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Projecto de Pesquisa Cientifica
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Cassiano Carlos Cumbane
Projecto de Pesquisa Científica
O Impacto da Adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro nas
Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas
Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010)
Licenciatura em Ensino de Contabilidade e Finanças
Universidade Pedagógica
Escola Superior de Contabilidade e Gestão
Maputo, 2012
Cassiano Carlos Cumbane
Projecto de Pesquisa Científica
O Impacto da Adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro nas
Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas
Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010)
Licenciatura em Ensino de Contabilidade e Finanças
O Supervisor:
Universidade Pedagógica
Escola Superior de Contabilidade e Gestão
Maputo, 2012
Projecto de pesquisa científica a ser submetido ao departamento de Contabilidade e Finanças, como requisito para a consecução da monografia científica que culminará com a obtenção do grau de licenciado.
Índice
Lista de Siglas..................................................................................................................................i
1. Introdução................................................................................................................................1
1.1. Problema............................................................................................................................2
1.2. Justificativa........................................................................................................................3
1.3. Delimitação do Estudo.......................................................................................................3
1.4. Hipóteses............................................................................................................................3
1.5. Objectivos..........................................................................................................................4
1.5.1. Objectivo Geral..........................................................................................................4
1.5.2. Objectivos específicos:...............................................................................................5
1.6. Resultados Esperados........................................................................................................5
2. Revisão bibliográfica..................................................................................................................6
2.1. Conceitos básicos..................................................................................................................6
2.2. Conceito de Grande Empresa ou Empresa de Grande dimensão..........................................7
2.3. Conceitos de Norma e Normalização....................................................................................8
2.3.1. Normalização..................................................................................................................8
2.3.2. Norma.............................................................................................................................8
2.4. Normalização Contabilística (conceito)................................................................................8
2.4.1. Vantagens e Desvantagens da Normalização Contabilística..........................................9
2.5 Historial do Processo de Normalização............................................................................10
2.5.1. Normalização Contabilística Internacional..................................................................10
2.5.1.1. Objectivos do International Accounting Standards Board (IASB)..................11
2.5.1.2. Estrutura Conceptual Framework..................................................................12
2.5.2. Normalização Contabilística em Moçambique............................................................13
2.5.2.1. Etapas da Normalização Contabilística em Moçambique...........................13
2.5.2.2. Análise Comparativa entre o PGC e o PGC-NIRF......................................14
3. Metodologia...............................................................................................................................17
3.1. Recolha, análise e apresentação de dados...........................................................................19
4. Cronograma de actividades........................................................................................................23
5. Orçamento..................................................................................................................................23
6. Bibliografia ...............................................................................................................................24
LISTA DE SIGLAS
BVM – Bolsa de Valores de Moçambique
DF`s – Demonstrações Financeiras
DR`s – Demonstrações de Resultados
IAS – International Accounting Standards
IASB – International Accounting Standards Board
IASC – International Accounting Standards Committee
IASCF – International Accounting Standards Committee Foundation
IFRI – Interpretations of IFRS
IFRIC – International Financial Reporting Interpretations Committee
IFRS – International Financial Reporting Standards (Normas Internacionais de Relato
Financeiro)
NIC – Normas Internacionais de Contabilidade
NIRF – Normas Internacionais de Relato Financeiro
PGC – Plano Geral de Contabilidade (Versão 2006)
PGC-NIRF – Princípios Geral de Contabilidade baseado nas NIRF
SIC – Standing Interpretations Committee (Interpretações de Normas Internacionais de
Contabilidade)
i
O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 11. Introdução
Nas últimas décadas tem-se assistido a diversas transformações e reformas económicas e
Moçambique não é excepção. Este cenário é impulsionado pela crescente globalização dos
mercados económicos e financeiros, o que faz com que se exija uma informação contabilística
com cada vez maior qualidade e compreensibilidade de modo a permitir uma correcta tomada de
decisão pelos utentes (fisco, investidores, credores, financiadores, estatísticas nacionais e
sectoriais, etc.) desta, garantindo-se assim uma maior competitividade dos negócios e
consequentemente maior rentabilidade. Ora, sendo a contabilidade um processo que consiste na
recolha, análise, registo e interpretação dos factos patrimoniais, o que pode se resumir na
produção das demonstrações financeiras, torna-se necessário que as informações por esta
produzidas, sejam obtidas a partir de métodos e procedimentos contabilísticos comummente
aceites, permitindo assim, a comparabilidade de informação entre as unidades. É neste sentido
que Moçambique adoptou através da aprovação pela Assembleia da República da Lei no 70/2009,
um normativo contabilístico baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro que são
aplicadas ao nível mundial em cerca de 130 países1 de África, América, Ásia e Europa, embora
estes não constituam a totalidade pois, existem mais países que já aderiram ao normativo, porém,
as autoridades legais ainda não enviaram tal informação ao órgão competente.
Com vista a apurar os impactos resultantes da adopção do normativo contabilístico descrito no
parágrafo anterior, desenvolveu-se o presente projecto de pesquisa que subordina-se ao tema: “O
Impacto da Adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) nas
Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso da Empresa Ceta,
SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010).
Estruturalmente, o projecto está dividido em três capítulos nomeadamente: o primeiro capítulo
apresenta a introdução, o problema, a justificativa, os objectivos, as hipóteses, os resultados
esperados, a delimitação do estudo e a metodologia de pesquisa. O segundo capítulo diz respeito
à revisão bibliográfica que contempla conceitos principais do estudo e o terceiro capítulo traz o
historial do processo de normalização contabilística e finalmente é apresentada a bibliografia.
1 www.ifrs.org
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 21.1. Problema
No ano de 1984, como forma de satisfazer às necessidades da economia centralizada foi aprovado
o primeiro Plano Geral de Contabilidade, através da Resolução nº 13/84 de 14 de Dezembro, pelo
Conselho de Ministros. No ano de 1998, com a introdução do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado o Plano Geral de Contabilidade em uso desde 1984 sofreu alterações, com vista a
albergar os novos desafios impostos pelo Código de Imposto Sobre o Valor Acrescentado
(CIVA), Diploma ministerial nº 221/98 de 30 de Dezembro. Em 2006 entrou em vigor uma nova
versão do plano de contas, aprovada pelo Decreto nº 36/2006 de 25 de Julho, com a finalidade
de proporcionar às empresas um instrumento que espelha-se melhor o panorama económico
vigente. Já em 2009, entra em vigor outra versão do Plano Geral de Contabilidade (a que
está actualmente em vigor): o Sistema de Contabilidade Para o Sector Empresarial Em
Moçambique, doravante designado SCE. Este sistema foi aprovado através do Decreto nº
70/2009 de 22 de Dezembro e veio substituir integralmente o PGC em vigor desde o ano
2006. O SCE é um modelo de normalização contabilística assente em princípios e regras
baseadas nas Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) e Normas Internacionais de Relato
Financeiro (NIRF), subordinado a uma estrutura conceptual com vista à comparação e
compreensão das informações e dados recolhidos pelas entidades que adoptem as normas quer
estas entidades sejam nacionais ou estrangeiras, (DELOITTE, Quadro Legal do PGC-PE:13).
