O FOCO ED. 178

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Operação tapa buracos na RJ-14

Sarau Cachaça Poética

jornalofoco.com.br

JORNAL

R$ 0,50ANO 8 N.º 178 SEXTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2014

Cadê os ônibus novos?

Às vésperas de vencer segundo prazo para renovação de frota, Expresso Mangaratiba é só silêncio sobre cumprimento do TAC

Botos mortos e redes: cena cada vez mais comum na região

Prefeitura fez a sua parte: telão de última geração. A torcida fez a sua: vibração na estreia da seleção no mundial

Titular da 165º DP, Valéria de Castro, fala de família, polícia e fé

Em seis meses, 24 botos são achados mortosALERTA] Pesca ilegal é um dos motivos das mortes

O número de carcaças de botos-cinza encontra-dos na Baía de Sepetiba pela equipe do Instituto Boto Cinza nos primeiros seis meses de 2014, supe-ra todo o ano passado. Para o biólogo Leonar-do Flach, a pesca ilegal e

a degradação ambiental estão entre as causas das mortes. Alguns animais são encontrados com mar-cas de redes. Outros ainda presos a elas. O especialis-ta diz ser necessário maior fiscalização e consciência ambiental.

Cidade aproveita pre-sença da imprensa in-ternacional para se ven-der como destino turísti-co. Além das matérias es-pontâneas, um vídeo ins-titucional sobre município foi lançado.

Estrada que liga os dis-tritos de Muriqui e Ita-curuçá passa por reparos emergenciais.

Ideia da Fundação Mário Peixoto cai no gosto popu-lar e leva dezenas aos jar-dins do Museu.

A eleição que escolheu Charlies da Locadora co-mo presidente do PSB mu-nicipal é alvo de críticas

duras de Renato Bondim, que alega manobra para manter Charlies, que era interino, no poder.

Ao completar três anos a frente da 165 DP (Man-garatiba), a delegada Valé-ria de Castro fala sobre os

28 anos de profissão, casos marcantes e o aumento de crimes no município nos últimos meses.

Verde e Amarela: Mangaratiba para o mundo

Uma vida e uma família dedicada à polícia

Eleição para o PSB gera questionamento. Presidente ameaça expulsar militante

COPA 2014

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Casa Azzurri abre suas portas, mas seleção ...

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Telão no Centro exibirá jogos

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Moradores divergem sobre legado da Itália

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[DIVULGAÇÃO/INSTITUTO BOTO CINZA]

[THIAGO MELO/ARQUIVO O FOCO]

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2 O FOCO cotidiano 13 de junho de 2014

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VALÉRIA DE CASTRO] Ao completar três anos como delegada da 165ª DP (Mangaratiba) e a dois anos de se aposentar, Valéria de Castro fala sobre vida profissional e família

"Nasci para ser da polícia"

JACK DE CARVALHO [email protected]

Quando a senhora de-cidiu ser policial?

Aos 20 anos fiz prova pa-ra a Polícia Federal (PF), em 1981. Eu e mais sete mulhe-res fomos aprovadas, mas não fomos chamadas. Em 1982 fiz concurso para dete-tive da Polícia Civil, fui cha-mada em 1986. Em 1998, fiz concurso para delegada.

Como foram esses 28 anos de polícia na vida pro-fissional e pessoal? Onde que se mistura e se separa?

Vida profissional e pes-soal são muito juntas. Criei minhas duas filhas levan-do para as delegacias, traba-lhei na Delegacia de Mulhe-res, serviço interno, acabava levando. Assim como acom-panhei meu pai. Isso é mui-to comum na minha família. Tão comum que minha filha também é policial. Meu pri-mo é delegado, outro pri-mo foi o coronel mais novo do Estado, a filha dele ho-je é major da Polícia Militar (PM). A delegacia é o quintal da casa da gente.

Na sua opinião , quais são as principais mudanças no dia a dia da polícia desde 1986?

Primeira coisa: a entrada

do menor na criminalidade. O número de menores no crime acontece porque a fa-mília passou a se constituir sem valores. Acho que esse é o grande impacto: nós aban-donamos as crianças. Hou-ve também um empobreci-mento espiritual e intelectu-al na sociedade, em todas as classes. Isso reflete na crimi-nalidade.

Como detetive, tem algum caso especial em sua memória?

Pode ser engraçado?

Pode...Uma moça havia sido

queimada por água quen-te por outra mulher. Eu e a escrivã fomos até a agres-sora. Chegando lá falei pra ela “a senhora tem que ir lá na delegacia”. E o ma-rido dela amolava uma fa-ca enorme, que quase che-gava na minha barriga. Eu era muito inexperiente, pensava “Meu Deus, es-se homem vai me enfiar a faca aqui”. Aí quando che-go na delegacia o delegado pergunta “cadê a mulher, a presa? Ela tinha que ser presa em flagrante.” Aí eu voltei para prender a mu-lher (risos).

E na sua carreira co-mo delegada, que fatos

marcantes a senhora des-taca?

Foi de um homicídio em que eu fui até o local e achei um telefone tocan-do. Fomos rastreando a li-gação até chegar ao autor. A vítima era irmão de um PM e um bombeiro, eles es-tavam com a mãe na porta da delegacia quando eu en-trei como o criminoso pre-so. Eu fui aplaudida. O cri-me aconteceu por volta das oito da noite, na madruga-da estava com o homicida preso. Outro caso emble-mático, foi o roubo de dois carros forte aqui no túnel de Muriqui. Fizemos escu-tas telefônicas do chefe da quadrilha, conhecido como Leandro Olho Furado. Nós o prendemos no pedágio da Rodovia Washington Luis, sem um tiro, apenas trabalho de inteligência.

Dizem que a mulher é sempre uma profissio-nal mais sensível. Na in-vestigação policial, a mu-lher tem um olhar dife-rente?

Acho a mulher mais sen-sível, detalhista, organiza-da. Nós temos excelentes investigadoras e policiais. Um exemplo: outro dia fo-mos dar apoio à Correge-doria da PM para prender um policial militar aqui na

Região, e uma das nossas policiais ao chegar no cor-redor falou “é aqui, olha o tapete de São Jorge”. É o santo padroeiro da PM. Olha aí a sensibilidade.

Como a senhora ava-lia Mangaratiba? Os ín-dices de violência estão dentro do padrão?

