65
O Império Bizantino

O império bizantino

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O império bizantino

O Império Bizantino

Page 2: O império bizantino
Page 3: O império bizantino
Page 4: O império bizantino

• No século IV o Império Romano dava sinais claros da queda de seu poder no ocidente, principalmente em função da invasão dos bárbaros (povos germânicos) através de suas fronteiras. Diante disso, o Imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano para a cidade de Bizâncio, em 330, que passou a ser chamada de Constantinopla. Esta mudança, ao mesmo tempo em que significava a queda do poder no ocidente, tinha o seu lado positivo, pois a localização de Constantinopla, entre o mar Negro e o mar Mármara, facilitava muito o comércio na região, fato que favoreceu enormemente a restauração da cidade, transformando-a em uma Nova Roma.

Page 5: O império bizantino

• Como população teve a concentração dos Sírios, Judeus, Gregos e Egípcios. Destacando-se três importantes durante todo império: Constantino (fundador de Constantinopla); Teodósio (que dividiu o império Romano em Império Romano do Ocidente, com a capital em Roma; e Império Romano do Oriente, com a capital em Constantinopla) e, Justiniano.

Page 6: O império bizantino

O Imperador Justiniano:

Page 7: O império bizantino

O Reinado de Justiniano:

• O auge deste império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano (527-565); ele era macedônio filho de camponeses, sobrinho do general Justino, que havia se tornado imperador através de um golpe militar. Justiniano casou com uma atriz, Teodora, que exerceu decisiva influência sobre a administração, orientando muitas decisões do marido.

Page 8: O império bizantino

• Justiniano conservou ou restabeleceu os quadros administrativos romanos em todo o Império. O Direito Romano foi revisado e atualizado, para fortalecer juridicamente as bases do poder imperial e dotar o Estado de um sistema jurídico eficiente. O resultado desse trabalho é conhecido pela denominação de Corpus Juris Civilis, compreendendo quatro partes:

Page 9: O império bizantino

• _ O Código de Justiniano (Novus Justinianus Codex), que continha toda a legislação romana revisada desde o Imperador Adriano

• _ ODigesto ou Pandectas, que incluía um sumário da jurisprudência romana;

• _ As Institutos, que constituíam um resumo para ser utilizado pelos estudiosos de Direito;

• _ As Novelas ou Autênticas, que reuniam as novas leis de Justiniano.

Page 10: O império bizantino

• A importância do Corpus Juris Civilis pode ser assim avaliada: “Foi neste Corpus Juris Civilis, obra-prima do Direito Romano, que os legistas da Idade Média e dos Tempos Modernos estudaram esta ciência, e foi também ele que serviu de base aos nossos códigos atuais.”

Page 11: O império bizantino

• Justiniano mandou fazer várias construções públicas, atendendo a objetivos militares – centenas de fortificações (fortalezas e castelos) foram erguidos para melhor guardar as fronteiras - e políticos - evidenciar o poder imperial mediante obras monumentais como a Basílica de Santa Sofia - constituiu aspecto marcante do período.

Page 12: O império bizantino

Igreja de Santa Sofia:

Page 13: O império bizantino
Page 14: O império bizantino

• A Corte imperial tornou-se mais requintada, subordinando-se à rígida etiqueta perante o Imperador que era chamado de Basileus: considerado o representante de Deus na Terra, seus poderes eram concebidos como de origem divina e todos deviam-lhe irrestrita obediência.

Page 15: O império bizantino

A Imperatriz Teodora:

Page 16: O império bizantino
Page 17: O império bizantino

• O caráter teocrático da Monarquia ficava claro nas representações da figura do Imperador em pinturas, vitrais e outras obras de arte : a cabeça imperial era rodeada de um halo, semelhante às imagens de santos. Utilizando-se de poderosa frota de guerra e de numerosos exércitos, o imperador Justiniano empreendeu diversas campanhas militares no Mediterrâneo Ocidental, onde conquistou o Reino Vândalo (África do Norte), o Reino Ostrogodo (Península Italiana) e a região sudeste do Reino Visigodo (Península Ibérica).

