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O PLANEJAMENTO URBANO E COTIDIANO: UMA LEITURA SOBRE O
CALÇADÃO DE LONDRINA
Thiago Tomoaky dos Santos Sato1
Universidade Estadual de Londrina
Esta pesquisa tem caráter multidisciplinar, principalmente no debate/diálogo entre o
Urbanismo e a História, em menor grau com Arquitetura, Sociologia, Geografia, Arte e
Analise do Discurso. A leitura está direcionada, portanto, aos múltiplos aspectos da vida
urbana, tendo como objeto o Calçadão de Londrina. Este foi identificado como o local onde
se encontram os mais diversos tipos de públicos, sendo frequentemente apontado na mídia
como o “coração” da cidade. Conforme procurar-se-á mostrar, o local foi projetado
justamente para criar condições de convívio social, propício para utilização cotidiana para
passeios, compras, facilidade de locomoção ou observação da paisagem. A tese de Denise de
Cássia Rossetto Januzi demonstra estas múltiplas utilizações do espaço pelas mais diversas
pessoas2.
Por uma questão de organização, inicialmente serão apresentados alguns conceitos
desenvolvidos por Lynch sobre o estudo da cidade nos quais a pesquisa tem um de seus
suportes teóricos para, em seguida, realizarmos uma breve leitura sobre o planejamento
urbano da cidade de Londrina e, finalmente, levantar algumas questões acerca do Calçadão.
Imagem para Kevin Lynch: Legibilidade e Imaginabilidade
As idéias do geógrafo e urbanista americano Kevin A. Lynch (1918-1984) são de
significativa influência na área de planejamento e estudos da cidade, por isto foi elencado
como um dos principais referenciais teóricos. Lynch traz contribuições para que sejam
realizadas reflexões sobre a imagem do calçadão da cidade de Londrina. Desse modo torna-se
fundamental apresentar a concepção que este autor elaborou sobre o termo “imagem urbana”.
Em sua obra intitulada a “A imagem da cidade”, Lynch compreende a imagem como a
combinação de sentidos diversos3 que é construída através da percepção do individuo.
Destarte, a imagem da cidade não é somente a cidade física, mas sim uma leitura que cada
observador pode realizar do espaço.
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A construção da imagem é um processo bilateral entre a pessoa e o ambiente. O
observador faz adaptações às especificidades do ambiente à luz de seus próprios objetivos, em
outras palavras, se faz um filtro de sua leitura, o que permite infinitas imagens da cidade. A
imagem varia de individuo para individuo e sua coerência se dá em formas diversas. Apesar
desta singularidade da imagem, Lynch aponta que há um consenso entre membros dos
mesmos grupos (social, de gênero, cultural), e, por isto, busca realizar uma análise que “passe
por cima” das individualidades4.
Para que cada indivíduo tenha a possibilidade de fazer uma agradável leitura da
cidade, Lynch defende que a cidade precisa ter principalmente duas características: a
Legibilidade e a Imaginabilidade.
A primeira característica, segundo Lynch, é crucial para o cenário urbano, e diz
respeito à clareza aparente da paisagem das cidades, ou seja, “pretendemos indicar a
facilidade com que suas partes podem ser reconhecidas e organizadas num modelo coerente”5.
Ao longo do texto, o autor defende que uma cidade legível oferece uma imagem bem definida
a seu possuidor que lhe trará uma sensação de bem estar.
A imaginabilidade, em alguns aspectos, se aproxima do sentido da legitimidade, mas
difere em outros. Sua definição é
a característica, num objeto físico, que lhe confere uma alta probabilidade de evocar uma imagem forte em qualquer observador dado. É aquela forma, cor ou disposição que facilita a criação de imagens mentais claramente identificadas, poderosamente estruturadas e extremamente uteis do ambiente. Também poríamos chamá-la de legibilidade, ou talvez de visibilidade num sentido mais profundo, em que os objetos não são apenas passíveis de serem vistos, mas também nítida e intensamente presentes ao sentido.6
Portanto, enquanto a legitimidade traz a possibilidade de uma leitura da cidade, a
imaginabilidade permite a compreensão de um significado através de artifícios simbólicos,
fornecendo “um mapa ou um conjunto de instruções inscritas”. Possibilita sensibilizar o
observador, ao domínio sensorial do espaço, este de maneira ampliada e aprofundada7.