O que vem saindo do padrão é o homicídio. Es-tou aqui a três anos e os ca-sos eram de violência do-méstica, homicídio em be-bedeira. Agora se vê um aumento no tráfico de dro-gas no interior do país e Mangaratiba não fica de fora. A proximidade de Mangaratiba com grandes centros de distribuição de drogas, como as favelas de Santa Cruz, por exemplo, reflete nessa violência.

Nos últimos meses, ocorreram execuções em Mangaratiba. Crimes au-daciosos. Como alguém chega no Parque Bela Vis-ta ao meio dia, mata três pessoas e vai embora?

Isso é crime comum no Rio, modalidade de fave-la com grande número de traficantes, não de Manga-ratiba. Essas características são de lugares onde o trá-fico domina e ninguém fa-la nada.

As Unidades de Polí-cia Pacificadora (UPP) es-tariam refletindo no inte-rior?

Isso não tem como ne-gar. Eu não vou dizer que está vindo pra cá ou in-do pra acolá. Só acho que bandido não arranja em-prego. O combate ao tráfi-co de drogas é um trabalho altamente complexo. Se há uma coisa que dá dinheiro no mundo é entorpecen-te. As drogas, as armas e as drogas legais , os remé-dios, junto com o petróleo são as maiores riquezas. Então é preciso pensar de forma macro, não dá pra pensar de favelinha em fa-velinha. Mas enquanto não houver um consenso mun-dial sobre entorpecentes vamos continuar enxugan-do gelo. Há de se haver no mundo uma consciência social.Essa consciência vai

para a questão da legali-zação?

Não. Para a questão do ser humano como máqui-na perfeita que pode fun-cionar plenamente sem en-torpecente. Ter autoconsci-ência. Seja droga lícita ou ilícita. Tomar um litro de uísque vai fazer mal. Essa falta de legalidade, de va-lores... quem não está ven-do o crack dizimar a digni-

dade das pessoas? É ina-creditável que alguém que veja aquela situação e ain-da queira lucrar com aqui-lo. Na sociedade capitalis-ta , a referência do ser hu-mano infelizmente é di-nheiro. Dinheiro é mui-to bom, desfrutar das coi-sas boas que ele traz. Mas sem explorar e sem matar as pessoas. Como a senhora ava-

lia a política das Unida-des de Polícia Pacificado-ra (UPP)?

Acho positiva. As UPP's vieram para acabar com a escravidão das pessoas de bem em relação às pesso-as más.

Como a parte espiri-

tual ajuda no seu traba-lho?

Ajuda muito. Eu forma-lizei a prisão do Dão da Providência, ele veio de onda comigo. E depois do procedimento eu falei para ele “Deus não te fez para isso”. Aí eu falei de Jesus para ele. Palavras rápidas. E ele chorou. Um homem extremamente perigoso, que quando foi preso tinha duas granadas na mão. Foi um momento emblemáti-co. Eu falei sobre a miséria humana, sobre ser preso, sobre a cadeia, aquele de-pósito de gente.

"A proximidade de Mangaratiba com centros de distribuição de drogas reflete

nessa violência"

"Dinheiro é muito bom,

desfrutar das coisas boas. Mas sem explorar ou matar pessoas"

Valéria de Castro, 52 anos, 28 deles na Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Neta e filha de policiais, a titular da 165 DP (Mangaratiba) diz ter criado suas duas filhas na delegacia. Na Polícia Civil desde 1986, viu mudanças como o crescimento da participação de crianças e adolescentes no tráfico e ganho do poder de fogo dos criminosos. Religiosa, acredita na espiritualidade como ponto fundamental na diminuição da violência.

[CRÉDITO]

Nascida e criada numa família de policiais, Valéria Castro, 28 anos de polícia, credita parte da violência a falta de valores familiares e espirituais

3O FOCOcotidiano13 de junho de 2014


Termina no domin-go,15, o prazo de 60 dias dado pela Câmara de Ve-readores de Mangaratiba em 15 de abril para que a Expresso Mangaratiba co-mece a renovação da fro-ta de ônibus que atende o município.

Esse foi o segundo pra-zo dado pela casa legislati-va à empresa, que em 2013 foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apurou denún-cias de irregularidades e má qualidade na prestação de serviço.

O primeiro prazo ven-ceu ao final do mês de março quando a empresa deveria, de acordo com o Termo de Ajuste de Con-duta (TAC) assinado em dezembro, realizar uma série de melhorias, como a inclusão de ônibus em horário corujão e fixação de placas com itinerários e horários das ônibus nos pontos finais.

Em abril, o presidente da Expresso Mangaratiba

foi chamado pela Câma-ra para prestar esclareci-mentos sobre o não cum-primento do TAC.

Na oportunidade, Álva-ro Rodrigues, dono da em-presa, disse ter encomen-dado os sete novos veícu-los prometidos para março, mas depois de alguns dias o fabricante afirmou não poder fazer a entrega dos veículos em tempo hábil.

A empresa teria então encomendado os veícu-los a outra fabricante, ra-zão pela qual Álvaro Ro-drigues pediu mais 60 dias para cumprir esse ítem do TAC. Sobre a não fixação das placas nos pontos fi-nais, a Expresso Mangara-tiba alegou que precisava fazer reajustes na escala de horários de ônibus e só en-tão seriam confeccionadas.

A redação do jornal O FOCO tentou por di-versas vezes durante es-sa semana contato tele-fônico para o celular do empresário Álvaro Rodri-gues, com o objetivo de saber se dessa vez a pro-messa de renovação da frota será cumprida, mas até o fechamento da edi-ção nenhuma das liga-ções foi atendida.

A renovação de parte da frota da Expresso Mangaratiba já virou piada na cidade. Empresa está prestes descumprir segundo prazo acordado com a Câmara e população continua refém do sucateamento dos veículos

[JACK DE CARVALHO/O FOCO]

INDIFERENÇA] Outra vez empresa desrespeita usuários e ignora acordo da CPI

Expresso: silêncio e dúvida

TAC prevê multa em caso de descumprimentoAberta em setembro de 2013, a CPI para investigar os serviços da Expresso Mangaratiba atendeu uma demanda popular. Usuários do em-presa foram os primeiros a se orga-nizar coletando relatos, fotos e ví-deos de desrespeito ao consumi-dor. Formada pelos vereadores José Luiz do Posto (PMDB), Cecília Cabral (PT), Edu Jordão (PSD), Alan Bom-beiro (SSD) e José Maria (PSB), a CPI aprovou em dezembro um Ter-mo de Ajuste de Conduta (TAC), que além da renovação da frota (30%

ao ano) e inclusão de linhas em ho-rário corujão, também tratava da redução no intervalo entre ônibus que fazem a linha Jacareí x Manga-ratiba, que passara a ser de 40 em 40 minutos. O Termo previa ainda penalidades para o descumprimen-to do acordo, sendo possível multa diária no valor de um salário míni-mo para cada ítem descumprido. O dinheiro seria revertido para o Fun-do Municipal da Pessoa com Defici-ência, que curiosamente nem existia na época da assinatura do acordo.

