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Brasília – DF 28 de maio de 2015
Máximo Luiz Pompermayer Superintendente
O Programa de Eficiência Energética Regulado pela ANEEL e a Geração Distribuída
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética – SPE
Fórum sobre Eficiência Energética e Geração Distribuída
Sumário
1. Contexto Legal e Regulatório
2. Objetivos e Diretrizes Básicas
3. Estímulos à Geração Distribuída
4. Exemplos de Projetos com GD
5. Desafios e Perspectivas
Políticas de Eficiência Energética no Brasil (Setor Elétrico)
Lei no 8.987, de fevereiro de 1995, Art. 29. Incumbe ao poder concedente:
Inciso X: “estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio ambiente e conservação”.
Decreto no 2.335, de outubro de 1997, Anexo I, Art. 4º, À ANEEL compete:
Inciso IX: "incentivar o combate ao desperdício de energia no que diz respeito a todas as formas de produção, transmissão, distribuição, comercialização e uso da energia elétrica”.
Aspectos Legais e Regulatórios
CONTRATOS DE CONCESSÃO – 1997/1998 CLÁUSULA SEXTA – CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
A CONCESSIONÁRIA elaborará e submeterá, anualmente, à CONCEDENTE, plano de ações visando ao incremento da eficiência no uso e na oferta de energia elétrica....
Art. 1o As concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica ficam obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, setenta e cinco centésimos por cento de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e, no mínimo, vinte e cinco centésimos por cento em programas de eficiência energética no uso final... I – até 31 de dezembro de 2005, os percentuais mínimos definidos no caput deste artigo serão de cinqüenta centésimos por cento, tanto para pesquisa e desenvolvimento, como para programas de eficiência energética na oferta e no uso final da energia. Lei no 11.465, de março de 2007: I – até 31 de dezembro de 2010... Lei no 12.212, de janeiro de 2010: I – até 31 de dezembro de 2015...
Lei no 9.991, de 24 de julho de 2000
Aspectos Legais e Regulatórios
Regulamentação Vigente
Resolução Normativa No 556, de 02/07/2013
O objetivo do PEE é promover o uso eficiente e racional de energia elétrica em todos os setores da economia por meio de projetos que demonstrem a importância e a viabilidade econômica de ações de combate ao desperdício e de melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais de energia.
Para isso, busca-se maximizar os benefícios públicos da energia economizada e da demanda evitada no âmbito desses programas.
Busca-se, enfim, a transformação do mercado de energia elétrica, estimulando o desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de hábitos e práticas racionais de uso da energia elétrica.
Objetivos
Definição das regras para aplicação do recursos.
Fiscalização dos projetos e investimentos realizados.
Avaliação e acompanhamento dos projetos realizados.
Divulgação dos resultados e benefícios proporcionados.
Instrumentos
Relação Custo-Benefício d 0,80*.
Selo PROCEL de Eficiência Energética.
Plano de Medição & Verificação dos resultados.
Exigência de contrato de desempenho para empresas.
No mínimo 60% dos recursos para consumidores beneficiados pela Tarifa Social de Energia Elétrica –TSEE (Lei no 12.212/2010).
No mínimo 50% dos recursos não vinculados à TSEE para os dois setores (classes de consumidores) com maior consumo.
Regras e Diretrizes Básicas
*Exceto para projetos “especiais”.
Arranjo Institucional
1. Sistema Elétrico • Energia economizada • Demanda evitada • Postergação de investimento
2. Governo (executivo e legislativo) • Aspectos sociais, políticos e ambientais
3. Distribuidoras
• Redução das perdas comerciais • Marketing institucional • Postergação de investimentos
4. ESCOS, Fabricantes e Comerciantes
• Fortalecimento e ampliação do mercado de eficiência energética
5. Consumidores • Redução no valor da fatura de energia elétrica
Diversidade de Interesses
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Eficiência Energética SELIC ⇒
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Onde e como aplicar os recursos?
Estímulos à Microgeração
Estímulos à Microgeração
Entende-se como geração a partir de Fonte Incentivada a central geradora de energia elétrica com potência instalada menor ou igual a 100 kW, no caso de microgeração, ou com potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW , para o caso de minigeração, que utilize fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL (REN 482/12), conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.
Conceito de Fonte Incentivada
Estímulos à Microgeração
Condição Básica
Só poderão ser realizados investimentos em geração de energia a partir de fontes incentivadas com recursos do PEE se as ações de eficiência energética economicamente viáveis apuradas em diagnóstico energético nas instalações do consumidor beneficiado, de acordo com o estabelecido no Módulo 7 (Cálculo de Viabilidade), forem ou já tiverem sido implementadas.
