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O jornal dos alunos da Escola Balão Vermelho para você Outubro/2009 As turmas de sétima e oitava séries receberam na escola, a professora da Faculdade de Direito da UFMG, Miracy Gustin em agosto passado. Na visita ela falou com os alunos sobre o tema” O jovem e Cidadania”. Miracy falou em entrevista ao Jornal do Balão falou sobre questões relacionadas a educação de jovens. página 08 Relato sobre carona solidária Pais de alunos do Balão contam sua experiência na prática da Carona Solidária através do JB, na seção Cartas à Redação. página 03 Crianças estudam sobre as aves Andréa Salles, professora de crianças de dois anos, começou um novo projeto sobre aves com seus alunos. A professora lê as poesias do livro Sobrevôos para a meninada aprender mais sobre as aves. página 04 Aprendendo matemática fazendo compras Professora da 1ª/9 ensina as crianças de um jeito divertido. No projeto ela monta um mercado na sala de aula para as crianças fazerem compras e aprenderem matemática. página 07 Ponto de vista A 4ª/9 desenvolveu um projeto para os alunos discutirem sobre a utilização de animais no circo. As crianças leram textos argumentativos contra e a favor do emprego de animais e viram fotos deles sendo maltratados. Todas as crianças chegaram à conclusão de que Circo com animal não é legal. A professora propôs que a turma fizesse textos de opinião manifestando suas idéias. página 11 Balão recebe professora da UFMG Paula Assis 15 anos

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O jornal dos alunos da Escola Balão Vermelho para você Outubro/2009

As turmas de sétima e

oitava séries receberam na

escola, a professora da

Faculdade de Direito da UFMG,

Miracy Gustin em agosto passado. Na

visita ela falou com os alunos sobre o tema”

O jovem e Cidadania”.

Miracy falou em entrevista ao Jornal do Balão falou

sobre questões relacionadas a educação de jovens.

página 08

Relato sobre carona solidária

Pais de alunos do Balão contam sua experiência na

prática da Carona Solidária através do JB, na seção

Cartas à Redação.

página 03

Crianças estudam sobre as aves

Andréa Salles, professora de crianças de dois anos,

começou um novo projeto sobre aves com seus alunos.

A professora lê as poesias do livro Sobrevôos para a

meninada aprender mais sobre as aves.

página 04

Aprendendo matemática fazendo compras

Professora da 1ª/9 ensina as crianças de um jeito

divertido. No projeto ela monta um mercado na sala de

aula para as crianças fazerem compras e aprenderem

matemática.

página 07

Ponto de vista

A 4ª/9 desenvolveu um projeto para os alunos discutirem

sobre a utilização de animais no circo. As crianças leram

textos argumentativos contra e a favor do emprego de

animais e viram fotos deles sendo maltratados. Todas as

crianças chegaram à conclusão de que Circo com animal

não é legal. A professora propôs que a turma fizesse

textos de opinião manifestando suas idéias.

página 11

Balão recebe professora da UFMG

Paula Assis 15 anos

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EDITORIAL

Professoras responsáveis:Cláudia Siqueira e Rosvita Kolb. Editoria de Artes: Marcelo de Oliveira e Fernanda PimentaSetor Gráfico : Marcelo de Oliveira

Direção Pedagógica:Iêda Maria Luz BritoMaria Elena Latalisa de SáMaria Elisabete Lobato

Expediente:Escola Balão Vermelho Av. Bandeirantes, 800 - [email protected] www.balaovermelho.com.br

Tel.: (31)3194.2400

Editora Chefe: Fernanda PimentaRJP: 12.400/MG

02Página

Tiragem: 1.000

Edição: Outubro de 2009

Coordenação do Jornal Iêda Maria Luz Brito

Ainda me lembro do primeiro dia em que vim trabalhar na

Escola Balão Vermelho.

Julieta Dobbin, minha companheira de faculdade de

jornalismo e amiga, era editora chefe do JB e me passava

o cargo para ir estudar teatro em Londres. Até então, eu

tinha experiência em trabalhar com adolescentes em um

cursinho pré-vestibular, com adultos como monitora na

faculdade e em um jornal de sindicato, além dos vários

trabalhos com cinema e televisão, então pensei; vou dar

conta de trabalhar com crianças também.

Claro, não imaginava nem de longe, o mundo Balão

Vermelho que eu estava por descobrir. O quanto ia

aprender com as crianças e adolescentes desta escola e o

quanto a educação pode e deve ser educação de verdade,

que o aprender no Balão vai muito além do estudo

convencional que eu tive na minha infância e

adolescência. Aqui no Balão me deparei com crianças e

adolescentes cheios de autonomia, de questionamentos,

não só sobre português e matemática. Mas sobre o mundo

e a vida, sobre o cidadão e a cidade. Crianças que são

estimuladas antes de tudo a pensar. Estímulo esse que eu

só fui saborear na faculdade, apesar de ter estudado em

ótimos colégios, mas que só me prepararam para o

vestibular. Ainda me pergunto se eles não sabiam que

também tinham que me ensinar a pensar.

A cada edição do JB e projeto que eu desenvolvi com os

alunos do Balão percebo o quanto amadureci como

profissional. Para me preparar, eu comecei a freqüentar

diversas aulas, desde o ensino Infantil até o último ano,

para ver de perto como os educadores trabalhavam. O

desafio era grande, ensinar às crianças do Balão a

escrever sobre os projetos dos professores e das turmas.

No caminho, alguns erros, muitos acertos e muitas

vivências acumuladas na prática entre mim e os

“repórteres- alunos” do Jornal do Balão. Hoje, já é comum

eu escutar pelos corredores; “como o jornal está bonito!”

ou “desde que você entrou para o JB, ele está cada vez

melhor!”... Elogios a parte, tenho que confessar aqui que

ensinar essas crianças a escrever em uma linguagem

diferente da sala de aula, nada parecida com as redações

que eu fazia na minha época de colégio, é estimulante!

Uma vez que eu só fui aprender a escrever texto

jornalístico no ensino superior. E olha que eu sempre

gostei de escrever, desde pequena.

