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Anno VIII Rio de Janeiro, Quarta-feira, 24 de Dezembro de ^1913 N. 429 "'""'" '¦'" '"¦ S_«—————————————————————————————.iii.....) ... —-—— ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTES O NATAL DOS POBRESINHOS üt feMft m\\\Wi * _. I? JK^SmH Í__i r^í**\W B |f#"M l wAsÈÊM _____>^3 ~?r—T^sJ^^^H I I Eram trez creancinhas, muito pequenas ainda e muito pobres; moravam em um casebre miserável em paiz onde o frio crue! tinha neve, que os enregelava. Esses pequeninos não tinham mãi; a pobre mulher fal- lecera, havia um anno, exactamente por occasião do Natal. Estava no céu—diziam as creanças—mais feliz do que nós. E os pequeninos, no quarto tão pobrt, estendiam a mão para o fogareiro que seu pai accendera e deixara antes de ir para á rua, para as tavernas onde passava a noite com amigos, jogando e bebendo. Antes de sahir, o homem, que não era máu, porém vivia perturbado pela bebida, recommendára ás creanças que se eitassem immediatamente. E promettera-lhes que, se elles tivessem muito juizo e ficassem bem quietinhos. leval-os-hia para passeiar no dia seguinte. Mas aquella era noite de Natal, noite em que todas as creanças esperam Papá Noel : Seria possível que Papá Noel os esquecesse ? A mais velha das creanças tinha sete annos—era uma me- nina magra e pallida. que parecia muito doente ou abatida pela miséria Seus irmãos menores, dous pequeninos de cinco e quatro annos ouviam attentamente suas palavras. Esperem—dizia ella—Papá Noel não pôde tardar. No anno passado naturalmente elle não veiu porque nós estava- mos tão tristes, que não nos lembrámos de chamal-o. Mas hoje vamos ficar todos trez á sua espera. Elle ha de se lem- brar de nós. E ficaram muito sérios, cabeceando de scmno, mas re- solvidos a não dormir. Passou-se um longo momento. O fogo ia morrendo pouco a pouco, e o frio fazia-se sentir mais dolorosamente. Por fim, os pequeninos iam fechando os olhos quando um accesso de tosse da irmã mais velha os despertou : Corro elle está demorando !—mrrmurou o menor. (Continua na pagina 4) jt ^Jp^têr^ ¦ &|_ M M" í- 1 -^ l\\ \_v '¦' -"f\ "t\ Xffi W/i l\AWM REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: RUA DO OUVIDOR 164 RIO DE JANEIRO Publicarão dO 11 II.HOlimne-r© avulso SOO réis; atracado. .->O0 i*éU

O NATAL DOS POBRESINHOSmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1913_00429.pdfNoel esta ja muito velho; nao terá forças do com a dos outros annos. Lernbras-te 5 Lernbras-te 5 A avosmia,

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Anno VIII Rio de Janeiro, Quarta-feira, 24 de Dezembro de ^1913 N. 429"'"" '" '¦' " '"¦ S_«—————————————————————————————.iii.....) ... —-——

ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTES

O NATAL DOS POBRESINHOS

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l wAsÈÊM

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~?r—T^sJ^^^H I I

Eram trez creancinhas, muito pequenas ainda e muitopobres; moravam em um casebre miserável em paiz onde ofrio crue! tinha neve, que os enregelava.

Esses pequeninos não tinham mãi; a pobre mulher fal-lecera, havia já um anno, exactamente por occasião do Natal.— Estava no céu—diziam as creanças—mais feliz do que nós.

E os pequeninos, no quarto tão pobrt, estendiam a mãopara o fogareiro que seu pai accendera e deixara antes de irpara á rua, para as tavernas onde passava a noite com amigos,jogando e bebendo.

Antes de sahir, o homem, que não era máu, porém viviaperturbado pela bebida, recommendára ás creanças que se

eitassem immediatamente. E promettera-lhes que, se ellestivessem muito juizo e ficassem bem quietinhos. leval-os-hiapara passeiar no dia seguinte.

Mas aquella era noite de Natal, noite em que todas ascreanças esperam Papá Noel : Seria possível que Papá Noelos esquecesse ?

A mais velha das creanças tinha sete annos—era uma me-nina magra e pallida. que parecia muito doente ou abatidapela miséria

Seus irmãos menores, dous pequeninos de cinco e quatroannos ouviam attentamente suas palavras.

— Esperem—dizia ella—Papá Noel não pôde tardar. Noanno passado naturalmente elle não veiu porque nós estava-mos tão tristes, que não nos lembrámos de chamal-o. Mas hojevamos ficar todos trez á sua espera. Elle ha de se lem-brar de nós.

E ficaram muito sérios, cabeceando de scmno, mas re-solvidos a não dormir.

Passou-se um longo momento. O fogo ia morrendo poucoa pouco, e o frio fazia-se sentir mais dolorosamente.

Por fim, os pequeninos iam já fechando os olhos quandoum accesso de tosse da irmã mais velha os despertou :

— Corro elle está demorando !—mrrmurou o menor.

(Continua na pagina 4)

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REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: RUA DO OUVIDOR 164 — RIO DE JANEIROPublicarão dO 11 II.HO limne-r© avulso SOO réis; atracado. .->O0 i*éU

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O PRÊMIO DA INGRATIDÃO-Por A. Rocha O TICO-TICO¦I ¦¦¦;; .. ¦.'¦' ¦"" ''

io era um caçador destemido. Ia para 2) Uma veZ anTando a caçar viu um par dematto, evava a espingarda, a merenda e seu ínsepa- orelhas- PegaTopyl-exclamou elle. Topy, des-"" 7V confiado, encolheu-se todo.ravel Topy-

—-T" ~~ ' ~ VNHííVtT" .

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icio desafinou com a des©bediencia do cão 4)... em seguida fez pontaria para as taes orelhase sem mais demoS applicoulhe umas varadas, e... e*. fogo. Topy, ficou horrorizado, com a loucura dee, a^i" ixi«*s> rr Terencio.

¦watl i- ,v || |i li | || || li ti ij y

/*y C_^XJ -w *V/'* y*tov *___i_i*P^^^^^ _———^JL- _ _,, ^> ^fc ^ - ¦ i M» ¦ i i iBjpi ¦¦ ^f*-»!*!*^^

______—,— i i

me elle havia atirado nas orelhas 6) Resultado : foi preso, e perdeu a espingarda:do birro dòSarJa da Inspeciona de Maltas, alei- mas o pobre Topy apezar dos maus tratos, fez-lhe

iandcA pobre animal. companhia, na porta do xadrez

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O TICO-TICO

EXPEDIENTE

6$000

ii$000

Condições da assignatura:interior :

I anno... 11$000— 6 mezesexterior:

i anno .. 20$000 — 6 mezes'Numero avulso, 200 réis.

Numero atrazado, 500 réisAs assignaturas começam em qual-

quer tempo, mas (cruiiiiani em »Iu-iilio e Dezembro de cada anno. Hãoserão acceitas por menos de seis me-«cs.

encanto especial e inconfundi-vel.

E o symbolo da arvore, a ar-vare santa e illuminada e fio-rida, com os brinquedos e én-feites, e a legenda dos sapati-nhos, de papa Noel, com seugrande sacco cheio de brinque-dos ?...

E a ceia, em que as gulodices

J&fafalj«*>

Dia do Natal! inicio das fes-tas lindas, que commemoram oNascimento de Jesus, o princi-pio do anno e a ingênua adora-ção dos reis magos — quinzenaencantadora^que passa entre foi-guedos tradicionaes, com umdoce perfume de tradições fa-miliares. recordações cheias deternura...

Mas de todas as festas do fimdo annoedecommemoração doanno que começa, a mais bella,a melhor, a que mais nos faliaao coração é o Natal, com umcortejo de cerimonias graciosase commoventes.

Demais, Natal é a festa dascreanças: commemora o Nasci-mento do menino Deus e é, porisso,dedicada especialmente aospequeninos. Basta essa circum-stancia, para que esse dia tenha

infelizes, da resignação deantedos soffrímentos, a philosophiachamada christã e que transfor-mou o mundo, permittindo áhumanidade tornar-se muitomelhor.

E' claro que ainda ha muitamaldade, mas isso acontece por-que os homens se mostramcegos e surdos aos ensinamen-

Pedimos aos nossos assignantescujas assignaturas terminam em 31de Dezembro mandarem reformai aspara que não haja interrupção e nãofiquem com suas collecções incom-pletas.

¦¦«»-

A importância das assignaturas de-ve ser remettiaa em carta registrada,ou em vale postal, para a rna do Ou-vidor lti-1.—A Sociedade AnonymaO Malho.

EDIÇÃO i 32 PAGINAS-"•St*-

£cha-se a venda o

ALMANACH DO TICO-TICOPreço 3$000—Pelo correio 3$500

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%è, 4»aL -<' '

i'JH»9

zL. i isfi |

A legenda do Nata.

variam conforme os gostos:castanhas, nozes, passas, a can-gica, pastilhas de chocolate, ra-Sanadas, doce de leite...

Perante a religião é o Natal amaior, a mais importante dasfestas—marca o dia em que nas-ceu Christo, o homem-Deus, ocreador da philosophia da hu-mildade, da caridade, do perdãodas offensas, da piedade Delos

tos de Jesus. Se a doutrinachristã fosse respeitada porto-dos, rigorosamente, o mundoseria um paraizo.Hoje, que é a véspera do Na-tal, a festa das creancas.o Tico-lico apresenta saudações deboas lestas aos muitos milha-res de leitores que em todo oBrazil e no estrangeiro o disnn-gue com sua amisade.

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O TICO-TICO 4

ASULINAOfferecida á senhorita

Maria Isabel Peres(MAZURKA) Pela menina

Jurema Braga dos Santos

j fllfi Iff~J|TT |rTT©T|íTf|TÍT^^Tlf^lrn^Tihnkff|.,fflr|

A

O JtfUjU P05 PC0.;E3IH/1O5

(Continuação da l* pagina),E se elle nao vier?—repetiu a menor

das creancir.has.Ha de vir—disse a irmã mais velha,

com a esperança de que elle adormecesseembalado por sua promessa.

Mas os dous meninos.na ancíedade deverPapá Koel tinham perdido o somno e foiella que adormeceu, extenuada pelo tra-balho de todo o dia.

Vendo que ella dormia, os dous pequeni-nos levantaram-se e um propoz ao outro:

Vamos espiar se elle já vem?Vamos.

Abriram a porta.A rua deserta e gelada não os assustou.

Olharam para um lado, para outro e vi-ram lá ao longe, uma luz. Ouviram tambémo rumor de sinos, viram no céu, para olado do mar, uns foguetes.

Instinctivamente, anciosos por esse aspe-cto de festa, adiantaram-se pela rua. Onr.iis velho, amparando os passos, ainda

lantcs do menor.Foram seguindo, mas, ao voltar uma es-

ç-.'.!na, um gato que atravessava a rua,correndo, causou-lhes susto e despertou opiedo. E os dous começaram a chorar, de

estarem alli tão sósinhos, na rua deserta es-cura. De repente, viram um vulto.que vinhapela calçada. De cartola e sobretudo mo-demo... Mas aquellas barbas brancas,aquelle rosto córado, os embrulhos que tra-ria na mão... As creancínhas não tiveramduvida e, cessando de chorar, corream aoencontro do transeunte, com uma exclama-ção de alegria:

Papá NoeltO velho deteve-se, interrogou as crean-

ças; não comprehendeu bem suas explica-ções, mas, emocionado por vel-as tão malvestidas, com as mãosinhas roxas de frio,perdidas na rua, acompanhou-as.

Entrando com ellas no quarto em quesua irmã dormia ficou horrorisado, comaquelle quadro de miséria e tristeza, nanoite de Natal.

A menina, despertando sobresaltada, coma vozeria dos irmãosinhos teve as mesmaspalavras de espanto:

Papá NoeltNão. O velho piedoso e bom, que acom-

panhára as creancinhas.não era Papá Noel,mas era um negociante muito rico e cari-doso, que tinha filhos e netos, gostavamuito de creanças e naquella mesma noitetomou conta dos pequeninos abandonados,fazendo-os passar um bom Natal e encar-regando-se de sua educação.

ÁLBUM D«0 TICO-TICO'

mWaaaaM\\^ammmmm\Wtmm\

l robusta Odalca Silva, com i anno deedade, dilecta filhinha do Sr. João Silva,residente nesta capital.

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B O TICO-TICO

y^^^S^^^ HISTORIAS B LEGENDAS ^^^x^T^N*.

JLQ SURPRESAS DO UJLTJLI^Personagens: —0 VIAJANTE, A AVÓSINHA, A pequena ALINA (8 annos), UM MENINO (pnpei mudo)

— ACTO PÉIMEIRO ->-INTERIOR DE UMA POBRE CHOUPANA

SCENA I'A avósinha e a pequena Auna

Alina—Prompto, vovó; já acabei deplantar neste caixote o pequenino pinheiroque apanhei na floresta. Este anno vamoster uma linda arvore de Natal,

m*_r&***r*M-0il*i m0v**i**r **——* ¦ t ^__~^^!*?_l5?~mnm' "Srf!^

jS-il^ J *~ 5H> "**'**'mmm"'m '"M^" i **m —m ¦ ¦ ¦ » ¦.

'A avó e a netinha. Triste dia de Natal

esperar por elle. Nos outros annos, nós da cinza quente; um pão doce que fiz em-morávamos em outra casa, bem no meio da quanto andavas á procura da arvore ealdeia. Agora estamos... tão longe, pôde mais uns figos seccos, que a vizinha 'me

ser que não nos veja. jjeu>Alina—Elle vê tudo, vovó. Auna, contente—Mas, vovó, isso já éA avósinha—Mas nao terá tempo tal- bastante para nossa ceiavez para vir tao longe I Demais, Papá A avósinha—Mas muito pouco compar-Noel esta ja muito velho; nao terá forças do com a dos outros annos. Lernbras-te 5

A avosmia, tristemente—Porque has de para subir ate nossa casinha; o caminho é Teu papai matava a leitoa e o peru' ma,sser assim teimosa, Alma? A arvore esta ahi, montanhoso. çordo para esse diamas isso que adianta ? Falta-nos o di- Alina—Ora vovó, a senhora bem sabe AuNA-Se me lembro, fazia-se um lindorineiro para comprar brinquedos para en- que Papa Noel anda num tr«á puxado por puding; vovó recheiava o peru'feital-a, lanternas para illuminal-a- veados com azas, que correm pelos ares. A avósinha—E a tua mãi fazia aquellcssaborosos doces.

Altna—Sim, nós guardávamos dous pra-tos de doces e eu levava os outros para ospobres.

A avósinha—Quem diria.que nós, de re-pente, iamos ficar sós no mundo, pobresentre os mais pobres 1

_ ALiNA,a6rofa«í/o-a—Minha querida avô-sinha; não seremos sempre pobres. Voupedir auxilio a Papá Noel e ao meninoJesus agora mesmo, durante t missa. De-pois, quando eu ficar moça, a senhora po-dera descansar, eu trabalharei Mas. es-cute, vovó... ha alguém caminhando peiaestrada... muito de \agar... ouça...

. • t> <¦• .... parou... chega á nossa porta... estA ba-Alina, amuada—Emquanto nos_ formos Em fim, vovó, nao ha razão para que elle tendo, (corre para abrir)& missa do Gallo, Papá Noel virá visitar não venha este anno como de costume. A avósinha—Quem é ?nossa casa, e saberá enfeitar a nossa ar- A avósinha, muito triste—Minha neti-vore com as fitas e as lanternas, que não nha, de um anno para cá, temos sido tãolhe faltam. , infelizes...

A avósinha, suspirando—12, se Papá Alina, interrompendo—-Mas é justa-Noel não vier . , mente por isso, vovó, que eu espero uma

Alina—Porque suppõe que não virá, compensação da parte de papá Noel, que évovó? Ainda hoje a senhora disse á nossa tão bom.vizinha, que depois da grande desgraça,d'aquelle desastre na montanha em quepapai e mamai morreram, eu me torneia mais séria e mais ajuizada das meninas.Ora, se papá Noel sempre veiu nos outrosannos em que eu não tisilsn tanto juizo,porque razão deixará de vir hoje ?

A avósinha—Sim, mas tu estás crês-cendo muito e o papá Noel só se importacom as creanças pequeninas.

Auna—Ora, qual 1 No Natal passadoelle visitou minha amiga Adell-\ que játinha mais de onze annos, quasi doze, e eusó tenho oito.

A avósinha—Sim, mas quem sabe IPapá Noel pôde e^uecer-se de ti.

Alina, muito seria—Hão é possível. Pa-pai e mamai, qr.e estão no céu, haviam delhe lembrar -intes d'elle partir.

(A avó enxuga uma lagryma).Alina, abraçando-a—Não chore, v o

A avósinha—Quem é

SCENA II

As mesmas e um viajante

Uma vos de cansaço atras da porta—Umviajante... perdido... cansado... pedi ueT| ii.ii a ii -—

: -»yrir^IÉ^-^^ifpjA avósinha e o viajante

A avósinha—Pois eu fallo-te assim para lhe indiquem o caminho uffl pouco deevitar que tenhas decepção se, por acaso... fogo para se aquecer e uni cantinho para

Alina—Pois veremos. Mas espere vovó. descansar um instanteEste anno, a senhora não faz ceia do Na- Alina—Posso abfiri vovó'?tal? . . O viajante—Trago comroigo um meni-

A avósinha—Sim, minha netinha, uma no muito pequenino ainda. E' para elle queA senhora assim faz-me ficar triste. Olhe pequenina ceia para Quando voltarmos, peço agazalho. Abram por favor !e ta noite eu estou contente. Papá Noel da missa do Gallo. Um pouco de lei- A avósinha—Abre Alma. . .ha de v c°n«nre.

rau ^ ^_ pQuco ^ ca{(!) a,gumas casta_ (^.^ ^ ^ ^^ Q ^'

A avúíÍniia, hesitando-0 melhor é não nhas que se estão assando em baixo Sstá bem vestido mas muit< P

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O TICO-TICO 6

cansado. Em baixo da capa traz uma crean-ca de menos de um anno).

