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O IMPACTO SOCIAL DO DIASTEMA MEDIANO
SUPERIOR
FILIPA PIMENTA MARQUES
MONOGRAFIA DE INVESTIGAÇÃO
MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Porto, 2019
II
O IMPACTO SOCIAL DO DIASTEMA MEDIANO
SUPERIOR
MONOGRAFIA DE INVESTIGAÇÃO
MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
AUTOR:
Filipa Pimenta Marques
Aluna do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de
Medicina Dentária da Universidade do Porto
ORIENTADORA:
Patrícia Micaela Teixeira Pires
Professora Auxiliar Convidada da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do
Porto
COORIENTADOR:
Álvaro Amadeu Ferreira de Azevedo
Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do
Porto
Porto, 2019
III
Agradecimentos
À minha família,
pelo amor, carinho, apoio e encorajamento para nunca desistir dos meus
sonhos e objetivos.
À minha orientadora, Professora Doutora Patrícia Pires,
pela experiência e saber, bem como pela sua disponibilidade e incentivo, que
foram fundamentais para a realização deste trabalho.
Ao meu coorientador, Professor Doutor Álvaro Azevedo,
pela paciência, disponibilidade e ajuda num dos momentos mais importantes
da realização deste trabalho.
À Adriana, minha binómia,
pelo apoio, pela partilha e por todos os momentos de aprendizagem.
Aos meus colegas de curso,
por todos os momentos partilhados e pelo companheirismo ao longo destes
anos.
A todos os participantes deste estudo,
pelo tempo dispensado e pela sua colaboração.
IV
Resumo
Introdução: O diastema dentário é descrito como um espaço entre dois dentes
adjacentes, sendo frequente entre os incisivos centrais superiores, mas pode
estar presente em qualquer local na arcada maxilar ou mandibular. Atualmente,
o diastema mediano superior é considerado, por alguns, prejudicial do ponto de
vista social, uma vez que que este, é facilmente percebido e pode ser
esteticamente desagradável.
Objetivo: Este estudo procurou avaliar em que medida é que o diastema
mediano superior pode condicionar a vida diária do portador desta característica,
bem como perceber em que medida é que este fator o leva a procurar um
profissional da área médico-dentária.
Materiais e métodos: Para perceber o impacto social do diastema mediano
superior foram entregues questionários a 35 pessoas portadoras de diastema
mediano superior, residentes no destrito do Porto e com idade superior a 18
anos. Para a análise estatística foi utilizado o programa IBM SPSS Statistics.
Discussão: Os resultados obtidos revelam que pode existir um impacto social
pela presença do diastema mediano superior, podendo levar a complexos em
sorrir. Foram encontradas diferenças na perceção estética do diastema entre
sexos. Não foram encontradas diferenças estatísticamente significativas na
perceção estética do diastema em relação à idade. Questões financeiras foram
o motivo mais referido pelos participantes para o não encerraramento do
diastema.
Conclusão: Os diastemas podem influenciar negativamente a avaliação estética
de um sorriso. A presença deste pode levar ao surgimento de complexos em
sorrir. O sexo influencia a percepção da estética do sorriso, sendo as mulheres
mais críticas em relação ao diastema mediano do que os homens. Apesar de o
quererem fazer, a questão financeira parece ser um motivo importante pelo qual
as pessoas não encerram o diastema.
Palavras-Chave: Estética; Sorriso; Diastema; Diastema mediano; Sociologia do
diastema.
V
Abstract
Introduction: The dental diastema is described as a space between two adjacent
teeth, being frequent between the maxillary central incisors, but may be present
anywhere in the maxillary or mandibular arch. Currently, the upper median
diastema is considered, for some to be harmful from the social point of view, since
it is easily perceived and can be aesthetically unpleasant.
Objective: This study aimed to evaluate the extent to which the upper median
diastema can condition the daily life of the person with this characteristic, as well
as to understand to what extent this factor takes him to search a professional in
the medical-dental area.
Materials and methods: In order to understand the social impact of the upper
median diastema, questionnaires were given to 35 people with upper median
diastema, living in the Porto district and aged over 18 years. For the statistical
analysis, the IBM SPSS Statistics program was used.