Esta problemática de design que Lynch apresenta está direcionada para a criação de
imagens e da orientação das pessoas. De maneira geral, os indivíduos criam mapas mentais no
qual Lynch aponta os principais elementos imagísticos: vias, marcos, limites, pontos nodais e
bairros8. Esta analise se limita aos objetos físicos, entretanto, para formar esta
imaginabilidade, o individuo se utilizada também de significados sociais, sua história, entre
outras. O autor faz uma análise aprofundada destes elementos, trazendo definições, reflexões
e aplicabilidade a eles. No sentido de aproximar esta teoria com o objeto de estudo, foi
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compreendido que o Calçadão constitui ao mesmo tempo uma via e um ponto nodal em
Londrina. Portanto será feita uma breve introdução a estes dois elementos.
As vias são “canais de circulação ao longo dos quais o observador se locomove de
modo habitual, ocasional ou potencial”9 e sua construção da imagem é feita através da
locomoção, levando em consideração a própria via e seu entorno. Compreende-se este
elemento como as alamedas, canais, ferrovias, ruas e, portanto, a rua de pedestres. Os pontos
nodais são lugares estratégicos no qual o observador pode entrar, ao contrário dos marcos que
são externos, estes são focos intensivos de locomoção, funcionando como ponto de partida ou
chegada. Neste sentido, podem ser chamados de núcleos, uma vez que sua influência pode o
tornar símbolo de um bairro.
Tipicamente, os pontos nodais são a conexões de vias diferentes, sinalizando uma
interrupção do transporte. No caso do calçadão, o que se observa é que há por um lado a
interrupção do transporte automotivo, ao passo que há uma intensificação da locomoção
pedestre, contemplando outra característica apontada por Lynch que é a concentração10. É
demonstrado que os pontos nodais podem ser pequenos pontos na cidade, como as
conversões, entretanto, podem configurar “formas lineares de uma certa amplitude” havendo a
concentração de alguma característica11. Os pontos nodais são os pontos que mais contribuem
para construção da imagem da cidade, uma vez que possibilita uma interrupção e maior
observação do espaço. Observa-se, portanto, na criação do calçadão uma padronização em
seus próprios elementos, desde o piso ao mobiliário urbano. Com o passar do tempo, muitas
destas características foram modificadas, existindo atualmente a total reconstrução e
reformulação deste local.
Londrina e seu planejamento urbano
A cidade de Londrina, ao Norte do Paraná, foi fundada a partir da busca de terras
férteis para o plantio. Por meio da propaganda por parte da Companhia de Terras Norte do
Paraná e do ideal da terra da promissão construído por eles, onde era apresentado que haveria
rápida prosperidade devido às terras férteis da região, estas propagandas atraiam pessoas de
diversas partes do país e do mundo. Em um primeiro momento, o campo era identificado
como local de prosperidade e a região urbana de Londrina como centro administrativo. Com o
passar do tempo, a forma planejada da cidade também foi identificada como responsável pelo
incrível desenvolvimento da região, sendo utilizada também como propaganda para CTNP12.
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Este planejamento urbano que atraia
compradores de terras compreendia as diversas
acessibilidades que Londrina apresentava já nos
primeiros anos de sua existência, como luz,
água encanada, entre outros. Mas também
representava seu desenho urbano, suas ruas e
avenidas, inspirados nas grandes metrópoles.13
A cidade foi projetada pelo engenheiro da
CTNP Dr. Alexandre Rasgulaeff, sob uma
proposta de ruas que formavam um tabuleiro de
xadrez, sendo as ruas dispostas no sentido
Leste-Oeste e Norte-Sul. A região central foi
projetada no alto de espigão, neste caso a
Avenida Paraná, que virá a se tornar o Calçadão
de Londrina, conforme apresentado na figura 1.
Neste momento, a cidade foi planejada para
uma população estimada em trinta mil
habitantes14.
Este desenho propõe uma cidade ordenada e controlada, com a delimitação dos locais
das praças, ruas comerciais, oposição aos trilhos de trem, neste sentido, “os engenheiros
previram a distribuição espacial e social”, seguindo um ideal de uma cidade plenamente
administrada. Entretanto somente alguns anos foram suficientes para superar a população
prevista. Tem início um processo de urbanização além dos limites15 demarcados pela área
rural trazendo a ascensão de diversos bairros em seu entorno e também ao precoce
crescimento vertical da cidade16.