Este sistema apresenta dois grandes conjuntos: o PGC-PE aplicável às pequenas empresas e o
PGC-NIRF aplicável às grandes empresas. (Art. 1 do Decreto 70/2009 de 22 de Dezembro).
Ora, todas as alterações efectuadas desde o primeiro Plano Geral de Contabilidade de 1984 até ao
PGC-NIRF de 2009 tinham em vista conferir maior qualidade e aceitabilidade da informação
contida nas demonstrações financeiras, tal que, a adopção de qualquer um destes normativos
contabilísticos, provocou de certa forma, impactos nos utentes da informação: credores,
autoridades reguladoras, clientes, fornecedores, trabalhadores, financiadores bem como para
efeitos de formação.
Diante do exposto nos parágrafos supra descritos, a questão que se coloca é a seguinte: Qual é o
impacto da adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) nas demonstrações
financeiras das grandes empresas em Moçambique?
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 31.2. Justificativa
A escolha do tema prende-se fundamentalmente à necessidade de aclarar as variações ocorridas
nas demonstrações financeiras resultantes da adopção das Normas Internacionais de Relato
Financeiro, na medida em que este normativo contabilístico, por ser recente, ainda carecer de
estudos científicos que demonstrem de forma sucinta os impactos que deste resultaram.
Igualmente, o estudo tem um interesse meramente académico pois, uma vez que o autor é docente
e cursando a licenciatura para a docência no ensino técnico e profissional, pretende colher mais
créditos em matérias ligadas as NIRF.
Outrossim tem a ver com os utentes da informação contabilística que, poderão encontrar neste
trabalho as respostas às várias indagações em torno das NIRF o que, vai propiciar com que haja
uma percepção relativamente razoável acerca das normas internacionais de relato financeiro e
seus respectivos impactos no contexto das grandes empresas em Moçambique, suscitando desta
forma, mais estudos com vista ao aprimoramento do normativo e consequentemente melhor
interpretação e aplicação deste.
1.3. Delimitação do Estudo
O estudo que se pretende realizar circunscreve-se na análise das demonstrações financeiras da
firma Ceta – Construções e Serviços, SARL referentes ao período contabilístico de 2009 quando
apresentadas sob o PGC e sob o PGC-NIRF e da firma Mcel – Moçambique Celular, S.A.
referentes ao período contabilístico de 2009 quando apresentadas sob o PGC e sob o PGC-NIRF.
Igualmente, serão analisados os princípios contabilísticos que deram origem às demonstrações
financeiras sob o ponto de vista dos dois normativos contabilísticos em análise.
1.4. Hipóteses
Segundo MARCONI & LAKATOS (2002: 28), hipótese é uma proposição que se faz na tentativa
de verificar a validade de resposta existente para um problema. É uma suposição que antecede a
constatação dos factos e tem como característica uma formulação provisória.
Com vista a responder a questão em estudo, foram formuladas hipóteses, conforme mostra
detalhadamente o que se segue.
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 4
Quadro no1: Hipóteses, variáveis e respectivos indicadoresO
rdem Hipóteses
Variáveis( x )→independente( y )→dependente
Indicadores ( xy )
Hip
ótes
e 1
A adopção das NIRF afectou materialmente as demonstrações financeiras e o desempenho económico das grandes empresas em Moçambique
(x) A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro
Critérios de valorimetria, reconhecimento, mensuração e apresentação dos elementos das DF`s.
(y) Demonstrações financeiras e o desempenho económico das grandes empresas em Moçambique
Alteração de diferentes rubricas das DF`s.Alteração dos rácios financeiros;
Hip
ótes
e 2
A adopção das NIRF não provocou alterações relevantes nas demonstrações financeiras e no desempenho económico das grandes empresas em Moçambique, tal que, trata-se apenas de adopção de novas técnicas de registo.
(x) A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro
Novos critérios de valorimetria, reconhecimento, mensuração e apresentação dos elementos das DF`s.
(y) Alterações relevantes nas demonstrações financeiras e no desempenho económico das grandes empresas em Moçambique
Conservação de valores nas diferentes rubricas das DF`s.Conservação dos rácios financeiros;
1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
Com este trabalho pretende-se examinar o impacto da transição de normas contabilísticas, do
Plano Geral de Contabilidade (Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites em Moçambique,
versão 2006) para o PGC-NIRF, baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro
(NIRF), sobre a comparabilidade da informação financeira.
1.5.2. Objectivos específicos:
Identificar os impactos da adopção das NIRF na posição financeira e no desempenho das
empresas;
Avaliar a materialidade dos impactos da adopção das NIRF na posição financeira e no
desempenho das empresas;
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 5
Testar a presença de diferenças significativas em rubricas do balanço, da demonstração de
resultados e em determinados rácios financeiros quando apresentados sob PGC e sob o
PGC-NIRF;
1.6. Resultados Esperados
Percepção das variações ocorridas nas Demonstrações Financeiras da Empresa Ceta –
Construções e Serviços, SARL resultantes da adopção das NIRF.
Percepção das variações ocorridas nas Demonstrações Financeiras da Empresa Mcel –
Moçambique Celular, S.A. resultantes da adopção das NIRF.
Descobrir os impactos das NIRF sob o ponto de vista dos investidores, credores,
autoridades reguladoras entre outros stakeholders.
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 62. Revisão bibliográfica
2.1. Conceitos básicos
Segundo BORGES, António (1998), a contabilidade é uma actividade que proporciona
informação, geralmente quantitativa, para tomadas de decisões, planeamento, controlo das fontes
e operações, avaliações do desempenho e relato financeiro a investidores, credores, autoridades
reguladoras e ao público em geral. BORGES, António et al (2007:25), complementam afirmando
que a contabilidade é um sistema de informação indispensável para a tomada de decisão, pois ela
constitui o interface entre a fonte de informação, a organização, e os utilizadores dessa mesma
informação: os stakeholders, os clientes, os fornecedores, os trabalhadores, os financiadores,
entre outros.
