O Mundo Em Transformacao

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    foram adquirindo aes de empresas congneres na Argentina, 36% daQuilmes; 80% da Cervejaria do Sul no Equador; mais recentemente,levantaram a possibilidade de transferncia de parte de sua produo parapases vizinhos do Brasil, desde que seja mais vantajoso quanto aos custos.

    A ltima da Ambev foi o anncio em maro de 2004 da venda de 57% de

    suas aes para uma empresa transnacional com origem na Blgica,transformando-se esta nova fuso na maior empresa mundial na produo decervejas com possibilidades de dominar toda a Amrica, Europa e partesignificativa do mercado consumidor da sia, ao mesmo tempo em que ficadifcil outra empresa transnacional conquistar alguma fatia do mercadoconsumidor brasileiro.

    3. Globalizao fenmeno que engloba tanto a internacionalizao comoa multinacionalizao e, agora, a transnacionalizao, mas que avana,atingindo outros valores numa sociedade; por exemplo, a uniformizaocomportamental provocada pela massificao dos sistemas de comunicao.

    Uma sociedade se globaliza na proporo direta de sua capacidade deconsumo, principalmente por meio de imagens e informaes transmitidaspelos meios de comunicao, como a televiso, o que a globalizao apresentapara uma sociedade no so somente produtos, mas, sim, idias quanto aomercado, democracia, educao, famlia, sexualidade, ao trabalho,lazer etc.

    Um fator importante, responsvel pelos avanos da globalizao foi oesgotamento da fase ps-Segunda Guerra, denominada de guerra fria oucorrida armamentista bipolar, que permitiu a recuperao econmica e ocrescimento dos pases que atualmente formam os blocos econmicossupranacionais, como o NAFTA, UNIO EUROPIA, MERCOSUL, etc.

    Mudanas na base do sistema produtivo, em que a produo em escala oufordista inflexvel e estanque cede espao para uma forma de produo maisflexvel ou toyotista, e os novos instrumentos como a informtica, a robtica e aautomao, resultantes dos avanos cientficos na rea das cinciasestratgicas, o crescimento da nanotecnologia e a biotecnologia, acabamprovocando transformaes na estrutura de funcionamento, substituindo otrabalho humano. Os resultados da nova tecnologia provocam aumento naproduo, produtividade, diversidade e queda no custo final dos produtosfabricados. Ao mesmo tempo em que a maior eficincia tecnolgica fora umprocesso de reciclagem da mo-de-obra, provoca instabilidade poltica e social,

    como o desemprego estrutural e o retorno do comportamento xenofobista.Toda essa situao acaba gerando crise de modernidade, em que associedades mais avanadas atingem a fase ps-urbano/industrial, isto ,concentrando sob o seu comando, o que significa poder, como a tecnologia deponta e o sistema financeiro internacional, ao mesmo tempo em que foramuma desconcentrao das atividades que perdem valor estratgico,transferindo estas atividades para os pases perifricos.

    Por ser um processo mais complexo, seus resultados so mais complexosainda, provocando e at forando, de acordo com a convenincia dos pasescentrais, mudanas na forma de funcionamento das sociedades, como:

    Formao dos megablocos ou blocos supranacionais.

    Retorno do pensamento liberal (neoliberalismo), sob nova roupagem, namanuteno do comando mundial.

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    NEOLIBERALISMO

    A teoria do estado mnimo, defendida pelo pensamento neoliberalcorresponde defesa dos pases ricos que, por meio de suas principais

    representaes internacionais, como o FMI, o BIRD, suas empresastransnacionais, capital e o controle que possuem sobre o conhecimentocientfico, foram os pases pobres a reduzir o poder de seus Estados comoagente econmico, obrigando-os a implantar reformas estruturais, comoprivatizar as estatais e os setores estratgicos, ao mesmo tempo em quemudam a poltica monetria e cambial, facilitando a entrada das empresas e docapital estrangeiro, forando os pases perifricos a reduzirem as barreirasprotecionistas.

    Os representantes dos pases centrais defendem a idia de que osgovernos dos pases pobres devem ter sob sua responsabilidade diretasomente a rea da educao, de preferncia que o Estado cuide somente do

    ensino fundamental, o restante deve ser privatizado. Esta situao foi bemexposta no 31 Frum Econmico Mundial, em Davos, em janeiro de 2001, naSua, para o qual os EUA no enviaram representantes oficiais, demonstrandoa nova poltica externa, do governo republicano do Presidente George W.Bush, da superpotncia nas relaes internacionais, ao mesmo tempo em queocorria o histrico primeiro Frum Social Mundial, em Porto Alegre, no Brasil,no qual grupos organizados que participavam do frum depredaram umalanchonete, bem como invadiram uma fazenda no Paran que estavaplantando transgnicos (OGM).

    importante lembrar que a partir do 11/09/01, os EUA so forados amudarem sua poltica externa, um bom exemplo foi o 32 Frum EconmicoMundial em 2002, nico frum econmico que no ocorreu em Davos, naSua, pois foi transferido para N.York, em solidariedade aos EUA. importante lembrar que a partir desse ltimo frum econmico houve umabrandamento no comportamento dos pases desenvolvidos, basta lembrar quea partir desse frum, ongs, associaes e pessoas importantes que lutam nadefesa de questes sociais e ambientais passam a ser ouvidos nos frunseconmicos.

    Os Fruns Econmicos e Sociais acontecem sempre na ltima semana doms de janeiro. Os ltimos aconteceram em janeiro de 2007 e o assunto empauta mais discutido foram as questes sobre maio ambiente, principalmente o

    aquecimento global e as mudanas climticas, devido ao PainelIntergovernamental Sobre Mudanas Climticas (IPCC), que ocorreu aposteriori) em Paris.

    As mudanas nas relaes de interdependncia entre as naes passarama serem discutidas a partir do ano de 1971, pois a Guerra do Vietn e suasconseqncias para o mundo capitalista ocidenta, principalmente para os EUA,resultaram nesse ano no 1 Frum Econmico, na 1 Reunio do Grupo dosSete (G.7), e os EUA, na poltica Nixon, muda seu cmbio de fixo dlar/ouro,para cmbio flutuante, desregulamentando o comrcio mundial. Alem deexpulsar Taiwan da ONU e incluir a Repblica Popular da China, com cadeirapermanente e direito de veto no Conselho de Segurana da ONU.

    O NOVO PAPEL DAS ORGANIZAES INTERNACIONAIS

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    Banco Internacional de Reconstruo e Desenvolvimento (Bird)

    1980 O Plano de Reformas Estruturais.Para facilitar a liberao de recursos para os pases do sul, basta que os

    pases tomem as seguintes medidas: Avancem nas reformas previdenciria, tributria, fiscal, oramentria,poltico-partidria, judiciria, trabalhista-sindical etc.

    Avancem no processo de privatizaes das estatais.* criao das agncias reguladoras e fiscalizadoras.

    1983 O Plano de Reformas Setoriais ou Estratgicas. Liberalizao da agricultura, como a forma de cultivo da soja no Centro-

    Oeste do Brasil. Privatizar ou terceirizar os servios como tratamento de gua, esgoto,

    coleta e tratamento de lixo etc.

    Privatizar setores estratgicos, como o setor energtico, bancrio, detransportes, sistema virio, de comunicaes etc.

    O Fundo Monetrio Internacional (FMI) assume a responsabilidade deacompanhar, fiscalizar e exigir o cumprimento das medidas impostas pelo Bird.Para isso, elabora o plano econmico neoliberal, que, respeitando a situaopoltica, econmica, cultural e social de cada pas, mantm seu objetivoprincipal, que obrigar os pases perifricos a abrir ou internacionalizar suaeconomia, como o Plano Real no Brasil e o Plano Cavallo na Argentina.

    1989 assinado nos EUA o Manifesto ou Consenso de Washington numatentativa de legitimao do processo de implantao das reformas neoliberaisna Amrica Latina

    Anlise geopoltica

    Como os pases perifricos eram na maioria governados de formaautoritria sob controle da elite militar, era conveniente redemocratizar essespases, pois os militares foram teis enquanto a prioridade maior dos pasescentrais capitalistas era conter os avanos dos movimentos populares detendncia socialista, mas, como, agora, o interesse comercial e econmico, amanuteno dos militares no poder poderia prejudicar a implantao dosblocos econmicos. Que, necessariamente, defende o fim do comportamento

    nacionalista.A nanobiotecnologia resulta numa transferncia de atividades produtivaspara os pases do Sul, alterando o papel de cada pas no comrciointernacional, a Diviso Internacional do Trabalho (DIT), isto , o papelrepresentado por cada pas no processo de reordenamento mundial.