À ESPERA

Cootam pede apoio Enquanto a Expresso

Mangaratiba desrespeita passageiros e ignora vere-adores, a Cooperativa de Transportes Alternativo de Mangaratiba (Cootam) pede à Prefeitura permis-são para uso de placa ver-melha, que possibilitaria o uso do sistema RioCard nas kombis e vans. "Isso facilitaria mais ainda a vi-da do passageiro que usa-ria o Bilhete Único", diz Rômulo Félix de Oliveira.

Segundo Rômulo, há uma promessa da Prefei-tura de abrir até 2017 um

licitação para aumento da frota."Com a licitação, nós trocaríamos nossa frota de kombis por vans", diz Rô-mulo.

Quando fala da quali-dade do serviço de trans-porte alternativo, o presi-dente da Cooperativa res-salta que 33 dos 36 veícu-los que compõem a fro-ta foram fabricados após 2011. "Além de ter uma frota nova, fazemos linhas como Junqueira para on-de não tem ônibus. Deixa-mos o passageiro na porta de casa", conclui.

Se Câmara Municipal e população estivessem mais próximas, talvez a Expresso Mangaratiba não fizesse de conta que não é com ela. Se vereadores dependessem do transporte público, certamente a realidade seria outra. A população reclamou, a Câmara abriu CPI, o acordo foi assinado. Mas falta quem fiscalize. Falta o trabalho extra-plenário, juntos. A Câmara não vai na rua com o povo. Encerrada cada sessão sobre a Expresso, quem volta para casa de ônibus é o povo.

OPINIÃO



Nos últimos meses, quando as palavras Itália e Copa do Mundo 2014 apa-reciam juntas numa mes-ma frase, elas certamen-te estavam acompanha-das de outra que nós é fa-miliar: Mangaratiba. O no-me do município circulou mundo a fora, como casa escolhida pela tetracam-peã mundial.

Toda essa mídia gratui-ta poderá trazer benefícios para o turismo do municí-pio. Além das imagens , as experiências pessoais dos profissionais de imprensa que trabalharam em Man-garatiba cobrindo a Itália, contribuem para o sucesso do município na sua apos-ta em aproveitar o máximo da Copa do Mundo.

O fotógrafo italiano Alessandro Garofalo está em Mangaratiba a serviço da agência Reuters. "Estou muito feliz de estar aqui e

não no Rio ou em São Pau-lo. As pessoas são acolhe-doras, a vista é maravi-lhosa. Nas metrópoles tu-

do é perigoso, aqui é tran-quilo", diz Alessandro. Em sua primeira vez ao Bra-sil e primeira cobertura de

Copa do Mudo, ele volta-rá para a Europa levan-do uma ótima imagem de Mangaratiba.

MÍDIA INTERNACIONAL] Matérias e opiniões de jornalistas exaltam beleza e clima de paz

Mangaratiba na crista da onda

Diariamente dezenas de matérias em sites, nacionais e internacionais, além de TV e jornais citam Mangaratiba

[MONTAGEM/REPRODUÇÕES DA INTERNET]

Prefeitura lança vídeo promocional

Em 33 segundos, uma Mangaratiba verde e ama-rela, ensolarada e feliz. O vídeo promocional lança-do essa semana pela pre-feitura é mais uma arma

na busca por melhorar a imagem da cidade, tendo como pano de fundo a Co-pa do Mundo e atrair no-vos visitantes depois do mundial.

[REPRODUÇÃO/INTERNET]

Praia, verde e gente feliz compõem vídeo promocional


"Foi bom para o turismo do

município, foi importante. Mas

para o esporte local não foi"

Aristides NetoDiretor do Grêmio

"Acredito que é positivo para

a imagem da cidade, apesar do

movimento fraco"

Mara MoreiraGarçonete

"Por enquanto nenhuma

diferença, vamos ver se vai rolar o legado, a reforma

da quadra"

Wagner Santos Souza

"Pra mim, foi positivo. Mangaratiba

ficou conhecida mundialmente"

Maria Cristina comerciante

"A presença deles não

aumentou em nada nossa clientela.

Eduardo Bruno vendedor de coco

"Eles são bem vindos como qualquer um, mas em nada beneficiou a

cidade"

José Calazans aposentado

ENQUETE] Moradores têm diferentes percepções sobre presença da Azzurra

Legado da presença da Itália em Mangaratiba longe da unanimidade


As opiniões estão di-vididas. Para uns , a pre-sença da seleção italia-na de futebol em Manga-ratiba foi positiva, por-que colocou a cidade na boca da imprensa mun-dial. Para outros, não fez a menor diferença. Os es-perados turistas não apa-receram.

Para a vendedora de coco, Vera Maria, 60, a

Itália foi uma "simpatia ausente". "Eles não de-ram oportunidade pa-ra as pessoas se aproxi-marem. As crianças que-riam vê-los, mas eles não deram chance". Do-na Vera diz também que sua clientela continuou a mesma. "Não teve tu-rista".

Já Ualace Sabino, mo-rador da comunidade da Palha, gostou de ver o no-me Mangaratiba nas re-portagens. "Todo mundo

comentando, em todos os canais. Achei bacana, po-sitivo", diz orgulhoso o morador.

Patrick Silva, 27, acha que nem mesmo peque-nos detalhes na infraes-trutura da cidade foram lembrados pelo governo. "A iluminação da rodo-via Rio-Santos, uma coi-sa simples, não recebeu atenção. É uma escuri-dão. Não acho que teve benefícios para a popula-ção", reclama Patrick.

