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O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CESTAS BÁSICAS NUMA EMPRESA DE
VAREJO: UM ESTUDO DE CASO.
Messias Cardoso Lamim (Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO)
Luiz Perez Zotes (Universidade Federal Fluminense - UFF)
RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar o processo de produção de cestas básicas numa empresa de
varejo, procurando entender suas dificuldades nas áreas de planejamento e produção, o
produto e as incertezas de demandas encontradas nestes contextos. Muitas empresas que
iniciam a produção de cestas básicas estão diretamente ligadas à área do varejo, formada por
pequenos e médios mercados locais ou que fazem parte de um novo segmento dessas
empresas. A reflexão sobre a demanda do produto nos mostrou a grande dificuldade que
existe em medir este processo, considerando a variabilidade no ato da negociação entre cliente
e empresa. Os clientes na sua maioria não se fidelizam à marca dos alimentos que compõe a
cesta básica, pois sua escolha privilegia o preço, tornando difícil para a empresa criar um
padrão de produção. Para análise dos processos, foi feito um diagnóstico da realidade
encontrada a partir da aplicação de um questionário respondido pelos responsáveis das áreas
envolvidas. O resultado das análises demonstrou a ausência de padrões adequados para
condução dos processos produtivos e uma carência de pessoas treinadas para desempenhar as
funções.
Palavras Chaves: Varejo, Planejamento, Produção e Estoques.
ABSTRACT
The objective of this paper is to analyze the production process of a basic food retail
company, seeking to understand their difficulties in the areas of planning and production of
the product and the uncertainties of demands found in these contexts. Many companies that
initiate the production of staple foods are directly linked to the retail area, formed by small
and medium-sized locations or that are part of a new segment of these markets companies.
Reflection on the demand of the product showed us that there is great difficulty in measuring
this process, considering the variability in the act of negotiation between customer and
company. Customers mostly not fidelizam the brand of food that makes up the basket,
because your choice favors the price, making it difficult for the company to create a pattern of
production. For process analysis, we made a diagnosis of reality found from the application of
a questionnaire answered by the heads of the areas involved. The results of the analysis
demonstrated the absence of appropriate standards for the conduct of production processes
and a lack of trained personnel to perform the functions.
Key Words: Retail, Planning, Production and Inventories
1. INTRODUÇÃO
Na década de 70, as carências nutricionais eram anunciadas como um dos principais
problemas relacionados à saúde do trabalhador no Brasil, sendo responsáveis por acidentes de
trabalho, licenças médicas e absenteísmo. A grande discussão da época já destacava a
problemática do trabalhador mal alimentado, que produzia pouco e consequentemente recebia
baixos salários, formando um círculo vicioso.
Com o incentivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a cesta básica tornou-
se um item incorporado ao pacote de benefícios das empresas com base no Programa de
Alimentação do Trabalhador – PAT, instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e
regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991. Este programa possui como
característica primária, a complementação alimentar, no qual o governo, empresa e
trabalhadores partilham responsabilidades, tendo como princípio norteador o atendimento ao
trabalhador de baixa renda (aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais).
Este produto vem ganhando projeção econômica, através dos incentivos
governamentais que buscam esse tipo benefício como forma de melhorar as condições
nutricionais do trabalhador.
Deste modo, o mercado tem se tornado competitivo e disputado pelo segmento, as
empresas fornecedoras procuram focar esforços para atrair clientes que possam optar pelo
produto “cesta” e com isso acirra-se a concorrência, transformando aspectos como melhores
preços, capacidade de abastecimento e facilidade de entrega em fatores de diferenciação nesta
competição.
O produto cesta básica possui algumas particularidades tanto para a área comercial
como para produção, a falta de compromisso dos clientes quanto aos componentes que
compõem o produto gera incertezas e muitas oscilações no planejamento de compras e de
produção. Para a área comercial é imperativo que haja flexibilidade nos processos para que as
demandas sejam atendidas. No entanto, as oscilações no planejamento provocadas pelas
variações do produto, dificultam a padronização da estrutura produtiva, necessitando recorrer
a reavaliações constantes dos processos. O tempo de resposta é constantemente alterado,
tornando necessárias inúmeras adaptações.
A análise deste processo produtivo visa entender as dificuldades encontradas no setor de
varejo para produzir cestas básicas, considerando as incertezas no atendimento as demandas.
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA O varejo inclui todas as atividades relativas à venda de produtos ou serviços
diretamente ligada ao consumidor final, para uso pessoal e não comercial. Um varejista ou
uma loja de varejo é qualquer empreendimento comercial cujo faturamento provenha
principalmente da venda de pequenos lotes no varejo. (KOTLER, 2006)
Observa-se nas empresas do Brasil, a capacidade de reação com o aproveitamento dos
modelos das empresas líderes para elevar sua eficiência e, para as empresas entrantes, um
intenso aprendizado das dificuldades em se superar e implementar modelos fechados para
diferentes culturas e preferências de mercado, impondo a necessidade de ajustes. Uma vez que
existe uma diferença entre o fornecimento e a demanda e que existe um intervalo de tempo
entre o início da produção de um produto e sua disponibilização para os consumidores, as
empresas devem recorrer à previsão de demanda para antecipar o comportamento do mercado
e permitir que seus consumidores encontrem seus produtos no momento em que desejarem.
