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O público e o privado para além do Estado Social 1 Henrique Lima Quites Sumário: 1 Introdução – 2 A dicotomia público/privado – 3 A nova (de)formação estatal – 3.1 A tentação pósmoderna: o Estado gerencial – 4 Reflexos no Direito Administrativo: as raízes nacionais – 4.1 O Direito Administrativo brasileiro: entre fontes legais e pretorianas – 5 Cenários efêmeros – 6 Conclusão – Referências Palavraschave: Estado moderno. Pósmodernidade. Dicotomia público/privado. Reformas do Estado. Direito administrativo. 1 Introdução Dalmo Dallari, na obra Elementos de teoria geral do Estado, ressalta a existência de duas espécies de sociedades, classificadas conforme distintos propósitos: as de fins particulares, com metas bastante especificadas e escolhidas por seus próprios membros; e as sociedades de fins gerais, cujo “objetivo, indefinido e genérico, é criar as condições necessárias para que os indivíduos e as demais sociedades que nela se integram consigam atingir seus fins particulares”. 2 As sociedades de fins gerais são usualmente designadas sociedades políticas, tendo como seu expoente o Estado, a maior e mais importante espécie dessa categoria. 3 O significado e a origem do vocábulo Estado merecem, portanto, algumas considerações. Martin van Creveld abre sua obra Ascensão e declínio do Estado asseverando que a palavra possui variadas definições. 4 No Dicionário de Filosofia de Nicola Abbagnano, o verbete Estado é inicialmente conceituado como “a organização jurídica coercitiva de determinada comunidade”, 5 tendo sido Maquiavel o primeiro autor a difundilo em sua concepção moderna, ainda nos idos do século XV, em pleno Renascimento, momento no qual a Europa já começava a consolidar uma centralização do poder político em detrimento ao atomizado sistema feudal. Na célebre introdução de O Príncipe, o autor florentino assim expõe: “Todos os estados, todos os domínios que imperaram e imperam sobre os homens foram e são ou repúblicas ou principados”. 6 Com a derivação advinda da palavra latina status, que até então era empregada com um significado genérico (“situação”), somente em Maquiavel o vocábulo passaria a ganhar uma acepção mais específica, sendo então entendida como sinônimo de poder exercido em determinado território. Por sua vez, Mario de La Cueva, citando Hermann Sacher, explica que “el término estado fue ajeno a la Antigüedad, época en la que se usaron las denominaciones de polis, res publica e imperium”. 7 Tendo em vista a adoção do idioma latino como referência cultural no período da Idade Média, o instituto passou a ser empregado sob a denominação civitas, que traduzia do grego a palavra polis e representava a máxima organização de indivíduos sobre determinado território em virtude de um poder de comando. Res publica significava a união de civitas, ou seja, o conjunto das instituições políticas de Roma. Já, imperium, foi a terminologia utilizada para distinguir o poder secular do poder eclesiástico, representado pela personificação, no rei, da supremacia do Estado. Fórum Administrativo ‐ FA Belo Horizonte, ano 11, n. 120, fev. 2011 Biblioteca Digital Fórum de Direito Público Cópia da versão digital

O Publico e o Privado_ Henrique Lima Quites

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  • OpblicoeoprivadoparaalmdoEstadoSocial1HenriqueLimaQuites

    Sumrio:1Introduo2Adicotomiapblico/privado3Anova(de)formaoestatal3.1Atentaopsmoderna:oEstadogerencial4ReflexosnoDireitoAdministrativo:asrazesnacionais4.1ODireitoAdministrativobrasileiro:entrefonteslegaisepretorianas5Cenriosefmeros6ConclusoReferncias

    Palavraschave:Estadomoderno.Psmodernidade.Dicotomiapblico/privado.ReformasdoEstado.Direitoadministrativo.

    1Introduo

    DalmoDallari,naobraElementosdeteoriageraldoEstado,ressaltaaexistnciadeduasespciesdesociedades,classificadasconformedistintospropsitos:asdefins particulares,commetasbastanteespecificadaseescolhidasporseusprpriosmembroseassociedadesdefinsgerais,cujoobjetivo,indefinidoegenrico,criarascondiesnecessriasparaqueosindivduoseas

    demaissociedadesquenelaseintegramconsigamatingirseusfinsparticulares.2Associedadesdefinsgeraissousualmentedesignadassociedadespolticas,tendocomoseuexpoenteoEstado,a

    maioremaisimportanteespciedessacategoria.3OsignificadoeaorigemdovocbuloEstadomerecem,portanto,algumasconsideraes.

    MartinvanCreveldabresuaobraAscensoedeclniodoEstadoasseverandoqueapalavrapossui

    variadasdefinies.4NoDicionriodeFilosofiadeNicolaAbbagnano,overbeteEstado

    inicialmenteconceituadocomoaorganizaojurdicacoercitivadedeterminadacomunidade,5

    tendosidoMaquiaveloprimeiroautoradifundiloemsuaconcepomoderna,aindanosidosdosculoXV,emplenoRenascimento,momentonoqualaEuropajcomeavaaconsolidarumacentralizaodopoderpolticoemdetrimentoaoatomizadosistemafeudal.NaclebreintroduodeOPrncipe,oautorflorentinoassimexpe:Todososestados,todososdomniosqueimperaram

    eimperamsobreoshomensforamesoourepblicasouprincipados.6

    Comaderivaoadvindadapalavralatinastatus,queatentoeraempregadacomumsignificadogenrico(situao),somenteemMaquiavelovocbulopassariaaganharumaacepomaisespecfica,sendoentoentendidacomosinnimodepoderexercidoemdeterminadoterritrio.Porsuavez,MariodeLaCueva,citandoHermannSacher,explicaqueeltrminoestadofueajenoalaAntigedad,pocaenlaqueseusaronlasdenominacionesdepolis,respublicae

    imperium.7

    TendoemvistaaadoodoidiomalatinocomorefernciaculturalnoperododaIdadeMdia,oinstitutopassouaserempregadosobadenominaocivitas,quetraduziadogregoapalavrapoliserepresentavaamximaorganizaodeindivduossobredeterminadoterritrioemvirtudedeumpoderdecomando.Respublicasignificavaauniodecivitas,ouseja,oconjuntodasinstituiespolticasdeRoma.J,imperium,foiaterminologiautilizadaparadistinguiropoderseculardopodereclesistico,representadopelapersonificao,norei,dasupremaciadoEstado.

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  • Aproximandosedesseltimosentido,naconcepohobbesiana,porexemplo,ograndiosoLeviatfoiexpostocomo:

    (...)umapessoainstitudapelosatosdeumagrandemultido,mediantepactosrecprocosunscomosoutros,comoautora,demodoapoderusaraforaeosmeiosdetodos,damaneiraqueacharconveniente,paraassegurarapazeadefesacomum.OtitulardessapessoachamaseSoberano,esedizquepossuiPoder

    Soberano.Todososrestantessosditos.8

    AsproposiesdeThomasHobbes,traadasemmeadosdosculoXVIIparaacriaodeum

    HomemArtificialchamadoEstado9encontramseusfundamentosembasesabsolutistas.Paraoreferidoautor,avidaemcomunidadedemandaainstituiodeumpoderverticalabstradodeparticularidadesecomaforanecessriaparaimporaordempblica.Cenrioqueseafastadasfigurasisoladaspresentesnosistemafeudal,ondeatentoerammantidossistemasparalelosdedominao,comoosexercidossimultaneamentepelaIgreja,pelonobreproprietriodeterrasepelorei.Elresultadofinaldetodoelloesunconglomeradodenumerosasunidadesdedominacingrandes,pequeasyminsculas,conexionadasentres,lasmsdelasvecescontractualmente,

    porelflojovnculofeudal.10

    Caracterizandosecomoumanovaestruturaosuperpostasdiversasinflunciasatento

    vigentesnaIdadeMdia,autorescomoHermannHeller11eJooCarlosTorres12consideramacentralizaodepoderprovenientedaEraAbsolutistaomomentohistricoemquesecomeouadelinearaconcepodeEstadoconhecidanacontemporaneidade.Paratanto,renemseaspectoscomoasoberania,adespatrimonializaoedespersonalizaodopoder,formandoumatradedecondicionanteselementaresparaasuaconstruo.Nomesmosentidoe,conformeLuciano

    Gruppi,13oEstadoModernopodeserencontradonamedidaemqueseinstituiumasoberaniaplena,umantidaseparaoentreopoderpolticoeasociedadecivil,almdeumadiferenciaoentreopatrimniopblicodoprivado.