    A tecnologia de ponta resulta em novas mquinas e nova forma deproduo, tendo como conseqncia o desemprego estrutural, fortalecendo,como reao ao processo de globalizao, o retorno de movimentos tnicosseparatistas e o nacionalismo exacerbado.

    cada vez mais difcil analisar de forma sedimentada a realidadeeconmica mundial, mas fcil perceber como as situaes poltica e sociais

    so resultados diretos da realidade econmica e do poder de manipulao docapital financeiro internacional.

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    possvel distinguir como a implantao das idias neoliberais altera aforma de funcionamento das sociedades, principalmente na eliminao dosvalores coletivos e avanos do individualismo. Em contrapartida, o mundo sesurpreende cada vez mais com os discursos de cunho social das autoridadesnacionais e internacionais, quanto necessidade de investir na soluo das

    questes que afetam as populaes do Terceiro Mundo, como a fome, atuberculose, a AIDS, o ebola, o analfabetismo, o excedente populacional, asguerras tribais, de interesse econmico para as empresas multinacionais, comoas guerras de diamantes na frica, pois o processo de excluso tambm estatingindo parcela significativa das populaes dos pases ricos, tanto naEuropa como na Amrica do Norte.

    O Terceiro Mundo, incluindo o Brasil, foi submetido s idias neoliberais, deforma muito rpida. As elites nacionais embarcaram nessas idias,implantaram seus planos econmicos, sem preocupaes quanto capacidadede absoro de suas sociedades.

    Um bom exemplo dessa realidade foi o Encontro do Grupo dos Oito (G8),

    em julho de 2001 em Gnova, na Itlia, em que pela primeira vez os setepases mais ricos e a Rssia, priorizam em suas discusses, uma pauta naqual a maioria dos itens de cunho social, devido ao processo de exclusoprovocado pela globalizao. Resultando no perdo de 50% da dvida externados vinte pases mais pobres e, na criao de um fundo de trs bilhes dedlares para o continente africano.

    No ltimo encontro do G.8, julho de 2006 em San Petrsburgo (Rssia), aInglaterra props mudanas no G.8, com a implantao do G.13, incluindo aoG.8 pases como o Brasil, China, ndia, Mxico e frica do Sul, como forma dereduzir as diferenas entre os pases na relao Norte/Sul, e a demonstraoda importncia destes pases na realidade mundial.

    O processo de globalizao nos pases do Sul ou perifricos

    Como sistema socioeconmico, o capitalismo passa por ciclos decrescimento, intercalado por fases de estagnao. Essa situao conseqncia direta dos momentos em que ocorrem avanos tecnolgicos, quevo surgir uma nova forma de produo, profisses e bens de consumo, comnovos fatores que mudam a importncia de cada pas ou bloco de pases,quanto ao comando e o grau de dependncia.

    O processo de globalizao fortaleceu mais ainda os processos anteriores,

    aumentando a dinmica de internacionalizao e a transnacionalizao emnveis jamais esperados pelos especialistas. Os pases centrais entram na faseps-urbano/industrial, isto , detm o controle sob a nova tecnologia e osistema financeiro, enquanto a maioria das fbricas, principalmente aquelasque usam muita matria-prima, recursos energticos, no necessitam de mo-de-obra muito qualificada e degradam o meio ambiente, so transferidas paraos pases perifricos.

    Est caracterizado o novo modelo, que deve ser desconcentrado, comdistribuio da produo e atividades obsoletas para os pases perifricos,enquanto fica mantida, nos pases do Norte, a concentrao do conhecimentoe do poder de capital. Os laboratrios e centros de pesquisas, com pessoal

    altamente qualificado e os centros financeiros, ficam concentrados nos pasescentrais, enquanto fbricas de automotores, eletrodomsticos, brinquedos,

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    siderurgia, qumica pesada etc., so rapidamente transferidas para os pasespobres.

    Como a produo descentralizada em vrios pases perifricos asempresas transnacionais passam a ser denominadas de montadoras. Poisdominam o poder de planejamento, capital e tecnologia, colocando suas filiais

    ou terceiros para produzirem nos pases do Sul e, ficam com o produto finalpara ser comercializado.Um bom exemplo dessa situao o que est acontecendo na China

    Popular a grande barriga de aluguel: com a abertura econmica localizadanas Zonas Econmicas Especiais, em seu litoral, o pas que mais cresceeconomicamente nas duas ltimas dcadas do sculo XX e incio do sculoXXI, mas sua luta maior quanto transferncia de tecnologia de ponta e ocontrole do capital externo. Para superar esta situao, o pas pratica apirataria tecnolgica, em que mais de 90% dos softwares utilizados no pas socpias ilegais, gerando prejuzo de bilhes de dlares, para as multinacionais.

    A China cresceu seu PIB em 10,8% em 2007 e elevou o consumo de

    energia em 15%, o prprio Estado Chins assumiu que est com umcrescimento predatrio, fechando milhares de empresas poluidoras nos ltimosmeses.

    O Brasil, a exemplo dos demais pases latino-americanos, est lutando paraassumir esse novo papel nas relaes internacionais, mas esta nova forma dedependncia exige mudanas internas estruturais, tanto econmica/financeiracomo sociais e ambientais que vo refletir na realidade de sua populao.

    O mundo est cada vez menor graas aos meios de comunicao emmassa, quantifica, podendo tambm qualificar o nmero de informaes paraas sociedades, permitindo um acompanhamento mais prximo das atividadesdo Estado, ao mesmo tempo em que o prprio Estado est diminuindo seupoder de comando direto das atividades econmicas e financeiras com asmedidas neoliberais.

    Portanto, no podemos dizer que houve um aumento no ndice decorrupo, ou de incompetncia administrativa, enfim, de prepotncia dasautoridades e mau uso dos recursos pblicos; o que aumentou foi atransparncia das informaes e a capacidade de cobrana da sociedade. Jfoi o tempo do empreguismo, das propinas, dos elefantes brancos, quando tudoficava fora do conhecimento da sociedade civil, isto , o Estado concentradorde poder no permitia que as informaes chegassem ao conhecimento dasociedade. preciso que as autoridades se conscientizem de que no esto

    mais acima do bem e do mal. Enquanto est ocorrendo a fase de transio, ospases perifricos vo vivendo com o acmulo de crises econmicas,financeiras e de escndalos polticos.

    Exerccios da primeira aula.

    Questo 01.

    Nos Estados Unidos da Amrica (EUA), desemprego efome se espalham. ndice de desocupados chega a 22,6% emalguns casos. Insegurana alimentar atinge uma em cada 9 casas.

    A primeira reao costuma ser de espanto, e seguida de umapergunta: como que os cidados do pas mais rico do mundo

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    podem chegar a um nvel financeiro to desesperador? Emseguida, surge entre eles prprios a segunda reao: lamentar-se,com uma dose de constrangimento misturada a outra devergonha.Isso perceptvel at mesmo no jargo oficial do

    governo. Suas estatsticas mostram que, hoje, uma em cada noveresidncias habitada por pessoas com insegurana alimentar.Esse passou a ser o termo usado para se admitir, de forma menoschocante, que se trata de famlias que chegam a passar fome.O Globo, 15/2/2009, p. 34 (com adaptaes).Tendo o texto acima como referncia inicial e considerandoa abrangncia do tema por ele focalizado, marque alternativa correta..a)A atual crise econmica global, iniciada nos EUA, nosegundo semestre de 2008, apresenta uma caractersticamarcante, isto , diferentemente do que ocorre em geral,desta vez os mercados financeiros que contaminaram a

    economia real.errado.b)A origem da mencionada crise est ligada a problemasverificados no setor de crdito imobilirio, que arrastainstituies financeiras e, no desdobramento, atinge reasdiversas do sistema produtivo.certo.c) O cenrio de crise, embora de extrema gravidade, pareceno ter infludo no recente processo eleitoral norteamericano,pois o governo Bush conseguiu eleger o candidato de seu partido, orepublicano Barack Obama. Errado.

    d) No texto, a afirmao de que os EUA so o pas mais rico domundo equivocada, porque essa posio foi perdida h algumtempo para a China, que, na atualidade, detm a lideranaeconmica e militar exercida pelos norte-americanos por vriasdcadas. Errado.e) O que mais chama a ateno na presente crise econmicofinanceira o carter de ineditismo de que se reveste, j que, pelo menos no sculo XX,nada parecido ou de grande magnitude chegou a abalar o capitalismomundial.errado.

    Questo 02.