(DIAS, 2004).
Stevenson (2001), ainda trabalha com a ideia de que na administração, são
encontrados muitos tipos e formas de previsão, como necessidade de recursos, fluxo de caixa
e orçamento, todos alinhados com o processo de previsão de vendas é determinante para um
planejamento eficaz e eficiente. A previsão de demanda oferece uma listagem de informações
que auxiliam profissionais no processo de tomada de decisões, tanto táticas como estratégicas.
Tais decisões são direcionadas para as metas e objetivos das empresas determinadas em seu
planejamento. Desta maneira, a natureza da tomada de decisão define como o propósito da
previsão, ou seja, sua utilidade, e, portanto nenhuma previsão de negócios, seja ela
matemática ou não científica, pode ser independente das decisões que as influenciam.
Previsão é um dos aspectos chaves no processo de tomada de decisões, cada vez mais
explícito em uma empresa, principalmente, devido aos sistemas de gestão implantados para
acompanhamento dos resultados. (MAKRIDAKIS E WHEELWRIGHT, 1998).
Novaes (2007) ainda chama a atenção que a previsão da demanda, por envolver
desdobramentos futuros, que dependem de aspectos políticos, econômicos e sociais, não só do
país, como também do exterior, está necessariamente sujeita a erros. Por outro lado,
dependendo dos objetivos da organização, as projeções da demanda podem envolver prazos
(ou horizontes) variados. Os métodos de previsão são classificados de formas diversas,
dependendo de aspectos básicos que caracterizam a demanda.
Stevenson (2001) ainda afirma que uma previsão adequadamente elaborada deve
atender a alguns requisitos: que a previsão seja oportuna, isto é, que o horizonte de previsão
cubra o tempo necessário à implementação das possíveis mudanças; que seja exata e
explicitada, de modo a permitir que os usuários façam um planejamento para os erros
passíveis de ocorrência e, por fim, que a previsão seja confiável, funcionando de modo
consistente, reduzido à insegurança dos usuários.
Técnicas
endógenas de
previsão, em
contraposição a
técnicas
exógenas.
No primeiro caso, são utilizados dados históricos da própria
empresa. No segundo caso, são utilizados dados externos à
empresa. Mas uma relação forte é observada entre consumo de
pneus e consumo de combustível, pois ambas as variáveis
dependem da quilometragem percorrida pela frota. Então, se
dispusermos de projeções confiáveis do consumo de combustível,
podemos inferir indiretamente o consumo de pneus através dessa
variável. Pode-se, obviamente, lançar mão de técnicas mistas,
envolvendo os dois tipos de dados.
Comportamento
estável versus
comportamento
dinâmico da
demanda
A demanda nunca é representada por um valor determinístico,
pois, está sujeita a variações de diversos tipos. Mas, mesmo sendo
uma variável aleatória, a demanda é considerada estável quando é
governada por uma regra bem definida pois a demanda vai
mudando ao longo do tempo em função de variáveis de difícil
previsão.
Demanda
dependente e
demanda
independente.
O consumo de pneus ilustra bem a diferença entre esses dois tipos
de demanda. O consumo de pneus na fabricação de automóveis
caracteriza uma demanda dependente, pois cada auto sempre
recebe cinco unidades. É, assim, uma variável nitidamente
dependente da fabricação de veículos.
Quadro 1 - Métodos qualitativos de previsão, em contraposição a métodos quantitativos.
Fonte: Adaptado NOVAES (2007)
Existem duas abordagens gerais para se fazer previsões: a abordagem qualitativa e a
abordagem quantitativa. Os métodos qualitativos consistem principalmente em insumos
subjetivos, cuja descrição numérica precisa constitui frequentemente um desafio. Os métodos
quantitativos envolvem a extrapolação de dados históricos, ou o desenvolvimento de modelos
de correlação, que utilizam variáveis causais (explicativas) para se fazer uma previsão.
Os métodos qualitativos permitem a inclusão de informações subjetivas (por exemplo,
fatores humanos, opiniões pessoais e intuição) no processo de previsão. Estes fatores são
frequentemente omitidos ou ignorados quando os métodos quantitativos são utilizados,
porque são difíceis, se não impossíveis, de quantificar. Na prática, conforme demonstrado no
quadro abaixo, qualquer uma das abordagens ou ambas, podem ser utilizadas para se elaborar
uma previsão.
