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JOVENS ADULTOS Trimestre de 2010 O Ministério Profético na Bíblia A voz de Deus na Terra

o Ministério Profético Na Bíblia - Lições Bíblicas 3t2010

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Lições produzidas pela CPAD para 3° Trimestre de 2010. Os profetas do Antigo Testamento serviram como canais de comunicação entre Deus e o seu povo,conscientizando-o acerca da vontadee do conhecimento divinos. Os comentários são de Antonio Gilberto.

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JOVENSADULTOS

3° Trimestre de 2010

O MinistérioProfético na Bíblia

A voz de Deus na Terra

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BÍBLICASComentário: ESEQUIAS SOARESConsultor Doutrinário e Teológico:ANTÓNIO GILBERTO

Lições do 3° Trimestre de 20 W

ALUNO

Lição 1O Ministério Profético no Antigo Testamento

Lição 2A Natureza da Atividade Profética

Lição 3As Funções Sociais e Políticas da Profecia

Lição 4Profecia e Misticismo

Lição 5A Autenticidade da Profecia

Lição 6Profetas Maiores e Menores

Lição 7Os Falsos Profetas

Lição 9Jesus - O Cumprimento Profético do Antigo Pacto

Lição 10O Ministério Profético no Novo Testamento

Lição 11O Dom Ministerial de Profeta e o Dom de Profecia

Lição 12O Tríplice Propósito da Profecia

Lição l 3A Missão Profética da Igreja

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Lição 8João Batista - O Último Profeta do Antigo Pacto 38

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Presidente da Convenção Geraldas Assembleias de Deus no BrasilJosé Wellington Bezerra da Costa

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CÍ7O

Lição l

. 04 de julho de 2010

O MINISTÉRIO PROFÉTICONO ANTIGO TESTAMENTO

TEXTO ÁUREO

'E falarei aos profetas e multiplicarei a visão; e,pelo ministério dos profetas, proporei símiles"

(Os 12.10).

VERDADE PRÁTICA

Os profetas do Antigo Testamentoserviram como canais de comu-nicação entre Deus e o seu povo,conscientizando-o acerca da vonta-de e do conhecimento divinos.

.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Js 20.2Deus falou peio ministério de Moisés

Terça- l Cr 11.3Deus falou pelo ministério de Samuel

Quarta-l Rs 12.15Deus falou pelo ministério do profeta Aias

Quinta- l Rs 16.12Deus falou pelo ministério do profeta Jeú

Sexta - l Rs 17.16Deus falou pelo ministério do profeta Elias

Sábado - At 3.24A vinda do Messias foi anunciada pelosprofetas

LEITURA BÍBLICA•> EM CLASSE

Números 11.24-29

24 - E saiu Moisés, e falou as palavrasdo SENHOR ao povo, e ajuntou setentahomens dos anciãos do povo e os pôs

£ em roda da tenda.

25 - Então, o SENHOR desceu nanuvem e lhe falou; e, tirando do Espí-

. rito que estava sobre ele, o pôs sobre* aqueles setenta anciãos; e aconteceu

que, quando o Espírito repousou so-bre eles, profetizaram; mas, depois,nunca mais.

26 - Porém no arraial ficaram doishomens; o nome de um era Eldade,e o nome do outro, Medade; e repou-sou sobre eles o Espírito (porquantoestavam entre os inscritos, ainda quenão saíram à tenda), e profetizavamno arraial.

27 - Então, correu um moço, e o anun-ciou a Moisés, e disse: Eldade e Medadeprofetizam no arraial.

28 - E Josué, filho de Num, servidorde Moisés, um dos seus jovens escolhi-dos, respondeu e disse: Senhor meu,Moisés, proíbe-lho.

29 - Porém Moisés lhe disse: Tens tuciúmes por mim? Tomara que todo opovo do SENHOR fosse profeta, que oSENHOR lhes desse o seu Espírito!

• • . •

INTRODUÇÃO

Os profetas do Antigo Testa-mento inspiram e instruem nãosomente a Israel, mas a Igreja deCristo. O Senhor Jesus Cristo e osseus apóstolos fizeram-lhes refe-rências, reconhecendo a autoridadeespiritual deles. A presente liçãoobjetiva explanar a missão desseshomens de Deus e a abrangênciabíblica do termo "profeta".

I. O INÍCIO DO MINISTÉRIODOS PROFETAS

l. Contexto histórico (v.24).Nos versículos 11 a 1 5 do capítulol 1 de Números, observamos queMoisés, por causa de seu trabalhoexcessivo, sentiu-se incapaz de sa-tisfazer plenamente às necessidadesdo povo, e isso o deixou frustrado.Todos os homens de Deus passampor experiências similares. Quandochegamos a esse ponto, Deus vemem nosso socorro (SI 121.1,2). Foinesse contexto que o Senhor, paraaliviar a carga de Moisés, repartiu oEspírito que estava sobre o seu ser-vo entre setenta anciãos de Israel,a fim de ajudar o grande legisladordo povo hebreu a desempenhar oseu ministério (w. l 6,1 7).^ 2. Moisés iniciou o ofícioprofético em Israel (vv.25,26).O verbo "profetizar" aparece aquipela primeira vez nas EscriturasSagradas: "[...] quando o Espíritorepousou sobre eles, profetizaram"(v.25); "[...] e profetizavam no ar-raial" (v.26). Foi com essa congrega-ção de setenta homens dos anciãosdo povo hebreu que Moisés iniciouao que posteriormente ficou conhe-cido como o ministério profético em

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Israel. Apesar de o verbo ter a suaprimeira menção no livro de Núme-ros, a figura do profeta está presen-te desde a época patriarcal. Emboranão se saiba qual era exatamente asua função nesse período, parece-nos incluir a intercessão, visto queDeus disse a Abimeleque acercade Abraão: "[...] porque profeta é erogará por ti" (Gn 20.7).

3. "Tomara que todo o povodo SENHOR fosse profeta" (v.29).A resposta de Moisés demonstra quequalquer pessoa podia ser profeta,desde que tivesse uma chamadadivina específica. Essa expressãose confirma na história do AntigoTestamento, pois os profetas e pro-fetisas como Débora e Hulda. porexemplo, vieram de diversas tribos,famílias e classes sociais Çz 4.4;JLJJ 22.14). Veja ainda o caso deAmos, que era camponês (Am 7.1 4).Diferentemente dos sacerdotes, osprofetas não precisavam pertenceracerta família sacerdotal, como a deArão; também não havia restriçãode idade nem objecão quanto àscondições físicas.

II. O PROFETA

P^ 1. Seu significado. A palavrahebraica usada no Antigo Testamen-to para "profeta" é na b?'. Sua etimo-logia é incerta, mas o verdadeirosignificado é possível pelo seu usonas Escrituras. O diálogo entre Deuse Moisés (Êx 4.1 4-1 6) esclarece osentido do termo, o qual é "falar emnome Deus". Por conseguinte, é serum 'Ipj3rta^yoz", um "ernbajxjidpr".(Veja a ilustração do ofício com Moi-sés e Arão em Êxodo 7.1,2). Deussabe todas as coisas, conhece o fimdesde o princípio; seu conhecimen-to é absoluto e perfeito em tudoJK.46.9,10). Portanto, quem fala em

seu nome anuncia o futuro comose fosse presente. Isso explica oestreito vínculo de "profetizar'1 com"prever o futuro" e, ainda, "revelaralgo impossível de saber através derecursos humanos", ações possibili-tadas apenas por Deus.

2. Sua abrangência. Tanto osubstantivo "profeta" como o verbo"profetizar" têm amplo significadono Antigo Testamento e em nossosdias. O termo "falso profeta" apa-r_£ce na versão grega dos setenta,c_qnJiecida_como_Sept uag.iníaJLXX}.,e em o Novo Testamento; porém,não existe nas Escrituras hebraicas.Assim, o termo aplica-se também aadivinhos, falsos profetas e profetasdas divindades pagãs das nações vi-zinhas de Israel, sendo identificadoscomo tais pelo contexto Os 13.22;1 Rs 22.12; jr 23.13) .

3. Expressões correlatas.Vidente, por exemplo, possui doistermos hebraicos que o identificanas Escrituras: hozehe roeh(hõzerQrô'eh na transcrição técnica). Ambosapresentam dois sentidos: ver comos olhos físicos e ver introspectiva-mente, ou seja, ver com o espírito,por isso, o profeta é chamado de"homem de espírito" (Os 9.7). Hou-ve um período na história proféticade Israel em que os profetas eramidentificados simplesmente como"videntes" (l Sm 9.9).

REFLEXÃO

"Certamente o Senhor Deusnão fará coisa alguma, sem

primeiro revelar o seu segredoaos seus servos, os profetas."

Amos 3.7

III. O MINISTÉRIO

1. Havia o ministério dosprofetas? Há quem negue a exis-tência da escola e do ministério dosprofetas como instituição em Israelnos tempos do Antigo Testamento.Entendemos que no ministério mo-saico iniciou-se a atividade proféticaem Israel (Nm 11.25) . Entretanto,o profetismo, como movimento,surgiu séculos depois.

Mais tarde vemos que Samuelpresidia a congregação de profetasem Naiote, região de Rama, onderesidia (l Sm 7.17; 19.19-23) . Eadiante, vemos a existência de umaescola dos profetas composta por"filhos" dos que exerciam o ofício(2 Rs 2 .3 ,5 ,15 ) . É importante res-saltar que "filho", na Bíblia, significatambém "discípulo, aprendiz" (Pv3.1,21; 2 Tm 2.1; Fm v. 10). Note queo texto sagrado revela a existênciade uma organização de profetasbem estruturada, e Eliseu chegou aser o mestre deles (2 Rs 6.1-3).

2. A corporação profética.O termo original para "ministério,serviço" não é o mesmo referenteà atividade dos profetas. A expres-são "ministério do profeta" ou "dosprofetas", na ARC, como aparecenas leituras diárias desta lição,significa na verdade "por meio dosprofetas", como registra a ARA. O

vocábulo "ministério" indica o ser-viço religioso específico e especial,desempenhado pelos levitas (l Cr6.32), pelos sacerdotes (l Cr 24.3)e pelos apóstolos (At 1.25). Isso,porém, não é em si mesmo provada inexistência de uma corporaçãoprofética em Israel (l Sm 10.5).

3. Classificação. Os profetasdo Antigo Testamento são catego-rizados em clássicos, ou profetasescritores, e os conhecidos tambémcomo profetas não-escritores ouorais. Estes últimos são tambémchamados não literários, os quaisnão escreveram seus oráculos,como Samuel, Eíias e Eliseu. Osprofetas c láss i cos são tambémchamados de literários, os quaisescreveram suas profecias, comoIsaías, Jeremias, Ezequiel, dentre ou-tros. Trata-se de uma classificaçãosimplesmente didática. Ambos osgrupos desempenharam o mesmoofício, mas em épocas diferentes.Todos falaram em nome do Deusde Israel. As Escrituras empregama mesma expressão para ambos osgrupos: "veio a palavra do SENHORa" ou fraseologia simi lar (l Sm1 5.10; Is 38.4; Jr l .2). Todos essesprofetas usavam a chancela de auto-ridade divina: "assim diz o SENHOR"(1 Sm 15.2; Is 7.7;Jr 2.2).

CONCLUSÃO

Deus suscitou os profetas pararevelar-se ao homem, a fim de queeste conhecesse a vontade divina e oplano de salvação na pessoa sublimede Jesus Cristo, nosso Salvador. Poressa razão, devemos considerar "a pa-lavra dos profetas, à qual bem fazeisem estar atentos, como a uma luz quealumia em lugar escuro, até que o diaesclareça, e a estrela da alva apareçaem vosso coração" (2 Pé l. l 9).

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RESPONDA

] . Quem deu início ao ministério profético em Israel?

* . _

2. Qual o significado de "profeta"?

3. Explique os dois sentidos da palavra vidente:

4. Quem presidia a congregação de profetas em Naiote?

5. Qual a classificação dos profetas do Antigo Testamento?

VOCABULÁRIO

ARA: Almeida Revistae Atualízada.

ARC: Almeida Revistae Corrigida.

Profetismo: Movimentosurgido no século VIII a.C,que marca o início do mi-

nistério profético em Israel.

/ / de julho de 2010

A NATUREZA DAATIVIDADE PROFÉTICA

TEXTO ÁUREO

"Havendo Deus, antigamente, falado,muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais,pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos

dias, pelo Filho" (Hb 1.1).

VERDADE PRATICA

autêntica comunicação profética,•os tempos bíblicos, era feita poríeio de palavras e de figuras, a fime que o povo compreendesse clara-

gem divina.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Nm 12.6Deus fala por meio de sonhos e visões

Terça-1 Sm 3.8-10Deus fala por meio de voz audível

Quarta- 1 Sm 16.7Deus conduz seus profetas

Quinta - 2 Sm 7.4Deus pode falar ao profeta durante à noite

Sexta-2 Sm 12.13Deus usa os profetas para exortar seusfilhos

Sábado - Ez 3.24A palavra profética procede do EspíritoSanto

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Jeremias 1.4-6, 9-14

4 - Assim veio a mim a palavra doSENHOR, dizendo:

5 - Antes que eu te formasse no ven-tre, eu te conheci; e, antes que saíssesda madre, te santifiquei e às naçõeste dei por profeta.

6 -Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ!Eis que não sei falar, porque sou umacriança.

9 - E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eisque ponho as minhas palavras natua boca.

10- Olha, ponho-te neste dia sobre asnações e sobre os reinos, para arran-cares, e para derribares, e para des-truíres, e para arruinares; e tambémpara edificares e para plantares.

11 - Ainda veio a mim a palavra doSENHOR, dizendo: Que é que vês, Je-remias? E eu disse: Vejo uma vara deamendoeira.

\2-Edisse-me o SENHOR: Viste bem;porque eu velo sobre a minha palavrapara a cumprir.

13 - E veio a mim a palavra do SE-NHOR, segunda vez, dizendo: Que éque, vês? E eu disse: Vejo uma panelaa ferver, cuja face está para a bandado Norte.

14 - £ disse-me o SENHOR: Do Nortese descobrirá o mal sobre todos oshabitantes da terra.

.INTRODUÇÃO

Sabemos que Deus falou muitasvezes e de muitas maneiras através dosseus mensageiros (Hb 1.1). Entretanto,pouco se estuda acerca da forma comoos profetas de Deus recebiam a revela-ção divina e como essa mensagem eratransmitida ao povo. Assim, o propósi-to desta lição é estudar a natureza daativídade profética, ou seja, o modusoperandida transmissão dos oráculosdivinos aos profetas e, por conseguin-te, desses ao povo.

I. AS FORMAS DECOMUNICAÇÃO DE DEUS

AOS PROFETAS

1. "[...] Veio a m i m a palavrado SENHOR" (v.4). A expressão "veioa mim a palavra do Senhor" geralmen-te serve para introduzir um diálogo(ou uma visão) entre Deus e o profeta(vv.4,1 1,13). Essa era a forma usualde o profeta do Senhor demonstrarque a sua mensagem veio do Todo-Poderoso. Algumas vezes, o homemde Deus recebia o oráculo divino demaneira íntima e repentina, ocasiãoem que somente ele ouvia a voz divinae ninguém mais. São exemplos dessaforma de comunicação entre o Senhore o seu mensageiro: o que aconteceucom Samuel quando foi ungir Davi (lSm 16.6,7), e o que sucedeu ao pro-feta Isaías ao se encontrar com o reiAcaz(ls 7.3,4).

2. Revelação divina em formade diálogo (vv.6,9,10). Como vimosna leitura bíblica, o fato de Jeremiasrecusar a chamada não era desobedi-ência, mas temor, por causa de suatenra idade. Entretanto, a situaçãopossibilitou um diálogo, onde Deustocou a boca do profeta e disse-lhe:

a instrução de Deus e adeterminação de como devemos

pensar e falar sobre Ele."R. Rhodes

"Eis que ponho minhas palavras natuaboca" (v.9). isso simbolizava a comuni-cação da mensagem divina. Desde en-tão, Jeremias se tornou um porta-vozde Deus, que conferiu-lhe autoridadesobre nações e reinos (v. l 0). Investidodessa autoridade, o profeta cumpriua sua missão de extirpar o pecado e acorrupção generalizada do povo e deanunciar a nova aliança com a vindafuturado Messias (v.l 6; 23.5,6; 31.31 -34; Lc22.20; Hb 9.14,15).

3. Visão ou sonho. Duasoutras principais formas de Deuscomunicar sua mensagem ao profetasão visões e sonhos (Dn 7.1). A visãotransmitida pelo Senhor é algo vistofora da contemplação ou percepçãohumana comum e natural. Já o sonho,sem ser necessariamente uma reve-lação de Deus, é apenas uma sériede imagens acompanhadas de pen-samentos e emoções, que a pessoavê enquanto dorme. Diferentemente,0 sonho profético era outra maneirade Deus se revelar aos profetas (Nm1 2.6), tal como fez com Daniel: "[...]teve Daniel, na sua cama, um sonhoe visões da sua cabeça" (Dn 7.1).