O viAjANTE,/iVa»íío o chapéu—Obrigado,minha senhora. (A avósinha offerece-lheuma cadeira, o viajante deixa-se cahir nellae repente) : Obrigado. {Atirando para traza capa, descobre a creança, tranzida defrio).

Alina—Oh! que bonitinho I(O menino com o calor do fogo, anima-

se, abre os olhos e sorri).Alina—Como é bonita esta creança !

Oh! vovó, vou lhe dar o leite, que estavaguardado para mim.

A avósinha—Pois sim, Alina. Estavafervendo ainda ha pouco; agora deve estarmorno.

Alina—E também um pouco de pãodoce, não acha ?

A avósinha—O que quizeres. (A avó-sinha corta o pão doce, emquanto Alinadespeja o leite em uma chicara e põe nellauma porção de assucar).

Alina, ao viajante—O senhor parecemuito cansado, deixe-me a creança no meucollo, eu não a deixarei cahir.

O viajante—Como és bôa, minha meni-na, que eDus te abençoe 1

A avósinha, trazendo café, assucar euma fatia de pão—Tome este café, meusenhor; fil-o agora mesmo, está bemquente, ha de lhe fazer bem.

O viajante—Obrigado, por tanta bonda-de com um desconhecido.

A avósinha—Muito mais e melhor qui-zera lhe offerecer, mas nós não somosricas. Noutros tempos, quando os paisd'esta menina ainda viviam, tínhamos porcostume offerecer larga hospitalidade aosviajantes, que se perdiam nestas paragens.

(Ouve-se repicar os sinos),Alina—Vovó. é o primeiro signal da

missa.A avósinha—Então vamos Alina, a

egreja é tão longe !...O viajante, erguendo-se e tomando a

creança dos braços de Alina)—Não queroatrazal-a, minha senhora, vou me retirar.

A avósinha—Porque ? Ainda agora éque chegou. O senhor ainda não descansou.Sente-se (o viajante senta-se e a avósinhapõe mais lenha no fogão) chegue-se maispara o fogo. Tome mais café, mais pão.(Põe castanhas na cinza) Aqui tem cas-tanhas. Se quizer pôde deitar a creançaaqui na cama de minha netinha. Deixe-adormir um pouco.

O viajante—Pois consente que eu fiquesósinho em sua casa... emquanto vai amissa.

A avósinha—Porque não ? Além d'isso,os ricos é que têm medo dos malfeitores.Demais, o senhor com certeza, não é ummalfeitor; se o fosse não andaria com umacreança.

O viajante—E nem me pergunta quemeu sou ?

A avósinha—Não tenho o habito deexigir o nome de quem me pede agazalho.Veste a capa Alina

O viajante—Está bem, minha senhora,Ficarei ainda um pouco aqui, porque estoumuito cansado, mas, provavelmente, quan-do voltar a senhora já não me encontraráaqui; tenho que seguir viagem.-Falta aindamuito para chegar á cidadj i

A avósinha—Pouco, talvez uma hora decaminho.

O viajante—Qual é o mais curto ?A avósinha—E' subir até o cimo do

morro, depois descer pela direita.O viajante—Muito obrigado, minha se-

nhora.A avósinha—Alina, estas prompta?Âuina. trazendo um Par de sapatinhos—

Sim, vovó, mas vou deixar meus sapatosvelhos aqui perto do fogão. Deixe os seustambém vovó.

O viajante—Diga menina, que desejaque Papá Noel ponha em seus sapatinhos ?

Alina, com enthusiasmo—Um brinque-do só, mas bem bonito: uma boneca se-melhante áquella que eu vi na ultima vezem que estive na cidade... era grande...tinha lindos olhos azues, cabellos pretosmuito crespos... dizia: papai, mamai... ecaminhava, quando a seguravam por baixodos braços, depois de lhe dar corda: Umaboneca que falia, caminha, é quasi umaboneca viva.

O viajante—E nos sapatos da suavovó ?

Alina—Queria que o Papá Noel puzesseum pouco de dinheiro para que a minhapobre avósinha passe tranquillamente o

A avósinha—Uma carta?Alina, abrindo nervosamente a carta—

Sim, uma carta. Oh! leia, vóvólA avósinha—Que é? Lê, depressa.Alina, lendo—"Os anjos nem sempre

são bonitos, nem têm grandes azas; ás ve-zes, um simples homem tem a felicidadede poder substituir Papá Noel, para serútil aos que merecem auxilio... Isso poucoimporta, uma vez que Papá Noel realizeos desejos de quem recorre a elle. Alina,tu desejavas uma bella boneca: deixei-te amais linda que conheço.

A avósinha—Meu Deus !Alina, continuando a ler, enihusiasma-

da—"Como a boneca dos teus sonhos, ellatem os olhos azues; seus cabellos são pre-tos; quando estiverem crescidos, tu os fri-saras a teu gosto. A boneca que pediste só

Vou agradecer a Papá Noel etsa linda boneca viva

resto do inverno, possa comprar um ves-tido grosso e sapatos novos. Eu não pre-ciso tanto d'isso, porém ella sim.

A avósinna, enternecida—Cala-te, Ali-na, (ao viajante) Até á vista, meu senhore coragem.

O viajante—Ainda uma vez agradeçodo fundo do meu coração.

A avósinha—Vamos, Alina.Alina—Espera vovó (beija ternameníe

a creança, que adormeceu sobre os joelhosdo viajante) Que linda que é 1 Comodorme! (Corre a alcançar a avó na porta).

A avósinha—Estás vendo ! Está ca-hindo neve. Com esse tempo, Papa Noelnão poderá vir a nossa casa.

Alina, com confiança—Porque não ?Apezar do tempo, nós não deixaremos deir á egreja.

A avósinha—E se elle não vier mesmo?Alina—Se elle não vier mesmo ? Então

mandará um bello anjinho com azasgrandes,

ACTO SEGUIIDOO mesmo scenario do i- acto, mas tudo na

escuridão. -Ouve-se o ranger de umachave na fechadura.

Alina, com aecepção e tristeza—Ora,vovó; o Papá Noel não accendeu as lan-ternas de nossa arvore I

A avósinha—E' mesmo !Alina, muito triste—Nem enfeitou a

arvore.A avósinha—Risca um phosphoro e

accendeu a lamparina. (A scena se Mu-m ina ).

Alina, com um grito de desapontamen-to —Vovó, elle não deixou boneca nosmeu ssapatos ! (Chorando) Nada, nada !

A avósinha, com lagrymas nos olhos—Alina, minha pobre Aünal (Estende-lhe osbraços. Alina vai se atirar nelles. Mas asduas ficam, de repente, admiradas. Ouvi-ram um choro de creança; voltam-se evêem a creança do viajante deitada nacama). Que quer dizer isto, Meu Deus ?

Alina—O viajante se retirou! (Olhapara todos os lados. De repente, vê umacousa;ella corre aos sapatos e grita) Vovquma carta dentro dos meus sapatos.

podia dizer duas palavras; esta dirá muitasbellas palavras. Se a segurares pelos bra-ços, ella caminhará, sem que seja precisodar-lhe corda; depois andará sósinha.Peço-te que a estimes e trates bem d'ella,que fa-ças d'ella uma menina bôa como tu, masnão esqueças de que um dia voltarei parasaber o que fizeste d"este bello presente."

A avósinha—Deus do céu!Alina, admirada—Vovó, não está con-

tente? (Numa explosão de alegria) Enestou doida de alegria. (Voltando á primi-tiva idéia) Não, a senhora não me parece'contente. Olhe, aqui ha tambem.uma cartapara a senhora e muito grande, , olhecomo o enveloppe está cheio. Que haveráaqui dentro ?

A avósinha, abre o enveloppe com mãostremidas, deixando cahir um embrulho denotas de dinheiro—Oh !!! (Abre a carta elê) "E' preciso que o segundo desejo dasua netinha seja também satisfeito. Aquilhe deixo algum dinheiro para que a se-nhora possa viver socegada e cuidar demeü filho. Sou viuvo, minha profissão obri-ga-nie a viajar muito, mas estou certo deque, nesta casa meu filho será muito bemtratado. Quero que de hoje em diante to-dos vivam aqui confortavelmente, porque,minha boa senhora, não serão mais pobres.Eu me encarrego de lhes agarantir a abas-tança.

Alina—Está chorando, vovó... não estáentão contente?

A avósinha—Sim, Alina, mas a surpre-za... isto é, tão extraordinário!... Então,aquelle homem.

Alina—Era um anjo, vovó, um anjo.A avósinha, sorrindo e mostrando o

menino sobre a cama—E aqui está outroque nos foi confiado.

{Alina corre para a cama, toma a crean-ça nos braços com muito cuidado e cobre-a de beijos).

Alina—Minha linda binequinha I (vaiPosital-a nos joelhos \la avísinha) Queroagora agradecer a Pajjú Noe'i a linda bo-neca viva, e a senhom, agradeci» tambémo dinheiro que lhe mandou.

Luiz Valdo?

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O TICO-TICO

¦te?Bi1 '¦ I! v «f ¦ ¦¦.¦mfí{míMlk^iaÊaEFKÈSÊátáv1''", iiirV c\'.'t) • -VAlH-ssí^r^^sSZíiiisgstai[;.,l h|l;|üi-!«VÈN# :v,RÍaPE_S=^s^r^a

João Frederico de Almeida—Em nadaros offende, faça de novo a pergunta, por-que não recebemos sua carta.

Arnaldo de Souza—Não recebemos.Raul Toledo Galvão e Ilza Dessanne—

De facto, a nota não está certa, mas vê-selogoi que não pôde deixar de ser mi. Eé interessante; justamente esse tem sidoconcorridissimo.

Antônio Rios Dias—Quem lhe ensinou aser tão malcreado?

Aracy Lisboa de Meirelles — Sahirábreve.

Nadyr Martins Cardoso—Quanto aoprimeiro pedido, satisfazemos com muitoprazer. Agora, quanto ao segundo, só como Dr. Sabetudo, que pôde informar minu-ciosamente.

Júlio Mario de Valois Ferreira—Já en-viamos gratuitamente.

João Lopes de Lima Barros—Vamosprovidenciar.

Antonia Alves—Está claro que sim; in-dependentemente de ser assignante, qual-quer retrato será publicado e devolvido.

Armando Arruda—Ora, esta? pois seestá tão claro na pagina 25!...

João Leal de Meirelles Júnior—Vamosprovidenciar sobre seus trabalhos. O Al-tnanach, sahiu, no, dia 18, e está magni-fico.

José Corrêa Villela e Franklin Mafra—Recebemos seus trabalhos.

Maria Antonietta A. de Freitas—Porfalta absoluta de espaço. Mande-nos ou-tros.

Ubaldino Monteiro de Souza—O con-curso F encerra-se no dia 5 de Janeiropróximo e a solução do mesmo consisteem fazer chorar a Faustina quando ella ri.

Antônio Carlos Castro e Silva—Gratospor suas felicitações. Está consideradonosso collaborador, continue a nos enviartrabalhos seus. Seu acrostico vae ser exa-minado.

Mario de Sant'Anna—O preço do Al-manach é de 3$500 pelo correio. A histo-rio de Ma.x Muller, não vem nelle. Sóagora sabemos que o nosso amiguinhotransferiu sua residência e muito agrade-cemos amável communicação. Extravioé raro quanto á demora do correio é com-mum.

José F. Paulo—Pôde, se estiverem emcondições, serão publicados.

Oscar de Souza Lima—O único culpado.foi, sem duvida, nosso caro leitor, poissempre avisamos: "Qualquer traducção.«leve trazer á margem a nota traducção.*'Por esta vez, ainda vem a tempo a com-municação.

Altino Soares e Nair Branca da SilvaGuimarães—O motivo é simples. Não ter-mos recebido seus concursos, porque, nãolia motivo algum para que deixemos deincluir seu nome na lista dos solucionis-tas

Recebemos e vão ser examinados seguin-tes trabalhos;

fLVE|SLTTJf*HS ÜE TJrVIfl riOITE ÜE flflTALt

»<t±í:1) Era no tempo dos reis absolu-

tos, ha mais de trez séculos. Emuma véspera de Natal, dous ladrõesvendo na rua um fidalgo, que vol-tava para casa com seu criado car-regando bellas provisões para suaceia...

2) ...trataram de seintroduzir no pateo dacasa, aproveitando a ho-ra em que todos tinhamido á missa do Natal, euma vez no pateo, subi-ram até o telhado dacasa.

3) No telhauo, umdos ladrões ajudou ooutro a descer pelachaminé com o auxi-lio de uma corda. Des-cendo por ahi, o pri-meiro ladrão chegou...

4) ...á cozinha da ca-sa e foi logo passando aunha em todas as cousasboas que o fidalgo com-prára para a ceia do Na-tal, metteu-as num cestoe subiu pela chaminé.

5) Mas um vizinho ouvi-ra rumor, chegara á janellae vendo um homem no te-lhado da casa do fidalgo, co-meçou a gritar:—Soccorro 1Ladrões !

6) Os ladrões trataramde fugir correndo pelos te-lhados de outras casas,mas receiando que osapanhassem com o roubo,o primeiro despejou ocesto_ com tudo, quantoroubára.em outra chaminé.

7) Ora, essa chaminé era de outra casaonde vivia uma familia tão pobre, quenão tivera cousa alguma para comer nessedia. As creanças até estavam chorando porisso.. .

8) ...quando, de repente, começarama cahir pela chaminé, lingüiças, frangosassados, doces, uma ceia farta e com-pleta.

9) Imaginem a alegria com que 10) Mas o fidalgo voltando da mi-sa do Galloaquella pobre gente começou com toda a familia, teve a desagradava «urprezaceiar E as creanças diziam:— de ver, que sua bella ceia havia desarparecido: FBemdito seja Papa Noel, que elle que trazia vários convidados !.mandou tudo isso para nós.

(Continua na pagina seguinte)

Composições, contos e descripções :—"Parabéns ao Tico-Tico", por AngenorDagne; "Versos ao Tico-Tico", de IláraGarcia; "Ambição e insensatez", por J.M. G«imarães; "Ninguém pôde escapar aseu destino" e "Manhã de primavera",pof José Corrêa Villela; "A noite" e"Desobediência de um filho", por Fran-klin Corrêa Mafra; "Se o Tico-Tico nun-ca acabar", de Eueenio Lac«rda; "A moe-

da de ouro", por Hugo Helmala; "A in-gratidão", de Benedicta da Silva; "Inno-cencia e felicidade", por Rivadavia Bar-bosa Vargas; "Verdadeira polidez" e"Verdade e mentira", (trad.) de Fabtode Castro Carvalho; e "A desobediente ,por Odette Carvalho Fonseca.

Acrosticos E anecdotas cê :—:ManuelPires Cardoso, Eurico Figueiredo, ErnestoAmadei, Maria de Segadas .Vianna. An-

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O TICO-TICO 8

RVErlTÜ^HS DE VMR rlOITE ÜE fU-TAIi(CONCLUSÃO)

li) Tiveram que sentar á mesa 12) Por isso, no dia 13) ...quando umaassim mesmo e ceiar só chá com seguinte, logo pela ma-criada do fidalgo conver-pão e vinho. O fidalgo estava fu- nhã, foi procurar o chefe versando na rua comrioso e envergonhado diante de de policia e deu queixa uma amiga soube que aseus convidados. do roubo de que fora vi- gente mais pobre d a-

ctima. Mas a policia não quella rua tivera umasabia como descobrir os bella ceia, que lhe cahiraladrões... do céu.

'ií**

14) Foi logo contar o que 15) E, por mais que os pobres negassem e ju-ouvira a seu patrão c este foi rassem, que tudo apparecera cahindo do ceu. ocontar tudo ao chefe de poli- chefe de policia não acreditou...cia' que, irnmediatamente, man-dou prender a pobre familia.

Monteiro de Souza, José Augusto de Oli-veira, Decio de Souza Leite e Jorge deCarvalho.

Desenhos bé:—Armando A. Sampaio,Alfredo Lander, Philippina, Mozart Gamo,Yolanda Oliveira, Olga Perdigão, MariaJosé Costa, José Arnaldo de Souza, SyllaBandeira, Antonio Ferreira Pok-Poket,João A. K. Duarte Moreira, João Frede-rico de Almeida Junior, J. Barcellos, A.Coineonça, A. Guenaga Santos, M. F., Her-cilio Torres, Victorio Ficcini, Oscar F.,Armando de Avellar Pires, A. A. P., CiccroCaldeira, Hélio A. R. Silva, Maria JoséPentagna, Laura Assumpção, FranklinCorrêa Mafra, José Corrêa Villela, Fran-cisco Moraes Costa, Ubaldino Souza, Gen-til Marcondes de Moura, Edegardo Moss,Astrogildo Cezar de Oliveira, SilvinoRamos, Aroldo Villela, Renato Villela,Edgard Villela, A. Worms, Marcello

Worms, Francisco Gonçalves, Armênio deGóes, Durval Passos de Mello, JoãoAguiar, Lucilia Costa A., C. Campos eMaria R. de Oliveira.