Abordagens alternativas na elaboração de uma previsão
Previsões
Baseadas em
Julgamentos e
Opiniões
As previsões baseadas no julgamento são preparadas a partir de
análises de insumos subjetivos, obtidos de várias fontes, como
pesquisas sobre o consumidor, e de informações, da área de vendas,
de gerentes e executivos, e de debates com participação de
especialistas. Com bastante frequência, essas fontes viabilizam
percepções (insights) que de outro modo não poderiam ser obtidas.
Previsões
Baseadas em
Dados de
Séries
Temporais
(Dados
Históricos).
Alguns métodos de previsão dependem de se conseguir descobrir a
existência de relações entre variáveis, relações estas que possam ser
utilizadas para prever os valores futuros de uma das variáveis; outros
métodos simplesmente procuram projetar para o futuro a experiência
do passado. A segunda abordagem inclui as previsões que utilizam
dados históricos, de séries temporais, adotando-se a premissa de que o
futuro terá um comportamento idêntico ao do passado.
Previsões
baseadas em
julgamentos e
opiniões
Em algumas situações, os responsáveis pelas previsões podem ter que
elaborar suas previsões fundamentadas apenas em julgamentos e
opiniões. Se a gerência precisa de uma previsão rápida, nem sempre
há tempo suficiente para se colher e analisar dados quantitativos.
Nessas circunstâncias, as previsões são baseadas nas opiniões de
executivos, em pesquisas do consumidor, em opiniões do pessoal da
área de vendas e em pareceres de especialistas.
Informações
de Pessoas
com Contatos
Diretos é
Frequente com
os Clientes
Os funcionários da área de vendas ou de atendimento ao cliente
constituem uma boa fonte de informações, devido ao seu contato
direto com os consumidores. Eles estão frequentemente, a par de
quaisquer planos que os consumidores eventualmente tenham para o
futuro. No entanto, existem vários inconvenientes nessa abordagem.
Um deles é que aquelas pessoas pertencentes ao quadro da empresa e
que mantêm contatos com os clientes podem ser incapazes de
distinguir entre aquilo que os clientes gostariam de fazer daquilo que,
de fato, irão fazer.
Pesquisas de
Opinião do
Consumidor
Uma vez que são os clientes que, em última instância, determinam a
demanda, parece então natural solicitar sua opinião. Em alguns casos,
pode-se contatar cada cliente, real ou em potencial. Entretanto, existe
geralmente um número muito grande de clientes, ou então não há uma
maneira de identificar todos os clientes em potencial. Por isso, as
organizações que buscam o input do consumidor geralmente recorrem
a pesquisas do consumidor, o que lhes permite fazer uma amostragem
de opiniões do consumidor.
Quadro 2 - Fonte: adaptado STEVENSON (2001)
2.1 Sistemas de produção
O processo de fabricação na indústria tem dois momentos: o primeiro representa a
teoria do fordismo e implantado no início do século XX nos Estados Unidos, e a segunda,
com as tecnologias de gestão japonesas, exemplificado pelo conceito JIT - Just in Time. Estes
momentos mostraram que os sistemas de produção têm evoluído continuamente em termos de
qualidade, custo, flexibilidade e desempenho. (Arruda, 2001)
A aceleração da competitividade global torna o tempo de venda de bens cada vez mais
importante para as empresas, especialmente porque é quando observamos que o consumidor
está chancelando o valor de um determinado produto. Na verdade, o objetivo da produção
deve conceber produtos e serviços para satisfazer os clientes, a fim de melhorar seus
resultados e procurar aumentar a competitividade da organização.
Os ganhos significativos de diluição dos custos fixos na indústria para um volume de
produção cada vez mais elevados, adicionado à unidade de reduções de custos variáveis
decorrentes de melhorias nos processos de produção, caracterizam este período inicial de
produção em massa na indústria automotiva, traduzindo-se em economias de escala de grande
monta.
2.2. O JIT - just in time
Com a implementação da metodologia Just in time o objetivo principal foi o de
produzir bens e serviços no exato momento em que eles são necessários, reduzindo custos,
otimizando processos e retrabalho. Esta metodologia consiste em uma mudança radical nas
práticas tradicionais e foi implementado no Japão na década de 70, nas linhas de produção da
Toyota Motor Company (GONÇALVES 2010)
A Toyota mostrou ao mundo a importância desta filosofia, veio para quebrar os
paradigmas de produção existente até então, como se mostra na Figura 1. O processo em série
continuou, mas com um foco na eficiência das atividades, a necessidade de obter maior
flexibilidade para a fabricação e importância do quesito qualidade. Com essa filosofia, custos
até então considerados essenciais foram eliminados e junto com eles, as atividades que não
agregavam valor ao produto final.
Figura 1 - Planejamento e Controle JIT - Fonte: SLACK, 2002.
