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“O Estado precisava ser construído e consolidado.”
BRASIL IMPÉRIO Primeiro Reinado (1822-1831) Regência (1831-1840) SEGUNDO REINADO (1840-1889)
Onde estamos e para onde vamos?
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19ª, 20ª e 21ª AULA: SEGUNDO REINADO (1840-1889) OBJETIVOS: -Identificar os grupos políticos que atuaram durante o II Império e a forma como se articularam com relação a D.Pedro II; -Descrever a Revolução Praieira, os principais grupos envolvidos na disputa, os ideais que defendiam e as consequências da revolta; - Caracterizar o conflito entre os países da região do Prata e entender o processo que deu origem à Guerra do Paraguai e suas consequências para os países envolvidos; -Caracterizar a importância comercial que o cultivo e a exportação do café passaram a ter para o Brasil a partir da 2ª metade do século XIX; - Entender como se deu o fim do tráfico negreiro, o processo de tráfego interno de escravos entre as províncias e o processo de chegada de imigrantes europeus; -Identificar as consequências da Lei das Terras no contexto de mudanças econômicas e sociais que ocorreram na metade do século XIX;
SUMÁRIO 1. ANTECEDENTES. 2. VISÃO HOLÍSTICA DO PERÍODO MONÁRQUICO (RESUMÃO). 3. BUSCA DA IDENTIDADE DO POVO BRASILEIRO NO IMPÉRIO. 4. A POLÍTICA INTERNA. 5. CARACTERÍSTICAS DO IMPÉRIO (1840). 6. DIVISÃO POLÍTICA. 7. RESUMO DA ASCENSÃO E QUEDA DO IMPÉRIO. 8. LIBERALISMO. 9. PARTIDOS POLÍTICOS NO SEGUNDO REINADO. 10. ESTRUTURA POLÍTICA. 11.GOLPE DA MAIORIDADE – 1840. 12. RETORNO DOS CONSERVADORES – 1841 / 1844. 13. REVOLUÇÃO LIBERAL 1842 – SÃO PAULO. 14. REVOLUÇÃO LIBERAL 1842 – MINAS. 15. QUINQUÊNIO LIBERAL – 1844 / 1848 16. PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS – 1847
17. SAQUAREMAS NO PODER – 1848 / 1853. 18. REVOLUÇÃO PRAIEIRA. 19. MINISTÉRIO DA CONCILIAÇÃO – 1853. 2O. ECONOMIA CAFEEIRA. 21. SURTO INDUSTRIAL: A ERA MAUÁ 22. ESCRAVIDÃO 23. APRECIAÇÃO E CONCLUSÃO. 24. VERIFICAÇÃO.
Segundo Reinado
SEGUNDO IMPÉRIO
4. POLÍTICA INTERNA
POLÍTICA EXTERNA
ECONOMIA CAFEEIRA
ESCRAVIDÃO
Mapa Conceitual Expressões do Poder
Segundo Reinado
IMPÉRIO DO BRASIL em 1840 Ca
pít
ulo
s 12 13 14
Rio de Janeiro 1840
5. Características 5 milhões de habitantes (2 milhões eram escravos). 16% da população era alfabetizada. Estrutura social: elite (proprietários rurais e clero), povo e escravos. Economia agroexportadora, monocultora, latifundiária e escravocrata. Declínio da indústria açucareira e ascensão da cafeeira. Vasta região: concentrações urbanas autônomas, afastadas entre si . Grandes distâncias. Dificuldade de comunicação e ligação. Transporte: lombo de burros, canoas e barcos. Língua e religião: fatores de coesão.
Telégrafo: 1857-1875 Telefone: 1883-1889
Rio-Lisboa = 5 meses. SP – Cuiabá = 4 meses
1835
Amazonas 1850
Paraná 1854
1840-1889
18 => 20 PROVÍNCIAS
Principais Centros
Venezuela 1861
Bolívia 1867
Acre-1903
Paraguai 1872
Rio Apa-1927
Suriname 1906
Peru 1909
França (Amapá)
1900
Colômbia 1907
Guiana (Pirara)
1904
Uruguai 1851
Argentina 1898
(Palmas) 1895
2016 26 Estados Distrito Federal
1822 1889 1880 1870 1860 1850 1840 1830
Su
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cafe
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a
Questão
Religiosa
Guerra
do
Paraguai
CO
NC
ILIA
ÇÃ
O
Abolição Sexagenário Ventre Livre Tráfico
Regência
2º Império
Consolidação
Independência
Consolidação
do Império
Manifesto
Republicano
ASCENSÃO E QUEDA DO IMPÉRIO BRASILEIRO
PONTO DE INFLEXÃO (1868-1870) - CRISE
Fim Guerra do Paraguai: militares abolicionistas e republicanos
Fim do Gabinete de Conciliação => conservadores no Poder
Impulso abolicionista
Impulso do republicanismo
1º Império
Praieira
PONTO DE INFLEXÃO (1850)
Fim do tráfico negreiro
Disponibilidade de recursos
Impactos socioeconômicos
Questão
Militar
REPÚBLICA
DECADÊNCIA AUGE
CONSOLIDAÇÃO
8.LIBERALISMO NO BRASIL
Fim do século XVIII => maioria dos revolucionários. Ideias de soberania do povo. Divergência de interpretação sobre o significado, os objetivos e limites. Liberdade em todas as manifestações: comércio, pensamento e expressão. A igualdade de todos perante a lei. Princípio do governo representativo.
Estado liberal tem a finalidade de garantir os direitos do indivíduo contra o
poder político.
O Liberalismo defende fundamentalmente as liberdades civis (de religião, de
palavra, de imprensa, de reunião, de associação, de participação no poder
político, de iniciativa econômica para o indivíduo), e consequentemente
reivindica a não interferência por parte do Estado e a garantia para estes
direitos individuais, civis, políticos e econômicos.
LIBERALISMO HERÓICO (antes da abdicação de D. Pedro I - 1831) - Instrumento de luta contra a Metrópole (Portugal), contra os monopólios e restrições comerciais. (Destruição do Pacto Colonial) - Luta contra o despotismo real. - Desejo de obter a emancipação política. - Desejo de autogoverno. - Institucionalização do país independente. LIBERALISMO REALISTA (depois da abdicação de D. Pedro I) - Do liberalismo progressista ao regresso conservador. - Dissociaram-se o liberalismo da democracia. Defesa das pretensões democratizantes dos radicais. - Organiza o país segundo interesses dos grupos dominantes. - Objetivo: parar o carro revolucionário.
PORTUGUÊS
BRASILEIRO
PERÍODO REGENCIAL
PRIMEIRO REINADO
LIBERAIS MODERADOS “Chimangos”
LIBERAIS EXALTADOS
“Farroupilhas”
Partido CONSERVADOR “Saquaremas”
Partido LIBERAL “Luzias”
Partido REGRESSISTA
Partido PROGRESSISTA
9. SEGUNDO REINADO
Gabinete da Conciliação 1853-1858
Liga Progressista 1862-1868
1834/1836 1831
RESTAURADORES “Caramurus”
1840
“No Brasil, os limites do liberalismo foram definidos pela escravidão e pela sobrevivência das estruturas
arcaicas de produção.”
CONSERVADOR “Saquaremas” (base: BA e PE)
LIBERAL “Luzias” (base: MG, SP e RS)
Funcionários Públicos Proprietários rurais (exportação)
Comerciantes, juízes etc
Profissionais Liberais Urbanos Proprietários rurais (interno)
Comerciantes, juízes etc
Poder Central Forte (Centralismo) Fortalecimento do Imperador
Autonomia provincial (Descentralização) Federalismo Fim da vitaliciedade do Senado
Partido Republicano RJ (1870) e Paulista (1873)
Mesma origem social e formação superior Sentimento aristocrático
Missão de governar Manutenção da Monarquia e da Escravidão e do monopólio da terra
Conciliação
Partido Progressista 1862-1868
9. Partidos Políticos no Segundo Império
“Não há nada mais conservador que um liberal no poder.”
10. ESTRUTURA POLÍTICA
Constituição de 1824: governo monárquico constitucional representativo. Poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador. Concentração de poder nas mãos do Imperador (executivo e moderador) REPRESENTATIVIDADE Voto censitário. Deputados: eleitos por cinco anos. Senadores eram escolhidos pelo Imperador a partir de uma lista tríplice. Mandato vitalício.
RELAÇÃO ENTRE O GOVERNO CENTRAL E AS PROVÍNCIAS Presidente das Províncias: nomeados pelo Imperador. Representavam a vontade do centro. Eram estranhos na terra. Assembleias Legislativas Provinciais. Legislava com restrição. Os principais atos (econômicos, administrativos e fiscais) não eram de sua competência ou deveriam ser submetidos ao governo central. Consequência: raiz de todos conflitos, desequilíbrios e insatisfações.
CENTRALIZAÇÃO DO PODER MONÁRQUICO -Chefe do Executivo
-Chefe do Poder Moderador -Escolha do Conselho de Estado e dos Senadores
-Escolha dos Presidentes de Províncias -Escolha e deposição dos Gabinete de Ministros
-Poder de veto
Capacidade de intervenção -Renovação do Senado
-Constituição do Gabinete de Ministros
D. Pedro II
“ Quero já.”
Maioridade: 23 de julho de 1840
“Retrato de sua majestade, o imperador D. Pedro II” – 1835
Félix Taunay, Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro.
11.GOLPE DA MAIORIDADE - 1840
Regência - Araújo Lima (Conservador) Medidas conservadoras A Maioridade só aconteceria em 1843 Mobilização dos liberais Clube da Maioridade Maioridade 23 Jul 40
A coroação de Pedro II aos 15 anos de idade, em 18 de julho de 1841,
por Manuel de Araújo, no Museu Histórico Nacional.
•Liberais no poder •Gabinete da Maioridade: 24 Jul 40 •Eleições do “Cacete”: 13 Out 40 •Queda do Gabinete liberal: 23 Mar 41 Desbancam os conservadores nomeados por ARAÚJO LIMA. . Substituíram juízes, chefes de polícia, Funcionários e presidentes das províncias. . Novas eleições: fraude e violência para a escolha de deputados. . No poder, não conseguiram controlar a Revolução Farroupilha. . Em 1841, ministério conservador nomeado Por D.Pedro II e novas eleições (vitória dos conservadores). Adoção de medidas centralizadoras, com o controle das polícias e do judiciário nas pro- víncias.
12. RETORNO DOS CONSERVADORES – 1841 / 1844
REVOLTA LIBERAL 1842 São Paulo => Padre Feijó Minas Gerais => Teófilo Otoni
Gabinete Conservador: 23 Mar 1841. Pacifica-se o Maranhão. Restabeleceu o Conselho de Estado. Reformou o Código de Processo Criminal Estado Forte. - Controle da Estrutura Administrativa e Jurídica. O Imperador havia dissolvido a Câmara e anulado as “eleições do cacete”.
13. REVOLUÇÃO LIBERAL 1842 – SÃO PAULO
Feijó
Caxias
17 MAI A 20 JUN 1842 -Após a dissolução em Câmara, liberais paulistas declararam solenemente que não mais se sujeitariam às ordens do presidente da província nomeado pelo RJ. Tobias Aguiar nomeado presidente da província. - Não tinham objetivo de inde pendência. -Apoio de lideranças liberais, como DIOGO FEIJÓ e NICOLAU de CAMPOS VERGEIRO (ex-senador). - Cerca de 1500 rebeldes se dirigem para a capital, conquistando Sorocaba, Itu, Capivari, Porto Feliz e Campinas. - Em 22 maio, CAXIAS chega a SP para restabelecer a ordem.
TOBIAS AGUIAR procurou aproveitar sua superioridade e a experiência de seus soldados e detém-se na preparação de planos para atacar a capital. CAXIAS atacou de surpresa as tropas rebeldes estacionadas em Campinas, na região de Venda Grande, obtendo a vitória. Partiu então para Sorocaba, com a decisão de prender TOBIAS AGUIAR e encerrar a revolta, mas encontra apenas o ex-regente PADRE FEIJÓ, que é preso e levado para o Espírito Santo. TOBIAS é preso quando tentava fugir para o RS e foi encaminhado para o RJ.
