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CORONEL JOAQUIM LEITÃO, COMANDANTE DO RSB PROFESSOR MENDES VICTOR O PROCIV foi uma anedota POSSE DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA LBP 2009/2011 Não se confunda gestão associativa e voluntária com amadorismo irresponsável armou Duarte Caldeia INEM Previstas mais 53 ambulâncias no primeiro trimestre ACORDO PARA TRANSPORTE DE DOENTES Bombeiros aguardam resposta do Ministério da Saúde Divulgamos relatório nal na integra Páginas 24 e 25 BATALHA Órgãos sociais só com mulheres Página 12 COMANDANTES MUNICIPAIS Conteúdo funcional em falta Página 32 VILA DAS AVES Primeira associação certicada Página 4 LIGA QUER SABER Anal quem aplica a lei Página 7 SEGUREX Liga vai estar presente Página 14 CASCA DE BANANA Liga lança o alerta Página 7 REVIVER MAIS Posse dos órgãos sociais Página 12 Lisboa tem os melhores bombeiros Páginas 20, 21, 22 e 23 Página 8 Páginas 16 e 17 Página 9 J ANEIRO DE 2009 EDIÇÃO: 268 ANO: XXV 1,25 D IRECTOR: RUI RAMA DA SILVA

O PROCIV foi uma anedota - bv-pesodaregua.org · 2 JANEIRO 2009 Rui Rama da Silva Podia ter-se evitado As grandes coisas passam sempre, em primeiro lugar, pelas pequenas. Grandes

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CORONEL JOAQUIM LEITÃO, COMANDANTE DO RSB PROFESSOR MENDES VICTOR

O PROCIV�foi uma

anedota�POSSE DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA LBP 2009/2011

�Não se confunda gestãoassociativa e voluntária

com amadorismo irresponsável� a rmou Duarte Caldeia

INEM

Previstas mais 53 ambulânciasno primeiro trimestre

ACORDO PARA TRANSPORTE DE DOENTES

Bombeiros aguardam respostado Ministério da Saúde

� Divulgamos relatório nal na integra

Páginas 24 e 25

BATALHA

Órgãos sociaissó com mulheres

Página 12

COMANDANTES MUNICIPAIS

Conteúdo funcional em faltaPágina 32

VILA DAS AVES

Primeiraassociação certi cada

Página 4

LIGA QUER SABER

A nal quem aplica a leiPágina 7

SEGUREX

Liga vai estar presentePágina 14

�CASCA DE BANANA�

Liga lança o alertaPágina 7

REVIVER MAIS

Posse dos órgãos sociaisPágina 12

�Lisboa temos melhores bombeiros�

Páginas 20, 21, 22 e 23

Página 8

Páginas 16 e 17

Página 9

J A N E I R O D E 2 0 0 9 EDIÇÃO: 268 ANO: XXV 1,25 � D IRECTOR: RUI RAMA DA SILVA

2 JANEIRO 2009

Rui Rama da SilvaPodia ter-se evitado

As grandes coisas passam sempre, em primeiro lugar, pelas pequenas. Grandes acontecimentos, grandes desastres,

grandes realizações, passam sempre, em primeiro lugar, pelas pequenas.

Depois, ou não passam disso, e estão sujeitos a essa escala. ou, pela dimensão própria, ou por que resultam de um somatório de várias situações e respectivas complexidades, ganham maior expressão e impacto.

Se algumas dessas situações se apresentam como imprevisí-veis, outras, ao contrário, não só são previsíveis, como até po-dem ser preparadas e mitigadas. Uma dessas situações, previsí-vel e passível de ser preparada, até pela regularidade com que acontece, é o surto gripal.

Acontece todos os anos, mais ou menos na mesma altura. Por vezes, repete-se, mas, à parte a mudança ou diferença que po-derá haver na sua estirpe, tudo o resto pode ser acautelado.

O recente surto de gripe é um bom exemplo de reacção falha-da, reactiva e tardia.

Os primeiros prejudicados foram, obviamente, em primeiro lugar, os próprios doentes. Os muitos milhares que, em poucos dias, se viram na contingência de se acotovelarem horas a o em condições pior que precárias nas urgências dos nossos hospitais

não mereceiam este tratamento. E, porventura, carão por ava-liar as consequências totais disso. Houve tempo, sem resposta à altura, de esgotar os técnicos de saúde, os espaços físicos e os equipamentos existentes.

Dir-se-ia que, como foi lugar-comum dizer nesses ambientes, nem em África teriam sido tão maltratados.

Não estando perante uma situação de catástrofe impossível de programar, os próprios pro ssionais de saúde e as estruturas onde exercem a sua actividade não deveriam estar sujeitas a situações que atentam contra as condições técnicas, a dignidade e a e cácia que devem ser garantidas aos doentes.

Por outro lado, os bombeiros, em permanente disponibilidade para socorrer quem deles precisa e sujeitos ao aumento desses pedidos, não podem aceitar de ânimo leve os �sequestros� das suas macas nas urgências. Sabendo que, por isso, haverá pedi-dos a que não vão conseguir responder, ou a que, mesmo poden-do fazê-lo, não vão garantir a qualidade e a prontidão que a si próprios exigem. Foi comum ver em vários hospitais macas de bombeiros que, quando eram solicitadas passadas horas, já não era o doente que tinham trazido que ali se mantinha, mas outro, entretanto admitido, para o qual o próprio hospital não tinha cama.

Estamos perante uma situação a que, conforme opiniões colhidas nas diferentes áreas, teria sido possível responder mais depressa e melhor. Estando o surto de gripe mais que anunciado o cialmente, só por razões economicistas e de mera gestão, dizem-nos, não foi garantido mais cedo o alargamento do atendimento aos doentes em centros de saúde e noutras estruturas locais e regionais, em reforço das urgências dos hospitais.

A reacção tardia, aliás, veio provar que até teria sido possível intervir doutro modo.

O poder de desenrascanço em que os portugueses são pródi-gos e exímios, e em que as autoridades, porventura, acreditaram demais, crentes de que não seria preciso recorrerem aos meios que sabem e podem utilizar, funcionou mais uma vez contra nós.

Não teria sido difícil articular mais e melhor, para que o resul-tado tivesse sido outro?

Pelo nosso lado, enquanto bombeiros, lamentamos que os do-entes que procuramos conduzir aos estabelecimentos de saúde, estabilizados e devidamente assistidos, vejam essa cadeia falhar, interrompida por motivos que poderiam e deveriam ter sido evi-tados.

Com o início de um novo ano

passámos mais uma página da história das nossas vidas e da existência das nossas associações e corpos de bombei-ros.

Novo ano que surge com nuvens negras e muitas inde ni-ções sobre a sustentabilidade futura das nossas institui-ções.

Haverá muito a fazer neste novo ano, nesse domínio e noutros, como um novo desa o que se nos apresenta.

Associamos a essa vontade os votos que associações, amigos e entidades zeram o favor de nos fazer chegar no nal do ano transacto. São eles:

BV Águas de Moura; Maria de Jesus, BV Pombal; Juve-bombeiro de Aveiro; Rolando Santos; Associação Bombeiros Ultramarinos, Conselho Directivo do Instituto da Segurança Social, Futurvida; BV Vila das Aves; BV Sacavém; BV Caxa-rias; BV Paço de Arcos; BV Almoçageme; Sérgio Santos; Confederação Portuguesa do Voluntariado; António Carva-lho, presidente FBD Lisboa; Paulo Ferro, Juvebombeiro Bra-gança; Marco Martins; Carlos Alberto Tiago; Antero Bessa; Joaquim Silva; BV Sintra; BV Maceira; BV Paredes de Coura; BV Carcavelos e São Domingos de Rana; BV Egitanienses; BV Famalicenses; BV Castro de Aire; Luís Paulo Rodrigues, CM VN de Famalicão; CM de Borba; BV Castelo de Vide; Fe-deração dos Bombeiros do Algarve; BV São Pedro de Sintra; João Gomes, jornal Portal Lisboa; José Lima, cmdt. Cmdt. BVSerpins; Revista 4x4; Bombeiros de Paço de Arcos; For-malpress Lda; Acácio Monteiro, cmt. BV Brasfemes; Cristina Martins e Carla Miranda, CM Estarreja; BV Tondela; CM Lou-res; Terramar, Lda; Nuno Leitão; CDOS Portalegre; Rita Lou-renço, Eaton�s Electrical Group; CM Palmela; CM Vila Franca de Xira; Joaquim Leonardo, 2º cmt. BV Algueirão � Mem Martins; CM Alcobaça; Grupo JCR; Inforlider Ld; Mauro Mon-tenegro Henriques; Governador Civil do Distrito de Santa-rém; BV Marco de Canaveses; Grupo dos Amigos de Oliven-ça; Jubileu; cmt. QH António N. Vieira NABUL � Delegação Madeira; Cristina Valério, Adjunta da Governadora Civil de Lisboa; Patrícia Gonçalves, Lift Consulting; Eurídice Pereira, Governadora Civil do Distrito de Setúbal; Carlos Manuel Ba-rão, CM de Reguengos de Monsaraz; Inês Valentim, Europa-América; Patricia Ferreira, Destak Carla Leirião, Agência Global de Comunicação, Rádio 94.8 FM e jornal Mais Oeste; António Castro, CM Vagos; Luis Alberto Guedes, cmt QH BV.Vinhais; Fernando Carvalho Rodrigues e Comando dos BV Odivelas.

[email protected]

Um novo desa o

O novo ano trou-xe uma triste

notícia aos Bombei-ros Voluntários de Vizela. No passado dia 3, com 86 anos, partiu o seu amigo e companheiro, o bombeiro de 1.ª classe António Val.

�Era um elemen-to sempre presente enquanto integrou o qua-dro activo e, mesmo quando o deixou, a sua disponibilidade não se alterou, mostrando-se presente e cooperante nas instalações do quartel�, fez questão de salientar o coman-dante Rogério Caldas, adiantando que �será um elemento sempre lembrado com carinho e saudade�.

VIZELA

Um adeus sentido

por todos

Quando os Bombeiros recebem uma chamada para combater um incêndio,

desencarcerar os ocupantes de uma viatu-ra, ou outra situação, no quartel pergun-ta-se o que é? Nunca se pergunta quem é?

No dia 13 de Janeiro passado, alguns minutos antes das 9 horas, chega um pe-dido de um responsável da Rodonorte a solicitar apoio de um psicólogo para pre-parar a família de um motorista da empre-sa, falecido num acidente ocorrido duas horas antes em Bragança.

A resposta foi contactar o psicólogo clí-nico Alexandre Favaios. Não respondeu de imediato, pois estava em aulas na escola Pro ssional da NERVIR (contudo, logo que teve conta do sucedido acedeu ao pedi-do). Outra solução foi contactar um servi-ço público que se veri cou infrutífero por

razões burocráticas que não se entendem. Momentos depois surgem à central de co-municações da Cruz Branca rumores de que o �Santos� seria um dos motoristas do acidente no IP4, próximo de Bragança.

Mais tarde a con rmação. A nal é um dos nossos! É o nosso Bombeiro �Santos�. Bombeiro desde 1997, com 45 anos de idade, casado com uma enfermeira do Hospital de Vila Real e pai de uma menina de 7 anos. Trabalhava na Rodonorte, nor-malmente nas linhas de longo curso.

O Bombeiro Carlos Santos, tinha um humor muito peculiar, nutria grande ami-zade e camaradagem. Nos dias de des-canso da sua actividade pro ssional efec-tuou inúmeros serviços de emergência, sempre pronto a colaborar nas missões que nos eram cometidas.

Encontrou a morte em território nacio-

nal, junto a Bragança onde o gelo e a neve eram visíveis até pelas imagens televisi-vas.

Surgem as notícias nos diversos canais de televisão, procura-se a culpa e vem a desculpa, vêm também as a rmações po-liticamente correctas.

Aparece uma nova palavra no discurso político � a verdade �. É verdade que o Santos morreu; é verdade que o psicólogo da Cruz Branca esteve a apoiar a família; é verdade que os Bombeiros da Cruz Branca vão continuar a socorrer quem precisar; também é verdade que os res-ponsáveis políticos do país vão continuar a fazer declarações politicamente correc-tas.

Álvaro RibeiroComandante dos Bombeiros

Voluntários da Cruz Branca de Vila Real

Uma lição não aprendida!

Vítima de doença súbita, morreu em 25 de De-

zembro o comandante do Quadro de Honra do Corpo de Bombeiros Voluntários de Odivelas, Fernando de Oli-veira Aleixo, Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Por-tugueses.

O comandante Fernando Aleixo tomou posse no dia 12 de Março de 1959, mantendo-se como comandante até 31 de Março de 1975, data em que, devido a doença, pediu a sua passagem ao Quadro de Honra.

Ao longo da sua carreira, prestou gran-diosos serviços à população das freguesias da área de intervenção do Corpo de Bom-beiros de Odivelas, aos concelhos de Lis-boa e Loures e ao País, o que lhe valeu imensos louvores do comando, da Direcção e da Inspecção de Incêndios da Zona Sul, além das condecorações que lhe foram

atribuídas pela Câmara Mu-nicipal de Loures, pela Liga dos Bombeiros Portugueses e pelas associações de bom-beiros voluntários de Lis-boa, Cruz de Malta e Odive-las.

Das inúmeras ocorrências em que interveio, destacam-se o comando das operações

de salvamento durante as grandes inunda-ções de 25 e 26 de Novembro de 1967, que provocaram muitas vítimas, e os fogos ocorridos nos paióis do Vale do Forno em 1963 e 1970.

Por proposta do comando, foi agraciado com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombei-ros Portugueses, uma das mais altas distin-ções da actividade, na cerimónia comemo-rativa do 111.º aniversário da associação, que decorreu no dia 29 de Junho de 2008.

O funeral realizou-se para o talhão dos bombeiros do cemitério de Odivelas.

ODIVELAS

Faleceu o comandante Fernando Aleixo

3JANEIRO 2009

PONTO DE SITUAÇÃOPONTO DE SITUAÇÃO

De uma forma geral, todas as organizações com projecto funcionam como centros de

realização de objectivos, cujo sucesso depende essencialmente de uma adequada gestão do elemento humano.

É por isso que a formação, enquanto factor de valorização do capital humano, assume hoje uma crescente e justi cada importância.

A formação, numa interpretação alargada, pode de nir-se como sendo o processo de mu-dança que, através da aquisição de conheci-mentos, desenvolvimento de capacidades e melhoria de atitudes e comportamentos, pro-move o bom desempenho e a realização das pessoas.

Para a formação gerar resultados, deve, tan-to no ponto de vista organizacional como no ponto de vista individual, corresponder a neces-sidades objectivas e ser ministrada por forma-dores credenciados, alicerçados na certi cação das instituições onde exercem a sua activida-de.

A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) desem-penha um papel fundamental neste domínio.

Num sector onde cada um entende a forma-ção de modo unilateral e individual, a di culda-de tem sido estabelecer conteúdos curriculares, de nir metodologias e avaliar formandos.

O projecto formativo da ENB alicerça-se, há 12 anos, nos seguintes objectivos:

a) Contribuir para a e ciência, e cácia e qua-lidade dos serviços prestados pelos bombeiros;

b) Garantir a quali cação dos bombeiros-sa-padores, municipais e voluntários � para o in-gresso, acesso e intercomunicabilidade nas carreiras;

c) Contribuir para a realização pessoal e pro- ssional dos bombeiros, preparando-os para o desempenho das diversas missões que lhes es-tão legalmente atribuídas;

d) Complementar, nas suas áreas de espe-cialidade, os conhecimentos cientí cos e os fundamentos culturais ministrados pelo sistema educativo.

Com a publicação, em Agosto de 2008, do despacho que regulamenta os cursos de forma-ção dos elementos dos quadros de comando e os cursos de ingresso e promoção dos elemen-tos das carreiras de o cial bombeiro e de bom-beiro, a ENB foi desa ada a preparar os conte-údos programáticos e os suportes didácticos, de modo a que, no início de 2009, se iniciasse a formação dos formadores que possam garantir de forma descentralizada a satisfação das ne-cessidades dos corpos de bombeiros, nos mó-dulos constantes do Curso de Instrução Inicial do Bombeiro.

Deste modo, no passado dia 19 de Janeiro, a ENB iniciou no Centro de Formação da Lousã o curso de Formador de Combate a Incêndios Flo-

restais, frequentado por 18 candidatos de ou-tros tantos corpos de bombeiros de diversos pontos do País, e, no Centro de Formação de São João da Madeira, o curso de Formador de Combate a Incêndios Urbanos e Industriais, frequentado por 18 outros candidatos de dife-rentes corpos de bombeiros.

O ciclo de formação agora iniciado pela ENB vai prolongar-se ao longo dos próximos meses, tendo por objectivo dotar cada zona operacio-nal, até ao nal do ano em curso, de formado-res credenciados em todos os módulos da for-mação inicial do bombeiro.

Paralelamente, a ENB está a analisar os re-sultados de um levantamento de instalações disponíveis nos corpos de bombeiros que reú-nem condições logísticas para poderem ser cer-ti cadas como Núcleos Locais de Formação (NLF), de acordo com pré-requisitos já de ni-dos para este efeito. Estes NLF constituirão uma rede de infra-estruturas de proximidade, capa-zes de levar a escola aos bombeiros, mas com sustentabilidade técnico-pedagógica, isto é, com rigor formativo e avaliativo.

Então, e o tão falado processo de reestrutu-ração da ENB?

Esse segue o seu previsível caminho, sem que constitua obstáculo ao cumprimento dos objectivos que orientam a ENB desde a sua fun-dação institucional.

Na ENB, faz-se jus ao que Picasso disse um dia: �A inspiração existe, mas tem de te encon-trar a trabalhar�.

Na ENB, é isto que se faz, todos os dias. O resultado deste labor, que muitos invejam, está expresso na melhoria qualitativa do desempe-nho dos bombeiros em todo o País; nas respon-sabilidades assumidas por muitos dos técnicos de formação desta instituição, que desempe-nham funções nas estruturas da ANPC; nas so-licitações de muitas empresas e instituições para que a ENB se pronuncie sobre múltiplas matérias de natureza técnica.

Termino, citando um aluno da ENB, numa carta de boas-festas remetida à escola, em De-zembro último:�A ENB é aquela casa que, se não conhece-

mos, desejamos conhecer; se conhecemos, queremos lá voltar na primeira oportunidade; se só ouvimos falar dela (mal ou bem), senti-mos a curiosidade de avaliar quanto à justeza do que dizem�

Em resumo, a ENB não nos é indiferente. Os que disserem o contrário, estão resignados com o que sabem, ou estão manietados pela arro-gância típica dos que julgam saber o su ciente, ou seja, muito pouco�.

Duarte CaldeiraPresidente do Conselho Executivo

da Liga dos Bombeiros Portugueses

ENB aposta no sere no saber fazer

4 JANEIRO 2009

O Ministério Público (MP) do Tribunal Ju-dicial de Caminha, através de um des-

pacho da sua procuradora adjunta, decidiu arquivar o inquérito realizado com base na denúncia anónima contra os antigos diri-gentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Ân-

cora, Francisco José Torres Sampaio e Car-los Correia Torres Sampaio.

A Direcção da instituição, além de se congratular com a decisão, decidiu divul-gá-la, �com a nalidade de trazer ao co-nhecimento público a verdade, bem assim como repor a honra, consideração, idonei-

dade e imagem pública das pessoas em causa�.

O MP investigou a possibilidade da práti-ca dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito, de corrupção activa, de pecula-to, de participação económica em negócio e abuso de poder.

VILA PRAIA DE ÂNCORA

MP decidiu arquivar denúncia anónima

No Dia Mundial da Diabetes, 14 de Novembro, realizou-

se nas instalações do quartel dos Bombeiros de São Pedro de Sintra um rastreio gratuito da-quela doença.

Dirigiram-se a este corpo de bombeiros habitantes de São Pedro de Sintra e arredores, com idades compreendidas en-tre os 17 e os 89 anos, que ze-ram uma avaliação da sua con-dição física através da medição da glicemia e da pressão arte-rial, e da pesagem.

S. PEDRO DE SINTRA

Rastreio gratuito

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul Sueste (Barreiro) celebrou recentemente um protocolo de cola-

boração com a SOFLUSA, com vista à manutenção de uma equipa de mergulho constituída por elementos dos bombeiros.

No âmbito do referido protocolo, os BV Sul e Sueste comprome-teram-se a colaborar com a SOFLUSA em tarefas de veri cação/inspecção das embarcações ao serviço desta transportadora uvial, o que permitirá, simultaneamente, melhorar o conhecimento dos bombeiros em matéria de segurança relacionada com as próprias embarcações, optimizando as operações de socorro em caso de qualquer eventualidade.

SUL E SUESTE

Protocolo entre bombeirose a SOFLUSA

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do

Sul Sueste (Barreiro) celebrou recentemente um protocolo de cooperação com o Instituto Na-cional de Emergência Médica (INEM), no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médi-ca (SIEM), passando assim a constituir um Posto de Reserva daquele instituto.

O referido protocolo, com aplicação prática a partir do iní-cio do corrente ano, permite uma melhor cooperação entre os BV Sul e Sueste e o INEM, nome-adamente no que respeita à prestação do serviço de emergência médica pré-hospitalar.

O cumprimento das funções de Posto de Reserva assenta nos meios humanos e materiais da própria corporação de bombeiros, tendo o INEM reconhecido a capacidade dos BV Sul e Sueste nesta matéria em termos da existência de instalações físicas, ambulân-cias de socorro (ABSC) e tripulantes de ambulância de socorro (TAS) em regime de permanência, que permitem a assumpção de tais responsabilidades.

Este é o primeiro passo para a futura constituição de mais um Posto de Emergência Médica (PEM) no concelho do Barreiro, objec-tivo que os BV Sul e Sueste passaram a perseguir, caminhando-se assim no sentido da melhoria contínua dos meios de socorro ao serviço dos barreirenses.

SUL E SUESTE

Bombeiros passama Posto de Reserva INEM

O parto de dois gémeos numa das suas ambulâncias de

socorro foi a prenda recebida pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, da ilha Ter-ceira, nos Açores, quando se preparava para festejar o perío-do natalício.

O feito mereceu um louvor público aos dois bombeiros in-tervenientes da parte do secre-tário Regional da Ciência, Tec-nologia e Equipamentos do Go-verno Regional dos Açores, �pelo desempenho e pro ssio-nalismo demonstrados�.

O alerta para o apoio a uma parturiente foi recebido manhã cedo, depois das 7h00, na Sec-ção de Altares daquele corpo de bombeiros voluntários. Os tri-pulantes Adriano Álamo e Teó -lo Cota saíram de imediato, numa ambulância, a caminho da freguesia de Biscoitos, local da residência da parturiente.

Na viagem entre esse local e o hospital de Angra, que é de cerca de 20 quilómetros, a na-tureza ditou as suas leis e os dois bombeiros, perante o parto eminente, interromperam a viagem e, mercê da competên-

cia técnica e conhecimentos de que dispõem, trouxeram os dois gémeos ao mundo.

Após o parto, a enfermeira Manuela Silva, do Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, que passava no local, disponibili-

zou-se para auxiliar a tripulação no transporte até ao hospital.

Continua assim a subir o nú-mero de partos registados em ambulâncias dos bombeiros. Em 2008, ascendeu a quase uma centena.

AÇORES

Gémeos nasceram na ambulância de Angra

VILA DAS AVES

Bombeiros foram os primeirosa certi car-se

A Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Vila das Aves, em

Santo Tirso, é a primeira, a nível nacional e europeu, a ter a certi cação dos seus serviços pela norma NP EN ISSO 9001/2000.

A cerimónia da entrega do certi cado aos Voluntários de Vila das Aves pela SGS/ICS decorreu recentemente, em ceri-mónia presidida pela governadora civil do Porto, Isabel Oneto, em que a Liga dos Bombeiros Portugueses se fez representar pelos comandantes Gomes da Costa, An-tónio Araújo e Fernando Vilaça.

Parabéns pelo feito aos Voluntários de Vila das Aves, ao seu comando, bombeiros e dirigentes, com especial referência ao presidente da Direcção, Geraldo Mesquita Garcia!

Durante seis meses, foram introduzidos com êxito todos os requisitos obrigatórios e feitas as auditorias internas e externas de acordo com as normas da Associação Portuguesa de Certi cação.

A certi cação consiste na avaliação por um organismo certi cador independente e devidamente acreditado, atestando que a organização em causa cumpre todos os

requisitos das normas reconhecidas. A norma ISO 9001 é a mais reconhecida a nível mundial no que diz respeito a siste-mas de gestão de qualidade, incorporando importantes princípios de gestão relativos à focalização nos clientes, liderança, en-volvimento das pessoas e melhoria contí-nua.

Através do sistema de gestão e da sua certi cação, a produtividade das organi-zações é reforçada pela reorganização dos processos, passando a existir uma maior transparência das suas actividades e um fortalecimento da sua imagem.