O JIT vai agir de acordo com a necessidade de estoques de segurança e o impacto que
a ausência desses causa no processo de produção. É certo que a eliminação destas ações gera
economia financeira, mas exige maior controle sobre o processo de produção: a qualidade da
matéria-prima e dos produtos gerados dentro do processo produtivo deve ser alta, pois
distúrbios na produção devido à má qualidade reduzem o fluxo de materiais e a confiabilidade
interna de fornecimentos, induzindo a necessidade de se formar estoques; a velocidade e a
confiabilidade do fluxo de materiais são essenciais; a flexibilidade de mix e volumes são
essencialmente importantes para que se consiga produzir em lotes reduzidos, com fluxos
rápidos e lead-time curtos; a utilização máxima da capacidade produtiva vai depender do nível
de gestão dos fatores acima citados.
2.3 Administração dos estoques
Segundo Lambert (1998), Os estoques representam o maior investimento em ativos
para uma boa parte dos fabricantes, atacadistas e varejistas. Os mercados altamente
competitivos dos últimos 20 anos têm levado as empresas a diversificar os produtos.
A formulação de uma política de estoques requer compreensão de suas funções na
fabricação e na comercialização de produtos. Conceitualmente segundo Lambert (1998) os
estoques têm as seguintes finalidades: melhorar o nível de serviço - ajudando a área comercial
a vender os produtos da empresa, onde estes podem estar mais pertos do ponto de venda e
com quantidades apropriadas; capacitar a empresa a atingir economias de escala através da
formação de estoque, colaborando com a função de compras, transporte e fabricação. A
compra de grandes quantidades permite que se negociem vantagens comerciais; equilibra
oferta e demanda, quando se tem uma oferta de demanda sazonal torna-se necessário à
construção de estoques, exatamente para superar as oscilações do período, essa é uma maneira
de nivelar o processo produtivo de forma que não sofra paradas ou cancelamentos; atuar como
regulador do fluxo durante a cadeia de suprimento, como as funções dentro da empresa estão
sujeitas a problemas contingentes que podem prejudicar ou desestabilizar o ciclo de
funcionamento, a formação de estoques serve como proteção para a escassez de matérias-
primas, atrasos na entrega de pedidos, quebra de máquinas, problemas com fornecedores,
problemas de qualidade das matérias - material e do produto e ocorrências durante o
transporte.
Lambert (1998) complementa afirmando que “a administração de estoques deve ter
como objetivo atingir o custo total mínimo, dado os objetivos exigidos pelo serviço ao
cliente”.
Os conceitos da administração de estoques navegam entre as premissas de condição de
certeza e incerteza. Segundo Lambert (1998), “condição de incerteza é a regra e não a
exceção.” Deste modo, a descrição dos conceitos auxilia a compreensão da administração de
estoques.
Condições de Incerteza representam a regra de gestão de estoques. Os fatores e
variáveis citadas na condição anterior são dificilmente encontrados em condições reais. A
demanda não previsível, indo através de ciclos de variação de encomendas, mudanças nos
tempos de transporte e atingindo a capacidade de fornecedores, todos estes fatores estimulam
a criação de uma margem de segurança nos estoques de previsão para o fornecimento de
flutuação. Esta margem de segurança ou de estoque de segurança serve para evitar rupturas,
satisfazendo o nível de serviço ao cliente estipulado pela empresa. Consequentemente,
qualquer decisão a ser tomada pela empresa pela empresa tropeça no confronto entre o custo
de manutenção versus o custo de estoque pela falta de estoque.
Estoque de segurança se baseia no nível de serviço ao cliente que a empresa pretende.
Isto é, se o objetivo é evitar quebras no estoque, você pode optar por um estoque de segurança
suficiente para suportar eventuais mudanças nos níveis de demanda ou mudanças no ciclo de
reposição de estoque. Logicamente, o custo vai aumentar com o estoque. No outro extremo
dessa abordagem, reduzir estoque de segurança significa apostar em previsões corretas de
demanda ou o controle preciso do ciclo de substituição. Isso aumenta o risco de perda de
vendas devido à falta de produtos em estoque. A variação do nível de demanda e ciclo de
reposição são fatores-chave para calcular o estoque de segurança e o nível de serviço ao
cliente. Ponto de ressuprimento, esta questão é uma parte importante da gestão de estoques.
Os autores pesquisados citam duas formas de definir o ponto de reabastecimento. A primeira
delas baseia-se em uma revisão do estoque e da emissão do pedido de ressuprimento a cada
período fixo de tempo. Este modelo resulta em operações com maior estoque médio, por não
detectar flutuações bruscas da demanda que para Correa (2000) é mais adequado para
gerenciar itens de menor valor e menor custo de armazenagem. A segunda forma é com base
no intervalo tempo que se baseia numa revisão do estoque e da emissão do pedido de
ressuprimento a cada período de tempo fixado. As quantidades serão determinadas para
refazer o nível de estoque, elevando os níveis medidos de volume a partir daquele momento
até o nível máximo operado pela empresa. Este modelo tem a característica de operar com
maior estoque médio, uma vez que flutuações bruscas de demanda não são sinalizadas.
