34
1

O Pro Paz Enemlime.propaz.pa.gov.br/ppe2018/cadernao2-2018.pdf · De acordo como os organismos obtém a energia necessária a ... um serve de alimento para o outro. Os elementos de

  • Upload
    buidang

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

1

2

O Pro Paz Enem começou, de maneira inédita, mais cedo em 2018 para ajudar ainda mais na preparação dos estudantes da rede pública estadual de ensino que prestarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal forma de ingresso nas universidades do país. Isso tudo porque queremos que nossos jovens tenham oportunidades e lutem pelos seus sonhos. Sabemos a importância de ingressar em uma universidade pública e também o sentimento de realização pessoal ao conquistarmos novos horizontes. Oportunizar à estes alunos o acesso gratuito e de qualidade de ensino, é promover a cultura de paz, pois fomentando a educação, oferecemos mais dignidade para milhares de jovens. Iniciado em 2015, o Pro Paz Enem atendeu mais 42 mil estudantes com os aulões realizados em Belém e também em municípios do interior. Como resultado, cerca de 2.077 alunos foram aprovados nas universidades públicas do Estado, além do número de aprovados em universidades particulares. No ano passado a Caravana do Pro Paz Enem passou por 20 municípios paraenses, atendendo 20.222 alunos com os aulões gratuitos preparatórios para o Enem e aprovou mais de 1.011 alunos em diversas universidades, inclusive públicas. Somando todas as aprovações consideramos que o projeto tem uma aprovação de 30% dos alunos que participaram. O Enem é o grande desafio que queremos te ajudar a vencer, seja com aulões presenciais em 20 municípios do Pará, que estão acontecendo desde março e seguem até outubro, um pouco antes da prova ser realizada, em duas etapas, no mês de novembro. Seja, em nossa página no Facebook, em nosso site e pelo whatsapp disponibilizamos aos alunos conteúdos exclusivos com vídeos de dicas, cadernões para estudo e tudo mais que possa ajudar esse estudante paraense. Assim, chegaremos a mais alunos. O Pro Paz Enem é um projeto do Governo do Estado que vem para cumprir as metas do Pacto pela Educação que só se tornou possível com o apoio das Secretária Estadual de Educação (Seduc), Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) e a Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa). Esperamos com este trabalho ajudar você, aluno, para que consiga o melhor resultado na prova do Enem e realize seu sonho de passar em uma universidade. Nós, da Fundação Pro Paz , estamos ao seu lado neste desafio. Uma boa aula!

Mônica Altman – Presidente da Fundação Pro Paz

3

CIÊNCIAS DA NATUREZA

BIOLOGIA ------------------------------------ 05QUÍMICA ------------------------------------- 07FÍSICA --------------------------------------- 09

GEOGRAFIA ---------------------------------- 13 FILOSOFIA --------------------------------- -- 15 HISTÓRIA ------------------------------------ 19

CIÊNCIAS HUMANAS

CÓDIGOS E LINGUAGENSPORTUGUÊS --------------------------------- 23LITERATURA --------------------------------- 26REDAÇÃO ----------------------------------- 28ED. FÍSICA ---------------------------------- 29

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

MATEMÁTICA -------------------------------- 31

SUMÁRIO

4

5

HABILIDADE 09Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.

• CADEIA ALIMENTAR

1.Relações Alimentares: Uma das relações mais complexas e necessárias à vida no Planeta é a alimentação. Plantas e animais precisam obter energia para a manutenção da vida. Essa busca pela sobrevivência determina relações alimentares que podem ser expressas por uma cadeia alimenta ou por uma teia alimentar. De acordo como os organismos obtém a energia necessária a sua sobrevivência os organismos podem ser classificados em: a)Organismos Autótrofos: São organismos capazes de Sintetizar a partir de matéria inorgânica seus próprios nutrientes orgânicos, seja através da fotossíntese ou através da quimiossíntese. Os organismos autotróficos de um ecossistema são denominados Produtores.b)Organismos Heterótrofos: São organismos incapazes de produzir seus próprios nutrientes orgânicos tendo que obtê-los à custa de outros organismos. Os organismos heterotróficos de um ecossistema são os consumidores e os decompositores. 2.Cadeia alimentar: É a seqüência linear de seres vivos em que um serve de alimento para o outro. Os elementos de uma cadeia alimentar são: a) Produtores: São sempre autótrofos, produzem alimento que será usado na cadeia, e por isso estão obrigatoriamente no início de qualquer cadeia alimentar, por isso, ocupam o 1º nível trófico. A energia transformada a partir da luz solar e do gás carbônico será repassada a todos os outros componentes restantes da cadeia ecológica. Os principais produtores conhecidos são plantas e algas microscópicas (fitoplâncton).b)Consumidores: São os organismos que necessitam alimentar-se de outros organismos para obter a energia que eles não podem produzir para si próprios. Os consumidores podem ser:• Consumidor Primário: São consumidores que se alimentam

diretamente dos produtores. Os consumidores primários ocupam o 2º nível trófico.

• Consumidor Secundário: São consumidores que se alimentam dos consumidores primários. Os consumidores secundários ocupam o 3º nível trófico.

• Consumidor Terciário ou Carnívoro: São consumidores que se alimentam dos consumidores secundários. Os consumidores terciários ocupam o 4º nível trófico.

Decompositores: São organismos que atuam exatamente em papel contrário ao dos produtores. Eles transformam matéria orgânica em matéria inorgânica, reduzindo compostos complexos em moléculas simples, fazendo que estes compostos retornem ao solo para serem utilizados novamente por outro

BIOLOGIACIÊNCIAS DA NATUREZA produtor, gerando uma nova cadeia alimentar. Os decompositores

ocupam sempre o último nível trófico. Os decompositores mais importantes são bactérias e fungos. Por se alimentarem de matéria em decomposição são considerados saprófitos.

7. Teia Alimentar: é um conjunto de várias cadeias alimentares associadas. Na teia alimentar os consumidores podem ser classificados em:a)Herbívoros: São consumidores que se alimentam apenas de produtores.b)Carnívoros: São consumidores que se alimentam apenas de outros consumidores.c)Onívoros: São consumidores que se alimentam tanto de produtores quanto de outros consumidores.d)Hematófagos: São consumidores que se alimentam de sangue.e)Coprófagos: São consumidores que se alimentam de fezes.f)Detritívoros: São consumidores que se alimentam de detritos. produtor, gerando uma nova cadeia alimentar.

8.Fluxo de Energia: A energia tem fluxo acíclico num ecossistema, porque penetra no mundo vivo na forma de luz e dele sai na forma de calor, não sendo mais reaproveitada. A energia luminosa do Sol é fixada pelo autótrofo e transmitida, sob a forma de energia química, aos demais seres vivos. Essa energia, no entanto, diminui à medida que passa pelos consumidores, pois parte dela é utilizada para a realização dos processos vitais do organismo e outra perde-se sob a forma de calor; sempre restará, portanto, apenas uma parcela menor de energia disponível para o nível seguinte. De modo geral, considera-se que cada elo da cadeia receba aproximadamente cerca de 10% da energia que o elo anterior recebeu. Como na transferência de energia entre os seres vivos não há reaproveitamento da energia liberada, diz-se que essa transferência é unidirecional e se dá como um fluxo de energia. 9.Desequilíbrio nas teias alimentares: alguns fatores causam desequilíbrios nas cadeias e teias alimentares.Introdução de espécies exótica: A introdução de uma nova espécie (espécie exótica), isto é, de um organismo

6Gabarito: 1 - C / 2 - B / 3 - B / 4 - A

ESTUDE TAMBÉMNesta habilidade há outros conteúdos relacionados que devem ser pesquisados, tais como: pirâmides ecológicas de números, de energia e de biomassa.

a)que não é nativo da região, pode provocar desequilíbrios ecológicos. Essa espécie pode ocupar o nicho de alguma espécie nativa e competir com ela, provocando sua extinção. Há também o risco de crescimento excessivo da nova população por falta naquele ambiente de seus predadores ou parasitas naturais. b)Extinção de Espécies Nativas: A extinção de espécies pode causar sérios distúrbios ao equilíbrio de um ecossistema. A biodiversidade garante o equilíbrio das teias alimentares nos ecossistemas. A retirada de um elo de uma cadeia alimentar desequilibra o ambiente e ameaça a biodiversidade. A extinção de uma espécie é um caminho irreversível: ao desaparecer o último exemplar de uma espécie, nunca mais ela voltará a existir. As espécies podem extinguir-se por processos naturais ou em decorrência da atividade humana.. As principais espécies ameaçadas de extinção na Amazônia são: Mogno, Cedro, Arara-azul, Tartaruga amazônica, Onça pintada, Jacaré-do-papo-amarelo, Boto cor de rosa e o Peixe-boi amazônico. c)Magnificação Trófica: É o aumento da concentração de poluentes agrícolas (pesticidas) ou metálicos nas cadeias alimentares. Esse processo começa quando pequenas quantidades de poluentes são lançadas nas águas e absorvida; pelos produtores. Estes, por meio de bioacumulação estocam o pesticida nos tecidos e o transferem para os animais. A medida que os consumidores de níveis mais altos se alimentam daqueles dos níveis inferiores, a concentração do poluente aumenta drasticamente.

exercício01. Os personagens da figura estão representando uma situação hipotética de cadeia alimentar.

Suponha que, em cena anterior à apresentada, o homem tenha se alimentado de frutas e grãos que conseguiu coletar. Na hipótese de, nas próximas cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de alimento aos abutres, tigre e abutres ocuparão, respectivamente, os níveis tróficos de:a)Produtor e consumidor primário.b)Consumidor primário e consumidor secundário.c)Consumidor secundário e consumidor terciário.d)Consumidor terciário e produtor.e)Consumidor secundário e consumidor primário. 2.(ENEM-2012) Paleontólogos estudam fósseis e esqueletos de dinossauros para tentar explicar o desaparecimento desses animais. Esses estudos permitem afirmar que esses animais foram extintos há cerca de 65 milhões de anos.Uma teoria aceita atualmente é a de que um asteroide colidiu com a Terra, formando uma densa nuvem de poeira na atmosfera. De acordo com essa teoria, a extinção ocorreu em função de

modificações no planeta que:a)Desestabilizaram o relógio biológico dos animais, causando alterações no código genético.b)Reduziram a penetração da luz solar até a superfície da Terra, interferindo no fluxo energético das teias tróficas.c)Causaram uma série de intoxicações nos animais, provocando a bioacumulação de partículas de poeira nos organismos.d)Resultaram na sedimentação das partículas de poeira levantada com o impacto do meteoro, provocando o desaparecimento de rios e lagos.e)Evitaram a precipitação de água até a superfície da Terra, causando uma grande seca que impediu a retroalimentação do ciclo hidrológico.

03. O caramujo gigante africano, Achatina fulica, é uma espécie exótica que tem despertado o interesse das autoridades brasileiras, uma vez que tem causado danos ambientais e prejuízos econômicos à agricultura. A introdução da espécie no Brasil ocorreu clandestinamente, com o objetivo de ser utilizada na alimentação humana. Porém, o molusco teve pouca aceitação no comércio de alimentos, o que resultou em abandono e liberação intencional das criações por vários produtores. Por ser uma espécie herbívora generalista (alimenta-se de mais de 500 espécies diferentes de vegetais), com grande capacidade reprodutiva, tornou-se uma praga agrícola de difícil erradicação. Associada a isto, a ausência de predadores naturais fez com que ocorresse um crescimento descontrolado da população.O desequilíbrio da cadeia alimentar observado foi causado pelo aumento da densidade populacional dea)consumidores terciários, em função da elevada disponibilidade de consumidores secundários.b)consumidores primários, em função da ausência de consumidores secundários.c)consumidores secundários, em função da ausência de consumidores primários.d)consumidores terciários, em função da elevada disponibilidade de produtores.e)consumidores primários, em função do aumento de produtores.

04.(ENEM-PPL-2015) Bioindicador ou indicador biológico é uma espécie ou grupo de espécies que reflete o estado biótico ou abiótico de um meio ambiente, o impacto produzido sobre um hábitat, comunidade ou ecossistema, entre outras funções. A posição trófica do organismo bioindicador é uma das características mais relevantes quanto ao seu grau de importância para essa função: quanto mais baixo o nível trófico do organismo, maior é a sua utilidade, pois pressupõe-se que toda a cadeia trófica é contaminada a partir dele.ANDRÉA, M. M. Bioindicadores ecotoxicológicos de agrotóxicos. Disponível em: www.biologico.sp.gov.br. Acesso em: 11 mar. 2013 (adaptado).O grupo de organismos mais adequado para essa condição, do ponto de vista da sua posição na cadeia trófica, é constituído por:a)algas.b)peixes.c)baleias.d)camarões.e)anêmonas.

7

H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem erepresentação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.