6 JANEIRO 2009

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Publicamos nesta edição a lista das 94 associa-ções e corpos de bombeiros do Continente a

quem vão ser distribuídas as 95 viaturas atribuí-das pelo Estado no âmbito das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) desti-nadas à protecção civil.

A escolha e os critérios para a atribuição das

novas viaturas (VE, VLCI, VFCI, VUCI, VSAT, VSAE, VTTR e VTTU) foram concertados entre os comandantes operacionais distritais e os gover-nos civis, garantindo a Liga dos Bombeiros Portu-gueses desconhecer quaisquer pormenores deste processo relativo ao Plano de Equipamento que dura desde o primeiro trimestre de 2008.

ESTÁ DECIDIDO PARA QUEM VÃO

AS 95 VIATURAS ATRIBUÍDAS

NO ÂMBITO DO QREN

Ligadesconhece critérios

de atribuição

O Governo Civil de Lisboa e a Fe-deração de Bombeiros do Distri-

to de Lisboa assinaram recentemen-te um protocolo destinado à aquisi-ção de equipamentos de protecção individual para os elementos dos 56 corpos de bombeiros do distrito.

A federação vai receber uma ver-ba no valor de 450 mil euros desti-nada à compra dos referidos equipa-mentos, a distribuir de acordo com as prioridades estabelecidas pelas associações abrangidas.

O Governo Civil adquiriu ainda um conjunto de equipamentos de uso comum � um compressor de ar e três dispositivos de esteriliza-ção de máscaras de respiração, isto sem contar com a comparticipação nanceira na candidatura

ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que vai permitir a aquisição de sete via-turas de combate a incêndios orestais e urba-nos.

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

Protocolo entre Federação de Lisboa e Governo CivilOs Bombeiros Voluntários de Beja aproveita-

ram o tradicional convívio natalício para fazer a cerimónia de entrega de duas novas viaturas ao corpo de bombeiros, adquiridas com o apoio sig-ni cativo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola, que se cifrou em 50 mil euros.

Um dos veículos destina-se ao combate a in-cêndios e veio colmatar a necessidade de uma viatura de pequenas dimensões para interven-ções rápidas no centro histórico da cidade.

A outra viatura é uma ambulância de transpor-te múltiplo destinada a reforçar o dispositivo já existente.

Estiveram presentes na cerimónia, além dos órgãos sociais e de comando, o presidente da Câmara Municipal de Beja, Francisco Santos, o vereador da Protecção Civil, Francisco Caixinha, e a Direcção da Caixa de Crédito.

Recorde-se que, em Maio próximo, os Voluntá-rios de Beja completam 110 anos. Nesta altura, está a ser elaborado o projecto para a construção de um novo quartel.

BEJA

Entidade bancária apoia aquisição de viaturas

7JANEIRO 2009

Acaba de nos chegar um exemplar da re-vista do Corpo de Bombeiros de Macau,

em que se dá conta da actividade realizada em 2007, ano em que aquela instituição ce-lebrou o seu 124.º aniversário.

Para além do relato das inúmeras acções de formação, simulacros e demonstrações, é feito um balanço das 23.953 intervenções pré-hospitalares realizadas em 2007, mais 7 por cento que em 2006, e dos 1042 incên-dios combatidos no mesmo período.

A revista faz também referência às 28 viaturas adquiridas em 2007, incluindo am-bulâncias e viaturas de combate a incên-dios.

MACAU

Revista faz balançodas actividades

A intervenção em unidades hospita-lares e lares de idosos é o tema

central das jornadas técnicas que os Bombeiros Voluntários de Castelo de Vide promovem no próximo dia 31 de Janeiro, no Cineteatro Mouzinho da Silveira.

Segundo o comandante daquela corporação, Pedro Rabaça, �quere-mos, com estas jornadas, unifor-mizar conhecimentos, tendo, para isso, convidado as pessoas que nos pareceram ser conhece-doras deste tema, tão cativante mas também tão pouco conhe-cido, e que nos poderão enri-quecer com os seus conheci-mentos e as suas experiências�.

Ainda segundo aquele responsável, �a escolha do tema deve-se à necessidade encon-trada a nível regional, na formação dos bom-beiros, quando, cada vez mais, a problemática dos incidentes em hospitais e lares de idosos está em foco na praça pública�.

As jornadas dividem-se por três painéis, coordena-dos, respectivamente, pelos

comandantes Luís Costa (CO-DIS Portalegre), Mário Cerol (Voluntários de Alcobaça) e Rui Conchinha (CDOS Portale-gre).

CASTELO DE VIDE

Intervenção em hospitais e lares em debate

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) quer ver clari-

cado quem, a nal, deve e pode aplicar a lei relativamente à scalização e aplicação de contra-ordenações a viaturas de transporte de doentes � o INEM ou as autoridades poli-ciais?

Na verdade, a legislação con-tinua confusa, e situações con-cretas registadas recentemente trazem de novo o problema à colação.

A Portaria n.º 1147/2001, de 28 de Setembro, com as altera-ções introduzidas pela portaria n.º 1301�A/2002, de Setem-bro, aprovou o Regulamento de Transporte de Doentes.

No referido regulamento ca bem claro que cabe ao

Instituto Nacional de Emer-gência Médica (INEM) �a sca-lização da actividade de trans-porte de doentes, bem como a instrução dos procedimentos conducentes à eventual apli-cação de sanções�. Na mesma portaria, é de nido que a apli-cação das coimas previstas �resultantes do processo de contra-ordenação é da compe-tência do Conselho de Direc-ção do INEM�, e que a afecta-ção do produto das coimas será de 60 por cento para o Estado e 40 por cento �para a entidade competente para a aplicação da coima, consti-tuindo receita própria�.

Em contradição com isso está o disposto no Decreto-Lei nº 38/92, de 28 de Março, que as

autoridades policiais fazem questão de fazer cumprir, que atribui ao Ministério da Admi-nistração Interna a scalização dos transportes, de nição da características e licenciamento dos veículos utilizados no trans-porte de doentes.

O mesmo decreto-lei tipi ca a infracções e as contra-orde-nações aplicáveis atribuindo à Direcção Geral de Viação (DGV) a competência para o efeito.

O produto dessas coimas, segundo o mesmo diploma, de-verá reverter, em 70 por cento, para o Estado, cando os res-tantes 30 por cento divididos em partes iguais pelo INEM e pela DGV.

Será licito perguntar qual dos diplomas vigora.

LIGA QUER SABER

A nal, quem deve aplicar a leiUma entidade privada, a coberto

da uma pretensa actualização de dados comerciais, está a endereçar às associações de bombeiros um pe-dido de informação que lhes pode vir a custar, inadvertidamente, 787 eu-ros.

No formulário enviado às associa-ções, a dita entidade enuncia deter-minados �dados actualmente regista-dos�, que não passam da informação básica da instituição (denominação, endereço, números de telefone e fax, endereço na Internet e actividade �bombeiros�) e, na coluna seguinte, solicita que, �por favor, efectue as correcções necessárias�.

No mesmo documento, a entida-de refere que �estamos em proces-so de actualização do Registo de Informação Comercial, para o qual necessitamos da sua colaboração. Por favor, veri que os seus dados e, com a maior brevidade, devolva este documento no envelope que se anexa, com informação adicional e actualizada da empresa�. No nal está um asterisco (*) que remete para o fundo do documento, e é aí que tudo se desvenda.

Ao enviar o dito documento assinado, a asso-ciação contactada �autoriza que os dados propor-cionados sejam integrados no registo automati-zado de informação comercial� do qual é respon-sável o �Guia Telefax Anuario Profesional�.

O pedido de informação é �denunciado� no -nal como �um contrato que entra em vigor uma vez cumprido o prazo de uma semana, desde a sua assinatura, para uma revogação unilateral� e,

no caso �da revogação não se produzir atempa-damente, o contrato será de cumprimento obri-gatório para as partes, sendo necessário o con-sentimento mútuo para a sua revogação anteci-pada�.

A importância de 787 euros é assumida no do-cumento como �os custos totais, por edição, do serviço contratado�, para custear a �ordem de publicar todos os meus dados, aqui especi ca-dos, nas três seguintes edições anuais do seu Registo de Comércio Português�.

ALERTA PARA �CASCA DE BANANA�

Pedido de mera informação pode custar 787 euros

8 JANEIRO 2009

Numa altura em que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) se prepara para entre-

gar ao Ministério da Administração In-terna (MAI) as conclusões do PROCIV IV, o simulacro realizado em Dezembro que serviu para operacionalizar o Plano de Emergência Especial de Risco Sís-mico para a Área Metropolitana de Lisboa, o �BP� foi ouvir aquele que é o primeiro professor doutor em Ciências Geofísicas em Portugal.

Mendes Victor detém um vasto cur-rículo, que atravessa fronteiras. Depois de décadas dedicadas à Geofísica, com presença na União Europeia e na UNESCO, faz actualmente parte do grupo de trabalho que está a elaborar o Plano de Risco Sísmico do Algarve, documento que deverá ser testado em 2010.

Entramos nas instalações da antiga Faculdade de Ciências, local onde nas-ceu a Geofísica em Portugal. Ali, foi instalado em 1853 o Instituto Geofísico Infante Dom Luís, instituição que aca-bou por dar origem às organizações que actualmente se dedicam a esta

área do conhecimento, que inclui a Meteorologia, a Hidrologia, a Sismolo-gia e o registo de fenómenos físicos terrestres, como é exemplo o magne-tismo.

Aos longos e frios corredores da fa-culdade, situada na Rua da Escola Poli-técnica, contrapõem-se os gabinetes repletos de saber. Para quem entra nas instalações, cada porta parece dar en-trada a um mundo de conhecimentos só atingível pelos que dedicaram a vida a estudar e a elaborar os livros que se estendem já tombados pelas pratelei-ras.

Dentro do gabinete de Mendes Vic-tor vive a história da Geofísica em Por-tugal, seja através de mapas, de livros encadernados ou de instrumentos que outrora serviram para registar a mag-nitude dos sismos. Ali se percebe que muito evolui à conta da tenacidade e insistência dos professores que percor-reram caminho contra as vontades políticas de então, e com a legitimida-de cientí ca de quem tem condições para garantir que a Terra é redonda.

Mendes Victor começa por recuar no tempo, lembrando os anos em que Portugal só tinha duas estações sismo-grá cas muito �rudimentares�, uma em Coimbra e outra nos Açores. Conta que, com o sismo de Benavente, de 1909, se desenvolveu uma acção para alargar e reforçar as estações sismo-grá cas a mais locais do País, que con-ta hoje com uma rede de ponta, �das melhores da Europa�.

Enquanto o a rma com convicção, aponta para um equipamento antigo, um sismómetro, colocado em cima de uma pilha de papéis que tem na secre-tária, para explicar como se regista-vam os sismos. �Quando o relógio pa-rava, e ao soltar-se um peso, sabíamos em que região tinha havido um aba-lo�.

Na altura em que tudo �acontecia� na Rua da Escola Politécnica, a antiga Faculdade de Ciências tinha estações sismográ cas. Mais tarde, foi tudo concentrado no actual Instituto de Me-teorologia, do qual foi director-geral, numa altura em que a Geofísica fazia parte do nome daquele organismo pú-blico.

Quando questionado sobre as capa-cidades nacionais em matéria de Sis-

mologia, refere duas componentes: a operacional e a de investigação, que, garante, �se complementam�.

Sobre a rede nacional de observa-ção, diz que é �excelente�, sublinhando o esforço de actualização à luz dos progressos cientí cos no que concerne aos registos sísmicos e sua interpreta-ção.

Ao contrário do que muitos defen-dem, Mendes Victor diz que o risco sísmico de Portugal é �moderado e não elevado�. Para o professor, o maior pe-rigo concentra-se em países onde a tectónica é forte: Grécia, Turquia, Ja-pão ou Itália. �Em Portugal, os perío-dos de retorno são longos. Por exem-plo, relativamente ao último grande evento sentido em Portugal, em 1969, sabe-se que o período de retorno des-se tipo de sismo é de 200 anos�, clari- ca.

Apesar dos dados fornecidos pelo investigador, alguns dos mapas que se espalham pela parede do seu gabinete revelam que a sismicidade é grande no nosso país. �Se olhar para ali, vê como que um �enxame� de pequenos sismos. São pequenos ajustamentos diários que, felizmente, acontecem, pois a Terra vai libertando e dissipando a energia acumulada�, sublinha, acres-centando com convicção que, �quando não há sismos, algo está mal�.

Sobre a capacidade de resposta a este tipo de risco, Mendes Victor lem-bra que o problema é sempre o mes-mo, a �participação multidisciplinar�. Garante que, para que tenhamos uma resposta o mais e caz possível, é pre-ciso dar espaço às várias áreas do co-nhecimento, como a geologia de su-perfície, a análise e catalogação do construído. �Quando se regista um sis-mo, durante algum tempo andamos preocupados com a construção. Passa-dos uns anos, voltamos a esquecer-nos. O sismo de 1969 é exemplo disso mesmo�, conta.

Diz Mendes Victor que a estrutura geológica de Lisboa é mal conhecida, lembrando que, logo após o sismo de 1980, nos Açores, foi criado um grupo de trabalho que, com a ajuda de todas as variantes, fez uma carta geológica da região. �Nessa altura, zemos algu-mas simulações em zonas históricas, com base no conhecimento que tínha-mos, para percebermos os re exos di-rectos de um abalo com a magnitude

do de 1755. Logo nessa altura perce-bemos que o nosso objectivo era muito difícil, pois não havia registos do edi -cado. Falta-nos sistematizar o conheci-mento e voltar a incrementar os gabi-netes técnicos que existiram em al-guns bairros, como Alfama, Mouraria ou Castelo�.

Por tudo isto, o professor defende que devia agarra-se no conhecimento que existe na área da geologia da cida-de de Lisboa, proceder à radiogra a dos edifícios, e fazer umas �brincadei-ras� no Laboratório Nacional de Enge-nharia Civil (LNEC), para se percebe-rem as potenciais consequências de um sismo. �Não estamos a aproveitar o conhecimento, nem a avançar no le-vantamento do edi cado, e isso é mui-to grave. Pergunto, por exemplo, se alguém conhece a realidade dos bair-ros da periferia de Lisboa, muitos deles clandestinos�.

Sobre a máxima de que nenhum sistema de protecção civil está prepa-rado para um grande sismo, Mendes Victor diz que �essa é a explicação para qualquer desastre�. Acrescenta o professor que, se existisse um sistema de protecção civil baseado no conheci-mento integral cientí co e técnico, es-taríamos muito mais bem preparados.

Por tudo isto, garante que �estamos atrasados 20 anos relativamente a ou-tros países, como a Grécia ou a Itália, que vêm muitas vezes a Portugal �be-ber� conhecimento.

Nos grupos de trabalho da UNESCO e da União Europeia em que Mendes Victor tem participado, a principal fra-gilidade detectada passa pela falta de estrutura de educação nestas áreas.

�A ciência dos riscos é letra morta em Portugal, e é preciso que se perce-ba que o sistema de ensino é uma das traves mestras para o sucesso�. A isto, acrescenta o investigador, deve juntar-se uma estratégia nacional para a re-cuperação e reabilitação do patrimó-nio.

A resposta às catástrofes

Mendes Victor divide a resposta a qualquer catástrofe em duas compo-nentes, que diz �essenciais�: o aviso e a acção.

Hoje em dia, defende, com a ajuda dos satélites, o País poderia ajustar bem melhor a resposta aos riscos a

que estamos mais vulneráveis. �Lem-bro, por exemplo, que, ao nível das cheias, só temos dois radares meteo-rológicos, um no Algarve e outro em Coruche. A Norte, e com as importan-tes bacias que existem, não se enten-de como ainda não se conta com este sistema de monitorização, muito im-portante também para a estrutura agrícola�.

Relativamente ao risco sísmico, e apesar da qualidade da rede de moni-torização, Mendes Victor lembra que é preciso �exercitá-lo�. Questionado so-bre a importância do PROCIV IV, que teve por objectivo a operacionalização do Plano de Emergência Especial de Risco Sísmico para a Área Metropolita-na de Lisboa, o especialista defende que foi uma �anedota�.

�Aquilo não foi nada. Um exercício não é fazer passar um carro de bom-beiros ali e um da protecção civil aco-lá�. O professor defende que, nesta questão, se tem de envolver as popu-lações o mais possível. Nas escolas, há que perceber como devem reagir alu-nos e professores. Nas ruas, nas ca-sas, nas lojas, �há que envolver o maior número de cidadãos, para que a mensagem passe em massa�, refere, rejeitando a ideia de cenários reparti-dos para aferir da capacidade de res-posta.

�As pessoas têm de ser metidas na rua para lhes ser dada a informação total. Por exemplo, saber quais são os principais locais de abrigo em caso de sismo�. Eu andei nas ruas durante os três dias do simulacro e vi muita gente a rir-se de toda aquela confusão. Questionei várias pessoas sobre se sa-biam o que estava a acontecer e recebi muitas respostas em tom de brincadei-ra. Quando o re exo é este, é porque a mensagem não está a ser e caz�, de-fende o professor, para quem a infor-mação disponível, hoje em dia, obriga as autoridades a fazerem mais e me-lhor. �Faltou uma conversa mais próxi-ma, porta a porta, bairro a bairro�.

Em jeito de conclusão, Mendes Vic-tor defende uma acção articulada, ba-seada no conhecimento cientí co. Apela, por isso, aos empregadores, para que �chamem a si� os elementos quali cados que as universidades es-tão a gerar. �Há que agir depressa e bem, pois, repito, estamos atrasados 20 anos�.

MENDES VICTOR, DOUTORADO EM CIÊNCIAS GEOFÍSICAS

�Estamos atrasados 20 anos�É uma das guras

incontornáveis das ciências geofísicas. Com um currículo invejável, o agora professor jubilado da Faculdade de Ciências

da Universidade de Lisboa abriu as portas do

seu gabinete. Na conversa com o �BP�,

Mendes Victor traçou um quadro preocupante

sobre a cultura de risco em Portugal. Sobre o

maior simulacro de sismo realizado em Portugal,

diz que foi uma �anedota�.

Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Rogério Oliveira

9JANEIRO 2009

A Câmara Municipal de Palmela atribuiu recen-temente um apoio global superior a 16 mil

euros às três associações de bombeiros voluntá-rios do concelho, destinados a comparticipar as despesas efectuadas com a aquisição ou repara-ção de viaturas e equipamentos.

No caso dos Voluntários do Pinhal Novo, o apoio, de 5500 euros, destina-se a comparticipar a reparação de duas ambulâncias e da escada de

ganchos, e a aquisição de um videoprojector para formação.

Para Águas de Moura, o apoio de 5200 euros cobre a reparação de duas ambulâncias e a aqui-sição de máquinas de soldar e carregar baterias.

Os seis mil euros facultados aos Voluntários de Palmela destinam-se a apoiar a reparação de uma ambulância, a adaptação de uma viatura doada e a aquisição de videoprojector para a formação.

PALMELA

Apoio à reparação de ambulâncias

Os Bombeiros Voluntários de Valongo passaram a dispor

recentemente de uma nova via-tura para a área da saúde, uma ambulância de transporte (ABTD) adquirida a expensas da própria instituição.

Segundo o comandante João Santos, �a sua aquisição enqua-dra-se no esforço contínuo que tem vindo a ser realizado no sentido de renovar a frota�.

O início do ano trouxe tam-bém aos Voluntários de Valongo outro melhoramento no domí-nio das comunicações. Tal deve-se ao acordo celebrado entre a associação e uma ope-radora móvel para a utilização da respectiva rede na emissão de mensagens escritas grátis. O acordo, que inclui o forneci-

mento dos respectivos equipa-mentos, vai, segundo o coman-dante João Santos, �fomentar uma maior e melhor comunica-ção entre os vários elementos da corporação, bem como po-tenciar uma maior e cácia no processo de emissão e recepção de alertas�.

Segundo o mesmo responsá-vel, �paralelamente ao habitual toque de sirene, o operador da central de comunicações é res-ponsável pela difusão de uma mensagem escrita de alerta identi cando a situação em causa, de forma a requisitar os meios humanos necessários�.

VALONGO

Nova viatura e rede móvel

Os Bombeiros Municipais do Cartaxo possuem uma via-

tura de combate a incêndios orestais que se encontra ino-peracional desde Agosto último, cujo pedido de substituição está a aguardar resposta da Autori-dade Nacional para a Protecção Civil (ANPC).

A informação foi prestada pelo comandante Mário Silves-tre durante as comemorações do 72.º aniversário daquele corpo de bombeiros, de que aqui demos nota em edição an-terior.

O pronto-socorro orestal, do qual publicamos agora uma fo-togra a, partiu o �chassis� no decurso de uma intervenção

fora de zona, em Santarém, a pedido do Centro Distrital de Operações de Socorro. O pare-cer técnico é que, mesmo de-pois de sujeita a uma repara-ção, a viatura não cará em perfeitas condições operacio-nais.

O comandante Mário Silvestre lamenta a falta de apoio da ANPC, já que �o único apoio vem da Câmara do Cartaxo, que sus-tenta a corporação em despesas de pessoal e de material�.

Uma nova viatura importará em cerca de 150 mil euros.

CARTAXO

Viatura continua à espera de substituição

Das 11 viaturas de saúde da Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, cinco têm mais de dez anos e entre 700 mil e um mi-lhão de quilómetros, razão pela qual assume particular importância a oferta, pela Câ-mara Municipal, de uma nova ambulância de transporte.

Para proceder à renovação da frota, a instituição tem esta-belecido contactos com o muni-cípio, as juntas de freguesia e as empresas locais. Segundo uma fonte da associação, �veri- cámos terem sido escassas as ajudas, particularmente por parte das juntas e das empre-

sas, situação que, dadas as di- culdades actuais, entendemos perfeitamente�. Acabou por responder positivamente a au-tarquia, com a doação que ago-ra se concretizou.

Desde 2003, os Voluntários de Oleiros têm-se debatido

com di culdades acrescidas para aquisição de novos equi-pamentos e viaturas, dado que, em virtude da grande destruição do �banco� da po-pulação local (a oresta), os donativos têm vindo a decres-cer.

OLEIROS

Câmara Municipal ofereceu ambulância

Das 110 ambulâncias de so-corro (tipo B) previstas, o

Instituto Nacional de Emergên-cia Médica entregou 57 a asso-ciações e corpos de bombeiros, e prevê distribuir as restantes 53 no primeiro trimestre deste ano.

A cerimónia de entrega de 47 dessas ambulâncias decorreu no Parque das Nações, em Lis-boa, e foi presidida pela minis-tra da Saúde, Ana Jorge.

As 110 ambulâncias desti-nam-se a substituir outras, si-tuadas em associações e corpos de bombeiros com Postos de Emergência Médica (PEM).

Na oportunidade, o presiden-te do INEM, Abílio Gomes, su-blinhou que, �com este simbo-lismo do dar e receber, estamos a a rmar a nossa condição de membros do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), no âmbito do qual nos obriga-mos a um esforço colectivo de participação e à adopção de uma postura de cooperação e lealdade na resolução consen-sual das di culdades superve-nientes�.

Abílio Gomes fez questão ain-da de salientar que �este acto marca o início de um processo

MAIS 53 AMBULÂNCIAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Presidente do INEM salienta esforço colectivo

de requali cação da rede mais carenciada de PEM, não só atra-vés da prossecução do progra-ma de entrega de ambulâncias, mas também da requali cação dos técnicos de ambulância de socorro (TAS) e da extensão da operacionalização da des bri-lhação automática externa (DAE) a todas as ambulâncias do SIEM�.

No próximo ano, segundo o responsável do INEM, será completado �o programa de en-tregas de novas ambulâncias aos PEM mais carenciados, de acordo com os critérios e priori-dades pré-de nidas�.

Realçando o papel do SIEM, a

ministra Ana Jorge fez questão de sublinhar que, nos primeiros onze meses de 2008, foram re-alizados mais de 550 mil trans-portes de doentes em ambulân-cia em situação de emergência, o que representa cerca de 70 por hora.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, também pre-sente na cerimónia, congratu-lou-se com o facto e referiu que essa distribuição �repõe carên-cias há muito identi cadas�, mas lembrou que, para colma-tar todas as necessidades, im-porta considerar �duas cente-nas de novos PEM�.

10 JANEIRO 2009

�Com apenas 0,50� por habitante, podemos melhorar o seu socorro�. Foi com esta frase que, no período de 15 de No-

vembro a 6 de Janeiro, a secção da Juvebombeiro dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira levou a efeito uma campanha de angaria-ção de fundos com o objectivo de adquirir material de reanimação, diagnóstico e pedagógico.

Esta iniciativa baseava-se na colocação de mealheiros no comér-cio local, com o �slogan� acima citado, no qual os interessados em colaborar colocavam o seu donativo.