14. Revolução Liberal 1842 – Minas Gerais
Batalha de Santa Luzia (20 Ago 1842)
Teófilo Otoni
Caxias
Revolução Liberal em MG ( 10 junho a 20 de agosto)
-Lideranças liberais mineiras, apoiadas por TEÓFILO OTTONI, proclamaram, em Barbacena, JOÃO PINTO COELHO DA CUNHA presidente da província (semelhante aos adeptos de TOBIAS AGUIAR em São Paulo). - Maior número de vilas aderiram ao movimento liberal, diferente de SP. - CAXIAS também derrotou os mineiros. - Em 20 de agosto de 1842, na região de SANTA LUZIA, as forças imperiais de CAXIAS alcançaram ampla vitória. - Para lembrá-los da derrota, os conservadores passaram a chamar os liberais de LUZIAS.
15. QUINQUÊNIO LIBERAL – 1844 / 1848
TARIFA ALVES BRANCO (12 Ago 44) Fim dos compromissos tarifários Nova legislação aduaneira 30% - mercadorias sem similares nacionais 60% - mercadorias com similares nacionais
Medida protecionista Elevou as receitas
BILL ABERDEEN (8 Ago 1845) Apreensão de navios negreiros brasileiros
Tráfico de Escravos PRESSÃO INGLESA
IMPOSTO
24% para produtos importados
16% para produtos portugueses
15% para produtos ingleses
O Poder Executivo passou a ser exercido pelo presidente do Conselho de Ministros. Estava subordinado ao Poder Moderador do Imperador. O cargo de Presidente do Conselho de Ministros equivale ao cargo de primeiro-ministro. Era um político nomeado pelo Imperador, de acordo com o resultado das eleições. O primeiro político a exercer o cargo foi Manuel Alves Branco, Visconde de Caravelas.
PRESIDENTE DO CONSELHO DE MINISTROS Decreto Imperial nº 523, de 20 JUL 1847
GABINETE MINISTERIAL DO IMPÉRIO - 1847 Ministro dos Negócios do Império Ministro da Justiça Ministro dos Estrangeiros Ministro da Marinha Ministro da Guerra Ministro da Fazenda
16. Parlamentarismo às Avessas - 1847
Parlamento Elege os candidatos
Parlamento Ratifica
...e indica Escolhe
CLÁSSICO (Primeiro Ministro)
Escolhe Presidente do Conselho de Ministros=
“Primeiro Ministro”
Escolhe Conselho de Ministros
“Parlamento”
MODELO APLICADO DURANTE O REINADO DE D PEDRO II: “Parlamentarismo às Avessas”
Maioridade – 23 Jul 40 Gabinete da Maioridade – 24 Jul 40 Eleições do “Cacete” - 13 Out 40 Queda do Gabinete liberal - 23 Mar 41 Conselho de Estado – 1841 Revolução Liberal – 1842 Tarifa Alves Branco – 1844 Bill Aberdeen – 1845 Presidente do Conselho de Ministros – 1847 Palamentarismo às avessas – 1847
-Acesso restrito -Mão de obra
-Questão fundiária
17.CONSERVADORES (SAQUAREMAS) NO PODER – 1848 / 1853 s Conservadores eram conhecidos por saquaremas pelo fato de
vários de seus membros residirem no município fluminense de
Saquarema, que passou a ser também local de reuniões do partido.
LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS (4 Set 50) Extinção do tráfico de escravos
LEI DA TERRA (18 Set 50) - Terras devolutas só poderiam ser ocupadas por compra.
Disponibilização de recursos
18. REVOLUÇÃO PRAIEIRA Pernambuco – 1848/1850
Influência: PRIMAVERA DOS POVOS – Europa 1848 -O projeto do Congresso de Viena (1815) que deveria preservar o Antigo Regime não foi capaz de conter a marcha das novas revoluções na Europa. -Em 1848, novas correntes políticas surgiram em contraposição ao regime monárquico: liberais, nacionalistas e socialistas. -Crise na economia capitalista europeia: origem aos levantes que marcaram a chamada “Primavera dos Povos”. -França, Estados Alemães e Italianos, Áustria, Hungria, Checos etc.
“Quem viver em Pernambuco,
Há de estar desenganado,
Ou há de ser CAVALCANTI,
Ou há de ser cavalgado”.
Principais causas da Rebelião Praieira foram: -o predomínio do latifúndio; -a dependência e marginalização do pequeno agricultor; -o encarecimento dos gêneros de primeira necessidade; -o papel monopolizador dos comerciantes portugueses; -o êxodo rural; -a crise da economia pernambucana. -A revolta teve como causa imediata a destituição, por D. Pedro II, do Presidente da Província Antônio Pinto CHICORRO DA GAMA (1800-1887), representante dos liberais. Durante quatro anos à frente do poder, CHICORRO DA GAMA combatera o poder local dos gabirus, grupos mais poderosos da aristocracia latifundiária e mercantil, ligados ao Partido Conservador.
-A substituição deste liberal pelo ex-regente ARAÚJO LIMA, extremamente conservador, foi o estopim para o início da revolução, que já acumulava insatisfação com a política imperial e dificuldades devido ao declínio da economia açucareira. -Os rebeldes queriam formar uma nova Constituinte para alterar a Constituição brasileira de 1824, visando a efetiva liberdade de imprensa (uma vez que esta estava limitada, extinguindo artigos que ferissem a família real ou a moral e os bons costumes), a extinção do poder moderador e do cargo vitalício de senador, voto livre e universal, garantia de trabalho, além da nacionalização do comércio varejista que estava nas mãos dos portugueses.
-Em abril de 1848, os setores radicais do Partido Liberal pernambucano – reunidos em torno do jornal Diário Novo, na Rua da Praia, no Recife, e conhecidos como praieiros – condenaram a destituição de CHICORRO DA GAMA, interpretando esse gesto como mais uma arbitrariedade imperial. O novo presidente nomeado da Província, HERCULANO FERREIRA PENA, foi afastado e o movimento espalhou rapidamente por toda a Zona da Mata de Pernambuco. -Em 01 de janeiro de 1849, os revoltosos lançaram o seu programa, um documento que denominaram Manifesto ao Mundo.
-Revolução de caráter liberal e federalista; - Ocorreu no contexto das revoluções liberais, socialistas e nacionalistas que varreram a Europa; O Manifesto ao Mundo, publicado em 1849, foi um documento escrito pelos revolucionários da Revolta Praieira, cujas principais condições eram: “Voto livre e universal do povo brasileiro. A plena liberdade de comunicar os pensamentos por meio da Imprensa. O trabalho como garantia de vida para os cidadãos Brasileiros. O comércio a retalho só para os cidadãos Brasileiros. A inteira e efetiva independência dos poderes constituídos. A extinção do Poder Moderador e do direito de agraciar. O elemento federal na nova organização. Reforma do poder judicial, em ordem a assegurar as garantias dos direitos individuais dos cidadãos. Extinção da lei do juro convencional. Extinção do atual sistema de recrutamento. Expulsão dos portugueses.”
Manifesto ao mundo.
FONTE: "História das Idéias Socialistas no Brasil, de Vamireh Chacon, editora do Senado Federal, coleção Bernardo Pereira de Vasconcelos"
-A revolta contra o novo governo da Província eclodiu em Olinda, a 7 de novembro de 1848, sob a liderança do general José Inácio de Abreu e Lima, do Capitão de Artilharia Pedro Ivo Veloso da Silveira, do Tenente Coronel da Guarda Nacional Bernardo José da Câmara, futuro Barão de Palmares, do deputado liberal Joaquim Nunes Machado e do militante da ala radical do Partido Liberal, Antônio Borges da Fonseca.
-Depois de receber a adesão da população urbana que vivia em extrema pobreza, pequenos arrendatários, boiadeiros, mascates e negros libertos, os praieiros marcharam sobre o Recife em fevereiro de 1849 com quase 2.500 combatentes, mas foram rechaçados. Marcharam em três Divisões, uma comandada por João Inácio de Ribeiro Roma, a segunda por Bernardo Câmara e a terceira era comandada por Pedro Ivo Veloso da Silveira. -A província foi pacificada por MANUEL VIEIRA TOSTA, indicado como novo presidente, auxiliado pelo BRIGADEIRO JOSÉ JOAQUIM COELHO , novo Comandante das Armas. As forças rebeldes foram derrotadas nos combates de Água Preta e de Igaraçu.
-Os líderes do movimento pertencentes à classe dominante, foram detidos e julgados apenas em 28 de novembro de 1851, quando os ânimos na província já tinham serenado, ocasião em que o governo imperial pôde lhes conceder anistia. Voltaram, assim, a ocupar os seus cargos públicos e a comandar os seus engenhos. -Por outro lado, os rebeldes das camadas sociais menos privilegiadas - rendeiros, trabalhadores e outros - não tiveram direito a julgamento e, ou sofreram recrutamento forçado ou foram anistiados por intervenção de seus superiores para retornarem ao trabalho, exceto aqueles que foram sumariamente fuzilados durante e logo após os combates.
REVOLUÇÃO PRAIEIRA – Pernambuco – 1848/1850
RESUMÃO DA REVOLUÇÃO PRAIEIRA – Pernambuco – 1848/1850 -Principal jornal divulgador dos ideais dos revoltosos , o DIÁRIO NOVO, tinha sua sede na Rua da Praia, em Recife. -Aristocracia rural pernambucana: confronto armado entre grupos dominantes dos senhores de engenho, com pouca participação popular. -Insatisfação: concentração fundiária e monopolização do comércio. -Protesto pela exclusão dos benefícios do poder. -1842 – dissidentes liberais fundam o Partido Nacional de Pernambuco (Partido da Praia) em contraposição ao conservadores e liberais. -1844: assumem o poder provincial: caos Administrativo e aumento de impostos. -1847/48: revoltas populares, ataque aos comerciantes portugueses. -1848: o novo presidente da província afasta os praieiros da Administração. -1848: Levante armado contra as demissões. Ataques isolados. PRINCIPAL LÍDER: PEDRO IVO VELOSO DA SILVEIRA
Vaqueiros, lavradores e grupos populares foram aderiram ao movimento. -1848: Intervenção militar imperial. Tentativa de conquistar Recife. Os rebeldes foram derrotados e dispersaram-se. A resistência continuou até 1850. -1849: Manifesto ao Mundo: reivindicações. -Alguns líderes fugiram e outros foram condenados à prisão perpétua. -Em 1852: anistia- -A vitória do Império sobre o regionalismo marcou a estabilidade do País . => IMPÉRIO ESTÁVEL E UNIFICADO. Última etapa das agitações políticas e sociais iniciadas com a independência do país. -A Praieira foi o último movimento liberal a defender o modelo descentralizado de poder. FIM DAS LUTAS PELA AUTONOMIA REGIONAL. -O ciclo interno cessou com a força integradora do Império. -O Governo Central conseguiu contornar as divergências, mantendo a unidade territorial, a monarquia e a escravidão. -Em 10 anos o Império consolidou sua posição e unifica o país.
*
19. MINISTÉRIO DA CONCILIAÇÃO – 1853 /1868
Aliança Conservadores e liberais moderados
Estabilidade Política
1ª Linha navio a vapor para Europa 1ª Linha Telegráfica
Iluminação à gás no Rio de Janeiro Navio a vapor no Amazonas
1ª Estrada de Ferro Banco Mauá
LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS
TARIFA ALVES BRANCO
“A estabilidade como um dos fatores de desenvolvimento econômico foi resultado do domínio dos Conservadores na vida política.”
Investimentos estrangeiros
Surto INDUSTRIAL
$
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Liga Progressista Gabinete: 1862 / 1868
SEGUNDO REINADO 1840-1889 Política Interna 2ª Parte 20.ECONOMIA CAFEEIRA Escravidão Política Externa
Onde estamos e para onde vamos?
√
Produção de Café Questão da Mão de Obra Surto de Industrialização-Era Mauá
SEGUNDO IMPÉRIO
POLÍTICA INTERNA
POLÍTICA EXTERNA
20.ECONOMIA CAFEEIRA
ESCRAVIDÃO
Expressões do Poder
20.1. Economia Mundial - 1850
PAÍSES NÃO INDUSTRIALIZADOS
Com recursos
INTERDEPENDÊNCIA GLOBAL Internacionalização da economia
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Inglaterra – Alemanha - França
MERCADO
CONSUMIDOR
Fornecedores e consumidores
Produtos
Industrializados
MATÉRIAS-PRIMAS
GÊNEROS
20.2.Economia do Brasil – século XIX
Cana
Café
economia agrícola,
latifundiária,
escravocrata e
monocultora,
voltada para
exportação.