Discussion: The results show that there may be a social impact with the
presence of upper median diastema, which may lead to the complex in smile.
Differences were found in aesthetic perception of diastema between sexes. No
statistically significant differences were found in aesthetic perception of diastema
in relation to age. For financial reasons was the reason most mentioned by the
participants for which they have not yet closed the diastema.
Conclusion: Diastemas can influence negatively the aesthetic evaluation of a
smile. The presence of this can lead to the emergence of complexes in smiling.
Sex influences the perception of smile aesthetics, with women being more critical
of the median diastema than men. The financial issue seems to be an important
reason why people do not close the diastema despite wanting to do so.
Keywords: Aesthetics; Smile; Diastema; Median diastema; Sociology of
diastema.
VI
Índice Geral
1. Introdução ...................................................................................................... 1
2. Materiais e métodos ....................................................................................... 3
2.1. Caracterização do estudo ........................................................................ 3
2.2. Local ........................................................................................................ 3
2.3. Caracterização da amostra ...................................................................... 3
2.4. Critérios de Inclusão ................................................................................ 3
2.5. Critérios de Exclusão ............................................................................... 3
2.6. Colheita de dados .................................................................................... 3
2.7. Análise Estatística .................................................................................... 4
3. Resultados ..................................................................................................... 5
3.1 Caracterização da amostra ....................................................................... 5
3.2 Análise dos Resultados ............................................................................. 5
4. Discussão ..................................................................................................... 11
5. Conclusão .................................................................................................... 13
6. Referências .................................................................................................. 14
7. Anexos ......................................................................................................... 17
Índice de Figuras :
Figura 1 - Distribuição do sexo dos participantes. ................................................................ 5
Figura 2 - Distribuição da faixa etária dos participantes. ..................................................... 5
Figura 3 - Distribuição da apreciação dos diastemas nos grupos etários. ........................ 7
Figura 4 - Distribuição da apreciação dos diastemas nos sexos. ....................................... 8
Figura 5 - Distribuição da apreciação do próprio sorriso nos grupos etários. .................. 9
Índice de Tabelas : Tabela I - Distribuição das respostas e dos participantes em função dos diferentes
complexos.................................................................................................................................... 6
Tabela II - Distribuição das respostas e dos participantes em função da importância
atribuída face ao diastema. ....................................................................................................... 6
Tabela III - Distribuição das respostas e dos participantes em função da apreciação do
próprio sorriso. ............................................................................................................................ 8
Tabela IV - Distribuição das respostas da apreciação do próprio sorriso nos sexos. ..... 9
Tabela V - Distribuição das respostas e dos participantes em função da vontade de
encerrar o diastema. ................................................................................................................ 10
Tabela VI - Distribuição das respostas e dos participantes em função do(s) motivo(s)
pelo(s) qual(ais) ainda não encerram o diastema apesar da vontade de o fazer. ......... 10
1
1. Introdução
Para o ser humano a estética é um conceito muito subjetivo, uma vez
que esta depende de fatores psicológicos, culturais e sociais, que se vão
modificando em função do tempo, da idade do indivíduo e dos seus valores (1,
2).
Um sorriso bonito desempenha um papel muito importante na beleza
facial. Perante a sociedade competitiva na qual nos encontramos, uma aparência
natural, jovem e bonita representa um elemento relevante para o sucesso, sendo
a vontade de se tornar mais atraente uma motivação para a procura de um
médico dentista (3, 4).
Atualmente, muitos pacientes procuram um sorriso bonito e este, é um
motivo importante para os pacientes que procuram tratamentos dentários
estéticos. Com os avanços da medicina dentária e a diminuição da prevalência
da cárie dentária, a procura de tratamentos estéticos aumentou (5-7).
Têm sido propostas várias definições e conceitos de beleza, bem como
proporções estéticas, principalmente para os dentes anteriores, uma vez que
estes possuem um papel crítico na estética do sorriso e são muitas vezes alvo
de atenção e julgamento por parte dos pacientes e médicos dentistas (8-10).
