52

O Minuano No 135

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista especializada em náutica do clube Veleiros do Sul

Citation preview

  • Prezados Associados

    O destino me proporcionou ser o comodoro do Veleiros do Sul justamente quando completou 80 anos. Confesso que foi uma das maiores honras que eu tive e sempre terei em toda a minha vida. Vim para o Clube como velejador e passei a defender as cores de nossa bandeira nas regatas. Era bem mais jovem, no que ago-ra me considere to velho, mas, apesar de passados os anos, mantenho a mesma alegria e emoo de quando cheguei, e o propsito que me trouxe at aqui. E com o qual seguirei at os ltimos dias de minha vida.

    O Veleiros do Sul passa por um momento singular de sua vida! Sem dvida, chegamos a um ponto de mutao que dar uma nova dinmica ao Clube. Os convnios com as entidades governamentais e patrocnios com empresas de renome mostram a fora da marca Veleiros do Sul. Nossa imagem, construda ao longo dos anos, nos in-seriu nos cenrios nacional e internacional de forma muito positiva e sria. A nossa tradio no permite espao para oportunismos.

    As conquistas nestes dois ltimos anos confirmam o que eu digo. A flotilha Minuano tornou-se a principal da classe Optimist nacional. Tivemos o renascimento da Escola de Vela Minuano e o projeto Veleiros do Sul Formao Olmpica I com recursos da Confederao Brasileira de Clubes, por meio da Lei Pel, na ordem de R$ 1.202.010,95 para a compra de 45 embarcaes.

    O apoio ao projeto Vela Olmpica em andamento , com patrocnio do Banrisul, no valor R$ 173.000,00, e com a empresa Tradener, R$ 250.000,00, por meio da Lei de Incentivo do Mi-nistrio dos Esportes. E ainda o patrocnio direto com a Multiplan de R$ 400.000,00, sendo R$ 260.000,00 destinados Escola de Vela Minuano em 2015. Na vela olmpica temos trs tripula-es em franca campanha, e o significativo nmero de ttulos conquistados por todas as flotilhas do clube, nas esferas nacional e internacional, e em todas as geraes ativas da vela.

    A reformulao na parte administrativa, investimentos em nosso quadro funcional, dentro de nossa poltica de valorizao do capital humano, implantando novas rotinas e de controles internos dessa rea, controle de associados, cobrana, tesouraria e portaria, e a criao da Secre-taria de Porto, fundamental estrutura nutica. Todo o trabalho, sempre voltado a prestigiar os associados, com austeridade e rigorosos controles financeiros, nos permitiram um valor recorde de investimentos.

    No Patrimnio, a nossa gesto fez diversas mudanas, criando a Secretaria de Patrimnio, que controla as aquisies de materiais, evitando desperdcio de dinheiro e alinhada com o planeja-mento financeiro. Isso nos permitiu investir em obras, como as reformas dos vestirios e sede da piscina, vestirios e sauna da sede, guincho rpido e o nosso per da piscina, renovado para dar mais segurana e aproveitamento de lazer aos associados, e por ltimo o novo playground da rea leste.

    No social, iniciamos com a implantao da Secretaria Social para dinamizarmos mais esse setor do Clube. Alcanamos grande xito com os eventos inovadores que trouxeram os mais jovens para curtir o VDS.

    Agradeo muito aos meus pares, os vice-comodoros e diretores, que foram meus irmos, meus professores, eventualmente meus alunos. Ao Conselho Fiscal e tambm ao consultor admi-nistrativo, Cludio Kretzmann, e a relaes pblicas, Daniele Carlini.

    Meus agradecimentos a todos os associados que tambm contriburam com esta Comodoria, e o barco segue seu rumo nas boas mos do novo comodoro Eduardo Ribas, um experiente co-mandante, pessoa gabaritada para a funo.

    Que os ventos continuem favorveis a todos ns em 2015!Ccero Hartmann

    EXPEDIENTEPALAVRA DO COMODORO

    ComodoroCcero Hartmann

    Vice-Comodoro EsportivoGuilherme Schramm Roth

    Vice-Comodoro AdministrativoPaulo A. Hennig

    Vice-Comodoro PatrimnioLuis Antonio SchneiderVice-Comodoro Social

    Carlos Alberto TreinDiretor de Porto

    Luiz Vincius M. de MagalhesDiretor de Monotipos

    Kadu BergenthalDiretor de Oceano

    Augusto MoreiraDiretor Motonutica

    Celestino GoulartDiretor de SUP

    Geraldo G. Gomes da SilveiraEscola de Vela Minuano

    Coordenador: Cssio do CantoPrefeito da Ilha Chico Manoel

    Roberto A. SchmitzDiretor Jurdico

    Lcio Pinto RibeiroConselho Deliberativo

    PresidenteNewton Roesch Aerts

    Vice-PresidenteLuiz A. MorandiConselho Fiscal

    Titulares: Newton R. Aerts, Luiz Alberto Morandi e Flvio Neumann

    Suplentes: Ricardo Englert e Homero Jobim Neto

    O Minuano uma publicao do clube Veleiros do Sul.Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592

    Endereo: Av.Guaba, 2941 Vila Assuno Porto Alegre Brasil

    CEP: 91.900-420E-mail: [email protected]

    Site: www.vds.com.br

    Editor:Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS

    Textos e Fotos:Ricardo Pedebos e Ane Meira

    Foto Capa: Memria VDSProjeto Grfico e Diagramao:

    Renato NunesFotolitos e Impresso:

    Grfica CalbriaTiragem: 1.300 exemplares

    Distribuio: Scios do VDS, diretorias dos clubes nuticos e marinas do Brasil. Clubes da

    Argentina, Chile e Uruguai.

  • O MINUANO4

    Retratos de uma histriaO Veleiros do Sul comemorou em 13 de dezembro de 2014 os seus 80 anos de fundao. Selecionamos algumas fotos para fazer uma espcie de viagem no tempo. Imagens que congelaram fatos e pessoas do nosso passado na tentativa de no serem apagadas da nossa frgil memria - 1 PARTE

    1) Barcos do grupo autodenominado veleiros avulsos, que posteriormente veio fundar o Veleiros do Sul. Na foto, tirada na beira do Guaba por volta do comeo dos anos 30, aparecem as ioles Mary Rose, de propriedade do Sr. Carwell e o Gluckauf, de Hans Salm, que fizeram parte da flotilha pioneira quando da inaugurao do Clube; 2) Regatas Farroupilhas com tripulaes do Rio de Janeiro, So Paulo, Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre; disputadas em frente ao cas em dezembro de 1935 e tornaram-se a primeira competio interestadual; (3) Trapiche do Yacht Club de Porto Alegre, na Tristeza (extinto), durante a primeira regata internacional (Brasil e Uruguai) realizada em comemorao ao Centenrio da Revoluo Farroupilha em novembro de 1935. O Veleiros do Sul foi parceiro do evento; (4) Barcos fazendo evoluo em frente a sede no dia da inaugurao; (5) Em abril de 1935 o VDS comeou o Curso de Pilotagem de barco vela, com durao de quatro meses. O barco escola foi batizado com o nome de Commandante

    1

    76

    3

    2

    4

    5

  • O MINUANO 5

    13

    10

    9

    14

    15

    12

    8

    11

    Gonalves. Fotos de sua primeira viagem de instruo, que foi a Itapu, em 27 de abril de 1935; (6) Madrinha Inge Krahe na inau-gurao da sede em 31 de maro de 1935; (7) Construo do trapiche e do galpo. A obra iniciou em 18 de outubro de 1934; (8) Trapiche no 1 Concurso de Vela - abril de 1936; (9) Barco Escola: no primeiro plano sentado, Roberto Bromberg; (10) Batismo do Cayru feito pela madrinha Sra. Clothilde Luederitz, em maro de 1936; (11) Lanamento do veleiro Cayru, de projeto alemo e construdo no estaleiro do Clube. Foi o marco da classe oceano no estado; (12) Regata de Longo Curso Volta em frente ao farol de Itapu em 1936; (13) Barco Escola no arroio em Itapu; (14) E.Ritter, R. Krahe, Becker, Kircheis, Herzfeld e Ivers, preparao da Regata de Longo Curso; (15) VDS foi convidado pelo Yacht Club Uruguayo para participar da Copa Atlntida em Montevidu, em 1937. Foi a primeira vitria do VDS fora do pas. Nossa delegao foi chefiada por Leopoldo Geyer;

  • O MINUANO6

    (16) Foto da Delegao do VDS na Copa Atlntida em 1938; (17) Em 1941 competiu nas regatas em Montevidu e Buenos Aires; (18) Em 1942 as mulheres tambm comearam a competir. Em 12 de abril o Clube realizou a primeira regata feminina. Na ver-dade as tripulaes eram mistas. As timoneiras (foto) foram: Hildegard Hennig, Lise Hillmann, Lori Tyedmers, Vera Melchers, Vera Tyedmers,Wibke Bolten, Hansi Ortenberg e Frau Leske. Vencedoras: Joana Albig, Ingeborg Mller e Frau Leske; (19) Trofu Bronze Amizade entre gachos e catarinenses; (20) Regatas no Yacht Club Argentino na classe Zirefly e 5 metros; (21) Lanamento do Mo, janeiro de 1944;

    16

    17

    18

    19

    20

    21

    22 23

  • O MINUANO 7

    (22) Batismo de barcos da flotilha de oceano: Pinguim, Guar, Alcatraz, e Albatroz, setembro de 1944; (23) Porto do Veleiros do Sul nas regatas comemorativas dos 10 anos; (24) Uma das primeiras fotos de festas registradas no Clube: Oktoberfest de 1940; (25) Oktoberfest de 1948: Hildegard Hennig, Maria Elizabeth Baumann e Erika Sokolowski; (26) As excurses feitas por associados pelo Guaba e Delta do Jacu; (27) Torneio de Aquaplano realizado em 11 de maro de 1951;(28/29) Barcos da classe Guanabara na regata de longo curso Copa Brisa em 1950; (30) Excurso do veleiro Umuarama pela Lagoa dos Patos em 1950; (31) O veleiro Guar velejando no travs no morro da Assuno em 1950;

    29

    31

    27

    30

    28

    24

    26

    25

  • O MINUANO8

    (32) Os picnics com bailes no Capo do Lages; (33) Grupo dos Cruzeiristas comeou suas atividades em 1956; (34) Ptio da sede do Navegantes com velejadores ao lado do barco Micrbio; (35) Largada da I Regata Porto Alegre - Feitoria no dia 26 de fevereiro de 1954; (36) Provas de motonutica promovidas pelo VDS em 1956; (37) VI Campeonato Brasileiro de Vela de 1953 Participantes: RS, MG, SP, SC, RJ e RS; (38) II Regata Feitoria em 1956; (38) Tripulao do Yara, barco vencedor da I Regata Porto Alegre - Feitoria.

    37

    3634

    33

    38

    39

    35

    32

  • O MINUANO 9

    Comandante Bruno Altreiter, (40) Cerimnia de lanamento das primeiras pedras que formaram o enrocamento da rea do Clube; (41) Local onde seria a nova sede do Veleiros do Sul. Foto do costado do morro da Assuno, sem a Av. Guaba; (42) Festa da posse do terreno no Cristal em 1956; (43/44) As linhas de pedras prontas; (45) Aterro concludo; (46/47 e 48) Construo feita pela Esmara dos hangares.Uma nova pgina seria escrita na vida do Clube.

    43

    44

    48

    47

    46

    45

    40 41

    42

  • Uma linda estrutura montada beira da gua foi o local ideal para abrigar o evento memorvel de aniversrio

    Uma celebrao para no esquecerUma celebrao para no esquecer

    ANIVERSRIO 80 ANOS

  • Patrocnio:

  • A festa dos 80 anos do Veleiros do Sul ocorreu no dia 13 de dezembro com a presena de cerca de 450 pessoas entre associados, convidados e autoridades. O ambiente muito bem decorado, o colorido das luzes, e potentes canhes externos que ilumina-vam o cu completaram o lindo cenrio de co-memorao do aniversrio.

    O Comodoro Ccero Hartmann saudou a to-dos os presentes na abertura do evento e em se-guida passou a entrega dos Destaques Esportivos do Clube em 2014. Ao trmino da premiao ser-viram o jantar especial da Barcelos Gastronomia e todo o servio foi muito elogiado por todos.