Não posso deixar de falar também dos meus grandes

parceiros Marcelo de Oliveira, responsável pela arte do

jornal, e Cláudia Siqueira, professora responsável pelo

Jornal do Balão, que são fundamentais para que cada

edição do JB seja elogiável. Mas nenhuma edição do

Jornal seria possível se não houvesse a iniciativa da

diretora da Escola, Iêda Brito, em criar um Jornal feito por

crianças. A originalidade do projeto se deve muito à

criatividade e aos desafios que Iêda propõe a cada edição,

além do estímulo e a orientação das diretoras do Balão

Vermelho, Bete Lobato e Leninha Latalisa e das

coordenadoras do Infantil, Doca Latalisa e Adriana

Monteiro, para que o meu trabalho seja feito e para que os

alunos vivenciem a feitura de um jornal. Seja entrevistando

autores, professores e alunos. Seja escrevendo os textos,

contando das novidades e projetos de cada turma e da

escola e até mesmo ilustrando o JB como se fossem

fotojornalistas.

Após dois anos de JB, a única frase que vem à minha

mente para concluir o meu editorial- depoimento é a fala de

uma aluna, que neste ano se transferiu para outra escola,

onde ia muito bem com as notas, mas uma coisa faltava na

vida dela, o mundo Balão Vermelho. Então, nesse

semestre, ela voltou para o Balão pois dizia que lá se

sentia muito triste. “Eu sou do Balão, sempre fui... Lá na

outra escola tudo é cinza, aqui tudo é colorido!” Felicidade

para mim, que hoje também sou professora, foi recebê-la

em minha turma do fundamental e tristeza para a

professora da outra escola que declarou ter perdido a sua

melhor aluna.

E que venham mais dois anos e muitos outros mais!

Fernanda Pimenta

Editora chefe do JB.

Meus dois Banos de J

Alunos: Alicia Brum, Ana Katz, Bárbara Santana,

Beatriz Cinque, Beatriz Chamowicz, Clara Sepe, Carlos Gabriel, Daniela Parizi, Felipe Rocha, Fernanda Cançado, Fernando Viana, Gabriel Bona, Gabriela Mendonça, Maria Gabriela Azevedo, Isabela Amaral, Isabella Victória, Isabela Rocha, Isadora Trad, Joana Dias, Júlia Catão, João Pedro Matoso, Henrique Hattler, Laura Abreu, Leonardo Leonardi,Leonardo Queiroz, Letícia Fiúza, Luca Arroyo, Lucas d'Ávila, Luísa Lombardi, Marina Silveira, Mariana Canedo, Mariana Pimentel, Mateus Siqueira, Nicole Peixoto, Pedro Aliaga, Salin Oliveira, Sofia Cunha, Thomas Carrieri, Vinícius Santiago, Vitor Guimarães,Vívian Lins

Carolina Portugal 10 anos

ERRATA

O desenho da capa da edição passada do JB foi feito

por Paula Assis, 15 anos. E o desenho com a mão e

olho onde estava creditado Clarissa Aguiar é também

de Paula Assis.

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CARTAS À REDAÇÃO 03Página

Sobre a palavra SOLIDÁRIA, encontro no dicionário: laço

ou vínculo recíproco de pessoas ou coisas independentes.

Encontro também: relação de responsabilidade entre

pessoas unidas, de maneira que cada elemento do grupo

se sinta na obrigação moral de apoiar os outros.

Apoiados nesta ideia, entendemos que esta é a PALAVRA

muito bem indicada para nosso momento atual. Como

conseguir acompanhar nossos filhos, facilitar suas vidas e

ao mesmo tempo, garant i r nossos diversos

compromissos??! Só mesmo somando nossas

individualidades e se auto-organizando em grupos.

O Balão Vermelho e o Balão Fundamental (e aqui, brinco

com a palavra escrevendo-a filosicamente assim

Fundamental), já vem atuando nesse propósito.

Antes mesmo da ideia ser oficializada num projeto Carona

Solidária, já estávamos funcionando assim. Por sorte,

nossas filhas – Clarissa, 8ª série e Alice, 5ª série, tem

colegas irmãos (Paula, 8ª série e Bruno, 5ª série) que

moram bem próximos a nossa casa.

Nós e seus pais, dividimos entre os quatro, as idas e vindas

Nesse ano de 2009 se forma a primeira turma de 8ª série

da escola Balão Vermelho e com isso os alunos estão,

desde o início do ano, se preparando para os testes de

seleção em outras escolas.

O ritmo acelerou, a preocupação aumentou e os alunos

ficaram ainda mais inseguros, pois, é a hora da escolha da

nova escola, será que daremos conta? Passaremos de

ano? Iremos nos adaptar? Essas são perguntas que vem

perturbando os alunos durante todo esse ano. Para

tranqüilizá-los a diretora Iêda Brito, a partir de uma

pesquisa feita com os estudantes sobre quais escolas

pretendiam ir, visitou alguns colégios para tentar efetivar

convênios e também para conhecer um pouco mais do

ensino.

Colégio Santo Antônio, Santo Agostinho, Loyola, Marista,

Arnaldo e até mesmo CEFET foram alguns dos colégios

elegidos pelos alunos. Depois dessa série de visitas, a

diretora pode dar um retorno aos pais e ter sucesso na

realização de convênios como, por exemplo, com o

Marista que, se o aluno que deseja ir para lá, obtiver 80%

do boletim escolar no Balão Vermelho, será dispensado da

prova.

Nossa experiênciacom a carona solidária

para o Balão, para festas de colegas e até mesmo para

atividades extracurriculares, quando coincidentes. Quando

um tem problema no dia, liga para o outro e encontramos

juntos soluções. É bom para todos nós e fortalece, com

certeza, o laço fraterno que já existia entre os filhos, entre os

pais, e entre pais e filhos. RECOMENDAMOS A EXPERIÊNCIA!

