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O Livro e o Designer 2 - Como Criar e Produzir Livros - Andrew Haslam - Compartilhandodesign.wordpress.com

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O livro

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  • 2a edico ,

    Rosa ri

  • Andrew Haslam

    I Como criar e produzir livros Traduo Ju I ia na A. Saad e Sergio Rossi Fi I h o

    2a edio

    Rosa ri

  • I

  • O que um livro? 1 Passado, presente e futuro 6 2 Criando um livro 13 3 Abordando o design 23

    Manufatura 12 Pr-produo 172 13 Papel 19 1 14 Engenharia do papel 200 15 Impresso 21 0 16 Encadernao 2 19

    A paleta do designer de livros 4 Formato 30 5 Grades 42 6 Pa leta tipogrfica 71 7 Tipo 86

    Material adicional Preparando o estilo do texto 240 Leitura complementar 249 Glossrio 251 ,

    lnd ice 253

    Tipografia e imagem 8 A estrutura ed itor ial 101 9 Comunicando

    por meio da imagem 11 O 10 Layout 140 11 Capas e sobrecapas 160

    Crd ito das imagens, agradecimentos 256

  • Texto e design 2006 And rew Haslam Publicado em 2006 por Laurence King Publish ing ltd. Ttulo original Book Design

    Editores Ariovaldo Capano Rosa Maria Abad Capano Claudio Ferlauto Reviso Ira Nopaca Traduo Juliana A. Saad e Srgio Rossi Filho Design e diagramas do autor Front ispcio 8/ago des ign de Gordon Davey Fotografias Mart in Slivka Design no Brasi l QU4TRO Arquitetos SP

    Dados Internacionais de Cata logao na Publicao- CIP Cmara Brasilei ra do Livros, SP, Brasi l Haslam, Andrew O l ivro e o designer li - Como cria r e produzir l ivros/Andrew Haslam; t raduo Jul iana A. Saad e Srgio Rossi Filho - So Paulo: Edies Rosari, 2007 Ttulo original: Book Design 1. Livros - Design - Manuais I. Titulo 06 7380 CDD-686 ndices para catlogo sistemt ico: l. Livros : Design: Criao e produo de livros 686

    ISBN 1 a edio 97885-88343-46-7 ISBN 23 edio 97885-88343-10-8 23 edio em julho de 2010 Esta ed io contempla as alteraes em nosso idioma conforme o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa em vigor desde janeiro de 2009.

    [20 10] Todos os d ireitos desta edio reservados a Ed ies Rosa ri Ltda.

    Rua Apeninos 930 5 con junto 5 1 04104 020 So Paulo SP Brasil Tel 55 11 5571 7704

    55 11 5575 7760 [email protected]. br :tWW.rosari .com. br Impresso na China

  • _ ue um ivro?

  • Passado. presente e futuro 12t~""',i0_:~

  • PIOllOtaUi.qU roiini tiqur ttfiil< rionf rt)roiDrini5 nufruit-afimro rt nlr!n n rfr lldln rr nrru omm upm; Jnliinvum5:ilum aurillurrfmr fatie IjUr mmua allttfurtant:aur fupflua quF!J) iuuularrrronfollrr: rr ma~mr 11ur ruangrlillar rr apollolor nu~

    plincipitJ u'~-rt mram. beta- aumn ttat manta tt uanun mrrlirr rratttfupTarl abiifr. n fintuSni fmtianit fuprr.mru as. D't1ittu nrua.jiar lu~.lft fadar lu~. 1fr ninrr nrus lurrm tp rlfu bonn: rr iluiftt 1umn a rmrl:mtHlwrflaulrq;

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    A propsito, no museu Gutenberg em Mainz, na Alemanha, h um grande e bom acervo de tipos mveis chineses. {N. E.l

    de Gutenberg (bblia de 42 linhas), impressa em latim, foi fruto de tecnologias diversas . Ele conhecia o trabalho em metal e tinha familiaridade com as prensas usadas para esmagar uvas no processo de fabricao do vinho. Possua e lia os cdex encadernados e sabia da existncia do papel. O status no oficial de Gutenberg como "o pai da impresso", deriva de uma viso um tanto enganosa e eurocntrica * da histria. Os tipos mveis fimdidos em molde de areia j tinham sido usados na Coria em 1241; um livro coreano datado de 1377 exibe a infonnao de ter sido impresso por tipos mveis . Os chineses usavam a irnpresso ern blocos de madeira desde o sculo VII para produzir cartas de baralho e cdulas de dinheiro, que estavam em circulao desde 960 d. C Enquanto em 868 d. C ., um. cnone do budismo Theravada, o livro Trpitaka, foi impresso em papel na China, envolvendo o corte de 130 mil blocos de madeira para impresso xilogrfica (tipografia xilogrfica).

    Apesar das discusses acadmicas sobre a data exata da inveno da impresso, o impacto do livro impresso sobre o desenvolvimento da Europa Ocidental menos contestvel. Desde os tempos dos romanos, o alfabeto ocidental de 22 letras era usado na escrita manual e cada letra, palavra ou sentena de um livro manuscrito era criada individualmente: um arteso, um artefc1to. O tipo mvel e seu descendente, o livro impresso, permitiram que uma nica pessoa, aps cornpor um texto, pudesse reproduzi-lo. Os primeiros tipgrafos eram responsveis pela composio e cria

  • Essas definices introduzem as ideias de l)blico leitor e comunicaco. ' 1: '

    Na Encyclopeda of the Book (1996), Geoffrey Ashall Glaister fornece dados a respeito do custo e extenso do livro: - "Para propsitos estatsticos, o mercado editorial britnico j considerou que um livro era uma publicao que custava seis pences ou mais". Outros pases definem um livro como um volume com um nmero mnimo de palavras; uma conferncia da UNESCO em 1950 definiu un1 livro como: - "uma publicao literr ia no peridica contendo mais de 48 pginas, sem

    " contar as capas . Essas definies nascerarn claramente de preocupaes legais e regulamentaes

    tributrias. Enquanto as descries fisicas de folhas e ligaduras so precisas, nenhuma das definies acima parece capturar a influncia ou o poder de um livro. Talvez possamos estimular uma discusso mais ampla, se eu apresentar uma definio de minha autoria:

    Livro: un'l suporte porttil que consiste de un'la srie de pginas impressas e encadernadas que preserva, anuncia, expe e transmite conhecimento ao pblico, ao longo do tempo e do espao.

    A indstria editorial: o valor comercial do livro O mercado editorial atualmente um negcio que envolve grandes cifras. A rnaior editora do mundo em 1999 era a Bertelsmann AG, um grupo editorial com sede na Alemanha, que obteve um lucro de cerca de 27 bilhes de marcos (mais de 14 bilhes de dlares) -valor maior que o total da economia de muitos pases. O nmero de livros impressos no mundo aumenta a cada ano, embora o volume exato seja de dificil apurao,j que muitas publicaes no usam o nmero padro internacional de livro, ISBN -mtodo utilizado para a codificao e monitoramento de livros.

    ~o se sabe quantos livros foram impressos desde 1455, nem mesmo a quantidade de livros existentes nas bibliotecas pelo mundo afora, uma vez que muitos permanecem no catalogados.

    A Grande Biblioteca de Alexandria fundada no sculo Ill a.C. pelo rei egpcio Ptolomeu Soter e destruda por um incndio em 640 d.C., tinha algo entre 428 mil e 700 mil pergaminhos e foi a mais extensa biblioteca do mundo antigo. Atualmente, o catlogo da Library of Congress, a biblioteca nacional dos Estados Unidos, exibe 119 milhes de itens em 460 lnguas; enquanto a British Library, a biblioteca nacional da Gr-Bretanha, declara possuir 150 milhes de itens nas "lnguas mais conhecidas". A taxa de aquisio da British Library de 3 milhes de itens por ano. Ela guarda uma cpia de todos os ttulos publicados em ingls e abriga imensas colees internacionais. No Brasil a Fundao Biblioteca Nacional tem o mesmo procedimento, regulamentado pela Lei do Depsito Legal no 10.994 de 14 de dezernbro de 2004*. A maior livraria do mundo a Barnes and Noble, situada no nmero 105 da Quinta Avenida, em Nova York., e contm 207 mil metros de estantes repletas de todo tipo de publicao.