Esse sal tem como característica

a) a parte orgânica ser iônica e, assim, se solubiliza em água, arrastando a sujeira.

exercício

QUÍMICACIÊNCIAS DA NATUREZA

Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

Polaridade das Moléculas Orgânicas

As previsões sobre a polaridade de moléculas orgânicas são feitas utilizando dois princípios, eletronegatividade dos átomos e geometria molecular, contudo os compostos orgânicos apresentam estruturas muito complexas, assim, podemos considerar que todo hidrocarboneto é apolar, visto que os mesmos apresentam apenas ligações entre carbonos ou entre carbono e hidrogênio e essas ligações apresentam uma diferença de eletronegatividade muito pequena, ou seja, são ligações apolares. Como importante conseqüência temos o fato de que os derivados direto do petróleo (mistura de hidrocarbonetos) são apolares.

Ex.: gás de cozinha, gasolina, querosene, óleo diesel, óleo lubrificante, etc.

Os compostos orgânicos das demais funções orgânicas são considerados polares, entretanto, alguns compostos, mesmo não sendo hidrocarbonetos, apresentam cadeia carbônica tão longa que se tornam apolares. É o caso dos óleos e gorduras, que são triésteres.

Sabão e Detergente

São sais que possuem longas cadeias carbônicas, assim, apresentam uma região hidrófila e outra hidrófoba, interagindo assim com moléculas polares e apolares.

Polaridade x Solubilidade

A regra diz o seguinte: ”semelhante dissolve semelhante”, isto é, soluto polar se dissolve em solvente polar e soluto apolar se dissolve em solvente apolar.Quando o solvente é polar e o soluto apolar ou vice-versa, não existe tendência para que haja solubilização. Isso explica o fato de o petróleo (mistura de hidrocarbonetos) não se dissolver na água.

Obs1: Quanto maior for a cadeia carbônica menor será a solubilidade em água, assim, por exemplo, o etanol é mais solúvel que o 1-pentanol.

CH3 – CH2 – OH > CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – OH

Obs2: Algumas moléculas são tão grandes que apresentam regiões da molécula que são solúveis em água (hidrófilas) e outras que são insolúveis (hidrófobas). Quanto maior o número de grupos hidrófilos, maior será a solubilidade da substância em água.

1. Em vazamentos ocorridos em refinarias de petróleo, que extravasam para rios, lagos e oceanos, verifica-se a utilização de barreiras de contenção para evitar a dispersão do óleo. Nesses casos, observa-se a formação de um sistema heterogêneo onde o petróleo fica na superfície desses recursos hídricos.

Sobre o sistema acima descrito concluímos que a água e o petróleo não se misturam porque:

a) se apresentam em estados físicos diferentes.b) apresentam densidades diferentes, e o petróleo fica na superfície devido a sua maior densidade.c) apresentam moléculas com polaridades diferentes, e o petróleo fica na superfície devido a sua menor densidade.d) a viscosidade da água é maior que a do petróleo.e) a elevada volatilidade do petróleo faz com que este fique na superfície.

2. Os sabões de uso doméstico são constituídos por moléculas que possuem uma extremidade polar e outra apolar. Esta característica é a responsável pelo poder de limpeza dos sabões. A respeito dos sabões concluímos que:a) não são solúveis em água. b) interagem tanto com a água como com os óleos e gorduras. c) são solúveis apenas em solventes apolares. d) por serem sais de ácidos graxos, tornam a água dura. e) suas moléculas têm a mesma estrutura que as moléculas dos detergentes.

3. O dodecanoato de sódio ou laurato de sódio é o principal constituinte do sabão de coco nas barras de limpeza; sua estrutura está representada abaixo

8

5. O petróleo é um líquido oleoso (petrus = pedra; oleum = Óleo) e escuro, constituído por uma mistura extremamente complexa de inúmeros compostos orgânicos, dentre os quais predominam os hidrocarbonetos. Nas jazidas, além de petróleo, obtêm-se gases, principalmente metano, e água salgada, o que comprova a sua origem marinha. A separação dos componentes do petróleo È feita por destilação fracionada aproveitando o fato de cada um deles apresentar um ponto de ebulição diferente. Com base na análise do texto chegamos a conclusão que:

a) O petróleo é uma substância pura de extrema importância na indústria química.b) Os hidrocarbonetos são compostos orgânicos constituídos unicamente de carbono e água.c) O ponto de ebulição dos hidrocarbonetos aumenta à medida que aumenta o tamanho de suas moléculas.d) A fórmula molecular do metano é CH3OH.e) Os hidrocarbonetos que formam o petróleo são solúveis em água.

6. Determina-se experimentalmente que, num álcool R – OH, a solubilidade em água varia inversamente com o tamanho de R.

Esse fato se deve:

a) somente às propriedades hidrófilas do radical hidroxila.b) às propriedades hidrófilas de R, qualquer que seja seu tamanho.c) às propriedades hidrófobas de R, qualquer que seja seu tamanho.d) ao fato de à diminuição de R corresponder uma diminuição na polaridade da molécula.e) ao fato de o aumento de R corresponder ao aumento da parte apolar hidrofóbica.

7. O metanol e o metanal são duas substâncias que apresentam importantes aplicações. A primeira, entre outras aplicações, é utilizada como combustível dos carros de corrida da Fórmula Indy e a segunda, em solução aquosa (conhecida como formol) na conservação de pequenos animais e órgãos do corpo humano.

Com relação às duas substâncias concluímos que:

a) O metanal apresenta maior solubilidade em água.b) O metanol é a substância com maior polaridade.c) Ambas as substâncias pertencem à função aldeído.d) A oxidação do metanal leva à formação do metanol.e) O metanol possui dois carbonos em sua estrutura.

8. ( Enem ) O uso de protetores solares em situações de grande exposição aos raios solares como, por exemplo, nas praias, é de grande importância para a saúde. As moléculas ativas de um protetor apresentam, usualmente, anéis aromáticos conjugados com grupos carbonila, pois esses sistemas são capazes de absorver a radiação ultravioleta mais nociva aos seres humanos. A conjugação é definida como a ocorrência de alternância entre ligações simples e duplas em uma molécula. Outra propriedade das moléculas em questão é apresentar, em uma de suas extremidades, uma parte apolar responsável por reduzir a solubilidade do composto em água, o que impede sua rápida remoção quando do contato com a água.

De acordo com as considerações do texto, qual das moléculas apresentadas a seguir é a mais adequada para funcionar como molécula ativa de protetores solares?

Forças Intermoleculares

1. Forças de Van der Waals ou Forças de London ou Dipolo Instantâneo-Dipolo Induzido: Ocorre entre moléculas apolares (hidrocarbonetos) e é a mais fraca das interações intermoleculares.

2. Dipolo-Dipolo Permanente ou Dipolo-Dipolo: Ocorre entre as moléculas polares e é mais intensa que as forças de van der waals.

3. Pontes de Hidrogênio: É um caso extremo de atração do tipo dipolo-dipolo e ocorrem nos compostos em que o hidrogênio está ligado a átomos de elementos químicos muito eletronegativos (F, O, N). As pontes de hidrogênio são o caso mais intenso de interação intermolecular.

Ex.: Álcoois, ácidos carboxílicos, fenóis, aminas e amidas.

Ponto de Fusão e Ebulição dos compostos orgânicos

Quanto mais intensa for a atração entre as moléculas mais difícil será separá-las, isto é, será necessária mais energia, logo, maior será seu ponto de fusão (P.F.) e de ebulição (P.E.).

Obs1: Ao compararmos duas substâncias que apresentem o mesmo tipo de interação intermolecular, a que possuir maior massa molecular possuirá maior ponto de ebulição, pois maior será sua nuvem eletrônica e mais intensa será a atração entre as moléculas.

CH3 – CH2 – OH < CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – OH

Obs2: Quanto mais ramificada for a molécula do composto menor será a atração entre suas moléculas devido ao impedimento estéreo (espacial), assim, ao compararmos duas substâncias com massas moleculares próximas e mesmo tipo de interação intermolecular, a que apresentar o menor número de ramificações possuirá maior ponto de ebulição.

CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – CH3 > CH3 – CH – CH – CH3 | |

CH3 CH3

exercíciob) a parte orgânica ser iônica e, assim, se solubiliza em óleo, arrastando a sujeira.c) a parte orgânica ser iônica não se solubilizando em água, arrastando a sujeira.d) a parte orgânica ser iônica não se solubilizando em óleo, arrastando sujeira.e) a parte orgânica se solubilizar em óleo e a parte iônica em água, arrastando a sujeira.

4. Um mecânico, para remover a graxa (produto composto de hidrocarbonetos) de suas mãos nunca utiliza água, e sim gasolina (produto composto de hidrocarbonetos), porque:

a) graxa e água são polares e não há remoção. b) graxa e água são apolares e não há remoção. c) graxa é apolar e gasolina polar e há remoção. d) graxa é polar e gasolina apolar e há remoção. e) graxa e gasolina são apolares e há remoção.

9

FÍSICACIÊNCIAS DA NATUREZA

a)

b)

c)

d)

e)

AULA 02

• Objeto do conhecimento: Resitência e létrica e circuito elétrico.

• Competência de área 2: Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.

• H5: Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.

• H6: Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES• estão em série quando eles são ligados de maneira tal que

oferecem apenas um caminho para corrente. A corrente permanece a mesma e a tensão é dividida para cada resistor.

Gabarito: 01-C , 02-B , 03-E , 04-E , 05-C , 06-E , 07-B , 08-E

*Unidade de resistência = (Ohm)

P > Resistividade do material

Quando aplicamos uma ddp U aos extremos de um condutor de resistência elétrica R, ele é percorrido por uma corrente elétrica i. a potência elétrica dissipada por esse condutor é dado por:

• 1ª Lei: A intensidade da corrente elétrica que percorre um resistor é diretamente proporcional á tensão entre os seus terminais.

• 2ª Lei: A resistência elétrica R é diretamente proporcional ao comprimento do fio condutor e inversamente proporcional à área A de sua secção transversal.

POTÊNCIA DISSIPADA EM UM CONDUTOR

AlρR =

R.iU =

2R.iP = RUP

2=

10

21eq RRR +=

• Paralelo: estão em paralelo quando são ligados de modo a oferecerem vários caminhos para corrente. A corrente se divide e a tensão permanece a mesma..

Um bipolo é colocado em curto-circuito quando ligamos seus terminais por meio de um fio de resistência desprezível, ou seja, de resistência nula. Neste caso a ddp entre os terminais do bipolo é nula ele fica sem função nenhuma no circuito.

1. (ENEM) Um circuito em série é formado por uma pilha, uma lâmpada incandescente e uma chave interruptora. Ao se ligar a chave, a lâmpada acende quase instantaneamente, irradiando calor e luz. Popularmente, associa-se o fenômeno da irradiação de energia a um desgaste da corrente elétrica, ao atravessar o filamento da lâmpada, e à rapidez com que a lâmpada começa a brilhar. Essa explicação está em desacordo com o modelo clássico de corrente. De acordo com o modelo mencionado, o fato de a lâmpada acender quase instantaneamente está relacionado à rapidez com que:a) o fluido elétrico se desloca no circuito.b) as cargas negativas móveis atravessam o circuito.c) a bateria libera cargas móveis para o filamento da lâmpada.d) o campo elétrico se estabelece em todos os pontos do circuito.e) as cargas positivas e negativas chocam-se no filamento da lâmpada.

2. Um professor pediu a seus alunos que ligassem uma lâmpada a uma pilha com um pedaço de fio de cobre. Nestas figuras, estão representadas as montagens feitas por quatro estudantes:

Considerando-se essas quatro ligações, é CORRETO afirmar que a lâmpada vai acender apenas:a) na montagem de Mateusb) na montagem de Pedro.c) nas montagens de João e Pedro.d) nas montagens de Carlos, João e Pedro.

3. (ENEM) Um curioso estudante, empolgado com a aula de circuito elétrico que assistiu na escola, resolve desmontar sua lanterna. Utilizando-se da lâmpada e da pilha, retiradas do equipamento, e de um fio com as extremidades descascadas, faz as seguintes ligações com a intenção de acender a lâmpada:

Tendo por base os esquemas mostrados, em quais casos a lâmpada acendeu?a) (1), (3), (6)b) (3), (4), (5)c) (1), (3), (5)d) (1), (3), (7)e) (1), (2), (5)

4. (ENEM) Dispositivos eletrônicos que utilizam materiais de baixo custo, como polímeros semicondutores, têm sido desenvolvidos para monitorar a concentração de amônia (gás tóxico e incolor) em granjas avícolas. A polianilina é um polímero semicondutor que tem o valor de sua resistência elétrica nominal quadruplicado quando exposta a altas concentrações de amônia. Na ausência de amônia, a polianilina se comporta como um resistor ôhmico e a sua resposta elétrica é mostrada no gráfico

Esquemas utilizados pelo estudante para tentar ligar a lâmpadaGONÇALVES FILHO, A.; BAROLLI, E. Instalação Elétrica: investigando e aprendendo. [São Paulo: Scipione, 1997 (adaptado)].