Plantation: sistema agrícola baseado em uma monocultura de exportação mediante a
utilização de latifúndios e mão de obra escrava.
A partir de 1831, o café
passou a responder
pela maior parte das
exportações
O Império mantém a
estrutura produtiva
colonial, à base de
uma ...
1872
80% setor agrícola
13% serviços*
7% indústria (*) empregadas domésticas
LAVOURA
MOTOR DINÂMICO
DA ECONOMIA
Café
EXPANSÃO
RJ-SP-MG-ES
Açúcar
DECADÊNCIA
Nordeste
Cacau
PA e BA
Fumo
Bahia
Algodão
Semiárido NE e MA
O desenvolvimento do café no Sudeste,
manteve a estabilidade do eixo político do país.
CAFÉ: O “SALVADOR DA PÁTRIA”!
Declínio da mineração.
Perda dos mercados para a produção
açucareira NE.
Crise econômico-financeira.
IGREJA EXÉRCITO LAVOURA
CAFÉ Riqueza do Império.
Estabilidade, centralização e unificação.
20.3. Cafeicultura: uma lavoura especial
A lavoura de café exauria menos o solo que a cana, demorando de 4
a 6 anos para dar os primeiros frutos.
Produzem de 20 a 30 anos.
Porém, se não receber tratamento, as sementes não crescem
novamente, exigindo a incorporação continua de novas áreas.
A Lei da Terra - 18 Set 1850 (IMPORTANTE*)
“...a ocupação de terras públicas devolutas só podem ocorrer por meio de
compra.
As terras doadas em sesmarias seriam legalizadas através de Registros
Paroquiais de Terras, desde que cultivadas”.
Único meio legítimo de ocupação das terras devolutas.
20.4. Formação das Propriedades Rurais
SESMARIA: instituto jurídico português que normatizava a distribuição de
terras destinadas à produção.
O Estado, recém-formado e sem capacidade para organizar a produção de
alimentos, decide legar a particulares essa função.
Causou a expulsão de posseiros (lavradores) e índios dessas terras.
A implantação das fazendas se deu por ocupação das terras, normalmente
pelo sistema de sesmarias – base da formação da propriedade rural.
Concedida pela autoridade pública para ocupar e povoar - produzir.
TERRAS DEVOLUTAS: terras públicas sem destinação.
1723 – primeiras mudas no Pará. (Guiana Francesa) 1770 – transporte das mudas para o Rio de Janeiro 1808 – expansão com a instalação da Corte Portuguesa no Rio de Janeiro: RJ, MG e SP. -Séculos XVIII e XIX – conquista de mercados na Europa e Estados Unidos. -1830 – desenvolvimento no Vale do Paraíba do Sul (transição da cultura de subsistência para escala comercial). -1850 – expansão da cultura do café no Oeste Paulista
20.5. Evolução da Produção de Café no Brasil
20.6. Fatores favoráveis: - CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS - DISPONIBILIDADE DE TERRAS (sesmarias/ Lei das Terras) - MÃO DE OBRA ESCRAVA (abundante).
Da década de 1830 até a de 1880, o café produzido no Vale do Paraíba (RJ) foi responsável pela maior parte das riquezas do Império. Cunhou-se: “O Brasil é o Vale.” Formou-se uma nova aristocracia rural, os “Barões do café”. A década de 1860 representou o auge da produção de café do Vale, quando começou a declinar.
Segunda metade século XIX – expansão para o Oeste Paulista. -Substituição dos engenhos de açúcar pela nova cultura. -Conquista de novas terras e abandono das terras “cansadas”. -A irradiação dos cafezais (maior distância) e o volume crescente da safra => necessidade de substituir as tropas de mula para o transporte até o porto de Santos.
ATENÇÃO!
20.7. VALE DO PARAÍBA (Rio de Janeiro) -1830-1880 -Terras virgens (restrição) -Condições geográficas favoráveis (Principalmente o clima) -Escoamento: Porto do RJ -Transporte: tropa de burros, depois por ferrovia (EF D Pedro II – 1864) -Latifúndios (grandes propriedades) -Ocupação: sesmarias -Posse da terra pela força. -Agricultura extensiva. -Mão de obra escrava. -Recursos para implantação: - Expansão comercial 1808 - Lucros da produção - Capitas da extinção do tráfico -Técnicas rudimentares (enxada e foice) -O Império obteve uma base de apoio dos barões do café fluminense. -1870-1880: decadência (Limitação de terra) O “vale” sustentava o Império, mas dele se afastou quando da abolição.
20.8. OESTE PAULISTA 1850-1930 -Terras virgens e antigas fazendas de cana; -Clima favorável; Solo: a fertilíssima terra roxa (produtividade). -Escoamento: Porto de Santos. -Transporte: tropa de burros - EF SP Railway (Santos-Jundiaí - 1868) e outras; -Latifúndios; -Agricultura extensiva; -Mão de obra escrava – livre (imigrantes); -Recursos para implantação: - Lucros da produção; - Capitas da extinção do tráfico. Técnicas aperfeiçoadas: o arado (1870) e o despolpador
Vale do Paraíba
Oeste Paulista Porto
RJ Porto
Santos
Produção Cafeeira
20.9. PENETRAÇÃO GEOGRÁFICA DA CULTURA DO CAFÉ A lavoura cafeeira levou a riqueza e o desenvolvimento a várias regiões, deixando outras em decadência. Assentou raízes na província do Rio de Janeiro porque tinha estradas para transportar a produção e estava próxima ao porto que era o escoadouro natural. Para entrar em São Paulo, encontrou a grande via natural das penetrações: o vale do Paraíba.
Produção Cafeeira
Vale do Paraíba
Oeste Paulista
Porto
RJ
Porto
Santos
RIO DE
JANEIRO SÃO
PAULO
MINAS
GERAIS
Expansão
Restrita
No final do século XIX, o Vale do Paraíba estava em decadência (desgaste do solo), com “cidades mortas” e nobres falidos. A partir de 1870, os cafeicultores paulistas, cuja produção estava em expansão, pressionaram o Império a subsidiar a vinda de imigrantes. O Imperador relutou, levando esse poderoso grupo a apoiar uma solução republicana. O Império termina sem o apoio das vertentes produtivas.
20.10. Decadência do Vale
-Mão de Obra Escrava (abundante até 1850)
+ disponibilidade de terras => garantiram a
expansão das culturas (cana e café).
-1850: proibição do tráfico de escravos =>
tráfico inter e intraprovincial a custo elevado.
-1870: declínio do fluxo migratório de escravos
do Nordeste.
-Vinda de imigrantes europeus assalariados,
sobretudo da Alemanha e da Itália, para
trabalhar nas lavouras de café.
-A partir de 1880, o colono foi a figura
central da lavoura cafeeira.
Soluções para a mão de obra
Proibição
Tráfico
Lei da
Terra
“Fazia parte do entendimento da elite brasileira que o “branqueamento” era uma alternativa para civilizar o país. Trazendo imigrantes europeus, acreditavam trazer também a civilização e o progresso.”
OS PROJETOS DE IMIGRAÇÃO Década de 1840: senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro - centenas de imigrantes europeus foram trabalhar nas lavouras cafeeiras do Oeste paulista. COLÔNIAS DE PARCERIA Dívidas com os custos de passagem, hospedagem e instalação na fazenda, com juros de 6% ao ano. O endividamento fazia com que os colonos se vinculassem a um único fazendeiro por anos, até saldar sua dívida, além de se sentirem tratados como escravos. A EXPERIÊNCIA FRACASSA 1850: mais de 60 colônias de parceria. A experiência desvantajosa gerou revolta. Apesar do fracasso, as parcerias evoluíram com sucesso para o sistema de COLONATO, no final do Império e início da República. No Sul do Brasil, a imigração de alemães e italianos deu-se através da colonização, em regime de pequena propriedade.
20.12. Soluções para a mão de obra
1870
Oeste Paulista
PARCERIA (fracasso)
1847
Sistema inicial - Oeste Paulista
COLONATO (sucesso)
Salário fixo e por produtividade.
Colono dívida lucros e prejuízos.
Ficava com a metade do produzido.
O Governo paulista pagava as
passagens.
Subvencionava a vinda da família.
Endividamento com passagens,
mantimentos, hospedagem e moradia.
Juros elevados.
Garantida a possibilidade de plantio e
criação para subsistência ou comércio.
Eventualmente era permitida uma
pequena roça ao imigrante.
Tratamento mais adequado.
A família era a unidade produtiva.
Muitas vezes os colonos eram
tratados como escravos.
20.13. Sistemas de Trabalho
Senador Vergueiro
-Decadência econômica: mineração, açúcar e crise financeira. -O Brasil na economia mundial. -Produção rural como sustentáculo do Império. -Produção do café: vale do Paraíba e Oeste Paulista. -Imigração: regimes de parceria e colonato.
Função do café aparelharam-se os portos, criaram-se empregos e novos
mecanismos de crédito, revolucionaram-se os transportes.
Período de intensa urbanização e modernização.
21.1. IRINEU EVANGELISTA DE SOUZA, Barão de Mauá também conhecido como Visconde de Mauá, foi um importante industrial, banqueiro e político brasileiro do século XIX. Recebeu o título de Barão no ano de 1854 e Visconde de Mauá em 1874. -Nasceu na cidade de Arroio Grande (Rio Grande do Sul) em 28 de dezembro de 1813. -Morreu na cidade de Petrópolis (Rio de Janeiro), em 21 de outubro de 1889, aos 75 anos de idade. -Empreendeu a construção da primeira ferrovia brasileira. Construída no Estado do Rio de Janeiro ganhou o nome de Estrada de Ferro Mauá. - Fundou a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro. - Fundou a Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas. - Deputado Federal pela província do Rio Grande do Sul com mandato entre os anos de 1856 e 1875. - "O melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem"
Esposa Maria Joaquina de Souza
Monumento Praça Mausoléu Cemitério S.
Mauá Francisco de Paula, no Catumbi.
21.2. Fatores que contribuíram para o Surto Industrial
- O desenvolvimento econômico obtido com a indústria cafeeira.
- Liberação de capitais financeiros, resultantes do fim do tráfico de escravos.
- Crescimento da arrecadação, graças ao aumento nas tarifas dos produtos
importados. (Tarifa Alves Branco)
- Ação empreendedora, principalmente de empresários ligados a indústria
cafeeira. (Mauá)
- Os empréstimos brasileiros contraídos em Londres.
- Os investimentos diretos de ingleses em novos empreendimentos
(infraestrutura e indústrias).
- A necessidade otimizar o escoamento da produção agrícola.
- Inovações produzidas pela Revolução Industrial.
- Estabilidade Política.
- Guerra do Paraguai: produtos químicos, instrumentos ópticos e náuticos,
couro, vidro etc.
21.2. FERROVIAS COMO VIA DE TRANSPORTE
-FERROVIAS – transporte ferroviário a vapor -1854 – 1ª via férrea (14 Km) ligando o RJ a Petrópolis. Com a produção de café, as ferrovias se proliferaram e SP, RJ e MG, barateando e favorecendo o transporte do interior para o porto. -Tecnologia e capital inglês. -O mesmo ocorreu no nordeste (PE e BA). -EF SP Railway (Santos-Jundiaí - 1868); Cia Paulista de EF; Mojiana (1875); Ituana (1873); Sorocabana (1875) – EF D. Pedro II até Queluz (1877). -1862 – modernização dos bondes urbanos (movidos a vapor) TELÉGRAFO ELÉTRICO 1853 - inaugurado um trecho de telégrafo elétrico. 1873 - transmissão por cabo submarino, ligando o Brasil a Europa. 1877 – primeiras linhas telefônicas urbanas.
