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Joana Vieira, Natália Gonçalves, Rebecca Jäger Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso Maio 2013

O impacto das chuvas ácidas nos ecossistemas

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Cartaz desenvolvido no âmbito do projeto Comenius WaterMark e da disciplina de Biologia de 12º ano. Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso, Portugal.

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Page 1: O impacto das chuvas ácidas nos ecossistemas

Joana Vieira, Natália Gonçalves, Rebecca Jäger

Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso

Maio 2013

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A chuva ácida é um problema ambiental que se tem acentuado com o decorrer dos anos,

em virtude da poluição atmosférica, resultante essencialmente da crescente industrialização,

com impacto global no planeta. (cientic.com)

Neste trabalho optamos por realizar uma experiência com o intuito de revelar o papel preju-

dicial das chuvas com carácter ácido no nosso quotidiano e, por analogia, analisar os danos

provocados nos diversos ecossistemas terrestres. Como tal, utilizamos a Tradescantia fluminen-

sis Velloso (erva-da-fortuna), uma planta que necessita de muita água para sobreviver e multi-

plica-se rapidamente. Portanto, com o auxílio do vinagre, que confere acidez á água, proporcio-

nar-nos-á uma observação clara e objectiva acerca deste obstáculo no nosso dia-a-dia.

(invasoras.uc.pt)

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“ O termo chuva ácida refere-se à acidez acentuada produzida na água

da chuva pela poluição atmosférica. Este termo foi utilizado, pela pri-

meira vez, em 1858 e tem sido usado desde então.” (Vitorino, F.; Ferreira,

G.; Sanches, E. : 2011)

A água da chuva manifesta já um carácter ligeiramente ácido já que existe uma percen-

tagem de dióxido de carbono (CO₂) dissolvido na atmosfera, que em contacto com a água

origina o ácido carbónico (H2CO3) (figura 1), um ácido que origina um pH próximo de 5,6.

(infoescola.com)

Porém, esse pH tem diminuído significativamente nos últimos 50 anos, após a Revolução

Industrial, uma vez que, devido ao intenso desenvolvimento das indústrias e ao avanço

tecnológico, bem como, de erros cometidos pelo Homem, são libertados para a atmosfe-

ra substâncias nocivas para o ambiente, que contribuem para a crescente acidificação da

chuva. (universodevida2.blogspot)

CO₂ (g) + H2O (l) → H2CO3 (aq)

Figura 1: Formação do ácido carbónico

http://universodevida2.blogspot.pt/2008/05/chuvas-cidas.html

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De certo modo podemos considerar que o Homem é o principal responsável pela forma-

ção destas chuvas pois não olha a meios para atingir os seus fins. (jcpaiva.net)

Com a progressiva evolução dos tempos torna-se imprescindível ao Homem o uso de com-

bustíveis fosseis, que liberam na sua queima diversos poluentes, como o dióxido de carbono

(CO₂), dióxido de enxofre (SO₂) e os óxidos de azoto (NOx). São essencialmente estes poluen-

tes que geram a chuva ácida, porque, reagindo com o vapor de água promovem a génese do

ácido nítrico (HNO₃) e do ácido sulfúrico (H₂SO₄) (figura 2). (ebah.com.br)

Infelizmente, a chuva ácida provoca profundas alterações dos ambientes naturais e, conse-

quentemente, repercussões nos ecossistemas. Portanto a má ordenação e regulação do cres-

cimento do sector industrial de determinados países, primordialmente os países desenvolvi-

dos, conduzirá à acumulação de resíduos gasosos na atmosfera e, como tal, desencadeará

uma acentuada agressão ao meio ambiente. (ebah.com.br)

N₂ (g) + O₂ (g) → 2NO (g)

2NO (g) + O₂ (g) → 2NO₂ (g)

2NO₂ (g) + H₂O (l) → HNO₃ (aq) + HNO₂ (aq)

S (s) + O₂ (g) → SO₂ (g)

2SO₂ (g) + O₂ (g) → 2SO₃ (g)

SO₃ (g) + H₂O (l) → H₂SO₄ (aq)

Figura 2: Formação do ácido nítrico e ácido sulfúrico

http://universodevida2.blogspot.pt/2008/05/chuvas-cidas.html

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Com a finalidade de observamos directamente o impacto da chuva ácida nas nossas vidas e

demonstrar um facto verídico, visando a sensibilização da comunidade a não cometerem de-

terminados erros, levamos a cabo a realização de uma experiência, dado que, muitas das vezes

deparamo-nos com a deteorização de monumentos, e, não atribuímos como resultado deste

factor. Portanto, a nossa actividade experimental remete-nos para uma simulação dos prejuí-

zos causados por este género de chuvas.