    * Diz o artigo 52: O depsito legal ser efetuado pelos impressores, devendo ser efetivado at 30 (trinta) dias aps a publicao da obra, cabendo ao editor e ao autor verificar a efetivao desta medida. (N.E.l

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    Em 2010 o cenrio mudou com os novos dispositivos eletrnicos de leitura {N. E.l

    A nova tecnologia: o futuro do livro A simples amplitude do conhecimento preservado nas bibliotecas somada ao nmero de publicaes p roduzidas anualmente irnpossibilita- nos imaginar um mundo sem livros. Sua in:Ouncia e efeitos so incomensurveis; no ano 2000, Gutenberg foi eleito o indivduo mais significativo do ltimo milnio pelos leitores do jornal britnico The Trn.es. O tipo mvel que inventou possibilitou a produo dos livros impressos e criou a primeira forma de mdia de massa. Ao final do sculo XIX e incio do XX, uma nova forma de ndia chegou com o desenvolvimento de sistemas de comunicao baseados em udio : o telefone, o rdio e os dispositivos de gravao de som. Mais tarde, o cinema e a televiso somaram o som imagem em movimento. Contudo, o livro impresso, juntamente com seus rebentos -os jornais, os peridicos de toda sorte e as revistas- permaneceram como a principal forma escrita de comunicao de massa.

    Com a inveno da tecnologia digital e a criao da internet, se previu o fim da impresso e a morte do livro foi proclamada como iminente. Embora a tecnologia digital tenha revolucionado a escrita, o design, a produo e a venda de livros, at a presente data a World Wide Web no foi capaz de substitu-lo. Os aficionados otimistas so encorajados pelo aumento anual nas vendas de livros, apesar do advento internet e sua consequente disponibilizao de textos. Por outro lado, os pessimistas citam o gradual declnio na venda de jornais, uma situao que segundo seus prognsticos tambm ocorrer na rea dos livros. Entretanto, isso contrariado pelo aumento do nmero de ttulos e vendas gerais de revistas e peridicos especializados. O mercado da informao parece estar em eterna expanso, e a nova tecnologia de leitura na internet est ampliando - no lugar de substituir- o consumo de seu primo mais velho, o livro. Ler na tela do computador continua a ser menos prazeroso que ler uma pgina em papel. Todavia, conforme a tecnologia vai aprimorando a leitura na tela e os novos provedores passam a oferecer a possibilidade de baixar livros, pode ser que o modelo MP3 de distribuio de msica, que tem se mostrado to bem-sucedido, venha a ser, no futuro, uma alternativa para o livro tradicional.*

    O poder da palavra impressa: a influncia dos livros O livro irnpresso tem sido um dos meios mais poderosos para a disseminao de ideias e mudou o curso do desenvolvimento intelectual, cultural e econmico da humanidade. Pode-se ter uma medida dessa influncia apenas considerando-se alguns deles: a Bblia, o Coro, o lvJ.anifesto Comunista, Quotaton.s from Chairman Af.ao Zedong (o famoso Pequeno livro vermelho de i\1ao Ts- ttu~g) e o Mein I

  • Criando um livro :'\1este captulo examinaremos os profissionais que atuam na criao de um livro, por meio da identificao das funes dentro da indstria editorial e os caminhos bsicos ? ara a criao de livros. Os ttulos das funes e o que se espera de um determinado ? rofissional podem variar de uma editora outra, de um pas para outro, assim como

    ~mbm o processo concreto de criao de um livro.

    As principais funes na indstria editorial O livro impresso um produto resultante de um processo colaborativo. A tarefa cio designer pode variar de um livro a outro, mas sempre envolver o trabalho em equipe. O conhecim.ento bsico das funes dentro da indstria editorial fornecer ao designer seu contexto de trabalho.

    Autor Trata-se da pessoa que elabora de forma indita uma obra literria e a apresenta 2nalizada a um agente literrio ou diretamente uma casa editorial. Um autor que j teve textos publicados pode consultar seu editor sobre possveis temas que ? Oderiam ser explorados, direcionando assim seu trabalho intelectual. Uma forma de sondar a aceitao de autores j publicados ou no, pelo pblico, criar uma sinopse co que se pretende publicar, que ser ento discutida pelos agentes literrios e/ ou ediwres. Se a resposta for positiva, o editor pode oferecer um contrato de edio ao autor que ento comea a escrever o texto na ntegra. No costumeira a participao do designer nessa etapa .

    Agentes literrios e bancos de imagem o-agentes repre!)en tam o trabalho de seus clientes junto aos potenciais tomadores. Os agentes literrios geralmente se especializam em determinados gneros de livros, ?Or exemplo, livros histricos, biografias, fi co, cincias etc. A funo do agente l:cerrio a de representar o autor c administrar seus interesses relativos aos direitos O::e uma determinada obra literria j unto ao mercado editorial. Por esse servio, o agente recebe a ttulo de remunerao urn percentual sobre as parcelas dos direitos autorais. Para um autor esse tipo de servio geralmente inestimvel, uma vez que :1m bom agente tem relao profissional com vrias editoras. Os bancos de imagem :r-abalham de maneira similar em relao representao dos interesses de ilustradores = r-otgrafos junto aos editores que necessitam de trabalho especializado para O::esenvolverem determinados projetos.

    Editor #

    E o responsvel pela publicao de uma obra literria, assumindo todos os custos merentes ao processo. Tanto pode ser uma pessoa fisica (editor) como uma pessoa jurdica (editora). O termo em ingls para identificar essa funo publisher.

    Portanto, o editor assume todos os custos de produ.o, como a traduo, as :magens e ilustraes, a produo editorial, os eventuais terceiros contratados, o papel e o custo grfico, alm dos custos de distr ibuio e o pagamento de direitos au torais a quem couber.

    O editor pode ter uma relao direta com o autor ou indireta, por intermdio de um agente literrio, sempre firmando um contrato de cesso de direitos - a forma mais usual- ou pode fazer acordos com editores internacionais para a produo de coedies. Nesse caso, o editor compra uma tiragem_ do ttulo

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  • :iequncia desenvolvem vrios ttulos simultaneamente. Grande parte de seu tempo gasta na leitura e na correo de textos; os editores identifican1 trechos que lhes ?arecem pouco claros e levantam questes a serem consideradas pelo autor. C m bom editor tende a sugerir meios para a reestru turao de um texto, por exemplo, :isrematizando os captulos de modo mais lgico.

    Aps avaliar, questionar, estruturar e corrigir os originais do autor, o editor encaminha o texto para as etapas de produo editorial, que j pode contar com .1 participao de um designer. O editor deve possuir excelentes habilidades de escrita, :er familiaridade com as convenes tipogrficas e as regras gramaticais e ser capaz de oferecer orientaes objetivas ao autor, assim como tambm possuir a habilidade de administrar cronogramas e algumas vezes contratar servios de terceiros. _-\ tecnologia digital permite a interao do editor com as diversas etapas da produo editorial inclusive com o designer. As mudanas nas provas agora podem ser feitas diretamente no layout final, imediatamente antes de o livro ser encaminhado para o processo industrial.

    O editor snior, normalmente responsvel por muitos ttulos, pode contar com a .a_: uda de editores assistentes, que geralmente so responsveis pela reviso das provas. Os editores de texto concentram sua ateno na parte do processo ligada ao texto, sem acumularem quaisquer responsabilidades pelos aspectos administrativos ou gerenciais.

    Revisor de provas O riginalmente, a leitura das provas, como o nome sugere, era a leitura e a verificao ..:ias provas finais. Atualmente, o termo pode ser usado para descrever a correo do

    :e~"to em qualquer estgio do processo de edio. Os revisores esmiarn o original, geralmente aps este ter sido editado, procurando por erros conceituais, gramaticais e ortogrficos. O s revisores especializados eram tradicionalmente responsveis pela aprovao da cpia corrigida de todo livro produzido por uma editora antes de sua impresso final; atualmente essa tarefa realizada pelo editor de texto.