As demonstrações financeiras são uma representação estruturada da posição financeira de uma
entidade. O objectivo destas é o de proporcionar informação acerca da posição financeira, do
desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de uma entidade que seja útil a uma vasta gama de
utentes na tomada de decisões económicas. As demonstrações financeiras também mostram os
resultados da condução por parte do órgão de gestão dos recursos a ele confiados. Para satisfazer
este objectivo, as demonstrações financeiras proporcionam informação de uma entidade acerca
do seguinte: activos, passivos, capital próprio, rendimentos (réditos e ganhos), gastos (gastos e
perdas), outras alterações no capital próprio e fluxos de caixa. (Comissão de Normalização
Contabilística)
Demonstrações Financeiras são quadros e notas informativas, relativos a um determinado período
temporal, que contêm elementos quantitativos e qualitativos decorrentes do processo
contabilístico aplicado pela entidade. A., Rodrigues M., Rodrigues R., (2007:25).
O objectivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar informação acerca da posição
financeira, do desempenho e das alterações na posição financeira de uma entidade que seja útil a
um vasto leque de utentes na tomada de decisões económicas. Borges, Rodrigues A., Rodrigues
M., Rodrigues R., (2010:137)
Segundo a Comissão de Normalização Contabilística, um conjunto completo de demonstrações
financeiras inclui: um balanço, uma demonstração de resultados, uma demonstração das
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 7alterações do capital próprio, uma demonstração dos fluxos de caixa e um anexo com as notas
explicativas sobre as bases de preparação e políticas contabilísticas adoptadas entre outras
divulgações exigidas pelas NIRF.
A demonstração de resultados fornece um resumo financeiro dos resultados operacionais da
empresa durante um determinado período. Sendo que as mais comuns abrangem um período de
um ano encerrando numa data específica, normalmente 31 de Dezembro de cada ano, GITMAN,
Lawrence (2010:41).
Balanço patrimonial é uma descrição resumida da posição financeira da empresa em uma certa
data. Esta equilibra os activos da empresa contra seu financiamento, GITMAN, Lawrence
(2010:43).
A demonstração de fluxos de caixa resume os fluxos de caixa havidos no período em questão,
distinguindo, os fluxos de caixa das operações, dos investimentos e de financiamentos da
empresa, GITMAN, Lawrence (2010:45).
2.2. Conceito de Grande Empresa ou Empresa de Grande dimensão
Em Moçambique, à semelhança do que acontece nos outros cantos do mundo, existem critérios
diferenciados para a conceituação e classificação de empresas. Tal classificação pode basear-se
no número de trabalhadores, no facturamento anual, no valor dos activos, entre outros factores.
Neste âmbito, à luz do artigo no2 do decreto no 70/2009 de 22 de Dezembro consideram-se
grandes empresas as seguintes:
a) As Empresas Públicas ou de Capitais maioritariamente públicos;
b) As sociedades cujos títulos estejam cotados na bolsa de valores de Moçambique ou
aquelas cujos títulos estejam cotados em qualquer outra bolsa de valores desde que estas
tenham sede em Moçambique.
c) As sociedades comerciais que revistam qualquer dos tipos previstos no Código
Comercial, que ultrapassem, com base nas suas demonstrações financeiras anuais, um dos
seguintes:
i. Total de proveitos e ganhos igual ou superior a 1.275 milhões de meticais.
ii. Total do activo líquido igual ou superior a 1.275 milhões de meticais.
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Autor: Cassiano Cumbane
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iii. Número médio anual igual ou superior a 500 trabalhadores.
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Autor: Cassiano Cumbane
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2.3.1. Normalização
Normalização é uma actividade colectiva pela qual são estabelecidas normas
(wikipédia:02/09/12, 8:45). A mesma fonte, acrescenta ainda que, a normalização é a elaboração,
publicação e promoção do emprego de normas. Já o Dicionário Electrónico Aurélio, comunga
com a enciclopédia livre (wikipédia), ao afirmar que normalização é acto ou efeito de normalizar
(-se).
2.3.2. Norma
Fórmula com valor de regra indicativa (em geral) ainda que por vezes imperativa definindo as
características que deve ter um objecto ou como deve ser empregue, um processo ou de um
método. (wikipédia)
2.4. Normalização Contabilística (conceito)
De acordo com BORGES, António et al (1998), a normalização contabilística define-se como um
conjunto de regras e princípios que visam:
a) A elaboração de um quadro de contas que devam ser seguidas pelas unidades
económicas;
b) A definição de regras de mensuração e reconhecimento dos elementos das DF`s;
c) A definição do conteúdo, regras de movimentação e articulação das contas do quadro;
d) A concepção de mapas - modelo para as DF`s a ser divulgadas pelas unidades
económicas;
e) A definição dos princípios contabilísticos que devam ser seguidos na contabilidade das
diversas entidades envolvidas.
Normalização contabilística é um processo dinâmico que visa a adequação da realidade
contabilística face as mutações do meio envolvente económico-financeiro que rodeia as unidades
económicas, BORGES & FERRÃO (1999:14).
Em síntese, pode-se afirmar que, normalizar, consiste em criar uma metodologia comum, a ser
seguida pelas unidades económicas visando, fundamentalmente, a comparabilidade das
informações inter-unidades, a universalidade dos dados recolhidos e a sua compreensibilidade
pelos diversos agentes económicos.
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Autor: Cassiano Cumbane
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De acordo com Lisboa (1998), a normalização ou harmonização contabilística tem vantagens,
desvantagens e obstáculos.
2.4.1.1. Vantagens
Segundo LISBOA (1998), as vantagens que se atribuem à adopção de uma normalização
contabilística são, designadamente: a comparabilidade na avaliação do desempenho de empresas
em nível mundial, maior facilidade para o ensino da contabilidade, maior facilidade para
transferência de pessoal entre as empresas, maior facilidade para o acesso das empresas a
recursos financeiros internacionais e permite também que as empresas possam negociar seus
papéis em diferentes bolsas de valores. Ora, RODRIGUES & PEREIRA (2004:138), apresentam
as vantagens da normalização que podem ser organizadas sob o ponto de vista de cada
interveniente no processo, designadamente:
a) Para empresa: a normalização, na medida em que se assentar numa planificação bem
aceite e concebida, trará utilidade às empresas no acesso ao capital internacional, na
redução do custo de elaboração e apresentação das DF`s (para as multinacionais);
b) Aos técnicos: passam assim a dispor de um código de regras e procedimentos;
c) Pedagogia: neste âmbito a normalização pode proporcionar orientações menos
discutíveis;
d) Análise macro - empresarial: passa a contar com critérios mais válidos, procedimentos
mais convenientes, dados mais exactos a fornecer a entidades oficiais;
e) Empresários: passam a dispor de instrumentos mais correctos de análise e previsão;
f) Tributação: possibilitando assim um mais fácil controlo dos elementos que servem de
base ao estabelecimento de tributação das empresas.