    Valendoseagoradeumadelimitaotemporalespecfica,osurgimentodoEstadomodernopode

    serremetidoaoanode1648,apartirdacelebraodachamadaPazdeVestflia(ouWestflia),14

    pocaemqueseassinalouoinciodoreconhecimentodasoberaniaestatalcomoestabelecimentodevriostratadospondofimGuerradosTrintaAnos.Apartirdeento,tambmforamconsideradoscertosatributosessenciaisparaonascimentodeumenteconsentneoaoqueseconhecenaatualidade,comoadivisoterritorial,orespeitoaopodersoberanodecadanaoeaseparaoentreapessoadogovernanteedosgovernados,estaltimaenvolvidapelaclivagementrediferentesesferas:apblicaeaprivada.

    2Adicotomiapblico/privado

    Aseparaoentreopblicoeoprivadopodeserclassificadacomoumadaquelasgrandes

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  • dicotomias,15locuodeNorbertoBobbio,queseconstituiuaolongodahistriaemarcouopensamentopolticoesocialnoocidente.OriginrianaRomaAntiga,adivisoassentou,deumlado,oestudodaorganizaodoImprioRomanoe,deoutro,areuniodetemasconcernentesaosinteressesparticulares.

    ComoexplicaHannahArendt,adistinoentreumaesferadevidaprivadaeumaesferadevidapblicacorrespondeexistnciadasesferasdafamliaedapolticacomoentidadesdiferentese

    separadas.16Sendoassim,noqueserefereaodomnioparticular,abrangiaasnecessidadesdohomememsuacondioanimal,sendoolocalapropriadoondesealimentava,descansava,laborava,etc.

    Acasaeraoncleoondesemantinhamoslaosfamiliares,marcadospelasgrandesdiferenasentrenveishierrquicosdecadaumdeseuscomponentes.Eratambmolugarparaoexercciodeatividadeslaborais,queporsinalnoseenquadravamnosignificadodapalavratrabalho,comoconhecidausualmente.AindanoencalodopensamentodeArendt,olaboreraentendidoporserumprocessodeproduodebensimprescindveispreservaodavida,sendosempreligadoessencialmenteaoprprioconsumo,comoocultivodealimentos,porexemplo.

    Considerandoquenaesperaprivadaohomemlimitavaseasuprirobrigaesdeacordocomsuascondiesdesobrevivnciabiolgica,jamaisseriapossvelquedesfrutassedeliberdadenesseespao.Oambienteprivadoera,portanto,olocalapropriadoparaocumprimentodasobrigaesnaturais.

    Iralmdessescontornosseconfiguravaprivilgiosomentedosqueseenquadravamcomocidados.Ocidadoeraaquelequeexerciasuasatividadesnapolis.Diferentementedolabor,praticadonombitodomstico,asaes,realizadasnosptioscitadinos,conferiamaohomemdignidadeeliberdade.Distantedahierarquizaofamiliar,oambientepblicoproporcionavaaigualdadeentretodos,tornandoselocalpropcioutilizaodapalavra,atravsdodiscurso,quesematerializavanaaopoltica.Essaeraaideiaoriginriadedistinodasduasreas,quereservavaaoambientepblicoolugardaao,doencontrodoshomenslivresquese

    autogovernam,eaoambienteprivado,orecintodacasa,dasatividadestpicasdesobrevivncia.17

    Namodernidade,adicotomiaganhaoutroscontornosapartirdosurgimentodoEstadoedaconsequentegeneralizaodanoodosocial,queseaproximadaesferapblicaeseopeaolocusprivado.OEstadochegacomafinalidadeelegitimidadederepresentarerealizarosinteressesdavontadegeral,sendoumcorpoabstratodotadodepoderessoberanos.

    Apartirdeento,comosesubentendequeasrelaesprivadassejamutilitriasnumsentidoestritoeaspblicassejamabrangenteseneutras,visandoaobemdetodos,dirsequeo

    interessepblicopreponderasobreoprivado.18Aideiadessapreponderncia,assinaladapelaexpansodospoderesestatais,ocorreriaatainsurgnciadoperodoliberal,inicialmenterepresentadopelasRevoluesBurguesasdossculosXVIIeXVIII,pocaemqueadefinioda

    referidaclivagem,aolongodahistria,setornariamaisvisvel.19

    Aaxiologiadacontraposioaquidiscutidapassaadefinirocampodacoisapblicacomosendoaquelerevestidodeuminteressegeralformadordaunidadedopensamentocoletivoedaesferaprivadacomosendoaqueleespaoondesobressaiaautonomiadevontadesnaperseguiode

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  • interessesparticulares.Emoutraspalavras,estabeleciaseaimagemdeque,aosepensareminteressepblico,pensase,habitualmente,emumacategoriacontrapostadeinteresseprivado,

    individual,isto,aointeressepessoaldecadaum.20

    Emboraprepondereaindeterminaodecomoalcanlaeadificuldadedesuadefinioprecisa,podeseafirmarqueodomniodavontadegeral,durantetodaaeramoderna,estevenasmosdoEstado.Porcerto,seusfundamentoslegitimadoresseencontramarraigadosnesseinteressepblicoque,paraserealizar,impeleaconstruodeumespaodiametralmenteopostoaoprivado.SeguindoopensamentodeBobbio,forosoressaltarofatodeque,sejamquaisforemasrazeseomomentohistricodonascimentodadicotomiaclssicapblico/privado,seureconhecimentorefleteasituaodeumgruposocialnoqualjocorreuadiferenciaoentreaquiloquepertence

    aogrupoenquantotal,coletividade,eaquiloquepertenceaosmembrossingulares.21

    Comoconsectriolgicodetodadicotomia,quandoumdospolosseexpande,ooutro,necessariamente,secontrai.Essaexpansotraduzoconjuntodevaloresvigentesemdeterminadotempo,sofrendovariaesconformediferentespocas,contextosearranjosinstitucionais.SenaFranadeJacquesChevallierodomniopblicoeraprecisamenteentendidocomoaquelerelacionadoaointeressegeraleodomnioprivadoreferiasequelerestritoainteressesparticulares,hoje,aslidaeimpermevelbarreiraentoexistenteentreambasasproposiesseliquefaz,dandosinaisdequeadivisoaparentaestarseenfraquecendo:

    Seadistinopblico/privadofoidurantelongotempovivenciadaemtermosdeevidnciaaxiomtica,essascertezassodoravantecomprometidaspelaincertezadasfronteiraseoesfacelamentodossignosdistintivosquemarcamaespecificidade

    dopblico,assim,aconstituiosimblicadoEstadoseencontraameaada.22

    EisumanovaconcepodeEstado,queseadentranosamlgamastrazidospelapsmodernidadeesetransfiguraaosomdeinsurgentesdesgnios,aproximandofigurasclassicamentedistintasrevisitando,comisso,asprpriasbasesconstrudasnaerapsabsolutista.