21.3. NAVEGAÇÃO 1853 – início da navegação de cabotagem, por navios a vapor. ESTALEIROS: produção de navios a vapor 21.4. SISTEMA DE GÁS CANALIZADO e ILUMINAÇÃO A GÁS PÚBLICA 1854 – Rio de Janeiro. 1879 – iluminação elétrica, na Estação Central da Estrada de Ferro D. Pedro II. 1883 – geração de energia termoelétrica, em Campos dos Goytacases-RJ. 1883 – geração de energia hidroelétrica, em Diamantina-MG.
Em meados do século XIX: - 20 Companhias de navegação a vapor. - 23 Companhias de seguros. - 62 Fábricas: tecido, cerveja, cigarros, chapéus e sabão. - 14 Bancos - 3 Caixas Econômicas. - 8 Companhias de Mineração. - 2 Companhias de Gás. - 3 Transporte urbanos. - 8 Estradas de Ferro.
Cia Navegação
a vapor do AM
EF Recife
S. Francisco
Cabo Submarino
Europa
EF SP Railway
Paulista – Ituana
Sorocabana – D Pedro II
EF Antonina-Curitiba
EF Curitiba-Mato Grosso
Cia Rebocadores
Rio Grande
Fornecimento de navios
para as Guerras Platinas
EF D Pedro II
Estaleiro
Fábrica da Ponta
da Areia
Bondes
Iluminação à gás
Telégrafo
Canalização
Iniciativas de
Mauá
Empresário IRINEU EVANGELISTA DE SOUZA, o barão de Mauá.
-Anos 1850-1860: Era Mauá.
-Mauá inaugurou a primeira ferrovia do Brasil e investiu em outras.
-Construiu um estaleiro, que chegou a construir 70 navios em uma década.
-Investiu na companhia de navegação no Amazonas.
-Instalou a companhia de gás e criou uma companhia de bondes sobre trilhos
puxados por animais.
21.4. 1875 - CRISE FINANCEIRA.
-Depressão econômica
-Falência de estabelecimentos
de crédito: Banco Mauá.
ATENÇÃO!
ECONOMIA - conclusão
“Durante o Segundo Reinado ocorreram a extinção do tráfico
negreiro, um relativo desenvolvimento industrial, um
extraordinário crescimento da produção cafeeira e da imigração,
a sistematização do trabalho assalariado e a abolição da
escravidão.”
História do Brasil – Francisco de Assis Silva
“Senhora na liteira com dois escravos, Bahia, 1860.
SEGUNDO REINADO 1840-1889 Política Interna Economia cafeeira 22. ESCRAVIDÃO Política Externa (RRII)
Onde estamos e para onde vamos?
√
√
22.1. SOCIEDADE NO SEGUNDO REINADO
- Patriarcal: figura central o patriarca, ou seja, o “pai”, que é
simultaneamente chefe do clã (dos parentes com laços de
sangue) e administrador de toda a extensão econômica e de
toda influência social que a família exerce.
- Católica
- Escravista
Educação
Cultura: Academia Imperial de Belas Artes =>
Programa cultural nacionalista do imperador D. Pedro II.
“A marcha da civilização brasileira no segundo império se caracteriza pela ascensão e vagarosa formação da classe média, com exclusão da nobreza agrária e pela dissociação da última camada da escala humana. [...] O passar dos anos vai acelerar a transmutação: circulação de elites, substituindo-se a nobreza latifundiária pela classe média dos letrados, na urbanização da vida brasileira.”
Panorama do Segundo Império, Nelson Werneck Sodré
COLÔNIA
1808-Faculdade de Cirurgia da Bahia-Salvador
1808-Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro
IMPÉRIO
1827-Faculdade de Direito de Olinda
1827-Faculdade de Direito de São Paulo
1839-Faculdade de Farmácia de Ouro Preto
1876-Escola de Minas-Ouro Preto
22.2. EDUCAÇÃO
REPÚBLICA
1909 - Universidade da Amazônia- Manaus
1912 - Universidade Federal do Paraná- Curitiba
1920 - Universidade Federal do Rio de Janeiro
1927 – Universidade Federal de Minas Gerais
1934 – Universidade de São Paulo (Ensino-Pesquisa-Extensão)
22.3. Sociedade/Arte
Victor Meirelles
A primeira missa no Brasil, 1861.
Museu Nacional de Belas Artes
Pedro Américo
O Grito do Ipiranga, 1888.
Museu Paulista
Victor Meirelles
A Batalha dos Guararapes, 1879.
Museu Nacional de Belas Artes
Pedro Américo
Tiradentes esquartejado, 1893
Museu Mariano Procópio
Victor Meirelles
Combate Naval do Riachuelo, 1882-83.
Museu Histórico Nacional
Pedro Américo
A Batalha de Campo Grande, 1871
Museu Imperial
Pedro Américo
A Batalha de Avaí, 1877
Museu Nacional de Belas Artes
Pedro Américo
Fala do Trono, 1873
Museu Imperial
-Até o século XVIII, o tráfico de escravos era mundialmente aceito. -Os ingleses foram os maiores comerciantes de escravos até o final do século XVIII. -O Iluminismo tornou o que era natural, lógico e humano, antinatural, absurdo e desumano. -No século XIX: a opinião pública britânica estava convencida da imoralidade da escravidão. -A luta contra o tráfico passou a ser um objetivo de estado dos ingleses.
22.4. TRÁFICO DE ESCRAVOS – influência externa
22.5. REPRESSÃO INGLESA: OS INGLESES CONTRA O TRÁFICO Motivação: - a condenação moral ao tráfico, propagada pela opinião pública inglesa, com repercussão no parlamento; - argumentos sobre a crueldade e desumanidade; - industrialização; - razões éticas e religiosas; - sucesso da campanha abolicionista baseada na defesa da liberdade; - disputa entre liberais e conservadores, concomitante com a questão operária. Outras correntes atribuem os interesses britânicos pela abolição a motivações comerciais e alegando que os escravos não era mercado consumidor de suas mercadorias.
-1807 Inglaterra encerrou o comércio de escravos em seus domínios, -1815 – abolição do tráfico ao norte do Equador. -1833 – Inglaterra promove a abolição da escravidão em suas colônias, -1826 – Condição em troca do reconhecimento da Independência do Brasil. Tratado pelo qual, três anos após sua ratificação, seria declarado ilegal o tráfico de escravos para o Brasil. Entrou em vigor em março de 1827, devendo ter eficácia em 1830. -1831 – LEI FEIJÓ, declarava livre os escravos que entrassem no Brasil. A lei não foi aplicada e tráfico continuou.
-1838 – A Inglaterra passou, unilateralmente, a tratar como piratas todos os barcos portugueses empenhados no comércio escravista. -1845 – Bill Aberdeen, autorizando a marinha inglesa a apreender navios negreiros. -Apreensão de navios em alto mar e em águas territoriais brasileiras. -1850 – Lei Eusébio de Queirós: proibição do tráfico de escravos. -1869 – Revogação do Bill Aberdeen. -1870 – Fim da Guerra da Tríplice Aliança e início do movimento abolicionista. -1871 – Lei do Ventre Livre. -1879 – Pronunciamento do deputado baiano Jerônimo Sodré. -1884 – As províncias do Ceará e do Amazonas extinguem a escravidão. -1885 – Lei do Sexagenário. -1888 – Lei Áurea.
-A escravidão veio das lutas religiosas e se prolongou pela necessidades das lavouras coloniais. -O escravismo tinha por base a ideia da inferioridade da “raça” (etnia) negra. -Ela estava sancionada em leis portuguesas. -Em terras brasileiras, a escravidão iniciou-se na Colônia. Quando a lavoura da cana começou a dar lucros. O africano foi trazido para o Brasil pelo seu valor como mão de obra ou como mercadoria altamente lucrativa. “Nos canaviais se inicia a vida brasileira. E o canavial é
negro.”
22.6. HISTÓRICO DA ESCRAVIDÃO
ÁFRICA
CENTRO-OCIDENTAL
ÁFRICA ORIENTAL
ÁFRICA OCIDENTAL
BANTO
SUDANÊS
-O número de escravos foi aumentando, até o tráfico negreiro tornar-se uma instituição e o comércio servil uma fonte de renda. -Esse processo prosseguiu dando suporte ao ciclo da mineração (sec XVIII) e depois à lavoura do café (sec XIX).
“O Brasil é o café e o café é o negro.” -A escravidão era tida como uma necessidade imprescindível, sob o risco de arruinar a economia agroexportadora. “Um mal necessário.” -Não havia uma alternativa viável ao trabalhador cativo. -Também não ocorreram rebeliões generalizadas de escravos. -Havia a convicção de que o fim do tráfico provocaria um colapso na sociedade.
TRÁFICO DE ESCRAVOS
Número estimado de escravos africanos trazidos para o Brasil:
A importação de escravos foi a principal
fonte de mão de obra da economia cafeeira.
Ciclo da mineração.
Ciclo da
cana-de-açúcar.
Ciclo do café.
1850 – Lei Eusébio de Queirós – a extinção do tráfico fez aumentar o preço dos cativos e concentrou a propriedade escrava nas mãos de poucos. 1870 - Após a Guerra do Paraguai, a escravidão foi perdendo a legitimidade e passou a ser combatida pelos abolicionistas. Guerra do Paraguai – procede a libertação de milhares de escravos e os eleva na escala social.
“Diante da morte não há hierarquia social.”
PROCESSO ABOLICIONISTA
Causas da queda de importação
Proibição do tráfico de escravos.
Pressão dos ingleses.
-Aumento do tráfico inter e intraprovincial. -Liberação de recursos que eram investidos na importação dos escravos. -Início da substituição da mão de obra escrava pela mão de obra assalariada na lavoura. -Aumento da imigração estrangeira para o Brasil em busca de oportunidades de trabalho. -Alterações na agricultura e no comércio. -Desenvolvimento industrial. Surto de modernização.
22.7. CONSEQUÊNCIAS DO FIM DO TRÁFICO DE ESCRAVOS
-Na década de 1860, na América, apenas mantinham a escravidão: EUA (1865), Cuba (1873), Porto Rico (1886) e Brasil (1888). 1870: 62% dos escravos estavam concentrados no polo dinâmico da economia - SP, MG, RJ e RS. (955.109 de 1.540.000). -1871 – Lei do Ventre Livre: livre os filhos de escravas nascidos a partir daquela data. Ficava com a mãe até 8 anos, depois, o dono ou recebia uma indenização do governo ou utilizava seus serviços até 21 anos. Escassos efeito, poucos meninos foram entregues ao poder público e os donos continuaram a usar seus serviços. -Jornais assumiram a causa abolicionista e foram apresentados projetos de lei para sua abolição (indenizada pelo Estado). -Lideranças estimularam a fuga e a formação de quilombos (Santos e RJ). -1884 – Ceará e Amazonas antecipam a abolição em suas províncias.
22.8. PROCESSO ABOLICIONISTA
1885 – Lei dos Sexagenários: liberdade para os escravos com mais de 60 anos. Alguns senhores alforriaram seus escravos com a condição de continuarem a trabalhar para eles. 1887: 700 mil escravos (menos de 5% da população) O Ministro da Agricultura, Antônio da Silva Prado, encaminhou Projeto de Lei que previa a abolição, sem indenização aos proprietários. A Câmara e o Senado aprovaram a lei por ampla maioria. 13Maio1888 - Lei Áurea: a princesa Isabel, que ocupava a Regência, assinou a lei, extinguindo com a escravidão no Brasil. O paradigma foi quebrado, pois a produção de café continuou sem a mão de obra escrava.
PROCESSO ABOLICIONISTA
GRADUALIDADE E
PRESSÃO INGLESA
Abolição da Escravidão no Brasil
Negra com o filho, Salvador,, 1884.
-Fim da escravidão: longo processo de acomodação das tensões entre o Governo imperial e os proprietários de escravos. -Leis (5) de liberação gradativa que foram aprovadas. -O Império fez o que pode para protelar a abolição, limitando-se a algumas concessões. -O Brasil assumiu o compromisso de extinguir o tráfico de escravos em 1830, porém isso só veio a acontecer efetivamente 20 anos depois. A partir daí, a escravidão ainda resistiu por mais 38 anos.
22.9. GRADUALIDADE DO PROCESSO ABOLICIONISTA
1889
Lei
Áurea
1885
Lei do
Sexage- nário
1850 Lei
Eusébio
de Queirós
Lei do
Ventre Livre
1871 1831
Lei Feijó
GRADUALIDADE DOPROCESSO ABOLICIONISTA
CONJUNTO DE NORMAS JURÍDICAS
Navio negreiro capturado pelos ingleses com 847 africanos .