É com estes pequenos gestos que se faz a diferença. A partir de agora, os Bombeiros Voluntários de Vidigueira poderão dispor de um manequim de reanimação, material diagnóstico e material pe-dagógico, que permitirão um melhor desempenho dos nossos bom-beiros na sua actividade do dia-a-dia no socorro ao próximo.

Esta campanha teve um balanço positivo, sendo que foi um pri-meiro passo para outras iniciativas do mesmo género durante o ano.

João LemosDelegado da Juvebombeiro Vidigueira

VIDIGUEIRA

Apenas 50 cêntimos

De 15 em 15 dias, cerca de 20 rapazes e raparigas vestem a farda para aprender a ser bombeiros. Esta é uma actividade

prevista na legislação que os bombeiros de Vidigueira decidiram cumprir.

No Corpo de Bombeiros de Vidigueira, a escola de infantes e cadetes está afecta a secção da Juvebombeiro local. As formações consistem em aulas teórico-práticas de ordem unida, organização de corpos bombeiros e comunicações, entre outras matérias, que são ministradas pelos elementos do corpo de bombeiros

Esta escola conta também com algumas visitas pedagógicas a centros de meios aéreos, à Força Especial de Bombeiros, a salas de operações, a outros corpos de bombeiros e a exercícios realizados pela ANPC.

Desde Outubro, altura em que a escola teve inicio, que o núme-ro de �Bombeiritos� tem vindo a aumentar: começou com 14 e, hoje, conta com 24 infantes/cadetes com idades compreendidas entre os oito e os 17 anos. Este é um sinal do sucesso que a esco-la de infantes tem vindo a ter junto dos mais jovens.

O rigor, a disciplina, o espírito de amizade e cidadania, e o con-tacto com a população do concelho são pilares fortes desta escola de infantes/cadetes que nos faz acreditar num futuro risonho para os nossos bombeiros.

�Aprender é a nossa missão, para no futuro socorrer a popula-ção�, é o seu lema.

João LemosDelegado da Juvebombeiro Vidigueira

VIDIGUEIRA

São eles o nosso futuro

A Associação dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras

promove no dia 7 de Fevereiro a �Aventura fora de Estrada 2009�. As inscrições decorrem até ao dia 5 e devem ser enviadas para [email protected].

A aventura inclui um passeio diurno, de vinte e cinco quiló-metros, com diferentes situa-ções que irão por à prova a habilidade dos condutores.

O passeio nocturno tem aproximadamente vinte quilómetros com di culdade média/alta com zonas muito técnicas e será guia-do, como o anterior, por �roadbook�.

TORRES VEDRAS

Bombeiros promovem�aventura fora de estrada�

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora comemorou no passado dia 11 de Janeiro o seu 69.º aniversá-

rio. As cerimónias reuniram todo o corpo de bombeiros, integrando os quadros activo, de reserva, de honra e a fanfarra.

Um dos pontos altos destas comemorações foi a inauguração do Monumento ao Bombeiro, iniciativa da Câmara Municipal de Mora, que, desta forma, homenageia os seus bombeiros, assim como todos os bombeiros de Portugal. O monumento está localizado na Estrada Nacional 2, à entrada de Mora, na rotunda da Zona Indus-trial.

As cerimónias contaram ainda com a tomada de posse dos ór-gãos sociais da associação para o triénio 2009/2011 e com imposi-ções de condecorações da Liga dos Bombeiros Portugueses e da associação a vários bombeiros pelos anos de serviços prestados. Também a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mora foi galardoada com a Medalha de Serviços Distintos.

Entre as entidades presentes, destacam-se as seguintes: presi-dente da Câmara Municipal de Mora, José Sinogas; presidente da Assembleia Municipal, Carlos Biléu; presidente da Junta de Fregue-sia de Mora, Manuel Leão; 2.º comandante distrital da ANPC, José Ribeiro; presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évo-ra, Adriano Sousa; representantes de corporações de bombeiros do distrito de Évora.

As comemorações terminaram com a colocação de um ramo de ores junto à lápide do comandante fundador, Manuel José Godi-nho.

MORA

Inauguração de monumentono 69.º aniversário

A Juvebombeiro dos Bombeiros Voluntários de Fafe e o Centro Cultural e Desportivo do mesmo corpo de bombeiros realiza-

ram, no dia 20 de Dezembro, a já habitual Festa de Natal dos Filhos dos Bombeiros.

A iniciativa, que teve lugar nas instalações do quartel, foi muito animada e participada, não tendo faltado os divertimentos com insu áveis, um �slide�, diversos jogos tradicionais, a projecção de um lme de Natal, um pequeno lanche e, como não podia deixar de ser, um Pai Natal, para distribuir as tão desejadas prendas.

Foi um dia diferente e muito divertido para os lhos dos nossos bombeiros.

Gilberto GonçalvesDelegado da Juvebombeiro dos BV Fafe

FAFE

Festa de Natal

A exemplo dos anos anteriores, a Direcção e Comando da Asso-ciação dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez cele-

brou no passado dia 20, sábado, a tradicional festa de Natal dos soldados da paz numa tarde bem animada.

A festa que teve lugar no salão nobre do quartel dos Bombeiros destinou-se a todos os Directores, Bombeiros, Funcionários e Fami-liares desta Associação. Pelas 15.30 horas, o animador contratado para animar a tarde recriou momentos mágicos para os mais pe-quenos durante uma hora. Em que não faltou o Pai Natal que pas-sou a tarde a oferecer rebuçados e outras guloseimas aos presen-tes. Já no nal da tarde teve lugar o momento mais ansiado pelos miúdos a entrega das prendas. Todos os lhos dos bombeiros tive-ram direito a uma prenda entregue pelo comandante, Mário Araú-jo, pelo presidente, Pedro Marinho e claro pelo Pai Natal.

Antes da hora do lanche o comandante agradeceu a presença dos bombeiros e dos seus familiares e desejou a todos umas boas festas. Por sua vez, Pedro Marinho fez um balanço desta iniciativa ao �Notícias Arcoenses�, mostrando a sua satisfação, �como é ha-bitual todos os anos se celebra nesta instituição o Natal e julgo que correu muito bem. Fiquei satisfeito ao ver as crianças a brincarem com o mágico houve ali um momento de magia e a entrega de brinquedos didácticos para os miúdos foi de muita alegria para eles e para nós�.

De salientar que após a entrega dos brinquedos e já na hora do lanche preparado para todos os presentes os soldados da paz tive-ram de se ausentar para dar resposta a um incêndio que havia de agrado numa residência.

Marta Cunha

ARCOS DE VALDEVEZ

Bombeiros celebraram Natal

11JANEIRO 2009

O Núcleo da Juvebombeiro do Corpo de Bombeiros de Bragança organizou no passado dia 20 um dia de actividades, que incluiu

um percurso de orientação em BTT e uma tarde de jogos tradicio-nais.

A actividade teve como objectivo criar dinamismo entre os bom-beiros mais novos e mais velhos dessa mesma corporação, bem como fomentar o contacto com a comunidade em geral, pois esti-veram presente cerca de 20 participantes e cerca de 10 pessoas na organização da iniciativa.

Na parte de manha, que se mostrou muito fria, a partida deu-se do quartel dos Bombeiros de Bragança, encetando-se um percurso de 16 quilómetros em direcção as freguesias de Vila Boa, Donai, Oleirinhos e Espinhosela, sendo estas atravessadas, na maior par-te, por vias de terra batida.

O frio e o gelo dessa manha não trouxeram nenhum percalço, O m do percurso trouxe uma grande satisfação àqueles que partici-param, pois o trajecto tinha um grau de exigência bastante baixo e paisagens bastante características.

O bom relacionamento com a Associação Cultural e Desportiva de Espinhosela e a Junta de Freguesia de Espinhosela possibilitou um grande acolhimento aos participantes. Aquelas entidades foram incasáveis nos seus esforços para que esta actividade tivesse como destino aquela freguesia. As actividades desenrolaram-se pela tar-de adentro, até ao jantar, realizando-se jogos tradicionais, partidas de futebol no polidesportivo local e um convívio na sede da Asso-ciação Cultural e Desportiva de Espinhosela.

BRAGANÇA

Jovens bombeiros dinamizam-se

Os Bombeiros Municipais de Gavião comemoraram recente-mente mais um aniversário, o 61.º. Este teve um um parti-

cular sentimento, uma vez que dois dos seus elementos foram distinguidos com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, por 35 anos de bons e efectivos serviços. Referimo-nos ao 2.º comandante Francisco Louro e ao bombeiro de 1.ª classe José Martins.

Numa cerimónia que teve lugar nos Paços do Concelho, e que contou com a presença de várias individualidades, Francisco Louro e José Martins foram enaltecidos pelo seu exemplar per-curso como bombeiros.

Este foi ainda um aniversário marcado por um presente espe-cial do município ao seu corpo de bombeiros, composto por uma embarcação de resgate, três equipamentos de mergulho com escafandro autónomo e diverso material de apoio às missões de socorros a náufragos e buscas subaquáticas.

O concelho de Gavião inclui cerca de 17 quilómetros do Rio Tejo, distância que, na sua grande parte, �convive� com a linha ferroviária da Beira Baixa, a escassos metros. Naturalmente, estes novos equipamentos vieram colmatar necessidades evi-dentes no âmbito do socorro aquático, assim como melhorar a

GAVIÃO

Bombeiros Municipais comemoram 61.º aniversário

A formação de bombeiros que teve início no dia 6 de Outubro continua e desta feita contou no passado dia 17 de Dezembro,

quarta-feira, com um exercício de técnica de resgate em fogos ur-banos e industriais, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez. Para tal foi utilizado um dos recursos para resgate de vítimas com o objectivo de resgatar o maior número no mais curto espaço de tempo, o rappel.

Onze formandos e dois formadores iniciaram aquela que foi para alguns uma actividade arriscada, pois era a primeira vez que esta-vam a realizar este tipo de exercício.

De acordo com o formador, Rolando Lima dos Bombeiros Munici-pais de Viana do Castelo que foi colocado em Arcos de Valdevez pela DREN para dar esta formação de bombeiro base que pertence ao grupo CEF, �queremos ter neste curso uma parte fundamental-mente prática e esta foi a primeira vez que eles tiveram contacto com este tipo de materiais e técnicas, mas no nal do ano lectivo já estarão mais à vontade com este tipo de técnicas�.

ARCOS DE VALDEVEZ

Curso pro ssional de bombeiroscontou com exercício de técnica de resgate

Jorge Nascimento o outro formador responsável fez ao �Notícias Arcoenses� um balanço positivo, �considero que correu muito bem, para alguns foi a primeira vez que experimentaram este tipo de técnicas e estavam visivelmente receosos mas depois quiseram logo repetir de imediato�.

Rolando Lima acrescentou ainda sobre o curso que, �estamos a terminar a formação de fogos urbanos que é uma fase inicial e posteriormente passaremos aos fogos orestais, seguidamente ao desencarceramento, às matérias perigosas e em simultâneo salva-mento. Os formandos vão ter a parte teórica mas acima de tudo a prática, é o que de bom tem este curso alia as duas vertentes o que importante para a formação deles julgo que eles vão sair daqui com um bom nível de formação�.

De salientar, que neste curso pro ssional de bombeiros os for-mandos adquirem o 9.º ano de escolaridade e um certi cado de frequência de 999 horas de formação para bombeiro.

Marta Cunha

capacidade de socorro e assistência a todos e quaisquer aciden-tes que envolvam aquela linha ferroviária que, em longos tre-chos, só é acessível pelo ar ou pelo rio.

Simão Luís Pechirra VelezO cial de 2.ª Classe dos Bombeiros Municipais de Gavião

12 JANEIRO 2009

Uma ceia de Reis acolheu a tomada de posse dos novos corpos gerentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-

rios de Coimbrões para o triénio 2009/2011.A Assembleia-Geral é presidida por Rui Pinto Aguiar, tendo, como

vice-presidente Joaquim Leite, como secretária Maria Isabel Cardo-so, e como suplentes Diniz Moura e Agostinho Rodrigues.

A Direcção é presidida por Fernando Aguiar, sendo vice-presi-dentes Ilídio Magalhães e Paulo Cavaco, secretário e secretário adjunto Manuel Benjamim Pinto e Germano Osório, tesoureiro e tesoureiro adjunto Manuel Joaquim Costa e Luís Filipe Oliveira, vogais Manuel Vieira e Domingos Monteiro, e suplentes Alberto Morais e Alberto Monteiro.

O Conselho Fiscal tem como presidente Aníbal Aguiar, como vice-presidente José Jesus Costa, como secretário relator Vasco Aguiar, e como suplentes André Lima e Rui Marques.

COIMBRÕES

Empossadosnovos dirigentes

Os novos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire para o triénio 2009/2011 tomaram posse no princípio do

ano. A nova equipa tem alguns repetentes.A Assembleia-Geral é presidida por Jorge António Pinto Pereira.

O vice-presidente é João Manuel Rodrigues de Oliveira e os secre-tários são Gastão Manuel Ribeiro da Fonseca e Jorge Pereira Te-les.

A Direcção continua a ser presidida por António da Conceição Pinto, tendo como vice-presidente Manuel Paiva Loureiro, como secretários Rui Manuel Pinto Rodrigues e Augusto Soares Santos, como tesoureiro Arão Joaquim Coelho e como vogais Gualdino de Almeida Marcelino e Augusto João da Silva Marcelino.

No Conselho Fiscal, a presidência cabe a Ana Luísa Rodrigues Oliveira, cando como vice-presidente Maria de La Salete Almeida Duarte e como secretário relator Manuel José Pertancho.

CASTRO DAIRE

Novos órgãostomaram posse

Os órgãos sociais da Reviver Mais � Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses para o triénio 2009 �

2011 vão tomar posse no próximo dia 24 de Janeiro, pelas 11h00, em cerimónia que decorre no Cineteatro Joaquim de Almeida, no Montijo.

Ao realizar a tomada de posse naquela cidade, a Reviver Mais pretende homenagear os Voluntários do Montijo, no âmbito das comemorações do seu centenário.

Os órgãos sociais para o próximo mandato foram eleitos em 29 de Novembro último, em Trancoso, em assembleia convocada para o efeito.

REVIVER MAIS

Tomada de possedos órgãos sociais

No dia 10 de Janeiro, reuniu em Assembleia-Geral a Fe-

deração dos Bombeiros Volun-tários do Distrito da Guarda, no quartel dos bombeiros desta ci-dade, para a eleição dos novos órgãos sociais para o triénio 2009/2001: Assembleia, Direc-ção e Conselho Fiscal.

Gil Barreiros explicou a cons-tituição da lista, dizendo que tentou que abrangesse todas as associações do distrito, mas que não conseguiu, �por falta de resposta ao convite das as-sociações de Figueira de Caste-lo Rodrigo, São Romão e Fama-licão da Serra�. O novo presi-dente disse que esta lista tem mais representantes da asso-ciação da Guarda por uma questão de logística e funciona-lidade.

Seguiu-se a votação, na qual tiveram direito de voto os presi-dentes e comandos de todas as associações. A contagem teve

como resultado 35 votos a fa-vor.

Gil Barreiros foi assim eleito por unanimidade presidente da Federação dos Bombeiros Vo-luntários do Distrito da Guarda.

Este médico de Gouveia de-clarou que assumirá este cargo com grande responsabilidade, em prol de todos os bombeiros do distrito da Guarda.

Ele propôs a eleição de Luís Carriço, presidente dos BV do Sabugal, e José António Macha-do, comandante dos BV da Meda, como representantes do distrito no Conselho Nacional da Liga. Esta proposta foi também aprovada por unanimidade.

Álvaro Guerreiro, presidente dos BV da Guarda e presidente do Conselho Jurisdicional da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, congratulou-se com a ins-talação da Força Especial de Bombeiros nesta cidade, dis-cordando, no entanto, da for-

ma como decorreu o processo de inauguração das instala-ções.

Para terminar, Gil Barreiros fez um apelo a todas as asso-ciações do distrito para que pa-guem as cotas em atraso, de modo a que se colmatem as di-

culdades nanceiras da fede-ração, e deu ainda os seus vo-tos de êxito a esta Direcção.

A tomada de posse desta terá lugar nos BV de Gouveia, no dia 31 de Janeiro, por o presidente eleito pertencer àquela associa-ção humanitária.

GUARDA

Eleições para a federaçãoFEDERAÇÃO DE BOMBEIROS DO DISTRITO DA GUARDA

ASSEMBLEIA-GERAL

PRESIDENTE � Prof. Manuel Madeira Grilo . . . . . . . . . . GUARDAVICE-PRESD. � Dr. Álvaro José da T.P. Guerreiro . . . . . . GUARDASECRETÁRIO � Prof. Maria Bendita A.G. Rito Dias . . . . . . . SOITOSECRETARIO � Cmt. Qh. José António Sequeira . . . . . . GUARDASUPLENTE � Cmt. Qh. Francisco Alves Campos . . . . . V.N. TAZEMSUPLENTE � José Manuel Caramelo . . . . . . . . . . . . . . . . . MELO SUPLENTE � Cmt. José Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . .AGUIAR

DIRECÇÃO

PRESIDENTE � Dr. Luís António Vicente luís Barreiro . . .GOUVEIAVICE-PRESD. � Luís Carlos Carriço . . . . . . . . . . . . . . .SABUGALVICE-PRESD. � Álvaro Amaral Reis Melo . . . . . . . . . . . FORNOSVICE-PRESD. � Cmt. António José Marques . . . . . . . . CELORICOTESOUREIRO � Rui Meirinho Monteiro . . . . . . . . . . . . . . . SOITOSECRET ADMINIST � Carlos A. Almeida Pina . . . . . . . GONÇALOSECRET TECNICO � Cmt. Vergílio Borges . . . . . . . . . . . . . . SEIA SEC. TEC. ADJUNTO � Cmt. João José Gomes Teixeira . . ALMEIDAVOGAL � Paulo Jorge de Lemos Amaral . . . . . . . . . . . . . . MEDAVOGAL � Eng. Luís Borges . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . GUARDAVOGAL � Eng. Nuno Pires . . . . . . . . . . . . . . . . . . .FOLGOSINHOSUPLENTE � João Ferreira Silva Duarte . . . . . . . . . . . CELORICOSUPLENTE � Cmt. Orlindo Cabeças . . . . . . . . . . . . . . GONÇALO SUPLENTE � Cmt. José António Rebelo Machado . . . . . . . . MEDA

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE � Dr. Vítor Manuel Santos Silva . . . . . . . . . PINHELSECRETARIO � António Santos Pimentel Lourenço . . . . FOZ-COARELATOR � Jaime Vítor Varandas Ferreira . . . . . . . . .V.F. NAVESSUPLENTE � António Conde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LORIGASUPLENTE � José dos Santos do Nascimento . . . . . . TRANCOSOSUPLENTE � Cmt. António José Quaresma Santos . . . MANTEIGAS

Vinte mulheres acabam de preencher in-tegralmente todos os órgãos sociais dos

Bombeiros Voluntários da Batalha para o triénio 2009/2011.

É a primeira vez que isso acontece numa associação de bombeiros voluntários em Portugal.

A tomada de posse ocorreu no passado dia nove, na sequência de uma eleição qua-se unânime (57 votos a favor e um voto em branco).

A Assembleia-Geral passa a ser presidida por Colette Pedrosa de Sousa, tendo como vice-presidente Maria Luísa Silva Leal, como 1.ª e 2.ª secretárias Mariana Justo e Susana Silva, e como suplente Maria da Encarnação Ferreira.

A Direcção passa a ser composta pela presidente, Maria Cecília Justo, pela vice-presidente, Maria de Fátima Lucas, e pelas secretárias, Isabel Maria dos Santos (1.ª) e Margarida Pinho (2.ª). A tesoureira é Maria

José Beato e as vogais são Edite Pragosa e Susana Monteiro, enquanto, como suplen-tes, caram Maria Helena dos Santos, Maria das Mercês Vieira e Maria Henriqueta Ligei-ro.

O Conselho Fiscal é presidido por Maria de Lurdes Penas, tendo, como vice-presi-dente, Luísa Maria Remédios, como rela-tora, Eulália Ribeiro, e como suplentes, Maria Gracinda Rito e Rita dos Anjos Rosa.

BATALHA

Órgão sociais só com mulheres

13JANEIRO 2009

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Izeda vai inaugurar o seu novo

quartel no próximo dia 31 de Janeiro, no âmbito das comemorações do seu 25.º aniversário.

A inauguração e bênção das novas instalações estão previstas para as 13h30. Antes, a partir das

9h00 decorre o hastear da bandeira, a recepção às autoridades e convidados, o des le da forma-tura, a eucaristia presidida pelo bispo de Bragan-ça � Miranda, D. António Montes Moreira, e uma sessão solene com imposição de medalhas a bombeiros e individualidades.

IZEDA

Novo quartel no m do mês

A Câmara Municipal de Alcá-cer do Sal abriu uma conta

bancária em nome dos Bombei-ros Voluntários de Alcácer do Sal para angariar fundos desti-nados à construção do novo quartel.

A autarquia abriu com um depósito de seis mil euros, mas, segundo o seu presidente, Pe-dro Paredes, �o importante não é a conta, é fazê-la crescer com

donativos e, por isso, deixo o apelo aos empresários do con-celho, para que apoiem os bom-beiros, porque estes contri-buem todos os dias para a se-gurança�.

Além dos meios para custear a nova construção, torna-se também necessário ultrapassar de vez as contingências impos-tas pelo Plano Director Munici-pal à edi cação do quartel no

terreno pretendido, junto à pis-cina municipal.

O desbloqueio desta situação está em marcha. A Câmara aprovou a alteração parcial do Plano Director Municipal, que irá permitir o licenciamento da obra após consulta pública, aprovação da Assembleia Muni-cipal e da Comissão de Coorde-nação de Desenvolvimento Re-gional do Alentejo.

ALCÁCER DO SAL

Aberta conta para novo quartel

A governadora civil de Setú-bal, Eurídice Pereira, visi-

tou recentemente as obras do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Águas de Mou-ra, a convite da respectiva Di-recção.

O edifício, cuja construção evolui a bom ritmo, vai custar cerca de 1,7 milhões de euros, 416 mil dos quais são comparti-cipados pela Administração

Central, e deverá estar concluí-do antes do Verão.

A visita à obra permitiu tam-bém à governadora civil intei-rar-se do facto de, por atraso no visto do Tribunal de Contas, a associação ainda não ter sido ressarcida pelo Estado do paga-mento dos dois primeiros autos do novo quartel.

Eurídice Pereira esteve tam-bém presente na cerimónia de

assinatura do contrato-progra-ma que vai permitir aos Bom-beiros Voluntários de Sesimbra construir nalmente um quartel digno desse nome na sua Sec-ção da Quinta do Conde. A obra vai avançar depois de estar ga-rantido o respectivo nancia-mento através do Eixo III � Pre-venção e Gestão de Riscos, do Quadro de Referência Estratégi-co Nacional (QREN).

ÁGUAS DE MOURA

Governadora visitou obras do quartel

Os Bombeiros Voluntários de Leiria inaugu-raram recentemente o quartel da sua

Secção de Monte Redondo. A cerimónia foi presidida pelo governador civil do distrito e natural da freguesia, Paiva de Carvalho.

Há quatro anos que os Voluntários de Leiria ocupam as instalações agora inauguradas, depois de terem estado instalados em condi-ções precárias na cave da Junta de Freguesia local.

Hoje, a Secção de Monte Redondo dispõe de 52 elementos e 12 viaturas, sete das quais para combate a incêndios orestais.

Na cerimónia, o comandante dos Voluntá-

rios de Leiria, Almeida Lopes, lembrou que, até àquele dia, em 2008, das 6300 urgências a que a corporação respondeu, 1500 foram executadas pela Secção de Monte Redondo

Almeida Lopes anunciou ainda os esforços realizados pela associação e quatro juntas de freguesia para a instalação no sul do concelho de uma nova secção, em Santa Catarina da Serra.

LEIRIA

Inaugurado quartel de Monte RedondoHá 23 anos que os Bombei-

ros de Cerva esperavam por este dia. A data de 7 de De-zembro de 2008 concretizou um velho sonho dos homens e mulheres que sempre presta-ram serviço nesta casa. Falo de um sonho que passava somente por instalações condignas, que albergassem todo o corpo acti-vo, que proporcionassem espa-ços adequados para a formação e que retirassem do relento o parque de viaturas.

A luta por esta causa, para além do empenho das direcções desta associação humanitária, envolveu também o poder local, através da Junta de Freguesia de Cerva e da Câmara Municipal de Ribeira de Pena � nomeada-mente os seus dois últimos exe-cutivos �, mas contou ainda com o apoio dos órgãos do Go-verno.

Na hora da cerimónia, a par do responsável máximo do Mi-nistério da Administração Inter-na, o ministro Rui Pereira, tam-bém o governador civil de Vila Real, o executivo municipal de Ribeira de Pena e o da Junta de Freguesia de Cerva, deputados da Assembleia da República e outras entidades civis e milita-res se associaram à festa.