O diastema mediano representa uma condição na qual existe um espaço
interdentário entre os incisivos centrais (11). Este espaço pode ser transitório, na
dentição decídua e na mudança para a dentição permanente que geralmente
encerra após erupção dos incisivos laterais e caninos permanentes, ou pode
surgir por fatores de desenvolvimento, patológicos ou iatrogénicos. Têm sido
propostas diversas técnicas de tratamento para o seu encerramento tais como,
a frenectomia, a utilização de resinas compostas, restaurações indiretas e/ou
ordodontia (12-14).
Hoje em dia, o diastema mediano superior é considerado por alguns
prejudicial do ponto de vista social, uma vez que que este, é facilmente percebido
e pode ser esteticamente desagradável (12).
A baixa aceitabilidade do diastema talvez possa ser atribuída à
sensação de sorriso “quebrado” devido ao espaço existente. Um sorriso que cria
um senso de unidade é considerado mais atrativo. Talvez o princípio da unidade
2
seja mais importante do que outros princípios estéticos, na determinação da
atratividade de um sorriso (15-17).
Em relação ao sorriso com diastema, é importante mencionar que, para
algumas pessoas, a presença desta característica não parece prejudicar a
atratividade do sorriso, o que significa que a eliminação de um diastema deve
ser sempre discutida com os pacientes. Porém, em geral, de acordo com a
bibliografia, a presença de um diastema parece, na sua grande maioria, reduzir
a estética de um sorriso (15, 18).
Devemos sempre ter em conta que, a percepção da estética muda de
pessoa para pessoa e é influenciada por experiências pessoais, pelo ambiente
social e que os princípios de beleza variam, de acordo com a cultura e etnia (2,
5, 19).
Existem inúmeros artigos que referem, que a presença do diastema
compromete esteticamente o sorriso e que a queixa estética por parte dos seus
portadores é um motivo frequente para a procura do médico dentista, mas é
importante referir que esta ideia não é transversal (14, 20).
Devido às tendências raciais e familiares em alguns casos, devemos
considerar a perceção do paciente e da sua família ao discutir um diastema e a
vontade e /ou necessidade de tratamento. Alguns podem não ver um diastema
como um problema (2). Para outros, a frustração por não ter condições
financeiras para proceder ao tratamento deve ser lidado com compaixão e
profissionalismo (14).
De forma a melhor se perceber o impacto social do diastema mediano
superior numa população do grande Porto, realizou-se um questionário que
procurou avaliar em que medida é que esta situação clínica pode condicionar a
vida diária do portador desta característica, bem como perceber em que medida
é que este fator o leva a procurar um profissional da área médico-dentária.
3
2. Materiais e métodos
2.1. Caracterização do estudo
Este estudo carateriza-se como sendo um estudo transversal descritivo
e analítico, tendo-se recorrido à recolha de dados através de questionário.
2.2. Local
O estudo foi realizado no distrito do Porto.
2.3. Caracterização da amostra
Tendo como base indivíduos que satisfazem os critérios de inclusão foi
realizada uma investigação com o objetivo de avaliar o impacto social do
diastema mediano superior. A amostra consistiu num total de 35 indivíduos
portadores de diastema mediano superior residentes no distrito do Porto.
2.4. Critérios de Inclusão
• Portadores de diastema mediano superior;
• Idade superior a 18 anos;
• Residentes no distrito do Porto;
• Voluntários que aceitem o consentimento informado.
2.5. Critérios de Exclusão
• Indivíduos com alguma incapacidade física e/ou mental que os
impossibilite de responder ao questionário.
• Indivíduos com ausência de algum dente anterior.
2.6. Colheita de dados
Foram entregues a todos os participantes para além do questionário
(anexo I), uma explicação do estudo (anexo II) bem como uma declaração de
4
consentimento informado (anexo III). O estudo foi aprovado pela Comissão de
Ética da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto.