Perguntas de:—Angelina Süva,_AndréaWorms, João Pimentel da Cruz, Elza Be-zerra, Manuel Pires Cardoso, AmilcarOsório, Zelia Maggessi Pereira, ErnestoAmadei, Damaso Bauer Carneiro, Nyizade Medeiros, Alcindo Nascimento, EdegardVillela, Maria José Pentagna, FranklinCorrêa Mafra, Olivia Marcial Roda, Jor-ge Jacy de Carvalho, José Corrêa Villela,Antonio Soares, Hyppolito Lamarão, Ubal-dino Monteiro, Nair Branco da Silva Gvi-marães. Aroldo Villela, Cyro Hermala,Astrogildo Cezar, Enedina Cezar, PunoJunior, Lincoln Martins Gil, Regina Sdva,Raul Toledo Galvão, Declo de Souza Leitee Maria Clara do Nascimento.

Recebemos e agradecemos : O n. I doMyosotis, interessante órgão infantil, quese publica em Nictheroy, sob a direcção dointelligente joven Hcrnani Serpa Pinto.

— O n. 6 da Arcadia, bem dirigido or-gão da classe acadêmica e que se publicanesta capital.

16) ...mandou os infeli-_es para o tribunal. E o juizia conderr.nal-os, quando osdous ladrões...

17) .. .que eramainda uns rapazolas,ficaram com remor-sos e vieram se apre-sentar, confessandoUido.

18) Foram então presos, ficaram na cadeia o tempo do proces-

e foram depois....to

a_Bum P'"0 tko-tko»

19) ...condemnados 20) ...compensar o chefe da 21) .. .arranjou-lhe umt.abalhos forçados em familia pobre da falsa aceusa- emprego e, assim, suauma colônia correcciooal. ção que lhe fizera... familia poude viver cora

1 luanto ao fidalgo para... fartura.

_K P_E

H_r *"_____ ' Wm

tonio Figueiredo, Eugênio Camargo, Ma- Anna, J. Caboclo, Benedicta da Silva, Hil-ria Tosé Pentagna, Ubaldino Monteiro de da Senatore, Gerltil Marcondes de Moura;Souza, Laercio Vicente, Mario de Santa Benedicta da Silva, A. Worms, Ubaldino

Nosso distineto collaborador e amigo Co-rivaldo Castanheiro, residente em Pru-dal, Estado de Minas.

O iiiell^or

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9 O TICO-TICO

f _. * /_-J__fe^V^JvrN. rOv

nheiros sentiam-se apanhados emmassa por uma espécie de cyclonede extraordinária violência, que, en-

O mappa astronômico de Kaxim-bown era o que podia haver de maisestrambotico e paradoxal. — Estavacheio de notas e apontamentos, cru-zes; parecia um cemitério.

D'ahi se verificava que Kaxim bown,sem ter recorrido ao telescópio, ti-nha descoberto mais de quarenta milestrellas de diversas grandezas, re-

VPNEUMATlCO j

Kaximbown largou instintivamenteo mappa que ficou a dar voltas emtorno d"elle e tomou do óculo, pon-do-se a observar o núcleo luminoso.—Não ha duvida—disse elle.depoisde uma curta pausa — é o planetaMarte, que nos faz signaes; espera...são lettras do nosso alphabeto, agoraleio bem .•

Esperem pneumatico—Qui?- exclamou Pipoca — Marte

já tem s.rviço de pneumaticos?

Tônico vai explicar o phenomeno

volvendo-cs, impelliu-os para diante,na direcção do planeta Marle; umamedonha confusão de objectos, quese entrechocavam, sem contudo osmagoar por estar considerável-

Os habitantes de Marte conheciam a nossalíngua

formando, por completo, o atlas dernodo a mudar de feição o Universointeiro.

Imaginem que Kaximbown desço-briu até que o planeta Saturno tinhamais um annel, das tantas rodellas,que nelle se viam.

— Olha. Pipoca,— disse elle, apon-tando para Saturno— vês aquelleannel?—Aqneüe marcado a iapis ?

—E'. Faz ura anno que o descobri.—Que aniiel . ?—E' a alliança— Saturno casou-se

ao anno passa do.—E quantas luas de me* tem elle?Kaximbown não teve tempo par.

responder, porque naquelíe instao._.,Toíiifco.emuma exclamação, apontaracom g d ido o Seixe luminoso, que setornav» mais .denso

—Que é <j c)ue tens H.0U cetinho?—{**:ri. -n,.v'-' Kaxim -x/uh*

--Oi._ef*& •¦ *--!-. i •-«o, no centro ád.

_______ _____

Era um signal do planeta Marte—Isto ha de ser outra coisa, uma mente reduzido o peso ctâ todosi_a!quer invenção deiles para se elles.qualquer .

corresponderem comnosco ou paraMas que é isso?Esta exclamação intempestiva de

* v~_r ^^—^ ^Foram impcllidos por uma espécie de cyclone

luz,^ rece-me ver escripto alguma j^^erad

evida =

c.oes-

MotS?-!?1"^* SabbaA°' q"

Repente, o sábio e seus comoa-

Kaximbon n, nos primeiros Instan-tes de atort"o_mento ficou como un»ídiot. "3.1 pensar, dv-ixando-se im-ce . ..yncuir.a:.'oifc3 secca pela ven-•_"i...,: rr.a' /.pois, readquirindo ani-o -• «* **-í-.e que seus ossos continua-'"". Xa perfeito funcionamento e.n^eus companheiros ao lado, se-.jiftdo-çi descabel.a<_c.«7iente, tratou-tudar o phenomeno.—E? extraordinário—matutava elle,acabando por dizePo em vóz alta—textraordinário, por mais que eu pa- .

rafuse no miolo, não me vem a geitouma explicação para semelhanteacontecimento. Até me parece queestamos cahindo.Se estivéssemos cahindo —ob-servou Sabbado- devíamos estar decabeça para baixo. , _Dizes isso sem perceber que tensa cabeça de páu. Nós outros 6 quevamos levar a breca. àLL*.

Eu vou explicar o motivo-disse

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O TICO-TICO 10

de repente Tônico que,mais affastadodos outros, agarrou-se a uma pernade 'Pipoca para se approximar.

Vamos lá, pequeno—disse Ka-ximbown apanhando as bochechasde Tônico e acariciando-as—vamosver comoé que você explica, o.. .o...

O philonymo — concluiu Pipoca.Gala-te burro.Phenómelo, assim é que se diz —

observou Sabbado.Burro e meio —exclamou Ka-

ximbwon zangado e com as laces co-bertas de raios ultra violelas-diz-sêphelo... phemo... phe... estão ven-do só.Agora até eu... estas palavrasrussas rasgam a garganta da gente.Esperem,psnei, a&á, éfcn, o no, m, eme, n, o no, phe-no-me-no —arre!irral hurrah ! suei a ultima camisa,que me resta!

—Mas emfim, Tônico, explica a tuadescoberta.

Tônico havia esperado paciente-mente, que os companheiros tives-sem decifrado a palavra. Depois,quando viu que todos lhe prestavamaUenção, disse:

Os habitantes de Marte, que sãoexímios fabricantes de canaes, tive-ram a idéia de canalisar a força deattracção do planeta e estendei a atéfora da orbita, de forma tal que, che-gando até nós, guiada por um pos-sante holophote, poude nos attrah.re auora nada mais fazemos do quecatiir; mas também alguma cousadevem os habitantes de Marte ter in-ventado para ev.tar, que nós, cahin-do, fiquemos com o engenho partido.Bravo, bravíssimo!—exclamaramtodos; e abraçaram Tônico effusiva-mente.

Ma.s—observou depois Pipoca—como é que elles sabem escrever emnossa língua ?

IsfC é o menos —respondeu To-nico—ficaram da outra vez com umnumero d'0 Tico-Tico e só elle foisufliciente para deixal-os conhecedo-res da lingu.i portugueza. Elles sãogente que tem intelligencia até noscaüos.

Ah, lá isso é verdade—disse Ptpoça que ficou com vergonha de serbuv\o,pra burro. O que não sei expli-car é paia que servem aquellescanaes, que se vêm em SWar/e.

-E' simples—interveio Kaximbown— Aquella gente,como nao tinha maisterras para repartir, repartiu o mare para se verem bem os limites trata-ram de canalisar a água toda. Estouaté vendo a cerca para nao deixar queo visinho invada o mar alheio.

Então lá o mar se compra, comonós compramos tenenos?--pergun-tou ronico-

Sim, meu netinho, em Marlevendem em lotes o mar também.

NA GANGORRA

tM L_L^—Um dia d'csles, "Baratinha" resolveu improvisar uma gangorra,onde se pudesst

divertir algum tempo com o seu inseparável "Chocolate". Depois de obter os obje-tos necessários, formou-a como os leitores podem ver.

(Desenho e legenda de-Armando do Amaral (13 annos)

— Chi! vovô, os preços hão de sermuito salgados.

Com a força do trocadilho, todos seficaram de cabeça para baixo, e foipreciso um ingente esforço para seendireitarem. Quasi rebentaram opneumatico.

(Colinnúa)D©»

Alguns ep:«odiosda guerra eh/il dos Estados

Unidos (1861~1865)A guerra civil dos Estados Unidos, foi

uma das mais encarniçadas lutas, que atéhoje conhecemos.

A grande Republica Americana, que viunessa phase um verdadeiro perigo paratodo território do Norte, que tinha de sus-tentar, a tremenda opposição de 11 Estadosdo Sul, entre os quaes o Tennessc, a Fio-rida, a Virgínia, o Texas, etc, que tinhamse emancipado da União em 1861, para for-marem uma "Confederação", denominada"Confederação do Sul".

Era presidente nesta data, da grandeRepublica Americana, Abrahão Lincoln, obravo presidente, que mais tarde foi as-sassinado, em pleno theatro, pelo actorBooth, um fanático do Sul.

Lincoln foi assassinado depois de re-eleito.

Uma das campanhas mais celebres foi íde Buflskun em 21 de Julho do mesmeanno, com a qual ficaram victoriosos oíconfederados.

Em 1S82, os federados fizeram com que cTenncsse entrasse na União, e apossaram-se do Kentucky e do Missouri.

Nova-Orleans, cidade do Sul, na Lui-siana, foi oecupada pelo general federalButler.

Em Setembro do mesmo anno, Was-hington, capital da União, foi ameaçadapelos confederados, Mac Clellan, os re-pelliu nesse ataque.

As praças de Wieksburg, Kingston, Cha-tanoega, etc, foram oecupadas, pelos fe-cleraes em 1863.

Em 1864, Richsmond, capital dos Estado;rebeldes, foi atacada pelo general federa.'Grant, que forçou em Maio, Lee e Bau-regard a rceuarem.

A 2 de Setembro o general confederadeJohnstone, foi batido na Geórgia pelo ge-neral Sherman.

Jefferson Davis, o presidente da "Con-federação", fugiu vergonhosamente pario Mississipe.

A causa principal d'esta guerra civil, fôr;a questão da .escravidão, que o Sul queriíconservar a escravatura dos negros, queeram empregados na cultura.

Em 1865 estava finda a guerra civil, quitinha custado a vida de tantos brave*Americanos.

Francisco JejuhyRio.

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O TICO-TICO AVENTURAS DO CONDE DE CBAVAGiyACelomâuce histórico de atteittxjr.íls

[CONTINUAÇÃO)

i. A

—-^=^^^^^^^==A\ V/ /____¦ Ra_____M

ções do falso pa-gem, que lheindi-caram claramentea situação.

Entretanto, obarulho do cavai-lod'essaamazona,se passara desper-cebido á dama dacarruagem, nãoescapara aos douscavalleiros que, voltando-se, julgaram de bom avisotirar a limpo aquelle caso.

Discutiram um pouco , depois tomando uma re-solução, approximaram-se a galope e, apontando ocano de uma pistola e a ponta de-uma espada aococheiro, intimaram-o a render-se

Esses cavalleiros eram, de facto, o conselheiroLaubardemont e seu fiel espião Ruptil.

Tendo atemorisado o cocheiro. que não mais semoveu, iam forçar a porta da carruagem para ,veri-ficar quem nella estava, quando a amazona, dandovolta ao vehiculo, collocou-se diante d'elle, excla-mando :

— Que é isso ? Que querem commigo ?Laubardemont recuou e tirou o chapéu mur-

murando :—A Sra. Marion de Lorme!...Esse nome, era, com effeito. suificiente para con-

ter sua audácia. Marion de Lorme era uma das se-nhoras mais bellas e mais elegantes de Pariz; suafortuna, seu espirito aventuroso e suas relações deintimidade, com os mais altos fidalgos do reino, fa-ziam d'ellaumacreatura que não era prudente mo-

lestar.

Estava a lindamascarada aindamuito afflicta, ven-do os dous cavallei-ros que se afasta-vara na rua deserta—discutindo com agraciosa cnadinhaquando ouviu o ga-lope de outro ca-

vallo, do lado opposto.Mas, a mascarada estava tão absorta e aíflicta, que não

distinguiu esse rumor.Ora, nesse cavallo, que assim chegava, vinha uma mulher

de extraordinária formosura, apesar da expressão enérgica desua physionomia. Não tendo sido persentida e notando acuriosa scenada carruagem parada na rua, com o pagem aolado. a gentil amazona, que parecia tão resoluta quanto bella,saltou do cavallo, amarrou-o a um marco de pedra e approxi-mou-se da carruagem, pé ante pé, sem ser vista.

Deteve-se por detraz do pesado vehiculo e ahi, immovel,poude ouvir as lamentações da dama mascarada e as explica-

— Que susto me pregou—continuou Marion—E olhe conse-lheiro, para nos evitar novos encontros, a mim e minha priiruTfaça o favor de nosacompanhar.

E penetrou na car-ruagem, fazendo umsignal á desconhecidapara que se calasse.

A carruagem seguiu,escoltada pelos douscavalheiros. A creadi-nha sorria.

(Continua)

S ' rM^v—~"Gb T~li'f____p"

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12 AVENTURAS DO CONDE DE CHAVAGNACROMAKCE HISTÓRICO E>-3 AYEIITURAS

O TICO-TICO

íCpNTINUAÇÃOi

do-se da portinhola, disse á bella cavalleira.

Ella também ou-vira faltar das proe-zas de Marion deLorme e pensava.— Que irá haveraqui ? Com certezacousas muito inte-ressantes...

A carruagem ro-dou ainda duranteum quarto de horae deteve-se afinal.

Então Laubarde-mont, approximan-

grito de

I i i— m |

—•rtf_____P8^i5]_n ^

sse~dúhegámOS 3 SUa CaSa' minha 3ennora- Desceu do cavallo e offereceu galantemente a mão á formosa joven para que

A romanesca ama-zona saltou alegre-mente, mas logo fezum gesto de susto esoltou pequenino gri-to. Que foi ? ma-goou-se? — pergun-tou o conselheiro.Oh I quasi nada—respondeu Marion,com voz abafada.

E tentou caminhar;mas teve que ficar im-movei com um novo

dôr. E agarrou-se ao braço de Laubardemont, que disseNaturalmente torceu um pé...Isso não tem importância — replicou Marion de Lorme, fazendo um esforço para sorrir— Uma vez em casa tratareide me curar. O diffi-cil é apenas e subira escada.Permitta que aconduza —disse Lau-!bardemont.

Oh I conselheiro. Seria demasia-da amabilidade e nãodesejo demorai-o. ,

Com effeito —observou Ruptil—Osenhor parece esque-cer que estamos com

_ pressa.Vé — disse Marion--seu companheiro não teve sua gentileza.Ora! mais alguns minutos não fazem mal. Vamos, Ruptil. O espadachim fez um gesto de impaciência e murmurou:Hum! Tudo isso está me parecendo suspeito. Não abandoharei o conselheiro que me parece disposto a perder a ca-beca ao lado d'essa linda rapariga. Nunca o vi tao amável.

Saltou do cavallo, recommendou ao cocheiro que tomasse conta delle e foi auxiliar Laubardemont a amparar Marionde Lorme, que, voltando-se para a dama que ficara na carruagem disse:Creio que agora não terá mais medo; venha comnosco.E lançou á moça mascarada um olhar significativo,

Entretanto alinda mascarada he-sitava em sahir dacarruagem. EntãoFrancisca, a gra-ciosa criadinnadisfarçada em pa-gem empurrou-a,dizendo-lhe ao ou-vido Vá, minha se-nhora. Com Ma-rion de Lorme nãoha perigo.

Mas a attituaeestranha da moçaattrahira a atten-ção de Laubarde-mont que pergun-tou a Marion:

Porque rasãosua prima insisteem conservar amascara ?

—o senhor nãoconhece as moças provincianasde pessoas qu. não conhecem

Ou que conhecem muito, talvez —murmuro Ruptil, sempre desconfiado. Entretanto Marion, amparadahomens penetrara em sua graciosa casa. A senhora mascarada disse em voz baixa ao cocheiro :Espere-nos ahi.E com a mão apoiada no hombrodo falso pagem seguiu a audaciosa amazona

(Continua)

¦respondeu Marion São de uma tal timidez que não se atrevem a descobrir o rosto diante

pelos dous

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13 O JARDINEIRO DA PRINCEZA O TICO-TICO

1) A princeza Zulmira era amais moça do rei da Moronia, um so-berano cruel e rude. Zulmira pareciajovial e descuidada, mas era muito es-tudiosa

2j Ouvia com prazer as explicações dojardineiro Fritz, que trouxera de paizes es-trangeiros plantas desconhecidas naquellepaiz. A princeza era a única pessoa que seinteressava por aquellas licsões

3) Suas irmãs mais velhas, que tinham as-pecto severo, viviam unicamente em tornode seu pai.tratando de aprender a governarTodas trez detestavam Zulmira, por serquerida pelo povo.

f f/Í \ "H*v V.-","-''*^£. "^ ia!' ,J*^ í. V *^J*v "*^ÚLjBTl / rawMJarte-^*S*s^.

