista, e calcada em
relações de parentesco.
Estas relações são observadas nas “relações promíscuas”
com os bens do Estado-município como aviamento de
receitas farmacêuticas, utilização de carros oficiais para
viagens particulares, utilização de verbas de combustíveis
como troca de voto entre outros. Assim, constatamos que
nestas pequenas cidades inseridas nestes municípios a
relação entre parte da população com o Estado-município
se dá de maneira direta e este Estado participa ativamente
da vida cotidiana da população, contudo não no sentido
democrático da expressão, mas na forma de benesses, do
compadrio e das trocas de favores eleitorais. Assim,
denominamos tal relação e situação de “Estado-município
social”, em que se somam ainda os programas assistenciais
((Estaduais) e programas do Governo Federal (bolsas e
etc.)
A produção de cidades saudáveis, da
administração pública e territorial e a nova
governança de pequenas cidades de
Portugal (moderno e que participa cada vez
mais do movimento democrático mundial)
é calcada em regras de governança
municipal estabelecidas a partir e dentro
dos princípios gerais da administração
pública da União Europeia. Enquanto nas
pequenas cidades brasileiras ainda estão
atrasadas em relação ao gerenciamento do
bem público e na promoção da real e
efetiva criação de cidades saudáveis.
A cópia (nossas pequenas cidades) se
espelha num momento histórico já
ultrapassado pelo original (Portugal)
há muito tempo. Assim, a “cópia” tem
que ser repaginada e reformulada,
para conseguir seguir o exemplo do
original e dar saltos evolutivos na
perspectiva de melhorar e modernizar
o trato do território e do respeito aos
verdadeiros interesses da comunidade.
A produção da cidade saudável na pequenas cidades
do Brasil Passará invariavelmente:
Pelos níveis de eficiência Estado (Local,
estadual e Central). O Estado pouco eficiente
e, na pequena cidade, ainda muito clientelista.
Pela efetivação da modernização dos serviços
públicos...cumprimento das leis existentes e
criação de outras...
Pela reforma política...
Pelo emponderamento do cidadão/população
com o maior uso das TIC”s.
A construção/produção da cidade saudável É
UMA BUSCA CONTANTE pelo TERRITÓRIO
SAUDÁVEL... Assim, a intermediação entre
Estado (agente produtor); sociedade civil
(agente/produtor); e território ... Tem nas TIC’s
uma importante ferramenta.
Ninguém vive no Estado...não se vive
no país...não se vive na região...
Vive-se no local...VIVE-SE no
território...enfim, VIVE-SE no LUGAR