Uma forma de reduzir o capital investido em estoques é reconhecer que o estoque é
composto de itens com características diferentes que demandam gestão diferenciada. A teoria
ABC serve a esse propósito. A técnica ABC é uma forma de classificação os itens de estoque
em três grupos, baseados no valor total anual de uso. O objetivo é definir grupos para os quais
diferentes sistemas de controle de estoque serão mais adequados, criando um sistema mais
eficiente em custos.
A lógica de que poucos detêm a maior importância e muitos têm pouca importância
serve para otimizar a administração de estoques. Identificar aqueles itens que merecem
atenção maior, seja pelo custo ou pela dimensão do serviço ao cliente concentrada naquele
item e, concentrar esforços na gestão destes estoques. Os demais componentes do estoque
serão geridos segundo a classificação de importância. Dessa forma, poupa-se tempo, esforço e
capital não administrando uma grande quantidade de itens.
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
A metodologia utilizada para a realização do estudo se fundamentou nos seguintes
passos: Pesquisa Bibliográfica para localizar e identificar o pensamento dos principais autores
e modelos verificados como referência no assunto abordado; Pesquisa Descritiva através de
observação e análise de documentos como procedimentos operacionais de produção, manuais
da qualidade, especificações e outros, e por fim a Pesquisa Qualitativa por intermédio da
observação in loco, entrevistas e questionários aplicados com gestores e funcionários nos três
níveis: estratégico (Gerentes), tático (Coordenadores de área) e operacional (Operadores),
para correlacionar fatos ou fenômenos de forma imparcial a fim de poder identificar e
descrever comportamentos e tendências através do estudo sobre a realidade presente.
4. ESTUDO DE CASO
A cesta básica, produto que é objeto deste estudo tem o apoio de órgãos
governamentais e da sociedade, onde entende que este produto fornecido como benefício para
os funcionários acaba por criar uma relação de proximidade da empresa com seus
colaboradores.
São direcionadas aos funcionários que recebem até cinco salários mínimos, onde a lei
6.321 de 14 de abril de 1976 faculta às pessoas físicas e jurídicas equiparadas em lei, a
dedução das despesas com as cestas básicas oferecidas aos trabalhadores de baixa renda em
até 4% do imposto devido e está regulamentado no decreto nº 05 de 14 de janeiro de 1991 e
pela portaria nº 03 de 1 de março de 2002. Para algumas categorias são facultadas, embora
para outras categorias seus respectivos sindicatos as tornaram obrigatórias como, sindicato
das escolas particulares, dos postos de combustíveis, dos condomínios, dos bares,
restaurantes, hotéis e similares, dos panificadores. O objetivo do PAT é a busca por melhoria
nas condições nutricionais dos trabalhadores, com repercussões positivas na qualidade de
vida, na redução de acidentes de trabalho e no aumento da produtividade.
O Ministério do Trabalho e Emprego na sua avaliação geral deixa explicito que o
programa não tem a ideia de ser assistencialista, uma vez que as empresas participam do
custeio, mas sim é uma forma de complementação da alimentação do trabalhador dentro de
uma expectativa nutricional, melhorando sua saúde, reduzindo o absenteísmo e aumentando a
satisfação e a produtividade do trabalhador, com o programa tem-se perspectiva de minimizar
as demissões e as licenças medicas. Tudo passaria pela entrega de uma alimentação saudável
e uma melhora na qualidade de vida do trabalhador.
Segundo Ministério do Trabalho e Emprego existem muitos problemas que acarretam
o bom funcionamento do programa, permitindo que ele não atinja sua plenitude na aplicação
dos diretos do trabalhador e na forma de controle dos benefícios governamentais. Entre esses
problemas está a falta de ações sobre avaliação da qualidade da refeição: aspectos da
segurança microbiológica e de adequação nutricional.
O produto cesta básica é muito instável quanto a sua demanda, pois tem uma relação
direta com as oscilações de mercado, uma vez que este produto esta relacionado diretamente
com a política interna das empresas, que podem ou não optar pela compra e fornecimento
deste benefício para seus funcionários, uma vez que existe a possibilidade da substituição de
cesta básica pela entrega do ticket alimentação. Por outro lado, para seus produtores, existem
as variações de preço e demanda quanto às composições dos itens da cesta básica, que fazem
parte das commodities e, portanto ficam sujeitas as políticas governistas, para os varejistas e
atacadistas a cesta básica é um produto que depende diretamente da economia de escala.