• Mista: tanto em série quanto em paralelo aparecem.Curto-circuito

321eq R1

R1

R1

R1

++=

i = 0A B

i i+ -

exercício

O valor da resistência elétrica da polianilina na presença de altas concentrações de amônia, em ohm, é igual a

a)0,5.100b)2,0.100c)2,5.105d)5,0.105e)2,0.106

11

5. (ENEM) Um sistema de iluminação foi construído com um circuito de três lâmpadas iguais conectadas a um gerador (G) de tensão constante. Esse gerador possui uma chave que pode ser ligada nas posições A ou B.

Considerando o funcionamento do circuito dado, a lâmpada 1 brilhará mais quando a chave estiver na posiçãoa) B, pois a corrente será maior nesse caso.b) B, pois a potência total será maior nesse caso.c) A, pois a resistência equivalente será menor nesse caso.d) B, pois o gerador fornecerá uma maior tensão nesse caso.e) A, pois a potência dissipada pelo gerador será menor nesse caso.

6. (ENEM) 6)O fusível é um dispositivo de proteção contra sobrecorrente em circuitos. Quando a corrente que passa por esse componente elétrico é maior que sua máxima corrente nominal, o fusível queima. Dessa forma, evita que a corrente elevada danifique os aparelhos do circuito. Suponha que o circuito elétrico mostrado seja alimentado por uma fonte de tensão U e que o fusível suporte uma corrente nominal de 500 mA.

Qual é o máximo valor de tensão U para que o fusível não queime?

a)20 Vb)40 Vc)60 Vd)120 Ve)185 V

Gabarito: 1- b; 2-c; 3-d; 4- e; 5-c; 6-d.

12

13

GEOGRAFIACIÊNCIASHUMANAS

OBJETO DO CONHECIMENTO: População Brasileira e a Transição DemográficaCompetência de área 2 - Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.H8 - Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.

TEMA: CRESCIMENTO POPULACIONAL REDUZIDO E ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA. Em todos os países do mundo, ocorreu, durante as últimas décadas, uma redução no ritmo de crescimento populacional, envolvendo taxa de mortalidade, de fecundidade e aumento da vida média dos indivíduos. Essas tendências mundiais podem ser igualmente verificadas no Brasil. Nas décadas de 1960 e 1970, as taxas de crescimento da população brasileira estavam em torno de 3,2% ao ano; no período de 1991 a 1996, em torno de 1,38%. Ao processo de mudança da estrutura etária e de envelhecimento da população – que é provocado fundamentalmente pela queda da fecundidade – soma-se dois indicadores sociais muito positivos: a queda das taxas de mortalidade infantil e a elevação da esperança de vida.A população brasileira cresceu 0,9%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste ano, o Brasil tem 201,03 milhões, ou seja, 1,79 milhão a mais.O crescimento é menor do que o observado entre 2011 e 2012, que havia sido 0,93%. Segundo o pesquisador do IBGE Gabriel Borges, a tendência é que o ritmo de crescimento da população caia até 2042, ano em que a população brasileira para de crescer. “A população vai crescendo, cada vez menos, até 2042, quando começa a diminuir”.

Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/08/populacaobrasileira-cresce-09-entre-2012-e-2013. Acesso em: 09 setembro de

2013

PROCESSO DE URBANIZAÇÃO – O principal fator responsável pela redução das taxas de natalidade e de mortalidade foi o intenso processo de urbanização ocorrido nos últimos cinquenta anos, acompanhado pela melhoria das condições de vida. Nas cidades, apesar das enormes carências sociais (falta de hospitais e de infraestrutura básica para a coleta de lixo e precariedade no sistema de esgoto), há um atendimento médico-sanitário melhor do que o da zona rural. FATORES DE QUEDA – A queda das taxas de fecundidade e de natalidade pode também ser explicada pelos fatores seguintes: a) Mudança de vida das populações que vieram do campo para a cidade. b) Crescente participação da mulher na composição da população economicamente ativa. c) Difusão de métodos anticoncepcionais. d) Esterilização de mulheres férteis.

Em 1995, 66% das mulheres entre 30 e 39 anos e 63% das que tinham entre 40 e 49 anos exerciam atividades remuneradas. De 1992 para cá, a participação de mulheres com emprego fora de casa evoluiu de 56,7% para 64%, representando expansão de sete pontos percentuais. Os dados são da OIT (Organização Internacional do Trabalho).O trabalho externo feminino ajuda a complementar a renda familiar. Mas as mulheres também buscam uma remuneração por dois fatores básicos: a) Anseiam por melhores condições de vida. b) São estimuladas, pelos meios de comunicação e pelo modo urbano de vida, a consumir mais.NÚMERO DE FILHOS – As mulheres possuem uma escolaridade mais elevada que a dos homens, criam uma nova identidade e alteram as relações familiares (há um grande número de mulheres chefes de família). Todas essas mudanças refletem-se num menor número de filhos. Em 1960, a taxa de fecundidade era de 6,2 filhos por mulher; em 2006, caiu para 2,32. ESTERILIZAÇÃO – A queda da taxa de fecundidade também pode ser explicada pela difusão dos métodos anticoncepcionais (pílula e camisinha), mas, principalmente, pela esterilização. O índice de mulheres em idade fértil (de 15 a 49 anos) esterilizadas é de 40,1%. A taxa de mortalidade bruta é pouco significativa para a análise demográfica. Assim, o importante é estudar a evolução das taxas por sexo e idade. A taxa de mortalidade infantil é um dado que se relaciona diretamente com aspectos de saneamento básico, assistência médica, alimentação e renda familiar. No Brasil, essa taxa ainda é muito alta: 57 mortes por mil (contra 7 por mil na Europa). A taxa de mortalidade entre os jovens do sexo masculino é igualmente muito elevada, tendo por primeira causa o assassinato. Esse índice denuncia a violência que impera nas grandes cidades brasileiras, principalmente as da Região Sudeste. EXPECTATIVA DE VIDA - A expectativa de vida do brasileiro, hoje, já ultrapassou os 70 anos de idade (IBGE, dezembro de 2003), o que corresponde à média mundial. Contudo, se analisarmos essa taxa por região, verificaremos que no Nordeste a expectativa de vida é de 64 anos. A esperança de vida dos brasileiros aumentou em 2015 e chegou a 75,5 anos, em média, de acordo com informações das Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2015. Um ano antes, essa expectativa era 3 meses e 14 dias menor, de 75,2 anos.Pirâmide de idade

A pirâmide de idade da população brasileira reflete a dinâmica populacional. Assim, a redução da base da pirâmide indica a queda na taxa de natalidade e de fecundidade. Até 1980, a base da pirâmide ainda era bastante larga. Na pirâmide de 1996, percebe-se uma redução significativa do percentual de jovens que corresponde à faixa etária de 0 a 14 anos (46,5%) e um aumento percentual das pessoas adultas, de 15 a 64 anos (46,5%), e idosas, com mais de 64 anos (7,1%). O aumento significativo do percentual de idosos corresponde ao aumento da expectativa de vida. A pirâmide de idade reflete o processo de envelhecimento da população. O crescimento da população idosa exige novos investimentos do Estado, principalmente no que se refere ao sistema previdenciário e ao atendimento médico e social.

14

1.

exercício

O processo registrado no gráfico gerou a seguinte consequência demográfica: a) Decréscimo da população absoluta. b) Redução do crescimento vegetativo. c) Diminuição da proporção de adultos. d) Expansão de políticas de controle da natalidade. e) Aumento da renovação da população economicamente ativa.

02. (Enem 2016) A presença de uma corrente migratória por si só não explica a condição de vida dos imigrantes. Esta será somente a aparência de um fenômeno mais profundo, estruturado em relações socioeconômicas muitas vezes perversas. É o que podemos dizer dos indivíduos que são deslocados do campo para as cidades e obrigados a viver em condições de vida culturalmente diferentes das que vivenciaram em seu lugar de origem.

SCARLATO, F. C. População e urbanização brasileira. In: ROSS, J. L. S.Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.

O texto faz referência a um movimento migratório que reflete o(a)a) processo de deslocamento de trabalhadores motivados pelo aumento da oferta de empregos no campo. b) dinâmica experimentada por grande quantidade de pessoas, que resultou no inchaço das grandes cidades. c) Permuta de locais específicos, obedecendo a fatores cíclicos naturais. d) circulação de pessoas diariamente em função do emprego. e) cultura de localização itinerante no espaço.

03. Taxa de fecundidade é a mais baixa já registrada no país, segundo IBGE.Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que o país está envelhecendo. A taxa de fecundidade da população em 2006 é de 2 nascimentos por mulher (contra 4,4 em 1980).

(www.cienciaesaude.uol.com.br – acesso em 14/09/2007)A queda da taxa de fecundidade pode ser associada, entre outras causas,a) ao crescimento dos custos de vida em todo o país.b) ao aumento da proporção de jovens no conjunto da população.c) à redução dos desequilíbrios socioeconômicos entre as regiões.d) ao aumento da população economicamente ativa no setor secundário.e) à manutenção das altas taxas de mortalidade infantil.

04. A pirâmide etária da população brasileira vem apresentando um significativo estreitamento de sua base e um alargamento do meio para o topo, em razão da (o)

a) aumento de escolaridade e renda per capita.b) queda das taxas de expectativa de vida e aumento da emigração.c) queda das taxas de natalidade e aumento da taxa de mortalidade infantil.d) aumento das taxas de mortalidade infantil e queda nas taxas de fecundidade.e) queda das taxas de natalidade e de mortalidade e aumento da expectativa de vida.

5.

O Globo, 25/04/2010

Nas duas últimas décadas, o governo federal vem propondo ações no sentido de oferecer uma resposta às transformações na composição etária da população brasileira.Essas ações têm seguido uma tendência que se manifesta mais diretamente na seguinte iniciativa:a) revisão das bases da legislação sindicalb) alteração das regras da previdência socialc) diminuição dos serviços nacionais de geriatriad) expansão das verbas para o ensino fundamentale) ampliação dos programas de prevenção sanitária

Gabarito: 1- B; 2-B; 3-D; 4- E; 5-B;

15

FILOSOFIACIÊNCIASHUMANAS

OBJETO DO CONHECIMENTO: Ética, Honestidade e Valores morais.Disciplinas associadas: Filosofia/História/SociologiaCompetência 5.Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.

ÉTICA E MORAL

Apesar dos termos serem muitos semelhantes os conceitos de ética e moral tem origem diferente embora etimologicamente tenham o mesmo sentido. Amoral, tem a ver com os valores que regem as ações humanas enquanto inserida na convivência social, tendo assim um caráter normativo e obrigatório. A ética seria uma reflexão a cerca da influencia da regra moral estabelecida exerce sobre a nossa ação.

Valores moraisMas o que entendemos por valor ou valores? Analisemos primeiramente o conceito de valor exemplificado pela escritora Graça aranha em seu livro FILOSOFANDO:“Os valores são, num primeiro momento, herdados por nós. O mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos por outros, de tal modo que aprendemos desde cedo como nos comportar a mesa, na rua, diante de estranhos, como, quando e quanto falar em determinadas circunstâncias: como andar, correr, brincar; como cobrir o corpo e quando desnudá-lo; qual o padrão de beleza; que direitos e deveres temos. Conforme atendemos ou transgredimos os padrões, os comportamentos são avaliados como bons ou maus. A partir da valoração, as pessoas nos recriminam por não termos seguido as formas da boa educação ao não ter cedido lugar à pessoa mais velha; ou nos elogiam por sabermos escolher as cores mais bonitas para a decoração de um ambiente; ou nos admoestam por termos faltado com a verdade.”

(ARANHA. Graça. Filosofando. ed.Moderna.pg.67.)

Estes valores são, portanto, adquiridos ao longo da nossa vida com base nos ensinamentos e nas experiências que recebemos de nossos pais, do grupo social em que estamos inseridos ou do período histórico em que vivemos. Dependendo de cada sociedade os valores morais podem ser vistos como positivos ou

ÉTICANa língua grega existem duas vogais para a vogal e:Uma vogal minúscula-épsilon éthos com minúscula, significa caráter, índole, temperamento, ou seja, as características pessoais de cada um. Centrada em torno do comportamento individual, em um caráter pessoal, é, portanto subjetivo, a regra de vida proposta foi a virtude;Uma vogal maiúscula-E Éthos com maiúscula, significa costumes vigente em uma sociedade, regras, hábitos.

negativos. E será de acordo com esses valores que ele passará a julgar como maus ou bons o seu comportamento e o dos outros, daí, em diferentes culturas cada grupo interpretar da sua forma os seus valores de certo e errado em relação as condutas em geral.