    3Anova(de)formaoestatal

    AsltimasdcadasdosculopassadoforammarcadaspelorecrudescimentodasdoutrinaseconmicasortodoxasemvirtudedacrisefiscalquesolapavaacapacidadedosmodelosdeBemEstarSocialedesenvolvimentistasdeEstadonaEuropaeAmricaLatina,respectivamente.Almdesuasestruturasburocrticaspassaremaseracusadaspelaincapacidadedeatenderscrescentesdemandassociais,ocontextotambmfoimarcadoporperodosderecessooudesaceleraodastaxasdecrescimentoemvriospases,agravadaspelascrisesdodlaredo

    petrleo.23

    Aproveitandosedessecenrionegativo,astendnciasneoliberaisganhavamsobrelevo,tendocomomarcoimportante,nofinaldadcadade1980,aspropostasparaaconfiguraodeum

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  • EstadoMnimotraadasnoConsensodeWashington,tidascomoumaverdadeiracartilhasobrecomoaplicarasteoriasneoliberaisnossistemaseconmicos,notadamenteempasesdaAmricaLatinaeLesteAsitico.OavanodaatuaodoPoderPblicopassa,ento,porumarevisosubstancial,eosdiscursosdepensadoresliberaisclssicoscomoFriedrichHayek,ganhamvoga,defendendoumaconcepodeEstadolimitadacriaodeinstrumentosparapreservaoe

    mximoincrementodasrelaeslivrementeestabelecidasnaesferaprivada.24

    Noentanto,anosdepois,acrescentefragilizaodaseconomias,adesestruturaodosmercadosemgeraleoaumentodamisrianosEstadosseguidoresdetaisfundamentosacabadeixandosclaras,maisumavez,osmalefciosdaausnciadecontrolespblicosfrenteaosabusosdoexercciodeliberdadesnumsistemacapitalistanaturalmenteconcorrencialeexcludente.Talproposta,ento,(...)demonstrouserirrealistadopontodevistaeconmico(noproduzia

    desenvolvimento)epoltico(notinhaapoionoseleitores).25

    Comoformaalternativa,novasideiasdereestruturaodamquinapblicaentramemcena,rapidamentedifundidaspelosideriosglobalizantesebaseadasprincipalmentenateoriadapublic

    choice,26pregandoumaparticipaocomportadaeeconomicamenteeficientedoEstado.Apartirdessaperspectivaterica,passaseaexigirqueaatuaoestatalfossegileembuscaderesultadosconcretos,omaisprximapossveldaformadeatuaoconcebidanombitoempresarial.Emsntese:

    Aliomaisimportanteaseraprendidacomateoriagerencialdeumasimplicidadeconstrangedora:paredefazermuitascoisasmalecomeceafazerpoucascoisasbem.(...)Assim,opontocrticonoconsisteemreduziroEstado,masemtornlomaiseficiente.(...)Tradicionalmente,osetorpblicotemsidoimunesmelhoriasdeprodutividadequevarremosetorprivado.Umapropostafreqenteparaeliminarohiatodeprodutividadeforarosetorpblicoaaprender

    mtodosgerenciaisdosetorprivado.27

    Apartirdeento,omercadopassaaservistocomoparmetroasercopiado,verdadeirosinnimodeeficinciae,portanto,ummodelodeadministraosemasuainflunciaestariafadadoacaminharemtendnciascontrriasaessevis.NaspalavrasdeOwenHughes:

    Laraznprincipaldeleclipsedelmodelotradicionaldeadministracinseencuentra,simplemente,enlaconstatacindesumalfuncionamientoy,adems,enlapercepcindequenofuncionarabiennuncams.Losgobiernossedieroncuentadeestasituacinyempezaronaponerendudaalgunosdelospreceptosbsicosdel

    modelotradicional.28

    Nessecontexto,enquantooverboflexibilizartraduziaanecessidadedeadaptaodaatividade

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  • administrativaemcenriosefmeros,naeradainformaodigital,avelhaburocraciatornavasemotivodeescrnio,verdadeirosinnimodeumaconceporetrgadadeEstadoeinapropriadaparaaproduoderesultadosconcretos.

    TodaacrisedosistemanofinaldosculoXXfomentouadiscussodosconceitostradicionaisatentoconhecidosdeadministraopblica,exigindodiversasreestruturaes,principalmentequantoaogastocompessoaleinvocandoanecessidadedoaumentodaeficinciaeeficcia

    governamental.29Nocenrioeconmico,oEstadopassaaservistocomoummalnecessrioe,emrazodesuasinmerasfalhas,deveriadeixardeserprestacionalparaserestringirssuasaesessenciais,comoasdecarterregulatrio,garantidoras,porexemplo,depolticasdeseguranapblicaedoexercciodopoderdepolcia.

    Nessesentido,fortescrticassobreaextensodasaesdoEstadovierambaila,juntamentecomexignciasdeummanejoresponsveldodinheiropblico,querepercutiramemprivatizaeselegislaesrestritivasaogastodesassociadodereceita.Aesferapblicaestatal,segundoomodelosurgidonofinaldosculoXX,necessitariaserlimitadaedotadadetcnicasadministrativasgerenciais,devendopermanecerfocadonaconsecuoderesultadosaoinvsdeglorificar

    procedimentos.30

    Instrumentosflexibilizadoresencontradosnainiciativaprivadapassamaserpaulatinamenteincorporadosparareduzirresquciosburocrticosaindapersistentes.Regimesjurdicosdepessoalredesenhados,formasderemuneraovarivel,mensuradasapartirdocumprimentodemetas,terceirizao,privatizaesediversosinstrumentosdeparceriascomorganizaesprivadascomeamafazerpartedonovocontextoinseridonombitodamodernaadministraopblica.

    Ocenrionacional,incertoemumiderioglobalizanteondeavelocidadeeovolumedasinformaestrespassamummesmosegundopelosquatroscamposdoplaneta,nopoderiadeixardesofrertodasessasinfluncias,quenaesferaadministrativaserenemnaexpressonovagestopblica(newpublicmanagement).

    Muitasdesuaslies,obtidasapartirdametodologiautilizadanaadministraodeempresas,

    foramsistematizadasnochamadoPlanoDiretordaReformadoAparelhodoEstado, 31projetopilotoquepropunhareformaraAdministraoPblicabrasileiraseguindoosditamesdoparadigmagerencial.Essareconfiguraodosmodelosdeorganizaoadministrativaacompanhaarevisodaprpriaideiadeatuaoestatal,queminimizaseucarterdeintervenosocialparasobrelevarsuaparticipaoregulatriaedefomentoiniciativaprivada.

    3.1Atentaopsmoderna:oEstadogerencial

    Seguindoumatendnciamundial,anovareformadoaparelhodoEstadobrasileiroinspirouse,principalmente,nasinovaesdepasescomoEstadosUnidos,InglaterraeNovaZelndia.Implantadaapartirde1995,nombitodoMARE(MinistriodaAdministraoeReformadoEstado),tevecomoseuprincipalmentoroentoMinistroLuizCarlosBresserPereira.ParaEmersonGabardo,

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  • NoBrasil,assimcomoemvriosoutrosEstadoscaracteristicamenteinterventores,observousenasduasltimasdcadasdosculoXXumprocessodereformadoEstado,comclarovisliberalizante,desestatizanteeflexibilizador,aindaquecom

    nuanasbastantediferentesemcadalocal.32

    importantesituarque,aocontrriodaReformarealizadanaeradeGetlioVargas,instauradanosanos30,osventosreformistascontemporneosselanavamnomaissobreumaestruturalestatalemvastocrescimento.Almdisso,asprecauesporumtratamentoobjetivoepelagarantiadeimparcialidadedeatoreseprocessostambmnomaisseconstituamcomometasprecpuasdosistema.Propunhase,aocontrrio,umaconcepodeEstadoreduzida,pormdinmica,capazdeproduzirresultadossatisfatriossemdeixardeserfinanceiramenteresponsvel.

    ConsoanteprofereBresserPereira,areformagerencial33brasileirapartiudaexistnciadequatrosetoresdoEstado:oncleoestratgicoasatividadesexclusivasosserviosnoexclusivosou

    competitivoseaproduodebenseserviosparaomercado.34

    Odenominadoncleoestratgicoseriaotopodapirmideestatal,congregandoosrgosdogovernoque,emsentidolato,seriamresponsveispeladefiniodeleisedepolticaspblicas,juntamentecomaquelescompetentesparacobrarseucumprimento.Asatividadesexclusivascorresponderiam,naspalavrasdeMariaSylviaDiPietro,quelas(...)quesoEstadopode

    prestar,ondeentramospoderesderegulamentar,fiscalizar,fomentar. 35 O s serviosnoexclusivos,porsuavez,seriamaquelesemqueoPoderPblicoatuariasimultaneamentecomoutrasorganizaesprivadasoudecarterpbliconoestatal.Nostermosdareforma,taisservios,pornoseremexclusivos,deveriamsertransferidosparaumregimepbliconoestatal,(...)isto,utilizarorganizaesdedireitoprivadomascomfinalidadespblicas,semfins

    lucrativos36financiadasousubsidiadaspeloEstado.Almdaextinodeentidadesdocorpo

    estatal,transformadasemOrganizaesSociais(OS),37aAdministraopoderiarealizaroutrasparcerias,valendosetambmdasOrganizaesdaSociedadeCivildeInteressePblico

    (OSCIPs),38firmandocontratosdegestooutermosdeparceria,respectivamente.Jnoqueserefereaosetordeproduodebenseserviosparaomercado,quecorrespondeaoambientedeatuaodasempresasestritamenteembuscadalucratividade,aprincipalpropostaeraacontinuidadedoprogramadeprivatizaes.