Comércio ganhou com visitantes

Para o restaurante o Bro-jo, a presença dos italianos fez diferença. " Contribuiu para nosso comércio num período de baixa estação", diz Luis Carlos Brojo,44, proprietário. Feliz também ficou Rogério Torres,41, dono da pousada Costa

dos Corais. "Estamos hos-pedando profissionais de imprensa", diz. Apesar de estar lucrando com os visi-tantes, Rogério lembra que Mangaratiba precisa me-lhorar quando se trata de turismo. "Temos que estar mais preparados, nossa es-

trutura não é boa", diz Ro-gério. No hotel Mendonça, os benefícios não fora sen-tidos. " A Itália veio para Portobello e pronto. A ci-dade não teve programa-ção especial, logo não teve turistas", avalia Clailton da Silva, gerente do hotel.

Clailton da Silva, gerente do Hotel Mendonça, diz que a Itália veio para o Portobello e que não percebeu benefícios

[JACK DE CARVALHO/ O FOCO]


Operação tapa-buracos na RJ-14OBRAS. PREFEITURA INVESTE RECURSOS PRÓPRIOS EM ESTRADAS

A secretaria de Obras e Urbanismo da Prefeitu-ra de Mangaratiba tam-bém vai recuperar trechos da Estrada da Ribeira e no Parque Bela Vista. A ação é para restaurar vias com grande fluxo de carros e acesso de pedestres.

A operação tapa bura-co é feita com recursos da própria prefeitura. Secre-tário da pasta, Edmilson Ferreira acompanhou ação no trecho da RJ-014, que li-ga Muriqui e Itacuruçá.

“O governador Luiz Fer-nando Pezão nos garantiu a recuperação no trecho da RJ 14, mas antecipamos com uma ação com tapa-

-buraco, pois a via é de su-ma importância por ligar dois distritos com muitos moradores e de ligação tu-rística. No entanto, vamos atender outras localidades que merecem atenção es-pecial”, disse Evandro Ca-pixaba.

Edmilson Ferreira vis-toriou a execução da ope-ração em Muriqui. “Essas medidas são essenciais. Recuperamos dezenas de vias e asfaltamos outras em parceria com o Gover-no do Estado. Vamos con-tinuar atuando para levar uma melhor acessibilida-de aos nossos moradores e turistas por toda a cida-

de”, ressaltou o secretário, adiantando que a operação deverá terminar na quarta--feira, dia 11.

Outra estrada que es-tá passando por interven-ções é a que liga Manga-ratiba a Rio Claro. Com acompanhamento do Ins-tituto do Patrimônio His-tórico e Artístico Nacio-nal (IPHAN), uma vez que é patrimônio históri-co e cultural.

Há poucos dias, a estra-da da Ingaíba começou a passar por nivelamento do solo para receber asfalto. A melhoria nessa via benefi-cia diretamente agriculto-res da região.

[DIVULGAÇÃO/PMM]

Operários trabalham em trecho da RJ-14 entre Muriqui e Itacuruçá. Solução emergencial para os buracos

Secretaria de Assistência Social oferece oficinas e cursos gratuitos

OPORTUNIDADE. QUALIFICAÇÃO EM PAUTA

A partir do dia 15 de ju-nho, o Centro de Capacita-ção (CECAP) de Muriqui re-cebe inscrições para os cur-sos de corte e costura, cabe-leireiro, biscuit, decoupage e informática. Os cursos terão duração de três meses e no fi-nal da modalidade os alunos receberão um certificado.

Para a inscrição, os inte-ressados devem compare-cer munidos de alguns do-cumentos, como: identida-de, CPF, comprovante de

residência e uma foto 3x4. O Cecap fica na Avenida Na-ções Unidas, nº 653, Centro de Muriqui. Mais informa-ções no telefone 2780-1606.

Diversas oficinas também estão sendo oferecidas nos Centros de Referência e As-sistência Social (CRAS) do município, entre elas: inclu-são digital, teatro, artesana-to e informática. As ativida-des fazem parte do Serviço de Convivência e Fortaleci-mento de Vínculos (SCFV),

que visa assegurar espa-ços de convívio familiar e comunitário, e desenvolvi-mento de relações de afeti-vidade e sociabilidade.

As oficinas são destina-das aos usuários dos espa-ços cadastrados no Cadú-nico ou para famílias que se encontram em vulnerabili-dade social. Os interessados em participar podem se ins-crever a qualquer momen-to no CRAS mais próximo a sua residência.

Na torcida pelo HexaCOPA 2014] Clima de festa e olho no telão

A estreia da seleção bra-sileira com vitória por 3 x 1 sobre a Croácia foi vista por centenas de pessoas no Centro, que optaram pe-

la programação da prefei-tura. Além do telão, jogos, distribuição de prêmios e música atraíram famílias inteiras que se assustaram

com o gol contra de Mar-celo, mas ao final puderam comemorar a vitória. A es-trutura ficará montada du-rante toda a Copa.

[FOTOS JACK DE CARVALHO E DIVULGAÇÃO/PMM]



Cinco das oito praias da Costa Verde monitoradas mensalmente pelo Institu-to Estadual do Ambiente (Inea) estiverem impróprias para banho durante todo o ano de 2013. São elas: Con-ceição de Jacareí, Mangara-tiba (Centro), Praia do Sa-co, Itacuruçá e Coroa Gran-de (que apesar de pertencer a Itaguaí, está incluída pelo Inea no relatório de Manga-ratiba). O relatório está dis-ponível no portal do Institu-to www.inea.rj.gov.br .

A avaliação da qualida-de da água para fins de ba-nho e recreação é feita par-tir da comparação do ní-vel de contaminação das águas por coliformes ter-motolerantes e enterococ-cus, de origem humana ou animal, segundo os pa-drões previstos na legis-lação vigente, a resolução CONAMA nº 274/2000. Quando a análise mostra mais de 2500 coliformes fecais ou 400 enterococcus por 100 mililitros de água,

a praia é considerada im-própria para banho.

A Praia de Muriqui só esteve própria para ba-nho nas duas análises, nos dias 5 e 17 de dezembro. Das praias monitoradas pelo Inea, a que teve me-lhor avaliação durante to-do ano foi a Praia Grande, reprovada apenas no mês de fevereiro de 2013.

POUCO MUDOU EM 2014 E pelos dados do Inea,

pouca coisa mudou em 2014. De janeiro até abril, as cinco praias mais reprova-das em 2013 continuaram com alto índice de repro-vação. A excessão é a Praia Grade, única que apresenta boa balneabilidade nos cin-co meses desse ano.