4.1 A Empresa de cestas básicas (ou de alimentos)
A empresa de Cestas Básicas, localizada no município de Duque de Caxias, Rio de
Janeiro, com aproximadamente nove anos, teve sua origem a partir de uma percepção de seus
diretores, que são do ramo varejista, na busca de mais mobilidade e flexibilidade aos estoques
de seus mercados, também com a ideia de investir em um novo mercado. Desde a fundação a
empresa vem passando por diversas mudanças, procurando criar ao seu redor uma estrutura
sólida e consistente que permita identificar e atuar profissionalmente sobre os problemas,
abandonando os modelos empíricos das suas decisões, tem investido em estrutura e tecnologia
com propósito de criar condições de trabalho adequado para seus profissionais. A empresa
vem buscando se estabelecer no mercado de cestas básicas no estado do Rio de Janeiro e para
tanto tem investido na sua gestão e na forma de conduzir seu negócio para atender melhor
seus clientes e otimizar a sua rentabilidade, sua produção de cestas gira em torno de 66 mil
unidades mês. Neste ambiente competitivo é inegável que as previsões de demanda possuam
um papel fundamental para o negócio, pois servem como guia para o planejamento da
produção, assim como para outras áreas da empresa.
Através da área de vendas os clientes são contatados diariamente, utilizando para isso
seu banco de dados de clientes. Os vendedores, através do telemarketing utilizam números de
telefones selecionados em Catálogos de entidades – sindicatos, federações, associações – e em
listas telefônicas, as visitas ocorrem eventualmente. Os pedidos dos clientes são identificados
e negociados pelos vendedores, formando as composições desejadas pelos clientes, em alguns
casos são aceitos pelos clientes os padrões de cestas apresentados pelos vendedores.
A empresa procura trabalhar cesta padrão, mas a sua venda representa uma parcela
muito pequena do volume total, a demanda maior ocorre através de pedidos montados pelos
clientes. O setor de compra se divide em compras para as lojas, rede de mercados, e itens para
produção de cestas básica, as entregas dos fornecedores são realizadas simultaneamente para
ambos os processos no Centro de Distribuição. Devido as constantes alterações na
composição das cestas básicas o setor de compras nunca vive uma rotina, pois os itens
solicitados precisam ser comprados com urgência, tendo em vista a necessidade de colocá-los
no estoque para atender a produção.
A rotina de estoque ocorre de forma empírica, pela ausência de ferramentas de
controle, gerando certo desconforto nas áreas envolvidas, incluindo as oscilações e urgências
ocorridas através das mudanças dos pedidos demandados pela área de compras prejudicando o
recebimento, separação, conferência e armazenagem dos itens, dificultando a gestão dos
materiais.
No intuito de atingir os objetivos, o Planejamento e Controle da Produção se
empenham na tentativa de controlar e programar os pedidos demandados pela área comercial,
sua dificuldade ocorre devido às oscilações desses pedidos e a constante falta de item no
estoque, para compor o produto cesta básica que tem que administrar informações de diversas
áreas do sistema produtivo e a falta de um padrão de demanda que direcione a área, impede
que ela consiga estabelecer formas padronizadas de trabalho ocorrendo, em determinados
momentos, a falta de confiança nas informações disponibilizadas.
Sendo a produção o centro da analise, foi realizado um cruzamento com as demais
áreas envolvidas no processo de fabricação, procurando verificar o impacto desta função
sobre o desempenho das áreas.
Quadro 3 – Diagnóstico sobre o impacto da Produção nas áreas afins – Fonte: elaborado pelo
autor
A influência da variação de demanda e a constante mudança na composição dos itens
do produto cesta básica dificultam a aplicação de uma estratégia que direcione para um
resultado produtivo, sendo a área industrial um desafio à parte. A dificuldade de entendimento
quanto aos processos produtivos, suas variáveis por parte da direção, as particularidades que
compõem os desafios produtivos, modelos, métodos e processos produtivos precisam ser
entendidos e enraizados com a intenção de configurar os caminhos que a empresa se propôs a
seguir com a diversificação do negocio entre varejo e indústria.
4.2. Resultados da pesquisa
Conforme observado, foram identificados problemas no gerenciamento entre as áreas,
sendo estes relacionados com a definição dos processos de informação, a análise das
demandas e o controle das atividades. As dificuldades estão relacionadas ao fato da gestão
atual não atender as demandas geradas, a falta de rotinas que possam garantir a integridade
dos processos e a padronização das atividades de produção, esta atividade tem uma função
primordial dentro de qualquer empresa, o uso dos seus recursos para produzir os bens e
serviços deve ser feito de forma adequada visando gerar retorno para a organização e valor
para seus clientes. Quando a produção tem dificuldade em atender as áreas afins, o resultado
organizacional é afetado de forma significativa.
A forma de trabalho também é afetada pela falta de planejamento e pelo despreparo
das pessoas que direcionam a produção, não existindo um padrão que atenda a sua
distribuição produtiva e a alocação das pessoas na linha, definindo qual o melhor arranjo
físico para os produtos mais trabalhosos. Com relação às metas, a área de planejamento não
consegue manter um padrão de resultados devido à alta rotatividade dos funcionários e o
excesso de itens faltosos para composição dos produtos, problema esse que tem origem na
separação dos estoques.