2.4.1.2. Desvantagens
A normalização contabilística não reconhece que diferentes países precisam de normas
diferentes, de acordo às suas especificidades culturais, legais e económicas. Entretanto, será
desvantajosa quando não se adapte às características e necessidades reais das unidades
económicas, nos aspectos que se proponha uniformizar (BORGES, 2007:123).
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Autor: Cassiano Cumbane
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2.5.1. Normalização Contabilística Internacional
Em 1972, foi criado o comité de pronunciamentos contabilísticos internacionais durante o 10°
congresso mundial dos contabilistas.
O International Accounting Standards Committee (IASC), foi criado em 1973 em substituição do
comité de pronunciamentos contabilísticos. Portanto, o IASC foi criado pelos organismos
profissionais de contabilidade de 10 países: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da
América, França, Irlanda, Japão, México, Países baixos e Reino Unido. Esta nova entidade foi
criada com o objectivo de formular e publicar de forma totalmente independente um novo padrão
de normas contábeis internacionais que possa ser mundialmente aceite. O IASC foi criado como
uma fundação independente sem fins lucrativos e com recursos próprios procedentes das
contribuições de vários organismos internacionais assim como das principais firmas de auditoria.
Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pela IASC foram chamados de International
Accounting Standard (IAS). Numerosas normas IAS ainda estão vigentes actualmente, apesar de
terem sofrido alterações ao longo do tempo.
Em 1997, o IASC criou o SIC (Standing Interpretations Committee), um comité técnico dentro da
estrutura do IASC responsável pelas publicações de interpretações chamadas SIC cujo objectivo
era responder as dúvidas de interpretações dos usuários.
Em 1 de Abril de 2001, foi criado o International Accounting Standards Board (IASB) na
estrutura do IASC que assumiu as responsabilidades técnicas do IASC. A criação do IASB teve
objectivo de melhorar a estrutura técnica de formulação e validação dos novos pronunciamentos
internacionais a serem emitidas pelo IASB com o novo nome de pronunciamentos IFRS
(International Financial Reporting Standard:NIRF). O novo nome que foi escolhido pelo IASB
demostrou a vontade do comité de transformar progressivamente os pronunciamentos contábeis
anteriores em novos padrões internacionalmente aceites de reporte financeiro com o fim de
responder as expectativas crescentes dos usuários da informação financeira (analistas,
investidores, instituições etc.). Em Dezembro do mesmo ano o nome do SIC (Standing
Interpretations Committee), foi mudado para International Financial Reporting Interpretations
2 www.iasb.org
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Autor: Cassiano Cumbane
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de todas interpretações sobre o conjunto de normas internacionais.
Em Março de 2004, muitas das normas IAS/IFRS foram publicadas pelo IASB, incluindo a
norma IFRS 1 que define os princípios a serem respeitados pelas empresas no processo de
conversão e primeira publicação de demonstrações financeiras em IFRS.
As Normas Internacionais de relato Financeiro são compostas pelo seguinte:
International Financial Reporting Standards (IFRS) — normas publicadas depois de
2001
International Accounting Standards (IAS) — normas publicadas antes de 2001
Interpretations originated from the International Financial Reporting Interpretations
Committee (IFRIC) — interpretações do International Financial Reporting
Interpretations Committee
Standing Interpretations Committee (SIC) — publicadas antes de 2001
Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements (1989)
2.5.1.1. Objectivos do International Accounting Standards Board (IASB)
Os objectivos do IASB centram-se fundamentalmente:
No desenvolvimento, no interesse público, de um conjunto único de normas
contabilísticas globais de alta qualidade, compreensíveis e susceptíveis de serem impostas,
que exijam informação transparente e comparável nas demonstrações financeiras, para
ajudar os participantes nos mercados de capitais e outros utentes a tomarem decisões
económicas;
Na promoção do uso e rigorosa aplicação das normas;
Na convergência de normas contabilísticas nacionais e internacionais, com vista à
concretização da normalização contabilística.
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
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2.5.1.2. Estrutura Conceptual para a Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras (DF`s) – Framework3
A estrutura conceitual de preparação e apresentação das demonstrações financeiras internacionais
é detalhada no framework (Framework for the preparation and presentation of Financial
Statements).
O framework não é uma norma internacional de contabilidade mas sim uma descrição dos
conceitos básicos que devem ser respeitados na preparação e apresentação das demonstrações
financeiras internacionais. Ele define o espírito intrínseco das normas internacionais, a filosofia
geral das normas e tem também como objectivo ajudar a directoria do IASB no desenvolvimento
e interpretação das normas internacionais de contabilidade, os usuários na elaboração das
demonstrações financeiras e, os auditores na formação de uma opinião de auditoria. Em caso de
conflito entre qualquer norma internacional e o framework, as exigências da norma internacional
prevalecem sobre as do framework. Os pressupostos básicos podem ser regime de competência e
continuidade.
a) Objectivos da Framework
O principal objectivo das demonstrações financeiras em IFRS é dar informações sobre a
posição financeira, os resultados e as mudanças na posição financeira de uma entidade,
que sejam úteis a um grande número de usuários (investidores, empregados,
fornecedores, clientes, instituições financeiras ou governamentais, agencias de notação e
público) em suas tomadas de decisão.