"* ti Uf tf I i • ^Sty.

. JÂ^" —A) ura, o rei tinha a pretenção de ser um

grande architecto e mandava construir osedifícios mais disparatados. Um dia Zulmi-ra_não poude conter o riso ao ver: um pavi-lhão, que parecia ideiado por um doido.

5) As outras princezas, que a espionavamvieram logo contar o caso ao rei, declaran-do que aquillo era uma falta de respeitoque merecia severo castigo. Orei, irritadojurou... •

6) .. que castigaria Zulmira. E mandouprender sua filha mais moca. Para o crimede desrespeito á magestade real havia trezpenalidades. Morrer de fome..

' s^ /k"<y —^s?/*^/* y>>- ^\, B^^ ^trti-i M.

"\j ^"\ - -j~ '/^~^c ^^^S^\^^'—~"~ ^ 5l C, #?y>-—v ;&%-

7)... presa em uma torre isolada... Seratirada ás ondas no meio de mar... ou serabandonada...8) ... em uma ilha onde o ar era doentioe todos adoeciam de febre maligna. O reiestava tão furioso que resolveu...

9> • • • que Zulmira, soffreria os três casti-gos. Mandou encerral-a em uma torre con-struida na ilha das Febres, com viveres paraum anno somente, e sobre um rochedo...

10) ...que as ondas atacavam fortemente e ameaçavam engulir a cada in-stante. 'A porta d'essa torre só deviaser aberta ao fim de dous annos.

11) Passados, porém, alguns dias, orei, vendo que toda a gente ria do pa-vilhão, começou a pensar que fizeramal em prendar Zulmira...

frrrriBfliflriirfiii" i

J^T mas, como jurara castigal-a,não podia voltar atraz e reprimiu comtropas uma revolta do povo, a favor deZulmira. Mas ficou muito triste. Umdia, andando pelo jardim, encontrou o

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14 MAX RiULLER «Por A. Rocha O TICO-TICO

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" i. \ passagem dos bufalos deixou uma estrada 2) O commandante d'esse destacamento exeratava

lama'sulcada pelas patas d'esses selvagens bovinos. I seus soldados, quando foi interrompido pela ene-Max e pae Ignacio seguiram no elephante, por essal gada de Max, e recebeu-o muito bem; conversandoestrada e depois de alguns dias de viagem, foraml como official lrancez, Max soube que Greener.dez me-encontrar um pequeno acampamento francez. I zes antes, fora alli e partira para o deserto do Sanara

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31 Max permaneceu apenas trez dias no acampamento,! 4] ...acompanhar Max, que partiu num bello dia depois estava ancioso por partir em busca de seu amigo!s0). ia á frente um dos soldados, que conhecia muitoGreener Como a travessia, de uma floresta próxima era| 0 caminho e o ponto onde se alojava o terrível mono.perigosa, por causa de um gorilla, que já havia vicü-i Todos iam bem armados e Top, farejando, daria signalmado muitos viajantes, o official mandou trez de seusi de qualquer perigo.^C^j|^^^^__________^ ——____— <_•»*¦

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^ 6^>5) 'De repente Top estacou. Max e pae Ignacio apeia-

ram-se e approxtmando-se de uma moita, viram o go-ri 11 a sua esposa e filho. O feroz annimal afastou afamilia e, andando sobre as mãos trazetras, sahiu damoita

6 ) Encarou os caçadores, rugiu e, a babar-se de raiva,começou a bater no peito, em signal de desafio O gonüaé o maior dos quadrumanes, maior que o homemmuito feroz. Um dos soldados apontou a espingardadisparou.

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16 O TICO-TICO

O sonho de Datai (Assombrosa historia em sombrinhas)

sL. _8l;í:c\ -. ~Ç-' "¦'¦$ iiir^ —1

^__t/Ü___t *k

;li__J___ rT?v* »^& ^íf Jl;Na noite de Natal, Nini fora se deitar

com intenção firme de desobedecer ás or-dens de mamai e não esperar que a viessemrecordar á meia noite para ver a aurorado Natal. Ella estava resolvida a levantar-se sozinha, antes da hora, para esperarPapá Noel. Com esse plano, mal ador-meceu, julgou ver nos pés de sua cama umbicho exquisito, que parecia um urso pe-queno, dansando.

Quiz apanhal-o, mas o singular bichocorreu. Nini correu atraz d'elle, mas obicho desappareceu e, em logar do bichodesconhecido, viu o cãor-inho de casa,que tentou segurar a menina pela ca-misola. Mas Nini continuou a correr.

Felizmente o cão foi, por sua vez, detidopelo gato, que se atracou com elle. O cão.

então, fugiu e o gato acompanhado porNini, foi até seu ninho onde havia trezgatinhos recém-nascidos, muito lindos.

Mas Nini não perdia a idéia de ir es-piar Papá Noel.

Desceu a escada para ir á sala de visitas.Pelo caminho encontrou uma caixa fecha-da. Quiz abril-a e viu saltar de dentrod'ella um enorme boneco. Aquella caixaera um brinquedo-surpreza, para assustaras meninas curiosas.

Chegando finalmente á sala, Nini encon-trou a arvore.

Que linda IMas não poude admiral-a por muito tem-

po. O boneco da caixinha chamava-a paralhe mostrar uma boneca tão perfeita, queaté tocava violino.

um macaco vivo, muito ar-

E uma cadeira com caixa de musica, quetocava a Viuva Alegre, quando a gente sesentava nella...E mais

teiro...E uma nova mesa de estudo.Mas já o gato voltava,, perseguido poium leitão que era seguido pelo cãosinho.Nini quiz fugir, mas tropeçou e cahiii '

dentro do aquário cheio de peixes .Ora, qual ! Tudo fora um sonho. Ninisonhando, levantára-se e fora até o quartodo banheiro onde cahira em uma bôa por-ção d'agua.

E teve que voltar a seu quarto, molhadacomo um pinto, para castigo de sua des.obediência.

m

Cura ferittas, cortes e era-pçôes de. pelle das creanças.

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O TICO-TICO 16

JM1Í'MUIJoaquim Cardoso da Cruz (Mathias Barbosa)—Não está

publicada em avulso a primeira parte do Conde de Chava-gnac. Só se meu amiguinho quer comprar os números dojornal que publicou esse folhetim.

A.ntonio Augusto de Lima—Você em vez de estar, co-.'-.varias assignaturas, mandando o tal folheto em pedacinho.-.para obter a traducção total, pensando que me embrulha, demodo muito esperto, o melhor é mandar tudo junto e contar

o caso direito.Edgard Gonçalves Júnior e Waldemar Cunha Mattos—

Vejam a resposta acima.Bernardino Souto Filho—O Almanach do Ixco-lwo

já e«tá a venda. Custa 3$ooo. 2o—Quaes são as pa.a-vras portuguezas, derivadas do grego? Ha centenas d ellas.Não é possível dar todas aqui. 3°—Julgo que o melhor dic-cionario portuguez é o de Vieira. 40—Ha tantas. Por exem-pio—Pierrot, Clown, Arlequim...

Alberto Gomes—Ahi vão os versos com a traducção :

Si le roí m'avait donnéParis, sa grande ville,Et qu'il me fallut quitterL'amour de ma mie,Je dirais au roi Henri:Reprcnez votre Paris, _J'aime mieux ma mie, ô gué...J'aime mieux ma mie.

"Se o rei me tivesse dadoPariz, sua grande cidade,E me fosse preciso deixaiO amor de minha namorada,Eu diria ao rei PI enrique:Retome seu Pariz,Prefiro, minha namorada, olé.Pcrfiro minha namorada."

Maria José R. de Gusmão—Ah! também se interessa pilaGymnastica Sueca ? E' caso para felicital-a. O Almanach daTico-Tico custa 3$ooo.

Zizinha (Pará)—Pôde mandar o dinheiro em vale postal ou carta registrada ou mesmo cm sellos. Não tem de quese desculpar. Se o menino José Augusto de Barros, com 6annos de edade e apenas com cinco mezes de collegio ja es-creve assim, o que tenho a fazer é felicital-o por sua app:-cação e intelligencia.

Oswaldo Joven—Meu camaradinha; isso_ é praxe vc-lha: eu não respondo a anonymos. O peior é que agora osenhor manda-me só a assignatura e eu não me posso lem-brar da pergunta, que foi inutilisada. O facto de não ser es-signante, nada importa. Eu respondo a todas as perguntas—com excepçâo apenas das perguntas tolas, de cousas inúteis,que não indicam vontade de se instruir, ou curiosidade jns-tificavel, mas apenas gracinhas de certos bobos, com a inteii-ção de me aborrecer.

José Manuel Marfí Naegele (Santa Rita do Rio Negro)—O descobridor de quasi todas as ilhas da Oceania, foi o ca-pitão Cook, navegador inglez. ,-,-,,

Adriano Pereira Dias (Santos)—O Almanach do Ma-lho publica tudo isso.

Dr. Sabetudo

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v) BELABARRE (rr rawTrra-rfrt ir^nm

fAClUrA A SAMIDA OOSOCNrCS

OSITO 6lRAUUUt>«l«cimtnloj rUMOUZC, 7a.f<ubovro S'0eni». PARIS.4Vé»tU o*j Prinçipema PhêrmêdéS 4o MuflffO.

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17 C TICO-TICO

AGENS* iUllrMKiSs-1-JOi-lll^

í 7"/?£Z JÍM0S /?£" SOFFRIMENTOMIKKELSEN E IVERSEN NA SOLIDÃO DA GROELANDIA

Nesta seccão e soba rubrica «Viagens e Aventuras» contaremos aos nossos amlgulnhos casos verídicos, passadem Persas regiões do mundo, e que servirão não só para relatar actos de heroísmo ou de dedicação human

como para tornai conhecidos costumes e singularidades de vários paizes .. ,- .. .r -¦ -—

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los [fina, li

4 \ OM coragem que excede o limiteVv> tias forças humanas, Mikkelsen e

Iversea percorriam havia trez an-nos as solidões geladas da Groelandia; hamais de dous annos haviam se separado doresto da expedição, que não tivera maisnoticias (l'elles; pensavam todos que tives-sem Morrido nas terríveis planícies e mon-tanhas de gelo, pela fome e pelo frio,quando cm Julho do anno passado, foramrecolhidos por um barco de pesca.

Mikkelsen e Iversen estavam salvos !Todos os que se interessavam pela sorted'esscs dous bravos sentiram, depois decruel angustia, alegria indiscreptivel.

Por que peripécias teriam clles passadonesses trez annos de exilio polar ? ;

A 20 de Junho de 1909. a expedição di-namarqueza, commandada pelo capitão Ei-nar Mikkelsen, deixara Copenhague, com

infanteria Jorgensen e o mecânico Iversen,tão intelligentes quanto corajosos.

Não era somente para explorar paizesnovos, que Mikkelsen viajava. Tinha umfim mais elevado ainda, do que a desço-berta do desconhecido, um fim tão gran-de e bello pelo seu caracter scien-fico, quanto nobre e tocante, pelos senti-mentos que o ditaram e está ligado aacontecimentos anteriores, que vamos re-cordar. * * *

O Sr. Iversen, um dos heróicosexploradores

destino a Groelandia no ;Alabama", um

modesto barco de pesca de p

toneladas,munido de um motor a petróleo, com se.homens de equipagem. Mikkelsen, nac eranoviço no estudo das regiões arct cas.

^ahavia por diversas vezes afrontado os

Eelos Em 1900, seguira Amdrup a costaorientai da Groelandia;no anno seguinttomara parte na expedição Ziegler, que

pretendia attingir o Joio N°rtee perdeu_se na costa septentnonal .<*° A'a^ /"«.fatigavel viajante, não temia d'íJ»cuWad^:

Levava entre seus companheiros, o te

pente de marinha Laub, o tenente de

Uma precedente expedição dinamarqueza,conduzida por Mylius Erichsen, partiraem Junho de 1906, para as costas orien-taes da Groelandia, e fora estabelecer seuquartel de inverno em um ponto, que cha-maram Porto da Dinamarca, numa bahiada grande ilha Germania, ao norte da ilhaShannon.

A 28 de Março de 1907, a expediçãomarchara para o norte; um mez depois,attingia a terra Amdrup e dobrava a ex-tremidade nordeste da Groelandia. Mas asprovisões estavam muito reduzidas.

A 1 de Maio, não havia viveres senãopara quatorze dias. Não obstante, contan-do encontrar em caminho bois selvagenscom que se alimentassem, os exploradoresresolveram proseguir.

O tenente Koch, com dous companhei-ros, fez desfraldar o pavilhão dinamarqueza 3 e meio graus de latitude, além da re-gião attingida por Peary. Erichsen, comHagen e o Groelandez Bronlund, deviair até o Cabo Glacier, no canal dePeary, ao sul da terra d'esse nome, mastomou pelo fjord da Dinamarca, que pen-sou ser o canal. A 28 de Maio, os doulgrupos encontraram-se.

Até então haviam comido bois encontra-dos pelo caminho; porém a penúria deviveres era tal, que a retirada impunha-se.Por ordem de Erichsen, o grupo de Kochvoltou ao navio; quanto a elle, arrastadopor seu ardor scientifico, e querendo se-guir o itinerário de Peary. obstinou-se aseguir para o cabo Glacier, que não haviaainda podido attingir.

Pensava ser cousa de pouco tempo 1partiu com Hagem e Bronlund, levando vi»veres para oito ou nove dias apenas.

Em caminho-mataram alguma caça pe-quena e attingiram a 14 de Junho o caboGlacier, terminando a exploração projecta-da Com os desvios a que os fjords osobrigavam, estavam a 1.125 kilometros doposto de invernagem.-Voltaram ao fjord da Dinamarca ;porem,

como a estação mudara e a neve começara aamollecer, era impossível alcançar o navioantes quê o frio tornasse a endurecer oSó Nessa occasião, não possuíam maisviveres e tinham os sapatos em farrapos;rómecaram a :omer os cães, que puxavamos trenós ou seleas. Alguma caça prolon-pnu-lhes a existência por mais alguns dias.Mas é quasi incrível que elles se pudessemsuster assim até 19 de Outubro. Nessa dataos trez infortunados tentaram escalar o

inlandsis para ganharem o fundo do fjordda Dinamarca e a terra Lambert, onde ha-via um deposito de viveres. Sua situaçãoera desesperadora. Já só lhes restavamquatro cães exhaustos.

Hagen suecumbiu a 17 de Novembro,Erichesn sobreviveu-lhe dez dias; só Bron-lund attingiu o deposito, onde cahiu deinanição e frio. Assim finalisou o longo edoloroso martyrio de trez heróes da sei-encia.

Os outros membros da expedição tinhamconseguido chegar ao navio. Mas vendoque o grupo de Erichsen não apparecia,sua anciedade era enorme. Durante todo oinverno de 1907 a 1908, multiplicaram astentativas para encontral-os. Por fim, a 10de Março de 1908, Koch encontrou o corpode Bronlund.

O jornal de viagem encontrado a seulado permittiu reconstituir as emocionan-tes circumstancias d'esse drama heróico.

Erichsen e seus dous companheiros ha-viam sacrificado suas vidas para assegurará sua pátria uma parte gloriosa naexploração scientifica da Groelandia. Anoticia d'essa catastrophe causou em todaa Dinamarca emoção profunda.

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O. "Alabama", o navio d'essa gloriosaexpedição

Foi então, que o capitão Mikkelsen, teveo generoso pensamento de ir por sua fez,ás regiões desoladas da Groelandia, nostraços de seus heróicos companheiros ecompatriotas, á procura de seus restos paralhes dar sepultura, recolher os documentos,que, por ventura, tivessem deixado e pro-seguir sua obra scientifica.

* * *

Foi em Agosto de 1909, H^ntí^abordou as ?ostas da ilha de Shannon, e

ahi se estabeleceu para o inverno.

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O TICO-TICO 18

Em Setembro, partiu em viagem de in-specçao com trez trenós e vinte e um cãesna direcção da terra Lambert, que soattingiu á custa de muitos esforços. En-controu o corpo de Bronlund, porém nãodescobriu vestígios de Erichsen nem de:¦?F,n- A, "7 de Dezembro, voltou aoAlabama'.

Logo que foi possível viajar novamente,a 3 de Março de 1910, partiu com o te-iicnte Laub e trez marinheiros, pretenden-do ganhar o fjoni da Dinamarca ondesuppunham que Mylius Erichsen guardaraseus documentos geographicos. Da ilhaJS01,1 a esse 8°lfo> tinham Que per-corr*? de Soo a i.ooo kilometros atravez demontanhas de gelo gigantescas. Chegandoafinal ao cimo do inlandisis, a pequena ca-ravana dividiu-se, o tenente Laub e doushomens voltavam emquanto Mikkelsen.comum umeo companheiro, o mecânico Iversen,continuava para as terras septentrionaes.'Deviam ficar mais de dous annos separa-dos do resto da humanidade.

O tenente Laub foi até a ilha Shannon,onoe uma terrível surpreza o aguardava.Quando a 23 de Maio chegou ao logar emque deixara o navio não encontrou d'ellenem vestígios.