A comunicação da mensagemdivina através das v isões que oprofetajeremias teve é um exemploque ilustra essa forma de o Eternotransmitir seus oráculos:

a) A visão da vara de amendo-eira (vv. 11,12). A primeira visão doprofeta das lágrimas é significativa,pois a amendoeira é uma árvore que

se renova mais cedo para a prima-vera, ou seja, é a primeira a florir. Apalavra hebraica para "amendoeira"ou "amêndoa" é shõqêd, e significa "odespertador", uma vez que o povoa via como o "arauto da primavera".Assim, visto que o verbo shãqadsignifica "vigiar, estar de vigília",havendo apenas uma sutil diferen-ça entre "amendoeira" e "vigiar",o nome dessa planta representa olembrete de que Deus está atento aocumprimento de sua palavra (cf. Jr31.28; 44.27).

b) A visão da panela fervendo(vv. 13-15). Já a segunda visão dadapelo Senhor a Jeremias veio algumtempo depois e mostra uma panelafervendo, virada do norte para aregião da Palestina. O "conteúdo"desse caldeirão (algo sinistro e as-sustador, pois anunciava o trágicodestino da nação judaica devidoaos seus pecados) seria derramadosobrejudá e Jerusalém. Isso era algoassegurado pelo próprio Deus, quese encarregou de dar a interpretaçãoda visão: "Do Norte se descobrirá omal sobre todos os habitantes daterra" (v.l 4). Qual o real significadodessa mensagem? Ao norte de Israelestavam a Fenícia, Síria, Assíria e Ba-bilónia. Porém, ao longo do livro, ficaclaro que a palavra profética refere-seespecificamente ao reino da Babilóniaque dominaria outros povos.

II. AS FORMAS DE TRANSMIS-SÃO DA MENSAGEM

DOS PROFETAS AO POVO

1. Declaração oral e direta.A forma mais usual e conhecidade transmissão profética acontecequando o porta-voz divino leva di-retamente a alguém a mensagem. Éalgo muito comum nos profetas pré-clássicos, por exemplo, os profetas

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e videntes Samuel (l Sm l 5,16,1 7),Nata (2 Sm 7.8-1 7; l 2.7-10), Gade(l Sm 22.5), Hanani (2 Cr 16.7) eElias (l Rs 21,19-27). Essa forma decomunicação ocorre também nosclássicos, mas a sua quantidade deocorrências é menor Cr 38.17). Arespeito do conteúdo dos oráculosdivinos, sabemos que podem ser derepreensão, advertência, conforto ouensino. Quanto ao seu cumprimento,pode ser imediato, no tocante a suageração, num futuro distante ouescatológico.

2. Figuras e símbolos profé-ticos. Outras formas de os arautosproclamarem a mensagem proféticasão as figuras e símbolos. Tratam-sede ilustrações pictóricas utilizadaspelo profeta, cujo objetivo é chamara atenção do seu interlocutor para amensagem, assim como aconteceucom o profeta Aias, que rasgou ummanto em doze pedaços e ofereceudez deles ajeroboão l, comunicando-lhe acerca da divisão do reino deSalomão (l Rs l 1.29-32). O profetaJeremias, orientado por Deus, enter-rou próximo ao rio Eufrates um cintode linho (13 .1 -1 1). Semelhantemen-te, sua ida à casa do oleiro (l 8.2-6)e o uso da canga de madeira sobreo seu pescoço (27.2; 28.12), sãoexemplos dessa forma de comunicara mensagem profética.

3. Casos reais que servemde representação para comu-nicar a mensagem. Uma formarara de comunicação da mensagemdivina é a que envolve casos reais,utilizados para exemplificar a situa-ção entre Deus e o povo. Chamadaem hermenêutica de "oráculo poração", essa forma pode ser exem-plificada mediante a experiência docasamento do profeta Oséias com aprostituta Comer (Os 1.2,3).

III. A QUESTÃO EXTÁTICADO PROFETA

1. Interpretação naturalista.Os intérpretes naturalistas consideramo estado de êxtase como um dos as-pectos mais característicos da ativida- íde dos profetas hebreus, mas negam 2a origem divina de seus oráculos, Eles ~afirmam que o fenómeno do êxtase Sera apenas um estado emocional *da pessoa. Tal linha de pensamento ?pretende igualar os profetas de Deusaos adivinhos, falsos profetas hebreuse aos profetas dos deuses das naçõesvizinhas de Israel. Por conseguinte, éuma "explicação" que deve ser rejeita-da pelos crentes em Cristo Jesus.

2. Falácia dos naturalistas. Ainterpretação naturalista é antibíblica,porque as Escrituras Sagradas declaramque a fonte dos oráculos proféticos é opróprio Deus (Os l 2.10; 2 Pé 1.21). Hána Bíblia inúmeras evidências irrefutá-veis e indestrutíveis que provam seremos profetas de Israel embaixadores deDeus enviados ao povo (Ag 1.13). Umembaixador ou mensageiro não falaem seu próprio nome e nem diz o quequer; ele transmite a mensagem emnome de quem o enviou, por isso, émuito comum o profeta se expressarempregando a primeira pessoa nosseus discursos, pois está falando emnome do Senhor, as palavras que Elemesmo mandou (|r l .9).

3. A base dos naturalistase uma refutação. Alguns relatosbíblicos parecem mostrar alguém pro-fetizando em estado de êxtase comoBalaão: "[...] caindo em êxtase e deolhos abertos" (Nm 24.4,16). Entre-tanto, antes de mencionar um dessescasos e sua respectiva ressalva, é im-portante destacar que o termo "êxtase"sequer aparece no Antigo Testamentocom esse sentido. A ARC emprega o

II

termo, em itálico, para descrever oestado emocional de Balaão enquantoalçava a sua parábola (Nm 24.4,16).O emprego de palavras em itálicono texto bíblico traduzido indica quenão constam explicitamente do textonas línguas originais. Além do mais,Balaão pode ter sido inicialmente umprofeta, mas depois se desviou. Emnenhum lugar do Antigo Testamento,ele é chamado de profeta, antes é re-conhecido como "adivinho" Cs l 3.22).Deus o usou assim como usou a suajumenta; bem como usou a Caifás Oo11.49-52). Quanto ao caso que algunsafirmam ter paralelo com o "êxtase"de Balaão, trata-se de Saul: "[...] e eletambém profetizou diante de Samuel,e esteve nu por terra todo aquele dia e

aquela noite" (l Sm 19.24). Con-

tudo, é bom lembrar que Saul, à épocadessa experiência, estava distanciadode Deus (l Sm 16.14).

CONCLUSÃO

A Bíblia revela que é propósitode Deus, desde Adão, comunicar-secom as suas criaturas racionais paracomunhão, direção, ensino, revelação,exortação e para que possamos enten-dê-IO. O Senhor usou várias formaspara se comunicar com os profetas,e esses, com o povo, de modo que amensagem se tornasse compreensível.Por isso, é de fundamental importân-cia que os seres humanos tambémse interessem pelo conhecimento davontade de Deus, lendo a sua Palavrae sendo instruídos pelos verdadeirosservos do Senhor.

KfcbPUNLJA

l. Quais as formas de comunicação entre Deus e seus profetas?

2. Quais as formas de comunicação entre os profetas e o povo?

3. Cite três figuras usadas por Jeremias para ilustrar a sua mensagem.

4. O que a linha de pensamento naturalista acerca dos profetas de Israelpretende?

5. O que significa o profeta expressar sua mensagem em primeira pessoa?

18 de julho de 2010

As FUNÇÕES SOCIAIS EPOLÍTICAS DA PROFECIA

TEXTO ÁUREO

"Não havendo profecia, o povo se corrompe;mas o que guarda a lei, esse é bem-aventumdo"

(Pv29.18).

VERDADE PRÁTICA

blica é levar o homem a amar a Deusacima de todas as coisas e ao próxi-mo como a si mesmo, a fim de quehaja ordem e bem-estar social.

V,*'.

LEITURA DIÁRIA

Segunda- Êx 2.11Moisés e os direitos humanos

Terça — 2 Sm 12.9» l ONinguém está acima da Lei

Quarta - Is l O. l ,2Governantes que decretam leis injustas

Quinta - Is 58.7A ação social é tema dos profetas

Sexta - J r 7,6O direito do estrangeiro, do órfão e daviúva

Sábado - Pv 14.34A profecia apregoa a paz, a harmonia e a

. justiça social

13

LEITURA BÍBLICAEM CLASSEJeremias 34.8-11,16,17

- A palavra que do SENHOR veio aJeremias, depois que o rei Zedequiasfez concerto com todo o povo que ha-via em Jerusalém, para lhes apregoara liberdade:

- que cada um despedisse forro oseu servo e cada um, a sua serva,hebreu ou hebreia, de maneira queninguém se fizesse servir deles, sendojudeus, seus irmãos.10 - E ouviram todos os príncipes etodo o povo que entrou no concertoque cada um despedisse forro o seuservo e cada um, a sua serva, de ma-neira que não se fizessem mais servirdeles; ouviram, pois, e os soltaram.11 - Mas, depois, se arrependeram,e fizeram voltar os servos e as servasque tinham libertado, e os sujeitarampor servos e por servas.16 - Mudastes, porém, e profanasteso meu nome, e fizestes voltar cadaum ao seu servo, e cada um, à suaserva, os quais já tínheis despedidoforros, conforme a sua vontade; e ossujeitastes, para que se vos fizessemservos e servas.

- Portanto, assim diz o SENHOR:iVós não me ouvistes a mim, para apre-goardes a liberdade, cada um ao seuirmão e cada um ao seu próximo; poiseis que eu vos apregoo a liberdade, dizo SENHOR, para a espada, para a pes-tilência e para a fome; e dar-vos-ei porespanto a todos os reinos da terra.

INTRODUÇÃO

A Bíblia mostra ciara e cons-tantemente o interesse divino pelobem-estar social dos seres humanos.Ajustiça social está presente na Lei enos Profetas, abrangendo o aspectopolítico e religioso. Os profetas de Is-rael combatiam a injustiça social como mesmo ímpeto com que atacavama idolatria. Ainda que muitos delesnão foram ouvidos em sua geração,contudo, preconizaram um modeloético de alto nível para a sociedadede Israel e para todos os povos.

I. O PAPEL POLÍTICOE SOCIAL DA PROFECIA

NAS ESCRITURAS

1. O profeta e o povo. Antesda instauração da monarquia emIsrael, os profetas eram vistos comofiguras centrais pela sociedade, poiseram os únicos canais humanos e le-gítimos de comunicação entre Deuse o povo. Os arautos de Deus eramlíderes não apenas religiosos, mastambém políticos, cujas atividadesproféticas cumpriam importantesfunções de ordem política e social.Isso pode ser percebido claramenteem Moisés (Dt 34.] 0-1 2) e Samuelque, inclusive, iniciou o seu minis-tério num período em que a pro-fecia era escassa (l Sm 3.1,20,21;7.15-17).

2. O profeta e o rei. A partirdo reinado de Davi, os profetaspassaram a fazer parte do grupo deconselheiros do rei. Nata e Gade sãoexemplos desse período (2 Sm 7. l 7;24.1 8,1 9). Suas profecias tinham nãosomente uma função política, mastambém eram importantes para amanutenção da ordem social.

3. O profeta marginalizado.No período dos reis de Israel ejudá,os profetas de Deus ficaram fora doscírculos reais, com exceção de Isaías(39.3). O ministério do profeta mes-siânico se estendeu até os dias dorei Manassés que, segundo a tradi-ção rabínica, mandou serrar Isaías aomeio (Hb 11.37). Com a decadênciaespiritual dos monarcas de Israel, osprofetas desenvolveram seu minis-tério distante do culto central. Dessaforma, se empenharam em mudara estrutura social tanto em Samariacomo em Jerusalém, diante de tantacorrupção e injustiça generalizada.

II. O PROFETAÉ ENVIADO AO REI

1. O princípio do fim do rei-no de Judá. Como vimos na leiturabíblica, embora tenha jurado lealda-de e obediência aos babilónios (2 Cr36.11 -l 4) e, por isso, reinado onzeanos em Jerusalém, o rei Joaquim(que teve o seu nome mudado pelorei da Babilónia, o qual passou achamá-lo de Zedequias) rebeiou-secontra o rei dos caldeus no oitavoano de seu reinado (2 Rs 24.8-1 7).Mesmo já estandojudá sob o domí-nio babilónio, tal postura ocasionoua destituição do rei Joaquim porNabucodonosor em 598 a.C., quemandou levá-lo para a capital doImpério e colocou seu tio, Matanías,em seu lugar.

2. Profecia dirigida ao rei(v.2). O exército dos caldeus, lide-rando as demais tropas dos povosconquistados, estava à volta deJerusalém esperando o assédiofinal. Jeremias já vinha anunciandodurante décadas o trágico fim doreinado de Judá (1.15; 5 .15; 6.22;l 0.22; 25.9). Mesmo assim, em seusoráculos havia esperança de livra-

REFLE.

"E, se abrires a tua ali.faminto e fanares a almt

então, a tua luz nascerá nastrevas, e a tua escuridão serácomo o meio~dia." (Is 5'

mento da parte de Deus se o povose arrependesse de seus pecadose renunciasse às injustiças sociais(7.5-7; 22.3,4). O rei juntamentecom os seus príncipes e a maiorparte do povo rejeitaram a men-sagem de Jeremias e a dos demaisprofetas (2 Cr 36.1 2,1 5,1 6). Agora,cerca de 40 anos depois de proferiresse discurso, Deus encarrega opróprio Jeremias de comunicar aorei que a destruição de Jerusalém éirrevogável: "Eis que eu entrego estacidade nas mãos do rei da Babilónia,o qual a queimará" (v.2).

3. O destino do rei Zedequiasé anunciado (v.3). Se quisesse terpaz, o povo deveria se submeterao rei da Babilónia, pois Jeremiasafirmava em sua mensagem que ocativeiro haveria de durar 70 anos(25 .1 1-14; 29.4-10). Além disso,segundo a profecia divina proferidapor Jeremias contra o rei Zedequias:este seria entregue nas mãos do reide Babilónia (v.3).

Infelizmente, os contemporâne-os deste profeta acreditavam maisna mensagem de um falso profetachamado Hananias, que incitava opovo a se levantar contra o rei deBabilónia, dizendo-mentirosamente- que em dois anos seria quebradoojugo dos caldeus (28.1 l). Por isso,esse profeta era visto com descon-fiança, como um espião em favordos inimigos, e tido como traidor(37.13).

15

III. A QUESTÃODE ORDEM SOCIAL

1. A liberdade dos escravoshebreus (vv.8-10). A legislaçãohebraica sobre o escravo hebreuera diferente da do escravo es-trangeiro. Por razões de falênciaeconómica, o israelita se vendiacomo escravo ao seu irmão, porém,Moisés limitou a escravidão de he-breus ao período máximo de seisanos, quando este devia ser liberto(Êx21.2; Dt 15 .1 -18) . Esse preceito,porém, não era observado (v.14).Quando Jerusalém estava sitiadapelos caldeus, Zedequias resolveulibertar os escravos, esperandocom isso o livramento divino. Era,infelizmente, tarde demais e, acimade tudo, tratava-se de uma reacãoartificial e interesseira.

2. A alforria dos escravosé cancelada (v.ll). O profetaJeremias anunciou que o rei doEgito retornaria a sua terra e o cer-co da Cidade Santa pelos caldeusrecomeçaria Qr 37.5-8 - Convémsalientar que os capítulos do livrode Jeremias não estão em ordemcronológica). Entretanto, os fatosde Faraó ter vindo em socorro deseu aliado Judá, o cerco de Jerusa-lém ter sido suspenso e os caldeusse retirado, fizeram com que o reiZedequias e os seus príncipes nãoacreditassem no profeta de Deus.Assim, pensando estarem salvos doperigo, revogaram a lei da liberta-ção dos escravos (v. l 1).

O pecado maior deles consistiuem desfazer um concerto religiosofeito em nome de Deus e no Tem-plo: "[...] e tínheis feito diante demim um concerto, na casa que sechama pelo meu nome" (v. 15). Acerimónia de libertação dos escra-

vos foi um pacto feito no Templo,quando eles sacrificaram um bezer-ro, dividindo-o ao meio, passandoem segu ida ent re as metades(v. l 8). Esse, aliás, era um métododos povos antigos de ratificar umtratado (Cn 15.10,17). Esse ritualsignifica que a parte que violar opacto terá o mesmo destino doanimal sacrificado. Assim, este eraum ato ignominioso de traição e dedeslealdade, acrescido do perjúrio(Êx 34.18,20).

3. A indignação divina(vv.16,1 7). Em vez dos babilónios,foi o próprio Deus quem liberou aespada para a destruição de Judá.A reacão divina contra a atitude in-digna e vergonhosa de Zedequias,de seus príncipes e dos grandesdejudá, tinha a sua razão de ser. Aparte final do capítulo 34 descreveo duro juízo do Senhor sobre opovo escolhido.

CONCLUSÃO

A palavra dos profetas não foivã, eles lutaram por uma causa no-bre, ainda que, como foi dito, nãoforam ouvidos em sua geração. Nãoobstante, seus ideais atravessaramos séculos e até hoje impressionampolíticos, filósofos, economistas,intelectuais, religiosos etc. Em fren-te ao edifício das Nações Unidas,em Nova Iorque, encontra-se ummonumento chamado "Parede deIsaías", no Parque Ralph Bunche,onde está escrita a seguinte profe-cia: "[...] uma nação não levantaráa espada contra outra nação, nemaprenderão mais a guerra" (is 2.4- ARA). Há somente um que tempoder para transformar essa ex-pectativa profética em realidade,Ele se chama Senhor Jesus Cristo,o Príncipe da Paz (Is 9.6).

RESPONDA

1. Quem eram as figuras centrais em Israel no período que antecedeu amonarquia?

2. Por que o profeta Jeremias era visto com desconfiança, como traidor danação?

3. O que esperava o rei Zedequias com a libertação dos escravos?

4. Por que Zedequias revogou a libertação dos escravos?

5. Quem é o único que pode trazer a paz entre as nações?

VOCABULÁRIO

fgnomioso: Repulsivo,infame.

Perjúrio: Juramentofalso.

Preconizar: Apregoar,propagar.

25 de julho de 2010

PROFECIA E MISTICISMOTEXTO ÁUREO

"Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos,f o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos

profetas que estão no meio de vós, nem osvossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos

sonhos que sonhais" Ur 29.8).