Assim, os elementos das demonstrações financeiras (balanço patrimonial, demonstração
de resultado, demonstração dos fluxos de caixa, informações por segmento de negócio e
as notas e as divulgações) podem alcançar características qualitativas das demonstrações
financeiras em IFRS, como:
Compreensibilidade
Relevância
Confiabilidade
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O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 14
Comparabilidade
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
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2.5.2. Normalização Contabilística em Moçambique
2.5.2.1. Etapas da Normalização Contabilística em Moçambique
A história da contabilidade em Moçambique está intrinsecamente ligada ao nascimento no ano de
1984 do primeiro Plano Geral de Contabilidade, através da Resolução nº 13/84 de 14 de
Dezembro, pelo Conselho de Ministros. Este plano visava sobretudo satisfazer às necessidades da
economia centralizada e era de aplicação obrigatória pelas empresas sediadas no país com
excepção das que exerciam actividades nos ramos bancário e segurador que dispunham de planos
próprios. Este plano já evidenciava a normalização como tal e era acompanhado por outra
legislação designadamente no que respeita as amortizações, provisões e reavaliação dos activos
corpóreos. No ano de 1998, com a introdução do Imposto Sobre o Valor Acrescentado o Plano
Geral de Contabilidade em uso desde 1984 sofreu alterações, com vista a albergar os novos
desafios impostos pelo Código de Imposto Sobre o Valor Acrescentado (CIVA), Diploma
ministerial nº 221/98 de 30 de Dezembro.
Dada a necessidade de uma crescente harmonização contabilística, Moçambique viu-se na
obrigação de reformular o PGC de 1984, seja pelo crescimento da economia ou pela mudança da
própria conjuntura político-económica do país. Nasce assim, em 2006 uma nova versão do plano
de contas, aprovada pelo Decreto nº 36/2006 de 25 de Julho que, entrou em vigor no dia 01 de
Janeiro de 2007.
Devido a internacionalização da economia, e a globalização dos negócios, que coloca
Moçambique como país cada vez mais atractivo para investimentos financeiros de grande vulto
levando assim ao aparecimento de várias empresas multinacionais, suscita a necessidade de
criação de uma linguagem contabilística comummente aceite, que permita preparar, consolidar, e
interpretar, de forma padronizada e inequívoca, conceitos, critérios valorimétricos, e
procedimentos contabilísticos, que emergem das boas, e tecnologicamente modernas práticas
internacionais de contabilidade e auditoria, o que levou Moçambique a ter que adoptar o PGC –
NIRF inspirado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) e nas Normas
Internacionais de Contabilidade (NIC), a partir de 01 de Janeiro de 2010. De salientar que este
normativo foi aprovado através do Decreto nº 70/2009 de 22 de Dezembro e veio substituir
integralmente o PGC em vigor desde o ano 2006.
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2.5.2.2. Análise Comparativa entre o PGC e o PGC – NIRF
Quadro nº2 – Diferenças e Semelhanças de Conceitos entre o PGC e o PGC-NIRF
Tópico PGC PGC-NIRF
Activo Bem ou direito sobre terceiros
Activo é um recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimentos passados e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios económicos futuros.
Passivo Obrigação para com terceiros
Passivo é uma obrigação presente da entidade resultante de acontecimentos passados, de cuja liquidação se espera que resultem para a entidade saídas de recursos incorporando benefícios económicos.
Capital Próprio -------------Capital próprio é o interesse residual nos activos da entidade depois de deduzidos todos passivos.
Inventários
Denominado por existências: são mercadorias, produtos acabados e intermédios, subprodutos, resíduos e refugos, produtos, trabalhos em curso e matérias-primas, subsidiárias e de consumo.
Activos detidos para venda no curso normal do negócio, activos que se encontram em processo de produção para venda, incluindo serviços em curso, matérias-primas e materiais a consumir no processo de produção ou prestação de serviços.
Activo tangível
Denominado imobilizado corpóreo, é um imobilizado tangível, móvel ou imóvel, que a empresa utiliza na sua actividade operacional, que não se destina a ser vendido ou transformado, com características de permanência superior a um ano.
Elemento tangível que é detido para utilização na produção ou fornecimento de produtos ou serviços, para arrendar terceiros ou para fins administrativos, e que se espera que seja utilizado durante mais do que um período contabilístico.
Activo intangível
Denominado imobilizado incorpóreo, englobando encargos de constituição ou de expansão, trespasses, investigação entre outros direitos.
Activo não monetário identificável mas sem substância física.
Provisão
Responsabilidade cuja natureza esteja claramente definida e que, a data do balanço, seja de ocorrência provável certa, mas incerta quanto ao seu valor ou data da ocorrência.
É um passivo de momento ou quantia incertos.
Demonstrações exigidas por lei
Balanço, Demonstração de resultados por natureza, Anexos (balancetes do razão, cópia da acta da assembleia de aprovação de contas, relação dos membros do conselho de administração, gerentes e membros do
Balanço, Demonstração de resultados (por natureza ou por funções), Demonstração dos fluxos de caixa, Demonstração das alterações de capital próprio, políticas contabilísticas e notas explicativas.
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conselho fiscal e relatório de contas).Fonte: Elaboração própria a partir do PGC e do PGC - NIRF
Quadro nº3 – Activos tangíveis, sob o PGC e sob o PGC – NIRF
Tópico PGC PGC-NIRF
Determinação do custo
Os activos tangíveis deverão ser valorizados pelo custo de aquisição ou de produção incluindo os gastos directos e indirectos a este relacionados.
O custo deve incluir a estimativa inicial de despesas de desmontagem e a remoção do activo e a recuperação do local onde o mesmo está localizado.
Critério de reconhecimento de perdas por imparidade
Deve ser reconhecida uma perda por imparidade quando o valor do activo é inferior ao valor registado na contabilidade e se prevê que a redução de valor seja permanente.
Deve ser reconhecida uma perda de imparidade de activos quando o respectivo valor recuperável é inferior ao valor contabilístico.
Reconhecimento de perdas por imparidade
Tratando-se de uma redução do valor contabilístico, a diferença entre os dois será objecto de amortização extraordinária.
A reconhecer como uma redução do valor contabilístico do activo, e um custo do período ou uma redução do excedente de revalorização quando aplicável, as reversões são permitidas em certos casos.
Fonte: Elaboração própria a partir do PGC e do PGC - NIRF
Quadro nº4 – Activos intangíveis, sob o PGC e sob o PGC – NIRF
Tópico PGC PGC-NIRF
Mensuração
São valorizados ao custo de aquisição, permitindo-se também a capitalização de direitos e encargos de constituição ou expansão. São amortizados no prazo máximo de cinco anos, salvo em casos em que se justificar um prazo maior.
Pode-se capitalizar caso tenham sido cumpridos os critérios de reconhecimento.
Reconhecimento de perdas por imparidade
Tratando-se de uma redução do valor contabilístico, a diferença entre os dois será objecto de amortização extraordinária.
A reconhecer como uma redução do valor contabilístico do activo, e um custo do período ou uma redução do excedente de revalorização quando aplicável, as reversões são permitidas em certos casos.