    Considerando o assunto trabalhado na questo anterior, marque aalternativa correta.a)A disseminao mundial da crise foi facilitada pela prprianatureza da economia contempornea, a globalizao,caracterizada pela vigorosa interdependncia entre os maisdiversos setores da economia e o isolamento de distintas regies do planeta.b)Aproveitando a experincia do passado, os pases recusam-se,com essa crise, a tomar medidas de cunho protecionista, parano agravar uma situao que atinge a todos.c) Tal como ocorre no presente, o desemprego costuma ser umdos mais elevados custos sociais que uma crise econmica de

    grandes propores acarreta.certo.d) Pases considerados emergentes no cenrio econmico mundial,

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    como o Brasil e a ndia, podem no ser muitos afetados pelaatual crise por serem detentores de matrias primas estratgicase por pouco dependerem do consumo externo, ao contrrio doque ocorre com os de economia mais desenvolvida.e) Blocos econmicos, como a Unio Europeia e o MERCOSUL,

    compem o panorama do que se convencionou chamar deglobalizao e derivam, entre outras razes, da necessidade dese posicionar bem no competitivo mercado mundial. Criando subsdios ebarreiras protecionistas na proteo de suas economias.

    Questo 03.

    Sobre o processo de Globalizao, leia os textos abaixo:

    TEXTO I

    A globalizao a revoluo do fim do sculo. Com ela a conjuntura sociale poltica das naes passam a ser desimportante na definio deinvestimentos. O indivduo torna-se uma pea na engrenagem da corporao.Os pases precisam-se ajustar para permanecer competitivos numa economiaglobal e a no podem ter mais impostos, mais encargos ou mais inflao doque os outros.(Antnio Delfim Netto)

    TEXTO II.

    A globalizao to velha como Matusalm. O Brasil produto daexpanso do capitalismo europeu do final do sculo XV. O que est havendoagora uma acelerao. Isso pode ser destrutivo para o Brasil, se o pas noadministrar sua participao no processo. A globalizao boa para as classesmais favorecidas. As menos favorecidas ficam sujeitas a perder o emprego.(Paulo Nogueira Batista Jnior)

    TEXTO III.

    A globalizao comeou na dcada de 70, a partir do aumento daproduo das empresas, e foi acelerada porque empresas precisam estar em

    vrios pases para se aproveitar das variaes cambiais. Alm disso, aglobalizao bolha especulativa, que se expressa no mercado derivativo. ajogatina da moeda diria. Isso afeta empregos. H uma recesso tambmglobalizada.(Maria da Conceio Tavares)

    TEXTO IV.

    Com a globalizao, a vantagem de localizao que um pas tinha naproduo de algum bem passa a ser ameaada pela competio internacional.Se o brasileiro no tem preo competitivo, perde mercado para uma empresa

    da ndia. Mas ao mesmo tempo em que traz riscos, a globalizao cria

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    oportunidades. A nica barreira que fica entre pases e empresas a dacompetncia.(Srgio Abranches)

    De acordo com os textos, marque a alternativa incorreta

    a) O texto I, na realidade, est levantando a importncia do capital voltil(privado), ao mesmo tempo em que justifica o enxugamento do Estado,desenvolvendo o pensamento neoliberal (monetarista) que avana com amultipolarizao. Certo.

    b) No texto I no ter mais impostos, mais encargos ou mais inflao doque os outros, indica que um pas se torna competitivo na economiaglobal quando no fecha suas portas ao capital mundial, precisando paraisto, oferecer vantagens.certo.

    c) No texto II. o autor destaca a dinmica do capitalismo em sua forma deproduo. Salientando suas vantagens para as classes menosfavorecidas, principalmente o lmpem proletariado ou populao do 4

    Mundo. Errado.d) Na realidade, o texto II. Destaca que o processo de dominao

    capitalista mantm-se, pois o que muda so as formas e o ritmo dessedomnio. Certo.

    e) No texto III, a autora diz que a globalizao bolha especulativa, a jogatina da moeda

    diria. Pode-se justificar esta frase com a atual crise dos crditos imobilirios nos EUA.certo.

    Questo 04.Sobretudo a partir da dcada de 60 comeou a surgir uma economia cada vezmais transnacional, ou seja, um sistema de atividades econmicas para asquais os territrios e fronteiras de Estados no constituem o esquema

    operatrio bsico.(Hobsbawm, Eric. Era dos extremos o breve sculo XX: 1914-1991, 1995.)Entre os principais aspectos, diretos ou indiretos, dessa transnacionalizaono se destaca:(A) a nova diviso internacional do trabalho.(B) o crescimento de financiamento offshore.(C) a formao de cadeias produtivas internacionais.(D) o aumento generalizado da remunerao do trabalho.certo.(E) a maior eficincia nos setores de transporte e decomunicao.

    Questo 05.

    Recentemente as autoridades da Unio Europia interromperam uma

    reunio e decidiram que ela aconteceria de modo virtual atravs da internet,

    este acontecimento chamou a ateno do Mundo, pois o motivo alegado

    para este comportamento foi provocado pelo movimento de grupos

    organizados que so contra as medidas globalizantes.

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    Quanto a estas medidas e suas conseqncias para o mundo, assinale o

    item incorreto.

    a) A globalizao da economia est gerando mudanas estruturais,

    afetando a qualidade de vida das populaes, inclusive dos pases ricos.

    b) O processo de globalizao, tambm de excluso, acarretando o

    famoso desemprego estrutural.

    c) Ao globalizar a economia dos pases do Sul, os pases do Norte esto

    aumentando seu poder de influncia externa, transformando os pases

    de economia emergente nos famosos bola da vez.

    d) Ao defenderem a teoria do estado mnimo, os pases ricos esto

    reduzindo o poder de influncia das elites locais.

    e) Com a implantao da terceira revoluo industrial, usando a robtica, a

    informtica e a automao no sistema de produo, h uma tendncia

    de reduzir o tempo de trabalho do ser humano, melhorando sua

    qualidade de vida. Incorreta, gera desemprego estrutural.

    Aula 02.

    O Brasil na Amrica Latina

    Apresentao

    O Brasil destacou-se na Amrica Latina, contando com um tero dapopulao e do produto interno bruto de toda a regio, e a melhor performanceno PIB. No mbito da poltica externa, o Brasil exerceu a capacidade denegociao inicialmente com a Amrica Latina e depois em nvel das relaesexternas, mas os fluxos comerciais colocam-no ainda entre os pasesperifricos, que comercializam mais com os pases desenvolvidos do que comos seus vizinhos.

    Os maiores clientes e fornecedores so ainda os EUA e a Europa (

    exceo do fornecimento de petrleo pelo Oriente Mdio). Dados recentes daALADI (Associao Latino-Americana de Desenvolvimento e Integrao)indicam que as importaes latino-americanas de produtos originrios dos EUAtm aumentado em pases como o Brasil e a Argentina a taxas, em certoscasos, cinco vezes superiores s do incremento de suas exportaes.

    Obs.:O Brasil conquista a auto-suficincia em petrleo em 2006. graas ao

    aumento da produo nacional e a substituio no consumo de derivados dopetrleo por fontes alternativas de energia, como o etanol e o gs natural,sendo este importado em mais de 50% da Bolvia.

    Em 2005, a China Popular supera a Argentina como o segundo pas em

    comrcio com o Brasil.

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    AS ORGANIZAES POLTICAS E ECONMICAS DA AMRICA

    OEA Organizao dos Estados Americanos

    Reunidos na cidade de Bogot, capital da Colmbia, em 1948, 21 pases

    americanos decidiram pela criao da Organizao dos Estados Americanos(OEA) com sede em Washington. Seus princpios so: Os Estados americanos condenam a guerra de agresso. A agresso a um estado americano constitui uma agresso a todos os

    demais estados americanos. Controvrsias de carter internacional entre dois ou mais estados

    americanos devem ser resolvidas por meios pacficos. A cooperao econmica essencial para o bem-estar e a prosperidade

    comum dos povos do continente. Quando, em 1962, Cuba, um pas-membro dessa organizao, foi

    expulsa, por catorze votos (por ter optado pelo Socialismo), o Brasil no

    tomou partido se abstendo de votar, deixando que os Estados Unidospressionassem a OEA, e a tornassem inoperante e submissa aos seusinteresses.

    Aladi Associao Latino-Americana de Desenvolvimento e Integrao

    Em 1960, pelo Tratado de Montevidu, surgiu a Alalc (Associao LatinoAmericana de Livre Comrcio) com a finalidade de desenvolver ocomrcio entre os pases-membros. No entanto, problemas locais eexternos limitaram sua atuao (ex.: diferenas de grau dedesenvolvimento).

    Diante dos resultados, em 1980 surge a Aladi, em substituio Alalc,compreendendo os seguintes pases-membros: Argentina, Bolvia, Brasil,Chile, Colmbia, Equador, Mxico, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

    Mercosul Mercado Comum do Sul

    Em maro de 1991, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai assinaram otratado de constituio do Mercado Comum do Sul o Mercosul.

    A integrao comercial implica trs aspectos operacionais: a livrecirculao de bens, servios e fatores produtivos; coordenao de

    polticas macroeconmicas e setoriais; compromisso dos Estados-partesde harmonizar suas legislaes para o fortalecimento do processo deintegrao.