Nos questionários aplicados constam dados sócio-demográficos como: a
idade, o sexo e estado civil. Este é constituído por 18 questões, às quais os
participantes responderam assinalando SIM ou NÃO. Da questão 1 à questão 13
procurou-se perceber em que medida o diastema interfere na vida social e
pessoal do indivíduo. A partir da questão 13.1 até à questão 13.2.6, apenas se
aplica a indivíduos que já pensaram em encerrar o diastema e ainda não o
fizeram, propondo-se diversos motivos pelo(s) qual/quais ainda não o
encerraram.
2.7. Análise Estatística
A análise estatística das respostas dadas ao questionário foi realizada no
programa SPSS Statistics, após criação de um banco de dados.
Inicialmente realizou-se uma análise exploratória, com a finalidade de
descrever a amostra e o comportamento das variáveis e posteriormente
procedeu-se à realização de testes de qui-quadrado e testes exatos de Fisher
para aferir a significância estatística. Para a realização da análise estatística, a
idade foi distribuída por duas classes, dado o número reduzido da amostra.
Para todos os testes o nível de significância adotado foi de 5% (p=0,05).
Os resultados serão apresentados sob a forma de frequências absolutas e
percentagens em gráficos e tabelas.
5
3. Resultados
3.1 Caracterização da amostra
A caracterização da amostra por idade e sexo, pode ser observada nas
Figura 1 e Figura 2.
Figura 1 - Distribuição do sexo dos participantes.
Figura 2 - Distribuição da faixa etária dos participantes.
3.2 Análise dos Resultados
Na Tabela I, verifica-se que os complexos mais referidos pelos
participantes foram: sorrir para fotografias (41,2%) e sorrir para desconhecidos
(29,4%). Com efeito, 93,3% e 66,7% dos participantes admitiram ter complexos
em sorrir para fotografias e sorrir para desconhecidos, respetivamente.
60%
40%
Distribuição do sexo dos participantes
Feminino Masculino
19
5
11
0
5
10
15
20
18 - 35 36 - 50 50
Distribuição da faixa etária dos participantes
Número de participantes
6
Tabela I - Distribuição das respostas e dos participantes em função dos diferentes complexos.
Respostas Percentagem de
Casos N Percentagem
Complexos Tem complexos em sorrir
para fotografias
14 41,2% 93,3%
Tem complexos em sorrir
para desconhecidas
10 29,4% 66,7%
Tem complexos em sorrir
para conhecidos
4 11,8% 26,7%
Tem complexos em sorrir
para amigos
4 11,8% 26,7%
Tem complexos em sorrir
para familiares
2 5,9% 13,3%
Total 34 100,0% 226,7%
42,9% dos participantes referiram pelo menos um tipo de complexo em sorrir.
Na Tabela II, verifica-se que a maioria dos participantes admitiram dar
importância aos comentários positivos e negativos acerca do seu diastema,
respetivamente, 85,2% e 70,4%.
Tabela II - Distribuição das respostas e dos participantes em função da importância atribuída face ao diastema.
Respostas Percentagem de
Casos N Percentagem
Importância Dá importância ao que os
outros possam pensar
acerca do seu diastema
13 20,0% 48,1%
Dá importância a
comentários positivos
23 35,4% 85,2%
Dá importância a
comentários negativos
19 29,2% 70,4%
Alguma vez sentiu que o seu
diastema interferiu na sua
vida profissional
4 6,2% 14,8%
Alguma vez sentiu que o seu
diastema interferiu na sua
vida amorosa
6 9,2% 22,2%
Total 65 100,0% 240,7%
7
No que concerne, se gosta ou não de ver diastemas em outras pessoas,
tendo em conta a idade dos participantes, não foram encontradas diferenças
estatísticamente significativas (x2 = 3,157; p=0,076). Apesar de não existirem
diferenças estatísticamente significativas, atendendo à Figura 3, verifica-se que
existe uma maior percentagem de participantes acima dos 35 anos a não gostar
de ver diastemas nas outras pessoas (37,1%) em comparação com os
participantes com idade inferior a 35 anos (28,6%).
Figura 3 - Distribuição da apreciação dos diastemas nos grupos etários.