Sete dfas depois da partida da caravanao Alabama", que soffrera violentos cho-quês do gelo, quebrara-se e seus destroçosdesapparcceram no fundo do mar.

Assim, rompia-se o laço que prendia o«exploradores á pátria. Quem sabe quandepassaria um navio que os recolhesse ?Prevendo que seriam expostos a fazeruma nova invernagem nessa ilha perdida110 meio do gelo, os dous homens dispu-taram ás vagas todos os paus que puderamsalvar do naufrágio e construíram umacabana.Foi ahi que o tenente Laub os encontrou.Separando-se de seu immediato, Milk-kensen dera-lhe ordem formal de partirpara a Dinamarca, a 1 de Agosto, se atéessa data elle não estivesse de volta á ilhacom Iversen. Nessa data, o chefe da ex-

pediçao não tinha ainda apparecido. Se ainquietação era grande entre os náufragospela sorte de seu chefe, sua própria situa-ção nao era menos critica. Emfim, umd esses navios da Noruega que, todos osannos vao caçar phocas e morrer nessasparagens perigosas, passou a pequena dis-tancia. Con formando-se com as instruc-ções recebidas os cinco homens embarca-ram e. a 19 de Agosto, entraram no portode Aalesnud, na Noruega. Antes de par-tir, tiveram porem o cuidado de collocarna cabana viveres para o caso de Mikkel-sen e Iversen voltarem ao ponto de par-tida.

Que teria sido feito dos dous intrépidosviajantes, isolados no meio de uma terrade morte e desolação ?

alegria entrar na posse d'esses testemunhosseguros, dos resultados scientificos da ex-pedição de Erichsen.

Depois de novas e vãs tentativas para en-contrarem qualquer outra relíquia dos expio-radores ou mesmo seus corpos. Mikkelsenc Iversen, encetaram sua viagem de volta,partindo a 25 de Maio, do cabo Riksdag,Só lhes restavam sete cães e viveres paracincoenta dias. Sua situação ameaçavatornar-se critica, tanto mais quanto Mik-kelsen atacado de escorbuto, estava inca-paz de caminhar e tinha que ir no trenó e,por outro lado, o estio não tardava a che-gar elles temiam que o gelo desfazendo-se lhes cortasse o caminho.

Tudo aconselhava que se apressassem.Alguma caça morta por Iversen foi oalimento de Mikkelsen, que melhorou um

que os puxaram. Dias depois foi-lhes pre-ciso comer os cães, pois não possuíam ou-tra cousa. Foi um triste alimento que quasienvenenou os dous viajantes. O encontroinesperado de um deposito de viveres nessemomento reconfortou-os um pouco.Mas, em Setembro, o gelo tornou-se maismolle, quasi intransitável. Os viajantes fo-ram obrigados a abandonar o ultimo trenócom as barracas e seguiram levando ape-nas os cadernos de notas. O gelo quebra-va-se sob seus pés ç mais de uma vez ti-veram que esperar, refugiados entre roche-dos que as tempestades amainassem. Ha-viam consumido seus últimos viveres e foia poder de esforços sobre-humanos quetendo contornado a costa, chegaram ao de-posito de Maria-Waldemar, e a 19 de Se-tembro, ao Porto Dinamarca, que fora o

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* * *Depo.s da partida de Laub, Mikkelsen eIversen haviam cortado directamente a ter-ra Lambert para o fundo do fjord da Di-namarca atravez do gelo e, a despeito dedificuldades sem numero, attingiram oponto desejado Foram recompensados deseus esforços descobrindo um caderno dcErichsen. Depois encontraram.fechada numcartucho de metal, uma nota escripta porMyhus Erichsen, a 12 de Setembro de1907 ; nessa data, o valente explorador ti-nha ainda esperança de êxito

Essa descoberta foi, paia Mikkelsen eIversen, o fio conduetor que os devia col-locar na pista de outros achados. Perto dacosta, no cabo Riksdag, uma outra pyranv-de de pedras escondia novos e preciososdocumentos ; era uma relação detalhadadas descobertas feitas por elles em 1907nas costas da Groelandia norte-oriental.Foi para os dous viajantes uma verdadeira

Sahiram da cabana dous homens com as barbas e os cabellos crescidos, as roupascm farrapos... r

pouco. Depois o deposito de viveres daterra Amdrup forneceu-lhes provisões.A 21 de Junho, chegaram, ao monte Mal-lemuk num estado dc penúria extrema,com dous cães somente. Desde então ossoffrimentos accumularam-se sobre elles.Para continuarem a marcha para o sul, tive-ram que atravessar uma região gelada, semneve e cheia de precipícios, onde era tãodifficil avançar que perderam o trenó, con-tendo seus instrumentos e outros objectospreciosos.

Para cumulo de infelicidade, só muitoraramente encontravam alguma caça.

No mez de Julho tiveram que diminuirde metade suas rações.

A 6 de Agosto, só possuiam sete kilosde viveres e dous cães.Os pobres animaes estavam tão exte-nuados, que foi preciso desatrelal-os, col-locando-os no trenó c foram os homens

logar de invernagem de Mylius Erichsenonde encontravam ainda alguns recursos.'Uous mezes depois, chegavam á ilhaShannon e installaram-se para passar o in-verno, na cabana deixada á sua espera Ahiencontraram viveres para um anno ; eraa abundância depois da fome. Tiveram es-perança de que, dentro de um anno, pas-"colhe-se. ^ "aVÍ° de PCSCa' S"e csMas sua esperança foi enganadora.Quan-do o estio de 1911 chegou e o mar se tor-

fiou livre, nenhum navio appareceu. O se-Io endureceu de novo, o mar congelou-see os exploradores não podiam esperar maissoecorro algum. Os viveres iam arabando •felizmente Mikkelsen e Iversen tinham ainlda munições e era com a caça que deliamcontar.

Abandonaram então a ilha Shínnon etransportaram-se mais para o sul, para iíh»

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19 O TICO-TICO

Bass Rock, onde chegaram em Novembroe onde passaram o terceiro inverno arctico.

A estação foi muito fria e suas forçasiam cada vez mais desapparecendo.Resigna-dos, não podendo mais caminhar, espera-ram um soccorro providencial.

* * *Durante todo esse tempo, a inquietação

era enoime na Dinamarca. Desde 10 deAbril de 1810, a data em que Mikkelsenfizera voltar ao navio o tenente Laub, esta-vara sem noticias d'elle e seu companheiro.

Os dias passavam-se e os prisioneiros dogelo não appareciam. Partiram em sua pro-

tima invernagem. Qual não foi a surprezados marinheiros descobrindo, sobre um ro-chedo perdido ao longe, e mesmo ignora-do dos mappas, um pequeno pedaço depáu, no qual estava gravada a faca a datade 1912 !

Sem duvida, havia por alli náufragos, enão podiam ser outros senão os dous Di-namarquezes. Cuidadosamente, os mari-nheiros examinaram todos€»os arredores edescobriram marcas de pés.

Com anciedade seguiram as pegadas, queos conduziram até Bass-Rock.

Chegaram assim diante de uma cabanainforme, que parecia feita por indígenas.

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^*^5S|A ^i__i__^^______'_____^________j __[___!

Mikkelsen e tverson chegando a Copenhague, de regresso de sua viagem àCroelandia

cura. O explorador Knud Rasmussen bate-ra as costas da Groelandia, sem encontrartraços de sua passagem. A Dinamarca teriaque chorar mais dous filhos? Mikkelsen eIvcrsen teriam, também elles como Erich-sen, Hagem e Bronlund, suecumbido sobreessá terra de morte, querendo dar a suapátria um lustro novo de gloria por suasdescobertas scientificas ?

O modo por que foram encontrados pa-Tece um milagre. No principio do mez deJulho de 1912, a equipagem de um barcode pesca, que caçava phocas, desembarcounuma ilha vizinha de Bass-Rock, ondeMikkelsen e Iversen haviam feito sua ul-

Os marinheiros bateram nas paredes da ca-bana. Ella abriu-se e viram apparecer doushomens com as roupas em farrapos, quasinús; a barba e o cabello tão crescidos, quelhes tiravam toda a apparencia humana Es-tavam com espingardas nas mãos, pois aobarulho feito pelos marinheiros receiaramum ataque de animaes ferozes. Mas qualnão foi sua alegria quando, subitamente,reconheceram seres humanos !

Emfim, a 27 de Julho de 1912, os dousRobinsons areticos, como foram tão justa-mente chamados, voltaram ao mundo ei-vilisado, desembarcando na Noruega, deonde foram para a Dinamarca.

A Raposa, durante esse tempo, passeiavatranquillamente em volta do muro.

O compader Lobo não dissera, mas es-tava bem ao corrente dos hábitos da casa.Elle sabia que, todas as noites, ás 6 horas,o dono da casa soltava os cães para cor-rerem em volta do muro, antes de recolheras gallinhas.

A's 6 horas, os cães sahiram latindo,pela grade aberta, e o compadre Lobo dei-tou-se, ao seu gosto, sobre dous frangosaos quaes, de uma só vez, torceu os pes-cocos. Depois fugiu do lado opposto aoque estavam os cães latindo. Mas quemnão estava tranquilla era a comadreRaposa, que viu um enorme cachorro virpara seu lado, com a guela espumando e fa-zendo um barulho infernal.

Tenho... tenho a honra de cumpri-mental-o, Sr. Cão !

Cumprimentar-me ! Oua ! Oua ! E'para comprimentar-me que rondas poraqui -

Mas estou passeiando: vamos, não éprohibido passeiar !

Perdão ! as Raposas não têm di-reito de passeiar ao escurecer por pertodos gallinheiros. Vem commigo explicar-teao dono da casa.

Segura pela garganta, a comadre Raposateve que obedecer.

O dono da casa vinha de descobrir pen-nas manchadas de sangue, quando o Cãotrouxe a Raposa, tremula de medo.

Ah I já sei que carregastes dous fran-gos. Larapia. Mas vais pagar caro teufurto !

Não me mate, por piedade ! Juro qut>não fui eu. Olhe para mim e veja. se tenhoar de quem comeu dous frangos !

—Com effeito, não estás gorda. Escuta,bandida, o favor que te faço. Vou amarrar-te pela cauda, assim, e vou procurar umaespingarda. Se errar o tiro, terás a vidasalva.

O dono da casa fez o que dissera; e abala foi cortar a cauda da Raposa. Estadeu um salto e pela porta que estava aber-ta fugiu, correndo,

Quando chegou no logar marcado, esta-va exhausta de dôr e de fadiga.

/§VUANIVü/ contn^W num

HISTORIAS DE BICHOSA DEFESA DE COMPADRE LOBO

JANDO o compadre Lobo se en-controu com a comadre Raposa,

caminho, estavam ambos es-faimados. .

Ainda não jantaste compadre? —

perguntou a Raposa.Nem almocei, que fará jantar !...

Semelhante situação não podia prolon-gar-se muite e, para conjurar a ma sorteos dous compadres fizeram um pacto.

—Vamos caminhar juntos—disse o Lobo— e será impossível que um de nós nao ar-ranje qualquer cousa para comer. Você eprudente e esperta; eu enérgico e cruel.São qualidades que se unem admirável-mente bem, e, aqui perto ha uma casacujo gallinhciro é uma belleza, tendo avesde toda a espécie, vamos até Ia a ver se con-seguimos alguma cousa. .

A' medida que se approximava das ca-sas iam escondendo-se por perto dos mu-ros. Ao longe ouviam o alegre coconcodos gallos. . ,.

r-Vamos dividir o serviço, disse o

Lobo. Eu sou forte e por isso vou meencarregar de ir procurar dous frangosgordos e tenros, como sei escolher. Vocêfica espiando detraz do muro. Não corresassim nenhum risco. Se por acaso, algumdos cães de guarda te vir, dirás que vaispassando teu caminho e que elle é pu-blico. Dá-lhe essa resposta em voz altapara que eu possa ouvir. Uma vez de possedos frangos, leval-os-hei á encruzilhada docaminho onde irás ter commigo.

A comadre Raposa, que era medrosa, fi-cou muito satisfeita com a combinação.

—Como o Lobo é tolo!—pensou ella. Sefor pegado em flagrante delicto de roubo,matal-o-hão. Eu ficarei muito quieta e co-merei a metade do furto.

Por isso respondeu com vivacidade :— Está feito, meu caro, pôde contar

commigo para vigiar !Estava noite escura quando chegaram ao

seu destino. O Lobo pulou o muro e es-condeu-se no celeiro, de onde tudo podiaver e ouvir.

Que e feito de tua cauda, comadre ?—perguntou o Lobo.

Direi mais tarde. Agora vamos paraa mesa I Estou morta de fome.

Como ?—pensei que emquanto estives-tes lá em baixo comias. E, vendo que nacvoltava, devorei os dous frangos.

A Raposa abaixou a cabeça. Nao sisubstitue a coragem pela esperteza, e toravictima duas vezes de sua tolice: estav.sem cauda, e não comera os frangos. Uutravez não havia de ficar de v!gia no mure*quando os outros fossem roubar, pouS"sem"dar

uma palavra, separou-se <

compadre Lobo, jurando vingar-se.

Page 20: O NATAL DOS POBRESINHOSmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1913_00429.pdfNoel esta ja muito velho; nao terá forças do com a dos outros annos. Lernbras-te 5 Lernbras-te 5 A avosmia,

O TICO-TICO 20

OS MACACOS — por A: Çoeha

Simão era um velho macaco, d'esses que nãomettem mais mão em combuca e fora, outr'óra. ma-caco de realejo. Desertou, um dia, da companhia dodono, um bom e pobre napolitano e foi viver tran-quillo. Livre, constituiu família, casando-se com Ca-tharina e passou a viver como um rico burguez.

Um dia precizando fazer uma longa viagem e,não tendo dinheiro para a conducção, combinou umplano com a Catharina : «Ora,—disse a macaca,—te-mos ahi aquelle esparti ho que a comadre cabra mepediu ; o resto fica por minha conta. Nisto, batem áporta: Era a comadre cabra.

—CT comadre,—disse a macaca,—estávamos fal-lando a seu respeito. Quer ainda o espartilho que mepediu?—Com muito gosto—respondeu a cabra—tenhoamanhã uma festa e vem muito a propósito o seuamável orTerecimento. E foram experimentar o es-partilho. A cabra,um pouco desconfiada com a esmolad'aquelles avarentos compadres,deixou que os maça-cos provassem o espartilho.

Catharina distrahia a cabra; porém esta percebeuque, em vez de espartilho, os macacos lhe punhamao lombo uma sella. Exasperou-se com o desaforo e'zás... metteu os chavelhos nos dous exploradores.A's cabeçadas e dando berros, poz os dous meliantesem debandada. Ambos fugiram para a rua, persegui-dos pela cabra, que lhes dava fortes marradas.

Mas, oh fatalidade! Justamente, na rua, nessemomento, estava o napolitano, ex-dono do Simãotocando realejo e sem macaco. O Simão e a Catha-rina, ainda tontos, foram ambos agarrados pelo na-politano. Gritaram muito.mas foram para a correnteEm vez de um macaco a dançar agora erarrdous, e casal.

m

Andaram pelas ruas da cidade o Simão e a Ca-tharina, um fardado de coronel e a outra de vivan-deira, mas ambos com as caudas, que elles tantoescondiam,á mostra. O napolitano ganhou com ellesmuito dinheiro e dava-lhes muita pancada. A cabramuito gostou do final da peça e dizia:—Melhor nquem ri Dor ultimo.

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23 O TICO-TIGO

K3p^S_H_r^^^_*^-S?i_CTH

Francisco Oberlacnder Ulil, Benedicta deSouza Lima, Conrado José dos Santos,Edith Giusti, Antônio Toledo Fleury, Aris-tides Pinheiro, Frederico von Dcellinger,Amélia Pereira Gomes, Antônio RodriguesAmorim, João Jacques Boiteux, Aracy Ruiz,Moysés Gomes, Leonina de Campos Maia,Raymundo Faria Villaça, Antônio de To-ledo Fleury, Oswaldo Baptista Magalhães,vSilverio Gusmão, Antônio Tavares Bastos,Almira Moreira Netto, Alcino Pio Guima-rães, Moacyr Mello, Satyro Brandão, Al-varo Rodrigues Mostras, Álvaro Sant'An-na Ferreira, João Dantas, Ilka Paes de An-drade, Nair Machado, Adelino Carvalho,

Abigail Pereira de Araújo, Francisco Car-doso Rocha, Clarimundo .Mesquita, Je-suina de Freitas Braga, Lúcia Perez deAraújo, Domingos Nogueira Albano, Edu-ardo de Carvalho Chaves, Saul Claire Per-roni, Octavio C. Pupo, Lygia Gomes, Syl-vio Alves Teixeira, Ruth C. do O de Al-meida, Joaquim H. de Oliveira Buarque,Benedicta Julina Durand, Alida Hartley,Ismael Gonçalves, Homero Dias Leal, Zil-da d'01iveira, Antônio Cardoso Paiva, Ma-ria Rego de Amorim, Rodolpho de SouzaMondego, Eurico da Gama Almeida, Ly-dia Leal das Neves, Donguinha Dias Leal.Werler Teixeira d'Àzevedo, Anna de Pau-

Octacilio Assumpção, Helena Castilho Lis- Ia Leitão, Lindalva Barreto de Mello.boa, Maria de Lourdes Tourinho, Zelia Athayde Antônio Martins, José Monteiro"Maggessi. Pereira, Venina Gomes Mene- d'Aguiar, Waldemar Lefevre, Carlos Te;-zes, Antonia Gomes Manus, Bemon Jun- xeira Pinto, Rita Monte Negro, Julinhoqueira, Fernando Neves, Scylla S. Silvei- Magalhães, Constantino de Campos Ver-ra, Débora Ernani, Antônio de Souza Pi- gal, Edith Giusti, Martha Gonzaga Amo-

rim, Lilina B. Ferreira, Carlos Martins,Fritz Fralai, Sylvio S. Marques, José deFreitas, José Miranda, José Firmino deSouza, Maria de Nenê, Nair Gomes Depi-ne, Maria Ritinha, Raphael Ribeiro daSilva, Henrique V. Costa, A. KoernerVianna, Mathilde Ferraz, Julieta Ferraz,Carlos Costa, Alceste Puccini, José Fran-cisco da Villa, Ilára Garcia, José Ramoj

RESULTADO DOCONCURSO N. 817

Não esperávamos que o concurso dearmar n. 817, corresse tão animado, con-forme suecedeu.