    O Mercosul segue a tendncia mundial, que a organizao dos pasesem blocos econmicos. Os pases-membros fundadores do Mercosul(1991) so: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

    Obs.:Em 2005 surgiram mais duas organizaes na Amrica latina:1) a Alba Alternativa Bolivariana Para as Amricas, atualmente formada

    por Cuba, Venezuela e Bolvia.

    2) a CSAN Comunidade Sul Americana das Naes ou a Casa, como denominada pelo Governo brasileiro. A CSAN formada por dez dos doze

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    pases que formam a regio continental da Amrica do Sul, as excees so asGuianas.

    Cuidado com a localizao geogrfica do pas insular de Trinidad Tobago.Em julho de 2006 em Caracas, na Cpula do Mercosul, oficializada a

    mudana da Venezuela de associado, desde 2004, para pas membro, com

    restries quanto ao poder de veto e direito de assumir a presidncia semestraldo bloco, at o ano de 2013, prazo que a Venezuela deve cumprir os acordoscom os pases da Comunidade Andina, bloco do qual se desligou em 2005devido a assinatura do TLC Tratado de Livre Comrcio pela Colmbia e oPeru com os EUA.

    Em abril de 2007, resultante da 1 Cpula Energtica dos paises da AmricaLatina nas Ilhas Margaridas, na Venezuela. E do 1 Frum Econmica LatinoAmericano, em Santiago do Chile, alm do projeto de Integrao da AmricaLatina e do embate entre o Brasil e a Venezuela quanto as fontes de energiarenovveis e no renovveis, surgem ressurgem propostas interessantescomo:

    1 A criao do Banco do Sul, contrariando os interesses do BID BancoInteramericano de Desenvolvimento e do Brasil, devido ao papel, hoje, exercidopelo BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social naexpanso dos investimentos e atividades de produo das empresasbrasileiras nos pases da Amrica do Sul.

    2 Criao da USAN Unio Sul Americana das Naes, em substituioaos blocos existentes como, Mercosul, ALBA, CSAN, MCCA e CAN, naproposta de maior integrao entre os pases Latino Americanos.

    Ateno: importante destacar que estas propostas fazem parte daestratgia do bloco Chavista Hugo Chavez, Evo Morales, Daniel Ortega, FidelCastro e Rafael Correa, em reduzir o poder de liderana do Brasil no projeto deintegrao da Amrica Latina.

    Posio do Brasil no Mercosul

    A recesso generalizada e a conseqente carncia de capitaisrepresentavam entraves para os investimentos infraregionais. O surgimento doMercosul foi resultado da modificao desse panorama. Brasil e Argentina,mediante acordos prvios de integrao bilateral, visavam ao desenvolvimentotecnolgico complementado por uma integrao comercial, por meio deacordos nas reas: nuclear, financeira, industrial, aeronutica e

    bionanotecnolgico.Vrios obstculos prejudicaram uma maior crescimento na integrao doMercosul, entre eles: a desigualdade econmico-financeira, com a supremaciado Brasil, as crises econmicas e polticas, devido a vulnerabilidade externadas economias e a histrica disputa entre os principais pases do bloco pelaliderana do projeto.

    Questo 01.

    Pases membros da Unasul se reuniram no Chile para debaterem as questes relacionadas aosdistrbios scio-econmicos que esto acontecendo na Bolvia, novamente o pas mais pobre dosubcontinente gera preocupaes quanto estabilidade que permita os avanos necessrios no

    processo de integrao entre os pases,Quanto ao projeto da Unasul e as dificuldades para a integrao entre os pases membros,marque a alternativa incorreta..

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    a) A Unasul e formada por doze pases.

    b) Um objetivo da Unasul foi alcanado com sua primeira reunio em Braslia, quandotodos os pases membros concordaram com a criao da fora de segurana integrada,o estatuto da organizao e os projetos de implantao de sistema virio para facilitar ocomrcio entre os pases membros.

    c) Com a implantao da Unasul desaparecem os blocos regionais mais antigos da regio,como o Mercosul, a Comunidade Andina e o banco do Sul.incorreta.

    d) O avano no processo de integrao entre os pases do sul na Amrica contraria osinteresses da Organizao dos Estados Americanos (OEA). Nem para o BID BancoInteramericano Para o desenvolvimento.

    e) Entre os governantes dos pases que formam a Unasul existem divergncias quanto aosideais democrticos e a liderana do Brasil em seu processo de implantao.

    Questo 02.

    MercosulGlobalizao, o Brasil e o Mercosul.

    Pases do Mercosul, Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

    De acordo com o mapa e seus conhecimentos sobre o Mercosul, marque aalternativa incorreta.

    a) Atualmente, os pases do Mercosul juntos concentram uma populao estimadaem 311 milhes de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) deaproximadamente dois trilhes de dlares, o Mercosul formado por todos ospases da Amrica do Sul. Certo.

    b) No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comrcio entre os pases membros.A partir deste ano, cerca de 90% das mercadorias produzidas nos pases membrosso comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns produtos no entraram nesteacordo e possuem tarifas especiais por serem considerados estratgicos ou poraguardarem legislao comercial especfica. Certo.

    c) Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido de integraoeconmica entre os pases membros. Estabelece-se um plano de uniformizao de

    http://www.suapesquisa.com/mercosul/mapamercosul.jpg
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    taxas de juros, ndice de dficit e taxas de inflao. Futuramente, h planos para aadoo de uma moeda nica, a exemplo do Mercado Comum Europeu.verto.

    d) Chile, Equador,Colmbia,Peru e Bolvia podero entrar neste bloco econmico,pois assinaram tratados comerciais e j esto organizando suas economias paratanto. Participam at o momento como pases associados ou parceiros

    preferenciais ao Mercosul. So parceiros do MERCOSUL.

    e) O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 26/03/1991 com a assinaturado Tratado de Assuno no Paraguai. Os membros deste importante blocoeconmico doAmrica do Sul so os seguintes pases: Argentina,Brasil,Paraguai,Uruguai, Venezuela e Chile.errado.

    O Brasil, ao adensar presena econmica na Amrica do Sul pormeios mltiplos da internacionalizao das empresas aosinvestimentos produtivos e exportao de produtos com valoragregado, todos fatores nucleares ao entendimento da celebradafolga cambial e reduo de vulnerabilidade externa , noesperava colher apenas louros e palmas dos vizinhos. H tensesno front. H choques de interesses, valores e idias.

    Jos Flvio Sombra Saraiva. Uma poltica altura dos desafios.In: Folha de S.Paulo, 15/12/2007, p. 3 (com adaptaes).

    Questo 03.Tomando o texto como referncia inicial, assinale a opo correta no queconcerne ao papel do Brasil na Amrica do Sul.A) O pas vem conseguindo impor suas vises de mundo sem contestaes

    dos vizinhos.errado.B) A fora do Brasil no seu entorno decorre da capacidade econmica e polticade empreender projetos produtivos voltados para a integrao. Certo.C) A internacionalizao das empresas brasileiras na regio tem um papelnefasto aos projetos de desenvolvimento locais. Errado.D) O Brasil possui poder proporcional ao da Alemanha e da Frana emcapacidade de patrocinar os custos totais da integrao na regio, sem riscosde debates internos e com recursos para banc-los. Errado.

    QUESTO 04.Ainda considerando o texto como referncia inicial, assinale a

    opo correta.A) A Amaznia, por estar no corao do centro-norte da Amrica do Sul, reade grande interesse para a integrao da regio.certo.B) A Amaznia brasileira, includa nos novos projetos de investimentoenergtico, como o primeiro leilo para construo de hidreltrica no rioMadeira, a rea mais dinmica de integrao sul-americana.errado.C) A integrao sul-americana caminha sem sustos e crises de valores epolticas.errado.D) A fora do empreendimento sul-americano tem no tema do desenvolvimentosustentvel seu eixo estrutural e condio primeira para a aproximao dassociedades envolvidas no esforo de adensamento nas relaes internacionais

    da regio.errado.

    http://www.suapesquisa.com/paises/equadorhttp://www.suapesquisa.com/paises/colombiahttp://www.suapesquisa.com/paises/peruhttp://www.suapesquisa.com/blocoseconomicoshttp://www.suapesquisa.com/blocoseconomicoshttp://www.suapesquisa.com/geografia/america_do_sul.htmhttp://www.suapesquisa.com/paises/argentinahttp://www.suapesquisa.com/paises/brasilhttp://www.suapesquisa.com/paises/paraguaihttp://www.suapesquisa.com/paises/uruguaihttp://www.suapesquisa.com/paises/venezuelahttp://www.suapesquisa.com/paises/equadorhttp://www.suapesquisa.com/paises/colombiahttp://www.suapesquisa.com/paises/peruhttp://www.suapesquisa.com/blocoseconomicoshttp://www.suapesquisa.com/blocoseconomicoshttp://www.suapesquisa.com/geografia/america_do_sul.htmhttp://www.suapesquisa.com/paises/argentinahttp://www.suapesquisa.com/paises/brasilhttp://www.suapesquisa.com/paises/paraguaihttp://www.suapesquisa.com/paises/uruguaihttp://www.suapesquisa.com/paises/venezuela
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    Questo 05.