    Apartirdessaconceposetorializada,distinguindoasdiferentesmodalidadesdoagirestatal,possvelcompreenderosfundamentosqueinstigaramarealizaodasalteraesnaAdministraoPblica,suaformadeaplicabilidade,bemcomovisualizarasdiretrizesdaconcepodeEstadoaserimplantada.Tomandocomopressupostoascaractersticasdasorganizaesprivadas,buscava

    seinserirconceitosconsoanteaperspectivadeseestabelecerumagestopelaqualidadetotal39

    tambmnombitodaAdministraoPblicaereformarumgovernoburocrticoeinsatisfatrio

    diantedasnovasexigncias.40

    Emboraanovagestopblicadepositeacrenadequeaeficinciapodeserencontradaforadoarqutipoestatal,mantendoseumpetoemproldadelegaodeserviosparaentidadesprivadas

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  • (includasaquelasdenominadaspblicasnoestatais),verificasequeseusinstrumentosdecontrolesoapenasidealizados,(...)poisnaprticanohatransparnciaesperadaenem

    mecanismosparaqueocontroleocorra.41Nessesentido,asimplestransposiodemodismos

    gerenciais42utilizdosemempresasprivadasparaocampodaAdministraoPblicacapazdeocasionarumasriedeproblemasemvirtudedasdiferenasentreseusfundamentosinstitucionais,especialmenteemvirtudedasprimeirasfazeremusodecontrolesmercadoe,asorganizaesestatais,decontrolespolticos.Omodelogerencial,emboratenhaseaperfeioadoemvriosaspectosfinalsticos,sobainflunciadaticademercado,acabaporpromoverarelativizaodebasesburocrticasessenciaispreservaodadicotomiapblico/privado,acarretandoperigosafragilizaonasestruturasdessesistemadeEstadopssocial.

    4ReflexosnoDireitoAdministrativo:asrazesnacionais

    SeguindoasconcepesclssicasdaescolafrancesadeDireitoAdministrativoherdadasporpasesdetradioromanogermnica,comooBrasil,podeseafirmarqueadministrararespublicatrazinerentementeconsigocertasprticasquesetornamdissonantesquandocomparadasformadesegerenciarumainstituioprivada.AsprpriasparticularidadesinerentesaosdoistiposdeorganizaesadvmdaconhecidadicotomiaentreoDireitoPblicoeoDireitoPrivado,cujaessnciapodeserencontradanoseguintetrechoproduzidopelojuristaromanoDomcioUlpiano:odireitopblicodizrespeitoaoestadodacoisaromana,polisoucivitas,oprivadoutilidade

    dosparticulares(Digesto,1.1.1.2).43

    Partindodessapremissa,asaesexercidasporqualquergestorpblicodevemseramparadasporumconjuntoderegrasenorteadasporprincpiosjurdicospublicsticos,comoconditiosinequanon

    paraseprocedersecundum legiseemconsonnciacomoDireito.44Emoutraspalavras,la

    administracinpblicaeslaejecucindetalladaysistemticadelderechopblico45e,pelofatodeformulareexecutaraeseserviosemproldasociedade,deversatisfazernecessidadecoletiva,sobregimejurdicopredominantementepblico(...),abrangendoatividadesque,porsua

    essencialidadeourelevnciaparaacoletividade,foramassumidaspeloEstado.46

    ValedizerqueSabinoCasseseressaltaadificuldadedeseobterumadistinoprecisaentreoramodacinciajurdicadenominadoDireitoAdministrativoeseurespectivoobjetodeestudo,a

    AdministraoPblica.47Todososinfluxosreformistassobrevindosnasltimasdcadasforameestosendoresponsveispeloensejodegrandestransformaesnaformadesepensareconduziragestodarespublica.Porconsequncia,dificilmenteseriapossvelanalisaraevoluodeinstrumentosnormativossemconsiderarasdiversasreformulaesqueestoocorrendonocontextoprtico,emergentesdoobjetoregulado.

    Todavia,essatarefaseconfiguraaindamaisextenuantequandoosinstitutosreguladorespassamareceberinterpretaesequivocadas.Especialmentenacontemporaneidade,notaseumdiscursocadavezmaisimpetuosoemproldacontenodoschamadospoderesdoDireitoAdministrativo,tidoscomoumaspectoautoritrioaindarecalcitrantenoordenamentojurdicoequenecessitaserextirpado.

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  • ConsoanteconhecidomagistriodeCelsoAntnioBandeiradeMello,ousualempregodeformulaesdoutrinriasnoarrolamentodediversospoderesAdministrao,comopoderregulamentar,poderdepolcia,poderdiscricionriooupoderhierrquico,contribuipara

    nutriraimpressodaexistnciadeumramodoDireitoatreladoapropostasautoritrias.48Nessaperspectiva,aimagemdoDireitoAdministrativoestariavinculadasuacapacidadedederrogaroDireitoPrivado,sobrepondosuasimposiesexorbitantesemprejuzosliberdadesdoindivduo.Porm,essavisoestritamenterelacionadainstrumentalizaodopoderemdetrimentoadireitosindividuaisnoencontraumfielrespaldohistrico.

    Comocedio,onascimentodoDireitoAdministrativoconsentneoaoreconhecimentodo

    EstadodeDireitoeasuperaodemximasabsolutistascomooreinopodeerrar.49 Asubordinaodopoderioestatalordemjurdicasetraduzemlimitaesnasaesdosgovernantescomafinalidadedeserespeitaremdireitosdosadministrados,queapartirdeento,deixavamdeseapresentaremcomosditosmeramentesubmissosvontadedosoberano.FundaseoramodoDireitocompetenteparadelimitareregulamentaroagirdoPoderPblico.

    AmaisestonteantedefesadoDireitoAdministrativocomoconjuntonormativoensejadordegarantiasindividuaisemfaceaosabusosdedeterminadaorganizaopoltica,enoocontrrio,deveseratribudaaLenDuguit.Seguindoopensamentodojuristafrancs,aideiaprincipalcontidanasnormasadministrativasseriaaregulaodosserviospblicos,nooqueseconfundiriaatmesmocomseuentendimentodoqueseriaoEstado,definidoporelecomoum

    enteagregadordeserviospblicos.50

    ParaDuguit,osinstitutosdeDireitoPblicodevemseorganizarparaservircoletividade,sendoseuspoderesmerosmecanismosparaoatendimentodasnecessidadesgerais.Haveriaumdeverdeservirenoumpoderdeimpor,comoaduzCelsoAntnioBandeiradeMello,quecompartilhadasconclusesdoautorfrancs.Nessesentido,valeregistraraconhecidaeinteressantereflexododoutrinadorptrio,aosustentarqueoadministradordispe,naverdade,dedeverespoderes(e

    nopoderesdeveres),porqueopoderancilar,meramenteservientedafinalidade. 51Paraoreferidoautor,oexercciodeumpodercorresponderiatosomentesatisfaododeverdeimplementarcertafinalidade,preestabelecidanasregrasdedireito.

    Aocontrriodeseruminstrumentoparaapropagaodopoder,oDireitoAdministrativoseriaseuprincipallimitador,poisimpealegalidadecomonicaviacapazdeautorizaraesnaesferapblica.Comoumpressupostorousseauniano,tendovinculadoseuagirexpressodavontadegeral,agernciapblica,emumEstadodeDireito,permanececingidaspalavrasdaleicomo

    condicionanteobtenodelegitimidade.52NessestermosqualquermedidaquetomeoPoder

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  • Administrativo,emfacededeterminadasituaoindividual,sempreceitodeleiqueaautorize,ou

    exercendoombitodepermissodalei,serinjurdica.53

    Dasurgeaclssicaexpressodequeadministrarseriasimplesmenteaplicaraleideofcio.54Dasurgemasincompatibilidadescomasflexibilizaescomfinsdeseatingirapraticidadediscricionriaaclamadapelanovagestopblica.EpartindodaanlisedoinstrumentoreguladorquemelhorsecompreenderoasalteraesaquesesujeitaoDireitoAdministrativo,comeandopeloentendimentodesuasprpriaspeculiaridadesconflitantes.