Recebemos uma quantidade enorme desoluções, como se pôde ver na lista queabaixo damos :

Leitores que nos enviaram soluções :Lincoln Pereira Horta, Saul Wagner,

Magdalena Luzzi Pizanti, Maria JustinaChossi, Bilmar Olegaria de Piiína, JuracyRosa. Alberto Gomes, Raphael Lopes Fer-raz, Maria da Conceição Saccadura Falcão,Augusto Milarante, Renato Ferreira, Eli-zabeth Oliveira, Everardo Coelho PortoRocha, Jorge M. Pereira, José Jacy de Car-valho, Arlindo Affonso dos Santos, Ar-mando Pereira, Maurício Marques Bacel-lar, Ascindino G. Barreto, Francisco Mar-quês dos Santos, Alzira de Barros Vascon-cellos, Octavio Povoas de Siqueira, Hay-dée P. Giglioni, Juracy Coutinho, EulinaSaldanha Franco, Lupercio Rpzo Rodri-Rues, Maria Lourdes A. Souza, MercedesFernandes, Elzira Giestina, José OliveiraMagalhães, Júlio Ayrcs Pinto Júnior, Fi-landisia de Castro Sócrates, Jorge vonSydow de Azevedo, Nadir de Medeiros,Paulo Cezar Campos, Hernani Legey.Fre-derico Godov, Celina da Silva, AntônioLoureiro Netto, Carlos Joaquim Assump-

-ção, Déa Araripe, Humberto Villard, Al-berto Arnaud, Pequenino de Andrade, LuizGuaranv Filho, Alayde Leite Dourado, Al-berto Alves Barreto, Andina Silveira, Ame-rico Pereira Fonseca, Francisco GonzalezCapella. Carlos Cvrillo Bueno, Victonada( ta, Maria Emilia da C. Dias, EduardoCosta Lima, Júlio Mario de Valois Fer-reira, Gilberto Domingos Souto, Ophelia

TauíoirManud^Souíá Gaívão! SebaS tF. Quaresma, Payra Souza, Annita Mo - -

^S^S^^^SS^ ͻfiU Homero Dias Leal.d^o^mo^oira, Genesio Barros

^^o^^M^Li^o^n-\nisio Bueno de Camargo, Alfredo Cor-rêa Doralice de Britto, Abigail Costa Cor-dovil Carlos Alberto da Silva Ferrão, Ar-mando de Araújo Ferraz, Maunho DuarteNunes, E. Duarte Nunes, Santma Jesus.Luiz Percz, Edevard^ Gérth, João BaptistaN Pereira, Isaura Novo, Carmendos San

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_tr*^ iv^^fsT XzZ&üBL

'A solução exacla do concurso de armar n. 817

Gouvêa. Gilberto Queiroz Salles, Adher-l.al Salles, José da Costa Pinto Santos,Raymundo Corrêa dos Santos, EnvaldoUhlmann, Ewaldo R- Pinheiro, Almirodos Santos Menezes. Paulo Andrade Bote-lho. Luiz Braga, Fernando Lobo d Eça,Fulaha d'Almeida. Maria Anna Naegele,Yara Miranda, Luiz Wenceslau, João Fer-reira Gomes, Manuel Pinheiro Souza, Clau-dio Stokler, Filhote Dias Leal. Cyro Gui-mari^. A^-umpção Garcia, Ottelma daSilva Coelho, Clarinda da Silva Coelho,

,anc!o Burlamaqui, Luiz Saboy Albu-querque, Maria de Jesus S- Albuquerque,

vis Lyrio Sampaio, Euclides Marques de Geny Cardoso da Rocha, Estella de Oiivei.Peres d'Almeida, Josó r:i Tinoco, Alice Martins, Maria do Car-

Dias Leal, Ig. Paim, Ricciotte José Ca-taldo, Minotti Cataldo, Ademar Pitan-

ra Souza, Othon Leonardos, MariannaFerreira d'Almeida, Daubigny Viot, An-t mietta Mello, Eduardo Victor. Edith

lho S. Albuquerque, Elza R. J- OlgaGonçalves, Alayde Horr-Meycll Alvares.José Luzoski,

"Feliciano Penna, Vera de

Niemeyer, Lourival Villar, Noemia deCastro, Analdina Soter, Jayme d Anla

tos Vidal, Gabriella do Amaral, Georgina Machado, Maria Vieira de Andrade, Mau-Maria da Fonseca, José Antunes d'Almei- ricio Lima Magessi, Raymundo Espiritada João Rodrigues da Silva, Mario de Santo. Ernesto Wette Júnior, Aurora J^e.-Sant'Anna, Bcnjamin Augusto Miranda, tas, Maria Leticia A. Mello, Luiza Oui-I-crnando V. Galheto, Guiomar Soares, Ro- marães, Nestor A. Cruz, Odette acm.

berto Viriato de Freitas, José de Moraes, Laura Macedo Volta, Erml Sigal «etio,

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O TICO-TICO 24

Luiz Bailly, Mario Souza Reis,"Japonez daCruz, Adhemar d'Almeida, Sylvia Muniz,Dulciano Saboya Albuquerque, Noemia deCarvalho, Jonathas Anacleto de Moraes,José Silvestre S. Albuquerque, ítala S.Oliveira, Rozalvo Tavares Silveira, Brennode Rezende Pinto, Saldanha Marinho Di-niz, Aida de Rezende Pinto, Henrique Del-fino, Álvaro Xavier, José Eusebio C. Oli-veira Filho, Elmandes Xavier Baptista,Eunice Villela, Carmen da Silva Freire,Antônio de Castro Carvalho, Ely SolanoCaldas, Dulce Pereira, Arlindo Castilho,Odette Ribeiro da Rocha, Ahir Carioca deOliveira, Waldemar da Cunha Passos,João de Deus Duarte, Alcides Paschoal,André Sabat, Flavio de Campos, IsmaelBittencourt, Maria Edith de Faria Pinto,Alexandre Noaili, Armando Avellar Pi-res, Nicanor de Moura Castro, Paulo Eli-dio Assumpção, Luiz Jordão, Lauro Mon-teiro, Maria Rita D. Moura, Júlio Ortega,Lopo Borges Corrêa, Lucilia de MoraesRego, Carlos Arieira, Renato Bertazza,Octacilio Pereira Incite, Saint'Clair Xavier,Jayme Saldanha da G. Frota, Oswaldo Al-ves Vieira, Amphiloquio Freitas, Alberto

'Baptista França, Cereia A. Ferreira, NeJ-son Duriez, Antônio Castro da Veiga Pin-to, Olivia Marcial Roda, Ruth Quinto Al-ves, Benjamin Pesset, Emma Corrêa deAbreu, Abigail Ramos Serra, Zoé Livra-mento, Accacio Valentim dos Santos, Ma-rietta Pereira da Cruz, Álvaro Botelho Jun-queira, João Campos, Maria da Costa Oli-veira, Nair Noronha, Aristides Nogueira,Angelina Gilardi, Dora Costa, JandyraProençà Gomes, Georgina Moniz Oliver,Antônio da Costa Lins, Guilherme Stai-farth, Téte Xavier, Edgard Ramos La-meira, Mario Rosa, Herminio Ouropreta-no Sardinha, Domingos da Costa Ferreira.Bilu' de Figueiredo, Stella Rabello, Ne-wton Silva, Oscar Marcondes Nitsch,Irene Americano, Luiz Maury, HeribaldoP. Rabello, Lino Alves de Souza, CelsoEugênio Olive, Luiza Pereira de Almeida,Agnaldo Vieira Tosta, Hilda de Abreu.Nathaniel Costa, Maria José da Costa Pi-tanga, Cecilia de Faria Castro, FiorelloReginato, Cotinha Pereira dos SantosEsmeralda da Silva Oliveira, FranciscoMundy, Alberto Faria, Esther da RochaPrado, Joaquim Magalhães A. Oliveira.Genny Martins, João B. S. de Souza, Ra-nulpho Merege, Eugênio Moura, IgnacioAzambuja, Mario Zito, Maria AntoniettaA. Freitas, Oscar C. Monteiro, ArmindoViola, Emani de Souza Carvalho, AgnaldoPio Freire, Maria da Candelária Diniz.Raymundo Porcajaca de B. Rocha, Ar-lindo Almeida Machado, Helia Pimentel.Etelvina Mendes Martins, Maria de Lour-des dos Santos, Sara Costa, Flavio Fróes,Yvette Rolim Dias Vieira, Marilia DiasLeal, Jarbas Ramos, Maria Medeiros, An-tonio Fasandro, Inaia de Carvalho, JoãoFran JunJof, Aricio GuimarãesFontes, Egualdo Vieira da Silva, JorgeMoura, Waldemar E. da Silva, Lulica deMenezes, Edison de Salles, Jayme França,Innocencio Galvão de Queiroz, MarieltaThibau, Cecy, Dacy, Cony, Arthur Ro-lim, Almir Pires Ferreira, Alda Rodrigues,Nair Neiva Magalhães, Eunyce Rodri-gues, Floriano Parahyba, AmmenaydeVieira, Durval Patrício Martins, JoãoJosé da Silva. Deolinda Gomes de Olivei-ra, Dulce Muller, Ruy Poestcr Peixoto,Alfredo Pimentel, Marino Rangel Brigi-do, Joaquina Peixoto, Célia de OliveiraRibeiro, SainfClair Sant'Anna, MariaMargarida Villa, Xavier Poleyeux Gra-

ziani, Alberto dos Santos Tavares, Bel-mira do Coutto, Deodato D'Aniballe, Fia-via Ml Boeckel Bandeira, Rodolpho C.Rosmussem, Irene Forster, Luiz Confudio,Oswaldo Moreira Guimarães, José Carlosde Chermont, José Dalsech de Faria Pin-to, Jesualdo de Faria Alvim, Camilla Ta-vares da Silva, Nair Gusmão Lobo, NelsonGonçalves de Oliveira, Maria Apparecidade Azevedo Corrêa, Lucinda TeixeiraBastos, Eduardo C. Vianna, Nair da CostaFagundes, Maria Duarte de Mattos, Arios-to Bezerra, Maria José Pereira, TagefoxArgollo Silvado, Ondina Moreira, GentilMenezes, Claudionor Costa, Aura da Sil-veira Santos, Arão S. Barcellos, OlmaKróland, Dina Pereira Torres, KermesSaraiva da Silva, Maria dos Santos Ba-ptista, José da Rocha Ribeiro, JuremaGomes de Azevedo, Maria Regina F. Bor-tholo, Rubem Gonçalves Torres, Mariode Andrade, Arthur Pereira Martins,Augusto Amarante, Hilda de Souza, Bran-ca Regina, Francisco Tavares Pereira,João de Mello Fragoso, Frederico de Sou-za Alves, Maria Luiza Moria, José Pe-reira de Souza, Vicente de Paulo Albu-querque, Néso S. Freitas, Leopoldo Plaink,Arminda Pimentel, Álvaro Braga, Ray-

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üun.\ galantes leitores da ~Tieo'TicotidenliS nesta capital. Lincoln de AraújoCosta e Clelia de A. Costa, filhos doSr. Pedro de A. Costa.

inundo Nonato, Maria Leonor Pagels deCastro, Nelly Vieira da Silva, Dulcy Tcl-les de Carvalho, Arthur Cesccr Boisson,José Lemos, Leonor Coppi, José FranciscoGonçalves, Hercilia Leite, Álvaro PortoBarroso, Odette A. Lima, Luiz Carlos B.Flores, Renato Soares Lopes, AlmerindoLobo Menezes, Inah Gonçalves, ÁlvaroAlmachio Ribeiro Guimarães, YolandaJordão, Manuel da Costa Guimarães, Isau-ra Rezende de Carvalho, Elizita Carras-

cosa Duarte, Maria José R. Gusmão,Elzira Neves Maura Main, Hilário deSouza, Raphael Piantine, Regina Fortlag,Clotilde Moreira Rolla, Álvaro ErnestoOlive, Leonor America de Barros, Alfre-do Fernandes, Marietta Lambert, José Go-mes da Silva, Yolanda Furtado, FlorianoAlves, Eduardo Andrade, José de CastroAbreu, Agenor Praça, Antônio PereiraLeite, Maria Guimarães, Narciso H. Si-queira, Themis Serzedelio, Oswaldo Rios,Hélio Monteiro, Maria da Piedade Porto,Guilherme S. Lima, Álvaro Armando, #Luiz Teixeira Araújo, Marietta Piquet,Durval da Silva Pinto, Jandyra Machadode Oliveira, Gustavo E. de Abreu, Mariado Carmo Azevedo Moura, Elly E. deAbreu, Alipio Baptista de Oliveira Júnior,Adelaide Roda, Mimi Worm, Wladimirdos Santos, Plinio Fonseca Appolinario,Mercedes de Oliveira Miranda, Plinio Pe-dro Paulista, Luiz Cavendisk, Julinha Lu-dwig, Lelita Leal, Marcial Pinheiro, Gil-liat Callado, Georgina Fortarel, Olga Mo-reira Guimarães, Isabel Gonçalves, HugoMagalhães, Alfredo Hobayka, Orlandinados Santos Coimbra, Ruth Marques dosSantos, Joanna Osmann Leone, Pedro Lo-pes de Oliveira, Adhemar Bahia Fernan-des Barros, Manuel Macedo Soares, An-tenor Zengi de Almeida Rodrigues, Juiiade Oliveira, Carmen Ramos, ErmelindaSaraiva de Mendonça, Maria de LourdesDarbilly, Oscar Souza Lima, AntoniettaAugusta Santos, Maximiano Rogério,Layde Andrade, Jorge Macedo Carneiro,Jacyra da Silva, Jayr Brandão de Olivei-ra, Galba de Oliveira, Vitalmino de Al-meida, Christovão A. Ribeiro, João Be-rendt de Oliveira, Miguel Barreto Vianna,Aracy Delduque, Antonietta Delduque,Mario de Araújo, Albina Moreli, AdolphoAntônio Furtado, Carmita Franco, Mauri-ricio Reguffe, Mario C. Oliveira Filho,Nicanor Duarte, Nadyr da Silva Telles,Jacy Moraes, Marilia Rego Macedo, Tlico-dozio Rego Macedo, Waldemar A. Cama-ra, Augusto Pereira dos Santos, DalilaCelestina dos Santos, Luiz de Oliveira,Alcides Teixeira de Araújo, Dina da Fon-toura, Luiza Ferreira Pires, Celso de Arau-jo, Moacyr T. Senna, José Barcellos, Leo-nardo da Fonseca Santore, Nelson DiasP., Alexandre H. da Costa, Else Schwci-tzer, André L. Dias, Astrogildo Cezar deOliveira, Antônio Vaz Pinto, Jair de Car-valho, Waldemar Néra Barroso.

Feito o sorteio vcrlQcOu-se o se-guinte resultado:

i- Prcmio 10$.Eduardo Costa Lima

com 13 annos de edade, residente noCoulevard Amazonas n. 52, Manaus,Estado do Amazonas.

__¦ Prêmio io$.

Elisita Carrascosa Duartecom 8 annos de edade, residentena rua do Príncipe n. (J, Pernara-buco.

RESULTADO DO CONCURSON. 830

SOLUÇÕES EXACTA3

i-—Patos2 — Malho -Alho3-—Damasco4*—Co-mico

HORÜCKS IMALTED IrlILK . SALVAÇÃODÁS CREANÇAS

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23 O TÍCO-TICO

De poucos concursos, temos rece-bido tantas soluções como do quehoje damos o resultado.