Simonete Tôrres e José Artur Aguiar

Pais das alunas Alice da 5ª série e Clarissa da 8ª Série

A série do Balãoª8Já no Santo Antônio é necessário fazer o teste, mas se o

aluno não passar, o pessoal da escola entrará em contato

com o Balão para conversar com a Iêda sobre esse aluno,

se ele é um aluno responsável, comprometido e se ele

dará conta da escola no próximo ano.

Os alunos estudam muito para essas provas.Eles

descobrem o conteúdo que cairá e selecionam o que já

estudaram e o que ainda falta, e cobram dos professores.

Correm atrás.

Se não dá tempo de ver tudo em sala, eles estudam em

casa, sozinhos ou em grupos, e qualquer dúvida procuram

os professores para que eles esclareçam as dúvidas para

seguirem a diante.

Enfim, esse foi um ano muito produtivo para essa turma

que é mais que uma prova do sucesso de uma experiência

em que muitos não acreditaram. E que ao mesmo tempo

em que estudam, tentam aproveitar ao máximo cada

coisinha dessa escola onde estudaram durante parte de

suas vidas e deixarão saudades.

Mariana Pimentel

8ª Série

Dica Ecológica

O isopor é um material potencialmente reciclável.

Hoje, podemos colocar para reciclagem as bandejas

de isopor que adquirimos nos supermercados. No

Balão Vermelho, você pode doá-las para as famílias

do Assentamento Pastorinhas, menos as embalagens

que guardam carne.

Isabela Amaral Isadora Trod

9 anos

Bárbara SantanaFernanda Cançado

9 anos

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INFANTIL04Página

Neste semestre a turma do turno da tarde da professora

Renata Vidal, de crianças de 05 e 06 anos estuda sobre

castelos. Isso começou quando a turma escutava histórias

de castelos, brincavam de montar castelos entre outras.

O aluno Pierre Dominique, de 05 anos, contou que gosta

desse projeto porque ele já esteve em viagem na França e

visitou vários castelos, viu príncipes,princesas, reis,

rainha.

Renata conta que os alunos perguntaram se alguns

castelos abrem a porta quando a ponte vira e se tem lago

em volta do castelo com crocodilo.

A turma tira todas as suas dúvidas, pesquisando sobre o

Turma da Renata estuda sobre Castelos

Andréa Salles, professora de crianças de dois anos,

começou um novo projeto sobre aves com seus alunos. “A

ideia é ler as poesias do livro Sobrevôos para as crianças,

e aprender mais sobre as aves” conta.

O foco é construir junto com as crianças algumas aves,

usando sucatas, e depois pendurá-las no “Pátio dos

pássaros”. Feito isso, as crianças ainda vão expor as

esculturas além dos muros da escola, ou seja, vão colocá-

las em algumas árvores na porta do Balão.

Isabella Victória, Leticia Fiuza.4ª série

Crianças estudam sobre as aves

A professora Mariâgela Stanislau continua com o projeto

Brinquedos. Ela desenvolve o projeto desde o primeiro

semestre.

A turma, pais e professora fazem brinquedos de material

reciclado. Com os brinquedos prontos a turma inventa

brincadeiras para eles e fazem o relato em um livro dessas

brincadeiras e ainda ensinam como fazer o brinquedo.

As crianças já fizeram avião, helicóptero, carrinho,

barangandão, telefone sem fio, entre outros.

Pais e profissionais da escola ensinam meninada a fazer brinquedo reciclado

assunto, trazendo livros de casa e colocando as perguntas

a serem pesquisadas no mural da sala.

Gabriela Mendonça, Maria Gabriela Azevedo, Mariana Canedo.

4ª/9.

Mariângela conta que todos do Infantil estão envolvidos no

projeto. “A “Pretinha” já veio na sala para ensinar a fazer

boneca de tampinha e veio também a Doca, coordenadora

do Infantil para construir com a meninada um carrinho de

papelão”, conta a professora.

Letícia Fiuza ,Isabella Victória e Thomás Carriere.

4ª série.

Fazendo quadro Gan BeiA meninada da turma da Cláudia Rocha, mais conhecida

como Cláudinha, de crianças de 01 e 02 anos do

Balãozinho faz um projeto de artes chamado “Gan Bei”(

palavra chinesa que significa “esvazie o copo”, para nós,

brasileiros, é o famoso “TinTim”.

O projeto é inspirado no quadro feito pela diretora Leninha

que fica na entrada da escola Balão Vermelho. O quadro é

feito de louças, cerâmicas, esculturas quebradas.

Já o quadro que será feito pela meninada da Claudinha

terá brinquedos quebrados e sucatas.

Bárbara Santana, Felipe Rocha, Pedro Aliaga. 4ª/9

Leonardo Feldman 6 anos

Fernanda Vascpncellos 6 anos

Jimena Veiga 6 anos

Nina Pessoa 5 anos

Júlia Vianna 5 anos

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05Página

INFANTIL

Na turma da Bárbara Coura as crianças de 5 a 6 anos

começaram a levantar perguntas sobre os contos de

fadas, o que os levou a pesquisar sobre o assunto. As perguntas eram diversas; Quem inventou os Três

Porquinhos, Bela Adormecida, A Bela e a Fera e

Branca de Neve. De onde surgiram esses contos?

Iasmin e pocahontas são contos de fadas? Com o

desenvolvimento do projeto as crianças já

descobriram que não.

A aluna Giovanna Coura, de 5 anos, conta que adora

estudar sobre os contos de fadas. “Descobri que o

primeiro conto de fada a ser inventado foi

Chapeuzinho Vermelho”, conta orgulhosa.

Os alunos também descobriram que no século XVII

Sharley Perraut escrevia histórias como Chapeuzinho

Vermelho mas com final triste e que quem escreveu

Chapeuzinho com final feliz foi Gabrielle Baibot.

Para descobrirem isso a turma toda se empenhou

muito e fizeram muitas perguntas.

Beatriz Cinque e Alícia Brum, 4ª série.

Maria Gabriela Azevedo, Mariana Canedo e

Gabriela Mendonça 4ª/9.