Pelo menos 24 carcaças de boto-cinza foram res-gatadas da Baía de Sepe-tiba pelo Instituto Boto Cinza (IBC) de janeiro até agora. “Os anos anterio-res tinham a média de um boto morto por mês, ago-ra são quatro”, diz o dire-tor do IBC, o biólogo Le-onardo Flach. Símbolo do Estado do Rio de Janeiro, o boto-cinza sofre ameaça de extinção. Na Baía de Guanabara a população desse animal foi reduzi-da de 400 para 40 animais nos últimos 30 anos. Na Baía de Sepetiba estima--se que há cerca de 2 mil espécimes. Mas a pesca predatória e falta de fis-calização ameaçam essa população.

Cerca de 95% dos botos encontrados mortos pelo IBC foram vítimas da pes-ca. “Quando encontramos o animal ainda fresco é possível ver as marcas das redes. Em alguns casos, estão presos a elas”, diz Leonardo. Segundo o bi-ólogo, vários fatores con-tribuem para o aumento das mortes na Baía de Se-petiba. Dentre eles a fal-ta de tratamento do esgo-to jogado no mar, a degra-dação ambiental e a pesca ilegal. “Temos a presença de atuneiros e traineiros na Baía de Sepetiba, o que é proibido por lei. Mas há o descaso, a falta fiscaliza-ção”, afirma.

O Instituto Boto Cin-za já acionou o Minis-

tério Público cobrando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fiscali-zação sistemática na re-gião. “Falta ordenamen-to, a criação de uma uni-dade de conservação, res-

trição para área e horário de pesca”, diz Leonardo.

O IBC pede ainda que a população ajude na pre-servação e informe ao en-contrar um boto-cinza de-bilitado ou morto, pelos te-lefones ( 21) 7806.4800 | ID 83*110918 | (21) 7858.5072.

CRIME NA BAÍA] Poluição, pesca predatória e falta de fiscalização ameçam animais

Quatro botos-cinza mortos a cada mêsna Baía de Sepetiba

Conselho será estudado por universidade canadense

SAÚDE

Conselhos cada vez mais ouvidos

[JACK DE CARVALHO/OFOCO]

[INSTITUTO BOTO CINZA/DIVULGAÇÃO]

Número de animais mortos até maior é maior que todo o 2014

Para IBC, pesca ilegal e falta de fiscalização põe espécie em risco

O Conselho Municipal de Saúde de Mangarati-ba será um dos conselhos brasileiros estudados pela Universidade Toronto (Ca-nadá). A informação foi da-da pelo presidente do Con-selho Municipal, Carlos Al-berto Leal. “Fomos convi-dados por sermos um Con-selho ativo, um dos melho-res do Rio de Janeiro”, afir-ma Carlos Alberto. Pesqui-sadores de Toronto que-rem saber como funcionam os Conselhos, que no Bra-sil têm como objetivo deli-berar e controlar a política pública de Saúde.

Há 10 anos atuando no Conselho, o atual presidente diz que o grande legado do órgão tem sido, como o tem-po, ter suas orientações aten-didas governo municipal. “Nós aprovamos com res-salvas as contas da Saúde do município referentes ao ano de 2013 e essas ressalvas es-tão sendo cumpridas”, diz.

Como exemplo da atua-ção do Conselho, Antonio Carlos citou o caso de um veículo comprado com re-cursos voltados para o Pro-grama de DST/Aids que es-tava sendo usado para ou-tro fim. Depois de ser noti-ficada pelo Conselho sobre o uso indevido do veículo, a Prefeitura tomou as pro-vidências necessárias para que o carro fosse utilizado no Programa para o qual foi comprado.

Praias impróprias por todo o ano de 2013

MEIO AMBIENTE. NINGUÉM AVISOU

FOTO-LEGENDA. CAMPANHA DO AGASALHO

O Instituto José Miguel está realizando a Campanha do Agasalho 2014, que seguirá até 29 de agosto. Diversas famílias, cadastradas ou não na Instituição, já passaram na sede, para garantir sua roupa de frio. Glaucia Moraes esteve ontem no espaço e levou roupas para ela e seus dois netos. “Perdi minha filha e meu genro recentemente, e com isso, assumi um compromisso de criar meus netos. Sou diarista e não ganho muito, por isso essa campanha caiu como uma luva pra gente. Agradeço de coração”.

2500 é o máximo de coliformes

fecais que pode ser encontrado em 100 mililitros

de água. A partir disso, a praia é considerada

imprópria


A eleição do vereador Carlos Alberto Ferreira Graçano, Charlies da Lo-cadora, como presiden-te do diretório do Partido Socialista Brasileiro (PSB) de Mangaratiba deu iní-cio à uma crise interna na legenda. A eleição foi re-alizada no domingo, 8, e anunciada no perfil do Fa-cebook de Charlies da Lo-cadora. Membro do dire-tório e ex-candidato a de-putado estadual pelo PSB, Renato Bondim disse lan-çará uma carta de repú-dio e pedirá para a anu-lação da eleição. Bondim, que chegou a disputar em 2010 vaga na Assembleia Legislativa pelo PSB, afir-ma a eleição é cerca de ir-regularidades, como a não publicação de edital de convocação para eleição.

“Os filiados mais anti-gos não foram chamados, alguns que votaram di-zem não sabiam que esta-vam escolhendo. No mí-nimo há uma falta de éti-ca. O que foi feito foi uma jogada no apagar das lu-zes”, declarou Renato Bondim. Segundo ele, a eleição foi “uma mano-bra para reeleger Char-lies”. Bondim diz ainda que havia deixada claro sua intenção de concorrer à presidência municipal. “Quando Romário (depu-tado federal PSB/RJ) me convidou para ser presi-dente temporário, fui no gabinete do Charlies e in-

formei o que estava acon-tecendo. Eu fui homem, não fui moleque. Ele sa-bia da minha intenção de concorrer”, declarou. “Só quem foi chamado para votar foram pessoas con-venientes para ele”, disse Bondim. Ele acredita que se o resultado da eleição for mantido, poderá ha-ver um esvaziamento no partido. “O grupo bom do PSB só vai permanecer se Charlies não tiver no co-mando. Ninguém quer fi-car com ele no comando.”, diz Bondim.