    Consultor tcnico O consultor que oferece conhecimentos especializados frequentemente contratado ?elas editoras para o desenvolvimento de determinados proj etos editoriais. Uma editora que planeja lanar uma srie sobre jardinagem pode contratar um autor especializado e tambm contar com a assistncia de um consultor que possua conhecimentos especficos sobre determinado tema que se queira abordar, seja cultivo de rosas ou de vegetais, por exemplo. Os consultores contribuem com ideias e leem as -inopses e os esboos preliminares para opinarem sobre a pertinncia das informaes contidas no original e quais ideias deveriam ser incorporadas a ele, podendo tambm participar das etapas de reviso ao longo do processo editorial.

    Revisor tcnico ,

    E o profissional que possui conhecimento especializado sobre o tema de uma determinada obra, porm, ao contrrio do consultor, no trabalha diretamente com o autor na criao do texto. Ele contratado como freela nce pela editora para f:'lzer uma leitura crtica, comentando sobre a exatido e a qualidade do texto, identificando omisses e avaliando sua adequao ao pblico-alvo. Suas observaes so levadas ao editor, ao autor c ao designer que depois de a avaliarem providenciam emendas ao texto original.

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    Diretor de arte /

    E um ttulo que se refere a um cargo especfico dentro da editora, podendo ser um designer que trabalha junto com ilustradores e/ ou fotgrafos. O diretor de arte geralmente possui experincia em design, uma vez que o responsvel pelo visual de toda a produo da editora. O visual, os conceitos de produo e os ttulos editados combinam-se entre si para formar a imagem que a caracterizar junto a seu pblico. As editoras mais modernas consideram a identidade visual de seus livros algo extremamente importante. O diretor de arte ir estabelecer as orientaes - convenes tipogrficas, capas, formatos, uso de logotipos e assim por diante-para as publicaes da editora.

    Designer O designer responsvel pelo projeto da natureza fisica do livro, seu visual e sua forma de apresentao, alm de cuidar do posicionamento de todos os elementos na pgina. Em conjunto com o editor, o designcr seleciona o formato do livro e decide como ser o seu acabamento. Os designers planejam grades, selecionam a tipografia e o estilo do layou.t da pgina. Eles tambm trabalham com os pesquisadores de fotos, ilustradores e fotgrafos fazendo a direo de arte e preparando imagens. O designer recebe um bri~fing do editor e encaminha a arte-final, geralmente em formato digital, para um gerente de produo ou diretamente para uma grfica. O designer e o editor trabalham juntos na superviso do processo de prova. Nos dias atuais, muitos livros de no fic~o tm orientao visual, sendo hequenternente os designers os idealizadores de livros ou de colees para as editoras.

    Pesquisador de imagens Os livros ilustrados exibem imagens de muitas fontes diferentes e o pesquisador de imagens o responsvel por localiz- las e, geralmente, obter permisso dos detentores dos direitos autorais para que possam ser reproduzidas em um livro. Os pesquisadores normalmente recorrem aos bancos de imagem, alm de arquivos de museus e colees

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    privadas. E comum a contrata~~o de fotgrafos profissionais freelance para a produo de detenninadas imagens para projetos editoriais especficos.

    Gerente de licenciamento Tem como funo tratar do licenciamento junto a terceiros detentores de direitos autorais ou aos agentes que os representem para uso de trechos de texto e/ ou imagens que a editora pretenda incluir em suas futuras publicaes.

    O custo desse licenciamento pode variar de acordo com o uso que a editora pretende :f.tzer do material licenciado. Por exemplo, a cesso de direitos de uma determinada imagem ou parte de um texto ter um determinado custo se o licenciamento for para uso especfico em publicao em lngua portuguesa. Esse custo poder ser maior se o licenciamento se der para publicao em qualquer idioma, porm, nesses casos, comum a edora adquirente dos direitos ficar liberada para comercializar a obra a ser publicada em qualquer parte do mundo.

    Outras situaes podem determinar o custo de licenciamento, por exemplo: o tamanho da reproduo de uma im.agem (se em pgina dupla, pgina inteira etc.); o tipo de uso (se s editorial ou editorial e comercial) e a quantidade de reprodues.

    Cabe tambm ao gerente de licenciarnento a administrao de direitos sobre textos e imagens publicados em ttulos existentes no catlogo da editora para a qual trabalha, pois tambm os direitos autorais devem ser pagos a quem de direito em caso de uso em futuras publicaes da editora, mesmo que a imagem ou o texto j tenham sido utilizados em outras publicaes dela prpria.

  • Ilu stradores, fotgrafos, cartgrafos Os especialistas responsveis pela criao das imagens usadas nos livros gerahnente :rabalham como Jreela11cers e so contratados para um determinado projeto. Eles podem receber um valor fixo pelo trabalho desenvolvido ou, em casos onde J publicao tenha uma predominncia visual, existe a opo de um pagamento fixo mais pagamento de um percentual de direitos de reproduo, que oferece um ?Otencial de ganhos adicional para o detentor dos dire itos auto rais. Em alguns livros, dS imagens so os elementos mais importantes e seu criador responsvel pelo projeto \-isual,juntamente corn o autor do texto, o editor e o designer, que nessa situao ::rabalham em sintonia. Muitos livros ilustrados para crianas so feitos da seguinte iorma: o ilustrador fica responsvel pela criao do personagem da histria que foi desenvolvida pelo autor. Em algmnas situaes o prprio designer pode criar as ilustraes necessrias ou fazer a direo de arte do trabalho de um fotgrafo .:ontratado para esse firn .

    Gerente de direitos autorais O gerente de direitos autorais da editora responsvel pela administrao dos .:onrratos de cesso de direitos autorais com seus diversos detentores -autores, ;lustradores, fotgrafos, entre outros. Ele tambm controla a forma pela qual o material ce propriedade da editora reproduzido em diferentes mercados, tais como edies i:Hernacionais. Geralmente tem experincia em administrao ou direito e busca tanto ?roreger os direitos autorais da editora quanto maximizar o potencial de mercado ?ara seu ca tlogo de livros. Esse profissional trabalha muito prximo ao editor

    ~ ao departamento de marketinJ? para identificar coeditores que possam imprimir ~ distribuir livros em outros pases ou em canais de distribuio especializados.

    Gerente de marketing O gerente de 1//arkC'ting trabalha junto ao gerente de direitos autorais e responsvel ?Or promover c vender direitos para outras editoras e os livros editados para os varejistas ao mesmo tempo em que supervisiona a distribuio. As atribuies io gerente de 111arketing incluem o desenvolvimento de estratgias adequadas para J colocao de sries especficas ou do catlogo de livros da editora no mercado. ' E tambm responsvel pela instruo/ orientao dos representantes de vendas e pela promoo das vendas nas diversas feiras especializadas. So nesses eventos que o editores se encontram, a fim de fecharem acordos para a venda de livros em mercados internacionais. A maior feira de livros do mundo acontece anualmente em Frankf'l1rt, Alemanha, sempre no ms de outubro (www.buchmesse.de) .

    Gerente de produo editorial O gerente de produo editorial atua junto ao designer supervisionando a produo dos livros, tambm responsvel por administrar a qualidade e os custos das obras em andamento. Para isso, ele precisa ter uma boa rede de fornecedores, a fim de estabelecer os custos de cada livro e organizar os cronogramas de produo e entrega.

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    Impressor No Brasil geralmente quem imprime uma grfica especializada em impresso e acabarnento de livros.

    No exterior comum a especializao, ou seja, h empresas que s imprimem e outras que se dedicam apenas ao acabamento final.

    Aps o trmino da produo editorial, na prpria editora ou em um escritrio de produo editorial contratado, ou ainda em um estdio de design, o material remetido para uma grfica, em. torrna de arquivo digital para a gravao direta das matrizes de impresso (CTP) ou para dar sada de fi lmes, dando inicio produo industrial do livro.

    N o exterior muito comum as editoras se utilizarem de grficas situadas em /

    outros pases, principalmente as situadas na Asia, em virtude dos preos mais baixos.