Não foram encontradas diferenças estatísticamente significativas (p=
0,721) relativamente à questão, se gosta ou não de ver diastemas em outras
pessoas tendo em conta o sexo dos participantes. Atendendo à Figura 4,
podemos observar que, 22,9% das mulheres gostam de ver diastemas em outras
pessoas e 37,1% não gosta. Relativamente aos homens, 11,4% admitem gostar
de ver diastemas em outros e 28,6% afirmam não gostar.
0
2
4
6
8
10
12
14
< =35 anos >35 anosClasses etárias
Influência da Idade na apreciação dos diastemas de terceiros
Gosta de ver diastemas nasoutras pessoas
Sim
Não
25,7%
37,1,%
p = 0,076 28,6%
8,6%
8
Figura 4 - Distribuição da apreciação dos diastemas nos sexos.
Em relação à questão , gosta do seu sorriso, 60% dos participantes
responderam negativamente e 40% responderam positivamente, como podemos
observar na Tabela III.
Tabela III - Distribuição das respostas e dos participantes em função da apreciação do próprio sorriso.
Frequência Percentagem
Percentagem
Válida
Percentagem
Cumulativa
Sim 14 40,0 40,0 40,0
Não 21 60,0 60,0 100,0
Total 35 100,0 100,0
No que respeita às respostas relativas ao fato de, gostar do seu sorriso,
de acordo com a idade dos participantes, não foram encontradas diferenças
estatísticamente significativas (x2= 0,077 ; p=0,782), como se pode observar na
Figura 5. Verificámos que 22,9% dos participantes, abaixo dos 35 anos de idade,
gostam do seu sorriso enquanto que 31,4% não gostam. Acima dos 35 anos de
idade observamos que 17,1% dos participantes afirmam gostar do seu sorriso e
28,6% não gostam.
0
2
4
6
8
10
12
14
Feminino Masculino
Sexo
Influência do sexo na apreciação dos diastemas de terceiros
Gosta de ver diastemas nasoutras pessoas
Sim
Não
11,4%
37,1%
22,9%
28,6%p = 0,721
9
Figura 5 - Distribuição da apreciação do próprio sorriso nos grupos etários.
Foram encontradas diferenças estatísticamente significativas entre os
sexos (x2 =5,734 ; p = 0,017), sendo que as mulheres tendem a não gostar do
seu sorriso (76,2%) enquanto que os homens tendem a gostar (64,3%), como
podemos observar na Tabela IV.
Tabela IV - Distribuição das respostas da apreciação do próprio sorriso nos sexos.
Gosta do seu sorriso
Total Sim Não
Sexo Feminino Nº de casos 5 16 21
Nº de casos esperados 8,4 12,6 21,0
Percentagem 23,8% 76,2% 100,0%
Resíduos ajustados -2,4 2,4
Masculino Nº de casos 9 5 14
Nº de casos esperados 5,6 8,4 14,0
Percentagem 64,3% 35,7% 100,0%
Resíduos ajustados 2,4 -2,4
Total Nº de casos 14 21 35
Nº de casos esperados 14,0 21,0 35,0
Percentagem 40,0% 60,0% 100,0%
0
2
4
6
8
10
12
< =35 anos >35 anos
Classes etárias
Influência da idade na apreciação do próprio sorriso
Gosta do seu sorriso
Sim
Não
p = 0,782 22,9%
31,4%
17,1%
28,6%
10
Relativamente à Tabela V, observa-se que 62,9% dos indivíduos já pensou
em encerrar o seu diastema. O motivo mais referido pelos participantes para
ainda não o terem encerrado apesar da vontade de o fazer, foi a questão
financeira (45,5%) como podemos observar na Tabela VI.
Tabela V - Distribuição das respostas e dos participantes em função da vontade de encerrar o diastema.
Frequência Percentagem
Percentagem
Válida
Percentagem
Cumulativa
Sim 22 62,9 62,9 62,9
Não 13 37,1 37,1 100,0
Total 35 100,0 100,0
Tabela VI - Distribuição das respostas e dos participantes em função do(s) motivo(s) pelo(s) qual(ais)
ainda não encerram o diastema apesar da vontade de o fazer.