"BONDIM É AUSENTE", DIZ PORTA VOZ DO PSB

Apesar de contar com apenas 35 dos 170 elei-tores aptos para votar, a eleição de Charlies da Lo-cadora é, segundo a exe-cutiva municipal do PSB, válida e teria obedecido o trâmite legal. Segun-do a porta-voz do PSB de Mangaratiba, Lilian Ba-

tista, o edital foi registra-do em cartório e a eleição, que normalmente aconte-ce em setembro, foi ante-cipada em todo os diretó-rio municipais a pedido da executiva nacional, por esse ano se tratar de um ano eleitoral. Lilian disse que não vê nenhuma pos-sibilidade de Renato Bon-dim conseguir anulação da eleição.

Lilian rebateu a infor-mação de que Renato Bondim teria comunicado a Charlies que queria dis-putar a eleição e o acusou de querer dividir o parti-do. “Um dia ele chegou no gabinete dizendo que era o novo presidente do partido e eu falei para ele que estudasse o estatu-to. Nunca mais ele veio. Ele vive fazendo polêmi-ca na rua. Ele alicia pesso-as para gerar uma divisão partidária. O que é passí-vel de punição”, diz Li-lian. Segundo ela, Renato

Bondim não participa das atividades do partido em Mangaratiba. “Renatinho nunca votou, nunca se in-teressou. Seja feita a pu-blicação como for”.

Perguntada sobre qual o peso dentro do partido de Renato Bondim ser o coor-denador da campanha de Romário na Costa Verde, Lilian respondeu que nun-ca soube oficialmente dis-so. “Se nós tivermos uma comunicação oficial, nós, o partido, vamos deixá-lo à vontade. Na verdade nós temos que dar apoio aos candidatos do partido”.

Na publicação feita em seu perfil no Facebook anunciando sua eleição, Charlies fez referência há a disputa de forças dentro partido. “Após muito ´dis-se me disse ´e ´oba oba´ dei a mesma resposta que dei quando ganhei a elei-ção , onde falavam que eu não teria nem 200 votos”, escreveu Charlies.

QUESTÕES PARTIDÁRIAS] Renato Bondim contesta eleição de Charlies da Locadora para presidência do PSB

PSB Mangaratiba sob tensão

CÂMARA FOLGA POR UMA SEMANADevido ao jogo Brasil e México na terça,17, e o

feriado de Corpus Christi, na quinta,19, a Câma-ra Municipal de Mangaratiba não terá sessão mais uma semana. Até o final do mundial, isso poderá se repetir caso o Brasil avance pelas oitavas (dis-putadas na terça, 1 de julho) e semifinais (disputa-das na terça, 8 de julho).

Capixaba atende indicação de CharliesITACURUÇÁ. OBRAS VÃO BENEFICIAR CERCA DE 100 FAMÍLIAS

Uma boa notícia para quem mora na Rua Proje-tada, ao lado da linha fér-rea, em Itacuruçá: o prefei-to Evandro Capixaba auto-rizou o início de um paco-te de obras que vai benefi-ciar centenas de moradores. Manilhamento, calçamen-to e iluminação fazem par-te das melhorias previstas a partir da indicação do vere-ador Charlies da Locadora (PSB) apresentada em 2013.

Além das obras de urba-nização, está previsto, se-gundo o vereador Char-lies, a abertura da rua até a Travessa Brasilinha.

"Estive essa semana com o secretário de Obras, Ed-milson Ferreira, e ele ga-rantiu que a obra vai co-meçar em breve. Acredi-to que em no máximo 30 dias. Agradeço ao prefei-to que atendeu essa antiga

reivindicação dos morado-res", disse o vereador

O empresário, Marcelo da Cruz de Souza, 42 anos, mora na rua desde que nasceu. "Essa obra é um antigo desejo da comuni-

dade. Sempre vem político fazer promessa aqui. Hoje veio o Charlies dizer que a obra finalmente vai sair. Será a realização de um so-nho", afirma Marcelo.

Joacir de Castro, 60 anos,

pedreiro, lembrou dos transtornos causados pelas chuvas. "Quando chove, a situação aqui fica difícil. Temos que dar a volta pe-la outra rua, para não mo-lharmos os pés", contou.

" Quem é Renatinho, que representatividade

ele tem? Só chupa laranja

sozinho"

Charlies da Locadorapresidente do PSB e vereador

"O grupo bom do PSB só vai permanecer se Charlies não tiver no comando"

Renato Bondimmilitante

Zé Maria diz que presidência deve ficar nas mãos de um vereador

O vereador Zé Maria (PSB) con-firmou que par-ticipou da elei-ção que elegeu Charlies como presidente mu-nicipal do par-tido. “Em mo-mento algum eu interfiro nas diretrizes do partido. Sou do PSB, elei-to pelo povo, não tenho inte-resse em saber quem é o pre-sidente ou quer deixa de ser. O político tem uma autono-mia dentro do partido”, dis-se Zé Maria. Para ele, se Re-

nato Bondim enten-de que há algo de

errado na elei-ção de Char-lies, deve pro-curar seus di-reitos. No en-tanto, Zé Ma-

ria acredita que a presidência do di-

retório municipal de-va ficar nas mãos de quem tem mandato. “Muitas ve-zes quando a direção de um partido fica na mão de quem não tem mandato, é usado como moeda de troca”, con-cluiu o vereador.

Charlies ameaça expulsar BondimAo saber que Renato Bondim preten-de pedir a anulação da eleição que o elegeu presidente municipal do PSB, Charlies da Locadora declarou que vai estudar a melhor forma de expul-sar Bondim do partido. " Quem é Re-natinho, que representatividade ele

tem? Só chupa laranja sozinho", de-clarou Charlies, criticando o jovem militante do PSB por não participar das atividades partidárias dentro do município. Indagado sobre como seria o processo de expulsão, Charlies disse que todos saberão na hora certa.

SEM DIÁLOGO. PSB PODE TIRAR BONDIM

FOTO-LEGENDA. PRESENÇA ILUSTRE

O presidente estadual do PSD, Índio da Costa, prestigiou o aniversário do vereador Pedro Capixaba, no dia 11. Na foto Pedro aparece junto com o também vereador Edu Jordão, ambos do PSD. Fontes internas do partido afirmam que em breve haverá mudanças na presidência. A confirmar.

[THIAGO MELO/O FOCO]

Desejo antigo. Marcelo, morador da rua desde que nasceu, conversa com Charlies, autor da indicação

[FOTOS THIAGO MELO/ARQUIVO O FOCO]


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Em exposição até o dia 30 de junho no Museu Municipal de Mangara-tiba, “Saudade” do per-nambucano Manuel Ri-beiro trata de um tema delicado. Gravuras em preto e branco falam so-bre os rituais e símbolos em torno da morte, a par-tir das memórias de sua infância no Nordeste.