VERDADE PRÁTICA

Embora o sobrenatural fascine o serhumano, muito do que ocorre, nesse

ibito, não procede de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Cn 41.8O fracasso dos sábios adivinhadores

Terça - Êx 8.18A enganação dos magos continua aindahoje

Quarta- Dn 2.2-5A antiga falácia dos magos e astrólogos

Hepatoscopia praticada porNabucodonosor

Sexta-Os 4.12Rabdomancia feita pelo espírito de luxúria

Sábado - Lv 20.27A Bíblia condena toda forma de práticadivinatória

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Deuteronômio 13.1-5; 18.10-12

Deuteronômio 13• - Quando profeta ou sonhador desonhos se levantar no meio de ti e teder um sinal ou prodígio,2 -e suceder o tal sinal ou prodígio,de que te houver falado, dizendo:Vamos após outros deuses, que nãoconheceste, e sirvamo-los,3 - não ouvirás as palavras daqueleprofeta ou sonhador de sonhos, por-quanto o SENHOR, vosso Deus, vosprova, para saber se amais o SENHOR,vosso Deus, com todo o vosso coraçãoe com toda a vossa alma.4 - Após o SENHOR, vosso Deus,andareis, e a ele temereis, e os seusmandamentos guardareis, e a sua vozouvireis, e a ele servireis, e a ele vosachegareis.5 - E aquele profeta ou sonhador desonhos morrerá, pois falou rebeldiacontra o SENHOR, vosso Deus, quevos tirou da terra do Egito e vosresgatou da casa da servidão, paravos apartar do caminho que vos or-denou o SENHOR, vosso Deus, paraandardes nele; assim, tirarás o maldo meio de ti.

Deuteronômio 1810 - Entre ti se não achará quemfaça passar pelo fogo o seu filho oua sua filha, nem adivinhador, nemprognosticador, nem agoureiro, nemfeiticeiro,

.. -nem encantador de encantamen-tos, nem quem consulte um espíritoadivinhante, nem mágico, nem quemconsulte os mortos,12 -pois todo aquele que faz tal coisaé abominação ao SENHOR; e por estasabominações o SENHOR, teu Deus, aslança fora de diante de ti.

INTRODUÇÃO

Devido à popularidade que osmeios de comunicação dão às ques-tões espirituais, algumas expressõesque antes eram restritas a gruposespecíficos, acabaram tornando-secomuns. Um bom exemplo são ostermos "profecia" e "misticismo". Maso que de fato significam? Profecia éa mensagem ou palavra do profeta.Já o misticismo, no sentido em quevamos enfocar, é a tendência para aunião espiritual íntima com seres es-pirituais tenebrosos (Ef 6.1 2). Nessalição, trataremos das manifestaçõesocultistas e esotéricas dos místicosno Antigo Testamento, os quais ten-taram imitar a autêntica experiência1!dos verdadeiros profetas de Israel, gO mesmo acontece hoje em relaçãoà mensagem do evangelho de JesusCristo. Há pessoas que desejamimitá-lo, sem necessariamente terconhecimento e compromisso algum r

com a fé cristã.

I. AVALIAÇÃO DA PROFECIA |

1. Os embusteiros (13.1). *Quando o texto de Deuteronômio J13.1 fala sobre "profeta" ou "sonha-ldor", na realidade está referindo-se aalguém que se apresenta como tal, eé possível que ele realize perante opovo "um sinal ou prodígio". Contu-do, tal milagre em si não é garantia deque o seu ministério seja de origemdivina. O reformador alemão, Marti-nho Lutero, dizia com razão que oDiabo é o maior imitador de Deus.Jesus afirmou que tais impostores"farão tão grandes sinais e prodígiosque, se possível fora, enganariam atéos escolhidos" (Mt 24.24). E o após-tolo Paulo nos adverte dizendo quel

19

, de viver com G culturapopular pode ser tão sério paraos cristãos modernos, como a

perseguição e as pragas forampara nossos irmãos."

até "Satanás se transfigura em anjo deluz" (2 Co 11.14). Assim, à luz do textosagrado, é possível alguém manifestartais sinais e maravilhas sem necessaria-mente ser um servo de Deus.

2. Como identificar a fonte domilagre? (13.2). A primeira e maissegura regra de autenticação dos pro-dígios realizados por alguém é a suacoerência bíblica. É impossível alguémoperar milagres da parte do Senhor e,ao mesmo tempo, adotar uma teologiacontrária à Bíblia, ou seja, quem ensinaao povo a seguir a um deus estranhoestá incitando a rebelião contra Deus(Dt 13.5). Jesus disse: "[...] por seusfrutos os conhecereis" (Mt 7.16). Otermo "frutos" não diz respeito apenasao testemunho pessoal, pois há ateus epraticantes de doutrinas ocultistas quetêm um excelente testemunhojunto àfamília e diante da sociedade. Ao falardos "frutos", o Senhor Jesus Cristoreferiu-se mais ao conteúdo teológicodo pregador milagreiro e enganador.

3. Deus usa o falso profe-ta para provar os seus servos(13.3). Como já foi dito, uma dasformas mais simples de avaliação deum falso profeta é o conteúdo de suamensagem. Se a cosmovisão religiosae filosófica do profeta, ou sonhador,acerca de Deus, do ser humano edo mundo afasta-se das Escrituras,contrariando a doutrina bíblica, ain-da que ele faça descer fogo do céuà nossa vista e impressione o povo,devemos continuar firmes em nosso

lugar, pois tais manifestações são defonte estranha. Conforme vimos naleitura bíblica, Deus permite que es-sas coisas aconteçam para nos provar(1 3.3). Isso é ainda mais válido paraos dias atuais com tantos inovadoresmilagreiros, falsos cristos e pregado-res de "outro Jesus, outro espírito eoutro evangelho" (2 Co 11.4).

II. PRÁTICAS DIVINATÓRIAS

1. As abomináveis práticasdivinatórias (18.9). Moisés enu-merou algumas práticas divinató-rias comuns entre os cananeus (Dtl 8.1 4), e o profeta Isaías preveniu opovo sobre algo semelhante obser-vado pelos egípcios (Is 19.3); todasessas coisas Israel devia rejeitar. Issovale também para os cristãos, poistais práticas existem ainda hoje nasociedade. Elas abrangem direta ouindiretamente: magia, astrologia,alquimia, clarividência, taro, búzios,quiromancia, necromancia, numero-logia, levitação, transe etc. São prá-ticas repulsivas aos olhos de Deusporque representam uma formainfame de idolatria e demonismo.

2. Adivinhador, prognosti-ca d o r, agoureiro, feiticeiro, en-cantador, necromante e mágico(18.10,11). O "adivinhador" ou "adi-vinho" é quem pratica a adivinhação.Como parte da magia, essa prática éuma antiga arte de predizer o futuropor meios diversificados: intuição,explicação de sonhos, cartas, leiturade mão etc. O termo "prognosticador"é uma das possíveis traduções dohebraico onert, e literalmente significa"fazer agouros pela nuvem". É aqueleque pratica mágica, vaticínio, pres-ságio, prognóstico e tenta prever ofuturo por meio de sortilégios.

O agoureiro é o que pratica agou-ros, uma forma de magia especializa-

20

da em tentar predizer males e desgra-ças (2 Rs l 7.1 7). A palavra hebraicaempregada para "feiticeiro" é usadatambém para "bruxo"; os tais faziamparte do grupo de conselheiros deFaraó, com os seus sábios e magos(Êx7.11). O termo hebraico traduzidoem nossas versões por "encantadorde encantamentos" denota "amarrar"alguém por meio de mágica. É o pra-ticante de macumba, de despachoetc. A palavra hebraica usada para"espírito adivinhante" ou "necroman-te", na ARA, tem sentido abrangente:médium, espírito, espírito de mortos,necromante e também mágico (Lv19.31; 20.6; Is 8.19; 29.4).

3. Bruxo e bruxaria. Bruxoé o praticante da magia negra quevisa fazer o mal (qualquer forma deadivinhação em si mesma já é ummal). A bruxaria chegou ao seu apo-geu na Idade Média. Hoje, as bruxassão apresentadas, pela mídia, comoheroínas belas para as crianças eadolescentes. Tenha cuidado!

III. A NECESSIDADEDA PROFECIA BÍBLICA

1. A voz de Deus na terra. Aprofecia bíblica é a voz de Deus naterra para nortear homens e mulhe-res no caminho seguro para o céu; étambém chamada de a "profecia daEscritura" (2 Pé l .20). Mesmo com aqueda do homem no Éden, o Senhornunca deixou de se comunicar com assuas criaturas racionais. Através dospatriarcas, reis, sacerdotes e profetas,Ele revelou a si mesmo e se propôsa habitar no meio do seu povo (Êx25.8; 29.45,46). Naatualidade, avozdo Senhor pode ser ouvida atravésda Palavra de Deus, que é pregadaao mundo inteiro por meio da "igrejado Deus vivo, a coluna e firmeza daverdade" (l Tm 3.l 5).

2. Revelação dos arcanos di-vinos. Ao falar sobre o fato de Jesusser o cumprimento da mensagemdos profetas, o apóstolo Pedro disseque "agora", ou seja, para nós queestamos presenciando a materializa-ção dos vaticínios e arcanos divinos,precisamos atentar ainda mais para a gimportância de tais mensagens, pois Jjcumprem o propósito de servirem ^como um norte, "até que o dia escla-reça, e a estrela da alva apareça emvosso coração" (2 Pé 1.19).

3. O contraste entre a verda-deira profecia e as práticas pagãs.A Leitura Bíblica em Classe e as demaisreferências citadas nesta lição revelama gravidade das práticas ocultistas eesotéricas, as quais tentam imitar aprofecia bíblica. Elas são demoníacas,portanto, condenadas pela Palavra de Deus. O objetivo dos adivinhadores, Jmagos, prognosticadores, agoureiros,';necromantes etc., é o mesmo dos tempos bíblicos: fazer frente à vonta- £de de Deus e ao evangelho de Jesus íCristo, levando o povo ao desvio do*único caminho certo, à semelhançadejanes e Jambres que "resistiram aiMoisés, assim também estes resistem ".„•à verdade" (2 Tm 3.8).

CONCLUSÃO

Cada crente em Jesus deve sersóbrio e vigilante diante da atu-al avalanche de crenças e práticasdisseminadas no mundo atual. Talpopularidade ocorre principalmentepor causa dos meios de comunicação(livros, revistas, internet, televisão,esta última principalmente atravésde novelas, programas de auditórios,filmes e seriados), os quais fazem asociedade encarar tudo como se taispráticas fossem naturais, comuns einofensivas. Os formadores de opiniãoapresentam tais coisas como modis-

>] Bi. 21

mós, mas aos olhos de Deus são umaabominação (Dt 18.9-12; Ap 9.21;21.8). Nós temos a Bíblia, o Senhorje-

sus Cristo e o Espírito Santo, portanto,deixemo-nos serguiados e ensinadospelo Consolador GO 14.26).

RESPONDA

l. Que são profecia e misticismo?

2. O milagre ou prodígio garante a origem divina do ministério?

3. Por que as práticas religiosas dos cananeus e dos egípcios mencionadasem Dt l 8. l O, l l, são repulsivas aos olhos de Deus?

4. Qual o objetivo dos adivinhadores em todas as suas formas de adivi-nhação?

,.,, 5. O que e quem temos nós, os cristãos, para nortear a nossa vidaespiritual?

VOCABULÁRIO

Arcano: Segredo, mistério.

Embusteiro: Impostor,mentiroso.

Prognóstico: Presságio,predição.

B Sortilégio: Magia negra.

22

Lição 501 de agosto de 2010

AUTENTICIDADEDA PROFECIA

i'.fT* * ' í - . >..'•' l í-

TEXTO ÁUREO

"f tu, Belém Efrata, posto que pequena entre mi-_"j. lhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor£7 em Israel, e cujas origens são desde os tempos

\antigos, desde os dias da eternidade" (Mq 5.2).

VERDADE PRATICA

A autenticidade da profecia bíblicapode ser averiguada através desua precisão e cumprimento fiel einsofismável.

LEITURA DIÁRIA

ri A descendência do Messias

Terça-Is 7.14O nascimento do Messias

Quarta-Is 9. l,2£ O lugar em que o Messias iria morar

HN A entrada do Messias em Jerusalém

ta-SI 41.9; Jo 13.18' } O traidor do Messias

Sábado-SI 16.10; At 13.34-38ressurreição do Messias

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Isaías 53.2-9

- Porque foi subindo como reno-vo perante ele e como raiz de umaterra seca; não tinha parecer nemformosura; e, olhando nós para ele,nenhuma beleza víamos, para que odesejássemos.

- Era desprezado e o mais indignoentre os homens, homem de dores,experimentado nos trabalhos e, comoum de quem os homens escondiam orosto, era desprezado, e não fizemosdele caso algum.4 - Verdadeiramente, ele tomou so-bre si as nossas enfermidades e asnossas dores levou sobre si; e nós oreputamos por aflito, ferido de Deuse oprimido.

- Mas ele foi ferido pelas nossastransgressões e moído pelas nossasiniquidades; o castigo que nos traza paz estava sobre ele, e, pelas suaspisaduras, fomos sarados.

- Todos nós andamos desgarradoscomo ovelhas; cada um se desviavapelo seu caminho, mas o SENHORfez cair sobre ele a iniquidade de nóstodos./ - Elê foi oprimido, mas não abriua boca; como um cordeiro, foi levadoao matadouro e, como a ovelha mudaperante os seus tosquiadores, ele nãoabriu a boca.8 - Da opressão e do juízo foi tirado;e quem contará o tempo da sua vida?Porquanto foi cortado da terra dosviventes e pela transgressão do meupovo foi ele atingido.9 - £ puseram a sua sepultura comos ímpios e com o rico, na sua morte;porquanto nunca fez injustiça, nemhouve engano na sua boca.

INTRODUÇÃO

O cumprimento das inúmerasprofecias bíblicas a respeito dos reisNabucodonosor, Ciro e Alexandre-oGrande, das nações do Egito, Assíriae Babilónia, das cidades de Tiro eSidom e especificamente acerca deIsrael e Jerusalém, constitui-se umaprova incontestável da origem, ins-piração e autenticidade divinas dosoráculos dos antigos profetas he-breus. Isso sem falar no tema princi-pal das profecias veterotestamentá-rias-o Senhor Jesus Cristo, em seusdois adventos - do qual uma grandeparte teve cumprimento na vida,obra e ministério terreno do Filhode Deus. Devido à relevância de talassunto, nessa lição nos deteremosa analisar as profecias messiânicasregistradas em Isaías 53,

I. O DESPREZO DO SENHOR

1. A apresentação do Senhor.Na realidade, a conhecidíss imaprofecia de Isaías 53, inicia-se nocapítulo anterior, em que o profetaapresenta o Servo do Senhor da se-guinte forma: "Eís que o meu servooperará com prudência" (52.13). ONovo Testamento confirma terminan-temente que o mais messiânico dosprofetas está, incontestavelmente,falando do Senhor Jesus Cristo.Trata-se, portanto, de uma genuínae autêntica mensagem profética daparte do Senhor Deus (At 8.28-35).

2. A mensagem do Senhor.Uma das singularidades do ministé-rio de Nosso Senhor Jesus Cristo foiexatamente o teor de sua mensagem(Jo 7.46). Não obstante, o capítulo53 inicia Já com a pergunta: "Quemdeu crédito à nossa pregação?" (v. l),

demonstrando que a prédica do Mes-sias seria rejeitada. É contraditórioentender o fato de que apesar dosmilagres extraordinários operadospelo Filho de Deus e de sua pregaçãorepleta de autoridade e poder, mui-tos não criam nEle (Jo l 2.37,38; Rm10.16). Até mesmo os de sua casanão compreenderam o seu ministério(Mc 3.21;Jo 7.5).

3. A aparência e a rejeição doSenhor. Não há como saber os traçosfísicos dejesus, mas é bem possívelque a sua aparência física contrariea de todos os filmes já produzidos,pois a palavra profética declara que"nenhuma beleza víamos, para queo desejássemos" (v.2b). A rejeição doSenhor foi tão grande que se iniciouainda em seu nascimento! Não haviaespaço adequado para o nascimentodo Filho de Deus em Belém e, porisso, sua mãe deu-o à iuz em umamanjedoura (Lc 2.7). Em Isaías 53,duas vezes o versículo três afirmaque Ele era "desprezado" e terminadizendo: "não fizemos dele casoalgum". Tal descortesia cumpre-sede forma notória nos EvangelhosOo 1.10,11).

II. A PAIXÃO E A MORTEDE NOSSO SENHOR

JESUS CRISTO

1. O sofrimento sem igualde Jesus. Apesar de todo o despre-zo sofrido por Nosso Senhor JesusCristo ao longo de sua vida terrena,os seus últimos dias, iniciados noGetsêmaní, onde a sua agonia foi detal intensidade que o fez suar gotasde sangue (Lc 22.44), foram de umsofrimento indescritível. E o queEle padeceu a partir de sua prisão?É exatamente assim que o profetaIsaías descreve o Senhor: Ele era um"homem de dores" (v.3) e que "foi

REFLEXÃO

"As verdades objetivas damorte e ressurreição de Cristo

são G base para a nossajustificação." Lutzer

oprimido" (v.7). Isaías apresenta-otambém como um homem impecávele perfeito em tudo, "porquanto nun-ca fez injustiça, nem houve enganona sua boca" (v.9). O apóstolo Pedro,que conviveu com Jesus cerca detrês anos, confirma essa profecia (1Pé 2.22). Sim, Jesus foi "cortado daterra dos viventes" (v.8) como umcriminoso e malfeitor.

2. O silêncio de Jesus. O pro-feta compara o Filho de Deus em seujulgamento e morte ao cordeiro lê-vado ao matadouro e à ovelha mudadiante de seus tosquiadores: Ele "nãoabriu a sua boca" (v.7). Assim agiu oSenhor diante do sumo sacerdote noSinédrio (Mt 26.63) e perante PôncioPilatos (Mt 27.1 2,1 4). O profeta, peloEspírito, certamente via as cenasdesses interrogatórios. Portanto,o fato de Jesus não ter cometidonenhum delito e de as acusaçõessobre Ele não terem sido provadasdemonstram a total arbitrariedadedo julgamento do Mestre, realçando0 fracasso da justiça humana.