    As duas comodorias reunidas para a cerimnia da posse

    Um dos pontos altos da noite foi posse da nova comodoria e do Conselho Fiscal para o binio 2015 e 2016. O presidente do Con-selho Deliberativo Newton Roesch Aerts passou o timo ao comodoro eleito Eduardo Ribas, ato que simboliza a conduo do Clube. Junto na solenidade o comodoro Ccero Hartmann, que deixou o cargo depois de dois anos na liderana no VDS.

    Com Eduardo Ribas estavam presentes os membros da sua Comodoria e esposas. Na vice-comodoria Esportiva assumiu Diego Quevedo, na social Christian Willy, Patrimnio Andr Huyer e na Administrao Renato Poy da Costa, Prefeito

    O presidente do Conselho Newton Aerts (C), com Cicero Hartmann (E), e Eduardo Ribas (D) no ato de passagem do timo que simboliza o comando do Clube

    O associado Ricardo Habiaga entregou em nome do Rio Grande Yacht Club uma placa em homenagem aos 80 anos do Veleiros do Sul

    O MINUANO12

    ANIVERSRIO 80 ANOS

  • da Ilha Chico Manoel, Luiz Morandi e Ouvidor Eduardo Scheidegger Jr. Conselho Fiscal para o binio - 2015/2016: Titulares - Frederico Roth, Ccero Hartmann e Flvio Neumann; Suplentes - Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira, Ricardo Englert e Paulo Hennig.

    Ao falar sobre sua gesto, Ccero Hartmann ressaltou o papel importante dos membros de sua comodoria, fez um balano das realizaes nas pastas administrativa, esportiva, social e pa-trimonial. E tambm destacou a nova Comodo-ria. Tenho certeza que o Clube est em boas mos, disse Ccero a respeito do seu sucessor.

    Eduardo Ribas agradeceu pela confiana e unanimidade de votos do Conselho Deliberativo que o elegeu. O comodoro empossado comen-tou alguns aspectos dos projetos para o Clube e definiu o lema de seu grupo em trs palavras: Unio, Motivao e Planejamento. No final os comodoros e vices receberam da empresa Vinhos do Mundo, do associado Leocir Vanazi, garrafas de espumantes e as esposas flores.

    Outro momento muito aguardado era o show da The Hard Working Band que se reuniu especialmente para a festa dos 80 anos. Do in-cio ao fim da apresentao o ambiente foi toma-do pelo ritmo emotivo danante da Soul Music e outros sucessos do pop internacional. E ningum poderia ficar indiferente num clima musical ele-trizante desses. A pista lotou e a banda que tem um carinho especial pelo Clube foi ovacionada durante todo o show. E finalizando noite o DJ Paulinho Sabia manteve a alegria da festa.

    A festa de Aniversrio contou com a presen-a de autoridades e representantes dos clubes Jangadeiros, Iate Clube Guaba, Sava Clube. O Rio Grande Yacht Club presentou o comodoro Ccero Hartmann com uma placa em homena-gem aos 80 anos que foi entregue por Ricardo Habiaga em nome do comodoro Srgio Rocha Paixo Cortes do RGYC.

    Entre os convidados estavam: o secretrio estadual de Esporte e Lazer do RS, Ricardo D. de Souza Petersen, o secretrio municipal de Esportes, Recreao e Lazer, Cludio Gutierrez, presidente da Fundergs, Jos Edgar Meurer que tambm abraou o VDS em nome do prefeito Jos Fortunati, o Delegado da Capitania dos Por-tos em Porto Alegre, capito-de-fragata Carlos Henrique Zampieri, a presidente da Federao dos Clubes Sociais do RS (Federaclubes), Maria da Conceio Pires, o vice-presidente da FE-VERS Paulo Ruano, o presidente da Associao

    O show da The Hard Working Band eletrizou a festa

    A banda tocou o Parabns a voc que foi acompanhado pelos presentes para em seguida a Comodoria puxar o brinde ao aniversariante

    Comodoro, vices e esposas para a gesto 2015/2016

    O MINUANO 13

    das Federaes Esportivas do RS, Nelson Ilha, o supervisor da Secretaria Municipal de Meio Am-biente de Porto Alegre, Mauro Gomes de Moura e o Gerente Regional Multiplan no RS, Carlos Kripka, patrocinadora do evento e da Escola de Vela Minuano em 2015.

  • O MINUANO14

    ANIVERSRIO 80 ANOS

  • O MINUANO 15

  • A escolha dos Destaques da Vela ocorre tradicionalmente ao final do ano para homenagear os velejadores e equipes que se sobressaram em suas classes, levando em considerao a participao e desempenho nas competies. So velejadores que pelo empe-nho e garra enaltecem o nome do Veleiros do Sul com as suas conquistas.

    Os prmios foram entregues durante a festa dos 80 anos no sbado noite. Nesta edio, foram escolhidos:

    Destaque Vela Olmpica Monotipos: Gei-son Mendes Dzioubanov e Gustavo Canal Thie-

    Homenagem para os Destaques da Vela de 2014

    Os velejadores do Clube receberam os trofus na festa dos 80 anos

    sen Classe 470; Campees Estaduais da Classe 470, Mundial Santander, Bicampeo Sulameri-cano de 470, Aquece Rio, Semana de Vela de Garda Trentino, campees Italianos da Classe 470 de 2014

    Destaque Oceano: Barco Camiranga, pelo destaque na Classe ORC nacional, fita azul e campeo da Regata Recife - Fernando de Noro-nha de 2014. Tripulao representada pelo co-mandante Samuel Albrecht.

    Destaque Vela de Base Monotipos: Tiago Loch Quevedo, da classe Optimist, Campeo BrasilCentro, Campeo Brasileiro de 2014, campeo gacho e 5 lugar no Campeonato Mundial na Argentina.

    Destaque Monotipos: Cicero Hartmann, Flvio Quevedo, Andr Renard, Classe Soling: vice-campees mundiais, vice-campees Ga-chos, vice-campees do Trofu Amizade e Bi-campees Sul-americanos.

    Revelao Monotipos: Ricardo Welter Lis, classe Hobie Cat 16: Campeo Sul-americano categoria Junior

    Revelao Monotipos feminino: Marlia Pinto Gomes Bassoa e Michelle Pandolfo Olivei-ra, classe Hobie Cat 16: campes sul-americanas na categoria feminina.

    ANIVERSRIO 80 ANOS

    O MINUANO16

    A dupla da 470 foi representada por Person Thiesen que recebeu o prmio do secretrio estadual de Esporte e Lazer do RS Ricardo Petersen

    Samuel Albrecht recebeu do Delegado da Capitania dos Portos em Porto Alegre, Carlos Henrique Zampieri

    Tiago recebe das mos do comodoro Ccero Hartmann

    Ccero, Flvio e Andr com o secretrio municipal de Esportes Recreao e Lazer, Jos Edgar Meurer

    Gustavo Lis recebeu pelo Ricardo o prmio da presidente da Federaclubes Maria da Conceio Pires

    Marlia e Michelle receberam os trofus do Gerente Regional Multiplan no RS Carlos Kripka

  • programao esportiva sempre fez parte das co-memoraes de aniversrio do Clube. So 80 anos de competio na vela. E nesta edio no foi diferente. Compareceram na raia 73 barcos monotipos: Soling, Hobie Cat 16 e 14, Laser Standard, Laser Radial e 4.7, Snipe, 420 e Opti-mist veteranos e estreantes.

    As classes largaram juntas, com exceo da Optimist, s 14h35min, numa linha bem prxi-ma a orla do Clube. O vento era de intensidade mdia, de direo sudeste. No meio da prova caiu uma pancada de chuva e depois o vento au-mentou a velocidade para rajadas de at 20 ns.

    No canal do Cristal a regata tornou-se um atrativo para as pessoas que passavam prximas ao Museu Iber Camargo, pedestres e ocupan-tes dos carros ficaram assistindo. E at o nibus da linha de Turismo da Cidade parou por algum tempo para que os passageiros fotografassem os barcos.

    O Guaba ficou repleto de velas brancas e coloridas dos barcos, que se cruzaram durante o percurso. As marcas da regata eram nas boias prximas ao per do antigo estaleiro S, a 142

    Oito dcadas de regatasdo Canal do Cristal. A chegada tambm foi em frente Clube. Todos os competidores receberam medalhas de participao que foram entregues na gua aps cruzarem a linha de chegada.

    O vento sudeste favoreceu a disputa na baa do Cristal Largada foi em frente ao Clube

    A regata foi de percurso ida e volta at a boia 142 A gurizada em enfrentou a pancada forte de chuva durante a competio

    VENCEDORES POR CLASSESLaser Standard Adrion Santos (VDS)Radial - Henrique Silva Dias (VDS)4.7 Guilherme Perez (CDJ)Soling Cicero Hartmann, Flvio Quevedo e Andr Renard (VDS)Hobie Cat 16 - Gustavo Lis e Cludia Welter (VDS)Hobie Cat 14 - Mrcio Tozzi (VDS)Snipe - Diego Quevedo e Eduardo Ribas (VDS)420 - Thiago Ribas e Erik Hoffmann (VDS)Optimist veteranos Breno Kneipp (CDJ)Optimist estreantes Rafael Rocha (CDJ)

    Patrocnio:

    A

    O MINUANO18

  • O MINUANO 19

    PREMIAO DAS REGATAS DE MONOTIPOS

    Soling: 1 Ccero Hartmann, Flvio Quevedo e Andr Renard, 2 George Nehm, Frederico Sidou e Lcio Pinto Ribeiro e 3 Roger Lamb, Carlos Trein e Daniel Glomb

    Hobie Cat 16: 1 Gustavo Lis e Cludia Weter, 2 Eduardo Ekmann e Francisco Ekmann e 3 Cludio Mika e Alex Vasconcellos

    Optimist Estreantes Juvenil: 1 Gabriel Autran, Infantil: 1 Rafael Rocha, Mirim: Leonardo Joo Caminha e Feminino: 1 Isabel Coelho

    Optimist Estreantes: 1 Rafael Rocha, 2 Isabel Coelho, 3 Bruna Haimi, 4 Gabriel Autran e 5 Lucas Stolf

    Optimist Veteranos: 1 Breno Kneipp, 3 Guilherme Plentz e 4 Tiago Quevedo

    Optimist Veteranos feminino: 1 Luiza Mor e Infantil: Gabriel Rimoli

    Laser Radial Junior: 1 Bryan Mattew LuizHobie Cat 14: 1 Mrcio Tozzi

    Laser 4.7: 1 Guilherme Perez e 2 Diego Falcetta

    420: 1 Thiago Ribas e Erik Hoffmann e 2 Phillip Rump e Thomas Rodrigues

    Laser Radial: 1 Henrique Dias, 2 Marcello Guedes Pinto e 3 Rodrigo Quevedo

    Snipe: 1 Diego Quevedo e Eduardo Ribas e 2 Vilnei Goldemeier e Marlia Bassoa

    Laser Standard Master: Roberto Bortolaso

    Laser Standard: 1 Adrion Santos e 3 Andre Passow

  • O MINUANO20

    Patrocnio:

    disputa da classe Oceano e Veleirao Marinha do Brasil para barcos de cruzeiro encerrou a competio de aniversrio. A largada ocorreu em frente ao Clube, s 14h05min, com 38 bar-cos das classes: ORC, J/24, Micro19 e Veleirao. A linha foi entre o barco da Comisso de Regata do VDS e o mastro principal do rebocar de Alto-Mar Trito da Marinha que veio prestigiar as comemoraes dos 80 anos.

    O primeiro barco a cruzar a linha de che-gada foi Cest la vie, de Henrique Dias, s 15h11min01s e tambm ficou com o ttulo da ORC. Na classe RGS, o vencedor foi o Alga, de

    Uma regata de muita beleza no Aniversrio

    A grande presena da flotilha da Oceano deu brilho da competio

    Adrion Santos. Na classe J/24 o ganhador foi o Meu Guri, de Andr Streppel, e na Micro 19, Ceomar Meyner. No Veleirao Marinha do Bra-sil, o campeo foi o Man, de Mrcio Lima, que chegou s 15h11min40. Por ter sido o Fita Azul primeiro a cruzar a linha de chegada - ele ficou com o trofu rotativo da Marinha do Brasil.

