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O Expressionismo e a Cadeia de Cristal

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Page 1: O Expressionismo e a Cadeia de Cristal

O Expressionismo e a Cadeia de Cristal

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A pintura expressionista

• Um enfrentamento ao positivismo e à postura estética do olhar pasmado.

A arte da ação e do gesto primordial que imprime a consciência subjetiva ao plano pictórico.

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A ênfase expressionista está na modificação gestual e agressiva humana sobre o material que resulta no discurso visual.

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• A apreensão subjetiva da realidade se dá numa chave trágica e existencialista perante a época de crise da racionalidade.

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A arquitetura expressionista

• Um movimento de contracultura com anseio por uma nova sociedade e uma nova arquitetura.

• Vertente tardia do movimento expressionista, tem suas primeiras manifestações em 1914, resultantes de uma cisão ideológica surgida dentro da Deutsche Werkbund.

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Algumas influências diretas

• Neue Künstler Vereinigugung (1909)Movimento proto-expressionista liderado por Kandinsky, opunha-se à cultura estatal industrial da Deutsche Werkbund.

• Glasarchitektur (1914)Texto de Scheerbart (1863- 1915) exaltando o vidro como material de liberação moral e material da arquitetura e da humanidade, por consegüinte.

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A cisão da Deutsche Werkbund

• Kunstwollen: “vontade da forma”

O desejo expressivo afirmado individualmente

Expoentes:

Behrens, Gropius,

Muthesius.

• Typisierung: aceitação coletiva da forma normativa.

Expoentes:

Van de Velde e Taut.

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•Pavilhão de Vidro, obra de Bruno Taut, foi construído para a exposição Werkbund de Colonia de 1914. A construção se inspira nas catedrais góticas e explora novas possibilidades técnicas expressivas no uso do vidro.Apresenta o conceito de Stadtkrone (Coroa da cidade) introduzido por Taut, paradigmático da construção religiosa como sendo elemento urbano fundamental de reestruturação social.

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Arbeitsrat für Kunst e Novembergruppe(1918)

• Conselho de Trabalho para a Arte; funde os dois grupos, que se uniram atuando através de manifestos e exposições com o princípio da união entre as artes e vivência destas por toda a população.

• Eram mais de cinquenta artistas, arquitetos e mecenas, entre eles Mendelsohn, Taut, Gropius e Behne.

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• “ [...] o europeu está certo quando teme que a arquitetura de vidro possa tornar-se incômoda. Ela o será, sem dúvida. E esta não constitui sua menor vantagem, pois, em primeiro lugar, é preciso arrancar os europeus de seu comodismo.” Adolf Behne, 1918.

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“Exposição dos arquitetos Desconhecidos” (1919)

• A exposição representava as posições defendidas pelo Arbeitsrat für Kunst, como canteiros de experimentação ligados à prática de idéias socialistas utópicas.

• O manifesto de sua apresentação preconiza as ideias do Manifesto da Bauhaus, de Gropius, que foi fundada no mesmo ano.

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• Proposição de novos emblemas para a arquitetura moderna: não mais os transatlânticos e locomotivas, objetos industriais, mas a catedral do socialismo, como obra de arte coletiva.

A Bauhaus unificaria as artes, como uma “Catedral do Futuro”.

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Cadeia de Cristal (1919)

• Uma correspondência de utopias. Corrente de cartas e desenhos de livre expressão iniciada por Bruno Taut após o fechamento das atividades do Arbeitsrat für Kunst.

• 14 arquitetos e artistas participavam do círculo, entre eles, Gropius, Luckhardt, Scharoun.

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• Volta às discussões da Werkbund de 1914.• “ Seria completamente errado recusar-se a

admitir essa tendência da época, uma vez que se trata de um fato histórico. Além do mais, não há como provar que ela seja hostil à arte.”Luckhardt, 1920.

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• Bruno Taut conserva-se fiel às concepções de Scheerbart.

• Publica Auflösung der Städte (Dissolução das cidades) onde idealiza comunidades rurais artesãs anarco-socialistas.

Alpine Architektur, 1917.

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• Bruno Taut torna-se arquiteto da prefeitura de Madgeburg em 1921, e entra em crise com seus projetos, sendo obrigado a atender à demanda social da República de Weimar.

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• muitos arquitetos tiveram parte de sua obra inserida dentro da corrente expressionista, porém sem fidelidade ao movimento, e realizando, também, proposta vinculadas diretamente à proposta racionalista.