3. A crucificação e a sepultu-ra de Jesus (v.9). Isaías anuncia deantemão que o Senhor Jesus Cristo"foi contado com os transgressores",e reafirma a verdade de que Ele carre-gou nossos pecados. Os Evangelhosrelatam que Jesus foi crucificadoentre dois salteadores (Mt 27.38; Mc1 5.27,28), mostrando, assim, a au-tenticidade da profecia bíblica. Noteque as palavras de Cristo no alto dacruz: "Pai, perdoa-lhes, porque não

sabem o que fazem" (Lc 23.34),foram também preditas por Isaías,quando o profeta diz que o Messias"pelos transgressores intercedeu"(v. l 2).

A análise profética fica maisinteressante e rica, quando Isaíasprediz que a "sepultura" de Jesusfoi colocada entre a dos "ímpios"(v.9). Isso significa que os oposi-tores de Jesus queriam dar-lhe umsepultamento vergonhoso e vilcomo o de um criminoso. Tal coisaera considerada opróbrio em Israel(Is 14.19). Porém, o plano delesfalhou, pois o profeta diz que oMestre Jesus foi contado "com orico, na sua morte" (v.9). Ou seja:o Filho de Deus foi enterrado hon-rada e dignamente. Os Evangelhos,confirmando Isaías, revelam que

j um homem rico, chamado José,i da cidade de Arimatéia, cedeu umtúmulo novo, cinzelado na rocha,para que neste fosse posto o corpodo Mestre (Mt 27.57,58,60).

III. LIÇÕES DOUTRINÁRIASDO SACRIFÍCIO DE CRISTO

1. As nossas dores e asnossas enfermidades. O profeta,além de preanunciar detalhes davida e do sofrimento do Messias,também destacou grandes doutri-nas oriundas da morte expiatóriade Cristo. Um dos maiores ensi-namentos é a vicariedade de seu

\O

"5ó depois de tomarmos panena morte de Cristo é que há apromessa de tomarmos parte

sua ressurreição."

sacrifício. Isto é, Ele padeceu emnosso lugar, tomando sobre si "asnossas enfermidades e as nossasdores" (v.4). A expiação que o Filhode Deus nos propicia abrange, alémda cura física, a espiritual (v.5),conforme atestamos pela leiturado Novo Testamento (Mt 8.17; lPé 2.24).

2. Os nossos pecados. Je-sus sofreu não por ter cometidopecado, mas porque agradou aDeus "moe-lo, fazendo-o enfermar",colocando a sua "alma [...] porexpiação do pecado" (v. 10). Essafoi a vontade de Deus: que o justosofresse pelo pecador (w. l 0,1 l b).O profeta mostra tratar-se, como jáfoi dito, de uma morte vicária (Rm3.25; 5.18,19; 2 Co 5.21).

3. A humildade e o amor deJesus Cristo. É digno de destaqueo fato de o Senhorjesus Cristo terse despido de toda a sua glóriapara tornar-se como um de nós (Fp2.3-1 1). Tal humildade e amor be-nevolente servem-nos de exemplopara que possamos agir da mesmaforma em relação aos nossos seme-lhantes GO 3.16; l Jo 3.16).

CONCLUSÃO

Há abundantes evidências emo Novo Testamento sobre o fielcumprimento de Isaías 53. A Teo-logia Sistemática (CPAD) de StanleyHorton, na página 91, informa queo professor americano Peter W. Sto-ner examinou oito profecias sobreJesus, no Antigo Testamento, e con-cluiu que navidade uma pessoa, aprobabilidade dos oito casos seremcoincidências é de l em 1017,ou seja, l em cem quatr i lhões(l 00.000.000.000.000.000).

A única explicação racionalpara o fiel cumprimento das pró-

fecias da Bíblia é que Deus tudorevelou aos seus profetas. Não setrata, portanto, de manipulaçõeshumanas. As profecias messiânicas

já cumpridas mostram-nos a auten- ^ticidade da Bíblia e advertem-nos "de que as profecias escatológicastambém se cumprirão.

RESPONDA

l. Quem é o Servo do Senhor mencionado em Isaías 52.1 3—53.1 2?

2. Em que texto bíblico do Novo Testamento afirma-se que as pessoas nãocriam em Jesus?

3. Que tipo de cura alcança a obra da expiação?

4. Por que Jesus sofreu?

5. O que nos mostra a autenticidade da profecia bíblica?

VOCABULÁRIO

Cinzelado: Lavrado ouesculpido a cinzel. |>

Lição 608 de agosto de 2010

PROFETAS MAIORESE MENORES

TEXTO ÁUREO

"E, começando por Moisés e por todos os pro-fetas, explicava-lhes o que dele se achava em

todas as Escrituras" (Lc 24.27).

VERDADE PRÁTICA

Embora sejam classificados em maio-res e menores, os profetas do AntigoTestamento foram todos, de igualmnri/y inspirados verbal e plenaria-

pelo Espírito Santo de Deus.

iRIA

Segunda - Mt 3.3Citação de Isaías em o Novo Testamento

Terça - Mt 16.14Menção de Jeremias no Evangelho

Quarta-Mt 24.15Menção de Daniel pelo Senhor Jesus Cristo

Quinta-Mt 12.39-41Jonas é mencionado por Jesus

Sexta-At 2.16O profeta Joeí é mencionado em Atos

Sábado - Lc 24.44Os Santos Escritos de todos os profetasformam um só corpo literário

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Romanos 9.25-29

25 - Como também diz em Oséias:Chamarei meu povo ao que não erameu povo; e amacia, à que não eraamada.

-E sucederá que no lugar em quelhes foi dito: Vós não sois meu povo, aíserão chamados filhos do Deus vivo.

27 - Também isafas clamava acer-ca de Israel: Ainda que o númerodos filhos de Israel seja como aareia do mar, o remanescente é queserá salvo.

28 - Porque o SENHOR executará asua palavra sobre a terra, completan-do-a e abreviando-a.

29 - E como antes disse Isafas: Se oSENHOR dos Exércitos nos não deixa-ra descendência, teríamos sido feitoscomo Sodoma e seríamos semelhantesa Comorra.

REFLEXÃO

"Oseias com sua teologiade amor prepara o panode fundo para a ideia do

Novo Testamento de que aexistência só é percebida num

relacionamento com Deus,"Oscar Reed

INTRODUÇÃO

Todos os profetas, tanto os;pré-clássicos como os clássicos,têm a mesma autoridade divina eigualmente falaram em nome doSenhor. Os chamados clássicos sãoos profetas literários, divididos emdois grupos: Maiores e Menores. Alição de hoje apresenta um breveestudo do texto da Leitura Bíblica emCiasse e, em seguida, uma explana-ção acerca de dois grupos dos livrosproféticos em consideração.

l. OSEIAS -O PROFETA MENOR

1. Oséias em o Novo Tes-tamento. É sabido que a "Bíblia"dos tempos do Novo Testamentoconsistia exatamente no que hojeconhecemos como o Antigo Testa-mento. Por isso, o apóstolo Paulofundamentava sua pregação e seuensino na Lei e nos Profetas e diziaque não pregava outra coisa senão oque "os profetas e Moisés disseramque devia acontecer" (At 26.22). Notexto de Romanos 9, por exemplo,o apóstolo dos gentios cita o nomede Oséias (v.25a) e faz referência aotexto do profeta (Os 2.23).

Note na Leitura Bíblica em,.Classe que, em seguida, o aposto-5Io Paulo cita outro profeta, Isaías. aAlgo que chama a atenção é o fato 'de o apóstolo citar os dois profetasexatamente na ordem em que seencontram em nossa Bíblia: Oseias,o primeiro dos Profetas Menores eIsaías, dos Maiores.

2. A vocação dos gentiosprevista em Oseias. A históriadeste profeta, como já foi dito nasegunda lição, é um dos casos raros

A '

"O amor-eleição de Jeová porIsrael era a base e a causa

única da existência do concertoentre Deus e Israel."Oscar Reed

em que a condição pessoal do profe-ta serviu para retratar a mensagemdivina; é o que chamamos de "orácu-lo por ação". Sua história dramáticaé conhecida por todos os que lêema Palavra de Deus. Até mesmo osnomes de seus filhos descreviam asituação do relacionamento entreo Senhor e Israel. Lo-Ami, terceirofilho de Comer, mulher do profetaOseias, era ilegítimo, pois ela haviaadulterado (Os 1.8,9). Esse nomesignifica "nãojppvo-meu", isto é, "nãoésjrieu filho".

Assim como o adultério rompeos laços matrimoniais, Israel, porcausa de sua infidelidade a Deus,havia quebrado o concerto divinofirmado no Sinai. Entretanto, a pro-fecia contempla um fim glorioso paraIsrael: T-J^J^zAmj direj: Tu_és meupovo!" (Os 2.23). É exatamente essa amensagem que o apóstolo aplica aosgentios que se convertem medianteo evangelho de Cristo: "Chamareimeu povo ao que não era meu povo"(Rm 9.25).

3. A interpretação apostóli-ca. Assim como os hebreus desvia-dos dos dias de Oseias ofereciamsacrifícios aos deuses falsos, osgentios adoravam aos ídolos. Taiscultos eram, na verdade, oferecidosaos demónios (l Co 10.20). Entre-tanto, Deus mudaria a sorte de "Lo-Ami" (nesse caso, a utilização de seunome consiste em uma sinédoquerepresentando Israel), pois "no lugaronde se lhes dizia: Vós não sois meu

povo, se lhes dirá: Vós sois filhosdo Deus vivo" (Os 1.10). Da mesmaforma, Paulo interpretou o texto deOseias, declarando que o SenhorDeus igualmente mudou a condiçãodos gentios que se converteram àfé cristã: "Vós não sois meu povo,aí serão chamados filhos do Deusvivo" (v.26).

II. ISAÍAS - O PROFETA MAIOR

1. Explanação apostólica(v.27), O apóstolo Paulo aplica aprofecia de Isaías acerca do remanes-cente fiel aos judeus de sua geração,porque apenas uma minoria delesveio a crer em Jesus. A explanaçãoapostólica tem sua razão de ser.O profeta Isaías, preanunciando adestruição do Reino do Norte pelosassírios, destaca "os resíduos" de Is-rael (Is l 0.20), que, sendo poupadospor Deus, viriam posteriormente a seconverter (v.21). Em outras palavras,a maior parte daquele povo ia pere-cer (Is 10.22).

2. O cumprimento das pro-messas de Deus (v.28). Na re-alidade, não somente o versículo28, mas toda esta seção (vv.27-29)demonstra que o cumprimento daspromessas do Senhor é um fato. Con-tudo, este se concretiza no tempode Deus, e não o contrário. Assim,a despeito de a rejeição de Israel aDeus ser uma realidade e a aceitaçãoda mensagem de salvação pelosgentios ser um fato observável, aspromessas do Senhor para os judeusnão falharam. O profeta fala de umaparte de Israel que será salva, ouseja: o remanescente fiel.

3. A graça de Deus prenun-ciada por Isaías (v.29). No ver-sículo 29, o apóstolo Paulo volta acitar o profeta messiânico, fazendoalusão a Isaías l .9. Ele faz coro com

30

o profeta, reconhecendo que se nãofosse a misericórdia de Deus, o rema-nescente de Israel teria desaparecidoda terra assim como aconteceu comSodoma e Comorra. O apóstolo Pauloestá, com isso, advertindo os judeusa reconhecerem a graça de Deus e aconverterem-se ao Senhor, a fim de se-rem salvos (Rm 3.9,23,30; Cl 3.22).

III. CLASSIFICAÇÃODOS LIVROS PROFÉTICOS

1. Os Profetas Maiores. É umadesignação utilizada para identificaro primeiro conjunto de cinco livrosdos profetas. Eles são chamados de"maiores" por causa do volume doseu conteúdo literário. Os três maisvolumosos são Isaías, Jeremias eEzequiel. Apesar de o livro de Lamen-tações conter apenas cinco capítulos eo de Daniel doze, ambos pertencem aogrupo dos profetas maiores.

2. Os Profetas Menores. Sãoos dflzp livros que sucedem os pro-fetas maiores: Oseias^Joej, Amos,Óbadias, Jonas, Miqueias, Naum,Habacuque, Sofojiias, Ãgejj, Zacariase~Malaquias. Apesar de ser doze onumero de livros, todo o materialliterário dos profetas menores éconsiderado como um só livro nocânon judaico. A designação deve-seao seu pequeno volume literário emcomparação aos de Isaías, Jeremiase Ezequiel, e não quanto à qualidadeda inspiração divina.

3. A autoridade do mi-nistério profético do AntigoTestamento na Nova Aliança. Oapóstolo Paulo citou Oseias e Isaí-as, reconhecendo a inspiração e aautoridade divinas de ambos. Elesclara e distintamente ouviram a vozde Deus, tendo plena consciência darevelação recebida do Senhor porintermédio do Espírito Santo.

"De acordo com o livro deIsaías, o remanescente justo éa minoria grandiosa de Deus,a semente de um início novo

e puro surgindo a cada crise.Ross Price

Todos eles foram impelidospelo Espírito do Senhor para de-clarar os oráculos divinos ao povo.Alguns dos profetas menores foramcontemporâneos dos maiores, comoOseias, Amos e Miqueias, que vive-ram na mesma época de Isaías. Osúltimos dias da vida de Sofonias,por exemplo, coincidiram com osprimeiros de Jeremias. Seus temasforam os mesmos, porquanto pro-fetizaram a respeito do Messias,de Israel, das nações vizinhas e dajustiça social.

As Escri turas Sagradas nãofazem distinção entre os dois gru-pos. Com exceção de Lamentações,Ezequiel, Óbadias e Sofonias, quenão são citados diretamente em oNovo Testamento (apesar de haverno texto neotestamentário inúmerasreminiscências de tais livros), todosos demais livros são citados direta-mente pelo Senhorjesus e pelos seus *apóstolos. Seis deles são citados?por nome: três Maiores: Isaías (Mtg3.3), Jeremias (Mt 2.17) e Daniel (Mt24.1 5); e três Menores: Oseias (Rm9.25),Jonas (Mt 12.39-41) ejoel (At2.1 6). Uma curiosidade é que depoisdo livro dos Salmos, Isaías é o maiscitado em o Novo Testamento.

CONCLUSÃO

Os livros dos profetas menoresnão são secundários, nem os dos

31

'•maiores mais importantes. Todossão inspirados verbal e plenaria-

jamais viríamos a entender o planode Deus para Israel, para os gentios

mente pelo Espírito Santo. Sem eles, ! e para a nossa vida em particular.

_^- n***-*- , i "-*

RESPONDA

U, í - Qual o primeiro livro dos Profetas Maiores e dos Profetas Menores?

•5 J>£ ./.ú'X9 c$.o p.

' ; f Si _;..-,- M f>>

2. Qual é a ordem dos livros proféticos em nosso Cânon?

3. Por que esses livros são chamados de "Profetas Maiores" e "ProfetasMenores"?

4. Como é considerado o material literário dos Profetas Menores no CânonJudaico?

5. Quais os profetas maiores e menores mencionados por nome em oNovo Testamento?

! VOCABULÁRIO

Cânon judaico: 24 livrosagrupados em Lei ou Ins-trução, Profetas e Escritos.

Reminiscência: Memó-ria, recordação.

32

7 5 de agosto de 2010

Os FALSOS PROFETASTEXTO ÁUREO

"Quando o tal profeta falar em nome do 5E-^£ NHOR, e tal palavra se não cumprir, nem su-

~~""'eT' ceder assim, esta é palavra que o SENHOR nãofalou; com soberba a falou o tal profeta; não

tenhás temor dele" (Dt 18.22).

VERDADE PRÁTICA

O alvo dos falsos profetas é des-construir a verdade do evangelho ecombater os autênticos arautos do

LEITURA DIÁRIA

Segunda- 1 Rs 13.11,18Devemos tomar cuidado com o profetamentiroso

Jezabel e os profetas pagãos

Quarta - l Rs 22.11,12Os falsos profetas agradam o povo

Juinta - l Rs 22.24í. As atitudes de um falso profeta

j***1

Profetas que falaram em nome de Baal

abado - 2 Pé 2. lFalsos profetas e doutores

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Jeremias 28.2-4,12-15

-Assim fala o SENHOR dos Exércitos,o Deus de Israel, dizendo: Eu quebreio jugo do rei da Babilónia.

3 - Depois de passados dois anoscompletos, eu tornarei a trazer a estelugar todos os utensílios da Casa doSENHOR que deste lugar tomou Nabu-codonosor, rei da Babilónia, levando-ospara a Babilónia.

4 - Também a Jeconias, filho de Jeo-aquim, rei de Judá, e a todos os docativeiro de judá que entraram naBabilónia eu tornarei a trazer a estelugar, diz o SENHOR, porque quebrarei0 jugo do rei da Babilónia.

12 - Mas veio a palavra do SENHORa Jeremias, depois que Hananias, oprofeta, quebrou o jugo de sobre o pes-coço do profeta Jeremias, dizendo:

g 13 - Vai e fala a Hananias, dizendo:Assim diz o SENHOR: Jugos de madeiraquebraste. Mas, em vez deles, fareijugos de ferro.

14- Porque assim diz o SENHOR dosExércitos, o Deus de Israel: Jugo deferro pus sobre o pescoço de todasestas nações, para servirem a Nabuco-donosor, rei da Babilónia; e servi-lo-ão,e até os animais do campo lhe dei.

1 5 - E disse Jeremias, o profeta, aHananias, o profeta: Ouve, agora,Hananias: não te enviou o SENHOR,mas tu fizeste que este povo confiasseem mentiras.