Respostas Percentagem de
casos N Percentagem
Motivos Por questões financeiras 10 33,3% 45,5%
Por falta de informação
acerca dos tratamentos
possíveis
7 23,3% 31,8%
Por medo do tratamento 3 10,0% 13,6%
Por ser uma característica
familiar
3 10,0% 13,6%
Por incentivo de outros para
não o fazer
7 23,3% 31,8%
Total 30 100,0% 136,4%
11
4. Discussão
O impacto de uma desarmonia dentária na vida social de uma pessoa,
não pode ser precisamente calculado, uma vez que, a atratividade física e a sua
interação social se caracterizam por uma elevada complexidade. (21, 22).
Muitos trabalhos na literatura, demonstraram o comprometimento da
estética do sorriso devido à presença de diastemas (18, 23-25). Pelo que,
facilmente se compreende a importância dada a comentários positivos e/ou
negativos acerca dos diastemas dos seus portadores, bem como, os complexos
sentidos pelos mesmos, quando sorriem para fotografias ou para
desconhecidos. Um estudo realizado verificou que 24% de uma população de
adolescentes/adultos jovens referiu sentir-se envergonhada por sorrir, sendo a
presença de um diastema, um dos motivos apontados para esta vergonha (26).
Quanto à perceção da estética do diastema, verifica-se que não foram
encontradas diferenças estatísticamente significativas entre a idade e a
perceção estética do diastema nas outras pessoas, bem como, entre a idade e
a perceção estética do diastema pelo próprio. Embora o valor de p (p = 0,076),
no caso de gostar de ver diastemas nas outras pessoas, esteja muito próximo
da significância estatística. Existe de facto, um número muito superior de
indivíduos acima dos 35 anos que não gostam de ver diastema noutras pessoas
em comparação aos indivíduos abaixo desta idade que tendem a gostar. Outros
estudos também não encontraram influência da idade dos avaliadores ao
julgarem a atratividade dos sorrisos (27-30). Em outros estudos, realizados por
Rodrigues et al e Rosenstiel e Rashid, foram encontradas diferenças
estatísticamente significativas na perceção do diastema mediano em diferentes
grupos de idade , sendo a população jovem mais crítica (24, 30).
Relativamente à perceção estética do diastema em outras pessoas,
tendo em conta o sexo dos participantes, não foram encontradas diferenças
estatísticamente significativas entre os sexos. Estes resultados concordam com
outros autores que demonstraram que o sexo não influencia a perceção da
estética do sorriso (31, 32). Porém, as mulheres foram consideradas mais
críticas em relação ao diastema mediano do que os homens, num estudo de Abu
Alhaija et al. que também analisou o diastema mediano, bem como outras
anomalias (19).
12
Quanto à perceção da estética do diastema pelo próprio indivíduo,
verifica-se que foram encontradas diferenças estatísticamente significativas
entre os sexos na auto-perceção estética do diastema. Observou-se que a
mulher tende a não gostar do seu sorriso, ao contrário do homem que tende a
gostar. Estes resultados corroboram vários outros estudos, que afirmam que a
mulher é mais crítica com a sua autoperceção bem como com o seu impacto na
estética, daí resulta a sua maior preocupação com a sua estética dentária (33-
36).
Posto isto , a alteração de posições dentárias é capaz de comprometer
não só a aparência estética dos indivíduos, mas também a sua estabilidade
emocional, uma vez que, uma estética do sorriso comprometida pode diminuir a
autoestima bem como a vida social (37-40).
Considero importante serem realizados mais estudos nesta área, com
uma amostra maior, para perceber o verdadeiro impacto social que o diastema
pode ter na vida dos seus portadores, para que haja uma crescente
sensibilização dos médicos dentistas para este assunto. De modo a que, a
abordagem a pacientes com diastema mediano superior seja o mais sensível e
personalizado possível tendo em conta as suas opiniões pessoais acerca desta
sua característica, uma vez que, estes podem considerar ou não o diastema
inestético, bem como querer ou não tratá-lo.