    A regata foi com vento sul de intensidade mdia e na hora da largada os barcos seguiram de vela balo, dando um toque especial na pai-sagem do Guaba. Os veleiros navegaram em direo a baa do Cristal at a boia a laranja pr-xima do canal de acesso a Estao do Catamar do Barra Shopping Sul, que era a primeira marca do percurso.

    Depois os barcos foram at a boia n 142 do Canal do Cristal e seguiram at o rebocador que ficou fundeado como marca. Os barcos contor-naram a boia inflvel laranja fundeada prximo ao farol do Clube e repetiram o percurso at a linha de chegada em frente ao Veleiros do Sul. Todas as tripulaes receberam medalhas de participao dadas pelo Papai Noel levadas de bote at os barcos aps a chegada.

    No final da tarde houve a premiao com uma festa Garden Party na rea da piscina com a presena de associados, velejadores e convi-dados.

    O rebocador de Alto-Mar Trito participou das comemoraes do VDS e no domingo foi marca de percurso na regata

    A

  • PREMIAO DA REGATA DE OCEANO

    VELEJAO MARINHA DO BRASIL

    Classe J24: 1 Meu Guri, Andr Streppel; 2 Vento Negro, Thiago Ribas e 3 Angela, Boris Ostergren

    Microtoner 19: 1 Sofia, Ceomar Meyner e 2 14 Bis, Humberto Black

    ORC Internacional: 1 Cest la vie, Henrique Dias; 2 Patron, Joo Remdios; 3 Noa Noa, Ivano Vargas

    RGS: 1 Alga, Adrion Santos

    26: 1 Bora Bora, Kadu Bergenthal 30: 1 Aqurio II, Henrique IlhaCruzeiro 23: Vira e Mexe, Augusto Altreiter

    35: 1 Tempest, Lus Fernando Colling 40: 1 Shogun, Marcelo Caminha

    D36: Friday Night, Frederico Roth Fora Livre: 1 Tereza Rump Tripulante mais jovem: Leonardo Englert

    O MINUANO 21

  • ANIVERSRIO 80 ANOS

    A entrega dos trofus e meda-lhas das Regatas dos 80 anos foi no encerramento do ani-versrio num clima descontrado de Garden Party beira do Guaba com grande presena dos velejadores, as-sociados e convidados. Antes da pre-miao foram entregues os diplomas para as crianas que concluram os cursos da Escola de Vela Minuano.

    Garden Party encerrou a festa dos 80 anos

    Os scios jubilados com seus diplomas de veterania

    A festa na orla do Clube foi num final de tarde muito agradvel tendo o visual do Guaba como cenrio

    O associado Leonid Streliaev concedeu muitos autgrafos do seu livro fotogrfico

    Aps o Comodoro Ccero Hartmann realizou a diplomao dos scios ve-teranos, associados que contriburam durante 30 anos para o Clube. O co-modoro Ccero entregou o diploma e o pin do VDS aos veteranos. Neste ano os jubilados foram: Amlcar Rossi, Eduardo Secco Hofmeister, Niels Charles Rump, Michael Noel, Paulo Roberto Ott Fon-tes, Reinaldo Luiz Koetz Bernardes e

    Ricardo Titoff Salvador.A festa tambm teve uma sesso de

    autgrafos do fotgrafo e editor Leonid Streliaev da edio especial do seu li-vro fotogrfico de Porto Alegre com o encarte da histria do Veleiros do Sul, que est sendo presenteando aos as-sociados titulares. Aps, foi realizada a premiao das regatas de 80 anos ao som do msico Duda Velasquez.

    O MINUANO22

  • O MINUANO 23

  • m dezembro a EVM entregou certificado de con-cluso de curso a 18 novos velejadores durante o Garden Party de 80 anos. Aps as boas vindas aos presentes, o comodoro Ccero Hartmann agradeceu ao coordenador da Escola Minuano Cssio Lutz do Canto e aos professores Mauro Ferreira, Antnio Cavalcanti e Marcelino Rodri-gues pelo trabalho deles no ano. Ccero saudou e agradeceu tambm Multiplan, que em 2015 ser a patrocinadora da Escola de Vela Minuano, quando tambm passar a oferecer aulas duran-te a semana.

    Um ano de vento em popa para a EVMEscola de Vela Minuano encerrou 2014 com 40 crianas formadas nos cursos de Optimist e Pr-flotilha e 90 adultos, o melhor resultado dos ltimos tempos

    A turma do curso de Optimist foi diplomada em dezembro. Pelo menos sete crianas passaro para a flotilha de Estreantes

    Depois, passou a palavra ao ex-comodoro Jorge Vidal. Um dos comandantes mais expe-rientes do Clube, Vidal fez um discurso motiva-dor aos jovens velejadores, ressaltando a garra e a bravura com que os pequenos enfrentam as ondas e o vento e os estimulou falando sobre o esprito aventureiro que instiga todos a seguirem velejando.

    Foi realizada a entrega com a participao do comodoro Eduardo Ribas, do Delegado da Capitania dos Portos de Porto Alegre, o capito de fragata Carlos Henrique Zampieri e da pri-meira capit da Flotilha Minuano, Rita Richter, alm dos pais velejadores que entregaram as me-dalhas diretamente aos filhos: Carlos Henrique Zampieri, Denis Koch, Luciana Scarrone, Marcus Vincius Caminha e Guilherme Nunnenkamp.

    Receberam seus diplomas: Bernardo Dal-molin, Bruno Scarrone Barbieux, Daniela Be-cker, Davi Moreira, Frederico Nunnenkanp, Gio-vanni Meneghetti, Henrique Becker, Henrique Cassini de Moraes, Henrique Pandolfo, Lucas Flores, Mathias da Silva Lisboa, Joo Pedro Ca-minha, Mateus Koch, Theo Colombo Zart, Pe-dro Poyastro Rosa, Lucca Muller, Luiz Henrique Zampieri e Sofia Pauletti Saltz.

    A vela como fator de crescimento pessoal foi destacado por Vidal ao falar para os pais e alunos da EVM

    O MINUANO24

    E

    ESCOLA MINUANO

  • Com a aprovao do Projeto Veleiros do Sul Formao Olmpica I pela Confederao Bra-sileira de Clubes (CBC) uma nova etapa co-mea a se tornar realidade ao ser efetivada o repasse do edital que liberou a quantia de R$ 1.202.010,95 para o projeto esportivo. A verba tem destino nico para a compra de Equipamentos (barcos cascos, bo-tes) e Materiais (velas, coletes, etc. menos durveis), tambm com as despesas administrativas e gastos tc-nicos na formao de velejadores. O processo de li-citaes j foi iniciado pelo Clube e a finalizao ser aps 12 meses. Dos 37 clubes que se submeteram a cadastro, o Veleiros do Sul ficou entre os 16 que tive-ram propostas aprovadas. Os clubes totalizaram 24 projetos 22 olmpicos e dois paraolmpicos que somam R$ 23 milhes.

    Foi um trabalho bem sucedido realizado pela comodoria que precisou inclusive readequar os Es-tatuto do VDS, conforme a exigncia da Lei Pel, em tempo recorde para ficar apto no Cadastro Geral de Entidades de Prtica Desportiva (EPDs), alm de estar quites com a Unio. Em novembro de 2014 o como-doro Ccero Hartmann e o gerente de esporte Od-cio Adam compareceram ao Congresso Brasileiro de Clubes, promovido pela CBC e Federao Nacional de Clubes (FNC) quando houve a solenidade de assi-

    VDS e CBC oficializam convnioO Clube deu um passo importante no contexto nacional para a sustentabilidade do esporte da vela

    Comodoro Ccero na solenidade de assinatura do protocolo de convnio com a CBC ocorrido em Campinas (SP)

    natura dos protocolos de convnios com a presena do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. E em dezem-bro saiu o chamamento dos editais da CBC.

    A formao de velejadores de base e Olmpicos uma atribuio originria dos clubes. Com o apoio da CBC e tambm do Ministrio do Esporte, em ou-tros projetos olmpicos patrocinados pelo Banrisul (R$ 173.000) e Tradener (R$ 250.000) por meio da lei de incentivo, teremos uma mudana substancial no esporte da vela em 2015. E ainda com o patroc-nio direto da Multiplan para a Escola de Vela no valor de R$ 260,000. Nosso objetivo no restrito a Olim-pada de 2016 no Rio, mas um trabalho de mdio e longo prazo, comentou Ccero Hartmann.

    Em 2011, uma mudana na Lei Pel, feita pela Lei 12.395/11, incluiu a CBC como beneficiria de 0,5% do total da arrecadao das loterias da Caixa Econmica Federal, ao lado do Comit Olmpico do Brasil (COB) e do Comit Paraolmpico Brasileiro (CPB). Desde 2011, at o fim de julho de 2014, o montante acumulado foi de R$ 150 milhes, que se destina a subsidiar projetos de formao de atletas de base. Para que fosse possvel a incluso do CBC nos repasses da Lei Agnelo/Piva, o Ministrio do Esporte abriu mo de porcentagem do que lhe cabe das lo-terias.

    Ministro Aldo Rebelo recebeu o livro do VDS no Congresso em novembro de 2014

    PROjEtO VElA OlMPICAAlm do convnio com a CBC em 2015, o Veleiros do Sul renovou o patrocnio com o Banrisul para o projeto Vela Olmpica

    - em andamento - no valor R$ 173.000 e teve a entrada de mais um parceiro, a empresa Tradener, com R$ 250.000, ambos por meio da Lei de Incentivo do Ministrio do Esporte. E ainda o patrocnio direto com a Multiplan de R$ 400.000, sendo R$ 260.000 destinados Escola de Vela Minuano. Em 2015 o Clube continuar com duas tripulaes na Equipe Brasileira de Vela Olmpica, da CBVela: nas classes 470, com Geison Mendes e Gustavo Thiesen, e na Nacra 17, com Samuel Albrecht e Gergia Silva.

    PROJETO OLMPICO VDS

    O MINUANO 25

  • Os labirintos do mar chileno

    nosso associado Paulo Silveira percorreu com o comandante Jos Zanella esses labirintos a bordo do veleiro Guga Buy, de Florianpolis, de outu-bro a novembro de 2014. Eles ficaram amigos durante a Regata Recife - Fernando de Noronha de 2010 quando Paulo competiu com seu Delta 36, Riacho Doce. O veleiro catarinense seguiu viagem pelo Caribe, cruzou para o Pacfico pelo canal de Panam e foi descendo a costa sul-ame-

    ricana. Convidado por Jos para navegar com ele e seu filho Eduardo Zanella na viagem de retor-no ao Brasil, Paulo fez a perna de Valdvia, no Chile, at Ushuaia, na Terra do Fogo. A jornada durou 42 dias.

    Partimos dessa cidade porturia s 6 ho-ras da manh com destino a Puerto Montt que fica 190 milhas para o sul. A perna entre essas duas cidades em mar aberto. Aps 35 milhas

    O MINUANO26

    OO sul do Chile de uma beleza impressionante. No seu estreito territrio entre o mar e as montanhas da Cordilheira dos Andes que se estendem da Patagnia at parte da regio de Magalhes e Antrtica chilena h uma profuso de canais, fiordes, ilhas e geleiras que deixam qualquer pessoa com desejo de se aventurar por essa geografia.

  • navegadas, a previso de vento fraco falhou. Entrou um vento com rajadas de 32 ns e on-das altas que impediam que o Guga Buy, um Bruce Farr de 40 ps, andasse mais que duas milhas por hora mesmo a motor. Como no havia nenhum abrigo prximo tivemos que re-tornar a Valdivia.

    No dia seguinte nossa tentativa foi bem su-cedida e dois dias depois chegamos a Puerto Montt, capital e principal porto da regio dos Lagos e ponto de partida para explorar os canais para o sul. Desse ponto at Puerto Natales, cer-ca de 1.500 km, no acessvel por via rodovi-ria ou ferroviria, praticamente no habitada. Em Puerto Montt ficamos cinco dias e zarpamos em direo a Caleta Porcelana. Navegamos pe-los golfos de Ancud e Corcovado, entre a costa

    sudeste da ilha Chilo e a costa continental. Ve-lejar neste golfo no fcil devido s condies de vento forte e correntes. No caminho deu-se a nossa primeira ancoragem numa caleta, no Es-tero Quintupeu, que um fiorde, aonde chega-mos num maravilhoso entardecer.