Foram ainda convidados to-dos os corpos de bombeiros do distrito de Vila Real, bem como

o respectivo comandante distri-tal da ANPC. Embora ultrapas-sando as fronteiras geográ cas distritais, mas por razões de li-gação em termos operacionais, registe-se ainda a presença dos Bombeiros de Cabeceiras de Basto.�Sob condições difíceis, os

bombeiros de Cerva nunca bai-xaram os braços. Hoje, estão criadas condições que bene -ciarão, sobretudo, a popula-ção�. Foi com estas palavras que o comandante �Juca� (Jor-

ge Campos), dos Bombeiros de Cerva, assinalou no seu discur-so este momento muito impor-tante da história da corpora-ção.

Mesmo perante um céu car-regado, que passou da ameaça à concretização de chuva num ápice, na hora do des le, que englobou todos os corpos de bombeiros presentes, era notó-rio no rosto dos bombeiros a felicidade pela concretização deste velho sonho.

Sérgio Galante

CERVA

O almejado dia da inauguração do quartel

14 JANEIRO 2009

Os Bombeiros Voluntários de Setúbal dispõem de um

contentor para recolha de resí-duos eléctricos instalado na parada do seu quartel.

Essa instalação prende-se com protocolo estabelecido en-

tre os bombeiros e a Associação Portuguesa de Gestão de Resí-duos de Equipamentos Eléctri-cos e Electrónicos (Amb3e).

Por cada tonelada de resídu-os recolhida, os bombeiros re-ceberão uma comparticipação,

prevista no protocolo, o primei-ro celebrado no distrito de Se-túbal entre a Amb3e e uma corporação de bombeiros, com base num acordo estabelecido com a Liga dos Bombeiros Por-tugueses.

SETÚBAL

Bombeiros recolhem resíduos eléctricos

António Rodrigues tomou posse recentemente como comandante dos Bombeiros Voluntários

da Pontinha. Anteriormente, desempenhava as funções de 2.º comandante.

A cerimónia foi simples, mas cheia de signi ca-do, pois foi entregue ao vice-presidente da asso-ciação, Carlos Costa, um cheque no valor de 100 mil euros para a aquisição de equipamentos e veículos, ao abrigo do protocolo de cooperação estabelecido entre o munícipio e as corporações de bombeiros do concelho. A entrega que foi rea-lizada por Susana Amador, presidente da Câmara Municipal de Odivelas.

Nesta cerimónia estiveram presentes outras entidades, como Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, um represen-

tante do Governo Civil de Lisboa, o comandante distrital da ANPC, Elísio Oliveira, autarcas locais e representantes de forças militares e policiais.

Sérgio Santos

PONTINHA

Novo comandante empossado

Os Bombeiros Voluntários de Vizela inauguraram recen-

temente a ampliação das suas instalações, procederam à to-mada de posse do seu novo 2.º comandante, Paulo Oliveira, e à promoção a bombeiros de 3.ª classe de seis novos elemen-tos.

As cerimónias decorreram na presença do presidente da Câ-mara Municipal de Vizela, bem como de representantes da Au-toridade Nacional da Protecção Civil, da Liga dos Bombeiros Portugueses e Federação dos Bombeiros de Braga.

Os novos espaços destinam-se a gabinetes de che a, a ga-binetes médicos e de enferma-gem, assim como a salas para formação e a uma área de mu-seu, onde irão ser expostas as viaturas simbólicas da associa-ção.

Após a tomada de posse do 2.º comandante, decorreu a cerimónia de compromisso dos seis novos elementos: Diogo Leite, João Pedro Costa, Ivo Araújo, Francisco Ribeiro, David Silva e Fábio Castro.

VIZELA

Inaugurada ampliação das instalaçõesOs Bombeiros Voluntários

de Portimão aproveita-ram a passagem do seu 82.º aniversário para inaugura-rem uma nova central de comunicações avaliada em 70 mil euros, entre equipa-mento e obras de adaptação do local.

Outro ponto alto das co-memorações foi a atribuição do Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao presidente da As-sembleia-Geral da associa-ção, Américo Furtado Ma-teus, à Câmara Municipal de Portimão e aos bombeiros João Rosa Rodrigues e José António Matias Ramos. A distinção foi entregue pelo presidente da LBP, Duarte Caldeira, e, a convite deste, pela governadora civil de Faro.

Foram ainda galardoados pela Liga, com a Medalha de Prata de Serviços Distintos, a funcionária da associação Maria do Rosário Filipe e o empresário local Miguel Cus-tódio Cavaco.

Procedeu-se também à atribuição de medalhas de assiduidade da LBP a diver-sos elementos do corpo de bombeiros, por 10, 15, 20 e 30 anos de bons serviços prestados à comunidade.

PORTIMÃO

Inaugurada nova central de comunicações

A Associação Industrial Portu-gue sa � Con fede ra ç ão

Empresarial/Feira Internacional de Lisboa (AIP-CE/FIL) vai rea-lizar, entre 18 e 21 de Março, a 13.ª Edição do Segurex � Salão Internacional da Protecção e da Segurança.

Conforme aconteceu nas edi-ções anteriores, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) volta a estar representada, in-clusive com a organização de um debate sobre incêndios ur-banos.

O salão continua a ser uma referência a nível ibérico, alter-nando com o acontecimento do mesmo género promovido em Madrid, e é o único do sector em Portugal.

Segundo os organizadores, �trata-se de um salão global e

transversal a todos os sectores da segurança, prevenção e pro-tecção, nas suas distintas mani-festações de �security� e �safety��.

Na edição de 2009, o Segu-rex aposta em novas áreas te-máticas: a segurança rodoviá-ria, a condução segura, o trans-porte de pessoas e crianças e a segurança alimentar.

No programa de manifesta-ções paralelas ao certame, no qual a LBP participa, incluem-se também o Espaço Inovação e o Espaço de Demonstrações.

SEGUREX 2009

Liga volta a estar presente

16 JANEIRO 2009

Com recados ao poder político e ao sector dos bombeiros,

Duarte Caldeira lembrouas palavras de Ano Novo

do Chefe de Estado,segundo as quais

não é com con itos desnecessários que se

resolvem os problemasdas pessoas. Nesta fase

da vida do País,devemos evitar divisões

inúteis�. Uma mensagem deixada na cerimónia

de tomada de possedos novos órgãos sociais

da LBP, realizadaem Esposende, no passado

dia três de Janeiro.

Texto: Patrícia Cerdeira

No discurso de tomada de pos-se, Duarte Caldeira, o recém-eleito presidente da Liga dos

Bombeiros Português (LBP), referiu que a boa gestão dos recursos à dis-posição das organizações constitui, actualmente, �um imperativo ético� de todos os que nelas exercem fun-ções dirigentes.

Acrescentou o responsável que �a mencionada boa gestão é fortemen-te condicionada pela qualidade dos recursos humanos e pela forma e atitude com que estes agem e inte-ragem�, uma ideia que o dirigente vem repetindo nos últimos meses. Questionado pelo �BP�, sobre quem são os destinatários da mensagem, Duarte Caldeira sublinha que as pa-lavras deixadas em Esposende não têm um destinatário �especial�.

�Pretendo com esta focalização na problemática da gestão -- melhor dizendo, da boa gestão -- alertar os dirigentes das nossas estruturas que já não há tempo para o primado do �desenrascanço� e que o tempo é de planeamento, organização e acção�. Ainda segundo o dirigente, o objecti-vo passa por sensibilizar para a ne-cessidade de não �confundirmos

gestão associativa e voluntário com amadorismos irresponsáveis ou exercício de poder pessoal�.

Já no nal do mesmo discurso, o presidente da LBP evocou Cavaco Silva, lembrando parte da mensa-gem de Natal do Presidente da Re-pública aos portugueses, na qual ele referiu que �não é com con itos des-necessários que se resolvem os pro-blemas das pessoas. Nesta fase da vida do País, devemos evitar divi-sões inúteis�.

Sobre a necessidade de evocar Cavaco Silva, Duarte Caldeira lem-bra os hipotéticos con itos �gerados por ímpetos de natureza politico-partidária, muito perigosos num ano de três actos eleitorais�, esclarece.

No decorrer da cerimónia, que fez encher o Auditório Municipal de Es-posende, o ministro da Administra-ção Interna dirigiu-se a uma plateia de dirigentes e operacionais, prome-tendo que, já este ano, cará con-cluído um pacote legislativo com in-teresse para os bombeiros portugue-ses, nos domínios dos contratos de trabalho, doenças e acidentes pro s-sionais e seguros pessoais.

�A Secretaria de Estado da Pro-

tecção Civil, em colaboração com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), está a ultimar os novos regi-mes jurídicos dos contratos de tra-balho entre as associações humani-tárias e o pessoal ao serviço, da protecção nas doenças pro ssionais e acidentes em serviço de volunta-riado, da boni cação do tempo de serviço e de um seguro acidentes pessoais�, adiantou Rui Pereira. O ministro garantiu que o Estado con-tinua a �apostar forte� na valoriza-ção do sector da protecção civil, lembrando que, até 2013, serão in-vestidos 150 milhões de euros de verbas comunitárias e 45 milhões do orçamento nacional em infra-estru-turas e reequipamento.

�Hoje temos uma parceria de so-nho e responsabilidade com os bom-beiros para dar mais e melhor pro-tecção civil a Portugal�, a rmou, fri-sando que, �para o conseguir, houve que apostar na edi cação de um quadro normativo estável e consen-sual e de um modelo claro de nan-ciamento�.

�A segurança faz-se de forma in-tegral e global, pois integra os desa- os do ambiente, das catástrofes e

desastres�, realçou o ministro, lem-brando que �os bombeiros são uma peça de proximidade fundamental no sistema de protecção civil�.

Sobre a �relação de sonho� a que Rui Pereira se referiu, Duarte Caldei-ra prefere encará-la como uma �ex-pressão poética�, sublinhando que a parceria que a LBP tem com o Minis-tério da Administração Interna resul-ta da parceria estabelecida, desde há muito, com os portugueses. �Esta sim é uma parceria de sonho�, sa-lientou o dirigente. �As demais par-cerias são consequências desta, e, quanto mais produtivas, melhor�.

Questionado sobre qual o balanço que faz destes quatros anos de le-gislatura PS, o responsável máximo da Confederação lembra que só ago-ra se iniciou o último ano da legisla-tura, sendo por isso �cedo para ba-lanços�.

A curto prazo, a LBP aguarda que �se faça muita coisa�. Já quanto a dizer se o Governo fez o que pôde, ou se podia ir mais longe, Duarte Caldeira responde: �Acho que o Go-verno podia ter ido mais longe, no-meadamente se tivesse feito melhor o que já foi feito�.

ÓRGÃOS SOCIAIS DA LBP ELEITOS

Duarte Caldeira rea rma que chegou

17JANEIRO 2009

EM POMBAL JÁ ESTÃO EM FUNÇÕES

u ao m o tempo do �desenrascanço�

18 JANEIRO 2009

Texto: Sérgio Santos

As comemorações do 60.º aniversário da Associação

Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários do Entroncamento fo-ram realizadas no passado dia 10 de Janeiro, e contaram com a romagem ao cemitério, um des le apeado e motorizado e a recepção às entidades convida-das, onde o corpo activo de-monstrou o brio com que en-verga a farda.

Dado início a sessão solene, o comandante João Pombo real-çou a dedicação do corpo activo na obtenção de formação e fri-sou as necessidades do ingres-so de novos elementos na cor-poração, da reformulação do quartel e da aquisição equipa-mentos de protecção individual (EPI) e de veículos de combate a incêndios urbanos/industriais, bem como de equipamento para intervenções em acidentes rodoviários/ferroviários.

O presidente da Direcção congratulou-se com o protocolo

realizado com a REFER e com juntas de freguesias locais, e agradeceu o apoio nanceiro prestado pela autarquia, que possibilitou a aquisição de uma nova ABTM, apadrinhada por Jéssica Grilo e pelo subchefe Manuel Martinho.

Foram ainda condecorados diversos bombeiros com meda-lhas da Liga dos Bombeiros Portugueses, pelo tempo que dedicaram ao voluntariado, e procedeu-se ainda à promoção de cinco novos elementos a bombeiros de 3.ª classe.

Das entidades convidadas, destacam-se o representante do Governo Civil de Santarém, o presidente da Câmara Munici-pal do Entroncamento, Jaime Ramos, o 2.º comandante dis-trital, Rui Natário, um represen-tante da Liga dos Bombeiros Portugueses, o comandante Paulo, da Federação de Bombei-ros de Santarém, entidades militares e representantes de corporações de bombeiros do distrito.

ENTRONCAMENTO

Nova ambulância em aniversário

Marta Cunha

Os responsáveis das Asso-ciações dos Bombeiros do

distrito de Viana do Castelo reuniram no passado dia 21, sexta-feira, pelas 22 horas, no edifício dos Bombeiros Volun-tários de Arcos de Valdevez para discutirem o Regulamento Interno dos Bombeiros.

Reunidos estiveram os co-mandantes e presidentes das Associações de Bombeiros à excepção de Vila Praia de Ân-cora e Viana do Castelo tendo sido a reunião sobre o regula-mento interno dos Bombeiros presidida pelo Comandante do

Quadro de Honra, Mário Acúr-cio de Arcos de Valdevez.

Na palestra foram debatidas as normas do regulamento in-terno para que todos os corpos de bombeiros do distrito este-jam em uníssono sendo que trabalham próximos e o ideal será estarem todos congrega-dos.

De acordo com Mário Araújo comandante da corporação arcuense �temos que ajustar a realidade dos corpos dos bom-beiros a esta nova legislação, e como está a suceder tudo de forma tão rápida e com altera-ções radicais estamos com di- culdades em fazer esse ajus-

tamento logo a única maneira de colmatarmos essas di cul-dades é reunirmo-nos como foi o que aqui aconteceu hoje�. Sobre a nova legislação subli-nhou que �por um lado as xia

o voluntariado e por outro tenta pro ssionalizar mais os corpos dos bombeiros volun-tários, que é uma boa inova-ção para a Protecção Civil, pois quanto maior for o pro s-

sionalismo melhor e é isso que o Governo tem tentado fazer e nós temos de nos tentar ajus-tar�.

Por sua vez, Pedro Marinho, Presidente dos BVAV mencio-nou que com esta reunião �dis-cutiu-se a de nição do Regula-mento Interno dos Bombeiros de modo a que não haja um regulamento com um formato em Arcos de Valdevez e outro regulamento com um formato diferente noutra corporação próxima. Entendeu-se assim numa reunião que decorreu em Barcelos promovida pela Autoridade Nacional de Protec-ção Civil onde se juntaram 90

comandantes e presidentes da área Norte, que fosse feita uma reunião para se de nir no fundo um pouco do que o regu-lamento pode exigir�.

No nal o responsável repor-tou-se ainda sobre o Regula-mento Interno como sendo �muito extenso e foi formatado num conceito geral, mas o que é certo é que existem algumas alterações impostas que de-vem ser discutidas pelos co-mandos. Considero porém que se todos os corpos dos bom-beiros estiverem unidos e com o mesmo regulamento as coi-sas são mais fáceis e funcio-nam com maior coerência�

ARCOS DE VALDEVEZ

Discutida nova legislação interna dos Bombeiros

Em dia de festa,

José Bastos prometeu

obras de alargamento

e bene ciação no quartel

dos Bombeiros Voluntários

de Vale de Cambra.

Texto: Vera Tavares

Nas cerimónias do 49º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vale de

Cambra (AHBVVC) em simultâneo com o Dia Municipal do Bombeiro, o presidente da Câmara Municipal deixou um presente aos �soldados da paz� valecambrenses e seus directores, anunciando que �a au-tarquia já se encontra a elaborar um es-tudo prévio para o alagamento deste quartel, que já é pequeno para todos vós�.

José Bastos, edil valecambrense, subli-nhou ainda que �este quartel está muito bem posicionado apenas temos de rever a sinalização desta rua para que che-guem mais rápido a alguns acessos. Mas é, efectivamente, pequeno para tantos homens e mulheres. E o sector feminino precisa de iguais condições também �.

O responsável da autarquia valecam-brense salientou, ainda, que �este Dia Municipal do Bombeiro, que surgiu há três anos, é a melhor forma de reconhe-cermos a dedicação e empenho de todos os voluntários desta corporação, que de-sinteressadamente saem das suas casas e dos seus lares, a qualquer hora, para salvar os outros ou os seus bens�.

Já António Augusto, presidente da AHBVVC, agradeceu o apoio que todos os beneméritos da Associação têm dado, salientando o facto da ARSOPI ter ofere-cido mais uma ambulância de cuidados intensivos, que vem, segundo este res-ponsável, colmatar algumas lacunas no parque automóvel da corporação. O pre-sidente da Associação agradeceu, ainda, todo o esforço do corpo activo e elemen-tos da corporação em prol da comunida-de que servem. �Contrariando a orienta-ção da tutela, não vamos aceitar que di-reccionem a estrutura dos Bombeiros, quase em exclusivo, para a vertente do socorro. Também lá estamos, mas não vamos esquecer as populações em risco social�, sublinhou o presidente da AHB-VVC.

DIA DE FESTA NOS BOMBEIROS VALECAMBRENSES

Obras de alargamento breve

Dois grandes amigos da AHBV de Vale de Cambra foram reconhecidos pela

autarquia e pelos órgãos sociais da co-lectividade. O valecambrense Orlando Aguiar, irmão do adjunto de comando Filipe Aguiar, e o comandante suíço, Jean Daniel Luthi, foram acarinhados pela corporação durante a sua passa-gem por Vale de Cambra. Gratos por tudo o que ambos zeram para ajudar os �soldados da paz� da Suíça portugue-sa, com a oferta de vário equipamento de protecção individual e, ainda, muito material de desencarceramento, ambos viram xadas as suas fotos no salão no-bre da instituição, junto de outros bene-méritos.

AMIGOS RECONHECIDOS...

Orlando Aguiar e Jean Daniel Luthinão foram esquecidos

Ambulância �topo de gama�...Em dia de festa e aniversário, a em-

presa valecambrense ARSOPI ofere-ceu uma ambulância de cuidados inten-sivos à corporação do seu concelho.

Na expectativa de colmatar ainda al-gumas falhas existentes no parque de viaturas, esta ambulância recém-chega-da é uma mais valia para quem serve a sua população desinteressadamente. Contudo, António Augusto admite que

AHBVVC necessita de uma outra viatura 4x4.

19JANEIRO 2009

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valadares comemorou

recentemente o seu 94.º aniversário.Na sessão que decorreu no quartel, pro-

cedeu-se ao compromisso e juramento de 19 bombeiros estagiários. Curioso é que 12 deles são mulheres, fenómeno que começa a ser frequente nas associações de bombei-ros.

Segundo o comandante Barros Loureiro, �depois de cerca de um ano de instrução

intensiva, estes estagiários, que frequenta-ram a �Escola de Bombeiros 2.º Comandan-te António Rodrigues�, estão agora aptos para o socorro nas diversas valências, que vão desde a assistência pré-hospitalar, como tripulantes de ambulância de trans-porte, ao ataque a incêndios urbanos, in-dustriais e orestais, integrados em equi-pas che adas por bombeiros mais gradua-dos�.

No âmbito do aniversário, foram tam-

bém apresentadas duas viaturas: uma restaurada, que servirá para desencarce-ramento, e outra destinada a operações especiais.

Durante a sessão solene, presidida por Guilherme Aguiar, vereador da Câmara Mu-nicipal de Gaia responsável pela Protecção Civil, o presidente da Direcção da institui-ção, Manuel Monteiro, expressou o seu re-conhecimento em relação à colaboração prestada pelo município.

VALADARES

Dos 19 novos bombeiros, 12 são mulheres

Na nossa última edição, demos nota da tomada de posse do novo comandante dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras,

José Júlio Pereira, cerimónia integrada nas comemorações do 110.º aniversário da associação.

Além dos órgãos sociais, do corpo activo e da presidente da Câ-mara Municipal, Fátima Felgueiras, estiveram também presentes outras entidades, nomeadamente o presidente da Assembleia Mu-nicipal, Orlando Sousa, e o comandante distrital de socorro, Teixei-ra Leite.

Hoje, registamos em foto a referida cerimónia.

FELGUEIRAS

Posse do novo comandante

Os Bombeiros Voluntários da Cruz Branca de Vila Real estiveram de parabéns pelos seus 112 anos de existên-

cia. As comemorações do seu aniversário iniciaram-se no dia 6 de Janeiro, data da fundação, com um des le pelas princi-pais ruas da cidade, seguindo-se a apresentação do projecto do futuro quartel, que será construído na zona das Flores.

A festa teve o seu ponto alto no m-de-semana. No sába-do, após uma romagem aos cemitérios onde estão sepulta-dos bombeiros, realizou-se a tradicional prova de atletismo � o 12.º Grande Prémio dos Reis.

No domingo, dia 11 de Janeiro, as festividades iniciaram-se com o hastear solene da bandeira em formatura geral, seguido da visita dos cemitérios de Santa Iria e S. Dinis e do toque de alvorada aos corpos sociais.

A recepção aos convidados contou com a presença do vice-presidente do INEM, o qual, em nome dessa instituição, assinou um protocolo com os Bombeiros da Cruz Branca de Vila Real para a cedência de uma viatura do instituto, que foi benzida após a solene eucaristia, realizada na Capela Nova.

Em formatura geral, os Bombeiros da Cruz Branca apre-sentaram cumprimentos à Câmara Municipal de Vila Real e ao Governo Civil do distrito de Vila Real.

As comemorações contaram, ainda, com um almoço-con-vívio no Hotel Miracorgo, onde todos os elementos da Cruz Branca, bem como os seus directores e convidados, foram presenteados com um CD que mostra vários momentos da vida desta corporação, desde a sua fundação até à actualida-de.

O programa festivo nalizou-se com um baile de convívio, no quartel-sede dos bombeiros.

VILA REAL

Cruz Branca comemorou112 anos de vida

Texto: Sérgio Santos

Fotos: Filipe Oitavem

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arraiolos comemorou no dia 4 de Janeiro o seu 75.º aniversário.

Foi com as devidas formalidades, destacando-se a formatura geral, demonstrativa do brio e disciplina do corpo activo, que a associação quis marcar esta efeméride. Foi ainda lembrada a sua história, através da recordação de antigos bombeiros e dirigentes, e agradeceu-se às entidades públicas e privadas que têm contribu-ído das mais diversas formas para o engrandecimento da institui-ção.

Todas estas lembranças foram feitas pelo presidente da Direc-ção, Luís Gomes, que terminou a sua intervenção congratulando-se com a oferta de uma ABTM, juntamente com o seguro da viatura pelo período de um ano, feita pelo benemérito Honório Canelas. �Gestos nobres�, referiu o comandante António Cardoso, que vêm preencher uma lacuna no transporte de doentes. Da mesma forma,

foi ainda referido o apoio da autarquia de Arraiolos, sem o qual não seria possível o bom funcionamento da corporação.

Tratando-se das Bodas de Diamante da associação, foram várias as condecorações a entidades e, em especial, a bombeiros, que receberam medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses e da as-sociação pelos anos dedicados à causa do voluntariado.

Destaque para o subchefe Torcato, que lutou pela causa ao longo de 47 anos, sempre com distinção e aprumo, e que passou nesta data ao Quadro de Honra, e à condecoração do estandarte da as-sociação com a Medalha de Protecção e Socorro, Grau Prata � Dis-tintivo Azul, imposta pelo secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros.

Das entidades convidadas, destacam-se a governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, o presidente da Câmara Municipal de Ar-raiolos, Jerónimo dos Loios, Susana Silva, da ANPC, Adriano Capo-te, da Liga dos Bombeiros Portugueses, o presidente da Federação de Bombeiros de Évora, representantes da GNR e de corporações de bombeiros do distrito.

ARRAIOLOS

Bodas de Diamante

Contamos hoje com mais detalhe

os factos que condu-ziram à oferta, aos Bombeiros Voluntá-rios de Sines, de uma ambulância de socor-ro e cuidados intensi-vos integralmente custeada por uma associada.

Mariana Cruz, de 53 anos, sócia dos Voluntários de Sines desde 1984, tinha prometido a si mesma, ao enfrentar um pro-blema de saúde, que daria um presente generoso à sua asso-ciação de bombeiros � no caso, suportando os custos de uma �super�ambulância�, como fez questão de realçar quando o anunciou aos bombeiros.

Assim pensou e assim o fez, concretizando essa intenção na recente passagem do aniversá-rio da instituição.

Este é um bom exemplo, dado por uma benfeitora num período de crise e inde nição, em que gestos como este permitem ganhar alento e coragem para vencer as di culdades.