Fonte: Elaboração própria a partir do PGC e do PGC - NIRF
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Quadro nº5 – Inventários, sob o PGC e sob o PGC – NIRF
Tópico PGC PGC-NIRF
Mensuração de existências produzidas
Inclui-se apenas os custos industriais
Inclui-se os custos industriais e outros que podem ser não industriais necessários para a colocação das existências na actual posição e localização.
Critérios de valorização de saídas de existências
Admite-se o custo médio ponderado, o custo-padrão, custo baseado nos sistemas FIFO e LIFO ou custo de identificação específica.
Admite-se o custo específico, custo médio ponderado ou FIFO.
Fonte: Elaboração própria a partir do PGC e do PGC - NIRF
Quadro nº6 – Capital e prémios de emissão, sob o PGC e sob o PGC – NIRF
Tópico PGC PGC-NIRF
Acções próprias Deduzidas no capital próprio Deduzidas no capital próprio
Despesas com emissão de capital próprio
Apresentadas como um activo tangível no balanço
Apresentadas como redução ao capital próprio no balanço
Fonte: Elaboração própria a partir do PGC e do PGC - NIRF
Quadro nº7 – Provisões, sob o PGC e sob o PGC – NIRF
Tópico PGC PGC-NIRF
ReconhecimentoResponsabilidades decorrentes de riscos previstos quando há possibilidade da sua ocorrência.
Reconhecer provisões relacionadas com obrigações presentes decorrentes de eventos passados se uma saída de recursos é provável e pode ser estimada com fiabilidade.
Fonte: Elaboração própria a partir do PGC e do PGC - NIRF
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A metodologia é explicação detalhada, austera e exacta de todo o acto desenvolvido no trabalho
académico. Detalha o tipo de pesquisa, o rumo seguido para tal efeito, o preceito para obter os
dados a serem trabalhados e de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
Quanto aos objectivos, a pesquisa é de natureza explicativa na medida em que vai esclarecer o
porquê da ocorrência de determinados fenómenos nas DF`s. Quanto a abordagem, trata-se de uma
pesquisa qualitativa e quanto ao objecto, a metodologia adoptada para o trabalho é a pesquisa
bibliográfica, a entrevista, a pesquisa documental e o estudo de caso.
a) Pesquisa bibliográfica
Segundo Severino (2007) essa pesquisa tem como fonte primordial os registos impressos
decorrente de pesquisas anteriores, ou seja, livros, artigos ou teses que contêm texto
analiticamente processados pelos seus autores. Essa fonte de pesquisa é amplamente
utilizada nos estudos exploratórios devido a sua facilidade para obtenção de informações
iniciais sem a necessidade de ir a campo.
A pesquisa bibliográfica realizada tem como principal enfoque a matéria já tornada
pública sobre as normas internacionais de relato financeiro e, para tal, foram consultadas
obras e páginas oficiais dos organismos reguladores disponíveis na internet.
b) Pesquisa documental
No entendimento de Gil (2002), “a pesquisa documental vale-se de materiais que não
receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo
com os objectos da pesquisa”.
Ora, pelo facto de esta pesquisa estar baseada num estudo de caso de grandes empresas,
torna-se imprescindível, senão inevitável, a colecta e selecção de dados a partir de
documentos oficiais diversos disponíveis para consulta na Ceta – Construções e Serviços,
SARL e na Mcel – Moçambique Celular, S.A.
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c) Entrevistas
Entrevista é uma técnica em que o entrevistador se apresenta frente ao investigado e lhe
formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que interessam à investigação
(GIL, 2010: 109).
Entrevistas estruturadas – são elaboradas mediante questionário totalmente
estruturado, ou seja, é aquela onde as perguntas são previamente formuladas e tem
se o cuidado de não fugir a elas. O principal motivo deste zelo é a possibilidade de
comparação com o mesmo conjunto de perguntas e que as diferenças devem
reflectir diferenças entre os respondentes e não diferença nas perguntas
(LAKATOS, 1996).
Semi-estruturada – segue um roteiro básico, podendo ser readaptado ao longo da
entrevista (Gil, 2010).
Não-estruturada/Não-padronizada – flexível e com liberdade de percurso, com
alguns tópicos principais (LAKATOS, 1996).
Como forma de apurar os reais impactos decorrentes da adopção das NIRF, o autor vai recorrer a
técnica de entrevistas semi-estruturadas que serão dirigidas ao responsável pelo departamento de
contabilidade e um máximo de cinco contabilistas por empresa.
d) Estudo de Caso
Segundo Yin (2005), o estudo de caso é uma forma de se fazer pesquisa investigativa de
fenómenos actuais dentro de seu contexto real, em situações em que as fronteiras entre o
fenómeno e o contexto não estão claramente estabelecidos. Para Gil (1991), o estudo de
caso é caracterizado pelo estudo exaustivo e em profundidade de poucos objectos, de
forma a permitir conhecimento amplo e específico do mesmo; tarefa praticamente
impossível mediante os outros delineamentos considerados. O autor acrescenta que a
análise de uma unidade de determinado universo possibilita a compreensão da
generalidade do mesmo ou, pelo menos, o estabelecimento de bases para uma
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Autor: Cassiano Cumbane
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investigação posterior, mais sistemática e precisa contudo, salienta o facto de este método
dificultar a generalização dos resultados obtidos.
Para a consecução do presente projecto, o estudo de caso será realizado nas empresas Ceta
– Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. e, incidirá na
comparação das demonstrações financeiras respeitantes ao período contabilístico de 2009
e as políticas contabilísticas adoptadas pelas firmas quando apresentadas sob o PGC e sob
o PGC – NIRF.
A escolha da firma Ceta – Construções e Serviços, SARL prende-se com o facto de esta
ter adoptado o PGC – NIRF na data preconizada segundo o SCE e pelo facto de ter
apresentado as demonstrações financeiras para efeitos comparativos respeitantes ao
período contabilístico mais antigo aliado também ao facto da firma apresentar um
resultado positivo.
Por sua vez, a escolha da Mcel – Moçambique Celular, S.A. relaciona-se por um lado
pelo facto de esta firma ter da adoptado o PGC – NIRF no primeiro dia do mês de Janeiro
de 2010 e também pelo facto de ter apresentado um resultado líquido do exercício
negativo. Entretanto, por um lado vai-se analisar o impacto das NIRF numa firma que
apresentou um resultado positivo que é a Ceta e outra que apresentou um resultado
negativo, neste caso a Mcel. As duas escolhas visam sobretudo avaliar o impacto das
NIRF em função do resultado líquido que as firmas apresentam.