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Casa Sommerfeld, de Walter Gropius - 1921

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Escritórios da Höchster Farbwerke, Frankfurt – de Peter Behrens , 1920-1924

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Hans Poelzig

• Vem a ser o concretizador da imagem da Stadtkrone de Taut; a poética de cristal chega à plenitude no seu teatro de massa, para cinco mil pessoas.

Torre de Água, Posen

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Grosses Schauspielhaus, Berlim, de Hans Poelzig –projeto de 1919

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Indústria Química, Luban, de Hans Poelzig -1911

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Erich Mendelsohn

Torre Einstein, 1919-1923

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Mendelsohn intensificou a pesquisa na representaçãoabreviada da forma, desenvolvendo um traçado característico à arquitetura expressionista.

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Herança tardia

Filarmônica de Berlim, de Hans Scharoun, 1960.

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Filarmônica de Berlim

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Flávio de Carvalho

• Multi-artista de vanguarda• A poética de Fábio de Carvalho é aproximada

por Luis Carlos Daher à expressionista no que diz respeito à postura contestadora de sua arquitetura.

• Aproxima-se também da poética futurista.

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Casa Modernista de Fábio de Carvalho, Valinhos, 1929

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Instituição mista: Academia de Arte e Escola de Artes e Ofícios.

Unir Artesanato e Produção Industrial;

Walter Gropius assume a direção da escola.

1919: fundação da Bauhaus.

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Proclamação da Bauhaus: “entrar nos edifícios, dotá-los de contos de fadas (...) e construir com fantasia, sem preocupar-se com as dificuldades técnicas”. (W. Gropius) [expressionismo]

Oskar Schelmmer: Bauhaus como catedral do socialismo.

Cathedral, 1919. Lyonel Feininger, Capa do Manifesto e do Programa da Bauhaus

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Johannes Itten• lecionou por três anos na

Bauhaus. • Sofreu influência de Franz

Cizek - estímulo da criatividade individual através de colagens de diferentes texturas e matérias - estudo da forma e da cor.

• A pedido de Itten, Schlemmer, Paul Klee e George Muche são convidados a lecionar na Bauhaus.

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Horizontal – Vertikal. 1915. Johannes Itten

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• Doesburg: estética racional e antiindividualista; De Stjiil.

• Kandinsky: abordagem emotiva, subjetiva e mítica da arte

Theo van Doesburg e Gropius x Kandinsky e Itten

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Moholy-Nagy

• Responsável pela oficina de metalurgia.

• “elementarismo construtivo” conveniência dos objetos produzidos - revelar as propriedades estáticas e estéticas das estruturas.

• Materiais como madeira, metal, arame e vidro.

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• “elementarismo-construtivista” foi complementado em outro segmento da Bauhaus pela influencia De Stijl de Van Doesburg .

• Exemplo disso: tipografia sans serif, usada por Herbert Bayer e Joost Schmidt para exposição Bauhaus de 1923.

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Sans serif Bauhaus

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Casas construídas pela Bauhaus

• Casa Sommerfeld• Casa Versuchshaus

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Casa Sommerfeld Projetada por Gropius e Meyer. 1922. Casa de madeira tradicional, com

interior enriquecido por madeira entalhada e vitrais, para criar uma gesamtkunstwerk [integração de múltiplas expressões artísticas diferentes]

Vitrais

Casa Sommerfeld

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Interior entalhado em madeira

Móvel projetado por Marcel Breur

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Casa Versuchshaus (casa Experimental Bauhaus)

• Projetada por Munche e Meyer. 1923. Concebida como um objeto sachlich [objetivo, realista, prático]

• Máquina de morar. Circulação mínima, organizada em torno de um átrio, iluminada por clerestório. Equipada austeramente, com radiadores de metal expostos, molduras de janelas e portas de aço, mobília elementar e luminárias tubulares, sem quebra-luz.

Casa Versuchshaus

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Casa Versuchshaus – Planta

Cozinha – Máquina de morar

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• Abordagem da Bauhaus se torna mais objetiva, afiliada ao movimento Neue

Sachlichkeit [Nova Objetividade - recusa o expressionismo] massificação um tanto

formalista.