    A ancoragem nas caletas tem suas peculia-ridades, pois consiste em jogar a ncora de proa e pela popa, dois cabos de cerca de 100 metros cada um so amarrados em pedras ou rvores, para o caso de ventos fortes. O declive nas ca-letas bem acentuado, prximo a margem fica em torno de 10 metros de profundidade, en-quanto o leito chega a 400 metros. Enquanto Jos controlava o barco no leme, Eduardo e eu fomos at a margem fazer a amarrao. Tivemos sorte, pois naquela noite no entrou nenhum

    O MINUANO 27

    Fotos: Paulo Silveira

  • O MINUANO28

    Quintupeu tem uma estreita entrada e grandes cascatas que caem de paredes de 600 metros de altura

    vento maluco, comum nesta regio. Mas quando samos daquele abrigo, o bi-

    cho pegou. Rajadas de 45 ns de vento sul. En-tretanto, aquele vento no levanta ondas no mar. Ele desce pela cordilheira e faz umas maro-linhas. Mas, assim como o vento aparece, logo desaparece. Pouco tempo depois a situao normalizou e seguimos para a caleta Porcelana, onde havia uma fonte de guas termais, com temperatura de 38.

    De caleta Porcelana atravessamos o golfo para a ilha Chilo, um lugar lindo de forte tradi-o na carpintaria naval e bero da mitologia in-dgena. Ficamos na marina Quinched, perto da cidade de Castro, conhecida por suas igrejas de madeira, que so patrimnio da Humanidade. De Chilo rumamos pelo sul do golfo para Isla Ascencin. O tempo ficou ruim e ficamos retidos em Puerto Melinka por quatro dias devido a ps-simas condies de tempo. Pegamos uma chuva de granizo que cobriu de gelo o convs do barco. A Armada Chilena fechou o porto para sada de qualquer embarcao. Diversas vezes ao dia a estao meteorologia da Armada d as previses meteorolgicas. Um dia levamos um susto com a previso de rajadas de 100 ns no Golfo Corcovado. A marinha chilena tem mui-

    to controle dos barcos que navegam por essa regio devido a condies climticas. Ningum pode sair sem comunicar a sua rota e deve en-trar em contato via rdio dando sua posio. Como estamos bem abrigados, as rajadas che-garam a 36 ns, provocando inclinao na em-barcao. Colocamos uma segunda ncora para garantir. E o Guga Buy aguentou bem o tranco. Com a melhora do tempo seguimos nossa na-vegao pelos canais de Moraleda, passamos por diversas ilhas. Mais ao sul cruzamos pelas ilhas Humos, onde na foz do rio Humos havia uma grande salmoneira, e Fitz Roy, seguimos pelo canal Pulluche em direo ao mar aberto, deixamos a ilha Guerrero, entramos nas caletas Canaveral e Suarez na pennsula de Taitao.

    Devido ao mau tempo tivemos que ficar uns cinco dias neste lugar bem abrigado dos ventos. L tambm estavam barcos pesqueiros que esperavam a melhora do tempo. Ficamos a contrabordo deles. As tripulaes eram pessoas muito amigas, fizemos peixes assados juntos e foram timas companhias. No fundo da caleta Suarez tem um cemitrio com mais de vinte ba-leias mortas, algumas com carcaas recentes.

    Depois cruzamos o Golfo de Penas, um dos mais temidos do Chile pelas condies traio-

  • O MINUANO 29

    A contrabordo dos pesqueiros abrigados na caleta Suarez esperando o tempo melhorar

    Tripulao do Guga Buy: Paulo Silveira, Jos e Eduardo Zanella

    eiras do tempo. No sul do golfo esto os canais que conduzem ao Estreito de Magalhes. Pega-mos o canal Messier na baa Tarn, Seno Iceberg, aonde na sua entrada a gua do mar mais es-cura contrastava com a mais clara das geleiras. Na ilha Wellington ns chegamos a Puerto den sem vento, mas com chuva. Cidade bem sim-ples, no tem ruas, apenas um deck de madeira que serve de passarela a todas as casas. Como sempre est chovendo a madeira fica muito es-corregadia. Todo cuidado pouco. A povoao est localizada numa regio inspita e remota sem qualquer ligao rodoviria com resto do pas. Na viagem enfrentamos temperaturas bai-xas e precisvamos colocar vrias blusas por bai-xo da roupa de tempo e dentro do barco tnha-mos aquecedor e desumidificador.

    De Puerto den o Guga Buy continuou a na-vegar para sul. Os canais dos fiordes percorrem longitudinalmente toda a extenso do Campo de Gelo Sul, a maior rea de gelo permanen-te no hemisfrio sul fora da Antrtica. Samos

    pelo Passo del ndio, canalete Angostura White, este bem estreito com 80 metros de largura e grandes paredes, seguimos pelo canal Concep-cion cruzamos pela ilha Madre de Dios, canal Sarmiento, Isla Esperaranza e Puerto Maynes na Isla Evans.

    Ao entrarmos pelo canal Ultima Esperanza, Bahia Ladrillero e Golfo Almirante Montt est-vamos em Puerto Natales. Chegamos por volta das 20 horas, brindados com um vento de 36 ns. Conseguimos fazer 103 milhas em um dia, com muito vento e rajadas de at 45 ns. Quan-do nos aproximamos uns 200 metros do per, onde estavam os barcos da marinha chilena, o motor falhou. Abrimos rapidamente a genoa at o motor pegar, mas no conseguimos encostar por causa do vento, largamos a ncora que gar-rou e a pensando rpido ns vimos uma boia de fundeio da Armada Chilena. No vacilamos e amarramos o Guga Buy nela. Achamos melhor passar um rdio para avisar, mas ningum nos deu resposta e ali ficamos. A parada em Puer-

    O povoado remoto de Puerto den que est dentro no Parque Nacional Bernardo OHiggins

    Ushuaia beira do Canal de Beagle, nosso ponto de chegada

  • O MINUANO30

    Os glaciares se estendem pelas margens dos canais

    to Natales foi s mesmo para abastecermos de combustvel o veleiro.

    No dia seguinte partimos com destino para Ushuaia. O comandante Zanella precisava ir pa ra o Brasil e por isso aceleramos a navega-o. S parvamos noite e na manh seguinte zarpvamos cedo. Fomos navegando em senti-do sudoeste pelo canal Smyth at entramos no Estreito de Magalhes. Seguimos por ele pelo Paso Largo (Pennsula de Cordova), isla Carlos III, at a isla Clarence, e fomos indo mais em direo ao Pacfico, pelo canal Cockburn, isla Aguirre na pennsula Brecknock, passamos en-tre as ilhas Obrien, Londonderry j no canal Bal-lenero, pegamos o Brao Noroeste do canal de Beagle, ventisqueiros Paso Darwin, Romanche e chegamos a Ushuaia. O Guga Buy ficou na Terra do Fogo enquanto ns seguimos para o Brasil. Em abril de 2015 o dono pretende levar at Florianpolis.

    Esta navegada foi algo indescritvel, de uma

    beleza exuberante. Os locais um mais belo do que o outro. Hoje eu no conseguiria dizer qual o mais bonito. A cada dia que passava, eu acha-va que naquele dia era o mais bonito que tinha visto, no dia seguinte, se repetia tudo, e assim por diante. So paisagens que ficaro comigo para sempre, pois impossvel descrev-las. O desejo de navegar nas latitudes mais al-tas j era antigo. Somente agora tive a opor-tunidade de realiz-lo. Foi uma experin-cia mpar, tivemos vrios momentos difceis com tempestades, ventos de 100 km/h, cor-rentezas, gelo, granizo, neve, muita chuva e frio. Estas mudanas climticas so muito rpidas, aconteciam vrias no mesmo dia o que nos obrigava a estarmos sempre ligados. uma emoo muito grande, a paisagem fan-tstica, respira-se um ar muito puro, avistasse vrios animais: orcas, lobos marinhos, pinguins, albatrozes e uma infinidade de aves, alm da solido e do silncio.

  • Entrada de um canal com duas enormes pedras aflorando numa profundidade de 400 metros

    Guga Buy ancorado prximo a uma cascata de desgelo

    Os estreitos canais no permitem a navegao com segurana noite. E por eletrnicos no confivel

    Paulo em frente a um ventisqueiro

    Cemitrio de baleias no fundo da caleta Suarez

    O MINUANO 31

  • om vistas a participar da I Regata Porto Buceo (Montevidu) Rio Grande de 1975, eu (Hen-rique Ilha) e Marco Aurlio Cavalli fomos con-vidados a integrar a tripulao do barco Garoa, do Lindolfo Hartz Filho (Deco). Alm do coman-dante e sua mulher Vera, completava a equipe, Edwin Rudyard Wolf (Centauro).

    A preparao do barco foi no Veleiros do Sul e quando j recebia os arremates finais com ferramentas de todos os tipos e materiais diver-sos, o Deco observou que estava partindo o ve-leiro Inca, com Alfredo Bercht e famlia, rumo ao Uruguai. Vamos atrs deles, resolveu. Jogamos todo o ferramental para dentro do barco e, aps uma rpida cerimnia de batismo, partimos na esteira do Inca.

    Navegada tranquila at o Rio Grande Ya-cht Club. Deixamos os molhes no dia seguinte, com ventos leves, que aos poucos foram cres-cendo. J na costa uruguaia entrou o tradicional carpinteiro, vento de SW com ondas cada vez maiores. Numa caturrada mais violenta, o apoio do mastro sobre a cabine foi arrancado, vindo abaixo o velame.

    Era fim de tarde e estvamos longe da costa. Antes de ligar o motor, tratamos de recolher para

    Desventura de uma tripulao no Uruguai

    Por Henrique Sommer Ilha

    A tentativa frustrada de correr a Regata Porto Buceo Rio Grande tornou-se um caso de improviso que os homens do mar conhecem bem

    cima do convs todas as velas, estaiamento, ca-bos e o mastro dobrado em 90. J anoitecera e mantendo o barco aproado com a mquina liga-da, identificamos o farol de La Paloma na nossa popa. Como no tnhamos carta da regio resol-vemos ficar ao largo at o amanhecer.

    Com a aurora fomos chegando a costa, at acessarmos o porto pesqueiro de La Paloma. Atracamos no trapiche, onde estava o Inca per-noitando. Aps uma manh de sono iniciamos os planos e trabalhamos na recuperao dos da-nos no barco:

    - Cortar fora o trecho dobrado do mastro- Emendar os dois pedaos usando talas de

    alumnio rebitadas- Compensar o comprimento perdido com

    umas pilhas de pranchas de madeira unidas por parafusos passantes (fogueirinha)

    - Reposicionar a retranca e o burroCom o nosso ferramental e materiais que

    dispnhamos, e uma providencial tomada el-trica no incio do trapiche, nos atacamos nas ta-refas com muita disposio, contando tambm com os palpites e apoio moral da tripulao do Inca.

    Aproveitamos as pranchas de madeira do

    O batismo do Garoa no trapiche do VDS Chegada no RGYC

    C

    O MINUANO32

  • Barco desarvorado em La Paloma Incio dos consertos. Jorge Bercht (em p) observando o trabalho no mastro

    O mastro j com a emenda feita Ilha, Centauro e Deco

    trapiche que estava em reforma e depois de ser-radas foram unidas com parafusos adquiridos no comrcio local. Para os deslocamentos alugamos uma motoca pilotada pelo Centauro. Dias antes do dia da largada da regata, o Inca seguiu para Montevidu com a famlia Bercht, acompanha-do pelo tripulante Taltibio.

    Montamos a mastreao, adicionando al-guns reforos. Um dia antes da largada, Deco ainda queria seguir para porto Buceo, no que foi dissuadido pela tripulao. Ento, no dia da lar-gada da regata partimos pela manh velejando de La Paloma rumo a Rio Grande. Entramos nos molhes s 11 horas com violento vento carpin-teiro.

    O vencedor da Regata Porto Buceo Rio Grande foi o Macanudo, do Ery Bernardes, que chegou s 14 horas. O Lszl Bhm foi o juiz de chegada. Ele teve que gatinhar at a ponta do

    molhe para no ser arremessado na gua. Nossa tripulao se dispersou em Rio Grande com a satisfao de apesar das avarias, ter conseguido com recursos prprios (alguns insumos locais) voltar para casa velejando.