Page 18: O império bizantino

As conquistas militares de Justiniano:

Page 19: O império bizantino

• Gastos militares forçaram a elevação dos impostos. A população de Constantinopla odiava os cobradores de impostos. Em 532 explodiu a revolta Nika ( do grego nike, vitória, que os revoltosos gritavam). Verdes e Azuis, os dois principais partidos políticos e esportivos que concorriam no hipódromo, rebelaram-se, instigados por aristocratas legimistas (partidários da dinastia legítima, já que Justiniano fora posto no trono pelo tio, usurpador do poder). A firmeza de Teodora e a intervenção do general Belisário salvaram Justiniano. Os revoltosos foram cercados e mortos no hipódromo.

Page 20: O império bizantino

• Justiniano procurou reconstruir todo o Império. Estabeleceu "paz perpétua" com os persas e conteve o avanço búlgaro. Então, iniciou as guerras de conquista no Ocidente.Belisário reconquistou a África, trabalho facilitado pelas disputas entre arianismo e cristianismo que atingiam os vândalos. Houve problemas maiores na Itália. Os ostrogodos a dominavam haviam tempos, até com apoio de imperadores romanos do Oriente. Justiniano de novo se impôs à custa da divisão, agora entre os sucessores de Teodorico, fundador do Reino Ostrogodo na Itália. Em 524, os bizantinos conquistaram a Espanha meridional aos visigodos.

Page 21: O império bizantino

• A reconstrução durou pouco. Os lombardos, povos germânicos que Justiniano tinha estabelecido Polônia, ocuparam o norte da Itália. África e Espanha cairiam nas mãos dos árabes, que anexariam também Egito, Palestino, Síria e Mesopotâmia.Outros problemas sobrevieram. A falta de dinheiro atrasava o salário dos soldados. Pestes e ataques bárbaros faziam aumentar o poder dos proprietários, pois o governo era incapaz de garantir a segurança.

Page 22: O império bizantino

• Constantinopla, cansada de impostos e autoritarismo, recebeu a morte de Justiniano com júbilo. Mas as dificuldades cresceram nos séculos seguintes. Árabes e búlgaros intensificaram as tentativas de entrar no Império, que se viu às voltas com uma disputa religiosa, o Movimento Iconoclasta, isto é, destruidor de imagens (ícones). O imperador queria obrigar o povo a adorar só a Deus, que não podia ser representado através de imagem. O Império Bizantino se orientalizou, até abandonou o latim em favor do grego. No século XI, declinou mas se recuperou; sobreviveria até o fim da Idade Média.

Page 23: O império bizantino

A cultura bizantina:

• A posição geográfica favoreceu o desenvolvimento comercial e industrial de Constantinopla, que possuía numerosas manufaturas, como as da seda. A maior realização cultural de Justiniano foi a igreja de Santa Sofia, simples por fora, suntuosa por dentro: a cúpula apoiada em colunas, terminadas em capitéis ricamente trabalhados. Artistas revestiram-na de mosaicos azul e verde sobre fundo negro, com figuras geométricas ou animais e, destacadas, cenas do Evangelho e a imagem de Cristo.

Page 24: O império bizantino

• Ravena, sede bizantina na Itália, era um dos centros produtores de belíssimos mosaicos. A arte bizantina combinava o luxo e a exuberância orientais com o equilíbrio e a sobriedade dos romanos. Sua mais alta expressão está nas igrejas, inspiradas na arquitetura persa, coroadas de majestosas cúpulas, distintas do estilo das basílicas romanas.

Page 25: O império bizantino

A Religião:

• A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as doutrinas dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana. O cristianismo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado, inclusive, nas mais diferentes manifestações artísticas. As catedrais e os mosaicos bizantino estão entre as obras de arte e arquitetura mais belos do mundo.

Page 26: O império bizantino

• Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones (imagens), também tinham forte poder de manipulação sobre sociedade. Entretanto, incomodado com este poder, o governo proibiu a veneração de imagens, a não ser a de Jesus Cristo, e decretou pena de morte a todos aqueles que as adorassem. Esta guerra contra as imagens ficou conhecida como A Questão Iconoclasta.