13
5. Conclusão
De acordo com os resultados obtidos e apresentados neste estudo, pode
concluir-se que:
• Os diastemas podem influenciar negativamente a avaliação estética de
um sorriso.
• A presença de um diastema mediano superior pode levar ao surgimento
de complexos em sorrir.
• Não se reuniram provas estatísticas para concluir que idade possa
influenciar a avaliação do próprio sorriso, bem como a apreciação dos
diastemas em terceiros.
• O sexo influencia a percepção da estética do sorriso, sendo as mulheres
mais críticas em relação ao diastema mediano que os homens.
• A questão financeira parece ser um motivo importante pelo qual as
pessoas não encerram o diastema apesar de o quererem fazer.
14
6. Referências
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7. Anexos
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Anexo I – Questionário
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Questionário
“O impacto social do diastema mediano superior”
No âmbito do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de
Medicina Dentária da Universidade do Porto, pretende-se investigar a influência do
diastema mediano superior na vida social das pessoas.
Para tanto, serão recolhidos e analisados um conjunto de dados demográficos
(sexo, idade e estado civil), de qualidade de vida/efeitos psicológicos (relação com o
próprio e com os pares ao nível da auto-estima, auto-confiança e introversão) e
comportamentais, psicológicos ou volitivos com conexão com a investigação (impacto
do diastema na auto-estima, auto-confiança e introversão e forma de relacionamento
inter-pessoal).
Os dados recolhidos irão contribuir para a realização de uma tese de mestrado
intitulada “O impacto social do diastema mediano superior”, sendo exclusivamente
utilizados para esse mesmo contexto e destruídos no prazo de um ano após a respectiva
recolha.
A sua colaboração para este estudo é voluntária, porém, atentando ao facto de
os dados serem recolhidos de forma anónima, assim que o questionário for entregue
não será possível retirar o seu consentimento.
Para mais esclarecimentos, poderá contactar 913426447.
Em caso de dúvidas relacionadas com tratamento de dados pessoais poderá
contactar a Encarregada de Proteção de Dados da Universidade do Porto –
Muito obrigado pela sua participação
Filipa Pimenta Marques
Declaro que compreendi o intuito da minha participação nesta investigação, e que
permito à investigadora a análise dos dados que fornecer ao longo da mesma, nas
condições que me foram explicadas
SIM NÃO
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Questionário
“O impacto social do diastema mediano superior ”
Idade : 18 – 35 anos 36 – 50 anos mais de 50 anos
Sexo : Feminino Masculino
Estado Civil : Solteiro Casado Viúvo União de facto Divorciado
Responda às perguntas assinalando com um (X) no respetivo quadrado. SIM NÃO
1. Tem complexos em sorrir para fotografias?
2. Tem complexos em sorrir para pessoas desconhecidas?
3. Tem complexos em sorrir para conhecidos?
4. Tem complexos em sorrir para amigos?
5. Tem complexos em sorrir para familiares?
6. Dá importância ao que os outros possam pensar acerca do seu diastema?
7. Dá importância a comentários positivos acerca do seu diastema?
8. Dá importância a comentários negativos acerca do seu diastema?
9. Alguma vez sentiu que o seu diastema interferiu na sua vida profissional?
10. Alguma vez sentiu que o seu diastema interferiu na sua vida amorosa?
11. Gosta de ver diastemas em outras pessoas?
12. Gosta do seu sorriso?
13. Alguma vez pensou em fechar o seu diastema?
13.1. Se respondeu NÃO, termina aqui o questionário.
13.2. Se respondeu SIM, porque é que ainda não fechou?
13.2.1. Por questões financeiras?
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13.2.2. Por falta de informação acerca dos tratamentos possíveis?
13.2.3. Por medo do tratamento?
13.2.4. Por ser uma característica familiar?
13.2.5. Por incentivo de outros para não o fazer?
13.2.6. Por outros motivos.
Grata pela sua colaboração.