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Bauhaus em Dessau

Bauhaus Dessau. Walter Gropius

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Mestres da Bauhaus: Josef Albers, Hinnerk Scheper, Georg Muche, László Moholy-Nagy, Herbert Bayer, Joost Schmidt, Walter Gropius, Marcel Breuer, Vassily Kandinsky, Paul Klee, Lyonel Feininger, Gunta Stölzl e Oskar Schlemmer

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• 1926:Marcel Breuer na direção dos ateliês.Produção de mobiliário cadeiras e mesas de aço tubular, mais econômicas, práticas e fáceis de limpar.

• Em 1927 era grande a produção licenciada vinda da Bauhaus, entre ela estava: mobiliário de Breuer, tecidos de Gunta Stadler-Stöz, lâmpadas e artefatos de metal de Marianne.

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Mobiliário de Breuer.

Tecido de Gunta Stadler-Stöz

Lâmpada de metal de Marianne Brandt

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• 1928: Gropius se demite e indica Meyer em seu lugar. Moholy-Nagy, Breuer e Bayer acompanham Gropius em sua decisão.

• Mudanças que aproximam a Bauhaus da Neue Sachlichkeit. Segundo Moholy-Nagy, a adoção de um método rigoroso de design por parte de Meyer seria prejudicial.

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Hannes Meyer• Meyer: design mais

“socialmente responsável” simples, desmontável e barato, o mobiliário em madeira compensada veio para primeiro plano. Muitos projetos fabricados, ênfase sobre o social e não considerações estéticas.

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• Catálogo da exposição de produtos da escola (1929) e mesas dobráveis feitas na oficina de móveis.

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Bauhaus em 4 departamentos:• Arquitetura [construção];• Publicidade;• Produção em madeira;• Têxteis. • Introdução de cursos como organização industrial e

psicologia. Setor de construção:otimização econômica, cálculo preciso de luz artificial, solar, perda e ganho de calor, acústica.

• Novas contratações: Ludwig Hilberseimer, engenheiro Alcar Rudelt, Alfred Arndt, Karl Fieger, Edvard Heiberg e Mart Stam.

• 1930: Meyer é demitido.

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Mies van der Rohe

• 1930:direção da Bauhaus.

• 1932: outubro, o que restava da escola foi transferida para um depósito nos arredores de Berlim. Política municipal: exigiram que a Bauhaus fechasse suas portas. Fachada sachlich revertida por um telhado “ariano”.

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• Em 1933 a Bauhaus foi fechada pelo governa Nazista. A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente por possuir em seu quadro de professores muitos artistas russos.

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Art DécoA busca de um comportamento novo refletia a instabilidade de uma

sociedade mais preocupada com os prazeres efêmeros que com realizações

duráveis – o termo “les anées folles” aplicado a década de 20 é sintomático -,

incapaz de fixar uma escolha entre uma herança cultural do século XIX e as

perspectivas industrialistas da era da máquina” (Segawa. Arquiteturas no

Brasil)

Sociedade instável recém do conflito que definia duas frentes opostas:

Alemanha humilhada – França Vitoriosa

Ao contrário do design criado pela Bauhaus, na Art Déco não há exigência de

funcionalidade

Tentativa de racionalização dos volumes e dos elementos de ornamentação

Rigor geométrico e predominância de linhas verticais

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Auguste Perret

Paris

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Enquanto que urbanismo na Europa nasceu no bojo de um processo de

modernização e reforma social, no Brasil ele encontrou um país que não

era verdadeiramente urbano e industrial. Portanto, teorias européias

desenvolvidas em resposta à modernização chegaram ao Brasil antes que

a modernização acontecesse.

“Conciliar a erradicação das epidemias que varreram a cidade ao longo do século XIX, afastar

a população pobre de setores estratégicos para a expansão urbana e conferir à paisagem uma

estética arquitetônica de padrão europeu caracterizaram iniciativas para a modelagem de um

Brasil condizente com o figurino de uma nação civilizada.”

(Segawa. Arquiteturas no Brasil)

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Estação de trens

Goiania

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Ministério do Trabalho

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Ministério da Fazenda

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Ministério da Guerra

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Central do Brasil

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A NOVA OBJETIVIDADE1923-1933

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Rússia e Alemanha

• Russia – Revolução; Políticas Lenin

• Alemanha – pós- guerra

• Tratado de Rapallo

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El Lissitzky

“O espaço é concebido com formas e materiais elementares e com superficies que se estendem sem relevos sobre a parede(cor) e superfícies que são perpendiculares à parede (Madeira)… o equilibrio que procuro obter nesse espaço deve ser elementar e capaz de mudar para que nao possa ser pertubado por um telefone ou uma peça de mobiliário. O espaço está ali para o ser humano – e nao o ser humano para o espaço.”.