    Empresas de acabamento grfico Os profissionais de acabamento so responsveis por quaisquer atividades do processo de produo aps a impresso, incluindo colagem. ou encadernao. Eles geralmente contam com equipamentos especializados para a execuo de processos como picotagem, impresso em relevo, dourao, corte e vinco e dobra. H empresas especializadas em trabalhos artesanais que somente podem ser efetuados mo. Por exemplo, a maioria dos livros pop-up exige trabalho manual, uma vez que o vinco, a dobra e a colagem de elementos individuais nas pginas impressas uma empreitada muito complexa e impossvel de ser executada por mquinas.

    Encadernadora Empresa muito comum no exterior, pela caracterstica do parque grfico ao qual j nos referimos, especializada no processo de encadernao, ou seja, acoplar o miolo do livro capa brochura, flexvel ou capa dura.

    No exterior ela proporciona aos designers, gerentes de produo e aos outros profissionais grficos urn conhecimento especfico sobre as qualidades do papel, aconselhando-os sobre sua resistncia ou tcnicas de encarte mais adequadas

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    para livros de formatos especiais ou com grande volume de pginas. E comum nesse ambiente o encadernador fo rnecer s ed.itoras um boneco (prottipo do livro com o mesmo nmero de pginas que ter a edio e no rnesmo papel em. que ela ser impressa) como modelo, de preferncia antes do trmino da produo editorial . No Brasil esse tipo de atendimento feito, via de regra, pelas grficas especializadas em livro, embora comecem a surgir empresas especializadas em acabamento, desvinculadas da atividade de impresso.

    Gerente de distribuio ' E o responsvel pelo controle do estoque e pela reposico de livros para os distribuidores e livrarias. Esse um processo que apresenta muitos problemas logsticos, j que frequentemente se faz necessrio encontrar o equilbrio entre a necessidade de se transportar pequenas quantidades de livros para lugares distantes - o que caro e ineficiente- e a opo de se fazer a distribuio em perodos concentrados - o que mais econmico- , mas pode levar a uma falta de livros nos pontos de venda.

  • Divulgadores _-\.s grandes editoras empregam equipes de divulgadores para efetuar contatos com o: distribuidores, grandes redes de livrarias e canais de distribuio especializados. _-\.s pequenas editoras frequentemente terceirizam esse trabalho. Um divulgador

    ~iiciente deve manter uma boa relao com os distribuidores, passando a conhecer ~~us hbitos de compra e gostos. Muitos trabalham por comisso c, portanto, seus :-endimentos so diretamente proporcionais ao volume de vendas.

    Varejista O nmero de canais pelos quais os livros so vendidos se amplia continuamente . . -\ quantidade de livreiros independentes, que possuem uma nica livraria, diminuiu .:urante muitos anos pela im.possibilidade de concorrer com os enormes descontos ..1rerecidos pelas grandes redes de livrarias ou com as bancas de jornais, com estoques

    ~rtados a bestsellers. Atualmente, na medida em que o mercado de livros se fragmenta ~as editoras desenvolvem catlogos especficos, os varejistas independentes, com ~'"lreresses peculiares, conseguem obter ttulos e formar estoques especficos para

    ~ eu pblico. O incremento de mercados especializados tambm apresentou oportunidades para

    c crescimento do marketi11g por mala direta. No exterior os clubes de livros oferecem .: seus membros preos reduzidos caso estes concordem em comprar anualmente um cererminado nmero de ttulos disponveis em catlogo. Os clubes especializados em ..:-ros voltados para o pblico infantil ou para temas como culinria, jardinagem, ::1rismo, arte, histria etc. , vendem milhes de exemplares para leitores que nunca ~e1rram em uma livraria. Estima-se que 20% de todo o mercado de livros norte--americano opera por meio dos clubes de livros. Outro mercado em expanso _internet, onde a Amazon Books*, especializada na venda on-line o varejo mais :.em-sucedido desse nicho. No Brasil tambm ternos alguns casos de sucesso.

    A Amazon Books lanou no final de 2009 a nova verso do leitor eletrnico Kindle que promete revolucionar o mercado dos e-readers. IN. E.l

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    "" 13 lar g ura 11 calha

    A pgina

    1 retrato formato no qual a altura da pgina m aior que a largura.

    2 paisagem formato no qual a altura da pgina m enor que a largura.

    3 altura e largura medidas da pgina ,sempre nessa ordem). Este livro, por exemplo, 25,6 x 21,5 em.

    4 verso pgina do lado esquerdo do livro.

    5 pgina nica folha nica encadernada esquerda.

    6 pgina espelhada duas pginas (sempre uma :)ar e outra mpar) onde o mater ia l impresso ocu pa as margens internas como se fosse uma

    " . " . oagma un1ca .

    7 cabea superfc ie superior da pgina.

    8 pgina de frente pgina da di reita quando o livro est aber to frequentemente identificada

    - , com numeraao 1mpar.

    9 frente borda fronta l da pgina.

    10 p superfcie inferior da pgina.

    11 calha margem interna entre duas pginas faceadas ou margem de dobra do caderno.

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    10 P 9 Frente 22 coluna 21 linha de base 20 largura da coluna 19 f io

    A grade

    12 numerao linha que define a posio do nmero da pgina.

    13 ttulo linha que define a posio do ttulo na grade.

    14 margem superi or ou margem da cabea . Espao em branco compreendido entre a borda superior da rea de mancha e a borda superior da pgina refilada .

    15 intervalo/ calha de coluna espao ver t ical que d ivide as colunas .

    16 margem interna espao em branco compreendido en tre a borda da rea da mancha e a dobra interna da pgina presa lombada.

    17 cabealho linha q ue define a posio do cabea lho na grade.

    18 mdulo unidade d a coluna de grade moderni sta, divisve l pela med ida da entrelinha. Separada na horizonta l por uma linha branca e na vertical pela calha da grade.

    19 fio linha colocada entre ilustraes.

    20 largura da col una/ medida largura da coluna determinada pelo compri m ento das linhas de texto individuais.

    23 margem inferior

    21 linha de base l inha sobre a qual posicionada a base das letras.

    22 coluna espao retangular na g rade usado para acomodar as linhas de texto. As colunas de uma g rade podem variar em largura, mas sua altura sempre maior que seu comprimento.

    23 margem inferior espao em branco compreendido entre a borda infer ior da rea de mancha e a borda inferior da pgina ref ilada.

    Os termos a seguir no constam das ilustraes acima:

    margem dianteira espao em branco compreend ido entre a rea de mancha e o cor te oposto lombada.

    profundidade da coluna altura da coluna defin ida em pontos, mi lmetros ou nmero de I inhas.

    caracteres por linha nmero mdio de caracteres fixados em tamanho de ponto, dada uma medida especfica.

    encarte pgina que apresenta uma das dimenses maior que o formato das pginas do miolo do livro refilado, e que dobrada uma ou mais vezes para ser includa ao miolo, de modo a no ultrapassar as suas dimenses.

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    Ilustrador I

    1 Designer/ 2 Autor __ ~~ 3 Editora ----11)1~4 Ed itor--~~5 Produo 6 Impresso )I 7 Dist ribu io 8 Varejo Fotgrafo

    Acima Quat ro modelos simples de desenvolvimento do livro. O primeiro modelo, tradiciona l, coloca o autor em primeiro lugar; enquanto as abordagens subsequentes situam a ed itora, o ed itor, o ilustrador/designer/ fotgrafo no incio da cade ia .

    Onde comea um livro? O modelo convencional de desenvolvimento do livro situa o autor no incio da cadeia de produo. O autor tem uma ideia e prepara mn texto na expectativa de que ele seja aceito por um editor para ao final materializar-se em forma de livro. Essa maneira tradicional de se elaborar um original permanece como o rnodelo predorninante para trabalhos de fico, alrn de tarnbm ser usada na publicao de no fico. Os autores procuram uma editora que publique temas sernelhantes aos seus e, s vezes, contando com a intermediao dos agentes literrios, submetem os manuscritos e esperarn obter um contrato. O modelo de desenvolvimento de um livro com frequncia chamado pelos editores de "o caminho crtico". Ele identifica a ordem dos estgios-chave e geralmente acompanhado por um cronograrna de produo detalhado.