INTRODUÇÃO

Dentre os falsos profetas doAntigo Testamento encontram-setambém os das divindades pagãs.Vamos, porém, enfocar os falsosprofetas de Israel que, por nãoterem o temor de Deus, usavamo nome do Senhor para enganar opovo. Há, especialmente, dois casoshorrendos nas Escrituras Sagradas:o relato de Zedequias, filho deQuenaana, e seu grupo de profetas,que conseguiram impressionar o reiAcabe (1 Rs 22.5-28; 2 Cr l 8.4-27),e o falso profeta Hananias.

I. A FALSA MENSAGEMPROFÉTICA

1. A celeste mensagem deJeremias. No início do reinado deZedequias, o profetajeremias colo-cou sobre seu pescoço uma cangade madeira com t iras de couro(27. ] ,2 ; 28. l O, l 2, l 3) e foi enviadopor Deus ajuda e ajerusalém (27.3),exortando o povo à submissão aorei de Babilónia (27.6-8). Ass imcomo o boi é dominado pelo jugode seu dono, as nações deveriamsujeitar-se ao domínio dos caldeus,pois seria inútil tentar livrar-se deNabucodonosor (27.1 2,1 3).

2. O falso profeta Hananias(v.l). No mesmo ano em que o Se-nhor transmitiu essa mensagem pormeio de Jeremias, surgiu um falsoprofeta — "Hananias, filho de Azur,o profeta de Cibeão" (v.l) — paraconfrontar a mensagem do arautode Deus. O falso profeta desafiouJeremias no Templo de Jerusalémdiante do povo e dos sacerdotes. APalavra de Deus adverte-nos de quehaverá entre nós, na própria igreja,

falsos profetas (2 Pé 2.1,2; Leia ain-da At 20.30; l Tm 4.1; 1 Jo4.1) .

3. A mensagem de Hananias(vv.3,4) e a reação do profetade Deus. O farsante Hananias pro-curava contradizer a mensagem deJeremias acerca do destino dejeco-nias (nome alternativo de Joaquim,filho de Jeoaquim, também cha-mado de Conias [cf. J r 37.1]) e dofim do cativeiro. O profeta de Deusafirmava ser impossível Jeoaquimretornar de Babilónia Qr 22.24-27),o que realmente aconteceu, pois orei veio a morrer em Babilónia du-rante o reinado de Evil-MerodaqueCJr 52 .31 -34 ; 2 Rs 25.27-30). Damesma forma, os oráculos divinosanunciavam setenta anos para odomínio babilónio sobre os judeus(Jr 25 .11 ; 29.10), o que, a despeitode o povo israelita ser escolhido deDeus, também veio a se cumprir (2Cr 36.22,23; Dn 9.2).

Contudo, o falso profeta Ha-nanias trouxe uma mensagem quetodos queriam ouvir: a volta de Joa-quim e o fim do jugo caldeu em doisanos Gr 28.2-4). Era, portanto, apalavra dele contra a de Jeremias, eisso colocava o homem de Deus emdesvantagem, pois o povo esperavauma mensagem de triunfo.

Entretanto, como se pode ver nocapítulo 28 e versículos 5 a 9, Jere-mias reitera a Palavra do Senhor, comdestaque para o versículo 6, quandoo profeta diz um "amém" irónico,advertindo o povo a não empolgarnem se entusiasmar com os oráculosde Hananias. Apesar de um discursobonito e de uma mensagem agradá-vel, faltava ainda o teste do tempocomo ensina Deuteronomio l 8.22. ABíblia ensina que o profeta só seráreconhecido como tal após suas pre-dições se cumprirem (28.9).

II. O FALSO PROFETADESMASCARADO

1. A arrogância de Hananias.Duas características de um falso pro-feta são a audácia e a arrogância. E ofalso profeta Hananias apresentavaessas más qualidades. A Palavra deDeus diz que, enquanto o profetaJeremias representava a situaçãofutura de Israel usando um jugo nopescoço, Hananias tomou o jugoe, diante do povo, quebrou-o, rea-firmando seu discurso positivista:"Assim quebrarei o jugo de Nabu-codonosor, rei da Babilónia, depoisde passados dois anos completos"(v.l 1). Era uma situação difícil paraJeremias, que limitou-se a "tomar oseu caminho". Para nós, que estamoscientes de que a verdade estava dolado de Jeremias, é fácil compreen-der. Todavia, imagine o povo naquelaépoca assistindo esse embate, como agravante do falso profeta usar achancela (ainda que falsa) de uma su-posta autoridade espiritual: "Assimfala o SENHOR dos Exércitos" ou "as-sim diz o SENHOR" (vv.2,4,11). Comodiscernir o verdadeiro do falso?

2. O jugo de madeira é substi-tuído por um de ferro (vv. 13,14).A ousadia de Hananias acarretouainda mais a ira divina. Deus mandouJeremias voltar e declarar ao falsoprofeta: "Jugos de madeira quebras-te. Mas, em vez deles, farei jugos deferro" (v. l 3). Dessa forma, a servidãoseria ainda pior, pois, agora o jugo se-ria de ferro, ou seja, ninguém poderiaquebrá-lo (v. l 4).

3. O julgamento do falsoprofeta Hananias e a confirma-ção de Jeremias como profetade Deus (vv.15-17). Como tudotem o seu tempo, chegou a horade o falso profeta Hananias ser

REFLEXÃO

Nem todo o que me diz: Senhor,Senhor! entrará no Reino doscéus, mas aquele que faz a

' de meu Pai." Mt 7.2]

desmascarado. Disse-lhe Jeremias:"[...] não te enviou o SENHOR, mastu fizeste que este povo confiasseem mentiras" (v. l 5). A mensagem dofalso profeta, apesar de agradável,era falsa; não provinha do Senhor.Noutras palavras, era uma mentiraruinosa que contribuiu para a quedada nação e o exílio do povo.

Hananias pagaria com a pró-pria vida por sua rebelião contra oSenhor; disse-lhe Deus: "Eis que telançarei de sobre a face da terra;este ano, morrerás, porque falas-te em rebeldia contra o SENHOR"(v.16). Essa era a pena que a leideterminava para os falsos profetas(Dt 18.20). O início do confrontoentre o verdadeiro e o falso profetaaconteceu no "quinto mês" (v.l).Hananias morreu "no mesmo ano, nosétimo mês" {v.l 7). Isso mostra quea profecia de Jeremias cumpriu-seem menos de dois meses. Hananiasfoi desmascarado e morto;Jeremias,confirmado como profeta de Deus.Por que o povo não se arrependeu deseus pecados, e continuou a confiarnas mentiras dos falsos profetas?A resposta é simples: os rebeldesoptam por acreditar apenas naquiloque lhes agrada. Essa é a tendênciado ser humano.

III. O DOM DE DISCERNIRÉ O GRANDE INIMIGO DOS

FALSOS PROFETAS

1. O discernimento do povode Deus. Um dos dons espirituais

36 : v ,

mais necessários é o de discerni-mento. Isto porque o falso profeta,sendo um imitador muito eficiente,pode confundir o povo de Deus,uma vez que suas mensagens con-cordam com aquilo que as pessoasesperam, gostam e sonham. Entre-tanto, o crente que teme a Deustem o discernimento, mediante oEspírito Santo, para distinguir averdade do erro. Alguns exemplosbíblicos demonstram que, às ve-zes, a mentira e a verdade estãomais que evidentes (Êx 7.12; l Rs22.18,37). Oremos, pois, a Deus,rogando-lhe o dom de discernimen-to de espíritos.

2. A luta da verdade de Deuscontra a mentira diabólica. Oapóstolo Pedro deixou claro que apresença do verdadeiro não é sufi-ciente para impedir a manifestaçãodo falso. Ao falar dos autênticosprofetas hebreus do Antigo Testa-mento, o apóstolo ressaltou que"também houve entre o povo falsosprofetas" (2 Pé 2.1). Ao longo dosséculos, percebeu-se que onde há overdadeiro, há também o falso. Paracada Moisés, há um Janes ejambres(2 Tm 3.8); para cada Micaías, há umZedequias, filho de Quenaana (l Rs22.11); para cada Jeremias, há umHananias, filho de Azur.

3. Os discípulos do profetaHananias. À semelhança de Hana-nias, muitos falsos profetas estãopor aí causando estragos nas igrejase trazendo problemas até para a so-ciedade. Portanto, estejamos atentose vigilantes.

CONCLUSÃO

Os falsos profetas continuama arruinar a vida de muita gente.Por causa deles, muitos alteram

e comprometem o plano de Deuspara a sua vida e ministério. Outros,afastam-se de seus familiares e ami-gos e passam a evitar a igreja, rejei-tando os pontos fundamentais da

fé cristã. Que Deus nos livre de taismembusteiros. Fiquemos, pois, com jas palavras de nosso Senhor Jesus §Cristo: "Acautelai-vos, que ninguém rvos engane" (Mt 24.4).

RESPONDA

l. O que significava o jugo de madeira no pescoço de Jeremias?

2. Qual o tempo de reconhecimento do profeta?

3. Cite duas características do falso profeta?

4. Por que o dom de discernir é fundamental?

5. O que o Senhor Jesus nos ensina sobre o assunto?

Embusteiro: Mentiroso,impostor.

Ruinoso; Prejudicial,mau, nocivo.

22 de agosto de 2010

JOÃO BATISTA - O ÚLTIMOPROFETA DO ANTIGO PACTO

.'•ATEXTO ÁUREO

"A Lei e os Profetas duraram até João; desde en-tão, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem

emprega força para entrar nele" (Lc 16.16).

VERDADE PRATICA

João Batista convocou o povo aoarrependimento, confissão de peca-

etorno a Deus, bem como foi' ' s, o Messias.

mDIÁRIA

Segunda - Is 40.3-5O ministério de João Batista anunciado

Terça-U 1.15' João Batista, cheio do Espírito Santo

Quarta -Jo 1.20-23í João Batista, consciente de sua identidade

iuinta-Mt 14.5i João Batista, reconhecido como profeta de

Deus

Sexta-Mc 1.9-11i João Batista batizou Jesus nas águas

| João Batista despertou a atenção das.autoridades

•F, l

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Mateus 11.7-15

7 - E, partindo eles, começou Jesusa dizer às turbas a respeito de João:Que fostes ver no deserto? Uma canaagitada pelo vento?

8 - Sim, que fostes ver? Um homemricamente vestido? Os que se trajamricamente estão nas casas dos reis.

-., - Mas, então, que fostes ver? Umprofeta? Sim, vos digo eu, e muito maisdo que profeta;

10- porque é este de quem está es-crito: Eis que diante da tua face envioo meu anjo, que preparará diante deti o teu caminho.

11 - Em verdade vos digo que, entreos que de mulher têm nascido, nãoapareceu alguém maior do que JoãoBatista; mas aquele que é o menor noReino dos céus é maior do que ele.

12 - f, desde os dias de João Batistar taate agora, se faz violência ao Reino

dos céus, e pela força se apoderamdele.

13- Porque todos os profetas e a leiprofetizaram até João.

14 - E, se quereis dar crédito, é este0 Elias que havia de vir.

1 5 - Quem tem ouvidos para ouvirouça.

REFLEXÃO

"João nos ensina que nossaspalavras e obras devem

encaminhar outros a Jesus."Michael Kendrick

INTRODUÇÃO

João Batista é o personagemque demarca a transição da Antigapara a Nova Aliança e serve de ponteentre o Antigo e o Novo Testamen-to. Além disso, foi o precursor doMessias e tinha como uma de suasprincipais atividades o batismo emágua. De certa forma, acabou intro-duzindo o rito, que veio a tornar-sea primeira ordenança da Igreja.Nesta oportunidade, trataremos daorigem, ministério e mensagem deJoão Batista, o último profeta vete-rotestamentário. '

I. A ORIGEMDE JOÃO BATISTA

1. Sua família. João Batistaveio de uma piedosa família, for-mada pelo sacerdote Zacarias eIsabel, sua esposa. Seu pai era "daordem de Abias" e sua mãe "dasfilhas de Arão" (Lc 1.5). Na épocade Davi, o número de sacerdoteshavia se multiplicado de tal modoque o segundo rei de Israel resolveuestabelecer o sistema de serviço, doqual a ordem de Abias era a oitava (1Cr 24.3-6,10). Os descendentes deArão continuaram a se multiplicartanto que, nos anos que precederamo nascimento de Jesus, o sacerdotesó tinha uma oportunidade na vidade servir no altar (Lc l .8-1 0). E fonesse contexto que o anjo Gabrieanunciou a Zacarias o nascimentode João Batista (Lc 1.13).

2. Seu nome e seu nascimento. O anúncio, a escolha donome e a concepção de João Batista demonstram que ele teria umaimportante missão a cumprir. Tudoaconteceu em razão de uma inter

.ic, 39

REFLEXÃO

"João Batista poderia terreunido um grande grupo

de seguidores, mas preferiuorientá-los a seguirem a Cristo.

Isso significa servir a Jesus."Michae! Kendrick

j venção direta de Deus, pois Isabel,sua mãe era estéril e, além disso, elae Zacarias "eram avançados em idade"(Lc 1.7), à semelhança de Abraão eSara(Gn l l .30; 21.2). Isso prova quealgo incomum estava acontecendo.Até mesmo o nome da criança foi umaescolha divina, pois o anjo ordenaraa Zacarias que pusesse no menino "o

\e de João" (Lc 1.1 3).Apesar de ser um nome comum

naquela época, não o era na famíliade Zacarias (Lc 1,59-63). A alcunhade "Batista" foi dado em função de oseu ministério consistir em grandeparte na prática de batizar. Literal-mente, João Batista significa João,o Batizador. Conforme o anjo aindacomunicara a Zacarias, "muitos" sealegrariam com o nascimento dejoão(Lc 1.14,58), pois tal acontecimentoera prova inequívoca de que o Senhorainda amava Israel (Lc l .65-80).

3. Sua estatura espiritual esua missão. O anjo GaBTièT iscor-re sobre a estatura espiritual dejoãoBatista, declarando que ele seria"grande diante do Senhor" e "cheiodo Espírito Santo, desde o ventre desua mãe" (Lc l .1 5). Sua missão eraconverter os filhos de Israel a Deuse "preparar ao Senhor um povo bemdisposto" (Lc l .1 6,1 7). "Bem dispos-to gaja o quê? Sem dúvida alguma,para o que o própfKrpiãi, Zacarias,profetizou por ocasião da circun-cisão do menino, afirmando que a

criança seria profeta do Altíssimo eprecursor do Messias (Lc l .76).

II. A PERSONALIDADEDE JOÃO BATISTA

1. O testemunho de Jesus(v.7a). Pouco tempo após batizaro Senhor Jesus, João Batista foipreso. Ao ouvir acerca das reali-zações de Cristo, ele mandou quedois de seus discípulos fossem atéao Senhor e o inquirisse acerca documprimento de sua missão mes-siânica (Mt l l .3). Jesus mandouentão que contassem a Batista,na prisão, "as coisas que ouvis evedes: Os cegos vêem, e os coxosandam; os leprosos são limpos, eos surdos ouvem; os mortos sãoressuscitados, e aos pobres é anun-ciado o evangelho" (Mt 11.4,5).Isto é, não havia apenas sinais noministério do Senhor jesus Cristo,mas também e, principalmente, amensagem do evangelho.

2. Sua espiritualidade e de-voçãõ~(v.7b). Após essaTésposta,0 Senhorjesus passa a falar sobrea grandiosidade do ministério deJoão Batista. O Filho de Deus reve-la que o povo não saiu ao desertopara ouvir qualquer pessoa, masum homem destemido e cheio doEspírito Santo; um homem que fa-lava a verdade divina, exortando ospecadores ao arrependimento; umhomem que não temia as ameaçasdos poderosos. Era inconcebívelpensar que João Batista havia fra-quejado por estar preso, pois elenão era "uma cana agitada pelo ven-to", mas um vigoroso cedro capazde resistir a fortes tempestades. Eleestava na masmorra de Herodes (Mt1 4.1 0-1 2), porém, demonstrava umforte compromisso e preocupaçãocom a obra de Deus.

3. Sua personalidade (v.8).Com as perguntas retóricas - "Quefostes ver no deserto? [...] Um ho-mem ricamente vestido?" - Jesusestava dizendo que esse tipo de per-sonalidade não caracterizava João.Pois, os que o ouviram no desertopodiam estar certos de que, mesmoencarcerado, o Batista continuariasendo o mesmo João: um homemsanto e destemido que, por opçãoprópria, usava vestes de pelos decamelo e cinto de couro.

III. JOÃO BATISTA,O ÚLTIMO PROFETA

1. "Muito mais que profe-ta" (v.9). O testemunho públicode Jesus confirma o que o EspíritoSanto havia falado por boca deZacarias: João seria "profeta do Al-tíssimo" (Lc 1.76). Cristo foi além;afirmou que João era "muito maisdo que profeta". Ele declarou ser oBatista um mensageiro enviado porDeus como o precursor do Messias(v.IO), cumprindo assim a profeciade Maíaquias (Ml 3 . ] ) . Jesus acres-centou que dentre os mortais, nãohouve ninguém maior do que João(v.l 1). E isso, por algumas razões:a) Porque os profetas falaram arespeito de João (Is 40.3; Ml 3.1);b) porque João teve o privilégiode ver o cumprimento principaldos oráculos proféticos do AntigoTestamento: O Senhor Jesus; c) porter sido o precursor do Messias; d)porque batizou o Senhor Jesus naságuas; e) porque pode participarda salvação que os profetas apenaspredisseram; e finalmente f) porquechegou ao clímax do ministérioprofético, tal como havia no AntigoTestamento (Lc 16.16).

2. O término da dispensaçãoda Lei (v. 13). Peias razões acima

apresentadas, João é o mais exce-lente de todos os profetas; com elese encerra a Antiga Aliança, JoãoBatista é o único personagem doNovo Testamento com quem Deusse comunicava da mesma maneiraque Ele falava aos profetas do Anti-go Testamento: "[...] veio a palavrade Deus a João, filho de Zacarias"(Lc 3.2 -ARA; cf.Jr 1.2).