Exigências dos ingleses de abolição
do tráfico negreiro no Brasil, nos
acordos firmados no período
colonial com os portugueses e no
Primeiro Império com D. Pedro I, em
troca do reconhecimento da
Independência do Brasil.
Aprovação do Bill Aberdeen pelo
parlamento inglês, em 1845.
Apreensões de navios negreiros
brasileiros pela marinha britânica.
22.10. PRESSÃO INGLESA PARA EXTINÇÃO DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NO BRASIL
-O Brasil não tem suporte para fazer a transição dos ex-escravos do trabalho servil para o assalariado. -Um enorme massa de indivíduos que passaram a necessitar assegurar a própria subsistência e a da prole, que será lentamente assimilada pela coletividade. -Os negros passaram a viver na miséria, sem trabalho, sem nada produzir. Grande parte dos mais de 600 mil libertos com a abolição permanecem com os senhores. -Nordeste: dependentes dos grandes proprietários. -Maranhão: abandonaram as fazenda e se apossaram de terras desocupadas. -Vale do Paraíba: viraram parceiros nas fazendas de café. -RS e SP: processo de substituição de escravos por imigrantes. -A escassez de oportunidades aos escravos libertos resultaram em uma profunda desigualdade social.
22.11. ESCRAVOS PÓS - ABOLIÇÃO
-O Brasil não possuía um mercado de trabalho que desse suporte a transição do trabalho servil para o trabalho assalariado. Também não havia industrialização e a mão de obra no campo estava ocupada pelos imigrantes europeus. -Isso causou uma massa enorme de indivíduos que necessitavam, de certo momento em diante, assegurar a própria subsistência e a da prole. Passam a viver na miséria, pois não trabalham e não produzem. -Surge o mito da vadiação do negro, da sua indolência, do seu primitivismo, que o tornariam um peso morto da sociedade brasileira.
22.12. PROCESSO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DOS ESCRAVOS LIBERTOS A PARTIR DA LEI ÁUREA
Houve a lenta assimilação pela coletividade dessa massa de ex-
escravos que foram entregues à própria sorte, num país onde as
condições econômicas não podiam atenuar ou resolver a questão.
Vivendo a margem da sociedade, o negro não encontrou de imediato
condições para sua integração e seu desenvolvimento, provocando
consequências sociais profundas que se refletem até nos dias de hoje.
22.13. PROCESSO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DOS ESCRAVOS LIBERTOS A PARTIR DA LEI ÁUREA
Foto da Fazenda Quititi, no Rio de Janeiro, 1865.
Observe o contraste entre a criança branca com seu brinquedo e os pequenos
escravos ao lado.
Negra com uma criança branca nas costas, Bahia, 1870.
Lavagem do ouro, Minas Gerais, 1880.
Escravos na colheita de café, Vale do Paraíba, 1882.
Escravos na colheita do café, Rio de Janeiro, 1882.
23. APRECIAÇÃO E CONCLUSÃO. - A economia do Brasil colônia e do Brasil Império baseou-se no trabalho escravo dos africanos de etnia negra trazidos para o país em navios nas piores condições possíveis para um ser humano; - O processo de abolição ou término do trabalho escravo ocorreu devido à pressão da Inglaterra com a proibição do tráfego de escravos em todos os mares e foi desencadeado de forma gradual; - A economia brasileira não estava preparada na época para absorver a grande massa de escravos que ficaram livres. Muitos permaneceram realizando o mesmo trabalho dependente com os seus antigos patrões nas fazendas; -Nas províncias mais ricas do Sudeste, muitos libertos recusavam-se a trabalhar nas incipientes fábricas de tecidos e alimentos, devido às rigorosas condições de trabalho. - Para a maioria dos libertos, a abolição pouco significou para a melhoria de suas condições de vida. Houve o aumento do preconceito racial e das práticas discriminatórias em relação aos africanos e seus descendentes,
que, declarada ou disfarçadamente, estariam presentes nas décadas seguintes. - Nas lutas pelo direito de cidadania muitos movimentos se organizaram, com a obtenção da algumas conquistas legais que criminalizaram o racismo (Lei Afonso Arinos, de 1951, Lei Caó, de 1989, além do artigo 5º da Constituição de 1988). Continua, no entanto, uma grande distância entre o texto das leis e a realidade cotidiana. -Não podemos nos esquecer, entretanto, de citar a importância da Lei 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial) que alterou vários pontos da Lei 7.716/89, isso garantiu ainda mais direitos e proteção à população negra e afro-descendentes.
24. AVALIAÇÃO E VERIFICAÇÃO 1ª QUESTÃO (UFRS adaptada). A partir da gravura a seguir, é possível afirmar que, logo após a emancipação política do Brasil: I - os escravos estavam gratificados porque, desde aquele momento, não podiam ser recomprados pelos comerciantes de escravos e vendidos em outras partes da América. II - a abdicação do primeiro Imperador determinou o fim da escravidão. III - a situação dos escravos permaneceu essencialmente a mesma do período colonial. Quais afirmativas completam corretamente a frase inicial? ( ) Apenas I ( ) Apenas II ( ) Apenas III ( ) Apenas I e II
X
X
2ª QUESTÃO ( PUC-PR adaptada) Os exames dos dados sobre o tráfico negreiro para o Brasil e as consequências de sua extinção permitem afirmar: Número de escravos introduzidos no país: 1845 19453 1846 50325 1847 56172 1848 60000 1849 54000 1850 23000 1851 3278 1852 700 Fonte: Olavo Leonel Ferreira. História do Brasil. São Paulo, Ática, 1978, pág. 215 ( ) A diminuição do número de cativos introduzidos em 1850, com relação ao ano anterior, reflete apenas a repressão inglesa do “Bill Aberdeen”. ( )O menor número de escravos introduzidos em 1850, com relação ao ano anterior, reflete também as providências trazidas pela Lei Rio Branco ou do Ventre Livre. ( )Os capitães dos navios negreiros aumentaram suas atividades em 1851 também como reflexo da Lei Nabuco de Araújo. ( )O aumento da cafeicultura necessitava de mão-de-obra e, terminado o fluxo africano, foi incentivada a imigração branca europeia.
X
3ª QUESTÃO (UERJ adaptada) “Ai, filha! Você não entende deste riscado. Neste mundo não existe coisa alguma sem sua razão de ser. Estas filantropias modernas de abolição! É chover no molhado - preto precisa de couro e ferro como precisa de angu e baeta. Havemos de ver no que há de parar a lavoura quando esta gente não tiver no eito. Não é porque eu seja maligno que digo e faço estas coisas. É que sou lavrador, e sei dar o nome aos bois. Enfim, você pede, eu vou mandar tirar o ferro. Mas são favas contadas - ferro tirado, preto no mato”. (RIBEIRO, Júlio. A Carne. Rio de Janeiro, Francisco
Alves, 1952 - com adaptações.) O autor do romance A Carne (1888) antecipa, no trecho acima, uma preocupação de muitos proprietários de terra, escravistas, quanto às consequências da abolição dos escravos para a agricultura brasileira. [Esta posição pode ser resumida da seguinte forma. ( ) A grande lavoura não teria futuro sem a mão-de-obra escrava. ( ) A abolição provocaria a superação da lavoura pela indústria. ( ) A agricultura ficaria restrita à produção para o mercado interno. ( )O fim da escravidão transformaria as lavouras em terras improdutivas
X
4ª QUESTÃO (PUC adaptada) A famosa Lei Áurea aboliu definitivamente a escravidão no Brasil. Apesar disso a situação dos negros após aquela Lei caracterizou-se: ( ) pela marginalização da massa de ex-escravos, com o consequente aparecimento de áreas miseráveis, nas cidades, para onde parte dela se dirigiu, ou a manutenção das suas precárias condições de vida no campo, onde muitos preferiam permanecer. ( ) pelo fortalecimento político da Monarquia, que manteve o apoio do Grupo parlamentar que representava os interesses do Vale do Paraíba, agora indiferentes à questão republicana. ( ) pela tentativa de superar o impasse político com a formação do Gabinete da Conciliação, reunindo liberais e conservadores. ( )pelo início da fase das questões militar, eleitoral, religiosa, sucessória e das guerras externas.
X
5ª QUESTÃO (PUC-RJ adaptada) Julgue as seguintes afirmativas sobre a crise do escravismo no Brasil. Falso (F) ou Verdadeiro (V) ( )A crise foi permeada pelo debate entre escravistas e anti-escravistas, no qual os primeiros utilizam argumentos econômicos, jurídicos e morais - "necessidade para a produção", "a inviolabilidade da propriedade", o "caráter civilizatório da escravidão"- contra as proposições ético-morais-religiosas dos últimos - "direitos naturais dos homens", alicerçados pela palavra divina. ( )A extinção do tráfico intercontinental não teve influência das fortes pressões do governo inglês com interesses do governo imperial. ( )A Lei do Ventre Livre, em 1871, propôs um meio termo conciliatório: ao mesmo tempo que liberta todos os filhos de escravos, abre a possibilidade destes - os ingênuos - permanecerem como escravos até completarem 21 anos, no caso dos senhores não serem indenizados. ( )Revoltas e fugas em massa de escravos durante a década de 1880 aceleraram o processo abolicionista, levando inúmeros senhores a transformar trabalho escravo em trabalho livre por iniciativa própria.
V
V
F
( )Os abolicionistas, no intuito de defenderem a "raça negra", formaram diversas associações na década de 1880. Os "emancipacionistas", capitaneados por proprietários paulistas, não estavam desejosos de acabar com a escravidão, mas estavam mais preocupados em manter as barreiras que dificultavam a grande imigração de trabalhadores europeus.
F
6ª QUESTÃO: Observe atentamente a imagem abaixo. Depois responda as perguntas que se seguem. “Esta gravura, “A grande rua do Rio de Janeiro”, de Johann Moritz Rugendas, mostra a Rua Direita [atual Primeiro de Março] no Rio de Janeiro, na década de 1830. Observe a grande variedade de tipos sociais retratados. Entre eles apenas uma pequena parcela da decidia os rumos da nação.”
1) Descreva o cenário em que se passa o cotidiano da época: a rua, as construções, sua disposição. Resposta: Rua ampla e plana, pavimentada com pedras, onde se concentram muitas pessoas. Construções próximas uma das outras, revelando concentração populacional. O edifício mais alto é a igreja e ao fundo, à esquerda um arco de pedra. 2) Observe as pessoas que participam da cena e relate a que grupos sociais pertenciam, o que estariam fazendo e qual era o seu principal meio de transporte. Resposta: Pertencem a diferentes grupos sociais: africanos escravizados, homens livres, grandes proprietários, militares tropeiros. Provavelmente comercializam escravos e mercadorias, fazendo ligações e contatos. Os principais meios de transporte são os cavalos e muares, usados para cavalgar, transportar cargas ou puxar charretes.
7ª QUESTÃO (UFRJ 2004 adaptada) “Ficou célebre uma frase atribuída ao político pernambucano HOLANDA CAVALCANTI: - “nada se assemelha
mais a um ‘saquarema’ do que um ‘luzia’ no poder”. ‘Saquarema’, nos primeiros anos do Segundo Reinado, era o apelido dos conservadores. [...] ‘Luzia’ era o apelido dos liberais [....] “ A ideia de indiferenciação dos partidos parecia também confirmar-se pelo fato de ser frequente a passagem de políticos de um campo para outro.” Fonte:
Fausto, Boris. História do Brasil. São Paulo, EDUSP, 1995, p.180.
O texto acima dá conta de algumas características das correntes políticas que predominavam no Segundo Reinado (1840-1889). 1) Identifique um aspecto comum e outro divergente entre as correntes políticas mencionadas no texto. Resposta: Do ponto de vista ideológico, os partidos liberal e conservador não apresentavam diferenças significativas, sendo suas contendas restritas à luta pela posse do poder e com ele o acesso a prestígio e benefícios.