A nova ambulância está apetrechada com equipamento topo de gama, desde um monitor automático e portátil para parâmetros vitais, que também tem a função de electrocardiógrafo de 12 deri-vações, a um ventilador e unidade de aerosolterapia, passando

pelo des brilhador automático externo, pela seringa infusora e por câmaras de quente e frio para usos especí cos, entre outros dispo-sitivos.

SINES

Oferta de ambulância dá cumprimento a promessa

20 JANEIRO 2009

Bombeiros de Portugal (BP) � Tomou posse há cer-ca de sete meses. Começo por lhe perguntar que tipo de surpresas teve quando chegou ao Regimento de Sa-padores Bombeiros (RSB), levando em conta as suas expectativas e a imagem que tinha da �casa� enquan-to observador externo?

Joaquim Leitão (JL) � Como é sabido, em 2005 come-cei uma nova caminhada na minha carreira quando fui no-meado pelo Exército Português para acompanhar o senhor ge-neral Ferreira do Amaral numa estrutura criada pela Resolução n.º 88-A/2005 do Conselho de Ministros, a Autoridade Nacio-nal para os Incêndios Florestais (ANIF), com o objectivo de de-senvolver um conjunto de ini-ciativas que melhorassem a ca-pacidade de planeamento e a coordenação de acções que as-segurassem uma adequada e efectiva colaboração entre to-dos os intervenientes nas ope-rações de vigilância, aviso, de-tecção, alerta, combate e res-caldo aos incêndios orestais, através de uma direcção, lide-rança e coordenação coesas, e cazes e integradas.

A ANIF tomou posse em 11 de Maio de 2005 e, em 25 de Outubro do mesmo ano, apre-sentou um relatório nal que, partindo das falhas ou carên-cias detectadas, apontou as vias alternativas para as mini-mizar ou eliminar. Esse relatório foi a Conselho de Ministros em 29 de Outubro de 2005.

Cumprida esta missão, em nais de Outubro, e por despa-cho do então Secretário de Es-tado da Administração Interna,

Dr. Ascenso Simões, fui desta-cado para o seu gabinete para colaborar na elaboração do Pla-no Nacional de Defesa da Flo-resta contra Incêndios (PNDF-CI), documento estruturante para o sector, tarefa que decor-reu entre Novembro de 2005 e Fevereiro de 2006.

Nessa data, e por proposta do presidente da actual Autori-dade Nacional de Protecção Ci-vil (ANPC), major-general Ar-naldo Cruz, fui nomeado, em comissão de serviço, para o exercício do cargo de 2.º co-mandante operacional nacional do Comando Nacional de Ope-rações de Socorro, cargo que desempenhei até ao dia da mi-nha tomada de posse como co-mandante do RSB.

Não me considero, por isso, um observador externo, dado que, desde 2005, sempre incor-porei o Regimento de Sapado-res Bombeiros (RSB) em todos os trabalhos que desenvolvi, dado o importante lugar que este ocupa no âmbito da pro-tecção e socorro do nosso país. Penso que ninguém tem dúvi-das da importância e do enor-me potencial desta grande casa, que tem mais de seis sé-culos de história a servir o cida-dão.

BP � Quando foi convida-do pelo Dr. António Costa para assumir o comando do regimento, o que lhe pediu o presidente da Câmara Muni-cipal de Lisboa (CML)?

JL � O senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, explicou-me o projecto e disse-me que gosta-ria que eu assumisse o coman-do do Regimento de Sapadores Bombeiros. Dado que eu con-

cordava inteiramente com o projecto apresentado, não tive qualquer dúvida na decisão que tinha de tomar. De referir ainda a grande responsabilidade e honra que senti ao ser convida-do pelo senhor presidente da CML para esta prestigiante fun-ção.

BP � Que condições colo-cou para aceitar o cargo?

JL � Aceitei o cargo de co-mandante do RSB pelo mesmo motivo que aceitei os cargos anteriores: pelo projecto, pelas pessoas que me lançaram o de-sa o e pela rme convicção de que poderia dar um contributo importante. Foi-me explicado o projecto e eu aceitei.

BP � Foi várias vezes tor-nada pública a opinião de que o RSB vivia à margem do sistema de protecção ci-vil. Sentiu isso quando to-mou posse em Junho?

JL � Como já antes referi, o RSB tem 613 anos de história ao serviço do cidadão, donde, só por isso, não pode ser consi-derado que vivia à margem do sistema de protecção civil.

O que eu penso é que, consi-derando a entrada em vigor da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, que aprovou a Lei de Bases de Protecção Civil; a criação do Sistema Integrado de Opera-ções de Protecção e Socorro (SIOPS), onde estão de nidos os princípios de organização e funcionamento do sistema de coordenação, comando, contro-lo e comunicações dos agentes de protecção civil e socorro; o papel fundamental do RSB no planeamento, coordenação e execução das acções de protec-ção e socorro no município de Lisboa; o enquadramento insti-

tucional e operacional da Pro-tecção Civil no âmbito munici-pal e as competências e a arti-culação operacional do coman-dante operacional municipal no que, em especial, se refere ao município de Lisboa, previsto na Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, em que atribui, por inerência, ao comandante do RSB as funções de comandante operacional municipal, revela-se fundamental assegurar a melhor coordenação operacio-nal entre o RSB e o Comando Nacional de Operações de So-corro (CNOS), sem prejuízo das competências da Câmara Muni-cipal de Lisboa e da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

É esta falta de coordenação que estamos a resolver, estan-do já preparado um protocolo para ser assinado entre a Câ-mara Municipal de Lisboa e a Autoridade Nacional de Protec-ção Civil, em que ambas as en-tidades se comprometem a es-tabelecer, disponibilizar e utili-zar os mecanismos e instru-mentos necessários à melhor coordenação operacional entre o RSB e o CNOS/ANPC no âmbi-to das operações de protecção e socorro. Era um passo funda-mental, que felizmente foi ago-ra possível.

BP � Já fez saber que a integração do maior corpo de bombeiros da cidade no sistema integrado de pro-tecção civil é uma das suas principais prioridades. Como tem estado a desenvolver esse objectivo?

JL � Como é sabido, tomei posse do cargo de comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa em 23 de Junho de 2008. Desde essa

data temos vindo a desenvol-ver, dia após dia, uma maior articulação e envolvimento ope-racional com os corpos de bom-beiros voluntários (CBV) e os agentes de protecção civil (APC) da cidade de Lisboa, os serviços da CML e o CNOS/ANPC. Neste âmbito, o RSB está a trabalhar no sentido de estabelecer, disponibilizar e uti-lizar os mecanismos e instru-mentos necessários à melhor coordenação operacional entre a sua Sala de Operações e a Sala de Operações do CNOS/ANPC, no âmbito das operações de protecção e socorro.

Estamos também já a estru-turar a ligação dos CBV do con-celho de Lisboa e de todos os APC ao RSB. O RSB tem hoje um o cial de ligação junto da ANPC, onde semanalmente co-labora nos �brie ngs� do Co-mando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), permitindo assim uma maior articulação ao nível do planeamento e da co-ordenação institucional, com re exos muito importantes no resultado da nossa intervenção operacional.

Pretende-se, também, que esta colaboração com a ANPC se alargue às actividades de formação, nos termos de um plano anual de formação a acordar entre as partes. De re-ferir ainda que o RSB propôs à ANPC a constituição do módulo de busca e salvamento médio (constituído com meios do RSB, CBV e PSP) e a constituição do módulo de busca e salvamento em ambiente NRBQ (constituí-do com meios do RSB e INEM).

Por despacho de 29 de Se-tembro de 2008 do senhor se-cretário de Estado da Protecção

Civil, Dr. José Miguel Medeiros, foi sancionado o seu registo no sistema CECIS da Comissão Eu-ropeia. Estes meios poderão, ainda, integrar-se na Reserva Estratégica Nacional, a consti-tuir pela ANPC, com níveis de prontidão de 4 horas e com ca-pacidade de projecção nacional ou internacional para períodos de 24 sobre 24 horas durante 7 dias.

BP � Que tipo de papel preconiza para o regimento no contexto do sistema?

JL � O RSB, sendo a maior unidade de bombeiros do País, com formação altamente espe-cializada nas áreas da protec-ção e socorro, com um �know-how� único no contexto nacio-nal, deverá ter um papel cor-respondente à sua capacidade técnica, quer de recursos hu-manos, quer de equipamentos especiais para a intervenção, não só na cidade de Lisboa, mas também no País.

Este regimento tem na sua história um desempenho único a nível nacional, mas também em cenários de emergência in-ternacional, pois, sempre que estivemos em cenários de ca-tástrofe em diversos países, fo-mos apontados como uma refe-rência. Por isso, deverá reforçar esta posição, integrando, sem-pre que solicitado e autorizado pelo senhor presidente da CML os dispositivos criados.

BP � Recentemente, o RSB esteve envolvido num exer-cício de protecção civil de âmbito nacional � o PROCIV IV. Que percepção teve da ligação que é exigida aos patamares nacional, distri-tal e municipal? Correu bem?

CORONEL JOAQUIM PEREIRA LEITÃO, COMANDANTE DO REGIMENTO

Só aceitei o desa o por ter sidoAs mudanças que já se realizaram,

e outras que se avizinham, no Regimento de Sapadores de Bombeiros (RSB)

de Lisboa foram um dos temas abordados na entrevista que o seu novo comandante,

coronel Joaquim Pereira Leitão,concedeu ao �BP�.

Uma dessas mudanças corresponde também a um novo relacionamento

com as associações de bombeiros voluntários da capital.

Durante a entrevista, o comandante do RSB fez questão de estar ladeado

pelos seus colaboradores mais próximos:o chefe principal Francisco Carrondo,

responsável pelas operações,e dois elementos de apoio ao seu gabinete,

o chefe de 1.ª classe Eliodoro Nevese o subchefe de 1.ª classe José Mateus.

Entrevista: Patrícia Cerdeira

Fotos: Rogério Oliveira

21JANEIRO 2009

JL � O exercício PROCIV IV/2008 tinha como principais ob-jectivos a articulação operacio-nal entre os vários intervenien-tes, testar a estrutura de co-mando e controlo e a arquitec-tura dos sistemas de comando, comunicações e apoio, e ainda a capacidade de resposta de todas as entidades envolvidas.

Neste exercício, em que o comandante do RSB, enquanto comandante operacional muni-cipal (Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro) se articulou perma-nentemente ao nível do planea-mento e execução com o CNOS/ANPC, estes objectivos foram amplamente conseguidos, tan-to no terreno como no Posto de Comando Operacional Conjunto (PCOC) da cidade de Lisboa.

O RSB, em coordenação com o Departamento de Protecção Civil, desenvolveu um planea-mento adequado à participação dos agentes de protecção civil (APC) da cidade de Lisboa no referido exercício, destacando-se, entre outras entidades, a Polícia Municipal, o INEM, a GALP, a Cruz Vermelha Portu-guesa, a Santa Casa da Miseri-córdia de Lisboa, a Lisboa Gás, a Polícia Marítima, a EPAL, a EDP, a PSP, a APL, o LNEC, a PT, o SEF, a Faculdade de Ciências, a Parque Expo, o Instituto de Medicina Legal, o Metropolitano de Lisboa, o Instituto de Tecno-logia Nuclear, a PJ, o Exército Português, o Instituto Superior de Agronomia e a Autoridade Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

No âmbito do mesmo planea-mento, pretendeu-se, ainda, estender o exercício PROCIV IV, de forma controlada, até 60 en-tidades públicas e privadas que, no âmbito da gestão de segu-rança, possuíssem os respecti-vos planos de emergência inter-nos (PEI) actualizados.

Testar um cenário com esta tipologia � risco sísmico � care-ceu também do envolvimento

dos senhores presidentes das juntas de freguesia, das briga-das de apoio local (BAL) consti-tuídas e dos meios da CML.

Nos meios da CML a desen-volver, destacamos, entre ou-tros, a Direcção Municipal de Projectos e Obras, a Direcção Municipal de Gestão Urbanísti-ca, o Departamento de Acção Social, a Direcção Municipal de Ambiente Urbano e a Direcção Municipal de Conservação e Re-abilitação Urbana.

A montagem dos diversos cenários (12 cenários nos três dias) implicou a mobilização de pessoas para gurantes, entre bombeiros sapadores, estudan-tes universitários de Protecção Civil, bombeiros voluntários, voluntários da CML, entre ou-tros.

Com o decorrer do exercício, e através da experiência diária,

foi não só possível uma melho-ria nos procedimentos de fun-cionamento das entidades que estiveram no PCOC (algumas das quais participaram pela pri-meira vez num exercício desta envergadura), mas ainda uma clara identi cação dos cons-trangimentos de procedimentos de comunicação entre as diver-sas estruturas.

De relevar ainda que a inter-venção em cenários de catás-trofe já faz parte da história do RSB, dado que integrou as mis-sões nacionais de auxílio às po-pulações na sequência de vio-lentos sismos, nomeadamente na Argélia (2003), Irão (2003) e Marrocos (2004). Participou ainda em exercícios conjuntos a nível europeu, como o EUROST-2005 e EULUX-2007, pelas suas reconhecidas valências nas áre-as de busca e resgate em edifí-

cios colapsados (BREC) e NRBQ.

BP � Ao contrário do que acontecia em vários mo-mentos, as ocorrências mais signi cativas que chegam á vossa central são, nesta al-tura, encaminhadas para o CNOS. Que tipo de sinal quis dar como esta medida que, à partida, até parece simples?

JL � A optimização do plane-amento e da execução da emergência só é possível atra-vés da articulação dos diferen-tes níveis e agentes. Esta preo-cupação vem dar resposta ao novo enquadramento legal nes-ta matéria e, mais concreta-mente, no que diz respeito ao estabelecimento do sistema de gestão de operações, à de ni-ção da organização dos teatros de operações e dos postos de comando, à clari cação das

competências e à consolidação da doutrina operacional.

A estruturação da resposta operacional à emergência, em qualquer momento e em qual-quer teatro de operações, com base na articulação interinstitu-cional de todos os agentes de protecção civil sob um comando único, mas sem prejuízo da res-pectiva dependência hierárqui-ca e funcional, tem que ser uma realidade no concelho de Lis-boa.

É também nesta óptica de que o RSB tem que estar em permanente coordenação ope-racional com o CNOS/ANPC, para que não só o concelho de Lisboa possa, em tempo, ter uma resposta adequada, se ne-cessário, mas também o País, como sempre, possa, também em tempo, contar connosco em todos os momentos difíceis,

compartilhando assim de forma anónima o esforço em prol da comunidade e da cidadania.

BP � Para quem não co-nhece o seu projecto, para além do objectivo acima enunciado, que outras ob-jectivos tem para o curto prazo?

JL � Estamos a trabalhar numa casa que, como já referi, tem um enorme potencial e uma grande história. Tal como foi público na minha tomada de posse (23 de Junho de 2008), foram apresentados oito eixos de actuação que consubstan-ciam e operacionalizam um plano estratégico de acção em que as sinergias do trinómio acção/investigação, formação e inovação constituem a sua prin-cipal matriz, que tem por base um programa já apresentado internamente, onde se identi -ca um conjunto de medidas que vão desde a integração do RSB no sistema nacional de protec-ção civil à revisão do regula-mento do regimento, que não é revisto desde 1940, e à mudan-ça da imagem numa lógica de proximidade ao cidadão, entre outros aspectos.

Neste momento, está já cria-do um grupo de trabalho para adequar o regulamento interno aos dias de hoje. Estamos tam-bém a tratar de um outra ques-tão, que nos pareceu muito ur-gente � o novo regulamento de uniformes �, que, face às novas exigências da missão, tem de ser actualizado, sobretudo em termos operacionais.

Há ainda um outro grupo de trabalho a estudar a criação do novo cartão de identidade dos bombeiros e funcionários do RSB, ao qual estarão associa-das diversas informações e faci-lidades, e gostaríamos de inau-gurar em breve a primeira está-tua de homenagem ao bombei-ro na cidade de Lisboa.

No âmbito das infra-estrutu-

DE SAPADORES BOMBEIROS DE LISBOA (RSB)

feito pelo presidente António Costa

(continua na página seguinte)

22 JANEIRO 2009

ras e reequipamento, está a ser preparado um projecto de rees-truturação do RSB, dando-se prioridade absoluta à nossa componente operacional.

Está igualmente em curso um outro trabalho, que se pren-de com a avaliação das necessi-dades dos corpos de bombeiros voluntários da cidade de Lisboa. O comandante do regimento é também o comandante opera-cional municipal, com as com-petências que daí advêm, e, como tal, pretendemos, no pro-cesso de avaliação das nossas necessidades, contemplar ainda as dos bombeiros voluntários. Eu próprio já visitei as suas ins-talações e z várias reuniões de trabalho com todas as corpora-ções.

De relevar, ainda, outras me-didas que o RSB tem já em de-senvolvimento, com re exo na actividade operacional da cida-de de Lisboa, onde se inserem o plano de desporto para o RSB, os programas no âmbito da se-gurança contra incêndios, a criação do Clube de Protecção Civil nas escolas do concelho de Lisboa, os prédios devolutos da cidade de Lisboa, a formação interna e externa ao RSB, a criação do Núcleo de Apoio ao Idoso da Cidade de Lisboa, a criação do curso de mergulho amador, a veri cação e carre-gamentos de garrafas e extin-tores e o museu, numa pers-pectiva do seu desenvolvimento futuro.

BP � O que pretende com a revisão do Regulamento Interno do Regimento?

A �casa� não estava ade-quada às novas realidades e exigências?

JL � Grande parte da activi-dade interna do RSB ainda se orienta por normas do Regula-mento Geral aprovado em 1940 para o então Batalhão de Sapa-dores Bombeiros.

Naturalmente que se tem fei-to uma interpretação actualista das normas ali constantes, bem como têm sido introduzidas al-terações avulsas em muitas matérias. O novo regulamento interno é uma reivindicação de há anos no RSB e constitui um instrumento indispensável para a gestão da casa no sentido de melhor desempenhar a sua missão, evitando, nomeada-mente, arbitrariedades e expe-riências dispensáveis.

Garante, por outro lado, uma linha de conduta e comporta-mento por parte de todos, che- as e subordinados, a favor da transparência e da legalidade. O grupo de trabalho constituído para o efeito apresentará e dis-cutirá com os seus pares uma proposta que, estou certo, cor-responderá às necessidades do RSB e de quem aqui trabalha.

Os trabalhos estão bastante adiantados e contam já com a contribuição de representantes de todas as organizações repre-sentativas dos bombeiros pro- ssionais do RSB (de classe e sindicais), pelo que, embora eventualmente estes trabalhos se tornem mais demorados, o produto nal deverá obter um largo consenso nos seus desti-

natários. Deseja-se, de facto, um regulamento que, sem me-nosprezar a história e tradição do RSB, permita a sua evolução e permanente actualização, de forma a poder corresponder aos desa os que a sociedade vai criando e, assim, melhor poder servir os munícipes de Lisboa. A nal, somos o maior e mais antigo corpo de bombeiros sa-padores do País.

BP � Outra das suas prio-ridades passa por uma �mu-dança de imagem na lógica de proximidade ao cidadão� � frase é sua. O regimento está longe dos lisboetas?

JL � O RSB não está, obvia-mente, longe dos lisboetas, nem dos portugueses, dado que, sempre que é solicitada a sua intervenção no concelho de Lisboa, em diversos locais do País, ou mesmo internacional-mente, é alvo dos maiores des-taques e elogios.

A mudança da imagem pre-tende introduzir uma mensa-gem de modernidade com que o RSB se quer apresentar junto do cidadão. Esta lógica vem, aliás, na lógica da moderniza-ção e do processo de aproxima-ção ao munícipe que a CML vem desenvolvendo.

BP � Quando entrou no RSB, já tinha em mãos um plano de mudança. Era claro para si o que precisava de ser alterado?

JL � Como sigo o sector mui-to de perto desde 2005, o regi-mento não era uma casa desco-nhecida para mim. Para além da sua própria especi cidade, que ainda estou a conhecer, quando entrei nesta casa já tra-zia um projecto de mudança no sentido daquilo que eu acredito ser o melhor para o RSB, para a Câmara Municipal de Lisboa e para a cidade de Lisboa. É uma casa com uma grande história e um potencial enorme.

BP � Sente os seus ele-mentos motivados? De que forma tem aproveitado as reconhecidas capacidades técnicas dos bombeiros do regimento?

JL � Face ao trabalho já de-senvolvido nestes sete meses, sinto que os pro ssionais (com e sem farda) do RSB estão mo-tivados, pois só assim era pos-sível já termos realizado as ta-

refas que, em conjunto, desen-volvemos.

Nós temos, neste momento, cerca de 10 grupos de trabalho a �projectar o regimento�, e to-dos integram bombeiros e ele-mentos não bombeiros do RSB. São todos projectos que saíram da cabeça dos pro ssionais do regimento para melhorar esta casa, e ninguém melhor do que os pro ssionais desta casa sabe como se podem utilizar os re-cursos disponíveis.

Tenho plena con ança nos pro ssionais que servem esta casa, não só na vertente do seu desempenho pro ssional, sobe-jamente conhecida e reconheci-da por todos, mas também na sua capacidade de projectar e relançar o RSB. O comandante, neste âmbito, tem tido, funda-mentalmente, a função de ouvir as pessoas, acarinhar as boas ideias/projectos e de nir as ló-gicas de desenvolvimento e co-ordenação desses mesmos tra-balhos.

BP � Já visitou os vários quartéis da cidade. São boas as condições de trabalho?

JL � O Regimento de Sapa-dores Bombeiros encontra-se instalado em 11 quartéis com a seguinte implantação territo-rial: Av. Dom Carlos (estrutura de comando, serviços de apoio e sede da 1.ª companhia); Lar-go do Regedor (estação da 1.ª companhia); Alto de Santo Amaro (sede da 2.ª compa-nhia); Monsanto (estação da 2.ª companhia); Alvalade (sede da 3.ª companhia); Carnide (estação da 3.ª companhia, centro de transmissões do co-mando e museu); Graça (sede da 4.ª companhia); Av. Defen-sores de Chaves (estação da 4.ª companhia); Chelas (escola e Companhia de Intervenção Especial); Encarnação (estação da Companhia de Intervenção Especial); Aeroporto (destaca-mento).

Da avaliação feita, veri cá-mos que alguns dos quartéis necessitam de algumas obras urgentes, acção que está a ser já planeada e/ou em execução. Contudo, num âmbito mais alargado, está a ser preparado um projecto de reestruturação dos quartéis do RSB.

No âmbito das competências do comandante operacional

municipal (COM) visitei, tam-bém, os quartéis dos seis cor-pos de bombeiros voluntários da cidade de Lisboa, a m de tomar conhecimento da sua ca-pacidade operacional, consta-tando, por isso, a sua realidade ao nível operacional, logístico e de infra-estruturas.

BP � É sabido que o co-mando do RSB vai mudar para Monsanto. Quer adian-tar pormenores?

JL � Como é sabido, a cidade de Lisboa, é constituída por 53 freguesias e ocupa uma superfí-cie de 83,84 Km2, onde resi-dem uma população xa de cerca de 600 mil habitantes e uma população utuante de mais de 1,5 milhões de pesso-as.

É evidente a relevância da cidade de Lisboa em termos políticos, económicos e sociais para todo o País: aqui se con-centram os principais órgãos de decisão e as principais institui-ções político-administrativas de governação do País, bem como as representações diplomáticas e organizações internacionais.

Do mesmo modo, ao nível económico, cumpre salientar que a Área Metropolitana de Lisboa (AML) concentra cerca de um terço do total das activi-dades económicas de Portugal continental, das quais 80% per-tencem ao sector terciário, cor-respondendo a uma parte signi- cativa do tecido económico nacional. A riqueza produzida na AML e concelhos limítrofes representa um valor de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), tendo absorvido 45% do inves-timento total realizado no terri-tório do Continente.

Acresce ainda a localização de sedes e liais de instituições bancárias, seguradoras e de outras empresas, tanto nacio-nais como estrangeiras, assim como a própria Bolsa de Valores de Lisboa, importante pólo de gestão nanceira da vida eco-nómica nacional, pelo que se constitui como o centro nan-ceiro e económico mais impor-tante do País.

De um ponto de vista cultural e simbólico, alguns dos princi-pais e mais importantes recur-sos nacionais, nomeadamente em investigação, ciência, edu-cação e desenvolvimento tec-

nológico, têm também a sua localização na cidade de Lisboa. O peso que esta região repre-senta no contexto nacional é, por isso, indiscutível.

A complexa rede de infra-es-truturas, nas suas mais varia-das dimensões, abrange o abastecimento, saneamento e rede viária, para além das infra-estruturas portuárias e aero-portuárias, de importância cen-tral para o País.

Acrescem, ainda, as zonas residenciais, de características marcadamente heterogéneas e com diferentes tipologias urba-nas e construtivas, pontuadas com graus de vulnerabilidade e de risco distintos.