    Terminou com um anncio do prprio ditador a era de Fidel Castro frente do regimesocialista cubano. A renncia abre espao para uma outra relao entre Cuba e os

    Estados Unidos da Amrica (EUA), que, por enquanto, mantm o embargo. O Brasil ter

    papel destacado na transio ps-Fidel. Empresas nacionais investiro US$ 1 bilho

    para capitalizar a abertura econmica da ilha, reduzindo a dependncia cubana do

    mercado americano e das promessas da Venezuela.

    Jornal do Brasil, 20/2/2008, capa (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando as mltiplas dimenses dotema por ele focalizado, alm de aspectos marcantes da realidade mundial

    contempornea, marque a alternativa correta.

    a) Os EUA assumiram, ao longo do tempo, a liderana continental na oposio ao

    castrismo, mas, a partir de um ponto de vista oficialmente definido como humanitrio,

    mantiveram o intercmbio comercial com a ilha. Errado.

    b) Apesar da parceria histrica com o governo comunista de Moscou, para Cuba foi

    irelevante o colapso da Unio Sovitica, na medida em que, quando isso ocorreu, a

    economia cubana j apresentava inegvel autonomia e dependncia insignificante em

    relao ao exterior. Errado.

    c) Independentemente do juzo de valor que se faa em relao ao regime cubano, Fidel

    Castro conquistou posio de inegvel destaque na histria contempornea, sobretudo

    em face da luta empreendida pelas naes do denominado Terceiro Mundo em busca de

    independncia, de defesa da soberania nacional e do princpio da autodeterminao

    dos povos. Certo.

    d) Em se concretizando a abertura econmica cubana, mencionada no texto, o novo

    governo poder espelhar-se na bem-sucedida experincia sovitica, cuja perestrica, ao

    lado da glasnost, garantiu a tranqila e estvel transio da antiga Unio Sovitica para a

    Rssia de hoje. Errado.

    e) A eventual abertura econmica cubana aprofundaria o isolamento e a singularidade da

    China, que, a despeito de mudanas aparentes, insiste na manuteno de um modelo

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    econmico comunista, refratrio a qualquer concesso ao mercado e ao da iniciativa

    privada. Errado.

    Aula 03.

    TPICOS DA HISTRIA E DA GEOGRAFIA

    A dcada de 70 caracterizou-se pelo incio do esgotamento da estrutura dedomnio implantada no ps-Segunda Guerra. A Guerra Fria no tinha maiscomo ser sustentada, pois os gastos com a corrida armamentista escaparamda rea ideolgica que envolvia as duas superpotncias e comeavam a afetara economia, principalmente os comrcios mundiais, alm de outras situaescomo as crises do petrleo em 1973/1979 e a reao da Polnia contra o poderde Moscou, criando a solidariedade. Menos comentados poca, mas defundamental importncia para compreendermos estas mudanas e seusresultados nas dcadas seguintes, so os fatos posteriores.

    Os EUA percebem que, apesar de toda a tecnologia, poder blico ecapacidade de sua fora armada, esto sendo derrotados no Vietn. Estaderrota militar resulta numa derrota quanto opinio pblica mundial e,principalmente, quanto opinio pblica da sociedade norte-americana,

    despencando no escndalo do Watergate, que acaba forando Nixon arenunciar presidncia dos EUA.Percebendo a derrota, e antes da renncia do presidente, os EUA

    abandonam os princpios econmicos da Doutrina Truman e adotam a DoutrinaNixon, substituindo o cmbio dlar ouro/fixo pelo cmbio dlar flutuante osEUA no assumem mais a equivalncia dlar-ouro, ao mesmo tempo em queelevam os juros internacionais, resultando num inchao das dvidas externasdo terceiro mundo e provocando um esgotamento dos regimes autoritrios,principalmente na Amrica Latina, frica e sia Tropical. Era o desgaste daOperao Condor.

    A URSS comea a Guerra do Afeganisto. Rapidamente, podemos dizer

    que a guerra significou o Vietn para a Unio Sovitica, respeitando, bvio,as caractersticas prprias dos envolvidos. A derrota fragorosa dos soviticosacelerou o fim do socialismo real, ao mesmo tempo em que utilizou comojustificativa o fundamentalismo islmico. O Taliban conquista o poder noAfeganisto e revela para o mundo em at que ponto o radicalismo ouextremismo pode chegar.

    Um pouco diferente do Vietn, a posio geogrfica do Afeganisto maisdo que importante para o mundo globalizado, uma das reas fundamentaispara a integrao entre a Europa e a sia. E, com o trmino do socialismo real(URSS), o grande confronto atual entre a tendncia global do capitalismo e omundo islmico, que aumenta rapidamente.

    Somando estes e outros fatores, a URSS chega na dcada de 80 (a dcadaperdida) com um agravamento da sua situao interna, sendo obrigada a

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    implantar a Perestroika (reestruturao econmica) e a Glasnost(transparnciapoltica). Tentando sobreviver como superpotncia, entra por um processoinicialmente lento e gradual, mas que acaba fugindo do controle do Estado, atque em 25 de dezembro de 1991 desaparece como estado-nao organizado figura da Unio Sovitica. o trmino da transio, pois acaba a Guerra Fria e

    continua avanando a globalizao.Trmino oficial da URSS, pois, com a Perestroika e a Glasnost, Gorbatchovj declarava que a URSS no era mais expansionista-militarizada, acabandocom a Guerra do Afeganisto (1985) e no se opondo militarmente e nemdeslocando suas foras militares para as futuras guerras (Golfo, Iugoslvia,etc.), ao mesmo tempo em que cancelava a sua ajuda para que Cuba, Vietn,Coria do Norte, etc. continuassem pressionando o mundo capitalista.

    Com isso, o grande capital e a tecnologia de ponta perdem o seu centro deaplicao e, com a queda da corrida armamentista, os estoques de armasficam abarrotados, provocando uma queda no consumo mundial e na produoblica do mundo ocidental, devido ao sucateamento do Exrcito sovitico, ao

    contrabando de armas do bloco extinto, por um preo inferior ao do mercado, eao trfico de crebros, pois uma significativa parcela dos tcnicos, cientistas eespecialistas so atrados do ex-bloco socialista para os pases do TerceiroMundo.

    O grande capital no pode ficar parado e, junto com a tecnologia de ponta,desloca para a nova economia globalizada boa parte dos investimentos queestavam concentrados na corrida armamentista. a chegada da TerceiraRevoluo Tecnolgica, em que a biotecnologia, a manotecnologia, a robtica,a informtica e a industrial, ao mesmo tempo que reduzem a necessidade demo-de-obra no-qualificada na automao, provocam um aumentosignificativo na capacidade de produo, produtividade, diversidade deprodutos e competitividade, atividade terciria, provocando um crescimentorpido no comrcio mundial e substituindo o poderio blico como sinnimo depas-potncia do Norte.

    As organizaes, criadas no ps-Segunda Guerra, de planejamento,pesquisa, controle e financiamentos como o Bird, o BID, o FMI e o Gatt exceo do Gatt, no desapareceram, mas precisaram, no mnimo, seremreestruturadas para a nova realidade mundial.

    O grande capital se desnacionaliza, surgindo, em conseqncia do cmbiodlar flutuante, uma desregulamentao do comrcio mundial e a famosa figurado capital voltil (especulativo, rotativo, hot money, etc.), que salta de uma

    economia para outra, de acordo com seus interesses do lucro pelo lucro. oavano da ciranda financeira, sujeitando os pases pobres aos seus caprichose provocando o processo cascata ou domin que resulta no efeito tequila(Mxico), vinho (Argentina, Chile), samba ou cachaa (Brasil), saqu (TigresAsiticos) e vodka (Rssia).

    Isso demonstra que as organizaes oficiais, inclusive os bancos centraisdos pases do Norte, no so capazes de reter uma crise econmica, tornando-a localizada, como era at a dcada de 70/80. No mundo globalizado, umacrise econmico-financeira acaba afetando todos os pases, alguns pela fuga,outros pelo excesso de moeda forte.

    O Gatt e a OMC

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    O Gatt Acordo Geral sobre Tarifas e Comrcio, que entrou em vigorem 1/1/1948, apesar da oposio dos EUA e de no significar umaorganizao oficial, foi de grande importncia para coordenar o comrcio dobloco capitalista no perodo da bipolarizao. Mas, com as mudanas docmbio, a chegada dos megablocos, as novas tecnologias e a atual

    desregulamentao do comrcio mundial deixou a desejar na fase atual demultipolarizao e est sendo substitudo pela OMC Organizao Mundial doComrcio, que j foi criada, mas no foi estruturada, at porque adesregulamentao da economia est favorecendo muito os pases do Norte,detentores das tecnologias de ponta.