A exposição foi aberta com coquetel na sexta,6, quando o público pode ba-ter um papo com o artista. De fala mansa e sotaque ainda presente mesmo de-pois de 16 anos de Rio de Janeiro, Manuel conversou com o jornal O FOCO, nu-ma entrevista que você lê ao lado.

COMO SURGIU O TEMA PARA O SEU TRABALHO?A ideia era falar sobre

o ritual do velório. Na minha infância

o velório era festa, a rua ficava cheia de

pessoas a noite toda e para as crianças era festa. Com o passar do tempo, percebo que o velório dura

menos, muitas vezes familiares distantes nem conseguem se despedir. Então um

momento que não era para ter pressa, todo

mundo quer ter pressa.

O QUE HÁ FOLCLORE 2?Tem uma obra que retrata a história do barqueiro, a quem se dá moedas para

que o falecido cruze o vale da morte. Outra traz o dito popular que “não se deve chorar a morte

de um anjinho (um bebê) porque suas lágrimas podem molhar suas

asas e ele não conseguir chegar aos céus”. Isso é

bacana. Por que chorar a morte de quem não teve

pecado?

E A ACEITAÇÃO, AQUI NO RIO?

Quando eu comecei a mostrar meus

primeiros trabalhos no Rio, a aceitação foi bacana. As pessoas

bateram o olho e logo identificaram que eram traços do Norte. Muitos gostaram porque têm

suas origem lá.

NOTA DO EDITOR: QUANDO O ENTREVISTADO FALA NORTE , ELE REFERE-SE ÀS REGIÕES NORTE E

NORDESTE.

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"NA MINHA INFÂNCIA O VELÓRIO ERA FESTA"

3 PERGUNTAS PARA... MANUEL RIBEIRO | ARTISTA PLÁSTICO

O folclore sobre a morteARTE. EXPOSIÇÃO DE GRAVURAS NO MUSEU MUNICIPAL

UM VERBO E UM TRAGO] "Cachaça Poética" conquista público em Mangaratiba

Cachaça e poesia,uma mistura que deu certo

O já tradicional recital de poesias da Fundação Mário Peixoto provou que o povo mangaratibense gosta, e muito, de poesia. O Cachaça Poética, que foi realizado no último sába-do, dia 7, teve muita mu-sica boa com Adir de Sou-za, e declamações de exce-lentes poesias. Os quitutes foram uma atração à parte no evento, que teve cacha-ça de qualidade e comidas típicas de boêmia.

Segundo Emil de Cas-tro, presidente da Funda-ção Mário Peixoto, even-tos como esse provam que

a poesia não morreu, e que uma cidade que respirou poesia por toda a sua his-tória continua sendo um celeiro de novos talentos, como Joel Galvão e Tia-go Carriço, que marcaram sua participação decla-mando poesias clássicas e próprias.

O professor e poeta Ca-ri Cavalcanti e o secretário executivo da FMP, Getúlio Xerém, declamaram clás-sicos da literatura brasi-leira, como Plínio Bastos e Carlos Drummond de An-drade e autores mangara-tibenses, como o próprio

Cari Cavalcanti e Emil de Castro, entre outros. O Ca-chaça Poética terá sua pró-xima edição em julho, em Muriqui.

Sempre aos sábados. o evento tem público cati-vo, que deixa de lado a ti-midez e ousa declamar ou ler poesias entre amigos e desconhecidos.

A proposta, além de proporcionar um momen-to de integração entre mo-radores de diversas ida-des, cria um público leitor e quem sabe em breve nas-cerá novos escritores e po-etas dos jardins do Museu.

FOTO-LEGENDA. EXPOSIÇÃO EM ITACURUÇÁ

Os olhares, os sorrisos, as expressões que marcam os retratos de Vincent Van Gogh, Pablo Picasso e Cândido Portinari são revisitados pelo arquiteto e artista plástico Eliéser de Oliveira, na exposição "Apenas um olhar", em cartaz no Centro Ferroviário Cultural (Cefec) de Itacuruçá. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h e a entrada é gratuita. O Cefec fica na Avenida Santana, n.º 80, em Itacuruçá.

Evento da Fundação Mario Peixoto reúne, a cada edição, mais apreciadores, das letras e da cana

[JACK DE CARVALHO/O FOCO]

Manuel Ribeiro utiliza a técnica de pintura em nankin

[DIVULGAÇÃO/PMM]


FUTEBOL] Patrocinado pela Prefeitura de Itaguaí, time pode jogar a série A em 2015

Tigres do Brasil está na final da segundona do Carioca 2014

Negociado com a prefeitura de Itaguaí no começo do ano, o Tigres do Brasil, de Caxias, está no triangular final da segundona do estadual

[DIVULGAÇÃO/PMI/SECOM]

Quando a segunda divi-são do Campeonato Cario-ca 2014 começou, o Grêmio Mangaratibense e o Angra dos Reis Futebol Clube ti-nham como objetivo colo-car a Região na elite do fu-tebol carioca. Mas a região está perto de ter outro clu-be como representante na Série A do estadual. O Ti-gres do Brasil, de Caxias, comprado no início do ano pela Prefeitura de Itaguaí, é hoje um dos três que dis-putam as duas vagas na primeira divisão do esta-dual. Na quarta, 11, em-patou em 1 x 1 com o Barra Mansa, na primeira roda-da do triangular que deci-dirá quem sobe para a eli-te do futebol carioca. O ter-ceiro clube na disputa pelo acesso é o Barra da Tijuca.

A negociação entre a Prefeitura de Itaguaí e o Tigres do Brasil foi anun-ciada em janeiro, a um

mês do início do campe-onato. Até hoje sem valo-res divulgados, a transa-ção feita diretamente entre o prefeito de Itaguaí, Lu-ciano Mota, e Miguel La-rios, dono do clube, teve como intermediador o de-putado federal Washing-ton Reis (PMDB/RJ), pre-sidente de honra do Du-que de Caxias. No entanto, mesmo disputando o cam-peonato patrocinado pelo governo de Itaguaí, apenas em 2015 o Tigres passará a se chamar Itaguaí Fute-bol Clubes, pois a mudan-ça não foi oficializada pe-la Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) para o campeonato desse ano.