    Regata Porto Buceo Rio Grande A Associao Brasileira de Vela de Oceano

    -Sul organizou a denominada I Regata de Oce-ano Porto Buceo Rio Grande com partida no dia 02 de fevereiro de 1975. O Yacht Club do Uruguai e o Rio Grande Yacht Club eram copar-ticipantes do evento junto com o Veleiros do Sul. Compareceram na largada 13 veleiros do Brasil, Argentina e Uruguai, todos enquadrados na fr-mula IOR classes A e B. O grande vencedor foi o Macanudo da classe B, de Ery Jos Bernardes, o 2 lugar geral foi o Raj de Gasto Altmayer classe A, ambos do Veleiros do Sul.

    O MINUANO 33

  • GESTO

    Uma administrao voltada para o quadro social

    A busca de aperfeioamento da gesto do Clube foi contnua nos dois anos da Comodoria que encerrou em dezembro de 2014

    etas foram traadas e estratgias aplicadas para os setores administrativo, patrimonial, social e es-portivo. Durante este perodo estes procedimen-tos foram se tornando visveis, mostraram-se de fundamental importncia para o futuro do Clube e proporcionaram maior satisfao aos associa-dos.

    No patrimnio foi criada uma secretaria es-pecfica para o setor que passou a controlar as aquisies de materiais e verbas que propiciaram mais investimos em obras. Mudanas no trata-mento de manuteno patrimonial foram apli-cadas, modernizando instalaes e equipamen-tos, evitando desta forma as obras emergenciais por falta de planejamento. Houve a fiscalizao direta do patrimnio, em obras e servios, num trabalho integrado com a vice-comodoria admi-nistrativa, na parte de sistema de fluxo de caixa, planejamento anual e revises semanais.

    Diversas obras destacaram-se nessa gesto,

    entre as quais os vestirios que passaram por uma grande remodelao com ganho de no-vos espaos - sauna mista e banheiro familiar - substituio total das colunas hidrulicas, que apresentavam vazamentos crnicos, boxes de vidro para os chuveiros, vasos com duchas n-timas, equipamento de aquecimento de gua. O Bar Nutico passou por uma reforma que o deixou com ar contemporneo, com remodela-o na sua decorao e melhoria no espao in-terno. A rea da piscina passou uma moderniza-o, o bar e os vestirios foram ampliados para maior conforto dos associados.

    Na marina o per em madeira deu melhor aproveitamento para atracao e beleza ao local. O prolongamento do trapiche 1 e 3 e novo orde-namento das estacas que ampliou o nmero de vagas molhadas. E em dezembro a crianada ga-nhou um novo playgroud completo em madeira na rea leste do Clube.

    Marina de cara nova com o per de madeira de 89 metros de comprimento no total e mudana paisagismo na rea da piscina

    O MINUANO34

    M

  • Na rea esportiva houve o renascimento da escola de vela que teve sua estrutura fsica e de ensino revitalizada. Os efeitos da mudana logo apareceram com o aumento considervel de alu-nos. Os projetos Olmpicos e formao de vele-jadores em convnio com a Confederao Brasi-leira de Clubes no valor de R$ 1.2002.010,95, a participao de empresas pela Lei de Incentivo ao Esporte com o Banrisul, no valor de R$ 175.000 e Tradener, R$ 250.000 e ainda o patrocnio da Multiplan, com total de R$ 400.000, sendo R$ 240.000 destinados a Escola de Vela Minuano. A indita campanha olmpica que conta com trs equipes, o crescimento da vela de base, o sig-nificativo nmero de ttulos conquistados, alguns inditos, por todas as flotilhas do clube nas esfe-ras nacional e internacional, e em todas as ge-raes, comprovaram a franca atividade da vela esportiva nestes dois anos.

    Na pasta Social houve uma reformulao com a criao de uma Secretaria que passou a gerenciar os eventos sociais do Clube, incluindo tambm neste setor os esportivos e locaes. Os dois anos foram marcados por avanos na quali-dade de nossos eventos. Os nmeros da Secreta-ria Social:

    Institucionais 2013/2014Queijos e Vinhos: 400 pessoas cada, Okto-

    berfest: 300 pessoas cada, Aniversrio: 250 pes-soas em 2013 e 450 pessoas em 2014, Dia das mes: 500 pessoas cada e Dia dos pais: 300 pes-soas cada e Namorados: 150 pessoas cada.

    Esportiva 2013Aberturas, encerramentos e confraterniza-

    es: Brasileiro de Laser Radial, OPTISULAM, Trofu Amizade Soling, Circuito CONESUL, Sul Brasileiro de SNIPE, Brasileiro de J24, Match Race, Nacra 17 e Regata de Aniversrio 79 anos. Locaes 2013: 31 eventos

    Esportiva 2014Aberturas, encerramentos e confraterniza-

    es: Brasileiro de Soling, Regata 80 anos Foern-ges, Sulamericano de Soling, Festa junina, Trofu Amizade de Soling, Conesul, Regata de anivers-rio 80 anos e Sul-Americano de 420.

    locaes em 2014 41 eventosNa parte da Comunio foi atingido ampla

    cobertura na mdia, em torno de 203 notcias com menes do Veleiros do Sul nos principais jornais da Capital e inseres semanais nos prin-cipais sites nuticos. As redes sociais dinamiza-

    Crianas contam com outro playground no Clube

    O MINUANO 35

    ram a comunicao com o pblico geral, levando o dia-a-dia e conquistas do Clube ser acompa-nhado por milhares de pessoas. A pgina do VDS no Facebook (facebook.com/veleirosdosul) con-ta com mais de 7 mil curtidas e atualmente a fanpage de clube nutico mais curtida do pas.

    Site: 590 mil pageviews em dois anos. E o principal meio de comunicao do Clube com o associado a revista O Minuano que teve seis edies publicadas no binio totalizando 136 edies desde 1953.

    No setor administrativo do Clube foi implan-tada uma gesto com mtodos modernos e novo organograma funcional. O sistema de gerencia-mento eletrnico com diversos mdulos: finan-ceiro, controle de marina, embarcaes, armrios e portaria deu maior segurana nas informaes. Foram contratados consultores na rea de gesto e pessoal RH. E ainda a promoo de cursos para funcionrios na busca de aprimoramento e valo-rizao do capital humano.

    A qualidade do atendimento ao associado foi aperfeioada com a implantao da ferramenta de Autoatendimento no site, onde esto disponveis as informaes sobre a situao financeira do scio no Clube, a emisso da 2 via dos boletos das men-salidades e outros servios. A criao da Secreta-ria do Porto melhorou o atendimento da nutica, dispondo de informaes atualizadas das embar-caes, o mapeamento do trapiche, controle da localizao dos barcos nos boxes e ainda um me-lhor remanejamento e aproveitamento das vagas. Ao implantar um sistema de gesto eficaz, a Co-modoria alcanou contnuas melhorias na eficcia operacional e proteo da marca e imagem do Clube.

  • O MINUANO36

    A cerca da RitaPor Norton Aerts

    Nos idos dos anos 80 a piscina do Clube era cerca-da por tela e muitos associados no gostavam dela porque restringia a circulao no local. Num encontro dos

    churrascos das segundas-feiras no Clube um grupo deba-

    tia o assunto at que alguns deles (Almiro Barichello, Nego

    Mrcio, Norton e Victor Barth) decidiram ajeitar as coisas

    por conta prpria.

    O Nego Mrcio pegou sua Chevrolet Caravan foi at a

    piscina enquanto o resto do grupo arranjou um cabo que

    foi amarrado entre a camionete e a cerca da Rita, como

    era chamada por ser a sua principal defensora, e foi arran-

    cada por partes. No dia seguinte o comodoro Lszlo Bhm

    tomou conhecimento do fato e ponderou antes de tomar

    alguma deciso.

    Ele tinha quer dar alguma punio ao grupo, embora

    tambm fosse a favor de tirar a cerca. S no tinha feito para

    no se indispor com a associada Rita. Dizia na poca pre-

    O roubo da boiaPor Astlio Bloise dos Santos

    Por volta de 1979, a disputa pelo ttulo do Campeonato Estadual de Snipe andava bem acirrada entre os clubes de vela de Porto Alegre. Naquele fim de semana a autoridade organizadora era o Clube dos Jan-gadeiros. Dia quase sem vento, o CDJ comunicou que estava com Recon em terra (bandeira de retardamento).

    Como de praxe os velejadores ficaram esperando por novo aviso.

    Depois de um tempo veio uma ligao telefnica comunicando que a Recon tinha sido baixada e os com-

    petidores chamados para a raia. Bruno Richter, vice-comodoro esportivo do Veleiros do Sul na poca, seguiu no

    barco Roberto Funck rebocando os Snipes para a raia. Quando ele chegou altura da antiga rampa das barcas

    viu que a CR j tinha dado a largada da regata, somente com os barcos do CDJ. Tomou uma rpida deciso:

    soltou os cabos de reboque e foi com todo motor at a raia, pegou a boia de contravento e tirou-a do percurso.

    Alegou no havia sido respeitado o tempo de uma hora, conforme a regra.

    A regata foi suspensa e deu um grande bafaf na vela. No Veleiros do Sul o caso passou pelo comodoro Ery

    Bernardes e foi at o Conselho Deliberativo para tratar da expulso do Bruno. Acontece que o vice-comodoro

    esportivo gozava de grande prestgio no clube e entre os velejadores, alm de pessoa de alta credibilidade por

    seu trabalho. O assunto foi muito debatido e depois as coisas apaziguadas, tornando-se apenas um caso hilrio

    da vela de competio no RS.

    ciso fazer algo com esses guris. Ento buscou uma soluo

    nem muito ao mar nem muito a terra. Deu uma suspenso

    de apenas 15 dias para o grupo infrator, assim no deixou

    passar em branco o caso, e ficou satisfeito com a piscina sem

    a cerca, agradando a maioria dos associados.

  • BOM A BORDO

    Surubi a Cylon Por Luiz Morandi

    INGREDIENtES PARA 30 PESSOAS:- corte as cebolas, batatas, pimentes e tomates em rodelas

    - unte generosamente com azeite o fundo da panela de ferro

    - comece a montagem espalhando uma camada de batatas no fun-do, aps coloque as cebolas, o alho, o louro, o surubi os pimentes, os tomates e por ltimo o tempero verde.

    - o aafro que j est diludo no vinho branco deve ser colocado, pouco, sobre cada camada da montagem.

    - regue com azeite de oliva.

    - aps, coloque por cima as azeitonas e a leve a panela ao fogo mximo (at levantar fervura, depois pode baixar o fogo) por +/- 50 minutos.

    - a cada 15 minutos inclinar a panela de um lado para outro, para que se homogenize o lquido em todos os ingredientes.

    - se sentir que tem pouco lquido adicionar mais vinho com aa-fro.

    - quando as batatas estiverem quase prontas, verificadas atravs de um garfo, coloque as ervilhas tortas, tampe e deixe abafar at ficar al dente

    Esta uma das receitas que publi-camos no Popa (do amigo Da-nilo), e que foi feita na Ilha Chi-co Manoel, um lugar lindo, que o VDS cuida com muito carinho e ateno. L brincamos, a Carmen e eu, com as pa-nelas, curtindo os finais de semana de navegadas.

    Num destes finais de semana, re-cebi um convite do amigo Cylon e da Simone para fazer um peixe para ami-

    gos da Ilha em um sbado noite. Um Surubi! Como conheo bem o esp-rito da Ilha e seus frequentadores, pe-guei minha bela panela, que consegue dar conta dos convidados, e os que vo chegando, sem ficar prejudicada. No deu outra: o peixinho do Cylon tinha mais de 10 kgs e os convidados foram mais de 30 amigos que ficaram curtin-do muito o convite que amos fazendo. Confesso que fiquei preocupado, mas a

    minha panela nunca me deixou mal.Foi muito agradvel e fizemos par-

    te inclusive do livro do Cylon, Manh de Domingo, com direito a fotos e tudo mais.

    Aos amigos Cylon e Simone e nossos leitores do Minuano, nosso brinde. Bom apetite. Sade!

    A receita pode ser feita com qual-quer tipo de peixe de estrutura, como bacalhau, surubi, garoupa, etc.