Assim, foi animadíssima a apura -ção d'este sorteio.LEITORES QUE NOS ENVIARAM SOLUÇÕES

Maria Eugenia de Oliveira Barbo-sa, Nair Cabral da Silveira, Valen-tina Teixeira Andrade, Antônio As-#cenção, João Frederico de Almeida,Sebastião Lopes de Castro, OswstdoJaver, Edgard Venancio da Paixão:Benjamin Gomes de Amorim, Mau-ricio Lima Mahessi, Zelia MaggessiPereira, Maria Adelina dos SantosLaranja, José Linoz dos Santos La-ranja, Marina Figueiredo, Maria dasÉ)ofes de Miranda Machado, LeiláLeonardos,AthonLeonardos,Francis-co Antônio Còrtez, Maria José deCarvalho, Nelly Ilofer, Ernesto Pe-droso Rosemburg, Odilardo NevesMurillo Fontes, José Vaz de Mello,Paulo Salles d'OÜveira, Renato Pra-tes Castanho, Alberto Ferreira Lo-pes, Orlandino V. Morres, AdelinaAzevedo Ferraz, Antônio Unhoz,Zilda Costa, Francisco Marques dosSantos, Carmen Jacobina Rabello.Jordano da Matta, Arnaldo GomesNetto, Floriano Lopes de Souza, An-tonio Lopes de Souza Filho, AhirCarioca de Oliveira, Esther B.Beson-chel, Natercia Cunha, Lúcia Barbo-sa Ferraz, Sylvanira Campos, Anto-nieta de Carvalho, Cid Gomes deAguiar, Antônio Nicodemos, Miguelde Campos Junior, Levindo de PaulaSilva, Antonietta Ribeiro da Silva,Maria Pinto Blandy, Maria Soares deSouza, Alberto M. Gomes, AlidaHarthey. Ary Franco.Orosmano Car-neiro, de Magalhães, Ernany Gerth.Humberto Moreira Guimarães, Car-los Paraguassú de Sá, José AugustoMoreira dos Santos, Maria Medeiros,Luís Peres Moreira, João MarcondesNetto, Cleantho D.Albuquerque, Zo-rayma de A. Rodrigues, Maria JoséPereira, José Hermes Sampaio, He-Iena Braga e Costa, Stella da SilvaNazareth, Cândido Brandão, VicenteGonçalves, Adelaide Braga Montei-ro, Antônio Bento de Campos No-

?¦_' - _#_¦

A graciosa Maria José Pereira, comannos de edade, residente em 1 alman

ado i.V Ptrnamluco,

gueira, Aloysio C. da Paz, AracyPinto, Graciano Areai, Sylvio Bragae Costa, Arinda Machado Bezerra,Stella Carrion Mattos, Santinha, Ma-ria Virgidia S. Malta, Lydia de A!-buquerque, Odette Teixeira, AntoniaLYrio, Dina Fernanda Palombin, In-nocencio Perez M. Galvão, Euthaliada Costa Dias, Alice Dias Cardoso,Mario Pacheco, Maria da CandeláriaDiniz, Ângelo Fontoura, Maria daCruz, Álvaro Rosadas, Irene Couto,José Maggessi Pereira, Elvira daCunha Maggessi Pereira, Atalia Ma-ria do Nascimento Silva, Camila Ta-vares da Silva, Olga Gonçalves, Noe-mia Freire, Alcindo Dayrell, AugustoXavier Braga, Antônio Cato F. Gui-marães, Henrique V. Alves, Rosirisde Oliveira, Mario de Almeida Al-cantara, Hermone Legey, EduardoCorrêa da Costa Junior, Zicya deCastro Luzia Ferreira Pires, ÉuphyJalles, Iracema da Matta, Izolina Tei-xeira, Benedicto Funchal, Ivan d'Al-buquerque Câmara, Maria de Lour-des Pierrotti, Hilda de Mello, Anto-nio Ferreira,Antônio Pérsico, Sebas-tião de Campos, Mario Martins de Al-meida, Sara Cibullares,Cláudio Mar-tinho dos Santos Laranja, João Pa-paterra, Aricles Pinto, João Gáudio,Cyro Helmola de Souza Soares, Ma-ria Rachel Pires, Maria Lily dosAnjos, Helena Picorelly, João Baptis-ta de Macedo, Ramon Junqueira, Al-cina Borges do Nascimento, Gilbertodo Nascimento, Adelia do Nascimen-to Filha, Eugênio Domingos PecoraSeara, Maria Orten da Fonseca, Ma-ria Dolores Martim, Maldonado.Odi-Ia Soares de Miranda, Francisco Gil,Gustavo E. de Abreu, Elsa de Cas-tro, Clara Ferreira Jorge, José Antu-nes de Almeida, Ruy Duarte Novaes,Laura Labarthe de Simas, Maria deLourdes Labarthe de Simas, Candi-da de Moraes Alves, Manuel PiresCardoso, Sinhazinha Coutinho, Gui-lherme Augusto Welte, Maria deLourdes Ribeiro, Victorino Sernola,Hildebrando A. Wernecke, Lyciad'Azevedo, Iracema Rosa, ArnaldoCosta, Filandisia Sócrates, WertherTeixeira de Azevedo, Ataliba de Bar-cellos, Else Schweitzer, Maria Ap-parecida de Góes, Máximo Martins,Henrietle Saint-Martin, Judith deFreitas. Miguel Ducos, João Babo,Nair Virães de Oliveira, Eduardo C.Vianna, Ary Duarte, Maria CaldasVianna, Antônio Pereira, Ruth No-"ueira da Gama, Lucilla Emilia Al-ves, Sylvia Lhort Coimbra, VirgílioPinto, Silvio Franco, Erothildes Frei-tas de Almeida, Aurora Ferreira deFlffU—redó, Clytcmmcslrn Pcssa-nlaã, Arnaldo Martins Vieira, Anto-nio Carvalho Fontes, Alba Seixas,Henrique Alves Teixeira, Alice Al-meida, Célia W. Monteiro, BentoLima de Oliveira Pinto, Eduardo¦\ndrade, Manuel Pinto Mesquita,Eunice Mourão, Tácito A. Nascimen-to, Emilia Antunes Ferreira, EugênioLuiz Telson, Daura de Souza e Mello,Beatriz Pinheiro Baptista, ManoSanfAnna. Ophelia Avellar Barros,Wladimir C. Figueiredo, Celuta Pe-reira Rodrigues, Stella de Carvalho,Heloísa kodovina, José Corrêa Vil-leia, Maria de Lourdes Mesquita,Pedro O. Reillyde Souza, HelenaBra°a, Alexandre Cezar da Silva,lavme de Carvalho, Jorge Jacy deCarvalho, Gezualdo Alvim, MariaLuiza Pires, Josepha C. d'0. deAlmeida, Olivia Marcial Roda, He-

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*^»> ™ -": ..-¦ f'":'J '^iMB"*Fi»_^^__«f_____" i___«_tv»«_t«___«»__8

A interessante Yára Cawitfiro Magalhães,de 9 mezes de edade, e já admira astravessuras do "Chiquinho'".

ritaldo Pereira Rebello, AlencarCândido da Silva, Mana MagdalenaGomes, Mario Bezerra Antunes, Ma-ria Santos, Themis Serzedello, Al-tair Teixeira, Dorzilla Teixeira, Ju-dith de Almeida Pires, Nino Albu-querque, Ismael Bittencourt, Dina-merico de Moura Castro, AngenalRosite, Lucilla de Moraes Rego,Nina Albuquerque, Elwaldo Filguei-ras, Carlos Cyrillo Bueno, ÁlvaroEsnesto Olive, Luiza Villa, AntônioVaz Pinto, Mana L. Lima Brandão,Carolina Lemos, Maria Andréa Bar-reto do Amaral, Aurélio Malard, Al-berico Pereira de Campos, Mana L.Coutinho, Lincoln M. Vellozo, Ma-ria Anna Naegele, Adolpho Gragnani,Nicanor de Moura Castro, João Lo-pes de Lima, Plinio de Moraes Be-nedicto M. de Castro, Octavio Men-des Filho, Nelson Soares de Souza,Nelson de Albuquerque Costa, An-dré Ribeiro Machado, José Rocha,José Ramos, Jair Corrêa, JoaquimHallais de Oliveira, Carlota da MottaMachado, Raul Toledo Galvão, Nel-son Soares de Souza, Ida de Chiara,Nair Ribeiro, Margarie Williams,Beatriz Ratto, Mario do Prado Dan-tas, Lilina B. Ferreira, Nadyr MartinsCardoso, Dírgmnr Soíirca Oia-a, J<>bél Lopez, Dalila Maria FernandesGuimarães, Armando de Araújo Fer-raz, Edmir Mello da Cruz, EuzebicChristiano Alves, Maria da Luz,Aracy Delduque, Jandyra Pinho Bas-tos, José Faustino AíTonso, ZelimCondixa de Azevedo, Anna de PaulaLeitão, José Maria Paranhos, Periclesda Praça, Ondina Marques, HeloísaGraça Couto, Bernardo Kaden, MariaDolores da Cruz, Carlos Vasconcellosde Almeida, Osmar Khaled,. AntônioGomes de Farias, Alencar Cândidoda Silva, Dagoberto Dias Uruguay,José Almeida da Silva, Nylson de Me-deiros, Marilia Dias Leal, ManadoCarmo Dias Leal, Donguinha DiasLeal, Homero Dias Leal, Filhote Dia*Leal, Iracema Pereira Gu.maraes.ju-cyriô F. Simas, Edgard Mendonça deOliveira, Mario C. Oliveira Filho,

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O TICO-TICO £6

Rita da Silva Nicoláo, Maria Pego deAmorim, Joaquim Lauriano Gomes,Eurydice Corrêa da Silva, FredericoII. Saboia e Silva, Odette de Mene-zes Dias, Ce'sina Faria Rocha, Luiza11. de Carvaho, Theodulo da SilvaTavares,Ernani da Cunha Schlobach,Horacio Catanhede de Almeida, An-tonio Loureiro Netto.Maria de Lour-des Tourinho, Beatriz BittencourtLobo, Ayrton Bittencourt Lobo, Ira-cema Fernandes de Oliveira. Clima-co Anesio da Costa,Cacilda Benigilo.Rozaldo Tavares Silveira, BentoAmaral, Carlos Pimenta, Juha deFreitas Siqueira, Laura Souza Gue-des, José Antunes de Almeida, ZillaMoreira, Nelson Pillar, Anionio djCastro Ribeiro Júnior, Evencio Cos-ta, Julia Lamego, Annita Morandi,Lourença Gonzalez Capella Bueno,Francisco Gonzales Capella Bueno,Periclesde Souza Lisboa, EsculapoMoreira, Alberto Sá Freire Paes.Ma-ria Olga Viot Coelho.Sidney do Ama-• ral, Pedrina Leitão da Silva, Henri-que D/Gjulart, Maria Stella D. Gou-lart, Mano Saitos, Moacyr Prestes,Antonietta Delduque, Irene Silveira,Virgílio Castilho, Arlindo Castilho,Nylza de Medeiros. Yolanda PereiraGuimarães, Ary Pereira Guimarães,Manuel ígnacio Cavalcante, loãoCosta, Nelson Corrêa, Maria Estella.Marinho, Orlando Chaves, Murillo

. Moutinho, José Lanzarotti, CharlesBesting, João Baptista Pires d'Al-mada, Maria de Lourdes Aguiar,Christovão Colombo Mello Mattos.Evencio Costa, Arminda Rosa Gui-marães, Alexandre Eugênio Ferreira.Marietta Moreira da Silva, loãoVieira, Nicota Bazzarelli, Isaura Bra-ga Q. Simões, Waldemar Vianna,Zenith Neiva Magalhães, BellinhaCosta, Hilda Corrêa, Judith Pinto,Odette de Gusmão vianna, MaritaPentes, Dina da Fontoura Rocha,Cid de Aron e Lima, Oswaldo So-ei ates do Nascimento. ConstantinoM. Lisboa, Francisco Previsani Be!-trão, Maria Vieira de Andrade, Fran-cisca Chagas Martins, RanulphoMerege, Yictori Faccini, Giocond-iTeixeira Pinto, Edgard Villela. Con-stantino de Campos, Regina BastosFranco, Aguinaldo Costa, ArmindaPimentel, Antônio Guenaga, Gra-ziella de Castro Andrade, DyonisiaGuilherme, Castilho Lisboa,Firico Guilherme C. Lisboa. Gastão deMoraes Carvalho, Mathilde Eberl-marco, Adalgisa dos Santos, Guiomardo Amaral Camargo, Ernesto Welle

Júnior, José Jorge Gonçalves Júnior,José Oliveira, José Monteiro deAguiar, José Monteiro Amarante,João Barbosa de Magalhães, Ame-rico Pastor, Cid Pimentel Nunes,Paulo Santos Azevedo, João Bueno,Eduardo Syn, Mercedes Franco dêMagalhães Gomes, Gabrie'la Fran-co de Magalhães Gomes, RogérioFranco Magalhães Gomes. AntônioPinto dos Santos, Jayme de Oliveira,Alfia Vioravanti, Yolanda Amen,Paulo Vasconcellos, Alarics jayme,Paul Fanzeres, Clovis Baptista Be-vilaqua, Adar Capote Silva, CarmenPassos Araújo, Givio Abramo, Lau-ra Ilenniger, Zemyra Hoita da Cos-ta, João GonçaUe; de Souza, Armin-do Santos. Ce:y Alvares da Cunha,Jairde Carvalho, Anstides Santos'Álvaro, Austerlinda Corrêa d'Albu-querque, Cinira Baeisa, DamascoPauer Carneiro, Antonietta Mello,Leandro José da Costa Júnior, JoãoBarreto de Mello, Arthur Cordeiroda Fonseca, João Pinto do Nasci-mento Guedes, Manuel Xavier P.Barreto, Payra Souza, João DinizFilho, Nair Branca da Silva Guima-rães, Annibal de Almeida, ManuelC. de Moraes Rego, Eugênio Brenn.Rosina de Freitas, Maria da PiedadePorto, Emilia Reichent, Zilá Mariade Souza, Anionio d'Almeida, JorgeAzevedo Doria, Rogério Guanães,Carlota Tavares, José F. Paulo, He-lena Lobo d'Eça. Raphnel Tobias deMagalhães, Eduino F. Carpenter,Antonietta de Souza, Ambrozina Ri-beiro, Victor Alves de Campos. Mar-colino de Carvalho, Rosa Freired'Ávila, Carmen Ramos, Nair Ma-chado, Eduardo Lustosa, Dinalima,Custodio Spolidoro dos Santos, De-cio da Silva, Elly E. de Abreu, An-tomo Castro da Veiga Pinto, SadyCardoso Gusmão, Marietta Gomes',

I*or sorteio foram premiados ossegulntea concorrentes :

1' Prêmio 10$.Carlos Cyrillo Bueno

com 13 annos de edade, residente narua Barão de Campinas n. 40, SaoPaulo.2* Prêmio 10.3.Maria L Uma Brandão

com 10 annos de edade. residente nayilla Galhucei, Thercsopolis, Estado

CONCURSOS ATRAZADOSN. 815

Aracy Dias Fontes, Isabel A.. Telles deCarvalho, Lenita Plank, Orlando P. S.Machado, Alfredo Cuimarães, Júlio Marioúc Valois Ferreira, Amilcar Osório, Cio-tilde de Moraes, Salomão Machado,

N. 828Lady Gusmão, Maria de Lourdes Quin-

to Alves, Genesio Barros Gouveia, JuracyRosa, Maria José de Castro Pitanga,

do Rio.

Gpande Concursode Datai #

Vae ser um dos maiores sue-cessos, o resultado do Con-curso do Natal.

Temos recebido uma infn'-dade cie soluções todas maisou menos certas. Os prêmios adistribuir são offerecidos pel:único depositário no Brazil deproJucloIDEALINASr.F. Gas-tilho, estabe'ecido na AvenidaRio Branco, 101.

1 •, Prêmio— 4 libras ster-Unas (moedas tle ouro) novalor total tle 60$000.

2-, 2 libras stcrlinas (va-lor lotai 30$).

3-, Um vidro de Fvtracto"Xanto" (valor de 30$).

4; 1 Dúzia de Tablctlcs"Ideallna" (valor de 30$.)

• 5«, I Dhz. de sabão ''Idea-Una" valor 1*$)»

6«, S|2 Duz. de Tabicllc»"Idcalina" (valor I 5$)

*•, fi« Ibiz. de sabão"Idealina" (valor (ft$).

A TORRE EIFFEL97 RUA DO OUVIDOR 99

Do dia 22 a 31 de Dezembro .Distribuição de LINDOS BRINQUEDOS

a todos os compradores de vestuários para creanç?s

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27 O TICO-TICO

CONCURSO N. 835PARA OS LEITORES DOS ESTADOS E DESTA CAPITAL

Vocês já viram algum dia oTatu ? Pois não viram ? E' oTatu que hoje apresentamos aosnossos leitores; não é bicho.Antes, pelo contrario, é gente.E pente escovada, como não haoutra neste mundo.

Um dia destes o Tatu passouaqui pela redacção e... cspan-tou-nos, pela sua elegância.pose, sfnaríismo e. sobretudo,pelo seu rosto insinuante.

Tirámos-lhe a photographia,mas. infelizmente, a chapa par-tiu-se, como vocês estão vendo.

Agora tratem de juntar essespedaços c de se certificarem dabelleza e elegância do nosso ama-vel Tatu; e, depois d'isto feito,enviem-no á nossa redacção atéo-dia 10 de Fevereiro, data doencerramento deste concurso.Por sorteio serão distribuídosdous prêmios de 10S cada um.e nelle só entrarão as soluçõesque, além de virem separadasde qualquer outro trabalho, tia-gam á margem o vale respe-ctivo. devendo ser ainda as-gnadas pelo punho do _pro-prio concorrente, declaração deedade e rc-idencia.

A DECIFRARCONCURSO N. 836

TARA OS LEITORES DOS ESTADOSPRÓXIMOS ED'ESTA CAPITAL

'Perguntas1 • Qual e a parenta que está

no violão ?2 svllabas

fPela senhbrita IlenriquetaVil laça)

2-—Qual é a madeira que étambém sobrenome ?

syllabas(Enviada pelo Snr. Arlindo

Castilho)3-—Qual é o verbo que lido ás

avessas não é commum ?2 syllabas

(Remettida pela senhoritaGi-selia Bruzzi)

4-—Qual é o paiz da Americaque se lhe tirarmos a primeiralettra fica um nome de mu-lher ?

syllabas(Enviada pelo -Snr. Joaquim

Prado Pinto,).Ahi, está. pois, organisado o

concurso de perguntas, comquatro simples perguntinhas.