Neste semestre a turma da Ana Paula Rodrigues de 4 a 5

anos, faz um estudo sobre o Corpo humano. Eles

aprendem sobre o menor e o maior órgão e sobre os

ossos.

A mãe dos trigêmeos Bernardo, Fernanda e Carol Brant ,

Maria Inês, que é oftalmologista veio na turma para contar

sobre os olhos. Ela começou contando como que é dentro

do olho.

Com a visita, a meninada da Ana Paula aprendeu que

existe uma substância parecida com uma gelatina e por

isso não pode encostar nada no olho, e nem pode brincar

com lápis nele.

A professora conta que a meninada descobriu também

que a gente pisca para o olho não ficar seco, mas que se

ficar seco ou irritado e só passar soro fisiológico.

Fernanda Cançado, Fernando Viana e Isabela Amaral.

4ª/9

Contos de Fadas

Meninada estuda sobre os olhos

Neste ano a turma do segundo período da professora Renata

Vidal trabalha com o projeto , “Jeitos diferentes de se fazer

arte”. Neste projeto a turma tem a oportunidade de

experimentar diferentes formas de fazer arte, porque além

deles produzirem os trabalhos com diferentes materiais,

também tiveram a chance de conhecer novos artistas. Para tornar o estudo mais divertido a turma teve a ideia de

fazer um grupo de oficinas com os seguintes temas;

colagem, textura e reaproveitamento de materiais.

Renata conta que ao longo do semestre a turma recebeu a

visita de artistas de circo, atores, pintores, artesões e

dançarinos. “As crianças descobriram que a arte não é só

aquilo que eles produzem aqui no balão, pois tiveram a

oportunidade de conhecer artistas profissionais”, afirma a

professora.

Depois de pesquisar muito, ainda tiveram a ideia de produzir

Descobrindo várias maneiras de

trabalhar com a Artepanos feitos só com retalhos de tecidos do atelier de

arte do Balão, e batizaram este projeto de “Ponta aqui,

ponta acolá”.

Clara Sepe, Júlia Catão, Vívian Lins4ª série

Bryan Abreu 6 anos

Clara Pimenta 5 anos

Marina Soares 6 anos

Beatriz ChaimowiczMaria Gabriela Azevedo

Gabriela Mendonça9 anos

Felipe Rettore 5 anos

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PROJETOS 06Página

A professor Juliana Leite da turma 1ª/9 do turno da manhã,

tem uma novidade divertida para esse semestre.

Seus alunos fazem um projeto chamado ”Super Balão”,

que é um pequeno mercado dentro da sala de aula. Juliana

conta que os alunos ganham dinheiro de papel e compram

os produtos de acordo com as refeições separadas pela

professora como café da manhã, almoço e jantar.

“Recolhemos várias embalagens de suco, achocolatado, e

de diversos produtos para montarmos o mercado. A partir

daí cada aluno compra com o dinheiro que recebe, e com o

preço de cada produto”, conta a professora.

Juliana ainda afirma que o objetivo do projeto é as crianças

aprenderem matemática de um jeito divertido.

Luca Arroyo, Mateus Siqueira e Matheus Marinho

4ªsérie

A turma da 2ª/9 da professora Juliana dos Anjos, estuda

neste semestre o Corpo Humano.

A professora diz que a ideia surgiu a partir da curiosidade

de quatro alunas;

Rachel Garzedin, Giovanna Cafeu, Clara Marra e Bárbara

Bueno de saber o que tem dentro do Corpo Humano,

como ele funciona, como é produzida a cera de ouvido, a

remela e várias outras coisas.

Ju dos Anjos contou também que o mais importante do

projeto é o que as crianças imaginam o que deve ter

dentro do corpo e que suas dúvidas são cada vez mais

A turma da Professora Daniela Carvalho, 3ª/9 estuda

sobre os países do mundo.

Para ajudar neste estudo as crianças utilizam o livro “Um

mundo de crianças”, de Ana Busch e Caio Viela e o mapa

Mundi. Eles até descobriram países diferentes como a

Tanzânia.

A turma começou esse projeto quando a diretora Iêda

Brito viu o livro Um mundo de Crianças e sugeriu que a

turma desenvolvesse um projeto com ele durante o

semestre.

Dani diz que o mais importante do projeto é que seus

alunos consigam entender que a diferença entre as

pessoas é muito grande e não importa se ela é gorda ou

magra, baixa ou alta e negra ou branca.

Beatriz Chaimowicz, Isadora Trad, Vinícius Santiago.

4ª/9

Alunos aprendem matemática fazendo compras

Interesse pelo mundo das histórias

Crianças querem saber o que

tem dentro do Corpo Humano

As professoras Patrícia Bagno, Juliana Leite e Teresa

Penna desenvolvem um projeto sobre a censura de

programas de televisão.

O objetivo do projeto é descobrir quais os programas as

crianças assistem para a partir daí, fazerem junto com

eles, uma leitura crítica dos conteúdos dos desenhos

animados. As professoras orientam o que é mais

adequado para eles e se não for, o porquê de não ser.

Patrícia conta que os alunos até fizeram uma entrevista

com os pais para descobrirem como eram os programas

que eles mais assistiam quando crianças.Luca Arroyo, Mateus Siqueira

4ªsérie

1ª série discute sobrea censura na TV

interessantes; ela também acredita que eles levam muito

a sério este assunto e gostam de conversar sobre isso.

Ela ainda falou que o mais divertido do projeto é ver o que

cada aluno pensa sobre os ossos, órgãos, veias e para

que eles servem.

A professora diz que alguns para casas coincidem com o

projeto e que por enquanto está dando tudo certo e que

sua turma está muito entusiasmada com este novo

estudo.

Beatriz Chamowicz, Isadora Trad e

Vinícius Santiago.

4ª/9

Sofia Cunha 9 anos

Sofia CunhaBeatriz

Mariana Canedo 9 anos

Chaimowicz

Henrique Murta 10 anos

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PROJETOS 07Página

A turma da professora Virgínia Peret, da 2ª/9, trabalha com

diversos projetos.