    10 kg de postas de surubi de mais ou menos 6 cm de largura

    20 cebolas

    20 tomates

    6 dentes de alho inteiros

    6 pimentes vermelhos

    2 pimentas dedo de moa

    sal e pimenta do moinho

    20 batatas

    1,5 pacotinhos de aafro

    3 clices de vinho branco, para diluir o aafro

    azeitonas pretas a gosto

    azeite de oliva extra virgem

    vagem para cobrir a panela

    5 folhas de louro

    tempero verde a gosto

    O PREPARO A fRIO:

    O MINUANO 37

  • ompetidores do Brasil (RJ, RS e SP), Argentina e Chile enfrentaram dias de vento forte no Gua-ba, mas no final o ttulo continental ficou com a dupla Eric Belda e Rodrigo Dabus, do Yacht Club de Santo Amaro (SP). Os vice-campees foram Daniel Lombardi e Gabriel Nad Sequeira, do Clube Naval Charitas (RJ) e em terceiro Andr Fiuza e Stephan Kunath (YCSA).

    Entre os representantes gachos, a tripula-o do Veleiros do Sul formada por Thiago Ri-bas e Erik Hoffmann (VDS) se destacou ao ficar em quarto lugar no campeonato. O Clube ainda teve a participao de Nicolas Mueller/ Marcelo Gallicchio e Camila Maia/Ana Paula do Canto. Ao trmino da disputa o timoneiro Thiago Ri-bas avaliou a participao no evento. Foi meu

    Classe 420 encerrou ano com campeonato em Porto Alegre

    Jovens velejadores disputaram o Sul-americano realizado de 17 a 22 de dezembro no Veleiros do Sul

    Eric e Rodrigo venceram a nona regata e garantiram o ttulo do campeonato de 2014

    terceiro sul-americano, mas o primeiro corren-do com o Erik, que embora no tenha muita experincia com to pouco tempo na 420 fez um timo trabalho, ento esse quarto lugar no campeonato foi um saldo positivo.

    Os campees Eric e Rodrigo se mantive-ram na segunda posio na classificao geral at o ltimo dia, quando alcanaram a virada sobre a tripulao de Niteri, adversria dire-ta deles. Eric relatou como aconteceu a vitria. Ns comeamos o dia em segundo lugar e com o Fiza atrs da gente na classificao. Na se-gunda regata j encostamos no Daniel Lombardi, mas o Fiza ganhou e continuou perto. Mas a na ltima regata nos superamos os lderes e vence-mos, comentou Eric.

    O MINUANO38

    C

    COMPETIES

  • Agora no Brasileiro (Ilhabela, em janeiro) vamos ter os mesmos adversrios, s muda o lu-gar. J velejo aqui h algum tempo, conheo bem a raia do Guaba, dessa vez a gua estava quen-te, mas o vento foi complicado, ronda muito, deixa a disputa difcil, mas mais interessante.

    Na categoria feminina a dupla Clara Vide-la e Sofia, da Argentina, foi campe (8 no ge-ral) depois de liderar todo o campeonato. Es-tamos super felizes porque aprendemos muito, uma pena todo esse vento, mas nos divertimos bastante. meu primeiro sul-americano como proeira da minha irm Clara (que j correu no Sul-americano de 2013) e como no discuti-mos tanto a bordo eu achei que foi timo! O Sul-americano tambm teve uma intensa programao social para os competidores, com churrascos, festa jovem e coquetis. No final da competio o Clube recebeu a visita do presi-dente da Associao Internacional da classe 420, o israelense Nino Shmueli que elogiou a estrutura do Clube e o profissionalismo da execuo das

    Thiago e Erik foram os gachos melhores classificados e velejaram com velocidade na raia

    regatas. No campeonato compareceram 20 tri-pulaes do Brasil (RJ, RS e SP), Argentina e Chile e teve nove regatas realizadas no total.

    O MINUANO 39

    A foto de encerramento do Sul-americano no VDSClassificao geral: 1 Eric Belda/Rodrigo Dabus (SP), 2 Daniel Lombardi/Gabriel Nad (RJ), 3 Andr Fiuza/Stephan Kunath (SP), 4 Thiago Ribas/Erik Hoffmann (RS) e 5 Leonardo Lombardi

    Categoria feminina: 1 Clara Videla/Sofia Videla (ARG), 2 Olvia Belda/Marina Arnt (SP) e 3 Lusa Gandolpho/Marcela Moura (RJ)

    Categoria Junior: 1 Eric Belda/Rodrigo Dabus (SP), 2 Andr Fiuza/Stephan Kunath (SP) e 3 Thiago Ribas/Erik Hoffmann (RS)

  • O MINUANO40

    Confederao Brasileira de Vela realizou em de-zembro na praia de So Francisco, em Niteri (RJ), a segunda edio da Copa Brasil de Vela com a participao de 160 velejadores de 20 pases, mais um evento-teste para a Olimpada de 2016.

    Duas duplas do Veleiros do Sul confirmaram permanncia na Equipe Brasileira de Vela Olm-pica de 2015: Geison Mendes e Gustavo Thie-sen (Banrisul/Corsan) na classe 470 masculino e Samuel Albrecht e Gergia Silva na classe Nacra 17, por serem os brasileiros melhor colocados nas suas classes.

    Para os bicampees sul-americanos de 470, a Copa Brasil rendeu mais uma conquista, o bi-campeonato brasileiro, pois a competio vali-dou a disputa nacional para a classe. Embora o saldo tenha sido positivo, Geison cr que a dupla pode melhorar. Avaliamos que poderamos ter ido muito melhor, mas algumas opes tticas em determinadas regatas, e a velocidade do ven-to prejudicaram o nosso resultado, afirmou.

    Samuel e Gergia tambm viram pontos a corrigir. Precisamos melhorar nas largadas, na velocidade e nas manobras. Percebemos que o nvel tcnico dos brasileiros vm crescendo, ns evolumos muito. Ainda no estamos no top 10, mas notrio que fomos melhores que no lti-mo ano, conclui Samuca.

    Ainda disputaram a Copa Brasil pelo Velei-

    Duplas do VDS permanecem na EBVO de 2015

    As vagas nas classes 470 e Nacra 17 para a Equipe Brasileira de Vela Olmpica foram confirmadas na Copa Brasil no Rio

    Geison e Gustavo tambm foram bicampees brasileiros de 470 no evento que validou como ttulo nacional da classe

    ros do Sul, a dupla Marcos Pinto Ribeiro e Val-ria Fabiano na Nacra 17 (gua de Arcanjo) que encerrou a competio em 20 lugar. Fizemos algumas boas regatas, mas conclumos que no nosso caso, que somos amadores e treinamos sozinhos, bem duro competir contra os profis-sionais. Lutamos at o final e foi uma experincia muito legal competir ao lado dos melhores do mundo, avaliou Marcos. E na Laser Masculino, Antnio Cavalcanti Rosa fez o 23 lugar.

    No fim do evento, a CBVela anunciou os primeiros nomes dos velejadores brasileiros com vaga garantida para as Olimpadas do Rio 2016: Jorginho Zarif (Finn), Ricardo Bimba Winicki e Patricia Freitas (RS:X) e as melhores velejadoras de 2014 eleitas pela ISAF Martine Grael e Kahe-na Kunze (49er FX).

    Marcos e Valria tiveram dificuldades na raia olmpica

    Na avaliao de Samuca e Gergia a flotilha est evoluindo tecnicamente

    A

    OLIMPADA

    Foto

    s: F

    red

    Ho

    ffm

    ann

  • Equipe Dont let Me Down vice-campe Mundial

    SOLING

    Ccero Flvio e Andr eram os lideres at o ltimo dia do campeonato

    Os canadenses Peter Hall, Johan Offer-mans e William Hall ficaram com o t-tulo do Campeonato Mundial da classe Soling que encerrou neste sbado em Punta Del Este. Na vice-colocao ficaram os brasileiros C-cero Hartmann, Flvio Quevedo e Andr Renard e em terceiro os argentinos Martin Busch, Edu-ardo Zimmermann e Mximo Feldtmann.

    A tripulao do Canad venceu o campe-onato com apenas um ponto de diferena (31 pontos) para o time do barco Dont Let Me Down (32). A ltima regata foi muito emocionante. Pe-ter vinha mais atrs e perderia o campeonato para o seu adversrio direto, mas a 400 metros da linha de chegada ele conseguiu ultrapassar dois barcos e garantiu o ttulo ao ficar em oita-vo lugar, roubando a chance de vitria de Cce-ro Hartmann, que cruzou a linha em 12 lugar. Os vencedores da regata foram os alemes Ro-man Koch, Martin Zeileis e Gregor Bornemann. Peter, um veterano timoneiro da Soling conquis-tou o seu tricampeonato mundial: 2011, 2012 e 2014. J o trio do Veleiros do Sul, que perdeu a liderana da competio no penltimo dia, re-petiu o mesmo resultado do Mundial de 2007 em Buenos Aires quando ficou em segundo lugar. O Mundial teve nove regatas realizadas no Yacht Club de Punta Del Este. A flotilha gacha viajou ao Uruguai com o apoio da FUNDERGS.

    A CLASSIFICAO DAS EqUIPES BRASILEIRAS

    4 - George Nehm, Frederico Sidou e Lcio Pinto Ribeiro (VDS) 376 - Nelson Ilha, Carlo de Leo e Gustavo Ilha (VDS) 51

    8 - Andr Warlich, Eduardo Rocha e Rafael Paglioli (CDJ) 6810 - Kadu Bergenthal, Eduardo Cavalli e Renan Oliveira (VDS) 7112 - Guilherme Roth, Roger Lamb, Carlos Alberto Trein (VDS) 82

    18 - Henrique Ilha, Alexandre Mueller e Fernando Ilha (RGYC) 13222 - Jos Horcio Ortega, Philipp Grotchmann, Matheus Lamb (VDS) 169

    25 - Marcelo Chade, Manfredo Floricke e Pedro Ilha (VDS) 181

    VEnCEDORES POR CATEGORIACampees Classic: Guilherme Roth, Roger Lamb, Carlos Alberto Trein (BRA)

    Trofu Tony Clare, de melhor tripulante feminina: Michael Dietzel, Hannes Ramsmoeser e Anna Dietzel (GER)

    Grand Master: Gernot Heller, Gerhard Auerswald e Leonardo Selva (GER)

    A flotilha gacha em Punta

    O MINUANO 41

    Foto

    s: M

    aria

    Oro

    zco

  • foi uma conquista indita para o Veleiros do Sul. Pela primeira vez a Flotilha Minu-ano alcanou o Top 5 com Tiago Queve-do no Campeonato Mundial de Optimist reali-zado em outubro em San Isidro, na Argentina. O jovem velejador empilhou ttulos em 2014 e ficou em quinto lugar na competio que reuniu 207 velejadores de 50 pases. O clube, que j comemorava a classificao de dois dos seus ve-

    tiago Quevedo entre os top 5 do Mundo

    lejadores entre cinco vagas brasileiras, tambm foi representado por Gabriel Lopes, campeo sul-americano de 2013, foi o oitavo na flotilha prata.

    Tinha confiana que conseguiria chegar ao final da competio entre os cinco melhores do mundo, disse Tiago, de 14 anos, campeo bra-sileiro da classe Optimist em 2014. Para Gabriel, que participou do Mundial pela segunda vez, o campeonato foi difcil. Penso que poderia ter ido melhor, mas a gente aprende muito. A opor-tunidade de disputar um evento assim muito legal, disse.

    Tiago tambm avaliou a participao posi-tivamente. Foi uma grande experincia. No nada fcil voc chegar num campeonato desse nvel e executar o que aprendeu. Eu acho que consegui acertar boa parte, mesmo com o nvel muito alto dos adversrios. Voc acerta tudo, faz um bom contravento e acaba montando em 15. Acha que t dando o teu mximo, mas ainda no suficiente. Ainda que o saldo tenha sido satisfatrio, disse Tiago. O campeo brasileiro pensa em melhores resultados. Ganhei experi-ncia para um prximo Mundial e vou tentar ser melhor que fui nesse ano. Vou continuar treinan-do para ir cada vez melhor, finalizou.

    Tiago confirmou sua confiana num bom desempenho

    Mundial serviu como aprendizado, afirmou Gabriel

    OPTIMIST

    O MINUANO42

    Foto

    s: M

    atia

    s C

    apiz

    zan

    o

  • Hobie Cat 16: 17 Ricardo Lis/Victor Moura Dubeaux (1 Open Estreantes Jr.), 23 Gus-tavo Lis/Cludia Welter, 26 Andr Huyer/Mi-chelle Pandolfo Oliveira, 28 Guilherme Borges/Jussara Ifarraguirre. Hobie Cat 14: 6 Mrcio Tozzi. A assembleia da classe decidiu que prxi-mo Campeonato Brasileiro da Classe Hobie Cat ocorrer entre os dias 31 de outubro e 07 de novembro de 2015, em Porto Belo (SC).