    1985/1994 Rodada do Uruguai Os pases decidem que o Gatt no atende mais as necessidades devido

    aos avanos no comrcio internacional, e que o ideal seria a criao deuma nova organizao, que deveria vir acompanhada de uma novaregulamentao do comrcio internacional. Onde seria possvel

    regulamentar e fiscalizar os resultados da tecnologia de ponta nocomrcio mundial, como as questes dos transgnicos, clulas troncos,robtica, softwares, sementes TERMINATOR etc.

    1/1/1995 Como resultado da Conferncia do Uruguai criada a OMC.1/12/97 Reunio de Seatle (EUA)Esta reunio aconteceu, mas no funcionou, devido aos movimentos

    organizados, inclusive com o uso da Internet e das aes das ONGs Organizaes No-Governamentais contra o processo de globalizao,demonstrando que a nova fase mundial estava afetando tambm a qualidadede vida de boa parte das populaes dos pases ricos.

    a fase da globalizao, do desemprego estrutural, pois a produo, aprodutividade e a diversidade de produtos para o consumo mundial estoaumentando rapidamente. As novas mquinas esto gerando desemprego edesconcentrao da produo para o Terceiro Mundo, provocando o retorno donacionalismo extremista com possibilidades da ultra-direita voltar ao poder naEuropa. o ressurgimento do xenofobismo, do etnocentrismo, pondo em riscoa segurana das minorias tnicas e dos novos brbaros do Sul que estoinvadindo os pases do Norte. o esgotamento do welfare state o estado dobem-estar social , que, durante dcadas, fez com que o Estado sustentasse aelevada qualidade de vida das populaes nos pases do Norte.

    Em janeiro de 2001, autoridades, megainvestidores e megaempresriosreuniram-se na cidade de Davos, na Sua, com exceo dos EUA, com o novogoverno republicano. A maioria dos pases enviaram seus representantes parao famoso Frum Econmico Mundial, onde os mandatrios do mundoglobalizado esto reunidos para discutir os resultados atuais da Nova OrdemMundial e o que pretendem ou no nas prximas etapas deste processo liberal.

    Um bom exemplo de discusses neste frum o destaque dado pelaimprensa internacional aos protestos dos representantes da China Popular aoalertarem o mundo quanto perda de identidade das etnias menos favorecidasdo planeta, pois a globalizao, alm de econmica, tambm gera umaantropofagia cultural, ou aos alertas feitos pelos estudiosos da situao de

    globalizao gerando excluso, onde a Amrica Latina corre o risco de sofreruma presso externa que poder criar a famosa Sndrome de Africanizao,

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    isto , deteriorar a to deteriorada qualidade de vida de sua populao, comovem ocorrendo no continente africano o excludo do processo global atual,inclusive com as tentativas de provocar uma corrida armamentista na Amricado Sul, devido presso pela Internacionalizao da Amaznia, ou devido aoscombates ao narcotrfico, a exemplo da atual Operao Colmbia, financiada

    pelos EUA, onde j se comenta a possibilidade do uso de armas qumicas ebiolgicas.

    A PRODUO DE ALIMENTOS E A FOME

    No h dvidas, a fome que se alastra pelo mundo uma questo maispoltica, ideolgica e econmica do que as prprias condies naturaisoferecidas para a prtica agrcola. Vejamos:

    de acordo com dados da FAO (ONU), o mundo hoje produz 10% a maisdo que o mnimo necessrio para alimentar toda a populao, que , emmdia, 2.400/2.600 calorias/dia, e ainda existem imensos espaos para

    serem ocupados; com o processo da Revoluo Verde, a produo de alimentos vai

    perdendo cada vez mais o cunho social, e os interesses capitalistasavanam pelas atividades primrias. Portanto, o objetivo do lucro priorizaas monoculturas exportadoras em detrimento da produo diversificadapara alimentar a populao local. Alm de acelerar o desmatamento, asqueimadas, a eroso, com perda de solos frteis, o assoreamento dosrios e principalmente a perda da biodiversidade da fauna e da flora devidos monoculturas e ao uso absurdo dos agrotxicos;

    nos ltimos anos, essa situao se agravou com os avanos biolgicos,em que os processos de sementes selecionadas e vegetais hbridos dasltimas dcadas comearam a ser substitudos pelos produtostransgnicos, os quais aumentam o poder econmico e tecnolgico dasmultinacionais, que so donas desses novos produtos, com direitos depatentes (know how) e exclusividades na sua criao e produo.Voltando velha discusso: at que ponto o ser humano pode alterar anatureza com a transgenia e o processo de clonagem?

    O contexto histrico no pode ser esquecido, pois certo que antes daexpanso martima europia no h registro da existncia da fome em escalasignificativa na Amrica, frica, sia e Oceania, pois, nessa poca, a produoera comunitria e de subsistncia na maioria das sociedades existentes nesses

    continentes.Os colonizadores introduziram a propriedade privada e a cobrana deimpostos absurdos nas reas dos colonizados e ainda obrigaram a mudanano tipo de produtos, pois o que interessava aos dominadores eram produtoscomo oleaginosas, fibras txteis e frutos tropicais para atender snecessidades do consumo industrial e da populao europia. Quem nuncaouviu falar das mortes de escravos e ndios de fome no meio dos grandescanaviais, no litoral do Nordeste? O governo portugus no permitia aplantao de outros vegetais, s era permitido o plantio de cana-de-acar, quedominava at 120 lguas para o interior. Qual o significado real da palavraplantation? Para os ingleses, o que foi a guerra do pio, na sia, e a matana

    dos bfalos na pradaria da Amrica do Norte?

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    No h dvida de que os problemas da fome, subnutrio e desnutriocrnica podem ser resolvidos. Atualmente, o problema todo que a produode alimentos se transformou numa arma poderosa que utilizada pelospases do Norte no domnio mundial. O controle das multinacionais sobre aproduo de alimentos demonstra que o controle sobre onde, como, quanto, o

    que, por quanto e para quem devero ser produzidos os alimentos nodepende mais de quem dispe das terras. Basta ver o exemplo brasileiro, ondemais de 40% de nossa produo exportada e menos de 15% utilizada naalimentao interna. Outro exemplo interessante ver que pastagens artificiais,isto , o espao agrcola ocupado e cuidado pelo homem para alimentar osrebanhos no Brasil, se somado com as perdas devido ao processo de colheita,transporte, armazenagem, comercializao e os parceiros do homem (ratos,insetos, etc.), superam a produo para o consumo interno; no podendoesquecer que a cada 7 calorias vegetais produzidas para alimentar osrebanhos e aves, s uma caloria retorna para a alimentao humana.

    O programa Fome Zero lanado pelo governo brasileiro j ultrapassou a

    fronteira nacional ao ser defendido na 58 plenria da ONU, quando recebeuapoio da maioria dos pases-membros, com os discursos de abertura daplenria pelo presidente Lula, pelo presidente George Bush e o Secretrio-Geral da ONU, Kofi Anan. Inclusive, o presidente da Frana lanou a idia dechamar o programa internacional sob o comando da ONU de programa Lula.

    O programa Fome Zero defende uma ao no paternalista, e sim, montar aestrutura e redirecionar parte da produo agrcola nacional para o consumointerno. Esta proposta viria acompanhada de outros projetos como aerradicao do analfabetismo e gerao de mais empregos com a retomada docrescimento econmico, pois, aps a primeira fase, com distribuio de cestasbsicas e unificao dos projetos assistenciais como bolsa-escola, vale-gsetc., a proposta do governo de oferecer condies para que a populaorecupere seu poder de consumo. No primeiro ano do atual governo, esteprojeto no avanou da forma desejada, pois o prprio governo priorizou arecuperao da imagem do Pas nas relaes internacionais, o famoso planoA, alegando que primeiro era necessrio recuperar o risco pas e a confianaexterna para atrair novos investimentos e, com isto, foi preciso manter os jurosinternos elevados com manuteno do endividamento interno. Enfim, o atualgoverno, em seu primeiro ano de mandato, repetiu todo o comportamento jconhecido pela sociedade nos governos neoliberais da dcada de 90.

    Outro fato importante o da produo agrcola brasileira. No h dvida de

    que a ltima safra superou em mais de 20% a produo da safra anterior,principalmente por causa dos transgnicos, supera em muito as necessidadesde consumo da populao do Pas, mas, infelizmente, a produo maisdirecionada para as monoculturas, mecanizadas para a exportao, do quepara a policultura para abastecer o mercado interno. correto dizer que oPrograma Fome Zero no Brasil s conseguir avanar de forma satisfatria seconseguir convencer os empresrios da rea do agronegcio de que omercado interno oferece vantagens econmicas, tambm no possvelimplantar o projeto na fase no-paternalista, com cerca de 55 milhes debrasileiros situados abaixo da linha de pobreza. Concluindo: para implantar oPrograma Fome Zero de forma satisfatria, primeiro necessrio oferecer

    qualidade de vida ou condies para que uma alta parcela da sociedade possapraticar sua cidadania, para isto, preciso resolver os problemas de 5 milhes

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    de brasileiros hoje com renda zero, as 5 milhes de crianas que soexploradas no trabalho infantil e muitas vezes escravo. Enfim, sem solucionaros graves problemas socioeconmicos, muito difcil elevar o IDH dapopulao brasileira.