    4.1ODireitoAdministrativobrasileiro:entrefonteslegaisepretorianas

    NosepodefalaremDireitoAdministrativoantesdaeramoderna,delimitadaapartirdanoodeEstadodeDireitoconstrudanopsabsolutismoequesetraduznoreconhecimentoderestries

    legaisaospoderesdosgovernantesenorespeitoadireitosindividuais.55Afiguradomonarcaqueexpressasuasprpriasleisconformeparticularalvedrioequesecolocaacimadavontadepopularseriaincompatvelcomosprincpiosdesseramojurdico,quepossuiaRevoluoFrancesaeonascimentodoEstadoLiberalcomoimportantesreferenciaisdeorigem.

    FoioriginrionaFrana,emdecorrnciadacriaoformaldeumajurisdioadministrativaespecfica,paralelajustiacomum,queseriaresponsvelpelaapreciaodetodososassuntos

    envolvendooPoderPblico,inclusiveseuslitgios.56ConsoanteliesdeCarlosBalbn,partiasedopressupostodequeelpoderjudicialnopuederevisarlasactividadesdelpoderejecutivoporqueesecriteriodesconoceelconceptodedivisindepoderes,yaqueaqulestara

    inmiscuyndoseenelmbitopropriodeste.57ComainstituiodoConselhodeEstadofrancs,ojuizadministrativointerpretavaodireitopositivoepreenchia,pormeiodesuasdecises,aslacunasexistentesnostextoslegais,fazendosurgir,paulatinamente,umconjuntoprpriodeprincpiosinformativos,oregimejurdicoadministrativo.

    Baseadoemconstruespretorianas,oDireitoAdministrativofrancsnascedeproposiesnolegislativas,sendoresultadodasdecisesproferidaspeloConselhodeEstado.Emdecorrnciadisso,muitoemboraodesenvolvimentodoprincpiodalegalidadesejabastanteconsidervelemterrasfrancesas,aleinofoisuaprincipalfonte.Emoutraspalavras,oatendimentoaoprincpiodalegalidadenoeraconsolidadoemtextoslegais,masobtidoatravsdasubmisso

    jurisprudncia,elaboradapelosseusrgosdejurisdioadministrativa.58

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  • ODireitoAdministrativobrasileiro,porsuavez,tambmdebaseromanstica,recebeugrandeinflunciadosistemajurdicofrancs,principalmenteacolhendoasproduesjurisprudenciaisadvindasdostribunaisadministrativos.Porm,diferentementedoselementospretorianosoriginrios,ocontextonacionalconsagrariaaformadeaplicaolegislativa,delineandoaconstruodeumregimejurdicoadministrativopautadoprecipuamentepelodireitopositivo.Asconclusesprovenientesdosrgosdecisriosfranceseseramaquitransformadasemnormaspositivadas,sejaporleisordinrias,sejaporinseresnoprpriotextoconstitucional,comosercomentadoadiante.

    Ainstituio,pelogovernofrancs,detribunaisadministrativosapartirdeumargidaeestritainterpretaoaoprincpiodaseparaodospoderestambmnoseriaabarcadapeloregimeptrio.Poroutrolado,oDireitoAdministrativotupiniquimviriaarecepcionarinstitutosatinentesaodireitonorteamericano,vinculadoaosideaisdacommonlaw.Comoficasubentendidonessaprpriaexpresso,odireitocomumanglosaxo,diferenciandosedosistemaromanogermnico,seriaassimentendidopelaausnciadedistinesentreregimesjurdicospblicoseprivados,fazendocomquePoderPblicoeparticularessesubmetessemaummesmoconjuntonormativo.

    Dosistemaanglosaxo,oDireitoAdministrativonacionaladotariaaunicidadedejurisdioparaaresoluodefinitivadosconflitos,sejaenvolvendoounoaAdministraoPblicaemumdospolosdessarelao.Nesseponto,aordemnacionalseafastariadomodelodejustiadelegadafrancesaparaconsagraroprincpiodainafastabilidadedajurisdio,possibilitandoaoPoderJudicirioinclusivedecidir,emdefinitivo,causasinerentesesferaexecutiva.

    Consideradasasinspiraesrecebidas,observaseacomposiodeumregimejurdicoadministrativobrasileiroextensamentepositivadoedelineadomedianteatranscriodeinstitutosestrangeiros,especialmentefranceses,paraocorpodeseustextoslegais.Emrazodisso,corroborandoosdizeresdeMariaSylvia,houve,noBrasil,umapositivaododireito

    administrativo,aumentandoconsideravelmentesuarigidez.59Ta l r ig idez, advindadosformalismoslegiferantes,podeseraindamaisevidenciadaquandoregulamentaesadministrativassoinseridasnoprpriotextoconstitucional,aumentandoosentravesparaamutaodosconceitosneleplasmados.

    NavigenteCartaMagna,asbasesdoDireitoAdministrativoptrioforamintroduzidasnoCaptuloVII,trazendoconsigo,nocaputdeseuprimeirodispositivo,nadamenosqueaexpressarelaodoconjuntodaquiloquedenominoprincpiosburocrticosconstitucionaisestruturadores.Eisaquiaprincipalbarreiradecontenoencontradapelacorrentedanovagestopblica.Eistambmoparadoxodastendnciascontemporneas,que,precedendoporferramentasflexveisparaaconsecuodeumagestopblicaconsentneacomosinfluxosglobalizantes,deparasecompercalosburocrticosresistentes.

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  • Nessesentido,ainserodematriareferenteAdministraoPblicanobojodeumacartaconstitucional,especialmentenoqueserefereaseuselementosestruturadorescontidosnoreferidoart.37,consisteemumasingularidadetrazidapelotextode1988.Emrazodisso,AlexandredeMoraesressaltaquenenhumadasconstituiesanterioreshaviaconstitucionalizadoosprincpiosepreceitosbsicosdoDireitoAdministrativodemaneiratodetalhadaecompleta

    quantoaatualConstituio.60

    Entrementes,oqueAlexandredeMoraesexpressacomosendoumainovaodotextoconstitucionalbrasileiroso,naverdade,resquciosdeumiderioburocrticocompatvelcomaconsagraodoantigomodelodeEstadoSocial,quetraziaconsigoosistemaracionallegalweberianonoaparelhamentodesuasextensasestruturas.Nessestermos,apositivaodeinstitutosburocrticos,soboatualolharreformador,fazemperrarodinamismogerencial,queprescindedeformalismosparaoalcancedeummaiorgraudeliberdadedecisria.

    Noporacaso,oPlanoDiretordaReformadoAparelhodoEstadofezexpressamenoao

    chamadoretrocessode1988,61referindoseaumsupostoanacronismoconstantenotextoconstitucionalporabarcare,comisso,tambmengessar,osprincipaiscontornosdaAdministraoPblicanacional,apartirdeumvisburocrticoprpriodeumaestruturaestatalsupostamentejsuperada.Noentanto,demaneiraespantosa,oreferidodocumentopropriamenteadmitequeesserigorismode1988poderiaserexplicadocomoumatentativadereaoaocrescenteclientelismoquehaviadominadoopasnosanosantecedentesaomovimentoconstituinte.

    AindaconsoanteocitadoPlanoDiretor,talclientelismoteriasidofrutodeflexibilizaesanteriores,advindasdesdeapromulgaodoDecretoLein200,de1967,quejesboavatendnciasgerenciais.Nointentodecombateressesefeitos,aCartade1988haveriaoptadoporconstitucionalizarferramentasburocrticas,garantindoaprevalnciadecomponentesderacionalidadeimpessoalnosalicercesdasearapblica.

    Todavia,influxospersistentesaindapairamsobreoordenamentoptrio,muitasvezespromovendoalteraesprticasfeitasaoarrepiodaConstituio,quevaisendoatropeladapelasleisordinrias,poratosnormativosdaAdministraoPblicae,svezes,semqualquerpreviso

    normativa.62Observase,assim,umDireitoAdministrativopsmodernopoucoreceptivoaodetalhamentopositivoevastamentepropensoaoalargamentodecamposdiscricionrios,tendenciosoaconferiraonovogestorpblicoelevadograudeconfianaeautonomianaconduodesuacriatividadeempreendedora.Observase,poroutrolado,basesconstitucionaisquesubsistemequeaindaresguardamprerrogativasburocrticas,refletindoparmetrosorganizacionaisdeumaconceposocialdeEstado,aindaqueemmeioaumagamade

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  • investiduraspsmodernistas.