    O MINUANO 43

    Em novembro a classe Hobie Cat reali-zou os campeonatos Brasileiro e Sul-americano no Cabanha Iate Clube de Pernambuco na sua sede em Maria Farinha. O Veleiros do Sul competiu nos dois eventos e se destacou na vela jovem do Hobie Cat 16 no Sul-americano ao conquistar os ttulos feminino, com Michelle Oliveira e Marlia Bassa, e na categoria Jnior, Ricardo Lis e Victor Dubeux.

    A competio valia vaga nos Jogos Pan-Ame-ricanos 2015 e a dupla paraibana Andr Mon-tenegro Henriques e Isabelle Crispim confirmou o Brasil ao terminar na vice-colocao. Os trs ltimos pases classificados para o Pan de 2015 foram Mxico, Brasil e Venezuela. Canad, Por-to Rico, Guatemala e Estados Unidos j haviam garantido vaga nos Jogos Pan-Americano na clas-se Hobie Cat 16.

    O Campeonato Brasileiro ocorreu antes do Sul-americano. O Veleiros do Sul contou com quatro tripulaes na Hobie Cat 16 e um veleja-dor na HC 14. A competio teve a disputa de oito regatas das nove inicialmente programadas. Os vencedores foram: Bernardo Arndt/Diogo Zabeu (SP) na HC 16 e Diogo Monteiro (PB) na HC 14. Os resultados dos nossos velejadores:

    ttulos para o VDS na Hobie Cat 16

    Michelle e Marlia tornaram-se campes sul-americanas de HC16

    A dupla jovem garantiu a vitria na categoria Junior

    COMPETIES

    Foto

    s: D

    ivu

    lga

    o A

    BC

    HC

  • Os laseristas do Veleiros do Sul disputaram em outubro o Campeonato Centro-Sul Americano de Laser Radial de 2014 em Paracas no Peru. Antnio Cavalcanti Rosa encerrou a competio em quarto lugar enquanto Alan Willy foi 19 e Rodolfo Strei-bel foi o 33. O campeo foi o peruano Stefano Peschiera.

    Tot fez um bom campeonato, chegando a vencer duas regatas das doze disputadas. Ele ainda conquistou o ttulo de campeo na categoria Sub 19. A flotilha alcanou o seu objetivo de conquis-tar um lugar no top 10 da competio. Ainda entre os brasileiros, Fernanda Decnop foi a 5 colocada geral. O Veleiros do Sul ser a sede do Centro Sul-americano em outubro de 2015.

    Uma estreia sensacional em uma das regatas longas mais impor-tantes e tradicionais do Brasil, esse foi o batismo do Camiranga, Soto 65 do Veleiros do Sul, fita azul com o tempo 24h14min32s (quase uma hora a frente do segundo colocado) e campeo da ORC na Regata Recife Fernando de Noronha, realizada em setembro.

    Comandante Samuel Albrecht con-tou na sua tripulao com velejadores experientes: Alejandro Comas, Alexan-dre da Rosa, Alexandre Rimoli, Augusto Streppel, Diego Garay, Eduardo Plass, Eduardo Ribas, Fabrcio Streppel, Gei-son Mendes, Gustavo Thiesen, Matias Bevacqua, Ney Amaral, Pedro Cruz, Renato Plass e Ricardo Englert.

    A regata foi espetacular, como tra-dicionalmente , num bordo s e com vento entre ora folgada e traves. Nes-te ano tivemos mais condies de ora folgada, o que fez com que a regata fos-se um pouco mais dura que nas demais edies. O Camiranga, devido a sua

    Tot ficou em quarto lugar no campeonato

    Tripulao do Camiranga na Regata Recife Fernando de Noronha

    Camiranga foi o mais veloz da Refeno 2014

    grande estabilidade, conseguiu ter boa vantagem sobre seus concorrentes. Nos-sa mdia de velocidade ficou na casa dos 13 ns, chegando a alguns picos de

    22 ns. Acho que ainda podemos tirar muito do barco, talvez tenhamos tirado uns 85% do que ele permite, comen-tou Samuca.

    flotilha competiu no Sul-americano de laser no Peru

    COMPETIES

    O MINUANO44

    Foto

    : Ju

    an d

    e La

    Gu

    ard

    ia y

    Sev

    illa

    Foto: Jossie Mori

  • A Regata Porto Alegre Pelotas, a de maior percurso da vela gacha de oceano na distn-cia de 120 milhas foi realizada de 7 a 9 de novembro. A largada ocorreu na sexta-feira s 16h35min na baia do Cristal em frente ao Veleiros do Sul. O veleiro Congere,do comandante Srgio Neumann (VDS) foi o fita azul ao cru-zar a linha de chegada na entrada do Canal da Feitoria na Lagoa dos Patos s 14h43min46s no sbado com o tempo de regata de 22h08min46s e venceu na classe Fora Livre Cruzeiro.

    O veleiro Man, de Mrcio Lima (CDJ), foi segundo a chegar, s17h38-min07s e ficou com o ttulo da clas-se RGS ao obter o tempo corrigido de 25h29min07s. Seis dos 10 veleiros que largaram de Porto Alegre conseguiram completar a regata. O ltimo barco a cruzar a linha foi o Five Stars, Luiz Fer-nando da Silveira (ICG), 1h24min16s da madrugada de domingo. A regata teve momentos de calmaria na Lagoa dos Patos, o que levou a desistncia

    Congere foi fita azul na Regata Porto Alegre-PelotasMan ficou com o ttulo da classe RGS

    dos barcos que navegavam mais atrs na flotilha. Os competidores foram recebidos com uma animada roda de samba e depois a festa de encer-ramento e premiao no Veleiros Sal-danha Gama, em Pelotas. A Regata Porto Alegre - Pelotas foi uma realiza-o do Veleiros do Sul e Saldanha da Gama, com patrocnio da DeltaYates e Equinautic e apoio da Marinha do Brasil, Rio Grande Yacht Club, Clube dos Jangadeiros e Iate Clube Guaba. Resultados: Classe RGS: 1 Man, Mr-cio Lima - 25h29min07s; 2 Gaivota,

    Mrcio Coutinho (ICG), 28h51min34s e 3 Pedevento, Ricardo Ramos (ICP) DNF. Fora Livre Cruzeiro: Conge-re, Srgio Neumann (VDS) F. Livre - 22h08min46s; 2 Tranquilo II, Edison Thom (VDS) Delta 45 - 29h03min22s; Desafio 32, Reinaldo Roesch (CDJ) Delta 32 - 31h41min38s; Five Stars, Luis Fernando da Silveira (ICG) Cruz 30 - 32h49min16; Fria, Adroaldo Costa Neto (VDS) Cruz 48 - DNF; Re-galo Mariana Teixeira (VDS) Cruz 30 - DNF; Improviso, Jos Antnio Lemos (CDJ) Cruz 40 DNF.

    Largada da regata no VDS

    A dupla Geison Mendes e Gustavo Thiesen (Banrisul/Corsan) venceu o Campeonato Estadu-al da classe 470 disputado no Veleiros do Sul de 25 a 27 de novembro. Em segundo lugar ficaram Fernanda Oliveira e Ana Barbachan. O Estadual teve seis regatas realizadas na raia do Cristal no Guaba.

    Tivemos poucos barcos, mas todas as tripu-laes muito competitivas. O Estadual serviu para reativar a classe 470 e tambm para mantermos nossa preparao na campanha olmpica j que fazemos parte da Equipe Brasileira de Vela Olm-pica, disse Geison Mendes.

    Geison e Gustavo conquistaram ttulo gacho da 470

    Os campees tambm integram a Equipe Brasileira Olmpica de 2015

    O MINUANO 45

  • O MINUANO46

    Foto

    : Lu

    is R

    eis

    Largada da Funrace que contou com 23 competidores Supistas da Race montando uma das boias do percurso na enseada do Cristal

    O Veleiros do Sul sediou a primeira edio do Campe-onato Gacho de Stand Up Paddle (SUP) no dia 11 de outubro. A competio contou com a participa-o de 30 atletas nas modalidades Race e Funrace. Embora o cu tenha permanecido nublado, a chuva no apareceu, garantindo aos competidores boa visibilidade e mobilidade com o vento fraco e a corrente calma fluindo na raia do Cristal. A largada das duas modalidades ocorreu na frente do farol do VDS com um intervalo de cinco minutos.

    Participaram da modalidade Race sete atletas que re-maram em um percurso de quase 9 quilmetros com trs

    voltas entre a boia de largada e a boia do antigo Estaleiro S. Na categoria Feminino e Feminino 12.6 Lessara Barbosa de Aguiar (Walea Canoa) foi a campe. No masculino 12.6, Andr Torelly (Iate Clube Guaba) foi o vencedor. Na classi-ficao Geral venceu Eduardo Braz Carrard (CDJ), com Leo-nardo Rancich (GetSup/Walea Canoa) em segundo e Andr Torelly em terceiro lugar.

    Aps, houve a largada agitada da modalidade Funrace com 23 empolgados remadores disputando o melhor lugar entre as boias. O percurso foi de quase trs quilmetros com apenas uma montada de boia. O Estreante mais rpido

    SUP teve seu primeiro Campeonato Gacho

    O MINUANO 47

    O VDS tambm formou sua equipe para o Estadual de SUP Os premiados na classificao geral e categorias

    foi Nicola de Arajo Fiedler e o Master foi vencedor Rafael Coelho Machado. Na Gran Master o Veleiros do Sul levou uma medalha com Ricardo Titoff Salvador. No feminino Ariane Lautert (Kitesul/GetSup) foi a vencedora com Maju Erst (Kitesul/GetSup) em segundo e Cludia Ribeiro Freitas (SAVA) em terceiro. Na categoria Geral, Matheus Rodrigues Albernaz (Kitesul/GetSup) foi o campeo com Cristiano de Oliveira Roeche (Kitesul/GetSup) em segundo e Jernimo Roveda em terceiro.

    O Veleiros do Sul tem apoiado sistematicamente a pr-tica do SUP e a realizao do evento foi uma iniciativa do

    associado pioneiro na prtica do esporte no VDS, nosso Di-retor desta modalidade Geraldo Gomes da Silveira. um evento marcante na histria do SUP no RS, uma vez que o primeiro campeonato gacho aps a constituio ofi-cial da Federao Gacha de Stand Up Paddle, realizado-ra do evento. Para ns do VDS representa uma experincia interessante, integrando o SUP, o esporte nutico que mais cresce no mundo, estrutura de um grande clube nutico, ressaltou. O primeiro Campeonato Gacho de Stand Up Pa-ddle contou com apoio de GET SUP, Art in Surf, AB Esportes de Praia e Lus Reis.

    COMPETIES

  • O MINUANO46

    Foto

    : Lu

    is R

    eis

    Largada da Funrace que contou com 23 competidores Supistas da Race montando uma das boias do percurso na enseada do Cristal

    O Veleiros do Sul sediou a primeira edio do Campe-onato Gacho de Stand Up Paddle (SUP) no dia 11 de outubro. A competio contou com a participa-o de 30 atletas nas modalidades Race e Funrace. Embora o cu tenha permanecido nublado, a chuva no apareceu, garantindo aos competidores boa visibilidade e mobilidade com o vento fraco e a corrente calma fluindo na raia do Cristal. A largada das duas modalidades ocorreu na frente do farol do VDS com um intervalo de cinco minutos.

    Participaram da modalidade Race sete atletas que re-maram em um percurso de quase 9 quilmetros com trs

    voltas entre a boia de largada e a boia do antigo Estaleiro S. Na categoria Feminino e Feminino 12.6 Lessara Barbosa de Aguiar (Walea Canoa) foi a campe. No masculino 12.6, Andr Torelly (Iate Clube Guaba) foi o vencedor. Na classi-ficao Geral venceu Eduardo Braz Carrard (CDJ), com Leo-nardo Rancich (GetSup/Walea Canoa) em segundo e Andr Torelly em terceiro lugar.