O planejamento proposto pela CTNP é frequentemente relacionado nos trabalhos
acadêmicos com as cidades-jardins, idealizada por Ebenezes Howard em seu livro
“Tomorrow: a peaceful Path to Real Reform” de 1898. Tratava-se de uma resposta aos
problemas urbanísticos ocasionados pela revolução industrial, buscando um equilíbrio entre
cidade e campo. Aparentemente, o primeiro autor a relacionar a cidade de Londrina a este
conceito foi Marcos Barnabé, que considera a não existência de uma transposição linear do
conceito ao projeto, entretanto, defende que os responsáveis por planejar as cidades no Norte
do Paraná não estavam alheios aos debates que ocorriam na Europa17.
Figura 1. Planta urbana inicial da cidade de Londrina. (SIMIEMA, 1998 apud JANUZZI, 2005, p. 88)
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Figura 2 Rua das Flores, Curitiba. Foto: Mathieu Bertrand Struck. 22/10/2005.
Figura 3 Rua XV de Novembro, Curitiba, 1986.Autor Desconhecido. Origem: Arquivo público -FCC - Fundação Cultural de Curitiba
A partir do fim da segunda guerra mundial, Londrina cresce e enriquece, adentrando
no período de incrível crescimento populacional, ocorrendo o redesenho dos limites do
município em razão desse crescimento e também pela emancipação de distritos e patrimônios.
Na década de 1970, Londrina possuía 228.832 habitantes18. Nesta cidade em crescimento, a
Avenida Paraná se estabelecia como sua principal rua comercial, principalmente após 1950
com sua pavimentação e aumento do fluxo. Entretanto, no final da década de 70, o tráfego
automotivo estava impossibilitando parcialmente o convívio humano neste local. Em 1977, o
então prefeito de Londrina Antônio Casemiro Belinati anunciava a criação do Calçadão de
Londrina.
As ruas de pedestres
Os primeiros registros de ruas de pedestres estão datados de 1951, na Alemanha. Na
Europa, lentamente foram surgindo mais ruas com esta característica. Entretanto, foi a partir
da década de 1970, com o aumento da frota automotiva, que o conflito entre pedestre e
veículo se intensificou, sendo possível que este tipo de rua facilitasse o transito urbano e
definir melhor os espaços citadinos, inúmeras ruas de pedestres passaram a integrar as
espacialidades urbanas ao redor do mundo, uma vez que as cidades não estavam preparadas
para esta demanda de veículos e pessoas nos mesmos espaços de confluência19.
No fim da década de 1960, o Brasil viveu um período de revitalização urbana, que
possuía objetivos inovadores quanto às identidades históricas e culturais, buscando respeitar-
las e criando um projeto com características locais. Curitiba foi pioneira neste processo, e uma
das principais iniciativas da prefeitura foi à transformação de sua rua principal, XV de
Novembro, na primeira rua de pedestres do Brasil. Esta rua na capital paranaense, também
conhecida como Rua das Flores, manteve em seu entorno os prédios com valor histórico,
conforme pode ser observado nas figuras 220 e 321.
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A rua de pedestre possui certos objetivos em seu planejamento, que vão além de
restringir a circulação de veículos, mas também de se tornar um local agradável, que possua
atrativos diversos para os usuários. As facilidades na hora das compras é um destes atrativos.
Neste sentido, muitos dos calçadões são projetados inspirados em shopping centers, recebem
tratamento paisagístico, piso padronizado, fontes, bancos, entre outros equipamentos comuns
de se perceber em shopping centers, cuja transposição de uso foram para a rua. Esta pratica
trouxe revitalização para o comércio central. Para este modelo de rua de pedestre usa-se a
nomenclatura pedestrian malls22. Neste sentido, compreende-se que há uma forte relação
entre o espaço do calçadão e o setor terciário.
Depois da criação da Rua das Flores em Curitiba no estado do Paraná, os calçadões
passaram a surgir de forma intensiva no Brasil, configurando-se praticamente como um
modismo político. No caso de Londrina, que se tornou a primeira cidade do interior do país a
ter um calçadão, este foi apresentado como uma necessidade de solução urbana pelo prefeito
Antonio Belinati.