    5Cenriosefmeros

    AimagemdequeasaesemanadaspeloEstado,pormiraremointeressepblico,estariamenvolvidasemummantodelegitimidadeintocveleungidasporcertaperfeiosobrehumana,comeaasedespedaarapartirdaderrocadadosmodelosdewelfarestatenasltimasdcadasdosculopassado.Comoanteriormentejfoiressaltado,essepadrodeorganizaopoltica,prevalecentenospaseseuropeusatasdcadasdesetentaeoitenta,passouaservistocomoumamquinamantenedoradeestruturasdemasiadamentecomplexas,arcaicasepouco

    eficientes.63

    Aosecolocaremxequeomitodaexistnciadeumapresunosasupremaciapblica,agoraintangvelaosolharescrticosvanguardistasdapsmodernidade,comoseopndulodelimitadordadicotomiacomeasseasedeslocaremdireosinovaesprometidaspelodomnioprivado.Essacrisedointeressegeralsemanifestanotadamentenaquiloemqueconcernegestopblica:oreferencialclssicodointeressegeral,queerareputadocomofundamentodesua

    legitimidade,nomaissuficiente.64

    Avontadegeralsetransfiguraemnmeroseconmicos,eomodelodeEstadoSocialatentoconhecidovaiperecendo,poisnofoiconcebidoparaacomodarinteressesprivadosouseconfundircomvaloresdemercado.Comoconsequncia,arepresentaodicotmicaentreopblico/privadotambmperdenitidezcomoadventodoltimoiderioreformista,queintentareconstruiroespaopblicoimagemesemelhanadaeficinciaencontradanoambienteprivado,trazendoconsigotodaaprodutividadeprometidanombitoempresarial.Aconfianadepositadanosfinsditadospelointeressegeraltransfigurasenaaspiraopelaexcelnciamercadolgica,easorganizaespblicasburocrticasconvertemseempesadosestorvosdiantedaatrativalevezadainiciativaprivada.Comoresultado,aretiradadoEstadofoicadavezmaissetransformandoemumanecessidadeimpondervel.

    Oprprioespaopblicocomeaaserredimensionadoparaabrigarinstituiesnopropriamentepblicas,tampoucoessencialmenteprivadas,redefinindooslimitesdadicotomiaclssica,queagorapassaaconvivercomapresenadessechamadoTerceirosetor.Asentidadesqueocompem,comoditoanteriormente,haveriamdeagiremproldeinteressespblicos,adespeitodenoseremorganizaesestatais.

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  • Emgeral,conhecidasporONGs(OrganizaesNoGovernamentais),desmembradasnasquestionveisOSCIPS,OSs,ououtrasformascomunitriasdeassociao,atuammuitasvezesnosnichossociaisnegligenciadospelasinstnciasrepresentativasedeveriampossuir,aomenosemtese,umalgicanocondizentecomabuscapelamaximizaodeinteressesprpriostpicosdasforasatuantesdomercado.Emrazodisso,comoexpressaDanielSarmento,aclivagempblico/privadotornasepordemaissingelaparaexplicarocenrioatual,emquehmltiplos

    espaosdavidahumana,pautadosporlgicasdiversas.65

    AprestaodeserviospblicosporentidadesdoTerceirosetor,almdautilizaocadavezmaiordeferramentasadvindasdasesferasprivadasnoscampospolticos,acarretaaremodelagemdoconjuntonormativotradicionalmenteplanejadopararegularumaestruturaestataldistintadaorganizaoindefinidaeatcertopontoamorfaquevememergindonacontemporaneidade.Acrescentesubstituiodaineficciaburocrticaestatalporoutrasentidades,almdaconvivnciadeatoresincutindoamentalidadeempresarialnosterritriospblicos,repercutenadesestabilizaodefundamentosconstrudosdesdeatransiodoregimefeudalparaumasociedadecapitalista.

    6Concluso

    Emtemposdeglobalizao,crticassobreaperformancedovelhoEstadoSocialsedifundiramrapidamenteportodoomundoocidental,ampliandoaforaeoalcancedodomnioprivado,quesealastravaconsoanteoritmoditadopelapreleoempreendedora.Emdetrimentosupremaciadopblico,ganhamontaoprincpiodasubsidiariedade,quesobrelevaaautonomiadavontadeerechaaapresenaestatalparalongedequaisqueratividadespotencialmenteinteressantesaoolhardocapitalespeculativo.Oidealdeeficinciaeconmica,trazendoconsigosuasmetasdereduodecustos,aperfeioamentodaqualidadeeotimizaoderesultados,agoratranspostoparaagestodosserviospblicos,ocasionandoareformulaodeestruturaspolticoorganizacionaisque,senoforemextintas,devemseportarcomoseempresasprivadasfossem.

    Oatualconflitoparadigmticoseverificanacolisoentreaditapsmodernidadeeainaplicabilidade,aomenosimediata,deseusmgicosconceitos,quesedeparamcomestruturasinstitucionaisincompatveis,provenientesdeumaanteriorconcepodeEstadointervencionista.SejapelosmandamentoscontidosnaConstituiode1988,sejapelosinstitutosconsagradosdoDireitoAdministrativoaolongodesuarecentehistria,estruturasdecontenosopostasfrentedetaisperspectivasprivatistas,queanunciamumaeficinciaeconmicaaserlogradaa

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  • qualquercusto.

    Ointeressesecundriosobrelevado,implicandonarelativizaodeumaeficinciasocial,enquantoolegtimointeressepblicopropriamentedito,atentoproclamadoapenaspeloPoderPblico,tendeaperderlugar,restringindosesombradosinteressesindividuais.OEstadoprestadorsaidecenaparaachegadadeumpseudoestadoregulador,easestruturasdasistemticaanteriorpassamaseralvodecrticas,identificadascomoverdadeirosentravesplenamaturaodosfrutosempreendedores.Esseintentadoexcessodedesburocratizao,seadvindosemoadequadocontrole,acabapossibilitandoaconfusoentreopblicoeoprivado,moldandoumagestomodernizadoraacepomercadolgica,pormdesvestidadelegitimidadeeemdissonnciacomosprincpiostipicamentedeDireitoPblico.

    Comumapotencialpredominnciadodireitocomumnaregulaodasrelaescriadaspelanovagestopblica,tambmnohaveriamaisrazesparasepreconizarofimdasprticaspatrimonialistasoupersonalistas,umavezqueambaspressupemrgidorespeitodicotomia,agoraemcrise.Porconseguinte,taltendnciacomprometeomantenimentodanoodedomniopblico,sustentadapelatriplaevoluodasestruturasmodernas:soberania,despatrimonializaoedespersonalizao.Comodecorrncialgica,apropriedadeessencialdeabstraodoEstado,resultantedessestrspilares,tambmentrariaemdeclnio.

    Oversodessaabstraoseriaadebilidadedeumsistemajurdicocapazdeimputarocarterpblicoacoisas,pessoaseatos.Seuesfacelamento,consequentemente,fariaperecerarepresentatividadedoEstado,podendoresultarnofenmenoderessurgimentodosvelhossistemasfeudais,fazendoocasionaracuriosaprevalnciadefacetasprmodernasemplenapsmodernidade.

    Portanto,antesdeseanunciaraincorporaodemodismosflexibilizadoresoudesburocratizantessobortulodenecessidadesglobais,hquesequestionarseasociedadebrasileira,topropensaaousoprivadodebenspblicosetopoucosuscetvelaoestabelecimentodesistemasdeordenaoimpessoais,estariarealmenteprontaparaconvivercomumadiscricionariedadealargada,oucompropostasdetransfernciadagestodeserviospblicosparaentidadesprivadas,porexemplo.Hquesequestionarseessamesmasociedadepossuiumamnimaconfianaemseusagentespolticoseemsuasinstituies,sejincorporouaracionalidadenecessriaparaumaatuaoparticipativaemcenriospolticosousejacreditaserpossuidoradeumnvelculturalconsolidadoenaturalmenterespeitosodicotomiapblico/privado.