2) Explique uma diferença entre a experiência parlamentarista brasileira do Segundo Reinado e o modelo liberal inglês da mesma época. Resposta: No Brasil, o Imperador indicava o Presidente do Conselho de Ministros, cargo equivalente ao de Primeiro Ministro, ao contrário do modelo inglês em que o Chefe de Governo era escolhido pelo Parlamento. Considere-se também, que o Imperador poderia dissolver a Câmara de Deputados e convocar novas eleições, caso esta não apoiasse o gabinete de preferência do Chefe de Estado. Os poderes do imperador, eram conferidos pelo Poder Moderador. 8ª QUESTÃO (UNICAMP 2007 adaptada) Iniciada como conflito entre facções da elite local, a Cabanagem, no Pará (1835-1840), aos poucos fugiu ao controle e tornou-se uma rebelião popular. A revolta paraense atemorizou até mesmo liberais como EVARISTO DA VEIGA. Para ele, tratava-se de gentalha, crápula, massas brutas. Em outras revoltas, o conflito entre elites não transbordava para o povo.
Tratava-se, em geral, de províncias em que era mais sólido o sistema da grande agricultura e da grande pecuária. Neste caso está a revolta Farroupilha, no Rio Grande do Sul, que durou de 1835 a 1845. (Adaptado de
JOSÉ MURILO DE CARVALHO. "A construção da ordem: a elite imperial. Teatro de sombras: a política imperial". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 252-253.)
1) Segundo o texto, apresente diferenças entre a Cabanagem da Farroupilha. Resposta: A Cabanagem foi uma revolta de caráter popular, realizada pelas camadas despossuídas, representadas pelos cabanos, populações ribeirinhas do Pará. Já a Revolução Farroupilha teve caráter elitista, por ter sido conduzida pelos estancieiros ligados à grande propriedade rural.
2) Explique os significados das revoltas provinciais para a consolidação
do modelo político imperial.
Resposta : As revoltas provinciais puseram em risco a unidade do Brasil,
na medida em que representaram a defesa de interesses localizados,
representados pelas proposições federalistas e/ou separatistas presentes
nos movimentos. Assim sendo, a derrota desses movimentos significou a
consolidação do centralismo/unitarismo e dos interesses da aristocracia
fundiária e escravista que marcaram a política do Segundo Reinado.
3) Enumere as principais causas apresentadas pelas elites agricultoras e
pecuaristas para se rebelarem contra o poder central do Império.
Resposta:Essas elites provinciais rebelavam-se fundamentalmente
contra o excessivo centralismo do Império, pois aspiravam à autonomia
de suas províncias. No caso da Revolução Farroupilha, deve-se
acrescentar o descontentamento com as altas taxas cobradas sobre o
charque e outros produtos sul-rio-grandenses.
9ª QUESTÃO (FESP adaptada) O segundo Império corresponde a um longo período de nossa História, se estendendo da decretação da maioridade de Pedro II até 1889. Sobre esse período podemos afirmar que: 1. houve estabilidade econômica em todo período, o que é confirmado pela ausência de déficits no comércio exterior e equilíbrio nos gastos públicos; 2.ocorreu a extinção do tráfico negreiro, o que exigiu dos proprietários de terras soluções para suprir a necessidade de mão-de-obra nas fazendas; 3. foi caracterizado pela abertura política devido à atuação do Imperador Pedro II que, inclusive, abdicou do exercício do poder moderador; 4. se consolidou o poderio inglês no país em negócios de exportação do café, bancos, ferrovias, etc; 5. se fortaleceu o exército após os conflitos com o Paraguai, passando os militares a exigir tratamento digno e, assumindo, muitos deles, posição contrária à monarquia.
Assinale a opção correta: ( ) 1, 3 e 5 ( ) 2, 4 e 5 ( ) 3, 2 e 5 ( ) 1, 2 e 4. 10ª QUESTÃO (FESP adaptada) A vinda de imigrantes para o Brasil se intensifica na segunda metade do século XIX na medida em que, igualmente, se expande a cultura do café. Sobre essa questão, podemos afirmar que: 1. O sistema de parceria, em que colonos tinham suas despesas de viagem e instalação pagas pelos fazendeiros para posterior indenização, possibilitou o sucesso da imigração nas áreas cafeicultoras. 2. As restrições adotadas pelos E.U.A. à imigração e o avanço do capitalismo no campo italiano, concentrado a terra em poucas mãos, contribuíram para que muitos imigrantes escolhessem o Brasil como destino.
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3. A política adotada pelo governo brasileiro de assumir todo o processo de imigração resultou em fracasso pelo frequente desvio das verbas públicas destinadas a essa finalidade. 4. A entrada de imigrantes facilitou a introdução do trabalho agrícola assalariado e evidenciou as limitações do trabalho escravo, rompendo-se a unidade política da aristocracia agrária em relação à escravidão. 5. A atuação do governo brasileiro, subvencionando despesas de viagem enquanto os fazendeiros arcavam com os gastos do colono durante seu primeiro ano no país, possibilitou o crescimento da corrente imigratória. Indique a opção incorreta: ( ) 1 e 4 ( ) 1 e 3 ( ) 2 e 5 ( ) 3 e 5
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11ª QUESTÃO (UFPE) O relatório do parlamentar do Império Nabuco de Araújo informa que "o tráfico (de escravos) interprovincial esvaziou o sistema
(escravocrata) nas províncias do Norte, portanto, a batalha final vai se dar no coração do Império - Rio, Minas, São Paulo - no reinado do café".
Entre as alternativas abaixo indique a que completa o enunciado. ( ) A estagnação e a decadência do vale do Paraíba esgotaram o sistema escravista, também na região sudeste. ( ) A abolição da escravidão no Ceará desestabilizou completamente o sistema, inclusive no maior centro cafeicultor que era São Paulo. ( ) Enquanto no sudeste o café prosperava, no nordeste o açúcar declinava. A escravidão não era mais uma questão nacional. O movimento abolicionista e o capital inglês pressionavam na direção do trabalho livre assalariado, no maior centro de poder do país: a Corte. ( ) A transferência de escravos de uma região para outra reforçou o sistema: substituía o trabalho livre pelo trabalho compulsório.
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11ª QUESTÃO (UFPE adaptada) O relatório do parlamentar do Império Nabuco de Araújo informa que "o tráfico (de escravos) interprovincial esvaziou o sistema (escravocrata) nas províncias do Norte, portanto, a batalha final vai se dar no coração do Império - Rio, Minas, São Paulo - no reinado do café". Entre as alternativas abaixo indique a que completa o enunciado. ( ) A estagnação e a decadência do vale do Paraíba esgotaram o sistema escravista, também na região sudeste. ( ) A abolição da escravidão no Ceará desestabilizou completamente o sistema, inclusive no maior centro cafeicultor que era São Paulo. ( ) Enquanto no sudeste o café prosperava, no nordeste o açúcar declinava. A escravidão não era mais uma questão nacional. O movimento abolicionista e o capital inglês pressionavam na direção do trabalho livre assalariado, no maior centro de poder do país: a Corte. ( ) A transferência de escravos de uma região para outra reforçou o sistema: substituía o trabalho livre pelo trabalho compulsório. ( ) A Lei do Ventre Livre possibilitou a decadência do sistema escravocrata criando as condições necessárias para a abolição da escravidão.
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12ª QUESTÃO (CESGRANRIO adaptada) Na segunda metade do século XIX, a introdução, de forma crescente, de trabalhadores livres na economia brasileira está ligada à: ( ) crise da escravidão, principalmente após o fim do tráfico negreiro. ( ) restrição de diversos países europeus à imigração de seus excedentes nacionais. ( ) forma pacífica como foi encaminhada a Abolição, permitindo a utilização do antigo escravo como trabalhador livre. ( ) acelerada criação de indústrias de base que não utilizavam trabalho escravo. ( ) política contrária à escravidão, adotada pelo governo imperial ao longo de toda a sua história.
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13ª QUESTÃO(CESGRANRIO adaptada) No período da chamada "crise do Império", a partir de 1870, vários fatores contribuíram para provocar a queda da monarquia, em 1889, dentre os quais se destaca o(a): ( )envolvimento continuado do Império em conflitos externos, principalmente na região platina e na américa central. ( )conflito entre o Império e a Igreja, que era simpática às novas ideias filosóficas como o positivismo e com a maçonaria. ( )incompatibilidade de amplos setores do Exército com a monarquia. ( ) expansão da lavoura cafeeira e da indústria, ampliando o uso da mão-de-obra escrava. 14ª QUESTÃO (PUC–MG adaptada ) "O Brasil é o café e o café é negro." Essa frase se aplica à economia do século XIX, que pode ser relacionada com: ( ) trabalho livre – latifúndio – demanda do mercado interno ( ) escravidão – latifúndio – demanda do mercado externo ( ) imigração – latifúndio – Região Nordeste ( ) escravidão – pequenas propriedades – Região Norte
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15ª QUESTÃO (PUC-MG adaptada) A abolição da escravatura no Brasil, em 13 de maio de 1888, resultou na conjugação de vários fatores como, EXCETO: ( ) escassez de escravos a partir do término do tráfico negreiro (1850) e consequente aumento de seu preço. ( ) formação de uma mentalidade, especialmente no meio urbano, que condenava a escravidão. ( ) rebeldia escrava presente desde o início da colonização desgastando o sistema ao longo dos séculos. ( ) heroísmo e sentimento humanitário da Princesa Isabel, que liderou o movimento abolicionista.
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15ª QUESTÃO (FMU adaptada) Além de reintegrar a economia brasileira no mercado internacional, a partir de 1850, o café foi responsável ( ) pelo incremento das relações assalariadas de trabalho ( ) pelo surto industrial ocorrido na região sul do Brasil ( ) pela autonomia do Brasil em relação ao imperialismo britânico ( ) pela intensificação do tráfico africano 16ª QUESTÃO (PUC-PR adaptada) Os principais produtos de exportação do Segundo Reinado (1840-1889) foram agrícolas, colocando-se sempre em primeiro lugar o(a): ( ) açúcar.. ( ) erva-mate.. ( ) café. ( ) trigo
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17ª QUESTÃO(UFPE adaptada) Dentre os fatores abaixo, indique os que contribuíram para a abolição da escravatura: ( ) A resistência dos negros simbolizada na formação dos quilombos, a proibição do tráfico dificultando a renovação do plantel, a propaganda e a campanha dos abolicionistas. ( ) A imigração europeia, a decadência do comércio do açúcar e a proclamação da República. ( ) O despovoamento da África, o crescimento negativo da população escrava no Brasil e a liberalização do tráfico de escravos. ( ) O desenvolvimento da cultura cafeeira, a industrialização do país e as novas ideias do partido conservador.
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18ª QUESTÃO(UFMG adaptada) Leia a frase: "Precisamos de braços (...) no intuito de aumentar a concorrência de trabalhadores e, mediante a lei da oferta e procura, diminuir o salário." (Fala de um deputado paulista, Anais da Câmara, 1888.)
A frase acima se refere ( ) à polêmica em torno da preparação dos trabalhadores brasileiros, visando a sua adequação ao trabalho no interior das fábricas. ( ) à discussão frente às revoltas populares que, no final do século XIX, reivindicavam a manutenção dos níveis salariais. ( ) ao debate em torno da política imigratória, que permitiu a criação de condições para sustentar a expansão cafeeira. ( ) à proposta de solução para a escassez de mão-de-obra escrava no centro-sul do País, no contexto do abolicionismo.
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19ª QUESTÃO (PUC-RJ adaptada) "A raça ariana, reunindo-se, aqui, a duas outras totalmente diversas, contribuiu para a formação de uma sub-raça mestiça e crioula, distinta da européia. Não vem ao caso discutir se isto é um bem ou um mal; é um fato e basta.“ (Sílvio Romero, História da Literatura). Nos anos que antecederam a abolição da escravidão no Brasil e nas décadas que a sucederam, houve uma longa controvérsia, expressa em polêmicas, discursos e livros, acerca do caráter racial brasileiro. Acerca desta questão, analise as afirmativas abaixo Verdadeira (V) ou Falsa (F): ( ) As teses sobre a inferioridade da "raça africana", aliada ao sentimento da sua incapacidade para o trabalho livre e auto estimulado, reforçaram a opção dos cafeicultores paulistas pela imigração europeia. ( ) O argumento de "que a raça chinesa abastarda e faz degenerar a nossa" objetivou impedir a imigração de chineses _ os "coolies" - para substituir a mão de obra escrava. ( ) Vários homens de ciência, após a Abolição, defenderam que a fusão de grupos étnicos brancos com o mestiço brasileiro poderia danificá-lo, ao propiciar o seu branqueamento. ( ) Ao longo da década de 20, mas principalmente na seguinte, o homem nacional mestiço foi valorizado, sendo inclusive o argumento para a lei da nacionalização do trabalho, de 1931, obrigando todas as empresas urbanas a empregar, pelo menos, 2/3 de mão de obra nacional.