3. "O Elias que havia de vir"(v.14). Ao comparar o ministério deJoão Batista ao de Elias, Jesus confir-ma o oráculo de Maíaquias (4.5,6). Emoutras palavras, João veio na virtude eno espírito de Elias (Lc l .1 7), ou seja:exercendo um ministério igual ao deElias. E o Senhorjesus o reafirma emoutra ocasião (Mt 17.12,13) . Isso,porém, não deve levar ninguém apensar que João era Elias reencarna-do por duas razões básicas: Elias foiarrebatado vivo para o céu, portanto,não morreu (2 Rs 2.1 1). Além disso,reencarnação é algo que não existee nem é permitido por Deus (2 Sm12.23; SI 78.39; Hb 9.27).

Elias e João Batista tinham asmesmas características: ambosvestiam-se de pelos e usavam cintode couro (2 Rs l .8; Mt 3.4), ministra-vam no deserto (l Rs 19.9,10,15; Lc1.80), e eram incisivos ao pregaremcontra reis ímpios (l Rs 21.20-27;Mt 14.1-4).

CONCLUSÃO

João continua sendo um exem-plo de coragem e humildade quedevemos seguir. Essa voz no de-serto precisa ser mantida contrao pecado e contra a corrupção.Oremos para que Deus continue alevantar homens e mulheres santos,destemidos e cheios do EspíritoSanto para a expansão do Reinode Deus.

41

RESPONDA

l. Por que João é chamado de Batista?

2. O que Jesus revela ao povo acerca da estatura espiritual de João?

3. Cite duas razões apresentadas por Jesus para demonstrar ser João muitomais que um profeta.

4. Em que se assemelham os profetas João e Elias?

5. O que significa a expressão: "veio a palavra de Deus ajoão, filho deZacarias"?

VOCABULÁRIOAlcunha» Apelido, cog-nome.

Clímax: O ponto culmi-nante.

Veterotestamentário:Relativo ao Antigo Testa-mento.

Lição 929 de agosto de 20] O•

JESUS - O CUMPRIMENTO PRO-FÉTICO DO ANTIGO PACTO

TEXTO ÁUREO

"E disse-lhes: São estas as palavras que vosdisse estando ainda convosco: convinha que

se cumprisse tudo o que de mim estava escritona Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos"

(Lc 24.44).

O Senhor Jesus é o centro das Escritu-ras Sagradas e está presente em seuconteúdo, história e instituições, de

'ndireta.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Is 42.1-4Cristo é pregado até aos confins da terra

Terça - Lc 24.2 5-2 7O Antigo Testamento cumpre-se em Jesus

Quarta - At 26.22,23Os profetas falaram da futura igreja deJesus

Quinta- l Pç 1.10,11O Espírito Santo revelou o Messias aosprofetas

A missão de Jonas e a missão de Cristo

abado -Hb 9.11O tabernáculo é uma figura de Cristo

43

•1/3^.

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Atos 3.18-26

18 - Mas Deus assim cumpriu o quejá dantes pela boca de todos os seusprofetas havia anunciado: que o Cristohavia de padecer.

19 -Arrependei-vos, pois, e convertei-

Svos, para que sejam apagados osvossos pecados, e venham, assim, ostempos do refrigério pela presençado Senhor.

J- 20 - E envie ele a Jesus Cristo, que já' dantes vos foi pregado,

'' 21 - o qual convém que o céu conte-. -. nhã até aos tempos da restauração;« de tudo, dos quais Deus falou pela4 boca de todos os seus santos profetas,> desde o princípio.

i

22 - Porque Moisés disse: O Senhor,vosso Deus, levantará dentre vossosirmãos um profeta semelhante amim; a ele ouvireis em tudo quantovos disser.

23 - £ acontecerá que toda alma quenão escutar esse profeta será exter-minada dentre o povo.

24 - E todos os profetas, desde Samuel,todos quantos depois falaram, tam-bém anunciaram estes dias.

25 - Vós sois os filhos dos profetas edo concerto que Deus fez com nossospais, dizendo a Abraão: Na tua des-cendência serão benditas todas asfamílias da terra.

- Ressuscitando Deus a seu Filho Je-sus, primeiro o enviou a vós, para quenisso vos abençoasse, e vos desviasse,a cada um, das vossas maldades.

INTRODUÇÃO

O conteúdo do Antigo Testamentoacerca da obra redentora de Deus, emCristo, é muito rico em detalhes e nãose restringe às profecias. Os escritoresdo Novo Testamento reconhecem apresença de Cristo na história da re-denção, nas instituições e nas festassagradas do Antigo Testamento.

I. FIGURAS PROFÉTICAS

1. As prefigurações. A paixãode Cristo foi prefigurada na instituiçãoda páscoa, no Egito (Êx 12.3-13). Ocordeiro sacrificado diariamente apon-tava para Cristo que padeceu durantea comemoração dessa grande festajudaica (Lc 22.1 5), pois "Cristo, nossapáscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co5.7). Os sofrimentos de Davi, descritosno Salmo 22, prefiguram os vitupériose flagelos de Jesus: "Deus meu, Deusmeu, por que me desamparaste?" (SI22.1; Mt 27.46; Mc 15.34).

2. A linguagem profética. Aoretornar do Egito, a sagrada família foihabitar em Nazaré: "E chegou e habitounuma cidade chamada Nazaré, paraque se cumprisse o que fora dito pelosprofetas: Ele será chamado Nazareno"(Mt 2.23). O profeta Jeremias, porexemplo, predisse que Jesus seria tra-ído conforme lemos em Mateus 27.9.Leia também o que escreveu Zacarias(Zc 11.12,13). Os profetas, segundopodemos observar, eram harmónicosentre si, pois todos eram inspiradospor um único Espírito - o Espírito Santode Deus.

II. INSTITUIÇÕESPROFÉTICAS

1. Israel. Quando José, Mariae o menino Jesus retornaram do

44

Egito, depois da morte de Herodes,o Grande, Mateus registrou essefato corno o cumprimento de umaprofecia: "Do Egito chamei o meuFilho" (Mt 2.1 5). Essa passagem estáem Oseias 11 .1 : "Quando Israel eramenino, eu o amei; do Egito chameia meu filho". Qualquer hebreu domundo pré-cristão, ao ler essa pas-sagem, logo concluiria tratar-se dasaída dos filhos de Israel do Egito,e não estaria errado, pois o profetaestá, de fato, referindo-se ao eventoda libertação do Egito. No entanto,vemos aqui também uma profeciamessiânica.

2. O tabernáculo. Representa-va a presença de Deus no meio dopovo. Deus mandou Moisés cons-truir o tabernáculo, porque almejavahabitar no meio dos filhos de Israel:"E me farão um santuário, e habi-tarei no meio deles" (Êx 25.8). Notabernáculo (Êxodo caps. 25 - 40)está a figura de Cristo: "E o Verbose fez carne e habitou entre nós"GO 1.14). Não somente isso, mascada peça e utensílio do tabernáculoapontam igualmente para Cristo esua obra salvífica (Hb 9.8-1 0).

3. O sacerdócio. A ordem deArão, também conhecida como sa-cerdócio levítico, foi instituída porMoisés como o sistema sacerdotaldos hebreus. Era o exercício dosanto ministério no Antigo Testa-mento. A consagração de Arão e oseu ministério prefiguram a obrade Cristo; isso está muito claro naepístola aos Hebreus (Hb 5.4,5). jáno Antigo Testamento, a palavraprofética anunciava a mudança nosistema sacerdotal O r 31.31-34; H b8.8-1 2) e a substituição do sacerdó-cio arônico peia ordem sacerdotalde Melquisedeque (SI 110,4; Hb7.11,17).

REFLEXÃO

"Não importa o quanto ascoisas pareçam estar fora decontrole, Deus cumpre suas

promessas. "Max Lucado

III. PROFECIAS DIRETASACERCA DO NASCIMENTO

DE JESUS

1. A origem humana deJesus. Imediatamente à Queda dohomem, no Éden, Deus prometeuo Redentor, no entanto, o seu per-fil foi sendo revelado por Ele, nasEscrituras, ao longo do tempo. OAntigo Testamento anunciou deantemão a divindade absoluta doMessias (Is 9.6; ler também Hb l .8;Rm 9.5). Quanto à origem humanade Jesus, Ele é chamado de sementeda mulher (Gn 3.15), ou seja, seriaum ser humano nascido de mulher(Gl 4.4), mas sem pecado (Mt 1.20;Hb4.15).

2. O descendente dos pa-triarcas de Israel. Deus prometeu aAbraão, Isaque ejacó, ancestrais dopovo hebreu, que por meio deles se-riam abençoadas todas as famílias daterra, uma promessa messiânica (Gn12.3; l 7.19; 24.14), que se cumpriuem o Novo Testamento (Lc 3.33, 34).A palavra profética foi tornando-secada vez mais clara e específica, erevelou que Ele viria da descendênciadejudá (Gn 49.1 0), o que se cumpriu(Hb 7.14). Os profetas disseram queo Salvador seria um descendente deDavi Gr 23.5,6) e essa palavra tam-bém se cumpriu (Mt 22.42; Lc l .32;Jo 7.42; Rm 1.3; Ap 22.16).

3. Nascido de uma virgem. Apalavra profética fala da concepçãovirginal de Cristo (Is 7.14). Deus inter- :veio sobrenaturalmente, a fim de que

REFLEXÃO

"Mas, vindo a plenitude dostempos, Deus enviou seu Filho,nascido de mulher, nascido sob

a lei, para remir os que estavamdebaixo da lei." (Cl 4.4)

a virgem concebesse sem haver tidoqualquer contato com um homem. Noentanto, havia uma dificuldade natu-ral para que a profecia se cumprisse.Como poderia uma donzela aparecergrávida numa sociedade crente emDeus e conservadora como ajudaica?Mas Deus tudo providenciou para quea sua palavra se cumprisse. Maria jáestava casada; todavia, ainda nãohavia coabitado com José, seu marido(Mt 1.18; Lc 1.34,35).

4. O local de nascimento deJesus. Quando o anjo Gabriel anun-ciou a Maria o nascimento de Jesus,ela vivia em Nazaré (Lc l .26, 27). Apalavra profética, porém, indica acidade de Belém dejudá como o localdo nascimento do Messias (Mq 5.2).Para isso, Deus mobilizou o próprioimperador romano, César Augusto,para que baixasse um decreto, obri-gando cada pessoa em Israel a alistar-se na cidade de seu nascimento.Sendo José belemita, foi com Mariapara Belém, ocasião em que ela deuà luz o Salvador (Lc 2.9-1 1).

5. O massacre das criançasde Belém. O brutal assassinato dascrianças da região de Belém por or-dem de Herodes, o Grande (Mt 2.16),foi o cumprimento de uma profeciade jeremias Gr 31.1 5).

IV. PROFECIAS SOBREAS OBRAS DE JESUS

1. A visão messiânica emMoisés (vv.22,23). O Novo Testa-

46

mento revela que o povo judeu aguar-dava a vinda do Messias, conformeescrevera Moisés: "havemos achadoaquele de quem Moisés escreveuna Lei" (Jo 1.45). O apóstolo Pauloexplicou: "dando testemunho, tantoa pequenos como a grandes, não di-zendo nada mais do que os profetas eMoisés disseram que devia acontecer"(At 26.22). O apóstolo Pedro, na suapregação na área externa do Templo,afirma que Moisés anunciou a vindado Messias, e que a missão desteseria semelhante à do legislador doshebreus - fazer a mediação entre opovo e Deus (l Tm 2.5).

2. Sua vida e ministério. Oprofeta Isaías anunciou que o Mes-sias haveria de habitar em Naftali,nos confins de Zebulon (Is 9.1-4);o Novo Testamento o confirma (Mt4.1 3). O profeta Zacarias predisse asua entrada triunfal em Jerusalém,montado num jumento (Zc 9.9);os Evangelhos registram o referidoacontecimento (Mt 2 1 . 1 - 1 1). A pala-vra profética anuncia também a suatraição; seria traído por um amigo (SI41.9), ou seja, por Judas Iscariotes(Mt 26.14-16;Jo 13.2; 17.12).

3. Seu sofrimento, mortee ressurreição (w. 18,26). OAntigo Testamento anunciou comabundância de detalhes a paixão deCristo, principalmente o capítulo 53de Isaías (ver Lição 5). Todavia, Deusprometeu ressuscitá-lo da morte (SI16.10); os Evangelhos narram essesublime acontecimento (Mt 28.1-5).O apóstolo Pedro ressalta esse fatoe o seu cumprimento (At 2.25-32),o qual tornou-se o tema principalda mensagem apostólica (l Co l 5.4-20). Seu retorno ao céu tambémestava na mensagem dos profetas (SI24) e cumpriu-se 40 dias depois desua ressurreição (At l .9-1 l).

CONCLUSÃO

Jesus é o começo e o fim doAntigo Testamento, cujos livrosconcentram-se no Messias. Ele éo centro das Escrituras Sagradas.

Tudo o que estudamos na presentelição prova de maneira consistentee robusta que é impossível a alguémmanipular tais circunstâncias, a fimde forçar o cumprimento das profe-cias bíblicas.

RESPONDA

1. De que se trata a profecia de Mt 2.23?

2. Que figura encontramos no tabernáculo?

3. Quem Deus mobilizou para fazer cumprir a profecia ern Belém daJudéia?

4. Que lugar do Antigo Testamento fala a respeito da ressurreição de Cristo?

5. O que Jesus é em si mesmo em relação ao Antigo Testamento?

VOCABULÁRIORobusto: Firme, inaba

lavei, l

Vitupério: Insulto, injúria. . ..

Lição l O05 de setembro de 2010

O MINISTÉRIO PROFÉTICONO Novo TESTAMENTO

TEXTO ÁUREO

"O qual, noutms séculos, não foi manifestadoaos filhos dos homens, como, agora,

tem sido revelado peio Espírito aos seussantos apóstolos e profetas"(Ef 3.5).

VERDADE PRÁTICA

Os apóstolos de Jesus Cristo exer-ceram na Igreja autoridade seme-

a dos profetas do Antigo

riflv'-£!-*•

Segunda - Lc 24.19Jesus é o Profeta por excelência

Terça - Ef 2.20Jesus é o fundamento dos apóstolos eprofetas

Quarta -At 10.19A revelação do Espírito Santo a Pedro

Quinta - l Tm 4.1Paulo profetiza pelo Espírito Santo

Profecia do Novo Testamento

Sábado-Ef 4.11A atividade profética no NovoTestamento

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE1 Coríntios 2.9-13

9 - Mas, como está escrito: As coisasque o olho não viu, e o ouvido nãoouviu, e não subiram ao coração dohomem são as que Deus preparoupara os que o amam.

10 - Mas Deus no-las revelou peloseu Espírito; porque o Espírito pene-tra todas as coisas, ainda as profun-dezas de Deus.

11- Porque qual dos homens sabeas coisas do homem, senão o espíri-to do homem, que nele está? Assimtambém ninguém sabe as coisas deDeus, senão o Espírito de Deus.

12 - Mas nós não recebemos o es-pírito do mundo, mas o Espírito queprovém de Deus, para que pudés-semos conhecer o que nos é dadogratuitamente por Deus.

13 -As quais também falamos, nãocom palavras de sabedoria humana,mas com as que o Espírito Santo ensi-na, comparando as coisas espirituaiscom as espirituais.

REFLEXÃO

"Mas sabemos que, quandoEle se manifestar, seremossemelhantes a ele; porqueassim como é o veremos."

l João 3.2

INTRODUÇÃO

Já vimos reiteradas vezes que oautêntico profeta falava em nome deDeus e por Deus. Suas mensagenscontemplavam os elementos maiscomuns de uma profecia bíblica,os quais consistem das revelaçõesquanto ao futuro, bem como demensagens de encora jamento,fortalecimento, advertência e re-preensão. Assim, apesar de o NovoTestamento consist i r em grandeparte de cumprimento proféticoveterotestamentário, o elementopreditivo também se acha em suaspáginas com exceção das epístolasa Filemon e de 3 João.

I. JESUS CRISTO, O PROFETAQUE HAVIA DE VIR

1. A principal característicado autêntico profeta. Quais asfunções básicas de um profeta? Oautêntico profeta é um porta-voz deDeus. Isso significa que ele não falao que quer, mas o que o Senhor lheordena. Em qualquer instância damensagem profética, e seja qual foro destinatário, o arauto de Deus fala-rá apenas o que recebeu do Senhor,isto é, nem mais nem menos.

2. Jesus Cristo, o Profeta.Jesus, por diversas vezes, faiou emnome do Pai, sendo Eíe mesmo ver-dadeiro Deus GO 1.1,14). Contudo,mesmo assim, observamos que Eleagia e falava segundo a vontade deseu Pai GO 4.34; 5.30; 6.38; 14.24).Um exemplo que deve inspirar-nosa exercer com prudência nosso mi-nistério. Entre as suas profecias quejá se cumpriram acha-se o anúncioda queda de Jerusalém, que se deuno ano 70, e a segunda diáspora dos

REFLEXÃO

"Paulo sempre reconhece sero Espírito Santo o Agente

que realiza o obra de Cristoem seu ministério."

Roy Zuck

judeus (Lc 21.24). Nos dias atuais,percebemos que as enunciações deJesus quanto aos últimos temposestão se cumprindo fielmente (Mt24.5-1 2). Levemos em conta tambémsuas proclamações escatológicas (Mt24.29-31).