3.1. Recolha, Análise e Apresentação de dados
De acordo com QUIVY (2003), a recolha de dados consiste em recolher ou reunir informações
determinadas junto das pessoas ou das unidades de observação.
Os dados a recolher para o estudo que se pretende efectuar serão constituídos pelas
demonstrações financeiras da Empresa Ceta – Construções e Serviços, SARL reportadas a 31 de
Dezembro de 2009. A escolha desta data prende-se com a necessidade de comparar os dados
numéricos divulgados por esta empresa sob os dois normativos visto que, conforme o
estabelecido no novo normativo contabilístico (SCE), a partir de 1 de Janeiro de 2010 as grandes
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comparativos deviam apresentar as demonstrações financeiras do período contabilístico mais
antigo sob o PGC - NIRF, neste caso, são as DF`s referentes ao Exercício do ano 2009. A
apresentação das demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2009 sob os dois
normativos (PGC e PGC – NIRF) permitirá estabelecer uma comparação mais realística dos
dados pois referem-se ao mesmo exercício económico.
As DF`s serão recolhidas dos Relatórios e Contas apresentados pela firma em estudo referentes
ao ano de 2009 e de 2010 para se extrair a informação comparativa apresentada sob o PGC –
NIRF. Os relatórios e contas serão obtidos através da página da internet da BVM.
O teste das hipóteses descritas no quadro no1 será feito através da comparação das demonstrações
financeiras das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL referentes ao exercício
económico do Ano 2009, apresentadas sob o PGC (em vigor de 2006-2009) e apresentadas sob o
PGC-NIRF e da Mcel – Moçambique Celular, S.A. também referentes ao exercício económico do
Ano 2009, apresentadas sob o PGC e apresentadas sob o PGC-NIRF, conforme o estabelecido no
Decreto nº 70/2009 sobre a obrigatoriedade de se apresentar para efeitos comparativos as DF`s do
período contabilístico mais antigo.
Hipótese1: A adopção das NIRF afectou materialmente as demonstrações financeiras e o
desempenho económico das grandes empresas em Moçambique.
Assume-se por esta hipótese que existem diferenças significativas no valor assumido pela
variável (Vi) na informação financeira de 31 de Dezembro de 2009 produzida sob PGC e sob o
PGC – NIRF.
Hipótese2: A adopção das NIRF não provocou alterações relevantes nas demonstrações
financeiras e no desempenho económico das grandes empresas em Moçambique, tal que, trata-se
apenas de adopção de novas técnicas de registo.
Assume-se por esta hipótese que não existem diferenças significativas no valor assumido pela
variável (Vi) na informação financeira de 31 de Dezembro de 2009 produzida sob PGC e sob o
PGC – NIRF.
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segue.
Quadro nº8 – Rubricas e Rácios Financeiros da Variável em Estudo (Vi)
Rubricas agregadas do balanço
Total de activos não correntes, total de activos correntes, activo total, total do capital próprio, total de passivos não correntes, total de passivos correntes, passivo total, recursos de longo prazo.
Sub-rubricas do balanço
Activos fixos tangíveis, activos intangíveis, propriedades de investimento, activos por impostos diferidos, inventários, dívidas de terceiros, disponibilidades, capital e prémios de emissão, reservas e resultados transitados, resultado líquido do exercício, interesses minoritários, provisões, dívidas a terceiros não correntes, financiamentos obtidos não correntes, passivos por impostos diferidos, dívidas a terceiros correntes, financiamentos obtidos correntes.
Rubricas da demonstração dos resultados
Resultado operacional e resultado corrente.
Rácios financeiros
Liquidez geral, liquidez reduzida, liquidez imediata, solvência, debtto-equity, rendibilidade do activo (return on asset, ROA) com base no resultado operacional, ROA com base no resultado corrente, rendibilidade dos capitais próprios (return on equity, ROE) com base no resultado corrente e ROE com base no resultado líquido.
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Autor: Cassiano Cumbane
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Quadro nº9 – Regras para o cálculo de rubricas do balanço e da demonstração de
resultados a serem analisadas
Total de Activos Não Correntes Activos Fixos Tangíveis + Activos Intangíveis + Propriedades de Investimento +Goodwill + Activos por Impostos Diferidos + Outros Activos não Correntes
Total de Activos Correntes Inventários + Dívidas de terceiros + Disponibilidades + Outros Activos Correntes
Activo total Total de activos Não Correntes + Total de Activos Correntes
Total do Capital Próprio Capital e Prémios de Emissão + Excedentes de Revalorização + Reservas e Resultados Transitados + Resultado Líquido do exercício + Interesses Minoritários + Outras Rubricas de Capital Próprio
Total de passivos Não Correntes Provisões + dívidas a Terceiros Não Correntes + Financiamentos Obtidos Não Correntes + Passivos por Impostos Diferidos + Outros passivos Não Correntes
Total de passivos Correntes Dívidas a Terceiros Correntes + Financiamentos Obtidos correntes + Outros Passivos Correntes
Passivo Total Total de Passivos Não Correntes + Total de Passivos Correntes
Recursos de Longo Prazo Capital Próprio + Total de Passivos Não Correntes
Resultado Operacional Proveitos Operacionais – Custos Operacionais
Resultado Corrente Resultado Operacional + Proveitos Financeiros – Custos Financeiros
Liquidez Geral Activo Corrente/Passivo Corrente
Liquidez Reduzida (Dívidas de Terceiros + Disponibilidades) /Passivo corrente
Liquidez Imediata Disponibilidades/Passivo Corrente
Solvência Activo Total/Passivo Total
ROA Resultado Operacional/Activo Total
ROA (Resultado Corrente) Resultado Corrente/Activo Total
ROE (Resultado Corrente) Resultado Corrente/Capital Próprio
ROE (Resultado Líquido) Resultado Líquido/Capital Próprio
Fonte: elaboração própria a partir de (GITMAN, 2010)
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ActividadesAno 2012 Ano 2013Dezembro Janeiro Fevereiro Março3a S 4a S 1a S 2a S 3a S 4a S 1a S 2a S 3a S 4a S 1a S 2a S
1 Pedido de autorização para recolha de dados
2 Recolha de dados
Recolha de DF`s
Questionários
Entrevistas
3 Análise e interpretação de dados
Construção de quadros comparativos das DF`s
Análise das DF`s, respostas das entrevistas e inquéritos
4 Redacção da monografia
5 Revisão da monografia
6 Apresentação da versão preliminar da monografia ao supervisor
7 Correcção e redacção da versão final da monografia
8 Submissão da monografia
S – Semana
5. Orçamento
Ord
em
Unidade Designação QuantidadePreço
UnitárioValor
Unid Resma de papel A4 1 200,00 200,00Páginas Compilação 200 15,00 3.000,00Páginas Impressões (estimativa) 500 2,50 1.250,00
Unid Esferográficas 5 25,00 125,00Unid Lápis de carvão 3 15,00 45,00Unid Calculadora científica 1 500,00 500,00Unid Régua de 30 cm 1 10,00 10,00Unid Bloco de notas 2 125,00 250,00Unid Refeições/almoço 20 100,00 2.000,00Dias Transporte 15 30,00 450,00Unid Pasta de arquivo 1 30,00 30,00Unid Marcador 1 40,00 40,00
Páginas Fotocópias 1000 0,75 750,00Total 8.650,00São: Oito mil e seiscentos e cinquenta meticais.