    Enquanto o IDH (ndice de Desenvolvimento Humano) calculado pela ONU

    classifica o Brasil entre 1/3 dos pases melhores colocados 65 posio entre175 pases, o IES (ndice de Excluso Social) coloca o Brasil entre o 1/3 compior resultado.

    O IDH mede o desenvolvimento dos pases com base na expectativa devida, no nvel educacional e na renda per capita. O IES acrescenta outrosindicadores como pobreza, desemprego, desigualdade social, alfabetizao,escolarizao superior, homicdios e populao infantil. De acordo com o IES, oBrasil ocupa a 167 posio no ranking de desigualdade, 161 em homicdios,99 em desemprego. Portanto, de acordo com o IES, o Brasil ocupa a 109posio entre 175 pases. Na Amrica, entre 35 pases, ocupamos a 28posio e de 1998, quando ramos a 8 Economia Mundial, em 2004

    passamos para a posio de 15 economia, sendo superados por vrios pasesemergentes (China, Mxico, Coria do Sul).

    Pelo IES, os pases mais bem colocados so Canad (1), Japo (2) eFinlndia (3), enquanto os piores so Nambia (173), Lesoto (174) eHonduras (175).

    Em 14 de julho de 2004, a ONU publica novo levantamento quanto ao IDH.Infelizmente, o Brasil passou da posio 65 para 72 no ranking mundial,ficando muito abaixo de alguns pases vizinhos como a Argentina, que, apesarda crise, ficou em 34 lugar.

    Com esse ltimo levantamento, a Noruega permanece em 1 lugar e SerraLeoa em ltimo (177 lugar).

    O PIB/2005 do Brasil foi de aproximadamente 1,8 trilho de reais, comcrescimento econmico de 2,3% em relao ao PIB/2004, com isso, o Brasilsuperou as economias da Coria do Sul, Holanda, ndia e Mxico, de 15economia, voltou para a 11 posio mundial. O crescimento do PIB brasileirofoi um dos menores em 2005 na Amrica, s foi superior ao PIB do Haiti, suarecuperao no ranking mundial foi devido valorizao da moeda nacional.

    Em 2007, de acordo com novo relatrio sobre aquecimento global, 1,1bilho de habitantes, principalmente das reas mais carentes do Planeta,sofrem com a carncia de gua e alimentos e que esse nmero pode duplicarnas prximas dcadas.

    AS CRISES ECONMICAS NA ERA GLOBALIZADA

    O capital voltil o mesmo que capital especulativo, rotativo, hotmoneye over night

    Funo como o prprio nome indica, no regulamentado, servindosomente ao processo da ciranda ou especulao financeira, alimentando umabolha especulativa. Se um pas tenta regulamentar ou reduzir seus lucros nasbolsas de valores ou entra em crise econmica ou poltica, rapidamente estetipo de capital desaparece de sua economia.

    O capital voltil cresceu muito nas ltimas dcadas devido queda nos

    investimentos e nos lucros que eram obtidos com a corrida armamentista.

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    urbanos, como o servio de limpeza, coleta de lixo, tratamento de gua,esgoto, etc.

    O FMI, que havia perdido muito de suas funes a partir de 1971 em razode os Estados Unidos terem mudado seu sistema cambial, passa a exercernovas funes, muito atreladas e at mesmo conflitantes, com o Banco

    Mundial. Isto no quer dizer que entram em choque ou que haja perda deidentidade. Na verdade, facilmente percebido que estas duas organizaestrabalham em conjunto na tentativa de implantarem as idias neoliberais nospases perifricos.

    O FMI fiscaliza, coordena e exige que os pases perifricos e, maisrecentemente, os pases remanescentes do ex-bloco socialista, como os doLeste Europeu, implantem as medidas impostas pelos Planos de ReformasEstruturais do Bird. Caso o Pas aceite, o FMI ajuda e autoriza que o Bird faaos emprstimos.

    Essa realidade acaba por elevar a vulnerabilidade ou dependncia externados pases do sul ao humor do sistema financeiro internacional. Basta lembrar

    dos efeitos: tequila, saqu, vodka e cachaa, que afetaram importantes pasesemergentes na dcada de 90, pois foram transformados na bola da vez,resultando num efeito cascata ou a crise e excluso globalizada.

    A DESINTEGRAO DO BLOCO SOCIALISTA

    Imaginar ou criar uma data para indicar o momento exato que identifique otrmino da URSS e o fim do socialismo real no Leste Europeu e no ContinenteAsitico serve como referencial didtico, mas no til para quem desejaentender todo o processo que culminou com o trmino da bipolarizao. Dizerque a URSS foi extinta e que o capitalismo norte-americano saiu vitoriosotambm no totalmente verdade, pois, se fosse correto, estaramos vivendouma monopolarizao parecida com a do perodo do imprio britnico; masisso no ocorreu e estamos vivendo a multipolarizao.

    A necessidade de manter um confronto ideolgico com o mundo ocidentalacabou forando a URSS a direcionar a maior parte de seus recursos para apreparao de vrias geraes de tcnicos cientistas, espies, paradesenvolvimento de contra-espionagem, conservao de uma fora armadaaltamente dispendiosa, e orientao para reas especficas da fsica nuclear,aeroespacial, mecnica, etc. Com isso, a produo de bens de consumo para apopulao do bloco socialista no significou preocupao para governantes da

    poca, principalmente nas dcadas de 30 a 70, quando predominou a ditadurado proletariado ou o perodo stalinista.Na dcada de 80, a crise estava bem clara para o mundo, pois nem a URSS

    nem os EUA, em nvel de poder, suportavam mais os desgastes da GuerraFria.

    O processo acelerou com a chegada de Gorbatchov ao poder, que tinha afuno de superar as distores e fazer com que a URSS sobrevivesse, isto ,a proposta de mudar, desde que fosse lenta e gradualmente, para que o estadosovitico permanecesse.

    As propostas eram:Reestruturao da economia Perestroika

    Medidas: fechamento das empresas ociosas;

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    repente, que antes existia a URSS e, logo depois, ela se desmembrou em 15repblicas.

    A pergunta-chave : por que a URSS se desintegrou no final da dcada de80 e incio de 90? Por que isso no aconteceu antes? Por que no continuouexistindo?

    A resposta para esse questionamento resulta de uma anlise no tempo e noespao, de fatores internos e externos, que vo se somando at resultar numadinmica de transformao que leva dcadas para se completar.

    A burocratizao, o caldeiro tnico, o baixo avano tecnolgico emalgumas reas da economia, a poltica do emprego pleno com resultados cadavez menores na produo/produtividade dos indivduos, a poltica centra-lizadora do Estado cedem espao para uma fase de estagnao econmica,aumentando cada vez mais na dcada de 70 para 80, aps uma explosoeconmica nas dcadas de 30/40, principalmente na reconstruo do ps-Segunda Guerra.

    Somadas essas questes derrota tcnico-cientfica do bloco socialista em

    relao ao ocidente capitalista, verifica-se que a terceira revoluo tecnolgicatransformou-se no fato acelerador responsvel pela desintegrao do BlocoSovitico.

    A implantao da Perestroika (reestruturao econmica) e da Glasnost(transparncia poltica) por Gorbatchov, quando indicado para Secretrio-Geral do PCUS (Partido Comunista da Unio Sovitica), consiste em propostasde mudanas lentas e graduais. Essas so uma ltima tentativa de manter aexistncia da URSS. Em nenhum momento Gorbatchov props a extino doEstado sovitico, at porque extinguir a URSS seria extinguir o seu prpriocargo com a perda imediata do poder.

    Com a abertura poltica e econmica, a primeira situao crtica quedesponta so as divergncias tnico-culturais, que resultam em movimentosunificadores e/ou separatistas na parte leste da Cortina de Ferro, isto , naEuropa Oriental ou socialista, e nas eleies nas ex-repblicas da URSS, quecomeam a romper com o poder centralizador de Moscou.

    A fase de mudanas rpidas (Dcada de 80)

    Enquanto esteve no poder, Gorbatchov ficou sob fogo cruzadointernamente, pois, quando avanava nas reformas, contrariava os interessesdo PCUS (militares, burocratas, KGB, etc.) e desagradava aos presidentes e

    parlamentares eleitos nas 15 repblicas, sob o comando de Bris Yeltsin,presidente da Rssia, a principal repblica. Externamente, o mundo capitalistaocidental, principalmente o Grupo dos 7 (G-7) pases mais poderosos domundo, fazia suas jogadas para desintegrar a URSS, bloqueando a ajudaeconmica e tecnolgica.