Projeto: Prounenraum para a Grosse Berliner Kunstausstellung de 1923

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ABC

• Grupo esquerdista ABC, em Basileia.• El Lissitsky;• Mart Stam; • Emil Roth; • Hans Schmidt; • Hannes Meyer; • Hans Witter.

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Projeto: Petersschule para Basileia 1926 de Meyer e Witter

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• Projeto: Liga das Nações em Geneva 1927 Meyer/Witter

• Meyer: “nada de corredores reconditos para a prática de diplomacia clandestina, mas salas abertas e envidraçadas para a negociação pública de homens honestos.

• ARQUITETURA DE RELEVÂNCIA SOCIAL• STAM: ”o isolamento do indivíduo levou-o a deixar-se

dominar por suas emoções. Mas a perspectiva moderna vê a vida como um impulso único a partir de uma força única. O que é individual deve ceder diante daquilo que é comum a todos.

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Nova Objetividade na Holanda

Stam e Vlgut com a fábrica de Van Nelle

Projeto: Existenzminimum Bergpolder

Van der Vlugt

J. J. P. Oud – casas funcionalistas de cobertura plana para operários

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Projeto: Fábrica Van Nelle. 1929 L. C. van der Vlugt / Stam

LE CORBUSIER:”… lugar sereno tudo se abre para o exterior… uma criaçã da era moderna , eliminou por completo todas as conotações anteriormente associadas a palavra proletário. E esse desvio do instinto egoísta de propriedade que ali caminha para um sentido de ação coletiva, leva a um resultado extremamente feliz: participação pessoal em cada etapa do empreendimento humano.’

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Quartiere Kiefhoek, Rotterdam, J. J. P. Oud, 1925-29

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Stam em 1926 faz um projeto para o bairro de Rokin em Amasterdã.

• Subversão do padrão urbano tradicional;

• Cidade Aberta• “O volume casa vez maior do tráfego, devido ao

crescente desafio economico, transforma sua organização no fator determinante do planejamento urbano arquitetônico. O pensamento arquitetonico deve romper comas atitudes esteticas que nos foram legadas pelas gerações anteriores. A concepção de uma cidade como um espaço fechado é uma delas e deve ceder lugar à cidade aberta.

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Cidade aberta X espaço fechado

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Amsterdã - Holanda

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Dessau

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• Projeto: Escola ao ar livre de Amsterdã – Duiker

•  

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CEU Butanta

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• projeto Heuberg de Viena - Adolf Loos

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• Otto HAESLER (casa em fileria – piorneiro)

'Italienischer Garten’ em Celle de Otto Haesler

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• May: arquiteto de Frankfurt• Projeto: Bruchfeldstrasse, Frankfurt • Projeto: Complexo Vale do Nidda: Hehnblick e

Praunheim em 1927

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• Bauhaus em Dessau: Gropius 1926 • TEATRO TOTAL 1927 • 1927 Gropius despede-se da Bauhaus e

envolve-se com a construção de moradias; melhoria dos padrões habitacionais e desenvolvimento dos projetos urbanos

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DE STIJL

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DE STIJL - Neoplasticismo

• Movimento estético - social – ‘filosófico com grandes influências sobre o design, a arquitetura e artes plásticas;

• Nasceu no ano de 1917 na Holanda, durando apenas 14 anos;

• Principais integrantes: Piet Mondrian, Theo Van Doesburg e Gerrit Rietveld.

• Propagação das idéias através de publicação homonima, com textos dos próprios artistas.

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DE STIJL - objetivos

• Busca do equilíbrio entre o individual e o universal;

• Libertação da arte no que diz respeito à tradição e ao culto à individualidade;

• Criação de uma arte nova e internacional, expressando um novo ideal utópico de harmonia espiritual e ordem;

• Pregavam o abstracionismo puro e a universalidade pela redução ao essencial da forma e da cor.

O objeto da natureza é o homem, o objeto do homem é o estilo.