O projeto foi apresentado à imprensa em 31 de maio de 1977, e divulgado em matéria
de capa pela Folha de Londrina
O centro de Londrina passará por uma reurbanização quase completa, segundo o projeto apresentado ontem pelo prefeito Antonio Belinati e outras autoridades e à imprensa, pelo arquiteto Jaime Lerner e sua equipe, que vieram especialmente para este fim. Será criada a “rua de pedestres”, ao tempo em que passarão por completa transformação as praças Primeiro de Maio, Willie Davis e Marechal Floriano, bem com as áreas adjacentes ao Bosque. (...) A urbanização compreenderá áreas de lazer, como quiosques, bares, sorveterias, telefones, bancas de revistas, palco para “roda de música”, abrigos para comercialização artesanal, teatrinho para crianças (...) ao tempo em que se estabelecerá mudanças no sistema viário, afastando da área central o automóvel, até onde isto for necessário.23
O texto demonstra as grandes transformações que estavam planejadas para o centro da
cidade. O grupo de planejadores liderados por Jaime Lerner possuía em seu plano original
diversos itens que não chegaram a ser concluídos, como: o playground e a total padronização
dos quiosques com os tetos brancos. O calçadão de Londrina, em primeiro momento, foi
construído entre as Ruas Professor João Cândido e Senador Souza Naves, mas foi expandido
por mais duas quadras em 2002, através de um projeto de reurbanização da ACIL (Associação
Comercial e Industrial de Londrina), passando pela Rua Pernambuco com seu limite na Rua
Prefeito Hugo Cabral.24 Já o projeto original de 1977 abrangia não somente a Avenida Paraná,
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mas também o bosque e as praças apresentadas na matéria, conforme projeto oferecido por
Lener à prefeitura25 (figura 4).
Figura 4 Projeto de Reurbanização de Londrina, por Jayme Lerner. Folha de Londrina, 01/06/1977
Independentemente da não aplicação total do projeto, o calçadão transformou
completamente o modo de viver e de ver o a cidade. O calçadão se tornou um símbolo do
centro urbano, e está fortemente relacionado na imagem mental dos habitantes. Um dos
fatores que contribui para esta relação esta no desenho do piso. O desenho original possui o
contraste entre o preto e branco, em formas geométricas, o que resulta em um efeito plástico
de luz e sombra, realizado sobre pedra portuguesa em patit-pave (figura 5). O desenho foi
feito pelo arquiteto Hely Brêtas Barros, um dos membros da equipe de Lerner. Atualmente o
calçadão está passando por uma reforma no qual foi alterado as cores e o material do piso, que
causou críticas por parte da sociedade ao poder público26, alegava-se principalmente a perda
de uma forte imagem identitária que a cidade possuía, ocasionando no tombamento de uma
parte do calçadão, que manterá seu desenho original em frente ao Cine-teatro Ouro Verde,
mas não impediu a reforma.
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Figura 5 – Tradicional Piso do Calçadão de Londrina. Foto: Marcel Nagao Maciel27.
O arquiteto Jaime Lerner deixava claro, em 1977, que “a idéia não é criar uma nova
Curitiba”28. Cada cidade tinha seu próprio desenho, o que tornava seu calçadão exclusivo. A
cidade de Londrina não foi diferente teve para o calçadão, aspectos relacionados a identidade
local. Entretanto, ao se observar o mobiliário urbano aplicado ao calçadão é possível perceber
alguns elementos que respondem a identidade paranaense e não se restringem à região, mas
sim ao que se construiu historicamente com símbolo do Paraná, a araucária por exemplo.
É o caso visível das luminárias, cuja apresentação da forma, representam as araucárias,
que apesar de ser um dos símbolos do Paraná, não é uma vegetação característica da região de
Londrina, não se identificando com a cultura local29 (figura 6 e 730).
Figura 6 Luminária no Calçadãode Londrina. Foto: DeniseJanuzzi, 2005 apud JANUZZI,2006, p. 224.
Figura 7 Araucária - Foto: Autor Desconhecido, 07/05/2005.Wikimedia Commons.
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Diante do exposto e dos estudos realizados até o momento, algumas considerações
podem ser feitas. Referente à conexão que há entre o desenho urbano e a construção de uma
identidade local, os conceitos apresentados por Lynch são importantes para identificar como o
design, a representação e o representado se relaciona com o observado; também se o usuário
urbano o utiliza em seu cotidiano e de qual maneira, seja para sua orientação ou para a
contemplação da paisagem urbana. Embora esta seja uma analise rápida, pode-se dizer que
sim, há uma relação direta da imagem que foi construída para a cidade com o calçadão de
Londrina. Esta imagem está relacionada com à que o londrinense construiu sobre sua cidade,
e como esta ressona no cotidiano urbano por meio das manifestações na imprensa. O calçadão
deve ser colocado em mais uma etapa do processo urbano de Londrina, pois este,
inevitavelmente se modifica nos detalhes31, detalhes estes que podem ter um significado
expressivo no tocante à imagem da cidade e sua história.