    Os editores de no fico tornaram-se mais pr-ativos no processo de elaborao de um original, desenvolvendo vrios modelos alternativos. Editores mais modernos e avancados encaram sua funco no somente como a de veculos de boa literatura , , ou informao de qualidade, mas tambm se veem como fornecedores de um produto comercial. Algumas editoras tornaram-se fortes marcas por oferecerem uma grande variedade de produtos editoriais. O evidente crescimento desse mercantilismo e as cor'lsequentes estratgias de marketing no so bem-vistas pelas editoras tradicionais, preocupadas com literatura de qualidade e com a aprovao da crtica. Apesar de tudo, as editoras mais bem-sucedidas financeiramente so muito conscientes do status de sua marca.

    Atualmente h uma postura editorial que vem mudando o conceito de edio. A figura do autor como conhecemos est desaparecendo e em seu lugar est surgindo escritores que produzem textos sob encomenda. As casas editoriais, os editores, os diretores de arte, por exemplo, podem ter um conceito, uma ideia para mna coleo de livros. Eles procuram escritores que possuam conhecimento sobre um determinado tema e solicitam-lhes que escrevam textos de um determinado tamanho para um pblico especfico. Para a editora esse modelo que encara o livro como produto tem. muitas vantagens; embora o investimento inicial seja mais alto, o mercado potencial bern rnaior. Os custos so previsveis e os direitos autorais so da editora, em lugar de pertencerem a um autor. As casas edito rias esto conseguindo aplicar com eficincia o modelo de produo em escala tanto em ttulos individuais como em colees. O alcance dos produtos e a margem de lucro tm aumentado e o volum.e de vencias tem a perspectiva de se elevar. O leitor passa a ter afinidade com a marca de uma coleo e no mais com o autor. No Drasil j h editoras estrangeiras que adquirirarn empresas nacionais que esto implem.entando esse tipo de procedimento em suas linhas editoriais.

  • Abordando o design primeiro ir analisar as diversas abordagens ao design, em seguida analisar as

    mformaes sobre o projeto e depois identificar a natureza e os componentes do contedo. O captulo ir explorar as m aneiras pelas quais o designer pode abordar um texto, seus primeiros conceitos, o que deve esquadrinhar quando estiver diante do material a ser trabalhado e a melhor forma de elaborar o projeto -tendo sempre em mente o pblico para o qual o ttulo se destina.

    Os designers experientes desenvolvem livros por meio de vrias abordagens. Essas :'.o com uns ao design grfico e podem ser classificadas em quatro grandes categorias: documentao, anlise, conceito e expresso. Essas categorias no so mutuamente excludentes; improvvel que um projeto de design se baseie inteiramente em uma nica abordagem. A maioria dos trabalhos de design inclui um elemento de cada uma, embora no necessariamente na n1esma proporo. Alm disso, h uma parte do ?recesso de design que peculiar a cada designer, e no facilmente definida pela .mlise prtica. O design uma mistura de decises racionais e conscientes que ?Odem ser analisadas e decises subconscientes que no podem ser deliberadas to ?rontamente, uma vez que derivam da experincia e da criatividade do designer. Por essa razo, alguns desgners mostram-se de certa forma constrangidos e evasivos quando questionados sobre seu processo de trabalho, sugerindo que um exame mais .:e talhado restringiria sua criatividade. Frases como "expresso pessoal" e vises acerca da individualidade so formuladas, aliadas a um desejo "de no ser sufocado pelo 'istema", ou ide ia de que " im.portante preservar o mistrio". Tal como vrias 1ridades criativas, o design tem um "fator x" indefinvel, e examin-lo muito ::ninuciosaJ.nente significa arriscar-se a destru-lo. Trocando em midos, o subconsciente tem influncia sobre o layout de uma pgina e com freguncia o designer posiciona os elementos com base em sua experincia ou instinto, no lugar de faz- lo como resultado de uma deciso tcnica. O elemento subconsciente do Jesign torna-se parte da memria cintica das pessoas, da mesma maneira que .:anunhar ou andar de bicicleta. Essas so habilidades desenvolvidas por intermdio da ?rcica e que se tornam to arraigadas que dificilmente tem-se conscincia delas como ?arte do processo. Entretanto, ao examinar esses quatro pontos racionais luciais a meta desejada oferecer uma percepo das caractersticas do processo de design que ?Odem ser examinadas e que, por meio da prtica, possam ser implementadas.

    Documentao Todo design grfico envolve o trabalho de documentao. Ela registra e preserva .h informaes por meio do texto e da imagem, embora possa tomar muitas formas : um sumrio, um manuscrito, uma listagem, um conjunto de figuras, uma fotografia, um mapa, um registro de udio, um video. A documentao est na raiz da escrita e da imagem. Ela fundamental para a tipografia, ilustrao, design grfico, cartografia, fo tografia, alm de grficos, diagramas e tabelas, de fato, para todos os componentes de um livro. Sem ela no h design grfico: livros, revistas, jornais, psteres, sinais de rua, embalagens, websites; no haveria linguagem visual preservada, mas somente meros gestos.

    Abordando o design

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    lO N Acima Com design do escritrio Tomato,

    a revista f\tlmm ... Skyscraper I Lave You : A Typographc Journal of New York apresenta uma abordagem expressiva onde o contedo das palavras e a forma de sua apresentao t ipogrfica combinam-se para evocar as emoes da poesia sobre a cidade de Nova York.

    that numbness here in 1 don't kllow lllel'er you wllnderstt~~

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    Expresso Uma abordagem expressiva ao design motivada pela visualizao das emoes do autor ou do designer. Em alguns casos orientada pelo corao e, ern outros, pela intuio; ela visceral e passionaL Busca " reposicionar" emocionalmente o leitor por meio da cor, marcao e simbolismo. O leitor capta a posio emocional que permeia o design, enquanto absorve o contedo. O design expressivo raramente definitivo ou inteiramente racional. Ele frequentemente lrico, no se destina a transmitir significados para a mente, mas prope questionamentos e convida reflexo. Essa abordagem contempla o contedo como um ponto de origem, a partir do qual se deve fazer uma interpretao. Ela pode ser comparada na msica relao entre o compositor e o cantor - escalando o autor corno o compositor e o designer como o cantor. O designer adiciona obra sua interpretao pessoal. Para alguns designers, tal abordagem suspeita,j que desprovida de objetividade e pode ser passvel de autoindulgncia.

    Existe uma tenso entre a necessidade de respeitar o texto original do autor e as ideias individuais do designer, por consequncia, muitos designers que apreciam essa abordagenl se tornaram, eles prprios, autores, de forma a controlar tanto o contedo quanto a forma do livro.

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    O briefing de design O designer deve adquirir uma viso geral do contedo de um texto na reunio de brqfing editorial, buscando apreender a viso do autor, do editor e da casa editorial. Ele precisa estabelecer a relao entre texto e imagem, mas desnecessrio que seja um especialista sobre o assunto da obra. Certa distncia objetiva por vezes providencial quando se busca a estrutura para um manuscrito. Alguns briefin,f/,S so comunicados com grande clareza ficando o designer informado sobre as in tenes da ediro ra em relao ao pblico especfico; outros no passam de encontros nos quais as opinies so solicitadas, criticadas e ponderadas. Algumas reunies iniciais tm cunho exploratrio e de abertura, baseando- se no conceito de que quando vrias mentes capazes se unem em torno de um texto podem refletir e conjecturar ideias - resultando em uma abordagem que no poderia ser concebida por uma nica pessoa. Se o bri~fing for confuso, o designer dever aprofundar a pesquisa junto ao autor ou editor em busca da essncia do texro. O livro ser organizado em captulos ou como um texto corrido nico? O autor produziu o texto em funo de uma encomenda da editora? H aver ilustraes? Elas sero includas ao longo do corpo principal do texto ou segregadas em um anexo? O autor escreveu legendas longas, que precisaro ser integradas ao texto? Algumas delas so grandes o bastante para serem apresentadas corno boxes laterais? A estrutura organizacional do livro dever ser alfabtica, cronolgi ca ou temtica? O que guiar o leitor, as irnagens ou o texto? Qual ser o formato do livro? Qual ser o preo de capa projetado? Quais sero os custos de produo?