Dentro do processo percebe-se a deficiência da liderança para comandar as pessoas e
direcioná-las, notadamente as pessoas têm falta de conhecimento sobre os processos e
dificuldades na execução das tarefas. Segundo Slack (2002) a função produção é central
dentro da empresa, mas não é a única, existem outras funções com responsabilidades
específicas, mas são ligadas à função produção por objetivos organizacionais comuns. A falta
de uma programação de produção que direcione e controle os atos produtivos, acarreta em
produções desordenadas e estresses constantes. Para que a área de planejamento possa atender
melhor aos seus clientes é necessário que ela conheça as dificuldades que estes clientes
possuem, e procure atuar sobre elas.
De acordo com pesquisa, demonstrada no Quadro abaixo, verifica-se que a função
produção é totalmente impactada pela área planejamento, promovendo uma série de
dificuldades para controlar e medir os processos produtivos.
Falta de programação de produção condizente com a capacidade.
Desconhecimento da real capacidade de produção dos produtos.
Meta diária programada fora da realidade produtiva.
Desconhecimento das variáveis de produção ocasionando problemas nas metas. 35,28%
Mudanças constantes dos produtos programados durante o processo.
Indescisão quanto as formas e modelos para produção.
Falta de controle entre o planejado e o produzido.
Atraso na separação dos materiais.
Erro na separação dos matariais disponibilizados.
Itens fora do local para produção.
Material disponibilizados fora da validade e com embalagem avariada. 28,32%
Falta de pessoas preparadas para realizar a separação.
Erro na identificação dos materiais no estoque ocasionando problema na
localização.
Produto que retornam para correção não são repassados para produção.
Produtos avariados são solicitados a produção para reposição sem o devido
controle.
Carregamento de produto sem o prévio aviso a produção. 19,28%
Excessão de avaria de produto no carregamento, ocasionando parada na
produção para reposição.
Descumprimento do manual de qualidade.
Excesso de avaria devido a forma devido a forma com que as pessoas pegam
os produtos para colocar na embalagem.17,12%
Falta de disciplina quanto aos horários para inicio da produção e retorno do
almoço e intervalo.
Falta de organização da área de trabalho.
FUNÇÃO PRODUÇÃO
Áre
ad
e P
lan
eja
me
nto
Áre
ad
e E
stoq
ue
Áre
ad
e E
ntre
ga
Áre
ad
e P
rod
uçã
o
Quadro 4 – Análise referente à formatação dos dados pesquisados sobre o impacto da função
Produção nas áreas afins. Fonte: Elaborado pelo autor.
Percebe-se que há conhecimento sobre a necessidade de controle sobre os resultados,
mas isso não ocorre com a devida disciplina ao longo do dia, acarretando em erros nas
informações disponibilizadas, o que gera insegurança nas pessoas que se utilizam delas para
gerir suas áreas.
Mesmo sabendo que os materiais separados precisam ser conferidos antes de entrar na
produção a atividade não acontece dentro do esperado, pois em inúmeros casos esses
materiais são condicionados na linha de produção sem a devida conferência, acarretando em
falta de materiais para composição do produto, o que implica em parada da produção.
De acordo com o gráfico 1, a área de planejamento representa o maior percentual (%),
de problemas ocorridos na função produção.
Gráfico 1. Formatação dos dados pesquisados sobre o impacto da função Produção nas áreas
afins. Elaborado pelo autor.
O produto final, palletizado precisa ser identificado antes de entrar no estoque
de produto acabado, essa informação é repassada para as pessoas da produção, mas ocorrem
casos em que esses palletes são encaminhados para o estoque sem a devida identificação
acarretando em atrasos no processo de carregamento.
A empresa trabalha com um manual de qualidade, onde procura direcionar as pessoas
com ações proativas sobre a atividade. Em muitos casos foi verificado que as pessoas não
cumprem os métodos, ocasionando problemas de entrega e retrabalho. Muitos são os casos de
produtos avariados ou estourados devido à forma incorreta como os itens são condicionados
na embalagem. Dentro do processo produtivo percebe-se a existência de produtos danificados
que são deixados sem nenhuma identificação ou tratamento devido. Não existe um método
que registre as ocorrências, ficando muito claro a falta de meios para tratar as anomalias.
A pesquisa demonstrou que a função produção foi a mais impactada pelo
planejamento, essas evidências nos mostram a importância que faz o uso de técnicas
adequadas na condução dos processos produtivos, deixa claro a necessidade e a importância
das áreas andarem juntas. A produção necessita do planejamento para obter uma rotina de
trabalho eficiente.
5. CONCLUSÃO
Para obter um modelo de gestão que possa permitir a organização alcançar resultados
que sejam favoráveis, torna-se necessário que ela construa junto de seus colaboradores formas
de multiplicar conhecimento, tais como: de controle de processos, gestão à vista de metas,
divulgação de informações, organização de trabalho.