Para isso utilizamos dois ramos de erva de tradescância, com igual estado de desenvolvi-

mento; água destilada que desempenhará o papel da chuva normal; vinagre, que dada a sua

composição química provoca a acidez da água, principalmente pela acção do ácido acético; e,

por fim, dois gobelés, devidamente identificados, nos quais introduzimos a planta (figura 3).

É importante realçar, que na nossa experiência não recorremos ao ácido sulfúrico ou outras

substâncias que constituem propriamente a chuva ácida porque são altamente perigosas con-

ferindo, assim, inconvenientes aquando da execução do nosso trabalho prático.

(clubedaciencia.webnode)

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Procedimento:

1. Encher um dos gobelés com água destilada.

2. Encher o outro com metade de água destilada e metade de vinagre, para que, os dois fra-

cos fiquem com volumes semelhantes. Posteriormente, agitar para homogeneizar a solu-

ção.

3. Rotular os frascos e registar os seus conteúdos.

Gobelé com água destilada + vinagre (1)

Gobelé com água destilada (2)

4. Colocar um ramo da planta em cada gobelé. (cienciastic.fc.ul.pt)

Figura 3: Materiais utilizados na experiência

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Após efectuado o procedimento, colocamos os gobelés num lugar onde fosse possível a re-

cepção de luz solar e, periodicamente íamos visualizar o desenvolvimento da erva-da-fortuna,

nas duas circunstâncias, a fim de que pudéssemos concluir, a partir dos resultados obtidos, al-

go acerca desta temática.

❶❷❸❹❺ Evolução durante a primeira semana

❻ No meio da segunda semana

❼ No final da terceira semana

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Ao longo do período definido para a experiência, durante três semanas, verificamos que

tanto a planta depositada no gobelé 1 como a do gobelé 2 sofreram alterações claramente

susceptíveis.

O ramo de erva de tradescância em contacto com uma mistura de água destilada e vinagre

murchou pouco a pouco, acabando por morrer. Em detrimento, perdeu o seu aspecto vis-

toso devido à perda da coloração das suas folhas, que tomaram uma tonalidade acastanha-

da (figura 4). (clubedaciencia.webnode)

Figura 4: Gobelé com água destilada e vinagre

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Ao passo que, o ramo presente no gobelé 2 (somente, com água destilada), desenvolveu-

se com normalidade. Com o decorrer do tempo, assistimos a um aumento progressivo das

dimensões do caule, dado que, se encontrava em condições propícias (imagem 5).

A água destilada apresenta um pH neutro (pH=7, a 25⁰C) e, como tal, não contêm compos-

tos que interferissem com o crescimento adequado da planta. (wikipedia.org)

Figura 5: Gobelé com água destilada

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Com os resultados obtidos na nossa experiência concluímos, por analogia, que a chuva áci-

da desempenha um papel destruidor na nossa sociedade ameaçando todos os ecossistemas

terrestes.

Assim como a planta que em contacto com água ligeiramente ácida morre ao fim de um de-

terminado tempo, o mesmo impacto negativo se verifica com os solos, edifícios, água e com o

próprio homem. (chuva-acida.info)

A crescente acidificação dos solos e dos ecossistemas aquáticos provoca a morte dos seres

vivos que lhe estão associados, uma vez que, este obstáculo incide sobretudo nas cadeias ali-

mentares induzindo a sua transformação e, naturalmente desencadeará um desequilíbrio am-

biental. (jcpaiva.net)

O processo de corrosão dos monumentos, edifícios, prédios e outras construções humanas

é acelerado pela chuva com um pH baixíssimo, visto que, promove o seu desgaste e, por con-

seguinte, a sua deteorização. (chuva-acida.info)

Para além disto, este fenómeno têm implicações na saúde da população porque aumenta o

risco do aparecimento de certas doenças e conduz a problemas de pele, de modo que aumen-

ta a taxa de mortalidade. (poluicao.net). É por este prisma devastador que deveremos ter consci-

ência de que é necessário diminuir a emissão de poluentes para a atmosfera, subjacentes à

formação destas chuvas. Porém é essencial um esforço colectivo a uma escala planetária, em

que simples gestos poderão fazer a diferença. (poluicao.net)

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