    O designer normalmente sai da reunio inicial de hriiflllg com muitas perguntas que exigem respostas muito mais amplas, mas tendo absorvido informaes suficientes para adquirir uma vis.o geral do projeto. Um perodo de reflexo de grande ajuda, permitindo a anlise da forma externa do livro em relao a sua estrutura interna.

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    Esquerda Para formar um retngulo da seo urea a partir de um quadrado, este d ivid ido ao meio. A diagonal do meio -quadrado girada para o lado, defin indo o compri mento do retngulo.

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    89

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    21

    Acima Uma tabe la most ra as sries de Fibonacci (colunas), onde cada nmero a soma dos dois nmeros anteriores. A srie urea most rada em negrito.

    Esquerda A relao constante ent re o quadrado e o retngulo da seo urea

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    cna uma sequenc1a espi ral logartmica. Cada quadrado relaciona-se ao segu inte, como parte da sri e de Fibonacci.

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    O sistema Modulor de Le Corbusier, derivado da seo urea "" arqu iteto suo Le Corbusier (1887- 1965) desenvolveu uma verso moderna ~Jra a seo urea, que a subdividia em relao s propores do corpo humano. ~e batizou seu sisterna de proporo de "Modulor" e o concebeu como uma :::rramenta de design universa l para a determinao das propores de edificios, ::::1\eis e publicaes. Le Corbusier usou o sistema no design de seus livros: .\Iodulor (1950) e J\lfodulor 2 (195.J) .

    Retngulos racionais e irracionais :Js retngulos so racionais ou irracionais. Os racionais so aqueles retngulos que

    ?..Odem ser subdivididos em quadrados e so construdos aritmeticamante; os retngulos ;;..-racionais podem ser subdivididos som ente em unidades retangulares e de rivam de ..u"ll.a base geom trica. O s forma tos 1:2, 2:3 e 3:4 so, todos, retngulos racionais, uma ez que so divisveis por uma unidade quadrada, enquanto a seo urea um

    -ecingulo irracional. As ideias de proporo clssica derivam-se de relaes geomtricas ~m vez de aritmticas. Os matemticos gregos, romanos e renascentistas tiveram grande .:eieite em aplicar a geometria como meio determinante da proporo. Ao se construir .?olgonos regulares com trs, quatro, cinco, seis e dez lados - usando um crculo- so 'rmadas as propores dos redngulos irracionais mais conhecidos.

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    l"JG, 37 B9

    Acima As pginas espelhadas do livro Le Modulor mostram a diviso proporcional de espao de Le Corbusier, baseada nas medidas do corpo humano. M M

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    Retngulos racionais e irraciona is 2

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  • Tamanhos de papel: Imperial e Formatos A 0 ma outra maneira para se estabelecer o formato de uma pgina levar em conta o tamanho dos papis disp01veis no mercado. Essa uma forma econnuca, uma ez que se pode evitar o desperdcio de papel. O papel de tamanho Imperial*, ::-adicionalmente usado na Inglaterra e nos Estados Unidos, utiliza formatos especificados em polegadas (1 polegada equivale a 25,4 mm). Alguns desses formatos 5-.io retngulos regulares -por exemplo, os papis pster de 30 x 40 polegadas - 6? x 1016 mm) , mas a maioria irregular. O formato do retngulo mtrico do

    DIN (D eutsches Institut fi.ir Normung), equivale ao Inmetro brasileiro ou da :so (lnternational Organization for Standardization) singular, uma vez que

    ~ o nico retngulo que, quando dividido em dois, cria um formato com exatamente 1.s mesmas propores de comprimento e largura. Os papis da srie A baseiam.-se nesse formato, e cada tamanho , portanto, a metade do tamanho anterior: o tamanho _;_ J dividido em dois para formar o A 1, que por sua vez dividido ao meio dando _:Igar ao A2, e assim por diante (ver p.191) .

    Formatos determinados pelos elementos internos da pgina .J designer ter de estabelecer um formato para o livro antes de decidir-se sobre - alrura e a largura das pginas. O formato e o tamanho do livro so gerahnente -?rimorados ao longo do processo de construo da grade, influenciados por decises :dativas ao tamanho do tipo, altura do corpo do tipo (ver p. 86) e entrelinha -er p. 83) . Os designers fazem isso para assegurar que a altura da pgina seja

    _?ecisamente divisvel pelo nmero de linhas de base. Alguns designers so indiferentes -O descompasso entre a grade de linhas de base e o formato, argumentando que se ~ !lu rgem inferior for suficientemente grande, esse pequeno erro passar despercebido. __ para alguns, essa incongruncia inaceitvel, uma vez que perturba seus valores e-srticos, revelando-se como um problema a ser solucionado. Alguns designers :::1curtam ou prolongam a pgina at a linha mais prxima; outros subdividem - defasagem na contagem de linhas existentes e, ao fazerem isso, buscam criar a grade hs li nhas de base corn pontos digitalmente especificados em centsimos.

    A raiz desse problema muitas vezes reside no uso de duas escalas separadas para _definio das dimenses da pgina, por exemplo: milmetros para a pgina e pontos _;ara a linha de base interna. Uma forma de resolver tal disparidade usar uma escala

    ~omum para a especificao das dimenses internas e externas da pgina. Um problema similar de ajuste - relativo largura da pgina- pode ocorrer ~uando se subdivide a rea de texto em colunas. Alguns designers sentem-se 2esconfortvcis com m.argens e calhas definidas por muitos pontos decimais

    ~ recorrem a subdivises horizontais na pgina, que so calibradas por nmeros inteiros.

    Formatos derivativos e no retangulares _-\.lguns formatos no so determinados pela geometria ou estruturas internas da grade;

    ~les so diretamente resolvidos pela natureza ou proporo do contedo, por exemplo: muitos livros de fotografia rcf1ctem o formato do negativo original.

    Ac ima Os formatos ISO ou Srie A so baseados em um retngulo que pode ser dividido em dois mantendo seu formato original.

    * Imperial Formato especial de papel correspondente a 559 x 762 mm (Inglaterra e Estados Unidos), 570 x 780 mm, na Alemanha, e 560 x 760 mm, no Brasil. Formato americano "American size": a) Formato de papel igual a 87 x 114 em; b) Formato de livro igual a 14 x 21 em (muito usado no Brasil). Formato A4 "A4 size": formato internacional de papel de escrever igual a 21 x 29,7 em, muito usado em impressoras de computador. Formato bsico "basic size": formato de uma folha, expresso em polegadas ou em metros, utilizado para definir a gramatura do papel. A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) estabelece o formato bsico do papel de acordo com a padronizao DIN (Deu tsches lnsti tut fr Normung), a partir de um retngulo de 1 m~ medindo 841 x 1189 mm (formato AO); a srie A compreende os seus submltiplos, por exemplo: A1 (594 x 841 mm), A2 (420 X 594 mm), A3 (297 x 420 mm), A4 (210 x 297 mm); o formato AO geralmente empregado para a impresso de mapas, A1 e A2, para desenhos, A3, para reprografia e A4, para laudas.

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    Livros com formatos derivados do contedo

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    1 O l ivro do escu ltor Andy Goldsworthy, Touching North (1989), mostra fotografi as de esculturas

    ' feitas de neve, ac ima do Crcu lo Polar Artico. O formato reflete a vastido e o horizonte constantemente visvel, embora distante, do territrio descampado.

    2 The Silence (1995), livro de Gilles Peress, apresenta uma srie de fotografias feitas durante o genocd io ocorrido em Ruanda, em 1994. Seu formato baseado no fi lme negativo. As ;otos no so refiladas nem retocadas. Ta l deciso acerca do formato refora a noo de autenticidade -adequada fotorreportagem.