Moral É um tipo de regra de comportamento ou de conduta, estabelecida em uma determinada época ou por um grupo de indivíduos. São elas que determinam o que é certo e errado, permitido ou proibido, bom ou mal nas nossas ações. A moral é exterior e anterior ao individuo, portanto, existem antes mesmo de nós nascermos, criando assim uma moral constituída, que orienta seu comportamento por meio de normas, regras. Determinadas regras morais mudam de uma sociedade para outra.Se o individuo seguir ou não a regra estabelecida, o ato será considerado moral ou imoral.Regra moral e regra jurídicaAs regras morais e as regras jurídicas são normas de comportamento que nos impõe um padrão de comportamento a ser seguido, tanto uma quanto a outro possuem um aspecto cultural muito forte, podemos dizer que muitas regras morais são também regras jurídicas e em algumas sociedades fica até mesmo difícil separa-las, vejamos agora o que o autor Gilberto Cotrim trata este tema:“As normas morais e as normas jurídicas são estabelecidas pelos membros da sociedade, e em ambas se destinam a regulamentar as relações nesse grupo de pessoas. Há então vários aspectos comuns entre elas que são:Apresentam-se como imperativos, ou seja, normas que devem ser seguidas por todos;Buscam, propor através de normas, uma melhor convivência entre os indivíduos;Orientam-se por valores culturais próprios de uma determinada sociedade;Tem um caráter histórico, isto é, mudam de acordo com as transformações historico-sociais.”

(COTRIM,Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Ed.Saraiva. pag 244.)

16

Possui um caráter coletivo, portanto todos devem seguir a regra que é estabelecida, representando assim uma forma objetiva fundada no modo coletivo de vida, a regra proposta é a lei.Desta forma, a Ética, ou Filosofia moral não trata apenas de refletir sobre o aspecto individual, estabelecendo ou propondo uma consciência moral individual ou virtuosa, mas também avalia e propõe ações sobre os costumes, regras e hábitos. Disse Aristóteles A virtude moral é o produto dos usos e costumes, ela não surge em nós naturalmente, só podemos adquiri-las pelo habito, pelo exercício constante da prática. Da mesma forma que alguém, para tornar-se construtor, precisa praticar a técnica da construção, e para tornar-se citarista precisa exercitar-se nessa arte instrumental, assim também e pela pratica das ações justas que nos tornamos justos.Segundo o dicionário Michaelis Ética é:Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É o conhecimento que serve de base à Filosofia prática. A Ética serve para que haja um equilíbrio e um bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é um conhecimento que estuda os valores e princípios morais de um individuo, de uma sociedade e de seus grupos. Ou seja, a ética ou Filosofia moral é uma reflexão sobre a moral: o que é bom ou mal, correto ou incorreto, certo ou errado nas nossas ações.“Nesse sentido, a ética é uma disciplina teórica sobre uma pratica humana, que é o comportamento moral”. No entanto, as reflexões éticas não se restringem apenas a busca do conhecimento teórico sobre os valores humanos, cuja origem e o desenvolvimento levantam questões de caráter sociológico, antropológico, religioso e etc.Como Filosofia prática, orienta-se pelo desejo de unir o saber ao fazer, isto é, busca a aplicar o conhecimento sobre o ser (sobre o individuo) para construir aquilo que deve ser, e para isto é indispensável uma boa parcela de conhecimento teórico.”

(COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia-Historia e grandes temas. ed.Sariva. pg. 244 )

Ser ético é refletir sobre as suas ações e desta reflexão resultar uma ação que possa se tornar um exemplo que todos possam seguir .Ser ético é ser honesto, verdadeiro, é ter uma postura e ação que não busque prejudicar outros.Ser ético e desejar para os outros tudo aquilo que gostaria que fizessem você. Kant introduz ainda, como critério fundamental do caráter ético de um ato, sua universalidade.Isto é, meu ato pode ser considerado ético se eu estiver disposto a aceitar que ajam comigo da mesma forma como eu ajo com os outros. Trata-se, no fundo, do famoso principio: não faça ao outro aquilo que não queres que façam a ti. Na formulação clássica encontrada em Kant: “Age de tal forma que tua ação possa ser considerada lei universal.”

(MARCONDES. Danilo.Textos básicos de Ética de Platão á Foucault,Ed. Zahar.pag-12.)

Quais são as considerações éticas? Ética procura razões para agir ou abster-se de agir; por aprovar ou não aprovar uma determinada conduta. Se formos avaliar podemos dizer que existem duas grandes regras para sabermos se estamos sendo ético ou não, quais:1º Uma ação será ética quando o que eu faço de forma deliberada não prejudica outras pessoas;2ºQuando aminha ação puder servir de exemplo para que ou outros possam seguir, levando em consideração a primeira regra.Notem que em ambas o imperativo categórico de Kant exemplifica a típica ação de um individuo ético, agir por dever

de forma consciente e livre. O Professor da PUC e filosofo, Mario Sergio Cortella define a ética com as seguintes características: Ética é o conjunto de valores e princípios que nós usamos para responder aos três principais questionamentos da nossa vida moral, que são: quero! Devo? Posso? tem coisas que eu quero mais não devo, tem coisas que eu devo mas não posso e tem coisas que eu posso mas não quero! Quando você terá paz de espirito quando aquilo que você quer é o q você pode e é o que você deve.

CONTEXTUALIZAÇÃOPor mais que a ética seja um princípio que fundamente as questões morais presente em todas as culturas, fazer a relação entre ética e moral nem sempre se torna fácil, como deveria ser. Para melhor entendermos, iremos analisar a situação ocorrida no mês de setembro de 2012 nos EUA e os mulçumanos em relação às crenças religiosas e a reação das pessoas sobre as próprias crenças, obtendo resultados através da violência.O islamismo é uma religião monoteísta que tem como crença um deus chamado “Maomé”, sendo aceita em países do Oriente Médio como a Arábia Saudita. O islamismo é adepto na fé de um livro sagrado conhecido como “alcorão”. Quem segue seus ensinamentos são os chamados “mulçumanos”, no qual uma de suas doutrinas impostas pelo livro sagrado é a generosidade, bondade e justiça nas relação entre os homens, além de outras regras e ensinamentos específicos apenas desta religião. Ao vermos essas especificidades pela religião, notamos que isto é cultural.Sabemos que existem diversas religiões espalhadas pelo como e cada uma dela representa as crenças de uma determinada cultura ou sociedade, logo, estamos entrando na questão moral, já que esta representa os hábitos, costumes e crenças de um povo. A cultura de um povo, por mais diversa que seja deve ser respeitada, como a religião, por exemplo. Porém muitas pessoas por terem crenças diferentes são avessas aos preceitos dos demais, não aceitando e impondo aquilo que “considera ser certo”. Resultado: pessoas intolerantes com Nakoula Basseley Nakoula ridicularizou a crença no alcorão divulgando um filme em redes sociais e tendo como consequência a revolta de grande parte da comunidade muçulmana, no qual a reação atingiu o consulado norte americano em Benghazi, provocando a mortes de três pessoas, como a do embaixador norte – americano. Para nossa reflexão, vamos pensar: a atitude de um indivíduo ao ridicularizar a crença de outro não apresenta validade ética, pois o princípio universal do querer bem ao próximo e manter relações harmônicas com outras pessoas foi deixada de lado, assim como a reação mulçumana contradiz ao próprio ensinamento sobre “justiça nas relações entre os homens”, pois matar o próximo pela ofensa (ainda mais quem não o praticou, como o cônsul e sim por questões políticas entre os países) não condiz com o

17

TÓPICOS PARA A REVISÃOA)Moral situa-se no cultural e representa um conjunto de valores que guiam os comportamentos e está sujeita a mudanças no momento histórico em que as pessoas estão inseridas.B)As normas morais variam a depender da cultura e do período histórico. Também podem ser questionadas e destituídas.C)Na sociedade, a Ética deve sempre propor valores e a compreensão de mundo mais adequada a vida coletiva e o fortalecimento dos valores humanos.D)A Ética pauta-se em princípios universais, tais como não prejudicar o outro e ter uma conduta que sirva de exemplo para todos seguirem, desta forma podemos dizer que o sujeito ético deve buscar ser consciente, e sua ação deve ser resultando de uma análise racional.

E)E para limitar os interesses humanos particulares, é preciso haver leis que prefiram os interesses gerais.F)A ética, portanto corresponde a valores que devem ser orientados pela razão para uma vida social plena.G)A Ética pode ser compreendida como Instrumento de garantia da cidadania, porque através dela os cidadãos passam a pensar e agir de acordo com valores coletivos.H)Falar de ética significa falar da liberdade, de justiça, em um primeiro momento, a Ética possui uma intima relação com a e liberdade, esta firma-se através da contingência, ou seja, no poder escolher e estabelecer a melhor ação a ser seguida. I)A ética se relaciona, necessariamente, com a política, e com a liberdade de expressar sua consciência politica, esta entendida esta como a área de avaliação dos valores que atravessam as relações sociais e que interliga os indivíduos entre si dando um sentido político e coletivo as ações humanas.

(ENEM) 1. Na ética contemporânea, o sujeito não é mais um sujeito substancial, soberano e absolutamente livre, nem um sujeito empírico puramente natural. Ele é simultaneamente os dois, na medida em que é um sujeito histórico-social. Assim, a ética adquire um dimensionamento político, uma vez que a ação do sujeito não pode mais ser vista e avaliada fora da relação social coletiva. Desse modo, a ética se entrelaça, necessariamente, com a política, entendida esta como a área de avaliação dos valores que atravessam as relações sociais e que interliga os indivíduos entre si.SEVERINO. A. J. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1992 (adaptado).

O texto, ao evocar a dimensão histórica do processo de formação da ética na sociedade contemporânea, ressaltaA)a sistematização de valores desassociados da cultura.B)o sentido coletivo e político das ações humanas individuais.C)o valor da ação humana derivada de preceitos metafísicos.D)os conteúdos éticos decorrentes das ideologias político-partidárias. E)o julgamento da ação ética pelos políticos eleitos democraticamente.

2. “A diferença dos problemas pratica-morais, os éticos são caracterizados pela sua generalidade. Se na vida real um individuo concreto enfrenta uma determinada situação, devera resolver por si mesmo, com a ajuda de uma norma que reconhece e aceita intimamente, o problema de como agir de maneira a que sua ação possa ser boa, isto e, moralmente valiosa. Será inútil recorrer a ética com a esperança de encontrar nela uma norma de ação para cada situação concreta. A ética poderá dize-lhes, o que é um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim o bom visado pelo comportamento moral, do qual faz parte o procedimento do individuo concreto ou o de todos”.O autor acima reflete que:a)A ética é inútil para quem não age de forma moralmente correta.b)A moral e a responsável de solucionar os problemas do comportamento humano.c)Deve-se recorrer a ética para encontrar nela uma norma ou ação para cada situação concreta.d)A ética não serve para avaliar o comportamento moral, pois isto é função essencial da filosofia.e)A ética avalia e estuda as normas de comportamento moral tanto do individuo quanto de um grupo

3. (Upe) Desde suas origens entre os filósofos da antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber normativo, isto é, um saber que

exame ético. Link de acesso à reportagem:

http://br.reuters.com/article/worldNews/pageNumber=1&virtualBrandChannel=0&sp=true

Liberdade e Livre ArbítrioEnquanto que para Platão e Aristóteles a liberdade era concebida como uma capacidade do individuo entendido como cidadão, ou seja, do individuo que faz parte da vida política, mas na relação interior de cada um com Deus.Isso tem inicio com Santo Agostinho, que ao tentar explicar como pode existir o mal se tudo vem de Deus, e Deus é bondade infinita, introduziu a ideia de liberdade como Livre-arbítrio, isto é, a noção de que cada individuo pode escolher entre aproximar-se de Deus ou afastar-se dele. O afastamento de Deus é que seria o mal, de acordo com Agostinho.Com a noção de livre-arbítrio, de uma escolha individual, ele acentuou o papel da subjetividade humana nas coisas do mundo. O Livre-arbítrio é o meio pelo qual o homem realiza a sua liberdade, mas de acordo com a concepção cristã, cada individuo pode usar bem ou mal esse Livre-arbítrio. É no mau uso do livre-arbítrio que estaria a origem de todo o mal.Este conceito de Livre-arbítrio nega a concepção grega de uma liberdade relacionada a política e a razão.As questões éticas como podem ver, abrangem largo campo da vida humana. Pois como o homem, além de sua dimensão individual, é também um ser social, o agir humano atinge a sociedade e desdobra-se nas ações políticas. Assim, ética e política são disciplinas complementares. A ética e a política são instrumentos pelos quais os homens fazem à sociedade.Vemos, portanto, que as reflexões éticas não se restringem apenas à busca de conhecimento teórico sobre os valores humanos, cuja origem e desenvolvimento levantam questões de caráter sociológico, antropológico, religioso etc. A ética tem preocupações práticas. Ela orienta-se pelo desejo de unir o saber ao fazer.Como filosofia prática, a ética busca aplicar o conhecimento sobre o ser para construir aquilo que deve ser. E, para isso, é indispensável uma boa parcela de conhecimento teórico.Trata-se, assim, de uma interação dialética entre a reflexão interior e a ação exterior. Afinal, “a teoria sem a prática é esteril. e a prática sem teoria é ingênua”.

exercício

18

pretende orientar as ações dos seres humanos. A moral também é um saber, que oferece orientações para a ação. Com relação a esse assunto, o autor reflete que a(o)

a) palavra ética procede do latim que significa ‘maneira de se comportar regulada pelo uso’, pelo costume. b) Ética ou Filosofia Moral é a parte da Estética que se ocupa com a intuição a respeito das noções e dos princípios que fundamentam a vida moral. c) palavra ‘ética’ procede do grego, que significava originariamente ‘morada’, mas, posteriormente, passou a significar o caráter, o ‘modo de ser’, que uma pessoa ou um grupo vai adquirindo ao longo da vida. d) termo ‘moral’ procede do grego; em sentido bem amplo, a moral é o conjunto das regras de conduta admitidas, em determinada época, por um grupo de homens. e) Ética é um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual e social dos homens. Trata da prática real das pessoas que se expressam por costumes.