    Era uma situao em que todo mundo percebia a fragilidade. Em agosto de1991, os oficiais militares invadem o Parlamento, prendem Gorbatchov naPennsula da Crimia e declaram um golpe de Estado. Golpe fracassado, poisa populao reage e Bris Yeltsin e seu grupo comandam esse movimento, oque leva derrota dos militares e ao retorno de Gorbatchov (de formafigurativa) ao comando da URSS.

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    Em 22 de dezembro, cercado pelos principais lderes da nova era,Gorbatchov assina documento declarando que a partir de 25 de dezembro de1991 a superpotncia, o centro do socialismo real, estava declarada extinta.

    Internacionalizao da Amaznia

    H sculos que os poderosos alegam que uma injustia a Amazniapertencer somente aos portugueses e espanhis depois, com a independnciado Brasil transferiram esta interpretao para os brasileiros. Mas, nas ltimasdcadas, este discurso vem adquirindo uma forma mais radicalizada de defesaquanto a Amaznia ser um territrio internacional, inclusive passando dodiscurso para atitudes prticas, com o objetivo de forar o Brasil a tomarmedidas concretas na rea de preservao e proteo da regio amaznica,ao mesmo tempo em que fora o governo brasileiro a facilitar ocupaes deorganizaes estrangeiras com a justificativa de estarem fazendo estudoscientficos e estratgicos por representantes dos pases desenvolvidos nesta

    regio.Desde o sculo XVIII os ingleses faziam esse tipo de discurso. No sculo

    XIX, os norte-americanos j pensavam na necessidade de provocar divises,criando vrios pases no lugar do Brasil. Algumas notcias e discursos deautoridades internacionais, como os da ltima campanha presidencial nos EUA,onde o candidato republicano e o candidato democrata defenderam o perdode parte da dvida externa dos pases pobres, em troca de reas de florestastropicais, a transformao do pantanal e parte do cerrado em estao biosferapatrimnio natural da humanidade pela Unesco, os mapas nas escolas dosEUA, onde a Amaznia Legal apresentada como territrio internacional, etc.

    Por trs desta realidade aparece a pergunta: o que existe de to importantena Amaznia? uma pergunta que envolve questes ambientais, econmicase estratgicas to complexas, que fica impossvel num trabalho curto que temcomo objetivo imediato levantar tpicos de atualidades, sem pesquisas e dadosbibliogrficos. Mas possvel fazer um levantamento histrico, complementadopor dados atuais da imprensa nacional e mundial, e desenvolver os principaistpicos que justifiquem o interesse mundial pela regio.

    1) O que h na Amaznia? um grande reservatrio de gua potvel; apresenta 65% da biodiversidade tropical do planeta; um grande regulador trmico;

    a maior concentrao de biomassa.Recursos minerais reas conhecidasSerra do Navio: mangans;Serra dos Carajs: ferro, mangans, cobre, bauxita, minerais radioativos,

    metais raros, pedras preciosas, etc.;Oriximin: grande reserva de mangans;Ouro em aluvio;Cassiterita Rondnia;Reservatrio Surucucus-Roraima.

    Recursos energticos

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    Os afluentes do rio Amazonas apresentam o maior potencial hidrulico noaproveitado no Pas.

    A floresta Amaznica

    Dos 5.400.000 km2, 10% j foram retirados, portanto, a Amaznia um dos

    ltimos reservatrios de madeira no mundo.2) Quais so os principais problemas da Amaznia? a prtica da grilagem de terras; a elevada degradao ambiental: dos projetos de minerao; do mercrio nos garimpos; dos desmatamentos e queimadas. o contrabando de animais silvestres, madeira e minerais, que gera bilhes

    de dlares por ano; o narcotrfico, que utiliza a rea como rota internacional, e para produo

    e refino, principalmente da cocana; a biopirataria, em que empresas de pases ricos copiam o conhecimento

    milenar dos ndios, a partir deles sintetizam produtos e obtm bilhes dedlares em lucros;

    a influncia de estrangeiros nas populaes nativas, o que provocaaculturao, degradao e at extino de povos e culturas milenares;

    os grupos paramilitares, como as Farc, que utilizam a rea como proteoe para se abastecerem, rompendo com as fronteiras nacionais.

    Quando Descobrimos a Amaznia

    Durante sculos, o tratamento de inferno verde para a Amaznia foi muitotil para os interesses internacionais, pois o Brasil no se preocupou emocupar a regio.

    Nas dcadas de 60 para 70, o governo brasileiro criou o Projeto Radar daAmaznia (projeto Radam), que, utilizando Radares Passivos de Viso Lateral(RVLs), doados pelos EUA, conseguiu fazer um levantamento minucioso sobreas caractersticas naturais da regio, com dados hidrolgicos, geolgicos,geomorfolgicos, pedolgicos, edafolgicos, climatolgicos e fitogrficos, queespantou a sociedade, no pela grandeza das riquezas e do potencialexistentes, mas pelo desconhecimento e, principalmente, pelas informaes

    erradas que tnhamos quanto s caractersticas da regio. Desse trabalhoresultou os relatrios tcnicos, mapas, grficos, tabelas e livros, que finalmenterevelaram o elevado potencial existente na rea.

    Finalmente, o Brasil descobre a Amaznia, mas, infelizmente, o mundodescobre que descobrimos a Amaznia.

    * A estratgia mundial ento muda: preciso internacionalizar a Amaznia,antes que o Brasil a ocupe.

    Comportamento Brasileiro com a Descoberta da Amaznia

    Era necessrio ocupar, mas infelizmente a poltica quanto s formas de

    ocupao e os instrumentos a serem utilizados para isto ficaram nas mos deburocratas e polticos com interesses pessoais, provocando medidas que, ao

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    invs de auxiliarem no processo de ocupao, geraram degradaesambientais, humana e oportunismos, o que facilitou para os pases ricos e aimprensa mundial sua utilizao como crticas negativas e protestos contra ogoverno brasileiro.

    1) Dcada de 70. Projeto de infra-estrutura rodoviria, principalmente com a

    Transamaznica e a Perimetral Norte. Atividade de garimpo. Criao da Suframa Superintendncia da Zona Franca de Manaus.

    2) Dcada de 80. Grandes projetos de minerao, como Carajs eOriximin-Trombetas, resultou na construo de ferrovia, na hidreltrica deTucuru e na instalao de metalrgicas em Belm e So Lus.

    Fronteira agrcola com elevado investimento do Estado, a atrao deempresas do Centro-Sul provocou intenso desmatamento e queimadas,em meio ao desconhecimento sobre a realidade natural da regio.

    Elaborao pela rea militar do projeto Calha Norte, com viso

    estratgica, quanto ocupao do extremo norte da regio.3) Dcada de 90. Intensa presso mundial. Criao de reservas indgenas,

    extrativistas, ecolgicas, corredores ecolgicos, etc. Hoje, 40% do territrio daAmaznia sofre algum tipo de proteo ambiental.

    Exemplo: o incndio em Roraima.4) Dcada de 70. Projeto JariCriao e implantao do Projeto Sivam/Sipam.O projeto Sivam Sistema de Vigilncia da Amaznia foi vencido em

    concorrncia internacional por uma empresa francesa, mas a presso dos EUAfoi to significativa que o governo brasileiro acabou cedendo o direito deimplantao para a Ratheon, uma empresa norte-americana. Esta situaochegou a provocar um atrito diplomtico entre os governos do Brasil e daFrana.

    O projeto Sivam encontra-se implantado e a cada 15 dias elaborado umnovo mapa da Amaznia.

    A questo que deve ser discutida no propriamente o projeto Sivam massim, quanto s necessidades de o Brasil ter as informaes do que estavaocorrendo na Amaznia. Vendo a situao desta forma bvio que noprecisava ser o projeto Sivam, mas alguma coisa o governo brasileiro precisava

    fazer, pois no tnhamos conhecimento sobre o que ocorria de ilegal ou nonesta regio. Portanto, a questo que deve ser debatida a forma deimplantao do projeto e no a sua necessidade.

    Base de lanamento de foguetes de Alcntara no MaranhoA regio de Alcntara no Estado do Maranho apresenta uma das melhores

    condies tcnicas para a implantao de plataformas de lanamentos defoguetes, devido posio latitudinal (2 sul do Equador), luminosidade,estrutura geolgica, ventos, etc. que reduzem de forma significativa os gastosde combustveis e a possibilidade de falhas que podem resultar em milhes de

    dlares de prejuzo e tempo perdido em desenvolvimento de tecnologia epreparao do corpo tcnico.

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