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  • 2DALLARI,DalmodeAbreu.ElementosdeteoriageraldoEstado.22.ed.atual.SoPaulo:Saraiva,2001.p.48.

    3Comoexemplodeoutrassociedadespolticaoudefinsgerais,oreferidoautormencionaafamlia,porserumfenmenouniversal,almdastribosetambmoscls(Cf.DALLARI,op.cit.,p.49).

    4VANCREVELD,MartinL.AscensoedeclniodoEstado.SoPaulo:MartinsFontes,2004.p.1.

    5ABBAGNANO,Nicola.Dicionriodefilosofia.4.ed.SoPaulo:MartinsFontes,2000.p.364.

    6MAQUIAVEL,Nicolau.Oprncipe.3.ed.rev.SoPaulo:MartinsFontes,2004.p.3.

    7CUEVA,MariodeLa.LaideadelEstado.5.ed.Mxico:FondodeCulturaEconmica,1996.p.41.

    8HOBBES,Thomas.Leviat,oumatria,formaepoderdeumEstadoeclesisticoecivil.TraduodeRosinaDAngina.3.ed.SoPaulo:coneEd.,2008.p.126.

    9HOBBES,op.cit.,p.155.

    10HELLER,Hermann.TeoriadelEstado.2.ed.Mxico:FondodeCulturaEconmica,1998.p.168.

    11Dentreoutraspassagens,destacaseaseguinte:Laevolucinquesellevacabo,enaspectoorganizatorio,haciaelEstadomoderno,consistienquelosmediosrealesdeautoridadyadministracin,queeranposesinprivada,seconviertenenpropiedadpblicayenqueelpoderdemandoquesevenaejerciendocomounderechodelsujetoseexpropiaenbeneficiodelprncipeabsolutoprimeroyluegodelEstado(Cf.HELLER,op.cit.,p.171videtambmp.178,180).

    12Entendecomomaisplausvel,consideraroinciodoEstadoModernoapartirdosurgimentode

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  • EstadosAbsolutistas.Emoutrapassagemdesuaobra,suaposioficaaindamaisexplcitaaoafirmarqueanovaformaoestatal(...)comeaaadquirirnitideznosprimeirosestadosabsolutistas(Cf.TORRES,JooCarlosBrum.FigurasdoEstadomoderno:elementosparaumestudohistricoconceitualdasformasfundamentaisderepresentaopolticanoocidente.SoPaulo:BrasilienseCNPq,1989.p.46,76,respectivamente).

    13GRUPPI,Luciano.TudocomeoucomMaquiavel:asconcepesdeEstadoemMarx,Engels,LnineGramsci.PortoAlegre:L&PM,1983.p.9.

    14Nessesentido,DalmoDallari,aodizerqueostratadosdeWestfliativeramocarterdedocumentaodaexistnciadeumnovotipodeEstado,comacaractersticabsicadeunidadeterritorialdotadadepodersoberano.ErajoEstadoModerno(...)(Cf.DALLARI,op.cit.,p.70).

    15BOBBIO,Norberto.Estado,governo,sociedade:paraumateoriageraldapoltica.9.ed.SoPaulo:PazeTerra,2001.p.13.

    16ARENDT,Hannah. Acondiohumana.10.ed.RiodeJaneiro:ForenseUniversitria,2001.p.37.

    17FERRAZJNIOR,TrcioSampaio.Introduoaoestudodedireito:tcnica,deciso,dominao.3.ed.SoPaulo:Atlas,2001.p.132.

    18FERRAZJNIOR,op.cit.,p.133.

    19DanielSarmentoassentaqueoEstadoLiberalbaseousenumargidaseparaoentreEstadoesociedade.OEstadodeveriacuidardaseguranainternaeexterna,protegendoapropriedadeprivada,masnocabiaintervirnasrelaestravadasnombitodasociedade.Nesta,indivduos,formalmenteigualizadosapsaaboliodosprivilgiosestatamentais,perseguiriamlivrementeosseusprpriosinteressesprivados,aoabrigodasinterfernciasdopoderpblico(Cf.SARMENTO,Daniel.Interessespblicosvs.interessesprivadosnaperspectivadateoriaedafilosofiaconstitucional.In:SARMENTO,Daniel(Org.).Interessespblicosversusinteressesprivados:desconstruindooprincpiodesupremaciadointeressepblico.RiodeJaneiro:LumenJuris,2010.p.35,36).

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  • 20MELLO,CelsoAntnioBandeirade.Cursodedireitoadministrativo.18.ed.rev.eatual.ataEmendaConstitucional.SoPaulo:Malheiros,2005.p.49.

    21BOBBIO.Estado,governoesociedade:paraumateoriageraldapoltica,p.14.

    22CHEVALLIER,Jacques.OEstadopsmoderno.TraduodeMaralJustenFilho.BeloHorizonte:Frum,2009.p.82.(ColeoBrasilFranadeDireitoPblico,1).

    23()essagrandecrisetevecomocausafundamentalacrisedoEstadoumacrisefiscaldoEstado,umacrisedomododeintervenodoEstadonoeconmicoenosocial,eumacrisedaformaburocrticadeadministraroEstado(...)(Cf.BRESSERPEREIRA,LuizCarlos.ReformadoEstadoparaacidadania:areformagerencialbrasileiranaperspectivainternacional.SoPaulo:Ed.34Braslia:ENAP,1998.p.34).

    24Paraoautoraustraco,Criarascondiesemqueaconcorrnciasejatoeficientequantopossvel,complementarlheaaoquandoelanoopossaser,fornecerosserviosque,naspalavrasdeAdamSmith,emboraofereamasmaioresvantagensparaasociedade,socontudodetalnaturezaqueolucrojamaiscompensariaosgastosdequalquerindivduooupequenogrupodeindivduo,soastarefasqueoferecemnaverdadeumcampovastoeindisputvelparaaatividadeestatal(Cf.HAYEK,FriedrichAugustvon.Ocaminhodaservido.RiodeJaneiro:InstitutoLiberal.1990.p.60).

    25BRESSERPEREIRA,op.cit.,p.31.

    26Publicchoicetheoryisdefinedastheeconomicanalysisofnonmarketdecisionmakingabodyoftheorythattreatsindividualdecisionmakersasparticipantsinacomplexinteractionthatgeneratespoliticaloutcomes.Itisalsodefinedmorenarrowlyastheapplicationofeconomicanalysistopoliticaldecisionmaking,includingtheoriesofthestate()bureaucraticchoice,policyanalysis,andregulation(Cf.MERCURO,NicholasMEDENA,StevenG.EconomicsandtheLaw:fromPosnertoPostmodernismandBeyond.2nded.NovaJersey:PricetonUniversityPress,2006.p.156).

    27MICKETHWAIT,JonhWOOLDRIGE,Adrian. Ofuturoperfeito:osdesafioseasarmadilhasdaglobalizao.RiodeJaneiro:Campus,2000.p.335.

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  • 28HUGHES,OwenE.Lanuevagestinpblica.LecturasdeGestinPblica,MinistriodeAdministracionesPblicas,BoletnOficialdelEstado,Madrid,p.112,1996.

    29FERRAREZI,Elisabete.Estadoesetorpbliconoestatal:perspectivasparaagestodenovaspolticassociais.In:CONGRESOINTERAMERICANODELCLADSOBRELAREFORMADELESTADOYDELAADMINISTRACINPBLICA,2.,Venezuela,out.1997.p.2.

    30Accordingtomodernmanagementtheory,publicadministrationcanbeimprovedbyfocusingonresults.()Resultsorientedgovernmentmeansthatbudgetsanddecisionsaretobebasedonperformance(Cf.MILLER,HughT.FOX,CharlesJ. PostmodernPublicAdministration.Rev.ed.NewYork:M.E.Sharpe,2007.p.13).

    31BRASIL.MARE.CmaradaReformadoEstado.PlanoDiretordaReformadoAparelhodeEstado.Braslia,1995.

    32GABARDO,Emerson.Interessepblicoesubsidiariedade:oEstadoeasociedadecivilparaalmdobemedomal.BeloHorizonte:Frum,2009.p.110.