A responsabilidade legal no âmbito da prestação do socorro em caso de incêndios, inunda-ções, desabamentos, abalroa-mentos e em todos os aciden-tes, catástrofes ou calamidades no município de Lisboa cabe ao Regimento de Sapadores Bom-beiros, pertencente à estrutura orgânica da CML, que, em cola-boração com os CBV da cidade de Lisboa, vem dando a respos-ta adequada.

O RSB tem os seus 11 quar-téis estrategicamente colocados na cidade de Lisboa, a m de acorrer a todas as situações de socorro de uma forma célere, estando atribuído a cada um deles uma área de intervenção perfeitamente de nida, que permite responder a toda as solicitações dentro de prazos de intervenção estabelecidos e aceites.

A execução das operações de socorro assenta, para além de outros factores, no tempo míni-mo de resposta. A dispersão territorial é fundamental para o cumprimento deste factor.

A cidade de Lisboa encontra-se numa zona sísmica de risco elevado, onde são identi cadas três subzonas de risco para magnitudes 7, 8 e 9 na escala de Richter.

A maioria dos quartéis do RSB encontram-se localizados na zona de magnitude 8 e, em caso de ocorrência de acções sísmicas, esses mesmos quar-téis poderão car com grandes constrangimentos operacionais, cenário este que di cultaria a necessária e esperada presta-ção de socorro à população. A

zona da cidade sismicamente mais estável é a da serra de Monsanto.

O risco sísmico na Área Me-tropolitana de Lisboa e, mais concretamente, no distrito de Lisboa, seja pela historicidade da ocorrência do fenómeno, seja pela concentração huma-na, pela concentração dos ór-gãos de soberania, ou pelo peso económico relativo dos factores de produção, serviços ou indús-tria, e pela monumentalidade, é aquele que mais aconselha uma previsão optimizada da capaci-dade de resposta, dos meios e dos recursos.

Torna-se, assim, de todo ne-cessário proceder à execução de medidas estruturantes que assegurem, no caso da ocor-rência de um abalo sísmico, uma capacidade de resposta o mais célere e e caz possível em apoio da população, que passa, impreterivelmente, pela cons-trução e relocalização de um novo quartel do comando e pela reavaliação dos restantes quar-téis do RSB. É esse o estudo integrado que estamos, neste momento, a desenvolver, e que esperamos em breve concluir.

BP � O comandante do RSB é também o responsá-vel operacional municipal dos bombeiros voluntários da cidade. Na sua opinião, que tipo de bombeiros tem a capital?

JL � A capital tem os melho-res bombeiros� Lisboa, tratan-do-se de um concelho caracteri-zado por elevados riscos � que se estendem, entre outras, a áreas tão diversi cadas como a oresta, a indústria, a restaura-ção, a hotelaria, o tráfego rodo-viário, uvial, ferroviário, me-tropolitano e aeroportuário, as matérias perigosas em trânsito ou a sismicidade �, é expectá-vel que as suas estruturas de protecção e socorro sejam ca-pazes de, pronta e e cazmente, reagirem à ocorrência de quais-quer acidentes, independente-mente da sua origem ou natu-reza.

Para esse objectivo, o conce-lho de Lisboa conta com um corpo de bombeiros pro ssional e seis corpos de bombeiros vo-luntários, e está atento às ca-racterísticas de cada um deles. No que concerne aos pro ssio-nais, pelo facto de possuirmos uma escola própria e progra-mas de formação consequen-tes, estão muito bem prepara-dos tecnicamente.

No que aos voluntários diz respeito, não tenho dúvidas de que, dentro das limitações que a própria condição de voluntá-rios impõe em termos de dispo-nibilidade, respondem como qualquer outro corpo de bom-beiros voluntários, dos 480 que existem em Portugal.

De referir ainda que é objec-tivo do comandante operacional municipal desenvolver uma maior articulação técnica e ope-racional dos bombeiros da cida-de de Lisboa, sustentada nos exercícios e na formação que importa desenvolver e incenti-var. Como já referi, a cidade conta com uma escola de exce-lência reconhecida tanto ao ní-

(continuação da página anterior)

23JANEIRO 2009

vel nacional como internacional, e que poderá participar no pro-cesso formativo dos corpos de bombeiros voluntários, de for-ma a uni car a formação no concelho de Lisboa.

BP � Que recepção tem tido por parte dos voluntá-rios da cidade, sabendo-se que a relação nem sempre correu como o desejado?

JL � Penso que a recepção tem sido boa. Enquanto coman-dante operacional municipal te-nho envolvido todos os corpos de bombeiros voluntários nas nossas actividades operacio-nais, reúno sempre que neces-sário com os elementos de co-mando e temos tentado atender às suas legítimas preocupa-ções, quer de natureza admi-nistrativa, quer operacional.

De referir que, desde 23 de Junho de 2008, data da minha tomada de posse, foram visita-dos todos os quartéis dos CBV da cidade de Lisboa, tendo, em cada um deles, feito uma reu-nião de trabalho com as suas direcções e várias reuniões operacionais com os seus co-mandantes.

Em consequência desta maior articulação, tem também sido possível um maior envolvi-mento operacional dos CBV da cidade de Lisboa, como é exem-plo o incêndio na Avenida da Liberdade, que ocorreu em 6 de Julho de 2008, a intervenção no dia 18 de Outubro do mesmo ano, relativamente às cheias, entre outros casos.

Pretende-se, contudo, que este envolvimento seja cada vez maior, e diário. De salientar, ainda, a sua maior participação Internacional, dado que os CBV participam com o RSB, pela pri-meira vez, nos módulos de pro-tecção civil para intervenção em cenários de emergência in-ternacional, no âmbito da busca e salvamento médio, com um médico e dois enfermeiros.

Importa também aqui salien-tar as preocupações que o co-mandante operacional munici-pal tem tido na integração de todos os agentes de protecção civil e, mais concretamente, dos CBV, no Sistema Nacional de Protecção e Socorro, estan-do já a trabalhar no sentido de Ligar o RSB à ANPC, como já antes foi referido. Estamos também, neste campo, a estru-turar a ligação dos CBV do con-celho de Lisboa e todos os APC ao RSB.

BP � Qual o orçamento do RSB? O dinheiro chega-lhe?

JL � Aquando da minha to-mada de posse, o regimento vivia uma situação nanceira de ruptura iminente. Depois de uma primeira apreciação, com o objectivo de identi car as maio-res carências, procedeu-se à avaliação pormenorizada das áreas que servem de base à actividade de socorro.

Esta primeira avaliação levou à tomada de algumas decisões sobre o investimento previsto, em prol da sustentação da es-trutura e do socorro da cidade de Lisboa. Não obstante o pla-neamento em tempos efectua-do para importantes obras de sustentação, a capacidade de

resposta de socorro e de salva-guarda da vida de pessoas e dos seus bens foi a prioridade.

Em 2008, o orçamento total do RSB foi de 6.847.574 euros, dividido da seguinte forma: despesas correntes, 4.908.116 euros; pessoal, 3.861.092 eu-ros; bens e serviços, 1.038.922 euros; outras despesas, 8.102 euros. Assim, temos um total de 6.847.574 euros.

Este orçamento serviu tam-bém para absorver parte das dívidas de anos anteriores, num esforço da Câmara Municipal de Lisboa para recuperar a credibi-lidade perdida com os fornece-dores.

Para 2009, no decorrer das reuniões preparatórias com o senhor presidente da CML e com o senhor vereador das Fi-nanças, defendemos a necessi-dade de proceder a um investi-mento em meios humanos e materiais. Desta forma, e no âmbito do Quadro de Referen-cia Estratégico Nacional (QREN), iremos concorrer em três áreas distintas: infra-es-truturas, onde se inclui o Centro Estratégico de Protecção e So-corro; viaturas e formação.

Criámos também novos projectos/acções orçamentais de forma a tornar claras algu-mas das prioridades do RSB. Destaco o SADI � Sistema Au-tomático de Detecção de Incên-dios, a Unidade de Controlo Ambiental e o Corpo de Mergu-lhadores.

Em resumo, para 2009, e em comparação com 2008, o orça-mento do RSB sofreu um au-mento de 28 por cento, estando estruturado da seguinte forma: despesas correntes, 5.141.476 euros; pessoal, 3.927.586 eu-ros; bens e serviços, 1.191.390 euros; outras despesas, 22.500 euros. Contaremos assim com um total de 8.797.477 euros, que representam um aumento de 28 por cento.

BP � Ao nível dos meios humanos, há muito que os vários responsáveis que por aqui têm passado defendem que há que renovar quadros e apostar em mais elemen-tos. É esta a sua opinião?

JL � O RSB dispõe actual-mente de um efectivo de 867 bombeiros sapadores para um

quadro orgânico de pessoal (QOP) de 1.112 elementos, di-vididos pelas oito categorias previstas na lei.

Veri ca-se, assim, a existên-cia de 245 vagas, prevendo-se que, até Dezembro, de 2010, este dé ce ascenda a 328 ele-mentos, por aposentação por limite de idade de mais de 83 elementos, perfazendo um efectivo de 784 elementos, o que se a gura insu ciente para o cumprimento das missões co-metidas ao RSB.

De referir, ainda, que o pro-cesso de admissão de novos elementos se reveste de algu-ma morosidade, aproximada-mente 18 meses, distribuídos pela abertura do concurso e se-lecção (6 meses), formação na Escola do Regimento de Sapa-dores Bombeiros de Lisboa (6 meses) e estágio em contacto com a realidade do socorro � �colocação nos locais de traba-lho� (6 meses).

Após ponderada análise ao cenário que se perspectiva, o senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, autorizou o recrutamen-to de mais 160 bombeiros sa-padores, de forma e não fragili-zar as competências atribuídas ao RSB no que concerne à pro-tecção de pessoas e bens e nas diversas vertentes da sinistrali-dade, incluindo o apoio no transporte de doentes.

Esta afectação de pessoal será efectuada em duas fases distintas, com 80 elementos cada, a primeira a iniciar a 1 de Julho de 2009 e a terminar em 1 de Julho de 2010, e a segun-da a iniciar em 1 de Janeiro de 2010 e a terminar em 31 de Dezembro de 2010, garantindo-se assim, que nesta data, o RSB tenha um efectivo real de 944 bombeiros.

BP � Ao nível do reequipa-mento, quais são as suas prioridades?

JL � No que se refere ao par-que de viaturas operacionais e administrativas, o RSB está apetrechado numa quantidade que nos permite responder não só em tempo útil a todas as si-tuações que diariamente se nos deparam, como ainda em situa-ções de menor frequência, mas, no entanto, de maior especi ci-

dade, como são os danos am-bientais ou o mergulho.

No entanto, grande parte dessas viaturas apresentam idades muito próximas do m do seu tempo de vida útil, sen-do que, em alguns casos, este já foi ultrapassado em alguns anos, pelo que existe um des-gaste de relevante signi cado e, ao mesmo tempo, a necessi-dade constante de actualização ao nível das novas tecnológi-cas, de modo a permitir uma cada vez maior e ciência nas acções de protecção e socorro para as quais estamos vocacio-nados.

Neste momento, temos o le-vantamento das nossas neces-sidades efectuado, o qual, basi-camente, se pode resumir em dois tópicos: o primeiro, e de maior signi cado, será a substi-tuição de viaturas por outras do mesmo tipo (com base nos as-pectos já referidos), mas que nos permitem desempenhos substancialmente melhores; o segundo, embora menos rele-vante, tem a ver com a necessi-dade da aquisição de viaturas com funcionalidades que, à data, não possuímos.

Quando me re ro ao reequi-pamento de viaturas, re ro-me não só às viaturas em si, mas também a todo o equipamento que faz parte do seu completo e que é previamente de nido para determinadas nalidades ou valências.

Nesta óptica, é nosso propó-sito proceder à sua substituição/aquisição através de um pro-cesso de candidatura ao QREN que está a ser preparado, de forma a que, num período de quatro anos, o RSB possa esta-bilizar o seu parque auto.

Além das viaturas, temos também intenção de nos ree-quiparmos ao nível das comuni-cações, nomeadamente rádio, pelo que, à semelhança das via-turas, é nosso propósito efectu-ar a candidatura ao QREN. As-sim, pretendemos investir no sistema SIRESP, para carmos integrados na rede de emer-gência de socorro nacional.

Do mesmo modo, estamos a trabalhar para garantir que, ao nível das infra-estruturas, o RSB seja dotado de condições que possibilitem aos seus pro-

ssionais as melhores condi-ções de resposta operacional.

BP � E quanto aos volun-tários, entende que estão bem equipados? Está atento às suas necessidades?

JL � No ano de 2008, dispo-nibilizámos, com a concordân-cia do senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa, 12.500 euros para equipamen-to e 12.500 para despesas cor-rentes. Estamos a preparar uma candidatura ao QREN, com vista ao seu reequipamento em termos de VCI e VTT.

Como sabe, as di culdades nanceiras são enormes, mas tenho transmitido ao senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa as necessidades senti-das pelos CBV e, também aqui, tenho tido uma boa recepção.

BP � Con a na prestação dos voluntários enquanto operacionais de protecção civil? Considera-os �pro s-sionais� na actuação no ter-reno?

JL � Como lhe disse, durante este ano iremos fazer uma séria avaliação das capacidades téc-nicas e operacionais de cada CBV e, obviamente, do seu pes-soal. O que lhe posso dizer de momento é que, enquanto co-mandante operacional munici-pal, con o nas suas capacida-des técnicas, até porque não tenho conhecimento de recla-mações ou queixas das suas intervenções.

BP � Depois de ouvi-lo elencar os projectos que tem em marcha e as verbas disponíveis para os levar à prática, há uma questão que não posso deixar de colocar. Considera que o actual pre-sidente da Câmara tem uma sensibilidade e uma vontade diferente para este sector, mercê de ter ocupado o lu-gar de ministro da Adminis-tração Interna?

JL � É, para mim, muito difí-cil fazer esse tipo de leituras, pois tenho um enorme apreço e respeito pelo Dr. António Costa, a quem sempre reconheci capa-cidades pessoais e pro ssionais muito grandes. Aliás, só aceitei este desa o por me ter sido fei-to por quem foi.

BP � Que tipo de relação tem tido com a Associação

Nacional de Bombeiros Pro- ssionais (ANBP) e o que espera desta associação?

JL � O relacionamento com a ANBP e com o seu presidente tem-se baseado na leal colabo-ração e relacionamento institu-cional.

Considero que a ANBP possui a legitimidade da representação dos bombeiros pro ssionais portugueses e é um importante parceiro com que o RSB conta para esta nova etapa do Regi-mento de Sapadores Bombei-ros, que começou no dia 23 de Junho de 2008.

BP � Essa parece ser uma resposta institucional�

JL � Mas é a pura das verda-des, e é assim que vejo a nossa relação.

BP � Como responsável máximo pela segurança da cidade, que factores o preo-cupam mais? A segurança contra incêndios em edifí-cios, sem falar obviamente nos eventos sísmicos?

JL � Vivemos num mundo global onde não há distâncias e onde a informação ui à veloci-dade da luz. Num mundo onde a ciência e a tecnologia já não têm como referencial os pa-drões tradicionais de medida e onde as técnicas, procedimen-tos e equipamentos cam, por vezes, obsoletos em curtos pe-ríodos de tempo.

Os conceitos emergentes de segurança, articulados sinérgi-ca e recursivamente com, entre outros, os de globalização, alte-rações climáticas ou desequilí-brios demográ cos, que poten-ciam e geram novas ameaças e novas vulnerabilidades, deve-rão merecer por parte do Regi-mento de Sapadores Bombeiros novas re exões, onde a quali-dade da resposta terá certa-mente uma dimensão complexa acrescida.

Toda esta nova realidade obriga o RSB a reorganizar-se e a dar prioridade à formação de excelência do seu pessoal, que deve ser contínua, e à constan-te actualização dos equipamen-tos.

É neste contexto que temos de trabalhar em prol do nosso produto operacional, que con-siste em garantir, com qualida-de e e cácia, o socorro e a protecção às populações e aos seus haveres. Para a prossecu-ção deste importante objectivo, importa, por isso, rentabilizar e motivar os nossos recursos hu-manos, actuar na sua formação e treino, no seu espírito de cor-po, na optimização dos recursos materiais, na melhoria da e ci-ência organizacional, na imple-mentação de novas tecnologias da informação e do conheci-mento, na gestão da informa-ção e na componente estrutural do suporte ao socorro.

Só assim estaremos prontos para poder responder aos desa- os que diariamente se nos co-locam, quaisquer que sejam. Só assim a cidade de Lisboa e o País, como sempre, poderão contar connosco em todos os momentos difíceis, comparti-lhando de forma anónima o es-forço em prol da comunidade e da cidadania.

24 JANEIRO 2009

O grupo de análise criado por Despacho

do Ministério da Saúde para a revisão

do acordo para o transporte de doentes

em ambulâncias dos bombeiros, de que a Liga dos Bombeiros

Portugueses (LBP) fez parte, conforme estava previsto,

apresentou o relatório nal no último dia de

2008.A LBP, que se fez

representar no grupo de análise pelo seu presidente, Duarte

Caldeira, e vice-presidente, Rui Silva,

aguarda agora a resposta do Ministério relativamente ao teor

desse relatório. O Ministério esteve

representado pelo subdirector geral de

Saúde, José Robalo, e por Miguel Sousa, da

Administração Central do Sistema de Saúde

(IP) Para conhecimento,

divulgamos o teor desse mesmo

relatório, em que estão expressas as

posições assumidas pela LBP.

RELATÓRIO FINAL SOBRE

Liga aguarda respostaCLÁUSULAS

CONTRATUAIS GERAISDE SERVIÇO

DE TRANSPORTEDE DOENTES

EM AMBULÂNCIAS DAS ENTIDADES

DETENTORAS DOS CORPOS DE BOMBEIROS

Considerando que, o acordo destinado a assegurar o trans-porte de doentes em ambulân-cias aos utentes dos serviços Médico-Sociais, celebrado entre a Comissão Instaladora do S.M.S. e a Liga dos Bombeiros Portugueses, datada de 25 de Setembro de 1980;

Considerando que, o mesmo apenas sofreu alterações em 1985, aquando da elaboração de �Minuta Tipo� do CONTRATO DE ADESÃO e, posteriormente, em 1987, por proposta de Di-recção Geral de Cuidados de Saúde Primários;

Considerando que, a partir de Abril/1992 e Maio/1997, a Acti-vidade de Transporte de Doen-tes em Ambulâncias passou a estar regulada pelo DL n.º 38/92 e pela Lei nº 12/97, respec-tivamente e demais legislação regulamentar;

Considerando que, em 28 de Setembro de 2001, através da Portaria n.º 1147/2001, foi pu-blicado um novo REGULAMEN-TO DE TRANSPORTE DE DOEN-TES, que de ne:

a) As condições para o exer-cício de actividade de transpor-te de doentes em ambulâncias;

b) Os tipos de ambulâncias, suas características gerais;

c) As características técnicas e os equipamentos;

d) Tipo de tripulantes e sua formação.

Considerando que, o Regula-mento de Transporte de Doen-tes aprovado pela Portaria 1147/2001, de 28 de Setem-bro, sofreu já mais alterações através das Portarias n.º 1301-A/2002 e Portaria n.º 402/

2007, respectivamente, de 28 de Setembro de 2002 e 10 de Abril de 2007;

Considerando que, das várias alterações atrás referidas se pode destacar as competências atribuídas ao INEM, na atribui-ção de certi cados de vistoria para o Licenciamento das am-bulâncias;

Considerando ainda, as com-petências do INEM no socorro e transporte pré-hospitalar e no transporte inter-hospitalar do doente urgente/emergente;

Nesta conformidade, o Minis-tério de Saúde e a Liga dos Bombeiros Portugueses reco-nhecem, que o Contrato cele-brado em 1985 está desajusta-do bem como, de igual modo, a tabela de preços anexa ao con-trato de adesão está desactuali-zada e que, por isso, importa adequá-los às regras legais aplicáveis.

Nesse sentido, entre:O Ministério da Saúde (MS),

de ora em diante designado como PRIMEIRO OUTORGANTE, representado por ������������.., com poderes para o acto,

eA Liga dos Bombeiros Portu-

gueses (LBP), de ora em diante designada como SEGUNDO OU-TORGANTE, representado pelo seu Presidente, com poderes para o acto, Dr. Duarte Nuno da Silva Quintão Caldeira, é cele-brado o presente CONTRATO PARA A PRESTAÇÃO DE SERVI-ÇOS DE TRANSPORTE de DO-ENTES em ambulâncias que se rege pelas CLAUSULAS seguin-tes:

CLAUSULA I(Objecto)

O presente CONTRATO tem por objecto a de nição dos princípios gerais e regras en-quadradoras do TRANSPORTE DE DOENTES em AMBULÂN-CIAS prestadas pelos Corpos de Bombeiros, pertencentes à As-

sociações Humanitárias ou Câ-maras Municipais.

CLAUSULA II(Destinatários)

1 � O presente CONTRATO vincula todos os serviços e es-tabelecimentos do Serviço Na-cional de Saúde, bem como to-das as Associações Humanitá-rias e entidades detentoras de Corpos de Bombeiros, liados na Liga dos Bombeiros Portu-gueses e que tenham a missão de transporte de doentes em ambulâncias, nos termos do art.º 3º, do D.L 247/2007, de 27 de Junho.

2 � O presente contrato tem âmbito nacional, transversal e comum, sem prejuízo de acor-dos especí cos a assinar com os Hospitais Entidades Públicas Empresariais, Unidades Locais de Saúde e demais entidades equiparadas, desde que depen-dentes da tutela do Ministério da Saúde.

3 � Na ausência dos acordos referidos no ponto anterior pre-valece o presente contrato, não podendo, directa ou indirecta-mente sobrepor-se ou restringir quaisquer dos direitos ou obri-gações das partes aqui outor-gantes, constantes das cláusu-las seguintes.

CLAUSULA III(Enquadramento Legal)

Para efeitos do presente CONTRATO, ter-se-á em conta a legislação relativa ao trans-porte de doentes, nomeada-mente o D.L. n.º 38/92, de 28 de Março, a Lei n.º 12/97, de 21 de Maio, bem como o Regu-lamento de Transporte de Do-entes em Ambulâncias, publica-do pela Portaria n.º 1147/2001, de 28 de Setembro, com altera-ções introduzidas pelas Porta-rias n.º 1301-A/2002 e n.º 402/2007, respectivamente, de 28 de Setembro e 10 de Abril e demais legislação aplicável ao Sector e ainda o estabelecido no Regime Jurídico dos Corpos de Bombeiros e no Regime Jurí-dico dos Bombeiros publicado pelos D.L. n.º 247/07 e 241/07, de 27 e 21 de Junho respectiva-mente.

CLAUSULA IV(Abrangência)

1. O presente CONTRATO abrange as seguintes situações de transporte por via terrestre:

a) Transporte de doentes, não emergentes, para trata-mentos, consultas médicas e (ou) utilização de elementos auxiliares de diagnósticos, me-diante requisição ou credencial emitida pelos serviços ou esta-belecimentos do Serviço Nacio-nal de Saúde;

b) Transporte de doentes

não emergentes para a sua re-sidência, após alta hospitalar, mediante prescrição médica e respectiva requisição emitida pelo estabelecimento de saú-de;

c) Transporte de doentes que assistidos numa qualquer unidade do Serviço Nacional de Saúde careçam, por razões clí-nicas e por decisão médica, de imediata transferência para ou-tro estabelecimento de saúde.

2. O presente CONTRATO abrange ainda situações não programadas e que, portanto, não tenham obtido previamente a credencial de transporte, des-de que a necessidade desse transporte seja reconhecida pela unidade de saúde.

CLAUSULA V(Competências)

No âmbito deste CONTRATO, e obedecendo ao disposto nos termos da lei,

1) Ao PRIMEIRO OUTOR-GANTE compete:

a) De nir as condições téc-nicas das viaturas e equipa-mentos adequados para a pres-tação de serviço;

b) De nir cienti ca, técnica e pedagogicamente a formação adequada dos tripulantes tendo em conta o tipo de transporte de doentes;

c) Colaborar tecnicamente no planeamento e desenvolvi-mento das actividades de trans-porte efectuado pelos bombei-ros;

d) Proceder à avaliação, no-meadamente através de reali-zação de auditorias, versando a quali cação técnica, o desem-penho e o cumprimento dos re-quisitos legais com implicação clínica, serviços prestados pelos Corpos de Bombeiros no âmbito do presente ACORDO de trans-porte de doentes. Das avalia-ções efectuadas deverá ser dado conhecimento à LBP com vista à implementação das me-didas correctivas adequadas;

2) Ao SEGUNDO OUTOR-GANTE compete:

a) Respeitar e defender os legítimos interesses das entida-des detentoras de Corpos de Bombeiros, em tudo o que res-peita ao exercício de actividade de transporte de doentes;

b) Propor ao Ministério da Saúde as alterações considera-das adequadas a uma melhor prestação de serviço de trans-porte de doentes, no âmbito dos Corpos de Bombeiros, bem como as alterações julgadas necessá-rias ao presente CONTRATO e à tabela de preços em vigor.