Um deles é o Dia da Curiosidade. Nele as crianças

escolhem um tema, e o estudam, pesquisam em casa e

quando já sabem tudo sobre o tema marcam um dia para

apresentar à classe.

Outro projeto, é o da história do cinema. Neste projeto, a

turma esclarece algumas dúvidas sobre quem inventou o

cinema, como surgiu, como se faz o desenho animado e

qual é a diferença entre o filme e o desenho animado.

Ana Katz e Joana Dias4ª série

A turma da 3ª/9, da professora Kátia Mendonça, está com

novos projetos. Um deles é o projeto Aniversário. Neste, as

crianças trabalham muito com pesquisas de preço,

sistema monetário, sistema de medidas (kilograma e

Litro), leitura e escrita de receitas.

Depois de cada trimestre de trabalho duro, eles

comemoram os aniversários que ocorreram durante os

últimos três meses.

Outro projeto da turma é o de criação de monstrengos.

Neste trabalho, é usada novamente a escrita e

leitura.Tudo começou com o estudo do folclore brasileiro.

Um aluno levou para sala de aula, o desenho de um

mostrengo, e surgiu a ideia de produzir um livro com o

monstrengo de cada criança da sala.

O dia da curiosidade

Aprendendo matemática com o projeto aniversário Segundo a professora, os alunos começaram a pesquisar

também as lendas e mitos do folclore Brasileiro, para bolar

A turma da Teresa Penna de crianças de 5 e 6 anos,

continua neste semestre com o projeto de pesquisa sobre

Ruínas, Castelos e Catedrais. Agora a turma pesquisa

sobre a arte contida nestes lugares. Eles estudam a

arquitetura, as pinturas,histórias,músicas,poesias e

literatura dos povos que habitavam esses castelos na

época medieval.

As crianças também pesquisam quais são as histórias que

se passam em castelos; como Robbin Hood, Romeu e

Julieta, Rei Arthur e João fiel.

Thais Bastos, 6 anos e Beatriz Queiroz, 7anos, alunas

dessa turma dizem que aprenderam muito com o projeto.

“Eu estou aprendendo o que é arte e que os castelos são

muito bonitos e que antes as coisas eram diferentes de

Ruínas, Castelos e Catedrais

Isabella Borges 10 anos

Luísa Lombarrdi 10 anos

hoje”, conta Beatriz.

Na Giroletras a turma vai apresentar um teatro de sombra do

Romeu e Julieta, de Willian Shakeaspeare que é uma das

histórias que se passou em Castelo. Luísa Lombardi, Daniela Parizi.

4ª série.

Clara Oliveira 10 anos

cada característica de seu monstro.

Joana Dias, Ana Katz, Vitor

Guimarães e Thomas Carierri. 4ª série

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ENTREVISTA08Página

As turmas de sétima e oitava séries receberam no Balão Vermelho, a professora da

Faculdade de Direito da UFMG, Miracy Gustin em agosto passado. Na visita Miracy

falou com os alunos sobre o tema ”Juventude e Cidadania”. Miracy é coordenadora do Pólos de Cidadania, um programa de extensão da UFMG que

tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de grupos com histórico de exclusão

social. Em entrevista ao Jornal do Balão falou sobre questões relacionadas a educação

Jornal do Balão: O que a senhora, como educadora,

acha que é fundamental na educação até a 8ª série?

Miracy Gustin: Parece-me que nessa fase, é muito

importante a educação para a cidadania e para a

emancipação de todos os integrantes das turmas

(professores, alunos, orientadores). Uma educação para a

cidadania deve fazer uma relação permanente escola-

sociedade. Não se pode esquecer que estamos em uma

sociedade de grandes distâncias sociais e de exclusões.

Como poderemos ter alunos/professores/orientadores

que não considerem essa questão de frente, resgatando

não apenas seu conhecimento e a consciência de sua

existência, mas atuando junto às famílias para que se

envolvam com seus filhos para o repensamento e a

atuação para a solução desse grande problema de nossa

sociedade? Às vezes, o problema está bem perto e de fácil

solução. Por exemplo, empregados domésticos

(cozinheiras, arrumadeiras, motoristas, jardineiros, etc.)

sem carteira de trabalho assinada, sem vale-transporte,

sem férias regulamentares, enfim, sem seus direitos

trabalhistas resguardados. Há, por parte das famílias e de

seus filhos, alunos do Balão Vermelho, incentivo a esses

trabalhadores domésticos para se sindicalizarem,

continuarem sua educação formal? Isto é uma pequena

amostra de como a educação cidadã poderia extrapolar os

muros escolares e se instalar no ambiente mais próximo,

da família.

JB: O que uma escola voltada para a Cidadania precisa

ter?

MG-Espaços de discussão com famílias e lideranças

sócio-culturais para que alunos/professores/orientadores

possam compreender as diversidades de apreensão de

mundo de todos esses atores sociais. Mas, não só isto.

Também visitas a locais relacionados aos temas que estão

sendo tratados. Assim, as visitas deveriam sempre serem

precedidas de leituras e discussões teóricas para que

alunos possam apreender o real significado dos locais

visitados. Os jovens, hoje, quase sempre, estão

"enjaulados" em shoppings sem terem contato com

espaços de extrema beleza de nossas cidades e, ainda,

espaços sociais onde pode se encontrar uma cultura

diferente e uma solidariedade e alegria que não são

sentidas nas várias classes sociais. Isto não é

romantização, é realidade.

JB: Como a senhora vê a atuação dos jovens no

espaço político atual?

MG: Bem, eu gostaria que eles começassem pelo espaço

político escolar. Eles têm formado grêmios escolares?

Esses grêmios são espaços de efetiva ação política no

sentido de demandar mudanças metodológicas e de

relacionamento no interior das escolas? Não basta apenas

fazer festinhas (estas também são necessárias), é preciso

ir mais além. Que tal ajudar a repensar o sistema escolar a

partir de congressos organizados por seus grêmios e suas

lideranças? Poderiam, ainda, ter um cine-clube que

fizesse análises efetivamente críticas das películas que

são mostradas nos principais cinemas. Depois desse

aprendizado no interior da escola, eles poderiam navegar

na política da cidade, participando de orçamentos

participativos, de audiências públicas na Câmara

Municipal, de Conselhos ou de Associações de seus

bairros, etc.