4. (Unicentro) “O sujeito ético procede a um descentramento, tornando-se capaz de superar o narcisismo infantil, e move-se na direção do outro, reconhecendo sua igual humanidade.” (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 4. ed., 2009).Com base nessa afirmativa, que expressa uma atitude de um sujeito ético, marque o único item que corresponde ao texto acima a) Respeitar aos outros é condição de não moralidade. b) Promover discriminação e preconceito é tarefa de um sujeito ético. c) A submissão e o temor são marcas de uma educação para a autonomia. d) Incentivar a violência em qualquer nível é uma marca de um sujeito ético. e) Considerar o outro como também um sujeito de direitos é fundamental para a convivência democrática e cidadã. 5. (Uncisal) A Ética e a Moral são diferentes, porém intrinsecamente interligadas. As reflexões éticas exercem significativa influência sobre as práticas morais, assim como estas servem de matéria às reflexões éticas. A prática moral é relativa, mas as reflexões éticas tendem a ser universais. Com relação à Ética e à Moral, marque o único item correto abaixo A)Sem a Ética a Moral ficaria obsoleta, caduca, ultrapassada. B)A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um exemplo de práticas morais.C)Independentemente do momento histórico a Moral é única, absoluta e imutável. D)Os princípios éticos, em qualquer situação, são expressões do individualismo e do relativismo.E)Sendo universais os princípios éticos perdem o sentido à medida que se relacionam com os valores propagados pelas diferentes culturas.

6. “Vigie seus pensamentos, porque eles se tornarão palavras; Vigie suas palavras, porque elas se tornarão atos; Vigie seus atos, porque eles se tornarão seus hábitos; Vigie seus hábitos, porque eles se tornarão seu caráter; Vigie seu caráter, porque ele será o seu destino.” (Provérbio chinês)

“Ser ético não é apenas cuidar bem do outro, fazer bem aos outros, ser ético é acima de tudo cuidar bem de si mesmo, educando e avaliando suas ações e seu comportamento”Ser honesto será que é bobo?Ser desonesto é sinônimo de esperteza? O interessante é de que

cobra-se muito dos políticos e dos demais agentes públicos nos entanto, temos que entender que eles não vieram de Marte, são na verdade um reflexo da sociedade onde eles vivem ou que os elegeu.

Os textos acima refletem que:a)O homem para viver em grupo necessita da Ética.b)As proibições são necessárias para formarmos o nosso caráter.c)A vida do homem só tem significado se ele puder avaliar e vigiar as suas ações.d) é necessário para uma boa vida Ética que acima de tudo saibamos avaliar e guiar as nossas vidas para formarmos um bom caráter.e) Devemos vigiar nossos pensamentos significar dizer que eles se tornarão nossas palavras e que a Ética deve impor um bom comportamento aos outros.

7. O individuo honesto e ético segue regras de comportamento de forma livre e refletida, ou seja, não seguem por seguir, avalia e reflete sobre o que seriam uma boa ação a ser seguida desta forma podemos dizer que este sujeito

a)Deve sempre pautar as suas ações na aceitação das normas jurídicas.b)Não é capaz de se tornar um sujeito ético visto que só sofre a influencia do meio moral.c)É caracterizado pela a aceitação de leis morais que existem antes mesmo dele nascer.d)Não é influenciado pela cultura ou meio em que vive, suas ações são reflexo da moral religiosa.e)Deve ser consciente, isto é, sua ação deve ser resultando de uma reflexão que busque não prejudicar o próximo.

8. Valorar é uma experiência humana que se encontra no centro de toda escolha de vida. (...) A consequência de qualquer valoração é, sem dúvida, dar regras para a ação prática e na nossa vida coletiva isto é fundamental. (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1993.)

De acordo com o raciocínio acima devemos entender que valorar:a)leva o homem a investigar e explicar as normas morais.b)são imposições de valores sobre cada sociedade ou cultura.c)é um critério influenciado pelo mundo que nos cerca e sem dúvida.d)valorar é ter uma relação igual ao valor moral como a honestidade.e)faz parte das tradições e somente elas determinam o poder dos valores morais e estéticos.

9. A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética existe há muitos séculos, a própria etimologia destes termos gera confusão, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. Sobre estes dois conceitos marque o único item que corresponde ao trecho acimaa)A Ética se constitui em um processo de formação do caráter da pessoa humana.b)A Ética não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza, seres sociais.c)A Ética teria surgido com Platão, pois se exigi maior grau de cultura, já a Ética em Aristóteles e é ligada á reflexão.d)A moral investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência.

19

HISTÓRIACIÊNCIASHUMANAS

e)A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive, já a Ética surge quando refletimos e buscamos através desta reflexão obter um comportamento justo.

Gabarito: 1- B, 2- E, 3- C, 4- E, 5- A, 6- D, 7- E, 8- D, 9- E.

SOCIEDADE ESCRAVISTA

O escravo africano foi trazido para o Brasil para servir de mão-de-obra, em função da produção açucareira que estava se estruturando. E vão ser utilizados nas mais diversas funções, desde o plantio até o beneficiamento do produto final. Nos serviços domésticos e em outros variados tipos de trabalho. Em suma, como bem percebeu o jesuíta Antonil: “os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho”.Os escravos que sobreviviam e chegavam ao Brasil, nessa época, eram destinados, a maioria, para o trabalho nas propriedades rurais ou para o trabalho nas minas, como ocorreu intensamente no século XVIII. O escravo rural podia tanto trabalhar diretamente na plantação de açúcar, o chamado escravo do eito, como ser utilizado na residência do senhor, esse era o escravo doméstico. Havia escravos domésticos também nas vilas e cidades. Os escravos domésticos trabalhavam no interior das residências. Eram cozinheiras, lavadeiras, copeiros, cocheiros, moleques de recado, além de amas-secas, amas-de-leite, mucamas e pajens.O escravo do eito era submetido a longas e repetidas tarefas. Chegavam a trabalhar mais de 15 horas por dia. E em épocas de safra, o descanso quase não existia. O não cumprimento das tarefas podia implicar em duros castigos. Calcula-se que a vida média de um escravo nessas condições penosas chegava, em média, a dez anos.A história da submissão do negro à escravidão no Brasil é também a história de sua resistência. Apesar de quase só se falar dos quilombos – e são importantíssimos- como meio de resistência, outras práticas também foram muito usadas pelos escravos para fugir do cativeiro.A fuga, evidentemente, era a reação mais comum do escravo. Pelo menos a mais perceptível. Mas, além disso, eles chegavam a se suicidar em meio à depressão profunda. Também não eram incomuns os abortos, e mesmo os infanticídios.O olhar europeu do Brasil colonial

As imagens de Rugendas, recorrentes em livros didáticos e revistas de História, acabaram por se transformar em clichês nas representações do Brasil colonial, mesmo quando dizem respeito unicamente ao Rio de Janeiro. Por isso, é importante contextualizá-las. Deve-se destacar, também, que o registro visual de Rugendas, assim como o de Debret e de outros viajantes do século XIX, não deve ser entendido como uma imagem real, acabada e definida. Trata-se, na verdade, de uma representação visível do olhar estrangeiro sobre o Brasil e sua gente mediada por conceitos e valores historicamente situados. Produzidas no contexto do Iluminismo, as narrativas desses artistas refletem o ideal civilizatório europeu apregoado no final do século XVIII. Rugendas condenava o tráfico de escravos e a escravidão, mas defendia uma abolição gradual como ele mesmo esclarece:

A emancipação dos escravos, por necessária e desejável que seja, só poderá ser feita muito lentamente e que, nas circunstâncias mais favoráveis, só se efetuará dentro de um século.” (RUGENDAS, 1972, p.153).

1. Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo mais parecido à cruz e à paixão de Cristo, que o vosso em um destes engenhos [...]. A paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos;

exercício

20

Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento e martírio[...]. De todos os mistérios da vida, morte e ressurreição de Cristo, os que pertencem por condição aos pretos, e como por herança, são os mais dolorosos. P. Antônio Vieira, “Sermão décimo quarto”. In: I. Inácio & T. Lucca (orgs.).

Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1993, p.73-75. A partir do texto, percebe-se que...a) a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos cometidos pelos seus senhores e os incitava a se revoltar. b) as formas de escravidão nos engenhos eram mais brandas do que em outros setores econômicos, pois ali vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia. c) a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus membros, a escravidão dos africanos, tratando, portanto, de justificá-la com base na Bíblia. d) clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto às atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão negra, pois a própria Igreja se mantinha neutra na questão. e) havia formas de discriminação religiosa que se sobrepunham às formas de discriminação racial, sendo estas, assim, pouco significativas.

2. A santidade Jaguaripe (Bahia) foi uma espécie de antecessora, à moda indígena, do que seria Palmares no século XVII. Ela fez tremer o recôncavo, incendiando engenhos e aldeamentos jesuíticos, prometendo a seus adeptos a iminente alforria na “terra sem mal”, paraíso tupi, e a morte ou escravização futura dos portugueses pelos mesmos índios submetidos ao colonialismo. Na santidade baiana predominavam especialmente os tupinambás, mas havia ainda uns cristãos, outros pagãos e ainda rebeldes africanos, assim como em Palmares haveria índios.

VAINFAS, Ronaldo. Deus contra Palmares: representações senhoriais e ideias jesuíticas. In: REIS, João Jose & GOMES, Flávio dos Santos. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo:

Companhia das Letras, 1996, p.61-62 (adaptado).

Os movimentos conduzidos por indígenas e negros no Brasil colonial representaram

a) a resistência frente aos aldeamentos jesuíticos que buscavam impor aos colonizados a religião cristã em detrimento das crenças tradicionais, sendo Palmares, localizado na Serra da Barriga, o maior e mais duradouro símbolo dessa luta no século XVII. b) a busca por reconstruir sociedades existentes antes do contato com os europeus, sendo que tanto na santidade Jaguaripe como no Quilombo de Palmares foi a religiosidade tupinambá e banto, respectivamente, revivida sem a presença de elementos cristãos. c) a luta contra o colonialismo e a escravidão, sendo que Palmares entrou para a história não pelo nome português cristão, a exemplo da santidade dos tupis, senão como quilombo, vocábulo de origem banto (kilombo), alusivo a acampamento ou fortaleza. d) a batalha pela manutenção de elementos culturais de seus antepassados, sendo a santidade de Jaguaripe e o Quilombo de Palmares formas de negar o colonialismo europeu, caracterizadas pela recusa ao enfrentamento direto dos senhores e das tropas portuguesas, visando os acordos.

3. Leia os dois excertos relativos aos quilombos, uma das formas de resistência à escravidão.

Folga nego,branco não vem cá.Se vier,o diabo há de levar.

(Folclore alagoano)

[Creia Vossa Alteza] não está menos perigoso este estado [de Pernambuco], com o atrevimento destes negros, do que esteve com os holandeses, porque os moradores, nas suas mesmas casas e engenhos, têm os inimigos que os podem conquistar.

(Carta de 1671, enviada ao Rei de Portugal pelo governador Fernão Coutinho apud Antonio Mendes Júnior et al. Brasil História, 1976.)

Da leitura dos excertos conclui-se que

a) o segundo texto contradiz as afirmações do primeiro. b) o governador preocupa-se mais com a ameaça holandesa. c) o negro sentia-se ameaçado, mesmo nos quilombos. d) o registro do folclore justifica os temores do governador. e) os textos confirmam o caráter esporádico da fuga dos escravos.