Data : __ / __ / __
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Anexo II – Explicação do estudo
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Explicação do Estudo
Por favor, leia com atenção a informação que se segue. Não hesite em solicitar
mais informações ou colocar as questões que julgar necessárias, se considerar que algo
está incorreto ou pouco claro.
Foi convidado(a) pela investigadora a participar no estudo “O impacto social do
diastema mediano superior”.
O diastema dentário é descrito como um espaço entre dois dentes adjacentes,
que pode ocorrer em qualquer lugar na arcada superior ou inferior, sendo
frequentemente observado entre os incisivos centrais superiores. O diastema mediano
superior é uma queixa estética comum dos pacientes.
O sorriso é um importante componente da estética facial e quando este não
agrada ao próprio, poderá conduzir a uma certa falta de auto-estima, auto-confiança e
introversão.
Através deste estudo pretende-se perceber a influência e o impacto do diastema
mediano superior na vida das pessoas, na forma como estas se relacionam com os
outros e consigo mesmas tendo em conta a presença desta característica. Pretende-se
ainda perceber qual a importância estética dada aos diastemas pelos seus portadores e
em que medida esta característica condiciona o comportamento social dos mesmos.
Ao aceitar participar neste estudo, a investigadora terá acesso às respostas do
seu questionário. A sua participação é voluntária e não haverá qualquer contrapartida
ou pagamento, bem como desconforto ou qualquer risco. Poderá interromper a sua
participação no estudo a qualquer momento, sem qualquer prejuízo.
Todos os dados recolhidos são confidenciais e serão utilizados exclusivamente
para fins científicos.
A sua participação é valorizada e desde já agradecida.
24
A investigadora:
Tomei conhecimento de que, segundo as recomendações da Declaração de
Helsínquia, a informação que me foi proporcionada abordou os objetivos, os métodos,
os benefícios previstos, o eventual desconforto e os potenciais riscos. Também fui
informado(a) de que tenho a oportunidade de decidir livremente aceitar ou recusar a
todo o tempo a minha participação no estudo. Sei que posso desistir da minha
participação e que não terei qualquer penalização, nem quaisquer despesas pela
participação neste estudo.
Data __/__/__
Assinatura do participante:
_________________________________
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Anexo III – Declaração de
consentimento informado
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Declaração de consentimento informado
Eu,
compreendi a explicação que me foi fornecida por escrito e verbalmente, acerca da
investigação com o título “O impacto social do diastema mediano superior” conduzida
pela investigadora Filipa Pimenta Marques na Faculdade de Medicina Dentária da
Universidade do Porto. Foi-me dada oportunidade de fazer as perguntas que julguei
necessárias, e para todas obtive resposta satisfatória.
Tomei conhecimento de que, de acordo com as recomendações da Declaração de
Helsínquia, a informação que me foi prestada versou os objetivos, os métodos, os
benefícios previstos, os riscos potenciais e o eventual desconforto. Além disso, foi-
me afirmado que tenho o direito de decidir livremente aceitar ou recusar a todo o
tempo a sua participação no estudo. Sei que posso abandonar o estudo e que não
terei que suportar qualquer penalização, nem quaisquer despesas pela participação
neste estudo.
Foi-me dado todo o tempo de que necessitei para refletir sobre esta proposta de
participação.
Nestas circunstâncias, consinto participar neste projeto de investigação, tal como me
foi apresentado pela investigadora responsável sabendo que a confidencialidade dos
participantes e dos dados a eles referentes se encontra assegurada.
Mais autorizo que os dados deste estudo sejam utilizados para outros trabalhos
científicos, desde que irreversivelmente anonimizados.
Data : __ / __ / __
Assinatura do participante:
____________________________________
A Investigadora:
____________________________________
Dados de contacto: (913426447; [email protected])
A Orientadora:
____________________________________
Dados de contacto: (966283482; [email protected])
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Anexo IV - Declaração de autoria
do trabalho apresentado
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Anexo V - Parecer do orientador
para entrega definitiva do
trabalho apresentado
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Anexo VI - Parecer da Comissão
de Ética
32
33
Anexo VII - Parecer da
Universidade do Porto para a
utilização de dados pessoais
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