CLAUSULA VI(De nições)

No âmbito deste CONTRATO, e obedecendo ao disposto nos termos da lei,

1. No transporte de doentes serão utilizadas ambulâncias tipo A1, A2, B ou C, devidamen-te certi cadas e licenciadas, tendo em conta as necessida-des, tipo de serviço, equipa-mento disponível e respectivas requisições.

2. As entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros re-presentadas pelo SEGUNDO OUTORGANTE comprometem-se a dispor de viaturas com o equipamento adequado, devi-damente certi cados e, ainda, nos termos da lei, de pessoal em número su ciente e dotado de formação adequada para exercer de forma continuada, as actividades de transporte de doentes objecto deste acor-do.

3. As entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros com-prometem-se ainda a prestar aos doentes/utentes as melho-res condições de atendimento e transporte e a não estabelecer qualquer tipo de discriminação em função do seu estado ou estatuto.

CLAUSULA VII(Preços)

1) Os serviços de transporte de doentes prestados pelos Corpos de Bombeiros serão de-bitados de acordo com a tabela de preços em vigor, às seguin-tes entidades do Ministério da Saúde:

a) Entidade requisitante � nos casos previstos no n.º 1, da Clausula IV;

b) Entidade de admissão do doente � nos casos previstos no n.º 2, Clausula IV.

2) Transporte Múltiploa) O transporte múltiplo, em

ambulâncias tipo A2 deverá ser requisitado para os serviços que, tendencialmente, preen-chem os seguintes requisitos:

1. Dentro do mesmo percur-so (trajecto);

2. Para doentes destinados ao mesmo estabelecimento de saúde;

3. Para as mesmas horas de consulta e (ou) tratamento.

b) No caso em que se veri -que o transporte de mais que um doente, ao preço correspon-dente ao número de quilóme-tros percorridos será acrescido o valor de 20% por cada um dos outros doentes/utentes transportados;

c) De igual modo será acres-cido o valor de 20% relativa-mente ao acompanhante do doente a quem o médico justi -que a necessidade de acompa-nhamento.

3) Os tempos de espera em que a ambulância seja obrigada a aguardar pela admissão dos doentes, bem como os serviços sujeitos a demora no atendi-mento em consulta ou trata-mento serão pagos de acordo

25JANEIRO 2009

com os preços estabelecidos na �Hora de Espera� da tabela em vigor.

4) De igual modo serão pa-gos os serviços, de acordo com a tabela de preços em vigor, relativos a:

a. Kit de parto;b. Aplicação de oxigénio,

quando requisitado pela unida-de de saúde;

c. Ventilador, quando requi-sitado pela unidade de saúde e em ambulâncias diferentes de tipo C.

CLAUSULA VIII(Obrigações)

1) As entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros apre-sentarão às entidades ou servi-ços de saúde requisitantes, de uma só vez, até ao dia 10 do mês seguinte aquele a que di-zem respeito, a totalidade de facturação, acompanhada dos verbetes de justi cação dos transportes em ambulância de-vidamente preenchidos, bem como, das credenciais de trans-porte.

CLAUSULA IX(Garantias)

1) Os impressos de modelos normalizados a utilizar pelos Corpos de Bombeiros no âmbito do presente CONTRATO serão garantidas pelos serviços do PRIMEIRO OUTORGANTE.

2) O PRIMEIRO OUTORGAN-TE garantirá ainda, que todos os seus estabelecimentos de saúde aceitam a entrega dos resíduos �hospitalares� resul-tantes de tratamentos e servi-ços prestados pelos Corpos de Bombeiros, no âmbito do trans-porte efectuado.

CLAUSULA X(Facturação)

1) Os serviços a estabeleci-mentos de saúde devem proce-der à conferência e pagamento das facturas no prazo máximo de 50 dias contados da data de sua apresentação. O não cum-primento do prazo acima refe-rido, implica o pagamento de juros à taxa legal em vigor.

2) Nos casos de divergên-cias no valor de facturação, resultante de erros de cálculo ou atribuições incorrecta de valores, devem os serviços ou estabelecimentos de saúde so-licitar os devidos esclarecimen-tos ou correcções. Tais diver-gências poderão implicar efei-tos suspensivos, mas apenas nos pagamentos correspon-dentes aos serviços em que tais divergências se veri quem e até que sejam produzidos os esclarecimentos ou correc-ções.

3) Sempre que se detecta-rem irregularidades que se tra-

duzam em actos dolosos e lesi-vos dos interesses de serviços de saúde, deve aquela entidade elaborar um processo de averi-guações, tendo em vista o dis-posto na CLAUSULA XI, dando de imediato conhecimento à Liga dos Bombeiros Portugue-ses.

CLÁUSULA XI(Resolução do Contrato)

1) Constituem causa de re-solução do contrato, por parte das entidades contratantes as seguintes situações:

a) As violações graves do presente clausulado, do Regula-mento do Transporte de Doen-tes a das regras da concessão de autorização para o transpor-te de doentes;

b) A perda do capacidade para aderir ao contrato,

2) A resolução produz efei-tos, 30 dias após a noti cação da mesma dos respectivos fun-damentos à entidade contrata-da, e sem prejuízo das demais responsabilidades civil ou penal em que o prestador venha a incorrer.

CLAUSULA XII(Adesão)

1) As Associações Humani-tárias de Bombeiros ou outras entidades detentoras de Corpo de Bombeiros deverão apresen-tar, através da LBP, uma DE-CLARAÇÃO DE ADESÃO ao pre-sente CONTRATO conforme mi-nuta que se anexa.

2) A DECLARAÇÃO DE ADE-SÃO deverá ser acompanhada de documento comprovativo de que foram remetidos ao INEM os documentos a que se refere o n.º 1, do art.º 2º, de Lei n.º 12/97, de 21 de Maio ou, em alternativa, juntar os referidos documentos e, ainda:

1. Cópia da Acta comprovati-va da deliberação da Direcção da Associação, de adesão ao presente Protocolo;

2. Certidão actualizada do registo comercial e fotocópia do n.º de pessoa colectiva;

3. Documento comprovativo do seguro de responsabilidade civil, relativo a todas as ambu-lâncias;

4. Declaração nos termos do Anexo I a que se refere o nº 2 do artº 33 do Decreto Lei nº 197/99 de 8 de Junho

3) Sempre que solicitados pelos diversos serviços ou es-tabelecimentos de saúde, as entidades detentoras dos CB �s deverão fazer prova de entre-ga da DECLARAÇÃO DE ADE-SÃO.

4) As entidades referidas na alínea 1), podem apresentar, a todo o tempo e com o mínimo de 60 dias de antecedência, requerimento de renúncia da DECLARAÇÃO DE ADESÃO.

CLAUSULA XIII(Revogação)

1) É expressamente revoga-do o Acordo celebrado em 25 de Setembro de 1980, bem como todas as suas alterações e adendas.

2) O presente CONTRATO produz efeitos a 1 de Janeiro de 2009, e vigorará pelo período de um ano, sendo automatica-mente renovado por iguais perí-odos, salvo manifestação em contrario dos respectivos Ou-torgantes, ainda que unilateral-mente, expressa com antece-dência mínima de 90 dias.

3) Em caso de denúncia, ne-nhum dos Outorgantes terá di-reito a exigir indemnização por encargos assumidos ou despe-sas realizadas no âmbito ou por causa do Acordo.

4) O presente CONTRATO vai ser assinado em duas vias, sendo entregue na presente data uma a cada um dos outor-gantes.

CLAUSULA XIV(Revisão)

O presente contrato será re-visto trienalmente ou sempre que solicitado por qualquer uma das partes, desde que devida-mente fundamentado.

PROPOSTA INDICATIVA PARA A FUTURA TABELA

DE PREÇOS

As tabelas de preços aplicá-veis ao transporte de doentes serão aprovadas por portaria do Ministro da Saúde � artigo 10.º do DL 38/92 de 28 Março.

Fórmula para actualização do Preço Km

Preço km ano n+1 = compo-nente �gasóleo� + componente �outros custos�

Contribuem para a formação do preço duas componentes:

Gasóleo = preço médio gasó-leo rodoviário no ano n-1 * 0.15 litros por km

Comparticipação dos custos com transporte, considerando o preço médio do gasóleo rodovi-ário no ano-1 (fonte Direcção-Geral de Energia e Geologia) aplicado a um consumo de 0.15 litros por km.

Esta componente garante que as oscilações de preços do gasóleo são sempre contempla-das no preço nal a pagar.

Outros custos = valor com-ponente �outros custos� ano n-1 actualizado com a taxa de in- ação ano n-1

Considera-se que os outros

custos (custos com pessoal, as-sistência viaturas, seguros, etc) são actualizados pela taxa de in ação veri cada no ano n-1

Exemplo de aplicação:

Componente �gasóleo�:Custo Médio Gasóleo KM

Preço Médio Gasóleo Rodoviário ano 2008 (1)

1,284

Consumo médio por KM (litros) (2)

0,15

Custo Gasóleo 0,19

Componente �outros custos�

CustoRealExploraçãoLigaBombeiros

0,81 0,19 0,62

Comparticipação MS 0,47

Preço Médio Gasóleo Rodoviário ano 2008 (1)

0,19 100%

Consumo médio por KM (litros) (2)

0,28 45%

Fixado o valor da componen-te �outros custos� (actualmente de 0,28 �), este será actualiza-do à taxa de in ação.

Nota: A Liga dos Bombei-ros Portugueses propõe que a componente �outros cus-tos� represente o valor per-centual de 66%, o que cor-responde ao valor de 0,41�.

Relação entre ambulâncias:

B é 30% mais cara do que AC é 50% mais cara do que A

Hora de EsperaProposta da Liga dos Bombei-

ros Portugueses:

Até à 2ª hora: 5�/horaHoras seguintes: 7�/hora

Taxa de SaídaProposta da Liga dos Bombei-

ros Portugueses:

Pagamento mínimo de 20 km, indexado ao preço do km.

OxigénioProposta da Liga dos Bombei-

ros Portugueses:

Hora de aplicação ou fracção: 5 �

VentiladorProposta da Liga dos Bombei-

ros Portugueses:

Utilização: 50 �

Kit PartoProposta da Liga dos Bombei-

ros Portugueses:

Utilização: 25 �.

TRANSPORTE DE DOENTES

do Ministério da Saúde

Os Bombeiros Voluntários da União, de Ascurra, Apiuna e Rodeio, do estado brasileiro de Santa Catarina, acabam

de receber a doação de uma nova ambulância de socorro, oferecida por uma empresa local, a Malharia Brandili.

A notícia chegou-nos através do comandante Jaime Júnior, a quem agradecemos o envio, desejando que a nova viatura possa reforçar o dispositivo de socorro do seu corpo de bom-beiros voluntários.

BRASIL

Bombeiros recebem doaçãode ambulância

Reproduzimos as imagens de duas viaturas do acervo his-tórico dos Bombeiros Voluntários de Almeida, que inte-

graram o des le comemorativo do 76.º aniversário daquela associação, noticiado na nossa última edição.

A novidade, que então divulgámos, foi o projecto do novo quartel, apresentado em suporte informático durante a ses-são solene comemorativa. e que, por certo, irá permitir me-lhores condições operacionais ao corpo de bombeiros e, também, melhores condições de apresentação e conserva-ção das viaturas históricas.

ALMEIDA

�Relíquias�aguardam novo quartel

26 JANEIRO 2009

Os grandes incêndios ores-tais têm como resultado o

incremento de quantidades sig-ni cativas de fumo que podem afectar não só as populações perto da fonte de incêndio, mas também aqueles situados mui-tos quilómetros de distância, devido à dispersão dos fumos.

Geralmente, o fumo dos in-cêndios orestais é considera-do uma mistura complexa de gases, líquidos e sólidos. A ex-posição aos componentes quí-micos do fumo de incêndio o-restal pode causar uma série impactos, a curto ou a longo prazo sobre a saúde da popula-ção exposta e em particular, dos bombeiros. Esses impactos estão relacionados com facto-res, tais como a toxicidade do fumo, as características da ex-posição ao fumo, a periodicida-de e freqüência, bem como a vulnerabilidade da população exposta.

O centro Europeu de Incên-dios Florestais do Conselho da Europa (ECFF) produziu um estudo sobre o impacto na saú-de, a curto prazo, tendo por base situações registadas em 19 centros médicos e hospitais durante os grandes incêndios

orestais no Peloponeso, na Grécia, entre 24 e 31 de Agos-to de 2007. os resultados deste estudo são apresentados no Volume 5 da publicação «Fo-rest Fire Net» (FFNet5) (www.civilprotection.gr/ecff/ecff.htm).

O controlo da qualidade do ar durante um incêndio orestal é determinante para avaliar a se-veridade do ambiente próximo da frente de incêndio ou a de-terminada distância e para o uso efectivo de equipamento de protecção. As análise química de campo pode ser usada como uma ferramenta para a identi -cação on-line e on-site de com-ponentes perigosos existentes no fumo de incêndio orestal

A Unidade de Química Analí-tica e Tecnologia, da Universi-dade Técnica Nacional de Ate-nas (FIACTU / NTUA) é um grupo de investigação centrado na evolução dos instrumentos de análise portáteis e nas tec-nologias emergentes para aná-lise química em diferentes apli-cações ambientais.

Além disso, este grupo de investigação utiliza metodolo-gias inovadoras para avaliação da exposição ao fumo, tais

como a análise da respiração humana, para a identi cação exógena de compostos orgâni-cos voláteis (COV).

Em geral, os impactos dos fumos resultantes dos incêndios orestais sobre os possíveis re-ceptores necessitem ainda de ser examinados de forma e caz para lidar com eles.

De acordo com uma telecon-ferência intitulada �Short and long term health impacts of forest re smoke on the re- -ghters and the exposed popu-lation�, que foi recentemente organizado pela ECFF, com a participação de pessoas opera-cionais e cientistas da Europa (Chipre, França, Grécia, Portu-gal) e do Conselho da Europa, foi elaborado um catálogo de ideias com a perspectiva de trabalho futuro. A complexida-de e a toxicidade do fumo dos incêndios orestais, os equipa-mentos de protecção individual (EPI), para os bombeiros e po-pulação, limites à exposição aos componentes do fumo dos incêndios orestais e os crité-rios de evacuação, com ênfase sobre os grupos sensíveis da população, são algumas dessas questões.

Publicações relevantes:

� M. Statheropoulos and J.G. Goldammer Vegetation Fire Smoke: Nature, Impacts and Policies to reduce negative con-sequences on humans and the environment, European and Mediterranean Major Hazards Agreement (EUR-OPA), 2007� (http://www.civilprotection.gr/ecff/scienti c_issues.htm)

� M. Statheropoulos and S. Karma, Complexity and origin of the smoke components as measured near the ame-front of a real forest re incident: A case study, J Anal Appl Pyroly-sis, 78 (2007) 430-437.

� Forest Fire Net, Vol 4, Spe-cial issue with the presentations of the workshop �Air-quality mo-nitoring in the eld and personal protective equipment in big fo-rest re incidents: a state-of-the art and beyond� 12-13 Decem-ber 2005, Paris European Center for Forest Fires (ECFF, Council of Europe), October 2006 (http://www.civilprotection.gr/ecff/ecff.htm)

� Forest Fire Net, Vol 3, Special Issue with the procee-dings of the teleconference: �Short and long term health

impacts of forest re smoke on the re- ghters and the expo-sed population�, European Cen-ter for Forest Fires (ECFF, Coun-cil of Europe), October 2005 (http://www.civilprotection.gr/ecff/ecff.htm)

Breve Per l Cientí co

Milt Statheropoulos: Pro-fessor NTUA (National Technical University of Athens, Greece); Head of the Field Analytical Chemistry and Technology Unit (FIACTU); Director of ECFF (Eu-ropean Center for Forest Fires, Council of Europe) and editor of FFnet (Forest Fire Net); Colla-borator of PAT Chair UDeS (QC, Canada). Research activities: integration of eld chemical analysis, chemometrics, engi-

neering and emerging technolo-gies in disaster management, environmental science and pro-cess control, using interdiscipli-nary approaches.

So a Karma: Dr. Chemical Engineer, Research Associate in the National Technical University of Athens; Member of the Field Chemical Analysis and Technolo-gy Unit (FIACTU); Editor of Fo-rest Fire Net (FFNet), a publica-tion of European Center for Fo-rest Fires of the Council of Euro-pe. Research interests: on-site air quality monitoring during fo-rest res, impacts of forest re smoke on the re ghters and the exposed population, smoke exposure assessment.

M. Statheropoulos,S. Karma

A qualidade do ar num incêndio orestal

São Bombeiros, São Voluntários

Não obtêm saláriosHomens de convicçõesCorrem ao toque da

sireneA sua alma às vezes

tremePara salvar corações

Nem todo o Homem consegue

E por vezes não se atreveA tentar tal experiência

Pois ser bombeiro é magia

Que muito Homem queria Só lhe falta a apetência

Eles esquecem sua vidaQue por vezes é perdidaPor quererem dar tanto

amorSe ele fosse

compreendidoNeste País apetecidoO Homem tinha mais

valor

Por isso a quem de direitoEu peço com carinho e

jeitoQue olhem p�ro Bombeiro

VoluntárioEles são Homens de bem

Socorrem sem olhar a quem

Mesmo sem terem salário

Valtier de Couto CostaFreguesia de São

Martinho

OsBombeirosVoluntários Muita tinta tem corrido sobre a legis-

lação publicada para os Corpos de Bombeiros Voluntários e Mistos.

Correndo o risco de me tornar repeti-tivo, gostaria de deixar a minha opinião feita de questões para as quais não en-contro uma resposta �.

Extinguiram o QEA, e dizem que agora todos têm de ser bombeiros ou o ciais bombeiros, sob pena de passarem ao QR ou partir.

Vamos ter melhor operacionalidade pelo facto de não podermos admitir pes-soal, cuja preparação técnica e apetên-cia é a área da Emergência Pré-Hospita-lar?

Vamos ter melhor operacionalidade pelo facto de não podermos admitir pes-soal cuja sua pro ssão é motorista e estavam dispostos a dar o seu contribu-to como tal?

O jovem licenciado em direito, gosta-va de dar o seu apoio ao CB na sua área especí ca, ou passa a O cial Bombeiro ou vai para o QR ou vai embora.

Será melhor operacionalidade ver par-tirem dos CBV e CBM aqueles técnicos de saúde que connosco colaboravam em missões de prevenção e assistência sa-nitária?

Será melhor operacionalidade ver par-tirem dos CBV e CBM aqueles que pela condição física ou idade não podem su-portar as exigências da formação que lhes é imposta para poderem passar ao Quadro Activo?

Será melhor operacionalidade ver partirem dos CBV e CBM aqueles que não tendo apetência para missões de protecção e socorro davam o seu apoio ás secretarias e outras tarefas adminis-trativas e logísticas do Corpo de Bom-beiros?

Será melhor operacionalidade ver par-tirem dos CBV e CBM aqueles que não tendo apetência para missões de protec-ção e socorro mas davam o seu saber e

a sua arte ás o cinas do Corpo de Bom-beiros?

Um licenciado em apicultura que fez a sua formação pluridisciplinar, participava nas actividades do Corpo de Bombeiros na área do Serviço de Saúde, como Tri-pulante de Ambulância.

Vai fazer uma formação de questio-nável qualidade para o que é expectável de um o cial bombeiro� e qual abelha Maia esvoaçante�

Che a, Comanda, Organiza� relacio-na-se com o CDOS, e com o COM, á margem do comando do Corpo de Bom-beiros�

Reconhece-mos a necessidade de se criar a carreira de o cial bombeiro.

Reeidivicamo-la inclusive! Mas o ciais bombeiros, nascidos de

uma licenciatura própria, com compe-tências iguais em todos os CB�s indepen-dentemente do grau de pro ssionaliza-ção do CB.

Ou não é assim nas outras licenciatu-ras?

Qual a necessidade de criar uma car-reira de O cial Bombeiro só aplicável aos CBV e CBM?

Poderíamos estar aqui um tempo

imenso e os exemplos seriam igualmen-te imensos�

No recente congresso da LBP, volta-mos a reivindicar o QEA. (entre outras)

Não por teimosia, não por birra, não por hipocrisia.

Reivindicamo-lo por entendermos a sua necessidade, por termos 140 anos de história que nos autorizam a usar a experiencia para saber o que falta em termos organizativos aos CB�s.

É nos imposto um modelo de avalia-ção em TUDO desajustado da realidade dos CBV e CBM e em TUDO igual ao SIA-DAP

Um modelo de avaliação criado a ima-gem do contestado modelo de avaliação da função pública, como se de funcioná-rios da administração central e local se trata-se� esquecendo que estamos a li-dar e falar de BV.

Não se contesta a necessidade de in-troduzir uma avaliação� mas será preci-so saltar do �8 para o 80�?

Um modelo de progressão na carreira, tão distante da realidade como está dis-tante a sua exequibilidade, com as es-truturas de formação actuais.

Não se aproveitou a experiência, de

alguns distritos no que á progressão na carreira concerne e o distrito de Lisboa era um bom exemplo a seguir�

Precisava de ser melhorado? Acredita-mos que sim�

Mas destrui-lo para criar um despacho que não é exequível?

Um Estatuto Disciplinar que no que não remete para o bom e velhinho 24/84, vem ferido de legalidade, pois sub-verte completamente o princípio hierár-quico da disciplina.

Extingue-se o cargo de ADJT COM nos CB4.

Porquê? Tinha custos para o Estado? Tinha custos para as Associações?

Qual a vantagem técnica ou organiza-cional que daí advêm?

Está prestes a chegar ao m o ano Nacional do Voluntariado nos Bombei-ros.

Temos ideia que a nal estivemos a viver o ano 0 do m do bombeiro volun-tário�

Penso ser chegada a hora do actual pacote legislativo ser revisto.

Não na totalidade, mas naquilo que hoje conseguimos perceber que não está bem�

E não está bem porque lhe falta algo de fundamental.

Bom senso!È preciso que o legislador se aproxime

dos Bombeiros aberto ao dialogo, com quem tem a experiência de 140 anos de história.

Esta não é a posição de �um velho do Restelo� é a posição de quem correndo toda a carreira de bombeiro, desde 1977 hoje se sente incapaz de aplicar alguma da legislação publicada, e sente que ou-tra não se aplica aos bombeiros voluntá-rios. Pelo menos aos Bombeiros Portu-gueses.

Nuno CostaComandante do Corpo de Bombeiros

Voluntários de Campo de Ourique

Nova legislação

27JANEIRO 2009

Fotos: CM de Setúbal

Os Sapadores de Setúbal, os Voluntários de Setúbal, a PSP, a Segurança Social e os serviços municipais de Inclusão Social e

Transportes realizaram um exercício conjunto de coordenação e intervenção perante um cenário de incêndio urbano na baixa da-quela cidade.

O simulacro em tempo real consistiu na evacuação do edifício da Associação de Socorros Mútuos Setubalense, na Rua Major Afonso Pala, onde se encontravam 20 idosos, além de funcionários, três dos quais estavam feridos.

SETÚBAL

Simulacro de incêndiona baixa da cidade

Texto e fotos: Sérgio Santos

Em meados de Outubro de 1938, a Associação dos Bom-beiros Voluntários de Montemor-o-Novo adquiriu um

moderno pronto-socorro para a corporação.Tal aquisição encheu de orgulho dirigentes, bombeiros e a

população de Montemor, pois o seu custo (120 contos) foi pago com oito anos de peditórios, sem o apoio da Câmara ou demais entidades estatais.

O moderno carro de combate a incêndios tinha as novida-des de então, como uma maca para o transporte de feridos, uma motobomba com rendimento de 1250 litros por minuto, caixa de ferramentas e agulhetas, e poderia transportar 11 homens.

Com o passar dos anos e o desgaste da viatura, foi recen-temente levada a cabo uma campanha para o seu restauro, cujos mentores são o 2.º comandante, Luís Paixão, e Fausti-no Jerónimo, um amigo dos bombeiros, que, conjuntamente com a Direcção, comando e outros elementos da corporação, deram uma nova vida ao histórico pronto-socorro Dodge, conforme se pode ver pela fotogra a que aqui publicamos.

MONTEMOR-O-NOVO

Pronto-socorro Dodge de cara lavada

Texto: Sérgio Santos

Fotos: Filipe Oitavem

Uma colisão entre um au-tocarro e uma viatura li-

geira de passageiros ocorreu na EN4, na zona de Arraio-los, no passado dia 10 de Janeiro. Após a colisão, o autocarro despistou-se e caiu numa ravina, levando com ele os seus 30 ocupan-tes e deixando encarcerados os três ocupantes da viatura ligeira.