4. Desde o descobrimento, a América Portuguesa recebeu inúmeros grupos sociais que ocuparam seu espaço acompanhando o lento processo de colonização. Do contato entre os grupos surgiu uma sociedade muito diferenciada, composta por diversos segmentos. A partir de listas de população elaboradas em 1831 para diversos municípios mineiros, apresentamos um quadro que representa uma amostra da população do sudeste brasileiro. Observe-o:

Assim, no processo de colonização do Brasil, no século XVIII...

a) A maioria da população possuía origens europeias, sobretudo devido à grande presença de colonos europeus. b) A presença escrava na colonização do Brasil foi reduzida, uma vez que a presença indígena era superior. Os índios, durante todo o período colonial, compunham a larga base da sociedade colonial. c) O processo de alforria de escravos ocorrido durante todo o período transformou a composição da população, que passou a ter a maioria livre. d) Se somarmos o percentual de escravos com os de cor livres podemos concluir que a sociedade colonial possuía de população originária da escravidão. e) A sociedade colonial baseava-se no regime de castas, não havendo possibilidade de miscigenação entre seus diferentes grupos.

5.

O número de africanos desembarcados no Brasil devido ao tráfico negreiro, conforme tabela, foi o maior, ao se compararem os dados da América Britânica e os Estados Unidos. Uma das explicações para essa diferença é que

21O gráfico fornece elementos para afirmar:

a) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca expansão no país. b) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra. c) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse escravista. d) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado. e) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as imposições favoráveis ao trabalho livre

a) no Brasil, o tráfico negreiro foi facilitado pela proximidade com o litoral africano; nos Estados Unidos, a distância em relação à costa africana encareceu a mercadoria escrava. b) nos Estados Unidos, o tráfico sempre foi ilegal, dificultando, assim, o comércio transatlântico de escravos; no Brasil, o tráfico estendeu-se legalmente até às vésperas da abolição da escravidão. c) no Brasil, prevaleceu o projeto de abastecimento da mão de obra escrava por meio do tráfico negreiro; nos Estados Unidos, predominaram as fazendas onde ocorria a reprodução escrava. d) nos Estados Unidos, predominou o trabalho livre, realizado em pequenas propriedades, sendo a mão de obra escrava utilizada somente nas lavouras de algodão da região norte; no Brasil, a mão de obra escrava foi predominante nas mais diversas regiões. e) no Brasil, o elevado crescimento da economia agroexportadora possibilitou capital disponível para a compra de escravos; nos Estados Unidos, as constantes crises da lavoura algodoeira inviabilizavam a compra em larga escala da mão de obra escrava.

6. Leia o relato de Tollenare, um viajante europeu que esteve em Recife em fins de 1816.

“Entre eles (os escravos) veem-se homens cuja fisionomia é ainda altiva ou feroz: dir-se-ia que, mordendo o freio a tremer, cogitam os meios de se libertarem, mas isto não passa, talvez, de uma ilusão, porquanto não se percebe precaução alguma tomada contra as tentativas que possamfazer; todos não têm este aspecto inquietador. Vi negros muito calmos e muito submissos [...]”.

Citado em: Jaime Rodrigues. O infame comércio. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000, p.51

Após a análise do trecho, conclui-se que...

a) O medo de uma possível revolta de escravos está explícito no trecho, por isso a preocupação, das autoridades, em reprimir os escravos “ferozes” e os “inquietos”. b) É demonstrada a preocupação, por parte dos europeus, com o comércio de escravos realizado em Recife, daí as medidas tomadas a favor da extinção da escravidão no ano referido. c) O viajante, impressionado com os maus-tratos sofridos pelos escravos, relata sua preocupação com as relações entre senhores e escravos, defendendo o fim do tráfico. d) Sob uma perspectiva geral, o trecho não guarda relação com as impressões causadas, entre os europeus, do comércio escravo no Brasil. Relatos como esses são raros de encontrar. e) A dicotomia “feroz” e “submissos” parte de uma ótica senhorial da escravidão. O primeiro é, antes de tudo, revoltado ou inquieto porque não aceita sua condição.

7. Examine o gráfico.

22

23

LÍNGUAPORTUGUESA

CÓDIGOS ELINGUAGENS

Objeto de conhecimento: Variação linguística e semântica.Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social, e formadora de identidade.VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, UM PRINCÍPIO DA EVOLUÇÃO DA LÍNGUAPartimos do pensamento primário e norteador de que o fenômeno “variação linguística” esteve presente em todo o momento da formação e estruturação de nossa língua, ao retornarmos à língua-mãe, o latim, percebemos que desde então, até os dias atuais, tivemos mudanças renovadoras da língua.

A linguística atual revela que uma língua não é homogênia e deve ser entendida justamente pelo que caracteriza o homem – a diversidade, a possibilidade de mudanças.

É preciso compreender que tais mudanças, como se pensava no início, não se encerram somente no tempo, mas também se manifestam no espaço, nas camadas sociais e nas representações estilísticas.

De acordo com Celso Ferreira da Cunha (1992), ao traçarmos a linearidade histórica de nossa “língua brasileira”, notamos que essa provém da língua portuguesa, que por sua vez provém do latim, que se entronca na grande família das línguas indo-europeias.

De início era o simples falar de um povo de cultura rústica, que vivia no centro da Península Itálica, mas a língua latina veio, com o tempo, a desempenhar extraordinário papel na história da civilização ocidental.

Os romanos, em contato com outras terras, outras gentes e outras civilizações, ensinavam, mas também aprendiam. E aprenderam muito com outros povos. Desde o século III a.C., pois, sob a benéfica influência grega, o latim escrito com intenções artísticas foi sendo progressivamente apurado até atingir, no século I a.C., a alta perfeição da prosa de Cícero e César, ou da poesia de Horácio e Virgílio. Em consequência, acentuou-se com o tempo a separação entre essa língua literária, praticada por uma pequena elite, e o latim corrente, a língua usada no colóquio diário pelos mais variados grupos sociais da Itália e das províncias.

2. Variações: A Multiformidade Da Língua.

Em uma linguagem sistemática e coerente podem ocorrer formas diferentes de se efetuar a língua, uma vez que variam no espaço – variação diatópica –, no tempo – variação diacrônica – e no indivíduo.

Ao encontrarmos pessoas de regiões diferentes do Brasil, não raro nos deparamos com expressões linguísticas diferentes. Na fala de interioranos de São Paulo, por exemplo, o r é retroflexo, como em porta, celular; já na região Nordeste temos o uso das vogais o e e abertas, como em Rónaldo, sémente.

Segundo CAMACHO(1988) existem múltiplos fatores originando as variações, as quais recebem diferentes denominações. Eis alguns exemplos:

• Dialetos – variações faladas por comunidades geograficamente definidas. Idioma é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para se referir ao sistema comunicativo estudado quando sua condição a iguala a linguagem.

• Socioletos – variações faladas por comunidades socialmente definidas. É a linguagem padrão estandardizada em função da comunicação pública e da educação.

• Idioletos – é uma variação particular, isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou profissões.

• Etnoletos – variação para um grupo étnico. • Ecoletos – um idioleto adotado por uma casa.

É inegável as diferenças que existem dentro de uma mesma comunidade de fala. A partir de um ponto qualquer vão se assinalando diferenças à medida que se avança no espaço geográfico. Da mesma forma se constatam diferenças dentro de uma mesma área geográfica, resultantes das diferenças sociológicas tais como educação do indivíduo, sua profissão, grupos com os quais convive, enfim, sua identidade. Tudo isso pode interferir e operar como modelador à fala de alguém.

A variação histórica acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois estados de uma língua. Ao lermos alguns textos, na íntegra, do século XVII e XVIII nos deparamos com registros linguísticos que diferem com os de hoje. Alguns termos se tornaram obsoletos, outros permaneceram, mas com algumas alterações. Como exemplo, citamos o desuso de expressões com mesóclise: constatamos sua estranheza quando alguém lê trechos bíblicos com uma linguagem mais antiga. Os ouvintes tendem a demonstrar falta de familiaridade com esses termos, porém, apesar disto , muitas vezes concebem o teor de entendimento; uma vez que incoerências locais não destituem do texto a coerência.

As manifestações que se operam no sistema linguístico sempre têm origem nas necessidades expressivas. O processo de mudança é gradual, não acontece de repente. Uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socialmente mais expressivos e ao cair em uso torna-se uma norma; a partir daí, temos uma variante como verdade.

O novo pode se sobrepor ao antigo, assim como os arcaísmos podem se tornar presentes ou por fixar-se na fala popular – PRADO MENDES (2000) ao analisar a ausência de artigo definido diante de nomes próprios em algumas regiões mineiras constatou como uma caso de retenção linguística, isto é, um conservadorismo do português dos séculos XVIII e XIX.

Assim em (1) e (2) abaixo, dados do português contemporâneo falado nas referidas regiões, em que há supressão do artigo definido diante de nomes próprios Edmundo e Olinto.

(1) “...aquele que é fio(filho) de Edmundo”

(e não “filho do Edmundo”)

(2) “...Luís de Olinto cê cunhece ele?”

(e não “Luís do Olinto”)

Este é, portanto, resquício de uma forma linguística de períodos anteriores da língua portuguesa que não sofreu alterações com o passar dos anos. Ou ainda, retornar como fosse algo novo, inédito. Neste caso temos, jovens ao desconhecer a existência de algumas palavras ao se depararem com essas, se interessam e as lançam em seus grupos sob novo significado ou com o mesmo mas tendo sempre como ideia primária o modismo.

A palavra resenha aparece nos dicionários como: ato ou efeito

24

de resenhar; descrição pormenorizada; contagem, conferência; notícia que abarca certo número de nomes ou fatos similares; recensão. Entretanto, na linguagem de alguns jovens apareceu nos anos 90 para descrever conversa desnecessária.

O Brasil apresenta um vasto território, caracterizado por regiões geográficas diversas. Com isso temos diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática. Os estudos dialectológicos de caráter científico iniciaram-se no Brasil com o Dialeto caipira, de Amadeu Amaral, publicado em 1920. O trabalho de Amadeu Amaral teve o mérito de chamar a atenção para a importância e a urgência de uma recolha sistemática dos nossos falares, condenados a perecerem pela progressiva nivelação cultural. Foi ele quem animou as pesquisas de Antenor Nascentes sobre o linguajar carioca (1922) e outras que se lhe seguiram. Entre as divisões propostas em caráter provisório, sobreleva a de Antenor Nascentes, fundada em observações pessoais colhidas em suas viagens por todos os Estados do País. Antenor Nascentes dividiu o falar brasileiro em seis subfalares que reuniu em dois grandes grupos os quais foram chamados de Norte e Sul.

Basta uma singela frase ou uma simples palavra para caracterizar as pessoas pertencentes a cada um destes grupos. Eles estão separados por uma zona que ocupa uma posição mais ou menos equidistante dos extremos setentrional e meridional do país. Esta zona se estende, mais ou menos, da foz do rio Mucuri, entre Espírito Santo e Bahia, até o Estado de Mato Grosso. Para Nascentes o falar do Norte e do Sul apresenta traços diferenciadores fundamentais: a abertura das vogais pretônicas no Norte em palavras que não sejam diminutivos nem advérbios terminados em –mente; a cadência do ritmo frasal, “cantada” no Norte, e normal ou descansada no Sul. Estes espaços admitem seis subfalares – no Norte: amazônico e nordestino; e no Sul: baiano, fluminense, mineiro e o sulista.

A variação se manifesta com maior evidência no léxico(vocabulário), nas realizações de determinados sons, como o “r”, “o”, “e”, “t” e no ritmo da fala, de maneira a distinguir áreas linguísticas e falares.

Mas no nível semântico também ocorre esta manifestação. Para denominar uma planta muito conhecida da família da euforbiáceas temos nomeações diversas. Cada região uma denominação. Em Minas Gerais é conhecida como mandioca, no Rio de Janeiro como aipim e em Pernambuco, macaxeira ; evidenciamos pois a manifestação lexical da sinonímia. É relevante lembrar que tal fenômeno se encerra no âmbito geográfico, mas é fundamentado no histórico; uma vez que todas as variações provém da língua indígena tupi, que por um período breve – durante a colonização – foi largamente utilizada no país.

2.1.3 Variação social

A variação social está relacionada a fatores sociais como etnia, sexo, faixa etária, grau de escolaridade e grupo profissional. Os vários estudos que enfocam este tipo de relação língua/fatores sociais têm privilegiado a variação morfossintática ou a morfo-fonológica.

De acordo com RAMOS(1998), na comunidade belorizontina, por exemplo, a forma reduzida do pronome pessoal de 3ª pessoa ele para “eis” e “es” ocorre com maior frequência e é, portanto, favorecida na fala das pessoas de baixa escolaridade, isto é, que têm apenas o 1º grau. Fica claro que a variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, uma vez que alguns momentos de incoerência são sanados pelo contexto em que a fala se forma.