A participação política dos jovens deve ser lúdica, sem ser

apenas uma br incadeira. Eles devem estar

compromissados com sua cidade, seu Estado e terem

certeza de que suas opiniões (sempre mais criativas do

que aquelas dos adultos) são muito importantes para a

transformação do mundo, começando pelo espaço mais

próximo a eles: grupos de amigos, famílias, vizinhanças,

problemas sociais maiores da cidade.

JB: E a família, como ela também pode ajudar na

construção dessa identidade política dos jovens?

MG:Juntando-se ao esforço de transformação da escola.

Sem o envolvimento das famílias pouco poderá ser feito.

Como já disse, a cidadania começa dentro dos lares. As

diretrizes da cidadania estão em nossa Constituição, seu

exercício, porém, está em todos os locais. Por isso é que

educação deve ser vida e não uma preparação para a vida.

Nós vivemos o presente e não o futuro. Por isso é que

deveremos atuar no aqui e no agora

JB: A senhora acompanhou a trajetória da Escola

Balão Vermelho e por isso a sua neta, Clara Gustin,

estuda aqui. Como é que a senhora vê a atuação do

Balão?

MG: Eu adoro o Balão Vermelho. Fez muito por minha filha

e agora faz por minha neta. Sinto um envolvimento da

escola com seus alunos e familiares que não tenho visto

em outras escolas. Mas, como disse Paulo Freire, somos

seres inconclusos (sempre!), também as instituições, elas

têm que estar coletivamente se repensando. Isso não

pode estacionar. Também o Balão deverá entrar nessa

"Roda Viva" de se repensar permanentemente. Mas, acho

que vocês fazem isto. Roda moinho, roda gigante...

Fernanda Pimenta

Editora chefe JB

Beatriz ChaimowiczMaria Gabriela Azevedo

Gabriela Mendonça9 anos

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NOTÍCIAS 09Página

A equipe de recreação do Balão Vermelho preparou várias

atividades para o turno da tarde. O recreacionista Felipe

Barbosa contou que cada turma desenvolve um projeto

diferente.

As turmas da Teresa Penna e Juliana dos Anjos, das

primeiras e segundas séries/9, trabalham com o projeto

Circo Imaginário. Neste grande projeto os alunos fazem

atividades usando a sua própria imaginação. Eles vão

aprender a utilizar um cuspidor de fogo, mas como é um

circo imaginário vão apenas fingir que estão cuspindo

fogo.

As turmas da Daniela e Fernanda Pimenta trabalham com

Objetos Voadores. As crianças de 9 anos construíram

aviões de papel, caixotinhos (pipa sem as varetas),

barangandam, um objeto feito de jornal, papel crepon e

barbante que sai planando pelo ar quando você faz um

Recreação promove imaginação e brincadeiras

Desde o primeiro semestre as turmas de 5ª e 6ª séries

estudam sobre a gripe suína com a professora de ciências,

Marianne Garcia.

A 5ª série estudou o que é o vírus da gripe e quais são seus

sintomas. Agora aprendem o outro lado da gripe suína,

como a mídia a divulga e como as indústrias farmacêuticas

Gripe Suínalucram com isso.

”A turma começou a querer saber um pouco sobre outras

doenças que matam e causam problemas tanto quanto a

gripe suína, então eles começaram a estudar os indivíduos

que causam doenças como bactérias, vírus, protozoários e

os vermes” comenta Marianne.

A partir daí a professora dividiu a sala em grupos e cada um

ficou responsável por estudar sobre três doenças diferentes.

Feita a pesquisa eles apresentaram o que aprenderam para

a turma.

A 6ª série também começou o projeto a partir da gripe suína,

mas resolveu aprofundar o estudo sobro o Corpo Humano.

Começaram trabalhando com o sistema digestório e

resolveram fazer um debate sobre carne; se ela faz bem ou

mal e quais são suas vantagens e desvantagens. “A partir

disso eles entenderam como funciona a digestão da carne no

nosso corpo”conta a professora Marianne.

Marina Silveira, Carlos Gabriel e Henrique Hattler.4ª série.

Neste semestre a 5ª e 6ª séries fazem projetos bem

interessantes de português com a professora Cláudia

Siqueira, mais conhecida como Claudinha. A 5ª série desenvolve um projeto chamado “Você é o

professor” que é um tipo de jogo. “Neste projeto os alunos

se preparam para dar aulas para os colegas, escolhem um

tema da gramática, eles arrumam a sala com cartazes,

preparam atividades e entregam cópias para a turma fazer.

Fazendo papel de professorEles também explicam o que aprenderam para a turma”,

comenta Cláudia.

A professora conta como é a sua intervenção no projeto.

“Eu faço o papel de tira dúvidas e acrescento algumas

informações”, comenta Claudinha.

Outro projeto bem legal é o projeto literatura, que ocorre

nas duas turmas.

Já a 6ª série está fazendo um Jornal Literário. Eles

escolhem uma história e a partir dela constroem um jornal

transformando a história em uma notícia. “A turma faz uma

entrevista com o personagem principal e com o autor para

colocarem no jornal. Os alunos também fazem um

horóscopo para colocar no jornal de acordo com a

criatividade de cada um”, conta a professora.

Marina Silveira,Carlos Gabriel e Henrique Hattler 4ª série.

movimento com a mão no brinquedo.

Como o objetivo do projeto é usar esses brinquedos

aproveitando a época do vento, as turmas fizeram uma

excursão ao Parque das Mangueiras onde puderam se

divertir com os brinquedos criados por eles mesmos.