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DE STIJL - influênciasFILOSOFIAS (metafísica) • Spinoza, “Pensamentos Metafísicos”• Schoenmaekers, “A Nova Imagem do Mundo”, “Princípios da Matemática Plástica”- origem da paleta de cores restrita, das linhas verticais e horizontais e do termo neoplasticismo. • calvinismo holandês; • Madame Blavadsky – “Teosofia”

ARQUITETURA (solidez)

• Hendrik Petrus Berlage,crítica sociocultural, ‘pai’ do termo DE STIJL• Frank Lloyd Wright,Publicação de duas edições do Wasmuth com suas obras nos EUA

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"Os dois contrários fundamentais completos que dão forma à Terra são a linha horizontal de energia, isto é, o curso da Terra em redor do Sol, e o movimento vertical, profundamente espacial, dos raios que se originam no centro do Sol”

"As três cores principais são essencialmente o amarelo, o azul e o vermelho. São as únicas cores existentes... O amarelo é o movi­mento do raio... O azul é a cor contrastante do amarelo. Como cor, azul é o firmamento, é a linha, a horizontalidade. O vermelho é a conjugação de ama­relo e azul... O amarelo irradia, o azul 'recua' e o vermelho flutua."

Schoenmaekers, “A Nova Imagem do Mundo”

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DE STIJL - cronologia

• FASE 1: Início do movimento, rigorosidade em seguir às influências;

• FASE 2: Theo Van Doesburg na Bauhaus e aproximação com o Elementarismo russo;

• FASE 3: Rompimento de Van Doesburg e Piet Mondrian, fim do movimento.

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Pintura – Piet Mondrian e Theo Van Doesburg• Mondrian: - primeiras obras pós-cubistas em 1914;- longo período na França com Schoenmaekers e Van der Leck;

• metafísica – influência da religiãocalvinista fortemente presente em suafamília;

• absorção plena dos ideais estéticos deSchoenmaekers, resultando na publicaçãode “Neoplasticismo em Pintura”, DE Stijl, edição 1.

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Design – o mobiliário Red/Blue

• criação de Rietvelt, primeira peça em 1917; •estética neoplástica em três dimensões;

• uso das cores primárias juntamente com o preto, o cinza e o branco;

• mobiliário estruturado em traves e planos retilíneos;

• material: madeira.

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De Stijl na Bauhaus• novas faces permitem a internacionalidade do movimento:-El Lissitzky - grande influência na obra de Van Doesburg após 1921, inserindo as questões da escala ambiental e a condição do objeto em questão, trabalhando a noção de que o ambiente construído deveria ser concebido de acordo com uma ordem, um programa.

• 1920 - Van Doesburg visita Bauhaus à convite de Hans Ritcher;

• 1921 – apenas Van Doesburg representava o De Stijl: - Mondrian se reestabelece em Paris, como artista independente;- outros artistas se desligam do estilo;- Van Doesburg é convidado por Gropius à lecionar na Bauhaus;

- Van Doesburg causa um forte impacto entre os estudantes e professoresda Bauhaus, influenciando fortemente o ensino e as composições da escola. Em 1924 publica “Dezesseis pontos de uma arquitetura plástica.”

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Arquitetura – Gerret Rietveld

• A arquitetura neoplástica surgiu apenas após 1920, na segundafase do movimento;

• 1º projeto: Casa Schröder-Schräder de Utrecht, 1924;• construção em alvenaria e madeira;

• características:- elementar;- econômica;- funcional;-não-monumental; - dinâmica; - forma anticúbica: volumes e planos que saltam do elemento;- cor antidecorativa;- planta transformável;

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Arquitetura – Café L’Aubette

• último projeto: Café L’Aubette, Estrasburgo, 1928, Theo Van Doesburg;

• dois grandes espaços públicos somado a espaços adicionais, inseridos em uma fachada do século XVIII;

• Dependências projetadas por Van Doesburg associado à Hans Arp eSophie Täuber Arp, moduladas por relevos de parede abstrados e superficiais;

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De Stijl – fase final• divergência entre Mondrian e Van Doesburg: o último introduz as linhasdiagonais em suas obras, resultando, para Mondrian, na perda da unidadeinicial (contra-composições);

• Rietveld redesenha seu mobilário utilizando-se das questões relativas à ergonomia e resistência estrutural;

• Van Doesburg também passa a situar a estrutura social e a tecnologiacomo os principais determinantes da forma, algo que não era propostono movimento originalmente;

• Em 1930, o ideal neoplástico – unir as artes e trancender a divisãoentre arte e a vida – já não era defendido, apenas tendo Mondrian comorepresentante, culminando no fim do movimento.

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