1 Graduando em História pela Universidade Estadual de Londrina, colaborador no projeto: Questões Urbanas, questões de urbanização: imagem, traçado, representações, sob a coordenação da Professora Dra. Zueleide Casagrande de Paula. E-mail: [email protected]. 2 JANUZZI, Denise de Cássia Rossetto. Calçadões: a revitalização urbana e a valorização das estruturas comerciais em áreas centrais. Tese de Doutorado – Área de concentração: Estruturas Ambientais urbanas. FAUUSP, São Paulo, São Paulo, 2006, p. 235. 3 LYNCH, Kevin. A imagem da Cidade. Tradução Jefferson Luiz Camargo. 2º edição. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. p 02. 4 LYNCH, 2010, p. 7-8. 5 LYNCH, 2010, p. 3. 6 LYNCH, 2010, p. 11 7 LYNCH, 2010, p.11. 8 LYNCH, 2010, p. 52 9 LYNCH, 2010, p. 52 10 LYNCH, 2010, p. 52 11 LYNCH, 2010, p. 81. 12 ARIAS NETO,José Miguel. Eldorado: representações da política em Londrina, 1930-1975. Londrina: Eduel, 2008. pp 8-11. 13 Conforme apresentado no folheto propagandístico: COMPANHIA DE TERRAS ORTE DO PARANÁ. O Norte do Paraná. São Paulo, 1941 (ARIAS NETO, 2008, P.10). 14 JANUZZI, Denise de Cássia Rosseto. O desenvolvimento de Londrina e as transformações nos espaços públicos da região central. Semina: Ciência Sociais e Humanas. Londrina, v. 26, p. 87-94, 2006. p.88. 15 Compreende-se Limite, neste caso, também como um elemento da cidade, como aponta Lynch. Os limites são elementos lineares que não são utilizados ou entendidos como vias pelo observador, uma linha no qual duas fronteiras se encontram. “Ainda que possam não ser tão dominantes quanto o sistema viário, para muitos esses
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elementos limítrofes são importantes características organizacionais, sobretudo devido ao seu papel de conferir unidade a áreas diferentes, como no contorno de uma cidade por àgua ou parede.” (LYNCH, 2010, p. 52). 16 LEMES, Edson Holtz. Noites ilícitas: histórias e memórias da prostituição. Londrina: Eduel. 2009. p 19. 17 ARIAS NETO, 2008, p.19 18 LEMES, 2009, 31 19 JANUZZI, 2006, p. 109. 20 Disponivel em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rua-XV.jpg> Acesso em 17/03/2011. Permissão do autor pela Wiki Commons. 21 Disponíel em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rua_XV_de_Novembro_em_1896_Curitiba.jpg >. Domínio Público. 22 De acordo com San Alex, podemos identificar sete modelos de ruas de pedestres: pedestrian malls, ruas com circulação seletiva e limitada de veículos, Pedestrianização de Ruas Estreitas e criação de Áreas Especiais, Área de pedestres junto ao transporte de massa, pocket parks (Parceria público-privado), Intervenção Gradativa, Programação ou fechamento temporário (feiras-livres, por exemplo). Neste trabalho optou-se por descrever mais profundamente o pedestrian mall, pois este se enquadra melhor ao objeto estudado. (Januzzi, 2006, pp 121-129). 23 MUDANÇAS DA ESTRUTURA URBANA. Folha de Londrina, 01/06/1977. p. 01. 24 JANUZZI, 2005, p.93 25 CENTRO DE LONDRINA PASSARA POR TOTAL REURBANIZAÇÃO. Folha de Londrina, 01/06/1977. p. 24. 26 REFORMA PÕE CALÇADÃO NA BERLINDA. Jornal de Londrina. 15/04/2010. Disponível em <http://www.jornaldelondrina.com.br/online/conteudo.phtml?tl=1&id=992850> acesso em 17/03/2011. 27 Arquiteto e urbanista, autor do blog http://janela-londrinense.blogspot.com/, imagem retirada de < http://2.bp.blogspot.com/_X1GtU5iwmQY/TElaBABi-LI/AAAAAAAAANQ/g9OPpBA3Iy4/s1600/DSC04162.JPG > acesso em 17/03/2011. 28 “A IDÉIA NÃO É CRIAR UMA NOVA CURITIBA”. Folha de Londrina, 01/06/1977. p. 24. 29 JANUZZI, 2006, p.224 30 Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Auracaria_angustifolia.JPG > acesso em 17/03/2011. Domínio Público, disponível pela Wikimidia Commons. 31LYNCH, 2010, p. 2.
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