Não é difícil perceber que a norma culta – por diversas razões de ordem política, econômica, social, cultural – é algo reservado a poucas pessoas no Brasil; talvez porque haja um distanciamento entre as normatizações gramaticais e a obediência dos falantes em seguir tais normas. Há uma indagação implícita neste fato: “ Existe alguma disfunção, alguma impossibilidade de uso da gramática normativa pela grande maioria dos falantes?” ou “Estamos apenas a observar a língua como um fator de identidade?”

Sendo esse o caso, a língua como referencial humano traria inúmeras variações, porque decididamente não somos todos iguais e devido ao meio espacial ou social em que estejamos haverá uma tendência da língua em se caracterizar por esses agentes, sendo assim, o indivíduo que protagoniza a fala poderá adequá-la a seu perfil ou ao grupo a que pertence.

Conforme MARTINET(1964) “uma língua é um instrumento de comunicação segundo o qual, de modo variável de comunidade para comunidade, se analisa a experiência humana em unidades providas de conteúdo semântico e de expressão fônica...”

Habilidade: Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.

1.• Texto I

AntigamenteAntigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.

ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).

FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).

exercício

25

Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que

a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu.c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente.e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.

Habilidade: Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.

2.

Até quando?Não adianta olhar pro céuCom muita fé e pouca lutaLevanta aí que você tem muito protesto pra fazerE muita greve, você pode, você deve, pode crerNão adianta olhar pro chãoVirar a cara pra não verSe liga aí que te botaram numa cruz e só porque JesusSofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).

Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto

a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.e) originalidade, pela concisão da linguagem.

3.

De domingo

— Outrossim?— O quê?— O que o quê?— O que você disse.— Outrossim?—É.— O que que tem?—Nada. Só achei engraçado.— Não vejo a graça.— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.

— Ah, não é.Aliás, eu só uso domingo.— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira.— Não. Palavra de segunda-feira é óbice.— “Ônus.— “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.— “Resquício” é de domingo.— Não, não. Segunda. No máximo terça.— Mas “outrossim”, francamente…— Qual o problema?— Retira o “outrossim”.— Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa “outrossim”.(VERÍSSIMO. L.F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: LP&M, 1996).

No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o (a)a) marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias da semana.b) tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em contextos formais.c) caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais.d) distanciamento entre os interlocutores, provocado pelo emprego de palavras com significados poucos conhecidos.e) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por parte de um dos interlocutores do diálogo.

Comentário da questão: Alternativa “E”. O texto de Carlos Drummond de Andrade apresenta exemplos de palavras ou expressões que caíram em desuso, o que comprova o dinamismo da língua e as variações sofridas ao longo do tempo.

Comentário da questão:Alternativa “B”. O tom humorístico do texto utilizado na questão é construído a partir do conceito de uma das variações linguísticas: a situacional. Ela corresponde às diferentes formas que o falante escolhe para se comunicar, dependendo da situação de comunicação. É a situação que determina, por exemplo, o vocabulário a ser empregado: com quem estamos falando? Em que evento estamos? Em que lugar?

Comentário da questão:Alternativa “D”. A linguagem coloquial adotada por Gabriel, O Pensador, confere à letra da música grande espontaneidade, marca do discurso utilizado no gênero textual rap.

26

LITERATURACÓDIGOS ELINGUAGENS

HABILIDADES POSSÍVEIS: H14 H15, H16 e H17OBJETO: ERA COLONIAL DA LITERATURA BRASILEIRA (1500 a 1836)Cada período literário descreve a sociedade da época enfocando sua cultura, linguagem e ideias. O estudo destes períodos literários nos ajuda a compreender e a acompanhar melhor as mudanças que aconteceram na sociedade ao longo do tempo.De um modo geral, podemos reconhecer ao longo da história literária brasileira dois momentos básicos:

QUINHENTISMO (século XVI)

O Quinhentismo brasileiro teve início com a Carta de Pero Vaz de Caminha em 1500. Podemos dividi-lo, basicamente, em dois momentos:a) LITERATURA INFORMATIVA: Tinha como objetivo descrever a terra brasileira. Jesuítas, cronistas e viajantes portugueses produziram, no séc. XVI, inúmeros textos sobre a terra recém-descoberta;b) LITERATURA JESUÍTICA: Tinha como finalidade a catequização dos índios.

AUTORES E OBRAS- Padre Manuel da Nóbrega: Diálogo sobre a conversão do gentio;- Gabriel Soares de Sousa: Tratado descritivo do Brasil;- Padre José de Anchieta, que escreveu poesias e autos religiosos a fim de catequizar os índios (Do Santíssimo Sacramento; A Santa Inês; Na festa de São Lourenço)

BARROCO (século XVII)

Período literário caracterizado pelos contrastes, oposições e dilemas.O homem do barroco buscava a salvação ao mesmo tempo que queria usufruir dos prazeres mundanos,daí surgiram os conflitos. É o Antropocentrismo (homem) opondo-se ao Teocentrismo (Deus).O homem deste período está entre o céu e a Terra. Mesmo se valorizando, ele vivia atormentado pela ideia do pecado,então vivia buscando a salvação.

CARACTERÍSTICAS DA LITERATURA BARROCA

AUTORES E OBRAS

- Bento Teixeira: “Prosopopéia”(1601), marco inicial do Barroco brasileiro;- Gregório de Matos: Apelidado de “Boca do Inferno”. Escreveu poesia lírica,satírica e religiosa.O apelido é porque o autor retratava a sociedade da época, às vezes, com uma linguagem considerada de baixo calão.- Padre Antônio Vieira: “Sermão da Sexagésima”,”Sermão de Santo Antônio aos peixes”.

ARCADISMO (século XVIII)

O início do século XVIII revela a decadência do Barroquismo, com sua poesia contraditória, permeada de exageros que revelam o gosto pelo esplêndido e glorioso. É um período de importante transformação cultural e científica, onde passa a predominar a razão como elemento propulsor do desenvolvimento socioeconômico e cultural, da valorização dos ideais iluministas e da ascensão da burguesia como nova classe social.É nesse contexto que surge o movimento literário denominado Arcadismo, também conhecido como Setecentismo ou Neoclassicismo, derivado do espírito iluminista, cujo objetivo é a recuperação dos gêneros, formas e técnicas clássicas.

No Brasil, o movimento árcade concentrou-se na “Escola Mineira”, em Vila Rica, atual Ouro Preto, palco do ciclo do ouro e da Inconfidência Mineira. Os poetas pertencentes a esse grupo eram: Cláudio Manuel da Costa, Basílio da Gama, Tomás Antônio Gonzaga, Santa Rita Durão, Alvarenga Peixoto, Silva Alvarenga, todos participando direta ou indiretamente da Inconfidência. O marco do Arcadismo no Brasil deu-se com a publicação de Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa. Com a incorporação do individualismo e do sentimento de natureza, é no Arcadismo Mineiro que se dá, propriamente, o início do lirismo pessoal brasileiro. Apesar de seguir o modelo burguês, no Brasil, o movimento arcádico assume características próprias: a ênfase no bom selvagem de Rousseau, personalizado na figura do indígena; os ideais nacionalistas da pré-independência, que não condiziam com as preocupações socioculturais da metrópole;etc. São essas características que vão culminar no surgimento do Romantismo Brasileiro em 1836, com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães.

27

AUTORES E OBRAS

• José Inácio de Alvarenga Peixoto (Eureste Fenício). Poesia Lírico-Amorosa. Obras Poéticas

• Frei José de Santa Rita Durão: Poema Épico. Caramuru.• Manuel Inácio da Silva Alvarenga (Alcindo Palmireno).

Poema Heroico-Cômico. O Desertor das Letras. Poesia Lírico-Amorosa. Glaura.

• José Basílio da Gama (Termindo Sepílio). Poema Épico. O Uraguai.

• Cláudio Manuel da Costa (Glauceste Satúrnio). Poema Épico. Vila Rica. Poesia. Obras Poéticas.

• Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu). Poemas Satíricos. Cartas Chilenas. Poesia Lírico-Amorosa. Marília de Dirceu.

exercício01 . (ENEM)

TEXTO IAndaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam.

CASTRO, S. “A carta de Pero Vaz de Caminha”. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).

TEXTO II

02 (ENEM 2014)

Quando Deus redimiu da tiraniaDa mão do Faraó endurecidoO Povo Hebreu amado, e esclarecido,Páscoa ficou da redenção o dia.

Páscoa de flores, dia de alegriaÀquele Povo foi tão afligidoO dia, em que por Deus foi redimido;Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia.

Pois mandado pela alta MajestadeNos remiu de tão triste cativeiro,Nos livrou de tão vil calamidade.

Quem pode ser senão um verdadeiroDeus, que veio estirpar desta cidadeO Faraó do povo brasileiro.

DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.

Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por a) visão cética sobre as relações sociais. b) preocupação com a identidade brasileira. c) reflexão sobre os dogmas do cristianismo. d) crítica velada à forma de governo vigente. e) questionamento das práticas pagãs na Bahia.

03. (ENEM 2016) Soneto VIIOnde estou? Este sítio desconheço: Quem fez tão diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado; E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado: Ali em vale um monte está mudado: Quando pode dos anos o progresso!

Árvores aqui vi tão florescentes Que faziam perpétua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região esta não era; Mas que venho a estranhar, se estão presentes Meus males, com que tudo degenera.

(COSTA, C.M. Poemas. Disponível em www.dominiopublico.gov.br. Acesso em 7 jul 2012)

No soneto de Claudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que transparece umaa) angústia provocada pela sensação de solidão.b) resignação diante das mudanças do meio ambiente.c) dúvida existencial em face do espaço desconhecido.d) intenção de recriar o passado por meio da paisagem.e) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.

04.Casa dos Contos& em cada conto te conto & em cada enquanto me encanto & em cada arco te abarco & em cada porta me perco & em cada lanço te alcanço & em cada escada me escapo & em cada pedra te prendo & em cada grade me escravo & em cada sótão te sonho & em cadaesconso me affonso & emcada claúdio te canto & em cada fosso me enforco &

(ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978.)

O contexto histórico e literário do período barroco- árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de 1975. A restauração de elementos daquele contexto por uma poética contemporânea revela quea) o eu lírico recria, em seu momento histórico, numa linguagem de ruptura, o ambiente de opressão vivido pelos inconfidentes.b) a disposição visual do poema reflete sua dimensão plástica, que prevalece sobre a observação da realidade social.c) a reflexão do eu lírico privilegia a memória e resgata, em fragmentos, fatos e personalidades da Inconfidência Mineira.d) a palavra “esconso” (escondido) demonstra o desencanto do poeta com a utopia e sua opção por uma linguagem erudita.e) o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, gerando uma continuidade de procedimentos estéticos e literários.

Gabarito: 1- B, 2- D, 3- E, 4- A.

28

REDAÇÃOCÓDIGOS ELINGUAGENS

Produção Textual TEMAS TRANSVERSAIS?

