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O que pretende o PT? A quem interessa o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) gerado pela obsessão autoritária do secretário de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, parido pela Casa Civil comandada pela candidata Dilma Rousseff e, o que é mais grave, transformado em decreto assinado pelo presidente da República Lula da Silva?
Não é estranho que em plena campanha da
candidata do presidente, o governo petista com
anuência de seu escalão mais alto onde se inclui o ministro da Justiça, Tarso Genro, resolva a afrontar
as Forças Armadas, a Igreja, os produtores
rurais, a imprensa, o Poder Judiciário? Afinal, voltou-se à carga para censurar a
mídia, acabar com a propriedade, incitar ódios de cunho revanchista. Um figurino para Stalin não
pôr defeito.
Seria esse arremedo de Constituição à lá Chávez
uma satisfação dada à esquerda para que seja
esquecido o desagradável fato de seu governo estar sendo o mais corrupto de
toda nossa história? Governo de um partido que copiou tudo que antes duramente
criticava, que cuspiu na ética que dizia ser o único a
possuir, que transformou a ideologia que simulava
ostentar em ganância de poder pelo poder.
Pode ser que o decreto que o presidente diz ter assinado sem ler – o que ser for verdade demonstra incompetência, irresponsabilidade e incapacidade para governar o país – seja uma demonstração de força. É como se a cúpula petista dissesse:
“Estamos pouco nos lixando para a repercussão
negativa da constituição que nos sustentará no poder
junto com Dilma Rousseff. Parabéns para nós que
finalmente dominamos a arte da propaganda
enganosa, que conquistamos todos os espaços no Estado. O Estado é nosso e nos o
fortaleceremos cada vez mais. Não podemos perder o
que conquistamos."
Ou será que a celeuma gerada pelo decreto a partir da
revogação da Lei da Anistia não pretende desviar atenção de
fatos mais preocupantes ou comprometedores para o governo?
Em todo caso, o PT é muito ardiloso. A capa que veste o
PNDH-3 tem título cativante: direitos humanos. Esses direitos pareciam se
restringir a punição a militares, como quer Paulo
Vannuchi que propõe a revogação da Lei da Anistia.
Só que o secretário de Direitos humanos não levou em conta que anistia quer
dizer perdão, esquecimento para dois lados. Logo
alguns militares retrucaram dizendo que não só tortura, mas terrorismo também é crime hediondo, que tem
muitos terroristas no governo atual, incluindo a candidata do presidente.
Acesa a discussão sobre o tema, foram
furtivamente apresentadas num calhamaço de 92 páginas as reais e
profusas “leis” que Vannuchi diz ter
colhido em congressos realizados pela sociedade civil e
que, portanto, expressam dessa a
vontade.
Que sociedade civil seria essa que não incluiu a imprensa, a Igreja, os produtores rurais, o
Judiciário, os partidos políticos, as FFAA?
Estaríamos diante dos “direitos dos manos”? Das massas de manobras das
“democracias diretas”? Não seriam os “conselhos de
direitos humanos” os sovietes do PT? Entretanto, o “poder dos sovietes” da Rússia de
outubro de 1917, transformou-se rapidamente no poder do
Partido Bolchevique sobre os sovietes.
O PNDH-3 escancarou as entranhas totalitárias do PT, quis mostrar que Lula foi só preparação menchevique para a segunda fase blochevique com Dilma Rousseff. Só falta Vannuchi propor a destruição do Cristo Redentor para colocar em seu lugar, abençoando o Rio de Janeiro, uma monumental estátua de Che Guevara. No mais, serão abolidas todas as liberdades, incluindo a de pensamento. Esse filme de terror já foi visto pelo mundo.
E enquanto Vannuchi se preocupa em acabar com a
Lei da Anistia, Celso Amorim oferece a mão do
governo brasileiro ao Hamas, organização
terrorista que não está nem aí para direitos humanos.
Aliás, Lula continua in Love com Ahmadinejad e provavelmente continuará a gracejar comparando os que morrem nas ruas ao se
oporem às eleições fraudadas pelo déspota que nega o holocausto, a briga
de torcidas de futebol.
O PT mostrou suas entranhas totalitárias, consciente que pode fazer sucesso. Haverá um recuo tático e depois se volta à carga. Petistas conhecem bem o que afirmou Tzvetan Todorov: “O totalitarismo é uma máquina de tremenda eficácia. A ideologia comunista propõe a imagem de uma sociedade melhor e nos incita a desejá-la: não faz parte da identidade humana o desejo de transformar o mundo em nome de um ideal? (...) Além do mais, a sociedade comunista priva o indivíduo de suas responsabilidades: são sempre ‘eles’ quem decidem.
Ora, a responsabilidade é frequentemente um fardo pesado a ser carregado (...) A atração pelo sistema totalitário, experimentado inconscientemente por numerosos indivíduos, provém de um certo medo da liberdade e da responsabilidade – o que explica a popularidade de todos os regimes autoritários”.