3. A perfeição de Cristo. Sen-do verdadeiro Deus, o conhecimentode Cristo é perfeito e absoluto; Elesabe todas as coisas GO 16.30; 21.17;Cl 2.2,3). O Senhor viu Natanael de-baixo da figueira (Jo l .47,48), e sabiatambém que no mar havia um peixecom uma moeda na boca (Mt l 7.27).Não havia necessidade que alguémlhe explicasse o que há no interiordo homem, porque tudo Ele sabe Oo2.24,25). Ele sabia também que amulher samaritana já fora cinco vezescasada, e que o homem com quem elavivia não era seu marido GO 4.17,1 8).Onisciente e onipresente, Jesus tudosabia e tudo sabe. Ele não precisavade revelações como os profetas eapóstolos. Cristo é o Profeta por ex-celência; o testemunho de Jesus é oespírito de profecia (Ap l 9.10).

II. A ATIVIDADE PROFÉTICAEM O NOVO TESTAMENTO

1. A revelação pelo Espírito(v. 10a). O mesmo Deus que se re-velou aos profetas hebreus tambémse deu a conhecer na plenitude dostempos aos apóstolos: "Deus no-lasrevelou pelo seu Espírito", afirmaPaulo (v.lOa). Assim, entendemos

que a natureza da atividade profé-tica em o Novo Testamento revela amesma fonte divina: o Espírito Santo.Não é a expressão "veio a palavra doSenhor", tão comum nos textos doAntigo Testamento, que caracteriza aprofecia do Novo Testamento, mas aação inspiradora e direta do EspíritoSanto (At 10.19; 16.6,7; 20.23) talcomo ocorria na Antiga Aliança.

2. O Espírito Santo conhe-ce as profundezas de Deus(vv.lOb,! 1). O apóstolo lembraque o Espírito Santo é Deus, dizendoque "o Espírito penetra todas as coi-sas, ainda as profundezas de Deus"(v.lOb) e continua, afirmando que"ninguém sabe as coisas de Deus,senão o Espírito de Deus" (v. l l b).Assim a Bíblia atesta de maneirainconfundível e incontestável a dei-dade absoluta da terceira Pessoa daTrindade (Ver l Pé 1.10-12).

3. A superioridade da revela-ção apostólica (v.T 2). A revelaçãoque os apóstolos receberam era su-perior a que foi dada aos patriarcas,reis, sábios, sacerdotes e profetasdo Antigo Testamento (2 Co 3.5-1 1).Isto porque, os apóstolos viveram0 clímax da revelação em Jesus (Hb1 .1) e desfrutaram da dimensão doEspírito Santo em uma época em quesua atuação não era mais esporádica,mas plena e abundante.

III. O EXERCÍCIO PROFÉTICODOS APÓSTOLOS

1. A plenitude dos tempos.Muitos foram os profetas do AntigoTestamento quando comparados aonúmero de apóstolos do Novo. Emrelação ao período profético, o minis-tério apostólico foi relativamente curto.Assim como o volume da produçãoprofética do Antigo Testamento quan-do comparada ao do Novo Testamento

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é muito maior. O importante, porém, ésaber que todas as coisas ocorreramsegundo o programa de Deus.

Não obstante, com o nascimen-to de Cristo no período do NovoTestamento, deu-se o cumprimentomáximo das profecias do AntigoTestamento. A esse evento Paulodenomina de a "plenitude dos tem-pos" (Cl 4.4).

2, Profecias de Paulo. O após-tolo dos gentios ensinava em nomede Jesus como seu embaixador (2Co 5.20) e dessa forma anuncioucoisas futuras. Profetizou acercado surgimento de falsos mestres ede seitas (At 20.29,30; 1 Tm 4.1).Quanto ao futuro, predisse pelo Es-pírito o arrebatamento da Igreja e aressurreição dos mortos (l Ts 4.13-1 7); a manifestação do Anticristo eo período da grande tribulação (2Ts 2 .3-1 1); o galardão dos justos(l Co 3 .12 -15 ; 2 Co 5.10) e outrasprofecias. A eleição e a restauraçãode Israel, importante assunto pro-fético que ocupa três capítulos deRomanos e demonstra a atualidadeda promessa divina aos patriarcas,saíram de sua pena inspirada peloEspírito Santo (9-1 1). De todas assuas epístolas, apenas Filemon nãotraz qualquer profecia.

3. Profecias de Pedro e as pre-dições através de João. O apóstoloPedro escreveu duas epístolas. Temostambém suas pregações registradasem Atos, grandes compêndios pro-féticos, que estão a nortear a vida daIgreja até hoje. Como o apóstolo Pau-lo, também profetizou o aparecimen-

REFLEXÃO

"Paulo encontra a cert.da salvação de Israel no

cumprimento das afirmaçõesproféticas sobre Cristo." Zuck

to dos heresiarcas (2 Pé 2.1-3), dosescarnecedores no fim dos tempos (2Pé 3.3,4), a vinda de Jesus, o fim domundo e a eternidade dos salvos (2 Pé3.7-1 8). Seu companheiro de ministé-rio, o apóstolo do amor, inspirado peloEspírito Santo, escreveu o Evangelhoque leva o seu nome -João -, o qualcontém dezenas de profecias, quasetodas pronunciadas pelo Senhorjesus.O livro de Apocalipse, também escritopor João, é essencialmente profético.É a conclusão de todas as Escriturase lança luz sobre as profecias doAntigo Testamento, principalmenteas de Ezequiel, Daniel e Zacarias, deJesus em Mateus 24, 25 e do apóstoloPaulo (l Ts 4-5; 2 Ts 2). Quanto àssuas epístolas, apenas a terceira nãocontém profecias.

CONCLUSÃO

O cumprimento das profecias daBíblia Sagrada é uma das evidênciasde sua origem divina. Nestas escri-turas, todas inspiradas pelo EspíritoSanto de Deus, temos um seguro guiaem nossa jornada para o céu. O seucumprimento é tão certo quanto àsucessão dos dias e das noites; porisso, todos devemos esperar nas fiéispromessas de Deus feitas por meiosde seus profetas e apóstolos.

RESPONDA

l. Por que o Senhor Jesus é o profeta por excelência?

2. Por que o nascimento de Cristo deu-se na plenitude dos tempos?

3. Quais epístolas de Paulo e de João não contêm profecias?

4. Por que o Apocalipse é importante?

• 5. O que evidencia o cumprimento das profecias bíblicas?

VOCABULÁRIOInstância: Área, campo.

Onisciente: Atributodivino de conhecer todasas coisas.

/ 2 de setembro de 20 J O(Dia Nacional de Missões)

O DOM MINISTERIAL DE PRO-FETA E o DOM DE PROFECIA

TEXTO ÁUREO

"E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente,apóstolos, em segundo lugar, profetas,em terceiro, doutores, depois, milagres,

depois, dons de curar, socorros, governos,variedades de línguas" (1 Co 12.28).

VERDADE PRÁTICA

Os dons espirituais e ministeriais sãodistintos, no entanto, ambos provêmde Deus e são indispensáveis à Igrejade Crist

LEITURA DIÁRIA

Segunda-At 13.1Os profetas na liderança da igreja

Terça - At 1 5.32Silas é chamado de profeta

•Quarta - l Co 14.29Os profetas no culto cristão

| Quinta-l Co 14.32k>' Os profetas e seu autocontrole

J Sexta- l Co 12.8-10S O dom de profecia entre os demais dons

espirituais

Sábado - Rm 12.6O uso do dom de profecia

rLEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Efésios 4.11-14; 1 Coríntios 14.3

Efésios 4T l - E ele mesmo deu uns paraapóstolos, e outros para profetas, eoutros para evangelistas, e outrospara pastores e doutores,

12 - querendo o aperfeiçoamentodos santos, para a obra do minis-tério, para edificação do corpo deCristo,1 3 - até que todos cheguemos àunidade da fé e ao conhecimentodo Filho de Deus, a varão perfeito,à medida da estatura completa deCristo,

- para que não sejamos maismeninos inconstantes, levados emroda por todo vento de doutrina, peloengano dos homens que, com astú-cia, enganam fraudulosamente.

1 Coríntios 14- Mas o que profetiza fala aos

homens para edificação, exortaçãoe consolação.

INTRODUÇÃO

O assunto desta lição diz respei-to a um dos aspectos decisivos davida da igreja: a profecia no contextoneotestamentário. Tais manifestaçõesdevem passar pelo crivo das EscriturasSagradas para que cumpram a sua fi-nalidade: exortar, edificar e consolar (lCo 14.3). Em 1 Coríntios l 2, o apóstoloPaulo tratou do assunto, considerandoos dois tipos de dons de profecia.Aquele que pode ser concedido peloEspírito a qualquer crente (l Co 1 2.10),e o outro destinado a crentes com cha-mada específica para esse ministério(l Co 12.28).

I. OS DONS MINISTERIAIS

1. Distinção entre o colégioapostólico e o dom ministerial deapóstolo. É importante que façamosuma distinção entre o apóstolo, comodom ministerial, e os doze apóstolos deCristo - os apóstolos do Cordeiro (Ap21.14). Estes formavam um grupo dis-tinto na Igreja Primitiva (Lc 6.1 2-16) e,por haverem recebido revelações espe-ciais de Deus (Ef 3.5;Jd v.l 7), foram osresponsáveis pelo alicerce doutrinárioda Igreja (At 2.42; Ef 2.20). Quanto aosapóstolos dados à igreja, por intermédiodo dom ministerial e cuja função é de"embaixador" (cf. 2 Co 8.23) e "envia-do" (cf. Fp 2.25), são estes igualmenteimprescindíveis à obra de Deus.

2. Uma consideração acercados dons ministeriais.

a) Apóstolos. Quando o SenhorJesus Cristo proferiu uma de suas maiscélebres afirmações "[...] edificarei aminha igreja" (Mt 16.18), não reveloucomo a edificaria. Em l Coríntios 3.10-14, Paulo menciona que, como sábioarquiteto, pôs o "fundamento, e outro

edifica". O apóstolo dos gentios referia-se ao trabalho sequencial de edificaçãoda igreja de Corinto que, na realidade,era fruto de seu labor missionário eda assistência pastoral dos líderes quepassaram a atender àquele rebanho. Aedificação da Igreja se dá através dehomens a quem o Senhor Jesus quali-ficou para isso (1 Co 3.6-8).

b) Evangelistas. A igreja semprenecessita do dom de evangelista; trata-se de um pregador cheio do EspíritoSanto e da Palavra, enviado à seara doSenhor (At 21.8; 2 Tm 4.5). Ele auxiliaos pastores na expansão da igreja local,ganhando almas para Cristo.

c) Pastores e doutores. Algunsexpositores do Novo Testamento en-tendem "pastores e doutores" comoum só ministério. Talvez porque otexto não diz "e outros, doutores".Pastores e doutores são distintos,porém, não díspares; tratam-se deministérios que se complementam. Atarefa do pastor é alimentar e prote-ger o rebanho; a do doutor, instruir aIgreja, assistindo os membros com aelucidação de questões doutrináriase preservando a fé genuína. A res-ponsabilidade de ambos, portanto, écuidar do rebanho de modo que cadamembro seja instruído e guiado e, pormeio do ensino e do exemplo, man-tenham a unidade da igreja, tendoa plenitude de Cristo como medida(Ef 4.13).

3. Objetivo dos dons minis-teriais (Ef 4.12-T4). É importanteentender que o Senhor Jesus deu es-ses dons à igreja a fim de equipar oscrentes para a obra do ministério (Ef4.1 2). Dessa forma, o ensino bíblicoconstante e progressivo, sob a unçãode Deus, atuará em suas vidas como objetivo de impedi-los de seremlevados por "todo o vento de doutrina"(Ef4.14).

II. "OUTROS PARAPROFETAS" (Ef 4.11a).

1. A importância do tema.Apesar de o termo "profeta" haversido devidamente abordado nas liçõesanteriores, dado o seu caráter espe-cial no contexto neotestamentário, éimprescindível considerá-lo à parte.Faz-se necessário entender que o seuemprego em o Novo Testamento éainda mais amplo do que nas Escriturasveterotestamentárias.

2. A distinção entre apóstolo-profeta e profeta. O emprego do ter-mo profeta em Efésios 4.11 apresentasentido distinto daquele encontradoanteriormente nos textos de 2.20 e 3.5.Nessas duas passagens, trata-se de ummesmo grupo: os apóstolos-profetas.Paulo afirma, porém, em Efésios 4.11,que o Senhor Jesus "deu uns paraapóstolos, e outros para profetas" dei-xando claro que se trata de ministériosdiferentes. O contexto mostra que essapassagem (Ef 4. l l) refere-se a pregado-res irresistivelmente cheios do EspíritoSanto, que cooperavam na edificaçãoda Igreja (At 13.1), dedicando-se aoensino e à interpretação da Palavra deDeus. Eles também dedicavam-se aexplicar o cumprimento das profeciasdo Antigo Testamento, e punham-sea exortar, edificar e consolar a Igreja .<de Cristo.

3. As principais funções doprofeta. Assim como no Antigo Tes- •tamento, o profeta do Novo não tem ;.|como função primária predizer o futu-ro. Sua atuação é, antes de tudo, aten-der às necessidades da igreja, uma vezque transmite a mensagem de Deus emtempos de crise (1 Co 14.3).

III. O DOM DE PROFECIA

1. A promessa do dom deprofecia. O Senhor Deus, através

do profeta Joel, prometeu derramarabundantemente do seu Espíritosobre os seus servos 01 2.28-32). Talpromessa, que iniciou o seu cumpri-mento a partir do Dia de Pentecostese inclui especificamente o dom deprofecia 01 2 .28-32; At 2 .16 -21 ) .Qualquer crente salvo pode ter o domde profecia na nova dispensacão (lCo 14.24), independentemente deidade, sexo, status social e posiçãona igreja (At 2.17,18), tal como ve-mos nas quatro filhas de Filipe "queprofetizavam" (At 21.9).

2. Definição. O dom de profecia,aqui abordado, é uma manifestaçãomomentânea e sobrenatural do EspíritoSanto, como um dos dons espirituaisprometidos, e não um ministério. Omaior valor da profecia é que ela, sen-do de Deus, ao contrário das línguasestranhas, uma vez proferida, edificaa coletividade e não unicamente o queprofetizai! Co 14.3-5).

3. Características. A Bíblia ensi-na que a profecia deve ser julgada naigreja e que o profeta deve obedecerao ensino bíblico (l Co 14.29-33). Não

podemos esquecer que a profecia,nesse contexto, não se reveste damesma autoridade da dos profetase apóstolos das Sagradas Escrituras.Ninguém mais, depois deles, recebeuigual autoridade divina. O dom deprofecia, na presente era, não é infalí-vel e, portanto, é passível de correção.Pode acontecer de o profeta receber arevelação do Espírito Santo e, por fra-queza, imaturidade e falta de temor deDeus, falar além do que devia. Quemprofetiza, portanto, deve ter o cuidadode falar apenas o que o Espírito Santomandar, não alegando estar "fora de si"ou "descontrolado", pois "os espíritosdos profetas estão sujeitos aos profe-tas" (l Co 14.32).

CONCLUSÃO

O nosso Deus nunca deixou de secomunicar com o seu povo. Ele conti-nua a falar conosco, inclusive por meiodo dom de profecia. O Senhor semprecuida do progresso e edificação de suaIgreja. Por essa razão, Jesus deu à suaNoiva, apóstolos, profetas, evangelis-tas, pastores e doutores.

RESPONDA

l. Quais os tipos de dons que o apóstolo Paulo alistou em l Co l 2.28?

2. De acordo com o contexto neotestamentário, o que significa "profeta"em Efésios 4.11?

3.Qual a razão de Jesus ter concedido os dons ministeriais à sua igreja?

4. O que é o dom de profecia?

5. Qual deve ser o cuidado de quem profetiza?

56

Lição l 219 de setembro de 2010

(Dia Nacional da Escola Dominical)

O TRÍPLICE PROPÓSITODA PROFECIA

TEXTO ÁUREO

"Mas o que profetiza fala aos homens paraedificação, exortação e consolação"

(1 Co 14.3).

VERDADE PRÁTICA

Através do dom de profecia, o EspíritoSanto desenvolve e fortalece a fé doscrentes, despertando-os espiritual-mente e confortando-lhes a alma.

LEITURA DIÁRIA

Segunda- l Co 12.7A manifestação do Espírito Santo é para oque for útil

Terça- l Co 13.8-10O dom de profecia cessará na vinda deJesus

Quarta - l Co 14.6A importância do dom de profecia

Quinta- l Co 14.22-25O dom de profecia é um sinal para osinfiéis

Sexta - 1 Co 14.26Os dons espirituais são para a edificaçãoda Igreja

Sábado- l Co 14.31O dom de profecia é para consolação

57

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Coríntios 12.4-10; 14.1-5

l Coríntios 124 - Ora, há diversidade de dons, mas0 Espírito é o mesmo.5 - E há diversidade de ministérios,mas o Senhor é o mesmo.G - E há diversidade de operações,mas é o mesmo Deus que opera tudoem todos.7 - Mas a manifestação do Espírito édada a cada um para o que for útil.8 - Porque a um, pelo Espírito, é dadaa palavra da sabedoria', e a outro,pelo mesmo Espírito, a palavra daciência;9 -e a outro, pelo mesmo Espírito, afé; e a outro, pelo mesmo Espírito, osdons de curar,1 O - e a outro, a operação de maravi-lhas; e a outro, a profecia; e a outro, odom de discernir os espíritos; e a ou-tro, a variedade de línguas; e a outro,a interpretação das línguas.

1 Coríntios 141 - Segui a caridade e procurai comzelo os dons espirituais, mas princi-palmente o de profetizar.2 - Porque o que fala língua estranhanão fala aos homens, senão a Deus;porque ninguém o entende, e em es-pírito fala de mistérios.T - Mas o que profetiza fala aos ho-mens para edificação, exortação econsolação.4 - O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetizaedifica a igreja.;.•• - E eu quero que todos vós faleislínguas estranhas; mas muito maisque profetizeis, porque o que profeti-za é maior do que o que fala línguasestranhas, a não ser que tambéminterprete, para que a igreja recebaedificação.