    3 3 A edio holandesa da obra No Logo (2001), de Naomi Klein, tem uma margem externa curvada que d a impresso de que o forma to do livro em forma de arco.

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    4 O livro infant il Witch Zelda's Birthday Cake de :: .a Tatcheva tem o formato de uma abbora, : orincipal ingrediente do bolo de an iversrio.

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    5 O formato irregu lar do corte e vinco do livro Chicks on Speed reflete no o contedo, que propositalmente acidentado e desconjuntado.

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  • Definindo a rea de texto com uma moldura simples Talvez a maneira mais simples de criar uma mancha simtrica sej a definir margens

    ~guais em torno de toda a pgina, formando uma moldura simples. Essa abordagem imciona1 utilizada por designers como Derek Birdsall, que frequentemente usa :nargens internas e externas com a mesma largura. A quantidade de pginas assim como

    ripo de acabamento a ser utilizado, devem ser cuidadosam ente analisado, a fim .:e se evitar que a rea da m oldura sej a espremida pelo limite da margem interio r.

    Propores comuns para formato e caixa de texto :..~ma rea de texto retangular que compartilha das propores do formato facilmente .. -riada pelo desenho de duas diagonais atravs da pgina e da elaborao de um novo :-ecingulo com cantos que intersectarn as diagonais. Uma pgina em formato retrato, -ie enhada dessa maneira, tem margens superior e inferior igualmente profundas

    ~ exibe margens dianteira e interna mais estreitas. Os designers que optam por essa -bordagem geralmente empreendem aprimoramentos visuais transportando a caixa

    ~e rexto na direo da margem interna e levantando-a no sentido da margem superio r. :iO se trabalhar dessa forma, so criadas quatro dimenses de margem, assim o designer

    :-:..."C uma anlise visual dos comprirnentos adequados.

    J esenhando uma grade com formato e caixas de texto ::om propores constantes

    : =>ara cria r uma rea de texto que :-::-npartil he das mesmas propores do ::'Tlato da pgina, desenhe duas linhas : agonais atravs de cada pgina .

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    2 Selec ione a profundidade da margem superio r e desenhe uma l inha paralela ao topo da pgina que intersecte cada uma das l inhas d iagonais atravs da pgina. Os lados da ca ixa so desenhados com linhas que saem do ponto no qual a margem superior intersecta a diagonal e corre paralela margem da pgina. Duas larguras de margem distintas sero estabelecidas: a let ra a representa a margem superior e a margem inferi or, a letra b, as margens interna e externa.

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    Acima Uma caixa de texto simp les com margens superior, inferior, interna e externa iguais. A letra a assenta no cent ro de cada pg ina. Se o livro t iver muitas pginas, a margem ser puxada pelo processo de encadernao e a rea de texto parecer ter sido engolida pela calha, perturbando o equilbrio das pginas e atrapalhando a leitura.

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    3 A caixa de t exto pode se r tra nsportada delicadamente para o alto da pgina, pa ra dist ancia r-se da calha e perm iti r que a encadernao seja feita sem consequncias para o design e para a leitura. Esse apr imoramento assegura que a ca ixa de texto e a pgina compartilhem da mesma proporo, mas estabe lece quatro larguras de margem d istintas. Neste exemplo, a margem externa d menor que a margem da ca lha b; a margem superior, representada pela let ra a, menor que a margem inferior c.

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    1 Selecione o formato e o tamanho da pgina dupla espelhada . Neste exemplo, a proporo de 2:3.

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    O diagrama de Villard de Honnecourt O ::t rquiteto Villard de H onnecourt (c.1225-c.1250), elaborou um mtodo de diviso geomtrica do espao que difere da escala de Fibonacci pelo fato de que qualquer formato de pgina escolhido pode ser subdividido. Essa abordagem, quando usada com qualquer formato de seo urea, divide eficientemente a altura e a largura da pgina por nove, criando 81 unidades, cada uma das quais com as mesmas propores tanto do formato, quanto da caixa de texto. As margens so determinadas pela altura e largura da unidade. Essa diviso em nonos pode ser usada de maneira igualmente eficiente no formato paisagem.

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    2 Desenhe linhas diagona is, a e b, de um canto ao outro das pginas espelhadas.

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    3 Desenhe linhas diagonais dos cantos inferiores, c e d, das pginas espelhadas em direo calha.

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    \ 1.----L----------'~ c:._l _ _ -----1...__ __ ~~ y 4 Do ponto onde as duas diagonais se intersectam na pgina da direita, desenhe uma linha vertical, e, em direo borda da pgina.

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    7 A parte superior da caixa de texto fo i estabelecida. Os lados podem ser desenhados por linhas traadas para lelamente margem da pgina, e a parte infer ior definida pela diagonal da pgina.

    5 Do ponto estabelecido no alto da pgina da di rei ta, desenhe uma linha , f, em direo interseco das duas diagonais na pgina da esquerda .

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    " 8 O mesmo processo repetido para se estabe lecer a rea de texto na pgina da esquerda. A grade das l inhas de base agora pode ser desenhada dentro da caixa.

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    6 Desenhe a linha horizontal, g, atravs da pgina. Partindo do ponto de interseco na pgina ela direita, avance 1/ 9 na largura da cal ha da pgina.

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    9 Todas as quatro larguras de margem relacionam-se com as propores da unidade, que dividiu a largura e a altura da pgina em nonos.

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    Esquerda A diviso da pgina foi obtida por meio da construo geomtrica em vez da medio. O desenho era tradicionalmente feito com uma rgua sem escala e no com uma rgua modu lar. Na poca em que foram inventadas. no incio do scu lo XI II, as medidas de comprimento no eram padron izadas na Europa e as varetas de medio eram inexatas .

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    Esquerda A diviso geomtrica do formato em 512 unidades que compartilham das

    -mesmas proporoes da pgina pode ser usada para criar uma grande variedade de propores diferentes de margens e colunas. Aqu i, a grade de duas co lunas exibe a margem da cabea com 1 unidade de altura, a margem de p com altura de 3 unidades, ao passo que a margem interna possu i largura de 1 unidade e a margem dianteira apresenta 2 unidades de amplitude. O intervalo entre as colunas aplica a largura de uma nica unidade.

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    Ac ima A elegante grade do retngu lo raiz de t rs, geometricamente const ruda, poder ser dividida em uma srie de colunas.

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    Grades baseadas em medidas As abordagens para a construo de grades que sero tratadas a seguir se tornaram possveis graas padronizao das unidades de medida e dos tamanhos dos tipos, ocorrida nos sculos XVII e XVIII.

    Escalas proporcionais ou modulares J falamos das maneiras pelas quais os designers se utilizam da srie de Fibonacci quando tomam decises acerca do formato (ver p. 30). As escalas modulares dessa espcie tambm podem ser usadas para se projetar grades. Elas fornecem uma abordagem muito flexvel construo de grades e podem refletir o contedo, por exemplo, a grade de um livro de histria natural pode derivar-se de uma escala baseada em urna folha. ou em uma concha. Tal abordagem pode no ser detectada pela maioria. dos leitores, mas para alguns poucos apreciadores de tal sutileza, ela eleva a apreciao da obra. Para o designer, essa abordagem permite que a estrutura da grade seja extrada do contedo, em lugar de ser arbitrariamente imposta a ele. A abordagem pode ser usada com qualquer unidade de medida: milmetros, polegadas, pontos ou didots. Alguns designers consideram essa derivao da proporo do contedo um artifcio, particularmente quando se lida com um tema sem propriedades fsicas - uma biografia poltica, por exemplo- uma vez que nesse caso no h uma base evidente para a construo da escala.

    &!. Construindo uma grade usando uma escala proporcional o l!l

    1 Selecione a base numrica para a esca la proporcional e desenvolva a escala por meio da adio de pares sucessivos de nmeros para cri ar o prximo nmero da srie. Decida o formato bs ico - paisagem ou retrato. Trace, grosso modo, as propores e os tamanhos aproximados da pgina e das pginas espelhadas (apresentada em ciano).