Fora de campo, o time é , ao lado do Barra da Tiju-ca, um dos dois favoritos a subir para a Série A,em en-quete feita pela FERJ, com 56% dos votos.

Do começo tímido à etapa final

Sexto colocado no Grupo A no pri-meiro turno (Taça Santos Dumont), o Tigres do Brasil foi o primeiro co-locado no Grupo A no segundo tur-no (Taça Corcovado). Na semifinal do torneio venceu o Goytacaz por 2 x 0 e na final o Sampaio Cor-reia por 3 x 0. Pelo regulamento do campeonato, disputam o triangu-lar os campões de cada turno, mais o primeiro colocado em número de pontos entre os que não venceram turnos. A reportagem procurou a Prefeitu-ra de Itaguaí para saber mais so-

bre a negociação entre o governo municipal e o Tigres, mas não ob-teve resposta até o fechamento des-sa edição.Em 16 jogos até o triangular final, o Tigres do Brasil venceu oito jogos, empatou dois e perdeu seis. Marcou 21 gols e sofreu 17.O clube seguiu mandando seus jo-gos no estádio De Los Lários e teve uma média de público de 172 tor-cedores por jogo, segundo a FERJ.Os atletas Maranhão e Rafinha, são os artilheiros da equipe com 6 e 4 gols respectivamente.

TRIANGULAR FINAL. O CAMINHO ATÉ AQUI ENTENDA A NOTÍCIA

FINALISTA DA SÉRIE B, o Tigres do Brasil, de Caxias, foi negociado no começo do campeonato com a Prefeitura de Itaguaí

ATÉ AGORA não está claro valores da negócio, mas sabe-se que em 2015 o clube levará o nome da cidade

CASO SUBA para a Série A, o time representará a Costa Verde na elite estadual

[DIVULGAÇÃO/PMM]

Legenda: Del im quo doluptate suntios doloris volorehenim remquos

Legenda: Del im quo doluptate suntios doloris volorehenim remquos

Educação realiza Olimpíadas Escolares CRIANÇADA. JOGOS BOTAM TODO MUNDO PRA SE MEXER

Alunos de 12 colégios do município disputaram a IV Olimpíadas das Esco-las de Mangaratiba. Duran-te três dias os estudantes do primeiro segmento (6 a 10 anos de idade) competi-ram nas provas de queima-da, vôlei, atletismo e futsal.

A secretária de Educa-ção, Meyre Maria Gabino, prestigiou os jogos, que fo-ram realizados no Ciep 294 Candido Jorge Capixaba,

na Praia do Saco.“É importante incenti-

var e promover o espor-te. Eles estão empolgados com a Copa do Mundo e a presença da Itália em nos-sa cidade. Com disso, além das atividades físicas, eles exploram outros conheci-mentos, como história, ge-ografia entre outras, além de participarem de outras modalidades. Outro fator importante é que eles co-

nheceram alunos de outras escolas. Essa troca de infor-mação é importante”, des-tacou Meyre Gabino.

Participaram as escolas municipais Hermínia Mat-tos, Antônio Cordeiro Por-tugal, Victor Breves, Fazen-da Ingaíba, Caetano de Oli-veira, Maria Rosa Maga-lhães, Diogo Martins, Adal-berto Pinto, Maria Lopes, Nossa Senhora das Graças, Ciep 294 e Praia Grande.

"É importante promover o

esporte, ainda mais em época de Copa do Mundo"

Meyre Gabinosecretária de Educação


Um dia depois de pou-sar em solo brasileiro, a se-leção italiana inaugurou seu quartel general no Bra-sil, a Casa Azzurri. Loca-lizada no hotel Porto Re-al, a 15 quilômetros do ho-tel Portobello, onde a sele-ção está hospedada, o es-paço dispõe de duas salas de entrevista, bar e restau-rante, salas de convivên-cias, salas administrativas e de patrocinadores.

Além dos jogadores e da comissão técnica, participa-ram da inauguração jorna-listas e autoridades, como o prefeito Evandro Capixaba e os secretários de Turismo e Esporte, Roberto Monso-res e Hugo Sátyro.

A bateria da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro animou a festa. A Casa Azzurri é também

um espaço lúdico, com área de lazer onde os cre-denciados têm à sua dis-posição jogos de pebolim e bar com bebidas italianas.

Na cozinha, pratos tra-dicionais da Itália, feitos

com ingredientes trazidos pela comitiva.

Durante a inauguração do quartel general italiano, foi lançado o catálogo Bra-zile 2014 Dolce & Gabbana, que traz os atletas vestidos

em trajes oficias e casuais da grife que é parceira da Azzurra desde 2006.

Quem quiser conferir fotos da Casa Azzurri Brazile ou de edições de outras copas, pode acessar casaazzurri.it/.

COPA 2014

Convidados da Federação Italiana de Futebol se divertiram com show de passistas e da bateria da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro. Espaço funciona como um pedacinho da Itália em pleno Brasil

PORTO REAL] Montada em mundiais desde 1998, na França, o lugar tem um pouco da cultura italiana

Itália inaugura Casa Azzurri, seu QG na Copa

Capixaba e Hugo Sátyro durante a inauguração da Casa Azzurri

[DIVULGAÇÃO/PMM/CLAUD BERNARD]

Capixaba reclama da postura italianaO isolamento da seleção

italiana não separa os atle-tas apenas dos moradores comuns, mas também dos mais ilustres anfitriões.

O prefeito de Mangarati-ba, Evandro Capixaba, re-clamou, em entrevista ao portal de notícias UOL, que não teve permissão para entregar um presen-te que mandou fazer para o astro italiano, Mário Ba-

lotelli. O cavalo esculpido em madeira custou R$ 400, mas não chegou às mãos do atacante italiano.

Ainda na Casa Azzurri, um fotógrafo da Prefeitura de Mangaratiba teve seu acesso negado.

Apesar disso, Capixaba se diz contente com a pre-sença da seleção no muni-cípio. Para ele, Mangarati-ba deixou de ser patinho

feio e passou a ser des-taque da Região da Cos-ta Verde. Fato que segun-do Capixaba diz, em tom de brincadeira, gera inveja em Angra dos Reis.

Outro ponto criticado por Capixaba foi a pro-messa de que a Itália fa-ria uma doação financei-ra à cidade, mas até agora nada. Essa doação seria no valor de 50 mil euros.

[DIVULGAÇÃO/PMM/J. ALVES BAHIA]


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O FOCO ED. 178