As soluções devem ser envia-das á nossa redacção até o dia5 de Janeiro próximo, e os pre-mios a distribuir sao dous, de10S cada um ; a solução devetrazer á margem o vale respe-divo. a assignatura, declaraçãode edade e residência do còn-corrente e deve ainda vir sepa-rada de qualquer outro concur-so ou trabalho.

GRANDE CONCURSO EXTRAORDI-NARIO F

Extraordinário é o numero desoluções que temos recebido pa-ra o grande concurso F. Espe-ramos que este concurso obte-nha o mesmo êxito dos seusanteriores.

Segue a lista dos prêmios aserem distribuídos:

!• PRÊMIO

UMA DÚZIA DE RETRATOStamanho imperial, rica e luxuo-samente confeccionada, junta-mente com uma pasta lindissi-ma. Este excellente brinde éofferecido pela conhecidaPhotograhia Guimarães

Rua tia AsscmMca, MO®

2- PRÊMIO

UMA BOLSA PARA MENINAultima novidade pariziense, comlindos adornos. Um prêmio«chie» na extensão da palavra,offerecido pela conceituada casa

PALAIS ROYALRua cio Ouvidor, 1Í28-130

3" PRÊMIOUMA BENGALA

com rico castao de prata de le:,caprichosame-nte ornado e ma-deira de primeira qualidade.Offerta da importante chape-laria

LORDS HOUSEK.-U.3. da Asseinblóa, 100

DO 4* AO 20- PRl£MrOS APPKOXIMA-DAMEN1

Uma infinidade de livros sei-entificos, historias, lições, etc,etc, eque, no próximo numero,dividiremos convenientemente,"relatando-os

a nossos leitores.Esses preciosos prêmios saoofferecidos pela reputada

LIVRARIA ALVESRua tio Ouvidor, ÍOO

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O TICO-TICO 28

OS QUE ESTUDAM

^^^jmÊfSm .^JmÊmm^Êk. \^m\^mmKa\\\wa^ka^3m^iÊ^^am\m\\m1!tÊ^^-Ê'

'mWfs.^-f "' "Mfl^^fC ¦ fl|' -;--\

^É^^^ 7**K§s¥5,r ss*i n^MMfc i'' ^'.-ai^Vttt^HsV^^^H^B

L"/7i £'/'«/'<? di? applicados ahunnos do Io t? 2o a»H0 (fa Escola de Humanidades, sob a direccão do Dr. Alpheu Portclla, "posando"especialmente para

"O Tico-Tico"

Ülda 5oeial Infantil4SN1VERSAR10S :

Completou mais um anno de existênciano dia 20 do corrente mez a intelligentesenhorita Iiraulina Souza Brum, sinceraamiguinha do Tico-Tico e residente nestacapital.

Fez annos no dia 18 do corrente meza graciosa senhorita Bcnedicta MoreiraBastos, que por este motivo deu em sua re-sidencia um lunch a suas innumeras ami-guinhas e admiradoras.

Passou a 16 do corrente o anniversa-rio do Sr. Moacyr Hortencio Bastos, bomamigo do Tico-Tico e irmão do nossocollaborador José Hortencio Bastos Filho,residente nesta capital.

No dia 13 de Dezembro, FranciscoSerra, nosso distineto leitor, viu passarseu precioso annivcrsario natalicio.Fez annos no dia 17 do corrente omenino Nelson, dilecto filho do Sr. Kober-to Harfield.

NASCIMENTOS :Acha-se augmentada a prole do Sr. Paulo

Burlamaqui Kopke e de Mme. CândidaBurlamaqui Kopke, pelo nascimento dogalante César.

O Sr. José^ Soares Leite e sua Exma.esposa, Mme. Emilia Durmund Leite têmo seu lar enriquecido com o nascimento deuma galante filhinha, que recebeu o nomede Lourdes.

Chama-se Emilia a robusta meninacujo nascimento veiu alegrar o lar do Sr.Humberto de Moraes e de Mme. Jennyde Moraes.

BAPTISADOS :

Na matriz de Irajá effectuou-se a 16 docorrente mez o baptisado do innocente Mil-

¦ton, filho do Sr. Thomaz Fclco c de Mine.Alexandrina I

Serviram de padrinhos da galente crean-ça o Sr. major Miguel Marques Gonçal-ves e Mme. Amélia Marques Gonçalves.PELAS ESCOLAS.:

Nos dias 1 e 2 do corrente mez proce-deu-se aos exames da I* Escola Publicada cidade de Rio Bonito, sendo a mesaexaminadora composta dos Srs. professoresAlexandre José de Lacerda, Manuel Gon-çalves de Souza Lima, Antônio Vieira daRocha, Darso Pereira e Alexandre La-cerda.

Resultado dos exames iApprovados com distineção, grau 5

Ubaldino Monteiro de Souza, Antônio Ga-briel Nora e José Lopes ; approvados pie-

namente, grau 4 Alfredo Vieira Rangel,Nestor Pires Polley, José Campos Damas-co, José da Rocha Campos e Sylvio da Ro-cha Campos; approvado plenamente, grau3Walter Tillc.

— As alumnas do Collegio de Sion pre-pararam um grande festival em beneficiode sua capella, em construcção na cidadede Petropolis.

A interessante festa realizou-se domin-go, 14 do corrente, no field do BotafogoFoot-Ball Club, graciosamente cedido peladirectoria.

Essa festa esteve agradabilissitna, con-stando de tombola, leilão de artisticas pren-das e serviço de buffet, tudo arranjadoe executado pelas gentis alumnas do acre-ditado estabelecimento de ensino.

V - - *fl • VhTvIsI SSsKls^SSSSSSSSsk Ul '^Ul

I È\ *'3$@ Sr kl í'omjàÊÈ "2 A\3 UM

TkW à\\\m^a\\a*. sssssssM \.m\W. ^sssssssss^H BrW.BC asPf^Hr

mmmWf^Á.* f .^sssssssssssssssssH ¦¦¦iV^ssssssssssssssssEB

Alumites do 4° atino d'aquella conceituada Escola aPou uma aula de historia natural-"J•csando', fera "0 Ti^-Tuo"

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sa O TICO-TICO

fam ossavossa

Tendes algnm desejo qne, apezar do vosso esforço, não conseguis ver realizado ? Sois infeliz cm v¦lia ou em vosso commcrcio ? Precisaes descobrir alguma consa que vos preoccnpa ? Fazer voltar para v„„companhia alguma pessoa que se tenha separado ? Cnrar proinplaiiienfe algum vicio de bebida, jo"o o ti sensualismo ? Alguma molcslia do cérebro, nervosa, ou qualquer outra ? Destruir algum malefício ? Recuperar .il-uinobjcclo que vos tenham roubado ? Alcançar bom emprego, negocio ou prosperidade ? Augmenfar o poder davossa vista ou memória ! Adivinhar numero de sorte í Atlrahir abundância de dinheiro ?

: ^ffO^:'Ât\El DÊm y ^AGNETIZADOR

The MM avim' \llIiRENcS^. \

Magiíetic VlfisrV

Radio-àctiuidàcle dodyoòrni^mo Kumàno

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^ucce^o certo,^orprebendente,«2.5 nòturòl !

PALMILHAS ELECTRICASNão necessitam carga, nunca s esgotatr

e duram sempre

Xão produzem choques, e sim apenasum calor suave que tonifica os nervos,dando-lhes nova vida e energia. Confor-me o tamanho do pé.cada pard'estas paimilhas possue i6a20 discos metallicoipara producção automática da electrici-dade com o contacto do suor ou humida-de natural a todos os pés. Além de imp>direm o apressawento da velhice, porqueisolam do grande iman — a Terra — qui:sempre absorve pelos pés, o fluido vitalorgânico, curam rapidamente a triagemnos pés, o rheumatismo, as caimbras, agota nos pés e nas pernas, e preservamdo beriberi. Usam-se por dentro dasmeias, com as placas encostadas á pelledos pés e podem ser aparadas com tesou-ra ahm de tomarem o feitio do pé.A friagem ou humidade nos pés, sendedesagradável e a causa de futuras mo-lestias, como bronchite, asthma, pneu-monia, tuberculose, perda de voz, nevral-gias, rheumatismo,etc. convém que todos— homens , mulheres e creanças — usemestas palmilhas, sobretudo o pessoal deestabelecimentos ladrilhados ou as pessoas que demoram em logares não assoa-i liados.

Preço de cada par, porte pago:8$000 rs.'Bastará enviar uma tira de papel com ccomprimento do pé, para se receber lonum excellente par de palmilhas

Emureaae o» Accumuladores IWentaes. Com elles podereis também facilitar casamentos difficeis, reconciliações, obtençãoEmpregae o» «cv-u „u c ^ cmpregos> resoiver favoravelmente as difficuldades da vida, etc.

O HOMEM OU A MULHER QUE USAM OS ACCUMULADOREs ESTÃOEM MELHOR CONDIÇÃO DO QUE ÁQUELLES QUE SEGUEM Os PRE-CEITOS DOS MANUAES DO BOM-TOM OU DO SABER-VIVER : ALEM D,NADA EMPREGAREM DE NOCIVO A MORAL. A BEL1G1A0 ÀS^LETSEAOS BONS COSTUMES, SÃO EM1NI KTEMENTB ÜTÇ,S^^'f.FLi°i^íCIA SALUTAR QUE SOBRE O AMDIINTE SOCIAL EXERCE

^ A^

superior; não prevaricam nem commettem ACTOS REPROVAPORQUE RECONHECEM E SENTEM A DESNECESSIDADE D ESSES

ACTOS1Resumo dos pareceres de médicos brazileiros:

«As influencias psychicas por meios¦j^\rpe^Jn(fa^^sobretudo por meio dos _Accumu adores Mentae> (taroibemchamados magnéticos), estão admittidasi desde»'f?™tiacs pelai sciencias psychicas. Na .mpo.tantc obra u<. r#x

teriorisation de Ia Sensibilitê, escripta pelo Sr. coronel A. deRochas, da Escola Polytcchnica de Paris, e queé autor aca-tado no mundo seientifleo, sobretudo como autoridade nassciencias psychicas, acha-se claramente demonstrado o modusoperandi do envoutement, fenômeno que pede consistir numainfluencia benéfica,ou salutar para a pessoa que, com inten-ção de receber tal influencia, satura com seus íluidos nervo-sos ou magnéticos algum accumulador d'esses flufdos. Váriosoutros scientistas, Inclusive o Sr. Dr. J. Ochorowicz, eminenteautor de numerosas obras sobre psychismo e psychologia,tendem ás mesmas conclusões».

E' uma exposição clara e eloqüente das forças invisíveisque governam nossas vidas; e, por praticarem seus ensinos,muitas pessoas t£m sido beneficiadas mental, fizica e íinan-ceiramente. — The Nations Weeckly jornal de Boston» —

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O TICO-TICO 30

«E' uma das melhores exposições das descobertas a respeitodo magnetismo.— Jornal do Commercio.»—«E' uma iniciaçãopratica nos mysterios do magnetismo, hypnotismo e sugges-lão, revelados com muita clareza e simplicidade.—_ Tribuna.»- «Vem preencher uma Grande lacuna no estudo da scienciaocculta.—O Pai:».— «Expõe com verdadeira proficiência asquestões mais importantes que se relacionam com o magne-tismo.—Correio da Manhã»— «Ha também centenas de cartasde pessoas notáveis que, em signal de agradecimento, fizeramcnthusiasticas referencias.

Preço de cada Accumulador 33Í0OO rs.tím Accumulador sozinho dá resultado; mas os dous (ns. b

c 6) reunidos, tendo força dez vezes maior, são de efíeitorápido e muito mais effijazes para qualquer fim.

Os dous custam 66ÍOOO rs.Os pedidos de fora devem vir com o dinheiro em vale

postal ou em carta de valor registrado no certificado do cor-reio e dirigidos a LAWRENCE & C, rua da Assembléan. 4i, Rio de Janeiro.

Os Accumuladores seguirão em registrado pelo correio,acompanhados de impresso ensinando qualquer pessoa ausal-os e sem trecessidade de outras despezas. Nada maissejjasu com a preparação ou accessorios,mesmo porque apreparação pode ser'feita uma só vez e para sempre.

Podeis enviar vosso dinheiro com toda a confiança, poisnossa casa é conhecida e, tendo sido fundada no anno de 1900é, portanto, já antiga.

Se não tiverdes recursos para obter de prompto os 2 Accumuladores, comprae um de cada vez por 33SOOO rs., ou então oompraejá por 10SOOO rs. o Occultismo pratico, com o qual podeis, sem os Accumuladores, alcançar muitas cousa*

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DE CREANÇAStodos os trabalhos sendo lei-tos com cabellos naluraes.a casa não tem imitação

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Manla-33 catalogo ill-_3tr__o

rNão se confunda a maravilhosa

EMULSAOdeSCOTTcom os preparados ai-coholicos que nãoteem nenhuma dassuas grandes^irtude3reconstituintes.

i £xi/a-se a Legitima.»¦—<?— t>i li «i n m,éf

Olhai para o futuro dos vossos iilliosDai-lhes IMorrliuinn (principio «clivo do oleo>

tie liü_do de bncnlhau) de

COELHO BARBOSA & C.~ RUA D0S Tque.&a 13*assim os tornnreis lortes e livres de muitas mo-

l(sti:\sna juventude

IMl»_4h

T.^tes dous respeitáveis velhos, se estão fortes-avigorosos, devem exclusivamente ao RROM1L, q eos curou de uma lbrmi-Javel tosse em 24 horas ape-nas...

Chiquinho e seu

fiel amigoJagunço.

ifDcscnho de Nelson de

de Oliveira) ,

jfl' se ÁGUA _ nm0 Almanach d'0 TICO-TICO

Contendo, entre outras novidades sensacionaes, A HAGINA MARAVILHOSA que, vistacom 0.uu,MjbULu.MAUibU onereciao 3-iiuuiieme luiii u aiiimiuiun, iu..u uuu^> /*.__*_.»CTOS: GYMNASTICA SUECA, Tratado completo de eJucacão physica para os leitores /i'< >TICO-TICO; CALENDÁRIO INFANTIL, com informações completas sobre os dias feri/dos.contagem do tempo, Carnaval.SSiSioií.-»^ dc bichos, Jllii<,i<n, 61 |>»ginas colori da»! -porta excealricas, ._ edade de loJos M uiiimac», tonto.,

KiegràdM, AneedatM, UrIaqne_oê fucei», Joaos,RETRATOS, VERSOS, CURIOSIDADES

Explicação de como se fazem as fitas cinematographicas, etc.ÊXITO SEM PRECEDENTE I

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m ¦¦—-.— —ji

o tico-tico O JARDINEIRO DA PRINCEZA/(conclusão si

i) E disseminha filha,comtigo. 0 jsiçôes, pediarvores...

•lhe:— Deves ter saudades deque gostava tanto de conversarardineiro vendo-o nessas dispo-u-lhe licença para levar algumas

2)... e plantal-as em torno da torre, paradistrahir um pouco os olhos da princeza.Orei consentiu e o jardineiro plantou emtorno da ilha, pinheiros marinhos e juntoda torre, arvores, de frueto....

3)... e eucalyptus. Ao fim de um anno es-tavam esgotadas as provisões deixadas natorre; mas a princeza podia das janellasalcançar as fruetas das arvores.

_4) Em pouco tempo aquella ilha, de famatão triste, formava, por seu aspecto seduetor,contraste com as ilhas dos arredores, de-sertas, mas onde apenas viviam soldadosdas guarnições

5; Completados os dous annos, o rei foisósinho á ilha, vero resultado do castigo enotou logo que os pinheiros tinham crês-

cido...

6|... haviam detido as ondas e piendendoas areias, tinham até tornado maior o terri-tono da ilha. M-as, approximando-se da torreo rei...

7).-fomealegri

contava encontrar Zulmira morta pelaou pelas febres. Teve porém a grandea de encontrar sua filha lortee sadia.

9) O rei trouxe-a novame nte para o palácioe, esclarecido sobre a perfídia de suas filhasmais velhas, exilou-as...

9)...mandando-as para cidades distantes.Da pnsao de Zulmira resultará bem paraseu reino, pois que as plantações de euca-lyptus feitas...

*°) pelo jardineiroFritz,para livrar™ Princeza das febres, tornaram salubreloda a uha Fritz foi encarregado delinear.

11)... pelo mesmo processo, outrasregiões do reino que eram pântanos,onde só se podia andar com zancos(pernas de páuL..

12).. em pouco se transformaram emterritório férteis, só comparáveis asterras do Brazil e da África, formosaspor sua fertilidade

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AS AVENTURAS DO CHlfeUHtttO UM RECURSO DESESPTOADO

1J A' vista da teimosia da nova professora,Chiquinho teve uma idéia. Logo de manhã

J*\ í foi á rua, descalçou-se e metteu-se na sar-Jw K:geta, que estava cheia da chuva da véspera

¦ ¦¦ ¦ - ¦ —*^ ^ -S" ¦====- ^^

3) Mas d'ahi a pouco appareceu a profes-sora com o livro—Eu estou doente — disseChiquinho.— Não faz mal — disse a professora

.

2) Ficou assim um pouco até que, ficandoum pouco rouco, voltou para casa, decla-

I rou-se doente e metteu-se na cama Julgava^^ 1 alie que assim ficaria livre da lição.

4)—Damos a lição aqui mesmo.E, puxando uma cadeira, sentou-se juntoda cama, Chiquinho não via meio de es- ;capar.

(Continua) { üj

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