    2 Selecione a figura mais prxima largura e peso do esboo da escala traado. Delineie a pgina e a pgina espelhada. Selecione uma figura da escala e determine a margem superior e a profundidade da caixa de texto . Insira ento a cabea e o p da caixa de texto. A margem inferior criada pela profundidade da ca ixa de texto e ser automaticamente uma figura da escala. Da mesma maneira, se lecione uma figura da escala para determinar a margem interna e depois a largura da ca ixa de texto, tendo em mente o tamanho do tipo e o comprimento de l inha que voc planeja usar. A margem externa ser uma figura fora da escala, determinada pela margem interna e a largura da caixa de texto.

    7

    11

    76

    7 11 7 4

    3 Tendo estabelecido a pos io e a rea da caixa de texto, hora de tomar decises sobre o tamanho do t ipo, o entrelinhamento e a grade das linhas de base. Escolha figuras fora da escala para determinar os outros elementos da grade, por exemplo, a largura da margem dianteira da coluna, intervalo, posio das notas de rodap, flios e ttulo corrente. A composio digital, que permite que o tipo seja de qualquer tamanho, d suporte ao uso f luente dessa abordagem.

  • 9

    17

    123

    11

    18

    18

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    Acima Uma esca la proporc ional (esquerda) e uma meiaescala (dire ita) usando a srie de Fibonacci.

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  • A grade modernista _~an Tschichold, como muitos artistas e designers do incio do sculo XX, questionou a relevncia de antigos formatos de tipos, grades e layouts em relao s mensagens = .:}dernas em seu livro The New 1}tpography (1928) . Ele rejeitou cudo aquilo que n precedera e abriu caminho para uma abordagem radical, racional e revigorame

    Pgina anterior A tabela de esca las modulares baseia-se na srie de Fibonacci, configurada a partir dos nmeros menores direita (3 e 4) a pares de maior valor esquerda. A rgua horizontal na base da tabela liga as escalas atra\/s do nmero mais baixo do par inicia\ da srie de Fibonacci , por exemplo, 4 com 5, 6, 7, 8 e 9. Se as divises de uma nica ?ara o design modernista de livros. A influncia do pensamento modernista no

    O::esenvolvimcnto das grades de livros tem duas fases-chave. A primeira comeou com a Bauhaus e o construtivismo nas dcadas de 1920 e 1930. A segunda teve incio aps .1 Segunda Guerra Mundial, quando urna nova gerao de designers ampliou as ideias .:ie Tschichold e dos pioneiros do modernismo tipogrfico. Na Sua e na Alemanha, .\lax Dill, Emil Ruder, Hans Erni, Celestino Piatti e Josef M ller-Brockrnann usaram as grades sistemticas, nas quais as posies de todos os elementos - texto e imagem-

    ~ram determinadas por uma estrutura racional.

    escala no fornecerem comprimentos suficientemente usveis para a grade e margens exigidas, elas podem ser divididas ao meio para se criar uma meia -esca la ou por 3 ou 4 para se criar uma escala de 1/3 ou de 114, respectivamente. Qualquer unidade de medida -pontos, didots, milmetros etc.- pode ser usada com uma escala modular, tornando o sistema extremamente versti l.

    Em seu livro, C n:d System. in Craphc Des(;n: a Visual Cornm.un.ication JV!anual for Graphic Desl:trters, Typographers and Three-dimensonal Desgners (1961), Mller-Brockmann ~:\.?lica sua abordagem para a grade: "em um sistema de grade sofisticado no somente ~ linhas do texto ahnham-se s ilustraes, mas tambm as legendas e os tipos display, ...:mlos e subttulos". Seu livro em formato A4 tanto explica em texto quanto emonstra por meio do design sua abordagem racional: ele executa uma engenharia e pgina em vez de efetuar artesanalmente o design. Suas calibraes so exatas e wdos os elementos da pgina podem ser expressos matematicamente por nmeros :.nreiros: as colunas so subdivises do formato; as margens e as unidades so subdivises das colunas; as linhas de base so iguais, alm de serem subdivises exatas .ias unidades.

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    dividida en1 vrios pontos decinuis. Para superar esse problema de meia-linha, o desig.ner deve optar pelo nmero inteiro rnais prximo que seja divisvel por 6, e este ser o nn1ero de unidades por coluna. Por exemplo, mna coluna de 47 linhas - 5 linhas = 42, dividido por 6 = 7 linhas por unidade.

    Talvez, esses clculos envolvan1 pequenas rnudanas no tamanho do ripo ou na quantidade de entrelinhamento necessrio para

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    Campo de 36 un idades 8+2 + 8+2 + 8 +2 + 8+2+8+2 + 8 = 58

    Acima A grade de Karl Gerstner para a revist a Capital extraordinariamente f lexvel. Ela comporta d iferentes larguras de colunas e, conco m itantemente, retm a mesma margem de intervalos. Um designer que usa esse padro geralmente enquadra as i lustraes estritamente dent ro da grade, mas o nmero de variveis, formatos de f iguras e tamanhos assegura variedade dentro de uma estrutura coerente. A matriz (matrix), como Gerstner referiase grade, baseiase em um campo de unidades de 58 por 58.

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    Esquerda The RAC Manual ( 1998). O manua l projetado pela North Associat es usa uma unidade de grade baseada nas propores de um filme de 35 mm. A conciliao das diferenas entre os formatos fotogrficos e sistemas de g rades claramente exib ida aqui, mas Mller-Brockmann props restries mais severas: "fica a ca rgo do fotgrafo posicionar o desenho da g rade no foco tico de sua cmera e dispor os objetos ... de forma que se ajustem grade." (Grid Systems in Graphic Design, 1981, p. 97).

    Esquerda Uma segunda pgina espelhada do mesmo l ivro exibe como as pequenas unidades na pgina da direita funcionam com fotografias no formato 35 mm e, na pgina da esquerda. como essas unidades, quando combinadas, podem ser usadas para se c nar campos de imagem que determinam o enquadram ento de fotografias maiores enquanto aderem grade. Note a foto na pgina da d ireita, onde o mdu lo foi deslocado em 90, quebrando a grade.

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    Grades baseadas em elementos tipogrficos Os sistemas de grade examinados at aqui foram concebidos de fora para dentro - do formato ao detalhe do tipo. Foram usadas vrias estratgias e abordagens para a diviso de um formato escolhido, para se estabelecer o bloco de texto e a largura relativa das margens. O bloco de texto foi subdividido pelo nmero exigdo de colunas. Por outro lado, muitos designers -particularmente aqueles com experincia em composio tipogrfica manual- preferem desenvolver uma grade de dentro para fora, identificando o nmero de colunas exigido para acomodar o texto e as imagens em relao s caractersticas do contedo, antes de definir as larguras exatas das margens.

    Grades fatoriais l'vluitos sistem.as de grade baseiam-se nas relaes fatoriais entre a largura da pgina, o nmero de colunas e os intervalos entre elas. Em termos matemticos, os fatores so algarismos divisveis por nmeros inteiros, por exemplo, dezesseis divisvel por dois, quatro e oito. Esse princpio comumente chamado de "partio", e bastante usado em muitos sistemas de grade para dividir o espao. Com isso, o designer capaz de ver o nmero de unidades exigidas para comportar um grande nmero de colunas dentro da grade. A tabela da grade fatorial descreve as relaes matemticas entre os nmeros, em vez de comprimentos exatos. Uma vez tendo identificado o nmero de unidades necessrias para comportar um certo nmero de colunas, o designer poder ento selecionar a largura da unidade individual, seja em milmetros, pontos ou outra unidade de medida.

    Grades fatoriais: estabelecendo colunas usando sequncias de intervalos A tabela de sequncias de intervalos na pgina direita pode ser usada para determinar o nmero de colunas e calhas de qualquer pgina original. Cada fileira da tabela exibe um bloco slido (uma potencial largura de pgina), seguido de um espao (o intervalo entre as colunas) . As figuras em preto na borda direi ta da tabela mostram o nmero de unidades de cada fileira. A primeira fileira de cada sequncia tem a coluna mais estreita, por exemplo, na primeira fileira da parte superior da pgina, as colunas tm a largura