    Aps, houve a largada agitada da modalidade Funrace com 23 empolgados remadores disputando o melhor lugar entre as boias. O percurso foi de quase trs quilmetros com apenas uma montada de boia. O Estreante mais rpido

    SUP teve seu primeiro Campeonato Gacho

    O MINUANO 47

    O VDS tambm formou sua equipe para o Estadual de SUP Os premiados na classificao geral e categorias

    foi Nicola de Arajo Fiedler e o Master foi vencedor Rafael Coelho Machado. Na Gran Master o Veleiros do Sul levou uma medalha com Ricardo Titoff Salvador. No feminino Ariane Lautert (Kitesul/GetSup) foi a vencedora com Maju Erst (Kitesul/GetSup) em segundo e Cludia Ribeiro Freitas (SAVA) em terceiro. Na categoria Geral, Matheus Rodrigues Albernaz (Kitesul/GetSup) foi o campeo com Cristiano de Oliveira Roeche (Kitesul/GetSup) em segundo e Jernimo Roveda em terceiro.

    O Veleiros do Sul tem apoiado sistematicamente a pr-tica do SUP e a realizao do evento foi uma iniciativa do

    associado pioneiro na prtica do esporte no VDS, nosso Di-retor desta modalidade Geraldo Gomes da Silveira. um evento marcante na histria do SUP no RS, uma vez que o primeiro campeonato gacho aps a constituio ofi-cial da Federao Gacha de Stand Up Paddle, realizado-ra do evento. Para ns do VDS representa uma experincia interessante, integrando o SUP, o esporte nutico que mais cresce no mundo, estrutura de um grande clube nutico, ressaltou. O primeiro Campeonato Gacho de Stand Up Pa-ddle contou com apoio de GET SUP, Art in Surf, AB Esportes de Praia e Lus Reis.

    COMPETIES

  • Durante o Sul-americano de 420 o Veleiros do Sul recebeu a visita ilustre do presidente mundial da classe Nino Shmueli que tambm o Principal Race Officer da Vela na Olimpada do Rio de Janeiro em 2016. Ele aproveitou sua vinda segunda edio da Copa Brasil de Vela para acompanhar o campeonato e foi recebido pelo comodoro Eduardo Ribas e pela esposa Carla Splettstosser.

    fale-nos sobre a importncia da classe 420 a mais importante classe da base da vela de alto ren-

    dimento. As pessoas tm uma ideia errada, acham que ela apenas a preparao para a 470. Mas no verdade. Re-pare nos nomes dos velejadores do Nacra 17 em campanha olmpica. No Brasil, a Martine Grael e a Kahena Kunze, por exemplo. Elas foram campes mundiais de 420 e agora so campes mundiais na 49erFX. A 420 d conhecimento geral, torna o velejador olmpico safo com suas tcnicas e tticas. Investigue a formao dos grandes velejdores que esto na Americas Cup, Volvo Ocean Race, Extreme Sailing Series e voc vai encontrar a 420.

    Como est o desenvolvimento da classe em mbito mundial?

    Os pases que investem na vela decidiram que a 420 ser a principal classe entre juniores e olmpicas. Se voc for Austrlia, Nova Zelndia, Frana, Alemanha, ver que a 420 tem uma flotilha numerosa. Os velejadores ingressam nela e por dois anos aprendem efetivamente a velejar. Na Optimist voc tem o bsico e alm de o barco ser pequeno, voc veleja sozinho. J na 420 aprende-se como trimar com vento forte e fraco, velejar com genoa e vela balo, como montar e des-montar o spinnaker. H pases em que se v o velejador indo direto do Optimist para uma classe olmpica, sem um estgio intermedirio. Um erro, porque voc no constri uma pir-mide evolutiva. Se o desejo formar velejadores olmpicos no seu pas, voc tem que fazer essa pirmide. Comea no Optimist, depois vai para o 420 e a sim pode seguir para as classes Olmpicas. Cerca de 50 pases tm barcos de 420 e a classe vm crescendo no mundo todo. Procuramos no fazer mudanas nela, achamos que a classe est muito bem. Alm do mais, sairia caro para os velejadores, queremos manter os custos no mesmo nvel.

    E como o senhor v a 420 no Brasil?Estamos trabalhando pelo desenvolvimento da 420 em

    dois continentes: sia e Amrica do Sul. Os velejadores sul-americanos so muito talentosos. Vemos que o principal pro-blema aqui no termos quem construa os barcos. Estamos tentando conseguir algum que faa barcos para a classe no Brasil. Os clubes de vela precisam deles, se tivermos os bar-

    O MINUANO48

    CINCO PERGUNTAS

    De olho no futuro da vela

    Nino Shmueli a autoridade mxima da classe 420

    cos, as coisas vo andar, a classe vai crescer. Hoje os barcos so poucos e h restrio para traz-los,

    h dificuldades na importao, na liberao. Eu sinto que as coisas vo mudar com as Olimpadas, as autoridades vo mudar as regras. Conversei com membros da CBVela e eles dizem que esse no s um problema da 420, mas sim de todas as classes olmpicas no pas. Se no construirmos no Brasil, teremos problemas.

    O que o Brasil precisa seguir se destacando na vela?

    Vejo grandes chances de medalhas para o Brasil. Mas em minha opinio, o Brasil precisa estruturar e fortalecer a base, sempre. Isso o bsico. A Olimpada ocorre a cada quatro anos, mas vela no s para a Olimpada. Vela modo de vida, cultura.

    O senhor afirmaria ento que alm do esporte, a vela ajuda a educar?

    No meu pas (Israel) costuma-se dizer que se voc nun-ca velejou, no um cidado completo. Porque quando se veleja, voc aprende a observar com pacincia, a ponderar, aprende a ter mais responsabilidade.

    Uma criana que cresce no ambiente da vela ser um ci-dado melhor, sem dvida. Veja as crianas aqui neste cam-peonato, velejar no s um dia e acabou ao contrrio de outros esportes. Um evento de vela dura uma semana, nesse perodo eles trabalham muito, mas tambm fazem muitos amigos de diferentes pases e culturas. A vela amplia os ho-rizontes.

  • SOCIAL

    A cerimnia de aposio floral reuniu no Clube associados, Comodoria e Marinha do Brasil no dia 12 de dezembro e abriu oficialmente as festi-vidades dos 80 anos de fundao do Veleiros do Sul. A aposio de uma coroa de flores no busto do Almirante Tamandar foi realizada pelo comodoro Ccero Hartmann, acompanhado do comandan-te da Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Alegre, Carlos Henrique Zampieri e do comodoro eleito Eduardo Ribas.

    Em seguida, conforme a tradio marinheira foi realizada no mastro naval o cerimonial do arriar a bandeira. Foram feitas as sete vivas de apito e continncias pelo grupo de oficias e praas da Ca-pitania dos Portos. Participaram do arriamento de bandeiras o comodoro Ccero Hartmann, o coman-dante Zampieri, o presidente do Conselho Newton Aerts, e o comodoro eleito Eduardo Ribas.

    O comodoro Ccero Hartmann foi agraciado com a meda-lha Amigo da Marinha na sede do Comando do 5 Distrito Naval em Rio Grande. A cerimnia realizada no dia 5 de de-zembro foi presidida pelo comandante do 5 Distrito Naval, vice-almirante Leonardo Puntel, tambm presentes o Delega-do da Capitania dos Portos em Porto Alegre, Capito de Fragata Carlos Henrique Zampieri e o presidente da SOAMAR Porto Alegre, Geraldo Sperb.

    Homenagem no Dia do Marinheiro

    Zampieri, Ccero e Sperb

    Ccero Amigo da Marinha

    Num clima descontrado de clube nutico, a Oktoberfest do Veleiros do Sul foi alegre e manteve a tradio da festa ger-mnica, que comeou a ser realizada nos primeiros anos aps sua fundao. O salo social e um toldo na rea externa foram decora-dos com guirlandas e motivos com as cores nacionais alems.

    Os associados e convidados aproveitaram o bonito fim de tar-de de clima primaveril no ptio em frente marina para curtirem a festa, que iniciou s 17 horas. A animao ficou por conta da bandinha tradicional Goela Seca e do Grupo de Danas Folclricas Alems, ambos da cidade de Feliz. A gastronomia germnica tam-bm foi mais uma atrao da noite com pratos tpicos e petiscos saborosos.

    tradio germnica na Oktoberfest

    O MINUANO 49

  • Uma amizade cinquentenriaA vida de Roque Moraes no pode ser contada sem o referencial do Veleiros do Sul. E isso vale para os dois.

    A construo de uma flotilha de Optimist para o Clube no incio da dcada de 80

    Montando as cavernas de um Pinguim

    Roque veio para o Veleiros do Sul em 1964

    Afinal nos ltimos 50 anos tem sido um convvio dirio com o Clube, exercendo seu trabalho de mestre marceneiro, seja como aut-nomo ou funcionrio. Natural de Ca-choeira do Sul, Roque veio aos 20 anos para Porto Alegre em busca de trabalho e acabou conhecendo o VDS. Cheguei aqui em 13 de novembro de 1964, na Comodoria do Mrio Hofmeister, lem-bra Roque, como prestador de servio.

    Sua experincia na carpintaria co-mea aos 8 anos na oficina do pai que construa carretas e carroas. Em 1967 j funcionrio, tem contato com a carpin-taria naval, reparos em barcos de ocea-no e tambm na construo de lanchas. Meus mentores foram Marinho Vieira e Plnio Froener, homens que se distin-guiam na construo de embarcaes e com eles aprendi muita coisa.

    Nessa atividade, Roque se notabili-zou pela construo de barcos da classe Optimist em madeira, considerados nos anos 70 e 80 como os melhores do pas. Embora tambm seja lembrado pelos seus timos barcos das classes Pinguim e Snipe. Roque gosta de dizer que sem-pre levou a construo naval como uma arte e por isso se dedicou a ela. Por suas mos foram feitos cerca de 560 barcos no total para vrias flotilhas no Brasil.

    - Uma vez s para So Paulo fiz 45, a maioria para o Yacht Club Paulista. O Clube Cota Mil, de Braslia, o Naval do RJ, tambm fizeram grandes enco-

    mendas. Assim como Minas Gerais, Per-nambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Recebia cartas de vrios lugares com encomen-das. Tambm foram para fora do Brasil: Argentina e Portugal.

    Roque foi o pioneiro no pas na construo de Optimist em madeira. E o diferencial do seu trabalho era a pesquisa das plantas para melhorar o rendimento dos barcos: Naquela poca se conse-guia fazer um optimist mais personaliza-do conforme o bitipo do timoneiro.

    Tudo comeou em 1973 numa competio em Buenos Aires quando ele acompanhou a flotilha de Pingim, do Veleiros do Sul.

    - L conheci o Optimist e a capit de flotilha, Rita Richter perguntou se eu po-deria constru-los. Em seguida ela conse-guiu um projeto e passei a fabric-los em Porto Alegre. Eram feitos com estrutura de cedro e louro freij e o casco de com-pensado naval. Logo a coisa se espalhou. Nesse tempo comearam a surgir outros construtores, o Lus de Oliveira (SP) e depois o Alberto Lineburger (SC). Meu relacionamento com os barcos sempre foi bem mais que apenas constru-los, eu buscava acompanhar o desempenho deles na gua. Queria meu cavalo an-dando na frente, diz Roque.

    O carpinteiro ficou orgulhoso quan-do no Brasileiro de Optimist de 1981 nove entre os 10 primeiros colocados eram seus barcos. A partir da metade

    dos anos 80 Roque conta que comeou a diminuir as encomendas com a chega-da dos barcos de fibra. O de madeira era to competitivo quanto o de fibra, mas era a modernidade do material que contava. Atualmente raro se construir um veleiro de madeira, somente reparos nos que ainda existem.

    A trajetria profissional no Clube foi importante na sua vida, mas Roque faz questo de ressaltar outro aspecto que tambm lhe proporcionou um grande ganho. Cheguei aqui ainda jovem, sem vivncia. O contato com os scios foi fundamental para meu crescimento pessoal. Conta que aprendeu bastan-te nas conversas e orientaes com as famlias dentro do Clube. Desde que estou aqui algumas j esto na terceira gerao. Vejo que isso se perdeu, quase no h mais esse contato, ficaram dis-tanciadas, porm entendo que essas mudanas fazem parte das transforma-es da nossa sociedade.

    O MINUANO50