Estímulos à Microgeração
Demais Requisitos Descrição do projeto, incluindo:
Fonte(s) e tecnologia(s) utilizada(s) Energia economizada e demanda evitada Setor e unidade(s) consumidora(s) atendida(s) Capacidade de geração e critérios de operação Descrição técnica da planta e conexão à rede Especificação dos equipamentos e custos Cronograma físico e financeiro do projeto Plano de Medição e Verificação (M&V) Possibilidades de replicação no mercado local Outros benefícios e impactos do projeto
Estímulos à Microgeração
Análise da Viabilidade Econômica
1. A energia economizada e a demanda evitada são valorados pela tarifa paga pelo consumidor.
2. Relação Custo-Benefício (RCB) d 1,0
3. Exclusão de investimentos feito pelo consumidor ou por terceiros (contrapartida) no cálculo da RCB.
4. Inclusão de outros benefícios mensuráveis: combustível, água, redução de custos operacionais, ganhos de produtividade, melhoria da qualidade do produto ou do serviço prestado, impactos ambientais, etc.
Estímulos à Microgeração
Exemplo de Projeto com Fonte Incentivada Grupo ENEL (Ampla/Coelce): Ações de Eficiência Energética na substituição de condicionadores de ar e lâmpadas e geração solar fotovoltaica em 60 unidades consumidoras (30 + 30) com eletrodependentes.
Ampla
Coelce
Estímulos à Microgeração
Exemplo de Projeto com Fonte Incentivada Grupo ENEL (Ampla/Coelce): Ações de Eficiência Energética na substituição de condicionadores de ar e lâmpadas e geração solar fotovoltaica em 60 unidades consumidoras (30 + 30) com eletrodependentes.
Ampla
Coelce
Estímulos à Microgeração
Exemplo de Projeto com Fonte Incentivada (CEMIG)
Ampla
Coelce
Tipologia: Cogeração – biomassa (3,0 MW)
Consumidor: Indústria de rações Patense – Itaúna-MG
Situação Atual: em implantação – conclusão prevista para julho de 2015.
Energia Gerada/Economizada: 12.745 MWh/ano)
Demanda Evitada na Ponta: 3,0 MW
Investimento: R$ 16 milhões
Relação Custo-Benefício: 0,67
Toneladas de CO2 Evitado: 7.557
Estímulos à Microgeração
Exemplo de Projeto com Fonte Incentivada (CEMIG)
Ampla
Coelce
A planta de cogeração proporcionará o atendimento de 92% da demanda de energia elétrica da empresa, além de atender toda a necessidade de vapor de processos, utilizando cavaco de madeira de reflorestamento certificado.
Estímulos à Microgeração
Exemplo de Projeto com Fonte Incentivada (CEMIG)
Ampla
Coelce
Tipologia: Cogeração – Gás de alto forno (5,0 MW)
Consumidor: Plantar Siderurgia – Sete Lagoas -MG
Situação Atual: Concluída
Energia Gerada/Economizada: 28.097 MWh/ano)
Demanda Evitada na Ponta: 4,1 MW
Investimento: R$ 27 milhões (R$ 5,87 milhões de contrapartida)
Relação Custo-Benefício: 0,66
Toneladas de CO2 Evitado: 16.660
Estímulos à Microgeração
Exemplo de Projeto com Fonte Incentivada (CEMIG)
Ampla
Coelce
Aproveitamento do Gás de Alto Forno gerado no processo de produção do ferro gusa em unidade industrial para a geração de energia elétrica utilizada no processo, com excedente injetado na rede de distribuição da Cemig e disponibilizado para comercialização eventual ou temporária.
Estímulos à Microgeração
Exemplo de Projeto com Fonte Incentivada (CEMIG)
Ampla
Coelce
Tipologia: Geração solar fotovoltaica (300 kW)
Consumidor: Algar Tech – Uberlândia-MG
Situação Atual: Concluída
Energia Gerada/Economizada: 28.097 MWh/ano)
Investimento: R$ 2,2 milhões
Relação Custo-Benefício: 0,95
Resumo: A energia produzida na usina fotovoltaica está sendo utilizada nas próprias instalações da empresa, que possui um data center com área de 600 m² e 4.000 posições de atendimento, gerando uma economia de aproximadamente 30% do consumo de toda a planta (equivalente ao consumo médio de 200 residências).
Estímulos à Microgeração
Exemplo de Projeto com Fonte Incentivada (CEMIG)
Ampla
Coelce
Consumo x Investimentos por Classe
Fonte: SPE/ANEEL – Boletim de Informações Gerenciais (MAR/2014)
Fonte: EPE – Boletim de consumo anual de energia elétrica por classe (MAR/2014)
Lei 12.212/2010 (Alteração do art. 1º da Lei nº 9.991/ 2000):
“As concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica deverão aplicar, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos recursos dos seus programas de eficiência para unidades consumidoras beneficiadas pela Tarifa Social”.
Desafios e Perspectivas
1. Chamada Pública de Projetos
2. Projetos estratégicos (P&D) e prioritários (EE) para
estimular ainda mais a micro e a minigeração
3. Mecanismos tarifários que estimulam o uso eficiente e
racional de energia (tarifas diferenciadas, bandeiras
tarifárias, energia pré-paga, etc.)
4. Rede elétrica inteligente e inovações tecnológicas
Desafios e Perspectivas
http://www.aneel.gov.br
Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética – SPE
Tel.: (61) 2192-8918 [email protected]
SGAN 603 Módulo J CEP 70830-030 Brasília – DF