As turmas da Juliana Franca e Cínthia de Paula de

crianças de 9 e 10 anos desenvolvem o projeto Esportes

Novos. Eles inventaram brincadeiras novas. Uma delas é o

Esconde “bu" onde as crianças se escondem assim como

na brincadeira esconde-esconde. No início da brincadeira

o “péga” inventa uma senha em números e quando são

achados o “péga” diz “Bu!” e a criança tem que ficar parada

até que outra pessoa que não foi pega dizer a senha

segurando em sua mão.

Gabriel Bona, Lucas d'Ávila e Nicole Peixoto. 4ª/9.

Letícia Mendonça10 anos

Beatriz Freire 10 anos

Bárbara Santana 9 anos

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Com a proximidade da Giroletras a 4ª/8 do turno da tarde

prepara junto com o professor Olavo Malta duas peças de

teatro; Sonho em uma noite de verão, de William

Shakspeare e Poemas de Drummond, de Carlos Drumond

de Andrade.

Para os alunos conseguirem montar as peças os

professores Cínthia e Olavo ensinam a turma a produzir

textos de teatro, com o objetivo deles aprenderem as

diferenças de alguns textos e também a misturar textos de

histórias variadas. A turma planeja uma excursão ao teatro

de bonecos do Giramundo.

Já as turmas de 4ª/9 das professoras Juliana Franca e

Fernanda Pimenta, produzem a peça Os saltimbancos,

de Chico Buarque.

Como a peça é um musical, o professor de música Flávio

Fonseca já os prepara para a apresentação que acontece

em novembro. Sandra Rancanti também colabora com a

peça preparando os alunos para encenarem e a

professora de artes, Rosvista Kolbi, constroi com as

turmas o figurino e cenário.

João Pedro Matoso, Leonardo Queiroz e Sofia Cunha.

4 ª/ 9.

Uma vez por semana a turma da 4ª/8, da professora

Juliana Fenelon se encontra com a turma do Olavo, 4ª/9

para realizarem juntos saraus de poesias e crônicas.

A quarta série também desenvolve projetos para a

Giroletras, que é o teatro de sombras, onde a turma lê

contos e reproduz de forma teatral.

A turma da Juliana Fenelon também estuda história e

geografia. Tudo começou quando eles assistiram a

apresentação de um projeto da 5ª e 6ª séries,onde os

apresentadores eram agentes de viagens. Os alunos da

4ª/8 tiveram a oportunidade de fechar pacotes e “viajar”

pelo Brasil e pelo mundo afora.

A partir disso,a turma decidiu fazer também várias

agências de viagem para viajar pelo Brasil.

A professora conta a animação da turma com o tema.

“Com esse projeto os alunos ficam mais motivados a

conhecer o Brasil e estudar história e geografia”, afirma

Juliana Fenelon .

Leonardo LeonardI, Laura Abreu Isabela Rocha 4ª série.

,

Preparando cenas para

Viajando pelo Brasil

GIROL

ETRAS

A turma da 4ª/9 do professor Olavo Malta, têm vários

planos para este semestre.

Eles continuam com o projeto Aqualândia, uma cidade

fictícia que mistura The Sims, Banco Imobiliário e Jogo da

Vida.

A turma também desenvolve o projeto Sarau, em que a

turma lê poesias, apresenta poemas e crônicas, entre

outros.

Os alunos estão muito interessados nos projetos e

apreciam o estudo sobre o Corpo Humano. A turma se

dividiu em grupos e cada grupo fica responsável por

estudar um sistema do corpo através da leitura e

discussão de textos, pesquisa na Internet e com os livros

que têm em casa sobre o tema, é o que conta Natan Cabral

de 10 anos. ”Neste semestre estou aprendendo muito com

o Olavo, principalmente sobre o corpo humano”.

Isabela Rocha,Laura Abreu e Leonardo Leonardi

4ª série

Turma cria cidade fictícia e estuda o corpo humano

Isadora Trad 9 anos

Maria Gabriela AzevedoVinícius Santiago

Carolina Espi 9 anos

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PONTO DE VISTA

A professora da 4ª/9, Fernanda Pimenta, desenvolveu um projeto para os alunos discutirem sobre a utilização de

animais no circo. As crianças leram textos argumentativos contra e a favor do emprego de animais, viram fotos de

animais sendo maltratados, leram reportagem de protesto pedindo que a Câmara administrativa da capital votasse

proibindo o emprego de animais em espetáculos circenses na capital mineira. Depois a turma assistiu um vídeo do

Cirque Du Soleil que não usa animais em suas apresentações.

Como todas as crianças chegaram à conclusão de que Circo com animal não é legal, ela propôs que a turma

fizesse textos opinativos manifestando suas opiniões. A turma ainda criou propagandas para convencer as

pessoas a não freqüentarem circo com animais.

Confira o resultado!

Eu acho que nenhum circo devia ter animal, porque ninguém

sabe se os treinadores tratam mal os animais, se eles dão

chicotadas, queimam sua cara, o trancam na jaula e não dão

comida, se eles amarram com correntes fortes.

Gabriela Cançado

Circo legal não tem animal Ontem, quarta -feira dia 12 de agosto, eu vi um vídeo do melhor circo do mundo, O

Cirque Du Soleil e lá não tem bicho!E os que têm maltratam eles. Eu vi na Internet a diferença de um leão enjaulado

com marcas na testa e sem unhas e outro solto na floresta.

Ah! Eu já ia me esquecendo, eu imagino o tanto que o elefante apanhou para ficar

de cabeça para baixo.

Vinícius Santiago

Por mim é muito errado animais no circo. É como se trocassem as

vidas: passar de liberdade para a escravidão. Estranho é que nada

disso acontece com os humanos.

Os circos que usam animais como atração deviam seguir o

exemplo do melhor circo do mundo que não tem bichos!!! Mas

ninguém liga de ver e não saber se fazem só para ganhar dinheiro,

só para divertir o público, ou pela própria diversão de quem vai

chicotear ou dar choque no animal. Não sabemos se o que fazem

com os animais é tortura. A plateia acha muito divertido porque não sabe (por enquanto), o

que o animal está sentindo naquela hora. A plateia não sabe

quantas chicotadas ele levou e o tanto que ele sofreu.