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20ª QUESTÃO(UFCE adaptada) "Para o ano de 1823, a população do Ceará foi calculada em, aproximadamente, 200.000 habitantes, dos quais 20.000 escravos, ou seja, apenas 10% do total. Meio século depois o primeiro recenseamento geral do país, o de 1872, apontou, na província, 641.850 habitantes, sendo os escravos 25.727, o que correspondia a 4% do total." (TAKEYA, Denise. Europa, França e Ceará: origens do capital estrangeiro no Brasil. São Paulo/Natal: Hucitec/Ed. UFRN, 1995, p. 101) Os dados referentes à utilização da mão-de-obra escrava na economia cearense do século XIX, contidos no texto, podem ser explicados pelo(a): ( )extinção do tráfego negreiro, que estimulou o deslocamento de parte da mão-de-obra escrava da economia local para as Províncias do Sul; ( )migração de grandes proprietários de terras para outras Províncias, levando consigo os seus escravos; ( )desenvolvimento da cultura algodoeira, que absorvia mais trabalhadores escravos do que livres; ( )ocorrência das cheias periódicas, que afetavam consideravelmente a produção agrária da Província;
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21ª QUESTÃO Observe atentamente a foto abaixo, de aproximadamente 1860. Trata-se de uma mulher afrodescendente, escrava, utilizada como ama de leite e com uma criança a quem amamentou. Em seguida leia o anúncio publicado em um jornal da época. (Questão adaptada retirada do Projeto Mosaico, História, 8º ano, de Cláudio Vicentino e José Bruno Vicentino, editora Scipione, São Paulo, 2015, pg 273) 1ª. Descreva a forma de apresentação dessa senhora na foto, caracterizando suas roupas, postura e suas feições. Resposta: Essa senhora apresenta-se bem trajada, com um vestido longo, xale e colar. Sua postura denota a altivez das senhoras da época. Suas feições revelam seriedade mesclada com tristeza. Nessa época, as ocasiões para tirar foto eram muito raras e exigiam uma prévia preparação. Pode-se concluir que a ama em questão não usava esses trajes no dia a dia. 2. Observando o anúncio, descreva como alguns proprietários de escravas agiam quando uma delas dava à luz a uma criança. Resposta: Eles as alugavam como amas de leite, mediante pagamentos para que amamentassem os filhos de outras pessoas provavelmente com recursos. 3. Qual parece ser a relação do menino com a ama? Resposta: O menino aparenta ter afeição por ela, demonstrada no seu abraço e apoio de sua cabeça no ombro dela.
22ª QUESTÃO Considere a quadrinha popular, a seguir: “Por subir Pedrinho ao trono Não fique o povo contente Não pode ser coisa boa Servindo com a mesma gente.” Assinale a opção correspondente ao momento da História do Brasil a que esses versos se referem. ( ) Início do Período Regencial ( ) Início do Segundo Reinado ( ) Início do Período Republicano ( ) Início da República da Espada
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23ª QUESTÃO Marque VERDADEIRO (v) ou FALSO (F) ( ) Após a independência, o Brasil ficou livre do domínio português, porém passou a depender economicamente da Inglaterra. ( ) A atuação dos ingleses na nova nação restringia-se à comercialização de produtos industrializados dentro do país. ( ) Os ingleses tinham grande interesse em acabar com o tráfico negreiro no Brasil, pois só assim poderiam ampliar a venda de seus produtos no país. ( ) A divergência de interesses com relação ao tráfico de escravos tornou tensas as relações entre Brasil e Inglaterra, culminando com o rompimento de relações diplomáticas devido a incidentes com navios britânicos e brasileiros. ( ) de 1850 a 1900, milhões de imigrantes vieram para o Brasil, atraídos pela possibilidade de enriquecer com a exploração do ouro. ( ) Italianos, espanhóis, portugueses e alemães vieram para o Brasil devido à crise de desemprego que atingia seus países. ( ) Os imigrantes sonhavam com a possibilidade de enriquecimento que o Novo Mundo lhes oferecia. ( ) Muitos imigrantes vinham para o Brasil investir seus capitais em indústrias.
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24ª QUESTÃO O grande interesse da Inglaterra na extinção do tráfico negreiro no Brasil devia-se: ( ) À preocupação humanitária e filantrópica pela sorte dos escravos. ( ) À necessidade de conversão dos africanos ao protestantismo, somente. ( ) À necessidade de ampliação do mercado consumidor brasileiro para as suas mercadorias. ( ) Ao desejo de contribuir para o crescimento do processo de industrialização no Brasil. 25ª QUESTÃO A manutenção do Parlamentarismo, durante quase todo o Segundo Reinado, esteve relacionada: a) ( ) Ao apoio dado pelos liberais ao monarca, de forma a manter o poder dos conservadores circunscrito às áreas interioranas do país. b) ( ) À concessão de muitos poderes ao imperador e à alternância dos partidos liberal e conservador no governo. c) ( ) À existência de eleições para a escolha de senadores e deputados, todos nomeados pelo imperador. d) ( ) À estabilidade do cardo de presidente do Conselho de Estado, escolhido pela Câmara dos Deputados.
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26ª QUESTÃO Constitui base econômica do Segundo Reinado: ( ) a borracha ( ) a indústria ( ) o açúcar ( ) o café 27ª QUESTÃO “Art. 1º - Os filhos de mulher escrava que nasceram no império desde a data desta Lei serão considerados de condição livre". Esse é um artigo da: ( ) Lei Áurea ( ) Lei Saraiva-Cotegipe ( ) Lei do Ventre Livre ( ) Lei Nabuco de Araújo 28ª QUESTÃO (FATEC adaptada) No século XIX, a Inglaterra pressionou diversos países para acabar com o protecionismo comercial e com a existência do trabalho compulsório. Esta situação culminou, em 1845, com o "Bill Aberdeen". Neste contexto o Brasil sancionou, em 1850, a "Lei Eusébio de Queirós" tratando: ( ) da manutenção dos arrendamentos de terras; ( ) da extinção do tráfico indígena entre o norte e o sul do país; ( ) da manutenção do sistema de colonato na lavoura canavieira; ( ) da extinção do tráfico negreiro.
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29ª QUESTÃO (UCSAL adaptada) A Tarifa "Alves Branco", de 1844, como ficou conhecido o decreto do Ministro da Fazenda, foi uma medida de caráter: ( ) reformista ( ) monopolista ( ) protecionista ( ) mercantilista 30ª QUESTÃO (UCSAL adaptada) A introdução da mão-de-obra do imigrante na economia brasileira contribuiu para a: ( ) desestruturação do sistema de parceria na empresa manufatureira; ( ) implantação do trabalho assalariado na agricultura alimentícia; ( ) expansão do regime de cogestão nas indústrias alimentícias; ( ) criação de uma legislação trabalhista voltada para a proteção do trabalho; 31ª QUESTÃO (UBC adptada) A Lei de Terras de 1850 garantia que no Brasil: ( )os escravos, após sua libertação, conseguissem um lote de terras para o cultivo de subsistência; ( )os brancos pobres ficassem ligados como meeiros aos grandes proprietários de terras; ( )todas as terras fossem consideradas devolutas e, portanto, colocadas à disposição do Estado; ( )a posse de terra fosse conseguida mediante compra, excluindo as camadas populares e os imigrantes europeus da possibilidade de adquiri-la.
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32ª QUESTÃO (FESP adaptada) A vinda de imigrantes para o Brasil se intensifica na segunda metade do século XIX na medida em que, igualmente, se expande a cultura do café. Sobre essa questão, podemos afirmar que: ( )A atuação do governo brasileiro, subvencionando despesas de viagem enquanto os fazendeiros arcavam com os gastos do colono durante seu primeiro ano no país, possibilitou o crescimento da corrente imigratória. ( )O sistema de parceria, em que colonos tinham suas despesas de viagem e instalação pagas pelos fazendeiros para posterior indenização, possibilitou o sucesso da imigração nas áreas cafeicultoras. ( )As restrições adotadas pelos E.U.A. à imigração e o avanço do capitalismo no campo italiano, concentrado a terra em poucas mãos, contribuíram para que muitos imigrantes escolhessem o Brasil como destino. ( )A entrada de imigrantes facilitou a introdução do trabalho agrícola assalariado e evidenciou as limitações do trabalho escravo, rompendo-se a unidade política da aristocracia agrária em relação à escravidão. ( )A política adotada pelo governo brasileiro de assumir todo o processo de imigração resultou em fracasso pelo frequente desvio das verbas públicas destinadas a essa finalidade.
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33ª QUESTÃO TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (PUCMG adaptada) "Fugiu da fazenda do Cruzeiro, distrito da Gloria, termo de QUELUZ, Joaquim escravo pertencente ao tenente Antonio Lopes de Faria, com os seguintes sinais: crioulo, barbado, alto, cheio de corpo, boa dentadura, sobrancelhas serradas, na mão direita tem o dedo máximo ou 3Ž. aleijado e no cotovelo dum dos braços tem uma cortadura, pés tortos para dentro e nos dedos grandes dos pés não tem unhas, sinais de chicotadas pelo corpo, entende de carpinteiro, é bom tropeiro; dá-se a quantia de 100$000 a quem o trouxer e entregar a seu senhor e pondo em alguma cadeia ou dando notícias certas gratifica-se com 50$000 (...).“ (Jornal O Constitucional de Ouro Preto, 20 de julho de 1879, p.4) 1.Pelas informações do anúncio, é correto afirmar que fazia parte do cotidiano do escravo, EXCETO: ( )o castigo físico, disciplinador da subordinação ao senhor. ( )o trabalho e, muitas vezes, o exercício de mais de uma atividade. ( )a aceitação social da vontade própria do escravo. ( )a rebeldia, expressa da consumação da fuga.
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2.Considerando-se os dados do anúncio, a realidade e a lógica do sistema escravista no Brasil, da segunda metade do século XIX , é correto afirmar que, EXCETO: ( )a recompensa pela recaptura demonstra a valorização da mão-de-obra escrava, haja vista o fim do tráfico em 1850. ( )os escravos de autoridades militares eram mais bem tratados e tinham o reconhecimento de ser bons profissionais. ( )a descrição física detalhada do fujão ajudava na sua captura e demonstrava o processo ideológico de coisificação do escravo. ( )o jornal contribuía para a localização do paradeiro do cativo fugido, facilitando sua captura e, consequentemente, sua volta à vida no cativeiro.
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34ª QUESTÃO O crescimento industrial na cidade de São Paulo foi especialmente favorecido por duas medidas de grande repercussão econômica: a tarifa Alves Branco (1844) e a lei Eusébio de Queirós (1850). Elas estabeleceram, respectivamente, ( )a fixação do preço mínimo da saca de café e a autorização para o funcionamento de manufaturas em São Paulo. ( )a redução das taxas alfandegárias para os produtos importados da Inglaterra e a abertura dos portos. ( )o subsídio governamental à produção de café no Vale do Paraíba e a instituição do sistema de parceria. ( )o aumento dos impostos sobre os produtos estrangeiros importados e a extinção do tráfico negreiro.