    33AReformagerencialporquebuscainspiraonaadministraodasempresasprivadas,eporquevisadaraoadministradorpblicoprofissionalcondiesefetivasdegerenciarcomeficinciaasagnciaspblicas(Cf.BRESSERPEREIRA,LuizCarlos.Areformagerencialde1995.In:CASTOR,BelmiroValverdeJobimetal. BurocraciaereformadoEstado.SoPaulo:FundaoKonradAdenauer,2001.p.42.(CadernosAdenauer,v.2,n.3).

    34BRESSERPEREIRA,LuizCarlos.DaAdministraoPblicaburocrticagerencial.In:BRESSERPEREIRA,LuizCarlosSPINK,Peter. ReformadoEstadoeAdministraoPblicagerencial.RiodeJaneiro:FGV,2005.p.258.

    35DIPIETRO,MariaSylviaZanella.ParceriasnaAdministraoPblica:concesso,permisso,franquia,terceirizao,parceriapblicoprivadaeoutrasformas.5.ed.SoPaulo:Atlas,2005.p.51.

    36BRESSERPEREIRA,op.cit.,2001,p.38.

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  • 37Lein9.637,de15demaiode1998,quedispesobreaqualificaodeentidadescomoorganizaessociais,acriaodoProgramaNacionaldePublicizao,aextinodosrgoseentidadesquemencionaeaabsorodesuasatividadespororganizaessociais.

    38Lein9.790,de23demarode1999,quedispesobreaqualificaodepessoasjurdicasdedireitoprivado,semfinslucrativos,comoOrganizaesdaSociedadeCivildeInteressePblico,instituiedisciplinaoTermodeParceria,edoutrasprovidncias.

    39BRESSERPEREIRA,op.cit.,2001,p.30.

    40BRESSAN,Silvio.Reformaadministrativa.In:LAMOUNIER,BolivarFIGUEIREDO,Rubens(Org.).AeraFHC:umbalano.SoPaulo:Cultura,2002.p.371.

    41PAULA,AnaPaulaPaesde.Porumanovagestopblica:limitesepotencialidadesdaexperinciacontempornea.RiodeJaneiro:FGV,2005.p.175.

    42ExpressoutilizadapelaProfessoraAnaPaulaPaesdePaula(PAULA,op.cit.,p.58).

    43FERRAZJNIOR,op.cit.,p.130,131.

    44Ressaltaseaobservnciaaoentendimentomaisadequadoeatualmentetambmjconsolidadoparaoprincpiodalegalidade,quemantm(...)aidiadesubmissodaadministraopblicalei,pormnosetratamaisdaleiemsuaconcepoformalista,vaziadecontedoeeficcia.AlgumasConstituiesfalamemobedincialeieaoDireito(...),querendosignificarquetodososrgosdoEstadodevemsubmetersenoslei,emsentidoformal,mastambmatodososprincpiosqueseencontramnabasedoordenamentojurdico,independentementedesuaprevisoexpressanodireitopositivo(Cf.LIMA,RogrioMedeirosGarciade.OdireitoadministrativoeoPoderJudicirio.BeloHorizonte:DelRey,2002.p.140,141).

    45WOODROW,Wilson.Elestudiodelaadministracin.RevistadelaAdministracinPblica,Mxico,p.287,1980.PublicacinconmemorativadelInstitutoNacionaldeAdministracinPblicaINAP.

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  • 46DIPIETRO,MariaSylviaZanella.Direitoadministrativo.SoPaulo:Atlas,2005.p.60.

    47CASSESE,Sabino.AstransformaesodireitoadministrativodosculoXIXaoXXI.InteressePblicoIP,BeloHorizonte,ano5,n.24,p.13,mar./abr.2004.

    48MELLO,op.cit.,p.34,35.

    49Thekingcandonowrong.

    50VideasconsideraesdeCelsoAntnioBandeiradeMelloeSabinoCassesesobreLenDuguit,em:MELLO,op.cit.,2005,p.3537eCASSESE,op.cit.,p.1415.

    51MELLO,CelsoAntnioBandeirade.Discricionariedadeecontrolejurisdicional.2.ed.SoPaulo:Malheiros,2000.p.97.

    52ConsoantePauloBonavides,oesforodadoutrinarousseaunianavaiconsistirprecisamentenisto:naintegraodaliberdadecomopoder.Opoder,paraele,nodesprezvel.Urge,sim,entregloaoseutitularlegtimo(oquenofezoautordoLeviat).Estenohdesernuncaoindivduo,nemumapartedasociedade,senoopovotodo(Cf.BONAVIDES,Paulo.DoEstadoliberalaoEstadosocial.SoPaulo:Malheiros,2004.p.168169).

    53FAGUNDES,M.Seabra.OcontroledosatosadministrativospeloPoderJudicirio.5.ed.RiodeJaneiro:Forense,1979.p.94.

    54FAGUNDES,op.cit.,p.4.

    55NaspalavrasdeCarlosBalbn,LagnesisdelDerechoAdministrativoes,histricamenteyentrminosconceptualessegntodoslosautores,lalimitacindelpodeestatal.steeselfundamentoyelporqudeesteconocimientocientfico(Cf.BALBN,CarlosFrancisco.Cursodederechoadministrativo.BuenosAires:LaLey,2007.p.1).

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  • 56DIPIETRO,MariaSylviaZanella.500anosdedireitoadministrativobrasileiro.RevistaEletrnicadeDireitodoEstado,Salvador,InstitutodeDireitoPblicodaBahia,n.5,p.2,jan./mar.2006.Disponvelem:.Acessoem:16jul.2010.

    57BALBN,op.cit.,p.5.

    58DIPIETRO,MariaSylviaZanella.OdireitoadministrativobrasileirosobainflunciadossistemasdebaseromansticaedaCommonLaw. RevistaEletrnicadeDireitoAdministrativoEconmico,Salvador,InstitutodeDireitoPblicodaBahia,n.8,,p.2,nov./dez.2006jan.2007.Disponvelem:.Acessoem:16jul.2010.

    59DIPIETRO,MariaSylviaZanella.500anosdedireitoadministrativobrasileiro.RevistaEletrnicadeDireitodoEstado,Salvador,InstitutodeDireitoPblicodaBahia,n.5,p.19,jan./mar.2006.Disponvelem:.Acessoem:16jul.2010.

    60MORAES,Alexandrede.ConstituiodoBrasilinterpretadaelegislaoconstitucional.SoPaulo:Atlas,2007.p.760.

    61BRASIL.MARE.CmaradaReformadoEstado.PlanoDiretordaReformadoAparelhodeEstado.Braslia,1995.p.20.

    62DIPIETRO,MariaSylviaZanella.OdireitoadministrativobrasileirosobainflunciadossistemasdebaseromansticaedaCommonLaw. RevistaEletrnicadeDireitoAdministrativoEconmico,Salvador,InstitutodeDireitoPblicodaBahia,n.8,p.6,nov./dez.2006jan.2007.Disponvelem:.Acessoem:16jul.2010.

    63(...)aburocraciapassaaserconsideradaumelementomalficopordefinio,sendoresponsabilizadaportodoumsistemadeineficinciafuncionaleprecariedadeestrutural(Cf.GABARDO,op.cit.,p.166).

    64CHEVALLIER,op.cit.,p.83.

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  • 65SARMENTO,op.cit.,2010,p.48.

    Comocitaresteartigonaversodigital:

    ConformeaNBR6023:2002daAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas(ABNT),estetextocientficopublicadoemperidicoeletrnicodevesercitadodaseguinteforma:

    QUITES,HenriqueLima.OpblicoeoprivadoparaalmdoEstadoSocial.FrumAdministrativoFA, B e l o H o r i z o n t e , a n o 1 1 , n . 1 2 0 , f e v . 2 0 1 1 . D i s p o n v e l e m :.Acessoem:24jul.2013.

    Comocitaresteartigonaversoimpressa:

    ConformeaNBR6023:2002daAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas(ABNT),estetextocientficopublicadoemperidicoimpressodevesercitadodaseguinteforma:

    QUITES,HenriqueLima.OpblicoeoprivadoparaalmdoEstadoSocial.FrumAdministrativoFA,BeloHorizonte,ano11,n.120,p.1931,fev.2011.

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