Page 27: O império bizantino

• Nas questões religiosas, as heresias foram: o arianismo que negava a Santíssima Trindade; o monofisismo, que negava a natureza humana de Cristo, afirmando que Cristo tinha apenas natureza divina (o monofisismo foi difundido nas províncias do Império Bizantino e acabou identificada com aspirações de independência por parte da população do Egito e da Síria); por fim, no tocante à iconoclastia, ocorre a grande destruição de imagens e a proibição das mesmas nos templos.

• Durante o período que ficou conhecido por Cisma do Oriente, ocorre a divisão da Igreja do Oriente, a igreja divide-se em Católica Romana e Ortodoxa Grega.

Page 28: O império bizantino

A Sociedade bizantina:

• A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada. No topo da sociedade encontrava-se o imperador e sua família. Logo abaixo vinha a nobreza formada pelos assessores do rei. Abaixo destes estava o alto clero. A elite era composta por ricos fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas artesanais.

Page 29: O império bizantino

• Uma camada média da sociedade era formada por pequenos agricultores, trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo baixo claro. Grande parte da população era formada por pobres camponeses que trabalhavam muito, ganhavam pouco e pagavam altas taxas de impostos.

Page 30: O império bizantino

A Arte Bizantina:• A arte bizantina está voltada para a religião; ao

clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores.O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ao lado da Virgem Maria e do Menino Jesus.

Page 31: O império bizantino

• O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores.Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é muito utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro.

Page 32: O império bizantino

Mosaicos:

Page 33: O império bizantino
Page 34: O império bizantino
Page 35: O império bizantino
Page 36: O império bizantino
Page 37: O império bizantino
Page 38: O império bizantino
Page 39: O império bizantino
Page 40: O império bizantino
Page 41: O império bizantino

Mosaico em vidro:

Page 42: O império bizantino

• A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados.

Page 43: O império bizantino
Page 44: O império bizantino
Page 45: O império bizantino

Igreja de São Vital:

Page 46: O império bizantino
Page 47: O império bizantino
Page 48: O império bizantino
Page 49: O império bizantino
Page 50: O império bizantino
Page 51: O império bizantino

Igreja de Santa Sofia:

Page 52: O império bizantino

Santa Sofia – lateral:

Page 53: O império bizantino

Santa Sofia – interior:

Page 54: O império bizantino
Page 55: O império bizantino

• Toda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos tinham contra as estátuas que lembravam o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e consequentemente a escultura não teve tanto destaque neste período.O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração.

Page 56: O império bizantino

• A arte bizantina teve seu grande apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano.Porém, logo sucedeu-se um período de crise chamado de Iconoclastia.Constituía na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito entre os imperadores e o clero.

Page 57: O império bizantino

• A arte bizantina não se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade do século XV e boa parte do século XVI, a arte daquelas regiões onde ainda florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da arte bizantina.E essa arte ultrapassou os limites territoriais do império, penetrando, por exemplo, nos países eslavos.

Page 58: O império bizantino

Crise e Tomada de Constantinopla:

• Após a morte de Justiniano, o Império Bizantino ficou a mercê de diversas invasões, e, a partir daí, deu-se início a queda de Constantinopla. Com seu enfraquecimento, o império foi divido entre diferentes reis feudais. Constantinopla teve sua queda definitiva no ano de 1453, após ser tomada pelos turcos.

Page 59: O império bizantino

Cerco a Constantinopla:

Page 60: O império bizantino

Tomada de Constantinopla:

Page 61: O império bizantino
Page 62: O império bizantino
Page 63: O império bizantino

Atualidade:

• Atualmente, Constantinopla é conhecida como Istambul e pertence à Turquia. Apesar de um passado turbulento, seu centro histórico encanta e impressiona muitos turistas devido à riquíssima variedade cultural que dá mostras dos diferentes povos e culturas que por lá passaram.

Page 64: O império bizantino

Istambul:

Page 65: O império bizantino