Resumindo, eu acho errado os animais viverem, sofrerem e

trabalharem nos circos. Beatriz Chaimowicz

Eu gostei muito do espetáculo do Cirque

Du Soleil e ele nem usa animais! Pensa

só: se o circo mais famoso do mundo não

usa animais, para que explorar eles?

Resumindo: Circo animal é ilegal!João Pedro Matoso.

Cirque Du Soleil é um circo muito legal, cheio de malabarismos e truques.

Gostei porque não tem animais. Os circos não devem ter animais, pois eles

sofrem com os maus tratos. Se eu souber de algum circo que tem animal, eu

DENUNCIO!Pedro Aliaga

O Cirque Du Soleil não usa animais porque ele trabalha o humano como uma arte do circo.

O animal esforça bem mais do que a gente, porque eles não são feitos para isso.

Na minha opinião é errado ter animal no circo.

Fernando Fonte Boa

Salim Barros 9 anos

Lucas D’Ávila 10 anos

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LITERATURAPágina12

Esta é uma história que vale a pena ser contada. É uma

história de vida , de reencontros, de emoção.O reencontro

de uma família, após 25 anos, não é um fato simples , é

algo marcante que determina quem somos , que nos traz

de volta às nossas origens, ou melhor, ao início da minha

vida.

Em 1984 minha mãe faleceu no parto. Deixou para trás

uma menininha com quase três anos ( no caso eu ),meu

irmão com quatro e minha irmã com um ano. Este fato triste

fez com que nossas vidas mudassem de rumo. Meu pai

não tinha a menor condição de nos criar sozinho e teve

que tomar algumas decisões difíceis que traçou um outro

destino na vida de três crianças. Meu irmão foi deixado

com minha avó materna porque ele era filho só da minha

mãe, do seu primeiro casamento.Eu fui doada para uma

família desconhecida e a minha irmã para outra..

E assim nos separamos , cada um foi para um lado. A

família que adotou minha irmã fez com que ela sempre

tivesse contato com o meu irmão. Já no meu caso, perdi

contato com os dois,mas fui adotada por uma família que

me recebeu de braços abertos ,com muito carinho e

amor.Ganhei um lar: uma mãe , um pai, e mais quatro

irmãos e um novo nome. Nesta família aprendi o quanto

podemos dar e receber, pois fiz a alegria de uma família e

eles preencheram a minha vida de amor e compaixão.

No dia 05 de setembro de 2009, uma coisa surpreendente

me aconteceu.Algo que eu jamais esperara. Através de

alguns conhecidos, falando aqui e ali, minha irmã

conseguiu me localizar.

Primeiro ela conseguiu falar ao telefone com minha mãe

,que na hora achou que fosse trote, então passou o

telefone para a minha irmã e ela logo viu que era

realmente a minha irmã de sangue ,e passou o telefone da

minha casa, porque já sou casada e tenho um filhinho

chamado Mateus.

A princípio eu não acreditei e comecei a fazer várias

perguntas. E ela me respondia tudo direitinho e com muita

emoção.O nome dela é kênia.

Ela ficou em prantos ao falar comigo e eu parecia estar

vivendo um sonho,pois sempre achei que nunca iria ver

meus irmãos novamente. Os meus olhos se encheram de

lágrimas e não pude conter a emoção. Nós conversamos

muito e ela disse que queria me conhecer naquele mesmo

dia e que não poderia esperar mais. Trocamos os

endereços e mais do que depressa ela chegou em minha

casa.

Nos abraçamos com muita alegria por estarmos vivendo

um momento tão emocionante! Conversamos

bastante.Ela me mostrou uma foto da minha mãe , um

desejo que sempre tive : ver o rosto de minha mãe. Ela me

contou que meu irmão e ela moravam no mesmo bairro e

que ela sempre teve contato com ele. Me contou também

que iria se formar em jornalismo naquele mesmo mês e

gostaria muito que eu fosse à sua formatura.

Depois desse dia, ela passou a me ligar quase todos os

dias para nos conhecermos melhor e combinamos que no

dia da Colação de Grau eu iria ter uma outra surpresa:

conhecer o meu irmão.

No dia da Colação estava muito ansiosa para conhecê-lo ,

o meu irmão Alexandre. que infelizmente não pôde

comparecer. Fiquei um pouco triste, mas esperançosa,

pois a minha irmã garantiu que no Baile de Formatura ele

não iria faltar. Tirando isso foi muito legal e emocionante

ver a minha irmã se formando em Jornalismo. Quando

mostraram uma foto dela quando pequena, com mais ou

menos três anos, começou a passar um filme na minha

cabeça, e pensei: Como seria se eu tivesse crescido junto

a eles?.

Enfim ,chegou o dia do Baile. Mais uma vez a ansiedade

tomou conta de mim, pois chegara o grande momento de

conhecer o meu irmão e seria um novo encontro com

minha irmã. Quando cheguei lá foi uma alegria só. Foi uma

mistura de tanto sentimento: alegria , saudades de um

tempo não vivido, beijos, abraços, lágrimas e o coração a

mil por hora. É difícil descrever tanta emoção!

Combinamos que de agora em diante, nada e ninguém

nunca mais irá nos separar, e que manteremos sempre o

contato um com o outro.

Estes foram os dias mais felizes de minha vida e que não

me esquecerei jamais!

Apesar de toda a gratidão e amor pela minha família

adotiva, reencontrar meus dois irmãos foi maravilhoso!!! E

esta é a história de Kênia , Alexandre e Tatiana . Três

irmãos que se perderam e se reencontraram!

Tatiana Gonçalves

Tatiana Luiza Gonçalves é auxiliar de coordenação do Balão Vermelho há sete anos. Ela foi adotada por Rosa Luiza que também é funcionária da escola.

No último mês, ela teve uma surpresa que mudou a sua vida. Tati escreveu um texto nos contando sua emoção.

Confira!

25 anos depois...

Bárbara Santana 9 anos

Beatriz Pimenta 10 anos

Tati, estou a sua procura!!!