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BORGES, A.; RODRIGUES, A.; RODRIGUES, R. As Novas Demonstrações Financeiras de
Acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade , 2ª Edição. Lisboa, Áreas
Editora, 2007.
BORGES, António. et al. Elementos de Contabilidade Geral. 16ª Edição. Áreas Editora,
Lisboa, 1998.
BORGES, António; FERRÃO, J. Martins. A Contabilidade e a Prestação de Contas. 9a
Edição. Reis dos Livros. Lisboa, 1999.
BORGES, António; RODRIGUES, Azevedo; RODRIGUES, Rogério. Elementos de
Contabilidade Geral. 22a Edição. Lisboa: Área Editora, 2006.
BORGES, António; RODRIGUES, Azevedo; RODRIGUES, Rogério. Elementos de
Contabilidade Geral. 25a Edição. Áreas Editora. Lisboa, 2010.
COMISSÃO DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA. Relatório de Actividades -
2002. Disponível em www.google.co.mz . Acessado em 05/09/2012
DELOITTE. Quadro Legal Para o Plano Geral de Contas – Pequenas Empresas .
1aEdição. Maputo, 2010.
GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa em Ciências Sociais. 5a edição
São Paulo: Atlas, 2010.
GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1991.
GITMAN, Lawrence. Princípios de Administração Financeira. 12ª Edição. Person
Education do Brasil. 2010.
http://www.iasb.org ou http://www.ifrs.org acessado em 05/09/2012.
LISBOA, Lázaro. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 1998.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planeamento e execução de
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5a
Edição. São Paulo: Atlas, 2002.
Projecto de pesquisa
Autor: Cassiano Cumbane
O Impacto da Adopção das NIRF nas Demonstrações Financeiras das Grandes Empresas em Moçambique: Caso das Empresas Ceta – Construções e Serviços, SARL e Mcel – Moçambique Celular, S.A. (2009 – 2010) 27
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planeamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 3a edição. São Paulo: Atlas, 1996.
Moçambique. Conselho de Ministros. Decreto nº 36/2006 de 25 de Julho. Boletim da República
nº 038, I Série. 2006.Aprova o Plano Geral de Contabilidade (PGC), e revoga a Resolução no
13/84, de 14 de Dezembro.
Moçambique. Conselho de Ministros. Decreto nº 70/2009 de 22 de Dezembro. Boletim da
República, Série I, nº 50.4º Suplemento. Aprova o Sistema de Contabilidade para o Sector
Empresarial, abreviadamente designado por SCE, baseado nas Normas Internacionais de Relato
Financeiro, e introduz ajustamentos no Plano Geral de Contabilidade em vigor, aprovado pelo
Decreto no 36/2006, de 25 de Julho. 2009.
Moçambique. Conselho de Ministros. Resolução nº 13/84 de 14 de Dezembro. Boletim da
República nº 050, I Série. Aprova o Plano Geral de Contabilidade obrigatoriamente aplicáveis a
todas as unidades económicas com excepção das que exerçam actividades nos ramos bancários
ou de seguros.1984.
Moçambique. Ministério de Plano e Finanças. 1998. Diploma Ministerial nº 221/98 de 30 de
Dezembro – Introduz alterações ao PGC para as empresas aprovado pela Resolução 13/84 de 14
de Dezembro.
QUIVY, Raymond. e CAMPENHOUDT, L. V. Manual de Investigação em Ciências Sociais.
3a Edição. Lisboa, 2003.
RODRIGUES, L.; PEREIRA, A. Manual de Contabilidade Internacional: A diversidade
contabilística e o processo de harmonização internacional. Publisher Team. Lisboa, 2004.
SEVERINO, António Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23ª Ed. São Paulo. Cortez, 2007.
YIN, Robert K. Estudo de caso: Planeamento e métodos. 3a edição. Porto Alegre: Bookman,
2005.
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Autor: Cassiano Cumbane
Apêndice 1
GUIÃO DE ENTREVISTAS
(Departamento de Contabilidade)
1. Como é que funciona o Departamento de Contabilidade, relativamente ao processo de registos
contabilísticos?
2. A partir de 1 de Janeiro de 2010 passou a ser obrigatório que as grandes empresas adoptem o
PGC-NIRF. Qual é o ponto de situação relativamente a Empresa?
3. Qual é a opinião de V. Excia relativamente a este normativo contabilístico?
4. Quais foram os maiores desafios e obstáculos para a elaboração da informação comparativa do
exercício económico de 2009 com base no PGC – NIRF?
5. O que representou para a empresa a adopção do PGC-NIRF do ponto de vista dos resultados? E
do ponto de vista fiscal?
6. Acha que a empresa estava suficientemente preparada para lidar com este novo normativo, o PGC
– NIRF?
7. O que gostaria de referir que não foi abordado nesta entrevista?
(Contabilistas da Empresa)
1. Há quanto trabalha como contabilista?
2. Qual a sua opinião acerca do processo de registos contabilísticos baseados no PGC-
NIRF?
2. Já trabalhou com o PGC (versão 2006)? Se sim, qual é na sua opinião a maior diferença
entre estes dois normativos (o PGC e o PGC – NIRF)?
3. Na tua opinião, será o PGC-NIRF benéfico para todos os utentes das demonstrações
financeiras (accionistas, credores, fornecedores, contabilistas, clientes entre outros)?
Porquê?
4. Quais são os desafios que se colocam para a boa implementação do presente plano de
contas (PGC-NIRF)?