O objetivo geral deste artigo no sentido de investigar as oscilações e incertezas de
demanda, identificou que a avaliação da demanda do produto cesta básica torna-se difícil,
devido às mudanças que ocorrem durante o processo de negociação, os clientes fazem muitas
trocas dos itens que compõem a cesta em busca de preços mais barato.
A carência de pessoas treinadas para desempenhar as funções culminou numa imensa
teia de problemas e dificuldades, promovendo uma serie de erros na realização das atividades
principais dos processos, tornando difícil em muitos momentos a solução deles.
Ao analisar a produção de cesta básica, verificou-se que as empresas fornecedoras são
em geral oriundas do varejo, que enxergaram neste produto uma forma de diversificar o seu
negócio, procurando dar rotatividade nas mercadorias estocadas e melhorar sua negociação de
compra, baseada principalmente no volume e na redução de custo. A área comercial é
formada por pessoas que vieram do ramo varejista, com experiência em compra e venda de
produtos alimentícios, esses profissionais vieram de empresas concorrentes que ao longo de
muitos anos adquiriram profundo conhecimento do mercado atacadista. Na avaliação dos
processos, fica evidente que a falta flexibilização para atender as demandas da área comercial
promove uma rotina de estresse e desgaste, impedindo que as áreas tenham um padrão de
trabalho condizente com sua perspectiva e alcance resultados melhores ao longo do tempo.
A aplicação de uma estrutura metodológica que colabore com o desempenho da
empresa e identifique quais as melhores práticas que devem ser adotadas, para avaliação dos
resultados, pode promover na gestão conhecimentos que permitirão o alcance de soluções
mais condizentes com os objetivos e metas propostas, servindo como base de aprendizado e
mudanças.
O Planejamento e a Produção foram às áreas que configuram como principais e
serviram como objeto de estudo deste trabalho, portanto, estão sendo sugeridos modelos que
ajudarão no sentindo de promover a integração e a colaboração desses setores com o resultado
da empresa, que impactará nos demais setores, promovendo a continuidade e melhoria das
mudanças organizacionais. Os impactos que as variações de demanda ocasionam no
planejamento e na produção são diretamente proporcionais aos problemas e dificuldades
encontrados na execução das atividades de todas as áreas envolvidas.
A melhoria de um processo produtivo não ocorre de forma rápida é necessário o
empenho e o compromisso dos envolvidos. Muitas são as mudanças que uma empresa precisa
fazer para obter êxito nos seus processos, da utilização de métodos testados e aprovados a
implementação de culturas que possam ser enraizadas nos responsáveis pelos processos.
Quanto à importância das áreas de planejamento e produção sobre o resultado, a pesquisa
evidenciou que uma depende da outra para que os resultados aconteçam dentro do esperado,
muitos autores nos mostraram que é importante dá credito a essa evidência, pois isso
configura a certeza de que ao partilharmos deste caminho estaremos indo em direção a
resultados superiores.
Para que ocorra a evolução no desempenho dos processos, a organização necessita
conhecer caminhos que colabore com esta iniciativa e permita que essa escolha caracterize
uma forma consistente de resultados, conforme sugestão demonstrada no quadro abaixo sobre
a área de produção.
Quadro 5 - Proposta para aplicação na área de produção como forma de melhoria. Fonte:
Elaborado pelo autor.
Deve-se deixar claro que o estudo focou as oscilações de demanda, considerando o seu
impacto nos processos de planejamento e produção, além desse fato, surgiram evidencias
também sobre as constantes mudanças dos itens na composição do produto cesta básicas.
Quanto às recomendações futuras, percebe-se que seria importante um estudo mais profundo
sobre o negocio cesta básica, visando à promoção de um produto que fosse desejado pelo
cliente, mudando o conceito de ser apenas beneficio, podendo contribuir para o consumo de
famílias que não dispõem de tempo para ir ao supermercado.
Função Planejamento Proposta Autor Resultado esperado
Falta de padrão na distribuição das
pessoas na linha de produção.
Falta de pessoas preparadas para atender
as demandas de produção.
Deficiência na condução das metas na
linha de produção ocasionando atraso no
processo.
Descumprimento das rotinas
estabelecidas.
Falta de direcionamento da liderança
quanto as metas propostas.
Falta de acompanhamento os resultados
da produção.
Deficiência no apontamento das
quantidades produzidas.
Falta de disciplina quanto ao cumprimento
dos horários estabelecidos pela direção.
Identificar as perspectivas externas
(investimentos e Clientes) e internas
(Processo, Crescimento), procuranto
através da estratégia adotada
implementar ações concretas para
melhoria das atividades na empresa.
Medir o processo produtivo para que
a gestão tenha como atuar sobre as
anomalias, corrigindo e
redirecionando as atividades de
manufatura com as informações
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