Os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar, que se enriquece através da flexibilidade, uma vez que os temas podem ser contextualizados e trabalhados de acordo com as diferenças locais e regionais. Eles foram escolhidos por um critério de necessidades comuns em todo o território nacional (abrangência nacional) e por um discernimento de urgência social. O desenvolvimento econômico e social do País exige o cenário de uma escola, democrática, criativa, inclusiva, plural, participativa, agente do desenvolvimento sustentável, capaz de garantir a igualdade de oportunidades para todos. Com a LDBEN 9394/96 e mesmo com os Parâmetros Curriculares Nacionais constatamos que o objetivo principal da educação é a cidadania. E não vamos atingir essa tão almejada cidadania neste país se as escolas continuarem a trabalhar os conteúdos tradicionais como o fim da educação. É preciso uma mudança de paradigma para entender que a educação tem a finalidade de promover a formação do cidadão. Os conteúdos tradicionais continuam sendo os referenciais do sistema educacional. O objetivo da escola continua sendo trabalhar os conteúdos tradicionais (Matemática, História, Química, Física, Biologia, Línguas, etc.) e transversalmente, perpassando estes conteúdos, os temas mais vinculados ao cotidiano, que são: ética, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo e saúde. Através da tematização da Ética deverão ser abordados temas da atualidade que possam ser estudados e analisados tendo como referencia o contexto da Proposta Pedagógica da Escola. Essa abordagem conduz a escola a estimular a autonomia na composição de valores dos educandos, auxiliando-os a se situarem nas interações sociais dentro da escola e da comunidade como um todo, abrangendo os principais grupos temáticos: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade. Quanto ao tema transversal Meio Ambiente, devemos lembrar que não se reduz apenas ao ambiente físico e biológico, mas abrange também as relações sociais, econômicas e culturais. Através dessa visão devemos propiciar momentos de reflexões que induzam os alunos ao enriquecimento cultural, à qualidade de vida e à preocupação com o equilíbrio ambiental. Quanto ao tema Orientação sexual devemos lembrar que são questões a serem abordadas em sala de aula, apesar de abranger assuntos de foro íntimo. As abordagens estarão vinculadas a métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis, a descoberta do próprio corpo e da sexualidade, que poderão ser aprofundadas, a partir de evidências objetivas. Pelo motivo da sociedade brasileira ser formada por diversas etnias, a abordagem da Pluralidade Cultural tem como

missão respeitar os diferentes grupos e culturas que compõem o contexto étnico brasileiro, estimulando a convivência dos diversos grupos e fazendo dessa particularidade um fator de enriquecimento cultural. O tema transversal Trabalho/Consumo torna-se adequado para preparar os jovens para a sua inclusão no mundo do trabalho, e é apropriado para discutir assuntos como consumo, direitos, desemprego, etc. A abordagem do tema Saúde, compreende as noções básicas de higiene e saúde, responsabilizando cada indivíduo pelo seu próprio bem-estar. Esse tema possui uma abordagem utilitária de assuntos como, Aids, uso de drogas e gravidez na adolescência, dentre outros. Enfatizo que, os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar, que se enriquece através da flexibilidade, uma vez que os temas podem ser contextualizados e trabalhados de acordo com as diferenças locais e regionais. Eles foram escolhidos por um critério de necessidades comuns em todo o território nacional (abrangência nacional) e por um discernimento de urgência social. Os temas transversais devem ser trabalhados de maneira interdisciplinar, para que seja possível transformar e aceitar uma visão diferenciada de mundo, de conhecimento e de ensino e aprendizagem. A interdisciplinaridade e a transversalidade se completam, na realidade escolar, com o “olhar” de abordar o conhecimento, como algo ativo, inacabado, passível de transformação e de ser vinculado às questões sociais.

Ref: BARBOSA. Laura Monte Serrat. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) — Temas Transversais

Por Amélia Hamze

Colunista Brasil Escolamissão respeitar os diferentes grupos e culturas que compõem o contexto étnico brasileiro,

estimulando a convivência dos diversos grupos e fazendo dessa particularidade um fator de enriquecimento cultural.

Os temas transversais nas charges no Enem (Textos motivadores)

Quem vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já deve ter percebido, através da análise das provas anteriores ou de simulados, que as charges são uma característica marcante principalmente no caderno de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias e na proposta de redação como texto motivador. A charge utiliza linguagem não-verbal para expressar uma ideia de maneira humorística. Às vezes, a figura também é acompanhada de texto. Para interpretá-la, é necessário conhecimento de mundo e senso crítico. Geralmente, a charge é vinculada à imprensa sendo utilizada para realizar críticas político-sociais. Antes de ver as dicas de interpretação, atente-se para essa regra geral:

Mantenha-se atualizado!

O tema abordado na charge pode estar ligado a um acontecimento de um período específico, o que mostra a importância de se manter informado quanto as atualidades do ano para ter conhecimentos prévios que te sirvam como base para descobrir qual fato ocorrido está sendo criticado na charge. Se manter atualizado e ler bastante são regras da vida do vestibulando e úteis para todas as partes da prova, não é mesmo? Se você já pratica isso, veja agora as dicas específicas para analisar as charges.

29

1. Questione a charge. Para fazer uma leitura crítica da charge, é importante levantar perguntas como:Qual o tema da charge?Conheço o cenário ou as pessoas retratadas?Pode haver ambiguidade, ou seja, mais de uma maneira de interpretar o desenho ou o texto?

2. Procure detalhes. Não há nada de excessivo na charge! Todo o conjunto é importante para entender a crítica do autor. Por isso, fragmente sua análise procurando detalhes que te sirvam como pista para responder a questão. Lembre, também, de se atentar à fonte para descobrir o local e a data de publicação.

3. Entenda o objetivo da charge. Pense nas questões sociais, políticas, culturais e ideológicas que envolvem o contexto da charge. Por que ela foi feita? Qual o público-alvo? Qual o objetivo do autor? Relacione, também, a imagem e o texto da charge. Ao fazer isso, você a aproxima de seu significado.

4. Relacione a charge com o enunciado da questão. Fazer uma leitura atenta de todo o enunciado e das alternativas da questão pode ser a melhor maneira de encontrar a pista final que fecha sua linha de raciocínio. Ao analisar a própria questão na qual a charge está inserida, você fica mais próximo de entender qual a mensagem transmitida.

ED. FÍSICACÓDIGOS ELINGUAGENS

COMPETÊNCIA DE ÁREA 3Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social, e formadora de identidade.

HABILIDADE 9Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.

CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DAS LUTASAntes de se tornarem esporte, as lutas ou as artes marciais tiveram duas conotações principais: eram praticadas com o objetivo guerreiro ou tinham um apelo filosófico como concepção de vida bastante significativo.Atualmente, nos deparamos com a grande expansão das artes marciais em nível mundial. As raízes orientais foram se disseminando, ora pela necessidade de luta pela sobrevivência ou para a “defesa pessoal”, ora pela possibilidade de ter as artes marciais como própria filosofia de vida.

CARREIRO, E. A. Educação Física na escola: Implicações para a prática pedagógica.

Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (fragmento).

1. Um dos problemas da violência que está presente principalmente nos grandes centros urbanos são as brigas e os enfrentamentos de torcidas organizadas, além da formação de gangues, que se apropriam de gestos das lutas, resultando, muitas vezes, em fatalidades. Portanto, o verdadeiro objetivo da aprendizagem desses movimentos foi mal compreendido, afinal as lutas.a) se tornaram um esporte, mas eram praticadas com o objetivo guerreiro a fim de garantir a sobrevivência.b) apresentam a possibilidade de desenvolver o autocontrole, o respeito ao outro e a formação do caráter.c) possuem como objetivo principal a “defesa pessoal” por meio de golpes agressivos sobre o adversário.d) sofreram transformações em seus princípios filosóficos em razão de sua disseminação pelo mundo.e) se disseminaram pela necessidade de luta pela sobrevivência ou como filosofia pessoal de vida.

2. O homem evoluiu. Independentemente de teoria, essa evolução ocorreu de várias formas. No que concerne à evolução digital, o homem percorreu longo trajeto da pedra lascada ao mundo virtual. Tal fato culminou em um problema físico habitual, ilustrado na imagem, que propicia uma piora na qualidade de vida do usuário, uma vez que

a) a evolução ocorreu e com ela evoluíram as dores de cabeça, o estresse e a falta de atenção à família.b) a vida sem o computador tornou-se quase inviável, mas se tem diminuído problemas de visão cansada.c) a utilização demasiada do computador tem proporcionado o surgimento de cientistas que apresentam lesão por esforço repetitivo.d) o homem criou o computador, que evoluiu, e hoje opera várias ações antes feitas pelas pessoas, tornando-as sedentárias ou obesas.e) o uso contínuo do computador de forma inadequada tem ocasionado má postura corporal.

exercício

Gabarito: 1- B, 2- E

30

31

MATEMÁTICAMATEMÁTICA E SUAS

TECNOLOGIAS

ÁREA E PERÍMETROS DE FIGURAS PLANAS NOTÁVEIS

1. QUADRADO

2. RETÂNGULO

3. LOSANGO

4. TRAPÉZIO

5. TRIÂNGULO RETÂNGULO

6.DOIS LADOS E O ÂNGULO ENTRE ELES

7. TRIÂNGULO EQUILÁTERO

8. HEXÁGONOREGULAR

9. CÍRCULO

10. SETOR CIRCULAR

32

OS PRINCIPAIS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

AB : Área do polígono da base do prisma

AL : Área lateral (soma das áreas das faces laterais). AT : Área total (soma de todas as áreas das faces do prisma).

V : Volume do prisma.

2. CILINDRO E SUA PLANIFICAÇÃO

1. PRISMA E SUA PLANIFICAÇÃO

Como a base de um cilindro é um círculo, então temos:

3. PIRÂMIDE

ap : apótema da pirâmide

ab : apótema da base.

h : altura da pirâmide.

4. CONE E SUA PLANIFICAÇÃO

5. TRONCO DE CONE E SUA PLANIFICAÇÃO

6. ESFERA

ÁREA DA SUPERFÍCIE ESFÉRICA

33

VOLUME DA ESFERA

C2 - Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.

H7 - Identificar características de figuras planas ou espaciais.

exercício1. (ENEM) Uma rede hoteleira dispõe de cabanas simples na ilha de Gotland, na Suécia, conforme Figura 1. A estrutura de sustentação de cada uma dessas cabanas está representada na Figura 2. A ideia é permitir ao hóspede uma estada livre de tecnologia, mas conectada com a natureza.

A forma geométrica da superfície cujas arestas estão representadas na Figura 2 éa) tetraedro.b) pirâmide retangular.c) tronco de pirâmide retangular.d) prisma quadrangular reto. e) prisma triangular reto.

H8 - Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.

2. O volume de uma peça de metal cuja forma está na figura vale

a) 3200 3 cm3

b) 6400 3 cm3

c) 12600 3 cm3

d) 18200 3 cm3

e) 24300 3 cm3

3. (ENEM) Uma empresa especializada em conservação de piscinas utiliza um produto para tratamento da água cujas especificações técnicas sugerem que seja adicionado 1,5 mL desse produto para cada 1000L de água da piscina. Essa empresa foi contratada para cuidar de uma piscina de base retangular, de profundidade constante igual a 1,7 m, com largura e comprimento iguais a 3m e 5 m, respectivamente. O nível da lâmina d’água dessa piscina é mantido a 50 cm da borda da piscina. A quantidade desse produto, em mililitro, que deve ser adicionada a essa piscina de modo a atender às suas especificações técnicas é

a)11,25.b)27,00.c)28,80.d)32,25.e)49,50.

4. (ENEM) É possível usar água ou comida para atrair as aves e observá-las. Muitas pessoas costumam usar água com açúcar, por exemplo, para atrair beija-flores. Mas é importante saber que, na hora de fazer a mistura, você deve sempre usar uma parte de açúcar para cinco partes de água. Além disso, em dias quentes, precisa trocar a água de duas a três vezes, pois com o calor ela pode fermentar e, se for ingerida pela ave, pode deixá-la doente. O excesso de açúcar, ao cristalizar, também pode manter o bico da ave fechado, impedindo-a de se alimentar. Isso pode até matá -la. Ciência Hoje, ano 19, no 166, mar. 1996. Pretende-se encher completamente um copo com a mistura para atrair beija-flores. O copo tem formato cilíndrico, e suas medidas são 10 cm de altura e 4 cm de diâmetro. A quantidade de água que deve ser utilizada na mistura é cerca de (utilize π = 3) a) 20 mL. b) 24 mL. c) 100 mL. d) 120 mL. e) 600 mL.

5. Prato da culinária japonesa, o temaki é um tipo de sushi na forma de cone, enrolado externamente com nori, uma espécie de folha feita a partir de algas marinhas, e recheado com arroz, peixe cru, ovas de peixe, vegetais e uma pasta de maionese e cebolinha. Um temaki típico pode ser representado, matematicamente, por um cone circular reto em que o diâmetro da base mede 8 cm e a altura 10 cm. Sabendo-se que, em um temaki típico de salmão, o peixe corresponde a 90% da massa do seu recheio, que a densidade do salmão é de 0,35 g/cm3 , e tomando π 3, a quantidade aproximada de salmão, em gramas, nesse temaki, é dea) 46. b) 58. c) 54. d) 50. e) 62.

6. Para tomar um remédio, uma pessoa deve ingerir a dose contendo água mostrada na figura abaixo, com a forma de tronco de cone e as medidas indicadas. Qual foi o volume ingerido, em ml, pela pessoa? Adote = 3,14.

a) 125,75b) 136,28c) 156,72d) 178,98e) 187,45

H9 - Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.

7. (ENEM) Um garçom precisa escolher uma bandeja de base retangular para servir quatro taças de espumante que precisam ser dispostas em uma única fileira ao lado maior da bandeja, e com suas bases totalmente apoiadas na bandeja.

34

A base e a borda superior das taças são círculos de raios 4cm e 5 cm, respectivamente

A bandeja a ser escolhida deverá ter uma área mínima, em centímetro quadrado, igual aa)192. b)300.c)304.d)320.e)400.

8. Uma pessoa vai até um supermercado para comprar um produto líquido de higiene, cujas embalagens são cúbicas e especificadas por tamanhos, preços e medidas de suas arestas, conforme mostram as figuras:

Na compra de uma embalagem, qual a opção representa o menor custo por mililitro (ml) desse produto?a) Grandeb) Médiac) Miniatura d) Pequenae) Top

Gabarito: 1- E, 2- C, 3- B, 4- C, 5- D, 6- D, 7- C, 8- E