Foi este o cenário monta-do num simulacro que serviu para testar os agentes da protecção civil da região alentejana, que envolveu 142 elementos e 42 veículos das corporações de bombei-ros de Arraiolos, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora e Redondo, bem com da Força Especial de Bom-beiros (�Canarinhos�), do Serviço Municipal de Protec-ção Civil, da Cruz Vermelha Portuguesa e Brigada de Trânsito da GNR.

ARRAIOLOS

Simulacro de acidente

28 JANEIRO 2009

Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários

de Coja

Data de fundação: 25 de Janeiro de 1963N.º de Sócios: 2.703

Concelho: ArganilDistrito: CoimbraMorada: Rua Alberto Moura Pinto

Código Postal: 3305-142 CojaTelefone: 235 721 122

Fax: 235 721 522Página na Internet: - / -

Endereço electrónico: [email protected].º de habitantes servidos pelo CB: 5.000

Área Servida: 16.000 haN.º de Secções: 5

N.º de elementos no quadro de comando: 3N.º de elementos

na carreira de o cial-bombeiro: - / -

N.º de elementos na carreira bombeiro: 71N.º de elementos no quadro de reserva: 35

N.º de elementos no quadro honra: 17N.º de funcionários da associação: 10

Idade do quartel � sede: 19

Localização das Secções destacadas: 1 em Pomares

N.º de viaturas do CB: 24N.º de viaturas de incêndio: 11

N.º de viaturas de saúde: 9Viatura mais recente: Volkswagen Crafter

Data em que foi colocada ao serviço: 13/01/2009

Adquirida com que apoios: Associativos

Viatura mais antiga: BedfordData em que foi colocada ao serviço: 31/08/1964Idade média do parque de viaturas: 12 Anos

Dados de 2007N.º de incêndios rurais e orestais: 48

N.º de incêndios urbanos: 6N.º de incêndios industriais: 0

N.º de inundações: 0N.º de emergências médicas: 967

N.º de transportes de doentes: 2.544Valor do orçamento anual: 200.000 euros

ComandanteNome: Paulo Alexandre Quaresma TavaresIdade: 33 anos

Data de ingresso no CB: 30/10/1989Anos como elemento de comando: 5 anos

Data da tomada de posse como comandante: 01/06/2004Actividade pro ssional: Director Comercial

Presidente da DirecçãoNome: Jorge Manuel Matos da SilvaIdade: 70 anos

Data de ingresso na associação: 10/09/2004Anos como elemento da direcção: 1 ano

Data da tomada de posse como presidente: 07/02/2008Actividade pro ssional: Reformado

Actualizado em 01/2009

Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários

de Vila das Aves

Data de fundação: 2 de Julho de 1997N.º de Sócios: 5.507

Concelho: Santo TirsoDistrito: PortoMorada: Rua do Bombeiro Voluntário nº. 350

Código Postal: 4795 - 044 Vila das AvesTelefone: 252 820 700

Fax: 252 820 709Página na Internet: - / -

Endereço electrónico: [email protected].º de habitantes servidos pelo CB: 42.237

Área Servida: Area Nascente Concelho Santo Tirso / 8 freguesiasN.º de Secções: - / -

N.º de elementos no quadro de comando: 3N.º de elementos

na carreira de o cial-bombeiro: 7

N.º de elementos na carreira bombeiro: 113 - 77 masculinos / 36 femininosN.º de elementos no quadro de reserva: 12

N.º de elementos no quadro honra: 6N.º de funcionários da associação: 21

Idade do quartel � sede: 18

Localização das Secções destacadas: - / -

N.º de viaturas do CB: 23N.º de viaturas de incêndio: 12

N.º de viaturas de saúde: 11Viatura mais recente: VCOT

Data em que foi colocada ao serviço: 12 Outubro 2008

Adquirida com que apoios: Espenssas do Corpo de Bombeiros

Viatura mais antiga: Escada Magirus - 1952Data em que foi colocada ao serviço: 1989Idade média do parque de viaturas: 12 Anos

Dados de 2007N.º de incêndios rurais e orestais: 99

N.º de incêndios urbanos: 8N.º de incêndios industriais: 8

N.º de inundações: 8N.º de emergências médicas: 3.268

N.º de transportes de doentes: 18.260Valor do orçamento anual: 785.000 euros

ComandanteNome: José Pedro Monteiro MagalhãesIdade: 40 anos

Data de ingresso no CB: 10-02-2000Anos como elemento de comando: 6 anos

Data da tomada de posse como comandante: 18-03-2003Actividade pro ssional: Pro ssional Bombeiros

Presidente da DirecçãoNome: Geraldo Mesquita GarciaIdade: 71 anos

Data de ingresso na associação: 1977Anos como elemento da direcção: 2 anos comissão Administrativa

Data da tomada de posse como presidente: 13 Maio 1979 ( 29 anos )Actividade pro ssional: Utilidade Pública

Actualizado em 01/2009

29JANEIRO 2009

Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários

de Albergaria-a-Velha

Data de fundação: 22 de Janeiro de 1925N.º de Sócios: 4.108 - Efectivos

Concelho: Albergaria-a-VelhaDistrito: AveiroMorada: Rua Dr. José Henriques, Nº 1 - Apartado 111

Código Postal: 3854-909 Albergaria-a-VelhaTelefone: 234 529 112

Fax: 234 529 111Página na Internet: http:www.bombeirosdealbergaria.pt

Endereço electrónico: [email protected].º de habitantes servidos pelo CB: 26.000

Área Servida: 156 km2N.º de Secções: nenhuma

N.º de elementos no quadro de comando: 4N.º de elementos

na carreira de o cial-bombeiro: 12

N.º de elementos na carreira bombeiro: 132N.º de elementos no quadro de reserva: 14

N.º de elementos no quadro honra: 11N.º de funcionários da associação: 17

Idade do quartel � sede: 40 anos

Localização das Secções destacadas: Nenhuma

N.º de viaturas do CB: 32N.º de viaturas de incêndio: 22

N.º de viaturas de saúde: 13Viatura mais recente: ABSC-1

Data em que foi colocada ao serviço: 16 de Fevereiro de 2008

Adquirida com que apoios: da Associação

Viatura mais antiga: ChevroletData em que foi colocada ao serviço: 1936Idade média do parque de viaturas: 11 anos

Dados de 2007N.º de incêndios rurais e orestais: 349

N.º de incêndios urbanos: 52N.º de incêndios industriais: 23

N.º de inundações: 10N.º de emergências médicas: 2.520

N.º de transportes de doentes: 10.221Valor do orçamento anual: 663.000

ComandanteNome: José Ricardo Bismarck Idade: 43 anos

Data de ingresso no CB: 1983Anos como elemento de comando: 12 anos

Data da tomada de posse como comandante: 05 de Fevereiro de 1997Actividade pro ssional: Técnico de Segurança

Presidente da DirecçãoNome: Elísio Apolinário Simões da SilvaIdade: 56 anos

Data de ingresso na associação: 31 de Dezembro de 1997 Anos como elemento da direcção: 11 anos

Data da tomada de posse como presidente: 31 de Dezembro de 1997 Actividade pro ssional: Funcionário Público

Actualizado em 01/2009

Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários

de Azambuja

Data de fundação: 14 de Janeiro de 1932N.º de Sócios: 3.500

Concelho: AzambujaDistrito: Lisboa Morada: Rua José Ramos Vides, n.º 5

Código Postal: 2050-390 AzambujaTelefone: 263 401 144 - 263 401 145

Fax: 263 401 653Página na Internet: - / -

Endereço electrónico: [email protected].º de habitantes servidos pelo CB: 18.300

Área Servida: 135.000 klm2N.º de Secções: 3

N.º de elementos no quadro de comando: 3N.º de elementos

na carreira de o cial-bombeiro: 2

N.º de elementos na carreira bombeiro: 46N.º de elementos no quadro de reserva: 1

N.º de elementos no quadro honra: 12N.º de funcionários da associação: 20

Idade do quartel � sede: 23

Localização das Secções destacadas: Sede

N.º de viaturas do CB: 26N.º de viaturas de incêndio: 6

N.º de viaturas de saúde: 12Viatura mais recente: ABTM 06

Data em que foi colocada ao serviço: 16 de Novembro de 2007

Adquirida com que apoios: Associação dos Bombeiros Voluntários de Azambuja

Viatura mais antiga: 1987Data em que foi colocada ao serviço: 11 de Dezembro de 2003Idade média do parque de viaturas: 11 anos

Dados de 2008N.º de incêndios rurais e orestais: 87

N.º de incêndios urbanos: 3N.º de incêndios industriais: 20

N.º de inundações: 7N.º de emergências médicas: 1.555

N.º de transportes de doentes: 3.623Valor do orçamento anual: 555.360 euros

ComandanteNome: Pedro João Simões CardosoIdade: 51 anos

Data de ingresso no CB: 15 de Agosto de 1973Anos como elemento de comando: 13 anos

Data da tomada de posse como comandante: 27 de Maio de 1995Actividade pro ssional: Coordenador da Protecção Civil Municipal Azambuja

Presidente da DirecçãoNome: António Manuel Guerra DuarteIdade: 61 anos

Data de ingresso na associação: 18 de Fevereiro de 2000Anos como elemento da direcção: 9 anos

Data da tomada de posse como presidente: 18 de Março de 2000Actividade pro ssional: Gestor

Actualizado em 01/2009

30 JANEIRO 2009

DIFERENÇAS

Entre as duas imagens há oito diferenças. Descubra quais são.

SOLUÇÕES

DIFERENÇAS

TESTEMUNHO

Carlos Alberto Tiago volta a participar nesta rubrica. Desta vez, o alvo da sua máquina foto-grá ca foi a Força Especial de Bombeiros, num exercício reali-zado no dia 13 de Dezembro, na costa de Peniche.

Partilhe as suas imagens com os leitores do jornal �Bombeiros de Portugal�, enviando-as com as respectivas legendas para [email protected].

SUDOKU

381549672927681345465327981

739258416142736859658914237894172563516493728273865194

SUDOKUDIFICULDADE

�Sudoku� é um jogo de racio-cínio e lógica, muito simples e viciante. O nome �Sudoku�, que signi ca �número sozinho� em japonês, mostra exactamente o objectivo do jogo.

Preencha cada quadrícula em branco apenas com um dígito de 1 a 9. Todas as linhas, colunas e caixa 3x3 devem conter todos os nove dígitos, sem que nenhum se repita.

3 8 9 2

7 5

3 8

7 5 4

7 6

8 1 7

9 2

5 7

2 8 9 4

SOPA DE LETRASProcure e marque neste quadro as 20 palavras em destaque,

na vertical, horizontale diagonal.

AGASALHOAGRUPARBOMBEIROCADETECOMBUSTÃOCANTINACATACLISMOESCAPULIRFARDASGALVANIZADO

GARGALHADASINUNDAÇÃOMONITORIZAÇÃONEVOEIROOMITERECURSOREVELARSIMULAÇÃOSOFISMAUTENTES

tI M M O I T O D L A C S E R R EQ A G R U P A R X E R U G E S GO I R A S R E V I N A N T C S FR M R A L E V E R E C A A U A SS O I V Í V N O C G B P S R D SI N T T R L A A A A A M D S A AM C A N E O M N I R H A O O H IU O X Ç I S I A I I S F Ã B L RL M O N I T O R I Z A Ç Ã O A ÁÇ B N F N U X R E A A V O F G TÃ U O A S S E E I D M D H I R IO S C A D E T E N E S I O T A NU T E N T E S U O H L A S A G AF Ã T I G A N E V O E I R O I MA O O M S I L C A T A C O O E UA C A V O O Ã Ç A I C O S S A H

SOPA DE LETRAS

IMMOITODLACSERREQAGRUPARXERUGESGOIRASREVINANTCSFRMRALEVERECAAUASSOIVÍVNOCGBPSRDSINTTRLAAAAAMDSAAMCANEOMNIRHAOOHIUOXÇISIAIISFÃBLRLMONITORIZAÇÃOAÁÇBNFNUXREAAVOFGTÃUOASSEEIDMDHIRIOSCADETENESIOTANUTENTESUOHLASAGAFÃTIGANEVOEIROIMAOOMSILCATACOOEUACAVOOÃÇAICOSSAH

31JANEIRO 2009

em1989

ANIVERSÁRIOS1 de JaneiroBombeiros Voluntários de Vila Real (Cruz Verde) . . . . . . . . . . . . . 118Bombeiros Voluntários do Montijo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora . . . . . . . . . . . . . . . 92Bombeiros Voluntários Espinhenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81Bombeiros Voluntários de Esmoriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78Bombeiros Voluntários de Arraiolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 754 de JaneiroBombeiros Voluntários de Ourém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 975 de JaneiroBombeiros Voluntários de Alcabideche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 826 de JaneiroBombeiros Voluntários de Esposende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118Bombeiros Voluntários de Vila Real (Cruz Branca) . . . . . . . . . . . . 112Bombeiros Voluntários de Cheires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79Bombeiros Voluntários do Entroncamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra . . . . . . . . . . . . . . . . . . 498 de JaneiroBombeiros Voluntários de Faro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 869 de JaneiroBombeiros Voluntários de Mora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6910 de JaneiroBombeiros Voluntários da Amadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10412 de JaneiroBombeiros Voluntários de Canas de Senhorim . . . . . . . . . . . . . . . 7814 de JaneiroBombeiros Voluntários de Azambuja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa . . . . . . . . . . . . . . 75Bombeiros Voluntários de São Roque do Pico . . . . . . . . . . . . . . . . 61Bombeiros Voluntários de Ortigosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1015 de JaneiroBombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António . . . . . . . . . 119Bombeiros Voluntários de Cacilhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11817 de JaneiroBombeiros Voluntários da Rebordosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

18 de JaneiroBombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães . . . . . . . . . . . . . . 79Bombeiros Voluntários de Provesende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7820 de JaneiroBombeiros Voluntários de Marco de Canaveses . . . . . . . . . . . . . . . 8521 de JaneiroBombeiros Voluntários de Barrancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2922 de JaneiroBombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha . . . . . . . . . . . . . . . . 84Bombeiros Municipais de Santa Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7724 de JaneiroBombeiros Voluntários de Penamacor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7125 de JaneiroBombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores . . . . . . . . . . . . . . 58Bombeiros Voluntários de Côja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Bombeiros Voluntários do Alandroal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2926 de JaneiroSapadores Bombeiros de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61427 de JaneiroBombeiros Voluntários de Vale Besteiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3128 de JaneiroBombeiros Voluntários de Aveiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127Bombeiros Municipais de Tomar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8729 de JaneiroSapadores Bombeiros do Porto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281Bombeiros Voluntários da Vidigueira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2330 de JaneiroBombeiros Voluntários de Póvoa de Santa Iria . . . . . . . . . . . . . . . 66Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6231 de JaneiroBombeiros Voluntários Estoris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros . . . . . . . . . . . . . . 86Bombeiros Voluntários de Izeda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

A Associação dos Bombeiros Voluntários da Azambuja realizou as comemorações do seu 77.º aniversário nos dias 17 e 18 de

Janeiro.Como tem sido hábito, tal efeméride é marcada por diversas

iniciativas de aproximação dos bombeiros à sua população, como o rastreio dos níveis de glicemia, a medição da pressão arterial e um des le apeado e motorizado pelas artérias da vila.

Houve ainda a romagem ao cemitério local e uma missa em me-mória dos dirigentes e bombeiros falecidos, terminando as come-morações com um almoço-convívio para os amigos e família dos bombeiros da Azambuja.

Sérgio Santos

A comemoração do 74.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Águeda cou assinalada pela inauguração de uma nova via-

tura de transporte múltiplo de doentes, apadrinhada por Eleutério Costa a convite da Direcção e do comando, tendo em conta o apoio dado por este benemérito à sua aquisição.

A nova viatura é a quinta ao serviço da instituição para dar res-posta ao transporte programado de doentes, e custou cerca de 35 mil euros.

Antes da inauguração, procedeu-se à homenagem aos bombei-ros voluntários já falecidos, em cerimónia junto ao Monumento ao Bombeiro.

Depois da missa de sufrágio celebrada na igreja paroquial, de-correu um des le apeado e motorizado pelas principais artérias da cidade e procedeu-se à distribuição cabazes de Natal e de prendas aos lhos dos bombeiros, a que se seguiu a tradicional ceia.

ÁGUEDA

Bombeiros comemoraram74 anos de vida

A Associação de Bene cência Serviço Vo-luntários de Incêndios � Bombeiros Vo-

luntários de Cacilhas aproveitou a comemo-ração do seu 118.º aniversário, realizada 18 anos depois da inauguração do seu quartel, para inaugurar um novo autotan-que, cuja aquisição foi comparticipada pela Câmara Municipal de Almada. O novo veí-culo operacional substitui outro já com três décadas de serviço.

Na oportunidade, a presidente da Câma-ra, Maria Emília de Sousa, anunciou tam-bém a oferta de um ventilador e extractor de fumos, e referiu que todos os apoios protocolados com a associação para 2008 se mantêm válidos para o corrente ano.

Os Bombeiros de Cacilhas distinguiram várias entidades privadas locais pelos apoios continuados facultados, e ainda di-versos elementos do corpo de bombeiros, com destaque para o ex-segundo coman-dante, Jorge Paulo, que passou a o cial bombeiro supranumerário devido à sua ac-tividade na Força Especial de Bombeiros (FEB).

Destaque para a presença de representa-ções de associações de bombeiros gemina-das com Cacilhas (Voluntários Madeirenses e Voluntários de Lagoa), do presidente e do vice-presidente da Reviver Mais, Lourenço Baptista e França de Sousa, e de um con-junto apreciável de outros Crachás de Ouro

da Liga dos Bombeiros Portugueses. Entre estes, encontrava-se o antigo comandante daquele corpo de bombeiros e gura incon-tornável dos bombeiros portugueses, Jeso-fredo Serra da Silva.

A sessão solene contou com a presença da presidente da Câmara, de Natividade Coelho, em representação do Governo Civil de Setúbal, do comandante distrital Alcino Marques, em representação da Autoridade Nacional da Protecção Civil, de Rui Rama da Silva, em representação da LBP, de Manuel Conceição, em representação da Federação Distrital de Bombeiros, do presidente da Assembleia Municipal, José Manuel Maia e de representantes das juntas de freguesia.

CACILHAS

Autotanque substitui outro com 30 anos

AZAMBUJA

Comemorações do 77.º aniversário

32 JANEIRO 2009

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses � Director: Rui Rama da Silva � Editor Executivo: João Paulo Teixeira � Redacção: Patrícia Cerdeira � Revisão: Rolando Santos � Fotogra a: Rogério Oliveira � Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes � Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses � Contribuinte: n.º 500920680 � Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 � 1700-151 Lisboa � Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 89� E-mail: [email protected] e [email protected] � Endereço WEB: http://www.lbp.pt � Gra smo/Paginação: Elemento Visual � Design e Comunicação, Lda. � Av.ª Maria Luísa Braancamp, N.º 23, 1.º Dt.º., 2685-080 Sacavém � Impressão: Empresa Grá ca Funchalense, SA � Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 � Morelena � 2715-029 Pêro Pinheiro � Depósito Legal N.º 1081/83� Registo no ICS N.º 108703 � Tiragem: 11000 Exemplares � Periodicidade: Mensal

LOUVOR/REPREENSÃO

que, face à intempérie, frio, chuva e neve, e apesar da falta de meios, continuam a res-ponder �presente� em todas as chamadas.

À AutoridadeNacional de Protecção Civil

Aos bombeirosportugueses

por não ter sabido adequar os meios às res-postas que a intempérie exigiu, nem respon-der às necessidades dos bombeiros para tal.

Nos últimos meses, têm che-gado à ANMP várias pedi-

dos de clari cação relativamen-te ao montante a pagar aos co-mandantes operacionais muni-cipais, elementos criados no âmbito da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, a qual de ne o enquadramento institucional e operacional da protecção civil no âmbito municipal.

Apesar de o diploma estabe-lecer a organização dos servi-ços municipais e de nir os mol-des de criação do COM, na de-pendência hierárquica e funcio-nal do presidente de Câmara, em nenhum momento a legisla-

ção alude à carreira e salário a pagar a estes elementos que vêm sendo nomeados pelo Pais fora.

Em resposta às dúvidas de muitos autarcas, a ANMP en-viou em meados deste mês um parecer jurídico, não vinculati-vo, a várias câmaras, que não pretende ser mais do que uma mera �opinião�.

No parecer a que o �BP� teve acesso, é referido que o COM, nomeado em �comissão de ser-viço�, deve receber uma remu-neração que corresponda �à carreira técnica superior, num escalão acima da base, dada a

COMANDANTE MUNICIPAL:

ANMP ACONSELHA ORDENADO DE 1300 EUROS

Liga defende de niçãourgente do conteúdo

funcional dos COMA Lei n.º 65 de 2007, que institui a

polémica gura do comandante operacional municipal (COM), não faz qualquer referência à tabela salarial destes

elementos nomeados pelas autarquias. Num parecer enviado pela Associação

Nacional de Municípios Portugueses, esta propõe, a título de �referência�, que os

COM sejam equiparados a técnicos superiores de segunda categoria, a quem corresponde um salário de cerca de 1300

euros.

Texto: Patrícia Cerdeira

experiência pro ssional exigida na área de recrutamento, por exemplo, índice 415, o qual cor-responde ao vencimento de um técnico superior de segunda classe, com pelo menos três anos na categoria�.

Feitas as contas, nos primei-ros três anos de serviço, e ten-do como base a tabela salarial praticada na Administração Lo-cal, o COM deverá receber 1373.12 euros, valor que cor-responde a um técnico superior de segunda. Ao m de três anos na categoria, e no caso de as-cender a técnico superior de primeira, o salário deverá pas-sar para 1569 euros. A ANMP lembra, no entanto, que �não é dona das autarquias� e que este parecer é, por isso, �meramen-te indicativo�.

Apesar do valor considerado razoável pela ANMP, o �BP� sabe que a média salarial dos COM já em funções é superior. Casos há, ao que apurámos, em que os ordenados praticados ron-dam os 2500 a 3000 mil euros. Questionado sobre as discre-pâncias e injustiças que esta situação pode vir a gerar, Jaime Marta Soares, responsável da ANMP para a área da protecção civil, questiona a base jurídica em que estarão a basear-se os autarcas que estão a pagar �or-denados de luxo�.

�A tabela salarial da Adminis-tração Local está xada por lei da Assembleia da República. Por isso, não entendo como pode ser entendida caso a caso. A tabela é esta e tem de ser cumprida. Os comandantes operacionais municipais são técnicos como outros quaisquer e devem entrar na carreira per-correndo o mesmo caminho que os outros elementos das autar-quias. Em ano de eleições, situ-ações como estas só fragiliza-rão o sistema�, defende o res-ponsável, que lembra a �oposi-ção� que a ANMP fez desde sempre à gura do COM.

Já a Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) recusou fazer qualquer comentário ao parecer da ANMP. Contactado pelo �BP�, o presidente Duarte Caldeira sublinha apenas que é �urgen-te� de nir o conteúdo funcional destes elementos. �A Liga sem-pre se opôs à criação dos COM, mas, já que a lei foi aprovada � e insistimos que é um erro �, então de nam-se as competên-cias funcionais de cada um. Ser comandante municipal num concelho pequeno não é certa-mente a mesma coisa do que exercer as mesmas funções num outro concelho com mais população, elevada área ores-tal ou indústria do tipo Seveso�, conclui o responsável.

Dos dois feridos registados na explosão, seguida de incêndio, ocorrida recentemente nas instalações dos Bombeiros Vo-

luntários de Matosinhos � Leça, apenas um, o antigo bombeiro João Manuel Santos, de 60 anos, se mantém hospitalizado, com prognóstico reservado, no Hospital de S. João, no Porto.

O outro ferido, o subchefe António Coelho, de 37 anos, já teve alta médica, mas, segundo apurámos, não irá regressar ao serviço de imediato, face às sequelas de que sofre.

Decorrem, entretanto, as investigações relativas à origem do acidente, admitindo-se, contudo, que este se tenha cado a dever a um curto-circuito.

Da explosão seguida de incêndio resultaram danos nas insta-lações do quartel, nomeadamente na central de comunicações, e numa ambulância.

Aos dois feridos, José Manuel Santos e António Coelho, dese-jamos rápidas melhoras e o mais pronto restabelecimento.

MATOSINHOS � LEÇA

Um dos feridoscontinua em estado grave

A intempérie que se tem feito sentir em Portugal tem envolvido os bombeiros em múltiplas tarefas de socorro, nem sempre

conhecidas e reconhecidas.A zona de Bragança foi uma das regiões fustigadas pelo mau

tempo, com baixas temperaturas, neve e gelo.As imagens captadas pelo Paulo Ferro, dos Voluntários de Bra-

gança, e delegado da Juvebombeiro, atestam bem a inclemência do tempo e as di culdades vencidas pelos bombeiros.

BRAGANÇA

Bombeiros presentes no terreno