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35ª QUESTÃO ( UFPE adaptada) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso. (Abolição da escravatura). ( )O desenvolvimento industrial, na Inglaterra, exigia a ampliação de mercados e encontrava na escravidão um grande obstáculo. ( )As leis do Ventre-Livre (1871) e dos Sexagenários (1885) são consideradas, por um lado, concessões dos escravocratas aos abolicionistas; por outro, são tidas como fatores que enfraqueceram a luta abolicionista e adiaram a abolição por mais de dez anos. ( )Em Pernambuco, o Movimento Abolicionista teve no monarquista Joaquim Nabuco sua grande liderança. ( )A imigração italiana reforçou o sistema escravocrata depois que o tráfico de africanos para o Brasil foi proibido em 1850. ( ) O rompimento da Guerra do Paraguai (1865-1870) possibilitou ao Imperador Pedro II protelar o debate sobre a escravidão, ao substituir o Gabinete Liberal de Zacarias por um Gabinete escravocrata
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35ª QUESTÃO TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (UFRJ adaptada) "Vizinhos! - É Olécia que está escrevendo Saúde boa e bem vai se vivendo. Faz sete meses que silenciamos No fim de tal destino já acampamos. Vivemos em florestas, em cabanas, E imensamente estamos trabalhando. Vivemos juntos, não nos separaram, da vila quinze léguas nos distaram. Na mata, sob montanhas Não chiamos: Não há estradas, trilhas palmilhamos. Brasil! Também se sofre nessa terra: Pegou-nos logo a febre amarela. Em três meses na Ilha das Flores Morreram três mulheres e três homens
Que mais escrevo? Novas não alardam. De cobras cinco nossos se finaram. Aqui anda um povo rude pelo mato Que mata e come a gente. Fuja deste fato. Se Deus quiser, e nós nos recompormos. Quarenta fomos, em dezoito somos. (...)” FRANKÓ, Iwan. Carta do Brasil, 1895, in: ANDREAZZA, Maria Luiza. "O Paraíso das Delícias". Curitiba: Aos Quatro Ventos, 1999.) O poema acima foi composto a partir das notícias que chegavam na Europa Oriental sobre a situação dos imigrantes eslavos que vieram para o Brasil em 1895. Tal movimento demográfico era parte das chamadas "Grandes Migrações", que implicaram a transferência de milhões de europeus para as Américas, sobretudo a partir da segunda metade do século XIX. Indique dois aspectos presentes no poema que expressam as dificuldades enfrentadas por imigrantes pobres que vieram se estabelecer no Brasil em fins do século XIX.
Resposta: A grande mortalidade ("febre amarela" e "picadas de cobras"); e as
dificuldades para o estabelecimento e desenvolvimento das colônias, devido ao estado
ainda inculto das terras, a falta de estradas e de infra- estrutura, o excesso de trabalho
e a precariedade das habitações, a antropofagia imaginada.
36ª QUESTÃO(PUCCAMP adaptada) " 'A 3 de setembro de 1825, partimos do Rio de Janeiro. Um vento fresco ajudou-nos a vencer, em 24 horas, a travessia de 70 léguas, até Santos, e isto significou dupla vantagem, porque a embarcação conduzia, também, 65 negros novos, infeccionados por sarna da cabeça aos pés'. Assim começa o mais vivo, completo e bem documentado relato da famosa Expedição de LANGSDORFF, que na sua derradeira e longa etapa, entre 1825 e 1829, percorreu o vasto e ainda bravio interior do Brasil, por via terrestre e fluvial - do Tietê ao Amazonas. Seu autor é um jovem francês de 21 anos, Hercules Florence, no cargo de desenhista topográfico. Encantado com as maravilhas das terras brasileiras e com seu povo hospitaleiro, Hercules Florence permaneceu aqui, ao término da expedição, escolhendo a então Vila de São Carlos, como Campinas foi conhecida até 1842, para viver o resto de sua vida. Florence morreu em 27 de março de 1879 (...).“(Revista: "Scientific American Brasil", n. 7, São Paulo: Ediouro, 2002. p. 60) O jovem francês partiu do Rio de Janeiro, em 1825, aventurou-se por várias regiões do Brasil, fixando residência na Cidade de Campinas, até 1879. Considerando o triângulo percorrido pelo jovem - Rio de Janeiro, Santos e Campinas - e os fatos históricos no período mencionado, pode-se afirmar que: ( )o Porto de Santos tornou-se conhecido, naquele contexto histórico, por ter sido o local escolhido pelo governo brasileiro para o controle de toda a exportação do café, que era produzido tanto no Vale do Paraíba como no Oeste Paulista. ( )o jovem francês partiu do Rio de Janeiro no momento em que a produção cafeeira no Vale do Paraíba declinava, trazendo prejuízos incalculáveis aos fazendeiros que fizeram altos investimentos com a compra de escravos
( )o Porto de Santos teve um papel secundário no contexto de desenvolvimento econômico na segunda metade do século XIX, pois o mesmo não atendia às normas de segurança determinadas pelas exportadoras de café. ( )Florence esteve no Brasil durante o período da ascensão da produção cafeeira no Vale do Paraíba, presenciando inclusive a crise e a ascensão desse produto na região do Oeste Paulista. 37ª QUESTÃO (PUCCAMP adaptada) "Sob os preceitos do Iluminismo (...) a Academia Francesa de Ciências assumiu a incumbência de criar medições padronizadas. (...) A Academia convencionou que a unidade-padrão de comprimento seria a décima milionésima parte da distância entre o Polo Norte e o Equador. (...) Os padrões de massa e de volume foram calculados a partir do metro, seguindo o mesmo princípio. O grama foi definido como a massa de 1 decímetro cúbico de água pura a 4 °C, temperatura em que atinge a maior densidade. O litro passou a equivaler ao volume de um cubo com 10 centímetros de lado (ou seja, 1 centímetro cúbico). Foi uma mudança e tanto. (...) Apesar da revolução no pensamento e na concepção de mundo, um fator não mudou: as medidas continuaram a ser usadas como instrumento de poder. (...) Na época, dois impérios rivalizavam em equilíbrio de poder: o francês, sob o comando de Napoleão Bonaparte, e o inglês. Por isso, a França e todos sob sua influência direta ou indireta adotaram o sistema métrico decimal, como o Brasil, que, em 1862, por
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decreto de dom Pedro II, abandonou as medidas de varas, braças, léguas e quintais para aderir ao metro."(Revista "Superinteressante", n. 186, São Paulo: Abril, 2003. p. 45-6) A sociedade imperial brasileira herdou várias influências europeias. Além do sistema métrico, no Segundo Reinado adotou-se na prática o parlamentarismo no Brasil, por influência inglesa. No entanto, este diferia do inglês, uma vez que o ( )partido que detinha a maioria no Parlamento indicava o primeiro-ministro, que muitas vezes vetou determinados projetos de lei provenientes do poder imperial. ( ) gabinete não dependia inteiramente do Parlamento mas, principalmente, do Poder Moderador. ( )poder legislativo tinha autonomia política para indicar os membros do gabinete ministerial e para dissolvê-lo quando este fosse incompatível com o Senado. ( )parlamento brasileiro era mais democrático, pois previa a participação das mulheres nas eleições provinciais.
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38ª QUESTÃO (UFSC adaptada) Assinale a ÚNICA proposição CORRETA. Nos ciclos sequenciais da economia do Brasil, a ordem cronológica é: ( )pau-brasil, açúcar, ouro, café. ( )pau-brasil, ouro, açúcar, café. ( ) pau-brasil, café, ouro, açúcar. ( ) pau-brasil, açúcar, café, ouro 39ª QUESTÃO(FUVEST adaptada) No tocante à economia açucareira do Brasil, ao longo do século XIX, podemos afirmar que ( )praticamente desapareceu, pois o café se tornou o produto quase exclusivo das exportações. ( )conheceu um relativo renascimento, graças ao fim da exploração em grande escala de metais preciosos que drenava todos os recursos. ( )ficou estagnada, acompanhando o baixo nível das atividades econômicas em declínio após o fim da exploração de metais preciosos em grande escala. ( )regrediu consideravelmente devido à concorrência antilhana e à introdução de açúcar de beterraba na Europa.
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40ª QUESTÃO(FUVEST adaptada) A economia brasileira, durante o período monárquico, caracterizou-se fundamentalmente ( )pelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de serviços. ( )pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria. ( )pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional. ( )pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais. 41ª QUESTÃO (UFC adaptada) Em 29 de maio de 1829, oficiais ingleses abordaram o navio Veloz. "Os diários de bordo e mais papéis do Capitão foram examinados... estavam em ordem. O número de pessoas transportadas obedecia ao que estipulava a lei...“ GÓES José Roberto Pinto de, Cordeiros de Deus: tráfico, demografia e política no destino dos escravos, em: Marco. A. Pamplona (org.) Escravidão, exclusão e cidadania. Rio de Janeiro, Access, 2001, p. 23. Com base no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre o tráfico de escravos, durante o Império. ( )A Inglaterra vistoriava os navios para impedir o contrabando de produtos que pudessem concorrer com as manufaturas inglesas. ( )Os traficantes de escravos obedeceram aos tratados e leis firmados com a Inglaterra, inclusive os compromissos assumidos por Portugal, a partir da transferência da Corte. ( )Portugal tinha se comprometido a limitar a prática do tráfico ao sul do equador e, desde então, a Inglaterra tinha o direito de vigiar pelo cumprimento dos acordos firmados. ( )Tratados firmados entre o Brasil e a Angola proibiam o tráfico ao sul do equador.
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42ª QUESTÃO (FUVEST adaptada) "Naquela época não tinha maquinaria, meu pai trabalhava na enxada. Meu pai era de Módena, minha mãe era de Capri e ficaram muito tempo na roça. Depois a família veio morar nessa travessa da avenida Paulista; agora está tudo mudado, já não entendo nada dessas ruas". Esse trecho de um depoimento de um descendente de imigrante, transcrito na obra MEMÓRIA E SOCIEDADE, de ECLÉA BOSI, constitui um documento importante para a análise ( )do processo de crescimento urbano paulista no início do século atual, que desencadeou crises constantes entre fazendeiros de café e industriais. ( )da imigração europeia para o Brasil, organizada pelos fazendeiros de café nas primeiras décadas do século XX, baseada em contratos de trabalho conhecidos como "sistema de parceria". ( )da imigração italiana, caracterizada pela contratação de mão-de-obra estrangeira para a lavoura cafeeira, e do posterior processo de migração e de crescimento urbano de São Paulo. ( )do percurso migratório italiano promovido pelos governos italiano e paulista, que organizavam a transferência de trabalhadores rurais para o setor manufatureiro.
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43ª QUESTÃO (FUVEST adaptado) No século XIX, a imigração europeia para o Brasil foi um processo ligado: ( )a uma política oficial e deliberada de povoamento, desejosa de fixar contingentes brancos em áreas estratégicas e atender grupos de proprietários na obtenção de mão-de-obra. ( )a uma política organizada pelos abolicionistas para substituir paulatinamente a mão-de-obra escrava das regiões cafeeiras e evitar a escravização em novas áreas de povoamento no sul do país. ( )às políticas militares, estabelecidas desde D. João VI, para a ocupação das fronteiras do sul e para a constituição de propriedades de criação de gado destinadas à exportação de charque. ( )à política do partido liberal para atrair novos grupos europeus para as áreas agrícolas e implantar um meio alternativo de produção, baseado em minifúndios.
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44ª QUESTÃO (UFG adaptada) ALENCASTRO, Luiz Felipe de. (Coord.) "História da vida privada no Brasil". São Paulo: Companhia das Letras, 1997. v. 2. p. 19.
Essa foto do final do século XIX é um documento demonstrativo do direito de propriedade de pessoas na ordem escravista e expressa diferença social ao enfocar ( )um homem negro à esquerda do homem branco, com penteado semelhante ao de seu senhor. ( )o último homem à direita do homem branco, com instrumento de trabalho, diferenciando-se dos demais. ( )um homem à direita e outro à esquerda do senhor, fotografados com posturas corporais diferentes. ( )o homem branco, em primeiro plano, destacando- se dos cinco homens negros descalços.
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45ª QUESTÃO(Mackenzie adaptada) A Lei Eusébio de Queirós, promulgada em setembro de 1850, durante o Segundo Reinado, extinguindo o tráfico negreiro, foi resultado: ( )de pressões do governo britânico, que, após a Revolução Industrial do século XVIII, se interessava na ampliação dos mercados consumidores para seus produtos manufaturados. ( )da crescente pressão da opinião pública nacional, contrária à escravidão, que se chocava com os interesses econômicos internacionais, especialmente os ingleses. ( )da pressão e do exemplo dos britânicos, que, por motivos religiosos, não aceitavam o trabalho compulsório, empregando e defendendo o trabalho livre assalariado. ( )da exigência britânica, que impunha a extinção do tráfico negreiro como cláusula para reconhecimento da independência brasileira
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