INTRODUÇÃO

A profecia, em si mesma, éuma revelação divina, pois trata-sede um oráculo vindo da parte deDeus. Quem profetiza está falandoem nome do Senhor e, portanto,transmitindo ao povo a vontadedivina. Os dons espirituais são paraa edificação, exortação, consolaçãoe santificação da Igreja.

I. OS DONS ESPIRITUAIS

1. A situação em Corinto.Ao falar sobre os dons espirituaisem l Coríntios 1 2 a l 4, o apóstoloPaulo não introduz nenhum ensinonovo na Igreja; a manifestação dosdons já era bem comum no meiodo povo de Deus. Mas, posto queocorresse abuso na prática dos donsespirituais, devido à inexperiênciadaquela igreja, que ainda enfrenta-va problemas de altivez espiritual(4.7,18) e dissensão (l 1.18), entreoutros, o apóstolo foi constrangidoe inspirado pelo Espírito a escreveraos irmãos coríntios, para que taisdistorções fossem corrigidas.

Paulo trouxe um ensino mui-to importante sobre o assunto,esclarecendo as manifestaçõessobrenaturais do Espírito Santo. Eleconscientiza a igreja que todos osque receberam dons espirituais doSenhor podem e devem administrá-los com sabedoria, prudência ehumildade.

2, Conceito (vv.4-6). Estamosdiante de um assunto de extremarelevância para a edificação da Igrejae, por essa razão, ninguém deve des-conhecer o tema ou sentir-se comoos coríntios - ignorantes (12.1). Aexpressão grega que aparece em l

Coríntios 14.] é traduzida como "ascoisas espirituais" e, no versículo 4, oapóstolo Paulo chama de charisma -dom - ou de ministério, no versículo5, e de operação, no versículo 6. Issorevela a diversidade dessas manifes-tações, todavia, sempre mostrandoque a fonte é uma só: Deus, o Pai, oFilho e o Espírito Santo, que formama Santíssima Trindade (12.4-6). Asmanifestações dos dons não devemser usadas para ostentação, comovinha acontecendo em Corinto, pois "amanifestação do Espírito é dada a cadaum para o que for útil" (12.7).

3. A lista dos dons e umailustração. Os versículos da LeituraBíblica em Classe mencionam novedons: palavra da sabedoria, palavra daciência, fé, dons de curar, operação demaravilhas, profecia, discernimentode espíritos, variedade de línguas einterpretação de línguas. Havendointérprete, as línguas podem até seruma forma de manifestação profética,cf. 14.5. Outros dons aparecem noversículo 28 e em Romanos l 2.6-8.

Em seguida, a Bíblia ressaltaque o Espírito opera segundo a suavontade na distribuição desses dons(12.11). Ainda nesse mesmo capítulo(w. 12-27), o apóstolo ilustra o usodesses dons na Igreja, comparando asua boa e ordeira utilização ao corpohumano, no qual cada membro temuma função diferente e, mesmo assim,um depende do outro, sendo todosigualmente importantes. Na Igreja,que é o corpo de Cristo - "vós sois ocorpo de Cristo e seus membros emparticular" (v.27) -, não deveria serdiferente. O capítulo 12 encerra-se,ensinando aos crentes a buscaremos "melhores dons". Nesse momento,Paulo introduz o tema do capítuloseguinte, o amor, que ele chama de"caminho mais excelente" (l 2.31).

II. A IMPORTÂNCIA DO AMOR

1. A relação entre a caridade eos dons (14.1). A maneira como Pau-lo escreve parece indicar que havia emCorinto uma competitividade na buscae utilização dos dons espirituais entreos crentes desta igreja (12.29,30). Ocapítulo 14 inteiro trata de dois deles:línguas e profecia. Em torno de ambos, lhavia muita indisciplina no culto.

Os coríntios tinham de entender *que é Deus quem concede os dons, ecada um desses tem a sua importânciano Corpo de Cristo. Portanto, eles nãotinham de que se gloriar. Paulo, entre-tanto, incentiva os crentes a buscar osdons espirituais: "Segui a caridade eprocurai com zelo os dons espirituais,mas principalmente o de profetizar"(14.1). A busca pelos dons, porém,deve ser feita com amor, não tendocomo motivação a disputa; tudo temde ser feito com decência e ordem.

2. A nulidade dos dons semcaridade. Os dons espirituais devemser buscados com zelo e colocadosem prática com amor. Profetizar, ouexibir qualquer das manifestações doEspírito Santo sem a prática do amorem nada resulta, afirma o apóstolo eml Coríntios l 3.1-3.

3. A perenidade do amor. Oamor é mais importante que os donsespirituais, pois ele nos acompanharáaté mesmo no céu, ao passo que osdons espirituais são transitórios (l 3.8-10, l 3). Eles cessarão com o fim das ati-vidades da Igreja de Cristo na terra.

III. O DOM DE PROFECIA(14.3)

l. Edificação. Todas as profeciasdevem serdevidamentejulgadasà luzda Bíblia, a fim de que não venhamcausar confusão à igreja nem abalar afé dos mais fracos. Há certos grupos

f ique, sem o conhecimento do pastor,l reúnem-se em casas e põem-se a pro-| fetizar segundo o seu bei prazer, com

o intuito de manipular a fé dos impru-dentes. Não podemos esquecer-nosde que um dos principais objetívos daprofecia é a edificação dos fiéis.

2. Exortação. A palavra originalaqui para "exortação" é paraklêsis, deonde procede o substantivo parákle-tos- "defensor, advogado, intercessor,auxiliador, consolador, conselheiro"- que Jesus empregou para referir-seao Espírito Santo GO 14.16,26; 15.26;16.7). O referido termo também éempregado para o próprio Cristo etraduzido por "advogado" (l Jo 2.1).Todos esses significados revelam amissão da profecia, pois o Espíritoinspira o profeta a animar, despertar,alertar e falar palavras de encoraja-mento tanto à Igreja como a alguémem particular.

3. Consolação. A consolaçãopelo Espirito fortalece a fé, produz

nova expectativa, renova a esperançae elimina os temores. Isso ajuda nofortalecimento e edificação da Igreja.Esse tríplice propósito do dom deprofecia demonstra porque o após-tolo insiste e incentiva os crentes abuscarem essa dádiva celestial.

CONCLUSÃO

Problemas no exercício do domde profecia na igreja são recorrentes;existem desde os dias apostólicos.Isso, no entanto, não é motivo para sedesprezar a manifestação do EspíritoSanto. O apóstolo Paulo, que lidoucom tais problemas, nunca deixou deincentivar a busca do referido dom.Por conseguinte, não devemos des-prezar as profecias (l Ts 5.20). Queo Senhor nos abençoe e conceda-nosgraça para vivermos nos domínios ine-fáveis do Espírito. Contudo, que todasas coisas sejam feitas "com decênciae ordem", segundo a doutrina bíblica(l Co 14.39,40).

RESPONDA

l. O que de fato estava acontecendo na igreja de Corinto em relação àadministração dos dons espirituais?

2. Por que o amor é mais importante do que os dons espirituais?

3. Qual o conceito de exortação?

4. Quais são os benefícios que a consolação pelo Espírito produz?

5. Qual o tríplice propósito da profecia no Novo Testamento?

26 de setembro de 2010

A MISSÃO PROFÉTICADA IGREJA

TEXTO ÁUREO

"Mas, se tardar, para que saibas comoconvém andar na casa de Deus, que é a igreja\ Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade"

(l Tm 3.15).

VERDADE PRATICA

to profética da Igreja é levar oimento e a vontade de Deus

aos confins da terra, cumprindosim a Grande Comissão.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-Mt 16.18As portas do inferno não prevalecerãocontra a Igreja do Senhor

Terça - At 20.28A Igreja comprada com o sangue de Cristo

Quarta- l Co 14.25A presença de Deus na Igreja

Quinta ~Ef 3.10A Igreja e a multiforme sabedoria de Deus

Sexta- Ef 3.21A Igreja está presente na terra em todasas gerações

Sábado - Ap 22.3-5O final glorioso da jornada da Igreja

01

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Atos8.4-8,12-17

4 - Mas os que andavam dispersosiam por toda parte anunciando apalavra.5 - E, descendo Filipe à cidade de Sa-maria, lhes pregava a Cristo.G - E as multidões unanimementeprestavam atenção ao que Filipe dizia,porque ouviam e viam os sinais queele fazia,7 - pois que os espíritos imundos saí-am de muitos que os tinham, claman-do em alta voz; e muitos paralíticos ecoxos eram curados.B - E havia grande alegria naquelacidade.12- Mas, como cressem em Filipe, quelhes pregava acerca do Reino de Deuse do nome de Jesus Cristo, se batiza-vam, tanto homens como mulheres.13 - E creu até o próprio Simão; e,sendo batizado, ficou, de contínuo,com Filipe e, vendo os sinais e asgrandes maravilhas que se faziam,estava atónito.14 - Os apóstolos, pois, que estavamem Jerusalém, ouvindo que Samariarecebera a palavra de Deus, enviarampara lá Pedro e João,1 5 - os quais, tendo descido, orarampor eles para que recebessem o Espí-rito Santo.16- (Porque sobre nenhum delestinha ainda descido, mas somenteeram balizados em nome do SenhorJesus.)17 - Então, lhes impuseram as mãos,e receberam o Espírito Santo.

INTRODUÇÃO

No período do Antigo Testa-mento, a voz de Deus na terra eramanifesta através dos profetas,sendo a nação de Israel o seu re-ceptáculo. Em o Novo Testamento,o Senhor continua a falar com e pormeio de seus mensageiros. Essapercepção indica-nos que a missãoprofética da Igreja consiste em levaro evangelho de Jesus Cristo a todosos povos, pois é através desta queDeus ainda fala.

I. A PERSEGUIÇÃO

1. Os primórdios da igrejaem uma cidade. A missão da Igrejaé proclamar de modo persistentee incessante a obra redentora doCalvário a todos os povos. Jesusdisse:"[...] e ser-me-eis testemunhastanto em Jerusalém como em todaajudéia e Samaria e até os confinsda terra" (At l .8). Entretanto, apesardessa ordem e de já haver recebidoo Espírito Santo no Pentecostes, aIgreja permaneceu limitada a Jeru-salém, pelo menos até ao martíriode Estevão.

2. A dispersão dos discípu-los (v.4). Após a morte de Estevão(primeiro mártir da Igreja), houve"uma grande perseguição contraa igreja que estava em Jerusalém"(8.1), de tal modo que os crentestiveram que se dispersar. Os que"andavam dispersos iam por todaparte anunciando a palavra" (v.4). Aexpressão "por toda parte" incluíaregiões como a Fenícia, Chipre eAntioquia, muito além dos termosde Israel (At 11.19). Isso indica quea determinação do Mestre começoua ser cumprida segundo os termos

da Grande Comissão. CertamenteDeus permitiu tal perseguição como intuito de retirar os discípulos doseu comodismo e inércia.

3. Deus pode tornar o malem bem. Assim como a diásporajudaica serviu para propagar o juda-ísmo, a dispersão dos discípulos con-tribuiu para uma ampla e contínuadisseminação do evangelho. Comoafirma a Palavra de Deus:"[...] todasas coisas contribuem juntamentepara o bem daqueles que amam aDeus" (Rm 8.28).

II. OS SAMARITANOS

1. A ordem de Jesus derrubabarreiras étnicas. Após a sua res-surreição dentre os mortos, o SenhorJesus Cristo mandou seus discípulospregar o evangelho em todas as par-tes, inclusive em Samaria (At 1.8).

2. Samaria (v.5). Inicialmente,tratava-se do monte de Israel queOnri, pai do rei Acabe, comprarade Semer, de onde vem o nome"Samaria" ou "Samaria" (l Rs 16.24).No período romano, a cidade eraconhecida pelo nome de Sebaste(venerável), nome dado por Herodes,o Grande. A mistura étnico-religiosados moradores da região começou ase dar a partir de 722 a.C., quandoos assírios levaram as dez tribosdo Norte para o cativeiro (2 Rs17.26,29,33).

3. Judeus e samaritanos.A animosidade no relacionamentoentre judeus e samaritanos nos diasde Jesus era algo muito marcante(Lc 9.52,53; jo 4.9). No entanto, omotivo para as desavenças era maisuma questão religiosa (Jo 4.20) doque política, pois, na verdade, ambostiveram uma origem comum. Apesardesse clima tenso, Jesus amava-os, eseu encontro com a mulher samari-

tana resultou na conversão de todaaquela aldeia para o Reino de DeusCo 4. 39-42).

III. O EVANGELHOEM SAMARIA

1. "Descendo Filipe à cida-de de Samaria, lhes pregava aCristo" (v.5). Filipe era um dossete homens escolhidos para servircomo diácono. Não demorou muitopara que ele tornasse pública a suavocação de evangelista (At 2 1 .8). Seucompanheiro Estevão, também umdos sete (At 6.5), fora assassinado,sucedendo-se uma perseguição ferozliderada por Saulo (8.3). Naquelaocasião, Filipe obedeceu ao ensi-no de Jesus Cristo, seguindo paraoutra cidade (Mt 10.23), a saber:Samaria.

2. A presença divina (vv.6,7).Os milagres que os discípulos rea-lizavam em nome de Jesus eviden-ciavam a presença de Deus entre oscrentes. Não há como fugir: religiãosem o sobrenatural é mera filosofia,O próprio ministério de Jesus era ba-seado natrilogia: pregação, ensino emilagres (Mt 4.23). Ele conferiu essaautoridade à sua Igreja (Mt l 0.7,8), ereiterou essa verdade diversas vezesem Atos (8.1 5,1 7-1 9,39) e tambémem Marcos 16.1 7-20.

3. Nasce a igreja dos sama-ritanos (v. 12), e os apóstolosPedro e João dão sequência aotrabalho (vv.14,15). O tema cen-tral do evangelho é Jesus Cristo. EFilipe foi fiel a isso, pois "pregavaacerca do Reino de Deus e do nomedejesus Cristo" {v.l 2). Como a men-sagem genuinamente evangelísticae cristocêntrica resulta em bênçãosdivinas e conversões, havia muitaalegria na cidade (v.8). A pregaçãode Filipe era acompanhada de cura

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e libertação, por isso, atraiu todaa população de Samaria. Muitos seconverteram ao evangelho e, comoaconteceu em Jerusalém no Dia dePentecostes, foi realizado um batis-mo em água, que marcou o início daigreja naquela localidade.

Ora, a pregação da Palavra e a"colheita de almas", se não foremseguidas pelo ensino da Palavra(Mc 16.15; Mt 28.19,20), produzemcrentes anêmicos. Portanto, quandoa igreja de Jerusalém tomou conheci-mento da evangelização de Samaria,enviou de imediato Pedro ejoão paradiscipular os novos irmãos. O mes-mo João que desejava fazer cair fogodo céu para consumi-los (Lc 9.54), éum dos enviados para ajudá-los (At8.14). A ajuda foi fundamental, umavez que, além de encorajar os novosconvertidos com o ensino da Palavra,os apóstolos foram usados por Deus

-; para levar os irmãos a receberem

0 batismo no Espírito Santo: "[...]tendo descido, oraram por eles paraque recebessem o Espírito Santo" (At8.15,17).

CONCLUSÃO

A missão da Igreja é levar asboas-novas de salvação e, justamen-te, por essa razão, o evangelho con-templa todas as etnias; desconhecefronteiras. Onde quer que ele chega,os preconceitos são removidos e oEspírito Santo começa a operar. O Se-nhorjesus eliminou as barreiras entrejudeus e samarítanos e entre judeuse gentios. A Bíblia classifica a huma-nidade em três grupos de povos: osjudeus, os gentios e a Igreja (l Co1 0.32,33). Temos o grande privilégiode fazer parte do último, porém, te-mos o dever de anunciar aos demais aPalavra do Senhor. Cumpramos, pois,integralmente, a missão profética daIgreja de Cristo.

RESPONDA

1. Como estavam os crentes em Jerusalém antes da morte de Estevão?

2. Como era o relacionamento entre judeus e samaritanos?

3. O que atestavam os milagres operados por meio dos discípulos?

4. O que resulta da pregação de uma mensagem cristocêntrica?

 5. Qual é a missão da igreja?

SUASDÚVIDAS

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Quantas vezes iemos dúvidasassuntos bíblicos? Será que nossas per-guntas têm respostas? Se formos orienta-dos pelo Espíriío Santo ao lermos asSagradas Escrituras certamente teremosrespostas para nossas questões.Hank Hanegraaff, o renomado autor, tratados assuntos mais significativos baseadosem seus quinze anos de experiência comoapresentador de um programa de rádio,onde ele respondia as perguntas intrigan-

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Notas do texto bí

Dicionário de Strong Hebraico e Grego3471. nopaívcj (morainõ) de 3474, tornar-se insípido;(figurado) agir facão passiva) como simplório: - tornar-setotó, agir nescíamenfe, perder o sabor.

Auxílios léxicos e gramaticais das palavras do AT e MTe códigos das palavras-chave no texto bíblico, remen-tendo ao texto original e ao Dicionário de Strongptoo (participio aoristo)Expressa uma ação simples, em oposição à ação contínuado Participio Presente (39). Esta construção não indicao momento da ação. Quando a sua relação com o verboprincipal é temporal, normalmente significa uma açãoanterior à do verbo principal.

Comentários exegéticos adicionais ao Dicionáriode Strong21. ávHÃ/.uttú (agalliaÕ)decc{K\'(agan) "muito" e 242; propria-mente "saltar", isto é, "exultar": - ser (excessivo), alegre,com alegria excessiva, regozijar-se (grandemente).De agan (n.f.), "muito", e haltomai (242), "pular".Exultar, saltar de alegria, mostrar alegria por meio desaltos e pulos, denotando alegria e regozijo excessivosou estáticos. [...] -A.

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