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O SERMÃO DA SEXAGÉSIMA Parte I Nesta primeira parte do Sermão, Vieira fala sobre a parábola do semeador, presente no evangelho de Matheus no capitulo 13:19, 19-23. Ele explica através da mesma o fato de sair de tão longa para pregar (semear), a palavra de Deus. Vicia demonstra bastante habilidade de orador e libera elogios de forma sutil para a platéia existente naquele sermão. Com isto se fez com que eles tivessem mais interesse por sua oratória. Ele fala também de oradores que pregam em sua própria pátria e os que pregam em outros, destaca as dificuldades encontradas por pregadores que se deslocam para pregar justificando cada uma delas e mostrando a importância de separá-los. Para convencer, Vieira, usa argumento como a citação de personagens bíblicos, nesse caso acima a do evangelho de Ezequiel capitulo I, onde fala a respeito de animais que não olham para trás, justificando a não desistência dos pregadores. Também fala sobre evangelizar todos as criaturas como Jesus ordenou a seus apóstolos, cujo está presente no texto do evangelho de Marcos 16:15. Parte II

O sermão da sexagésima

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Page 1: O sermão da sexagésima

O SERMÃO DA SEXAGÉSIMA

Parte I

Nesta primeira parte do Sermão, Vieira fala sobre a parábola do semeador, presente no

evangelho de Matheus no capitulo 13:19, 19-23. Ele explica através da mesma o fato de sair

de tão longa para pregar (semear), a palavra de Deus. Vicia demonstra bastante habilidade de

orador e libera elogios de forma sutil para a platéia existente naquele sermão. Com isto se fez

com que eles tivessem mais interesse por sua oratória.

Ele fala também de oradores que pregam em sua própria pátria e os que pregam em outros,

destaca as dificuldades encontradas por pregadores que se deslocam para pregar justificando

cada uma delas e mostrando a importância de separá-los. Para convencer, Vieira, usa

argumento como a citação de personagens bíblicos, nesse caso acima a do evangelho de

Ezequiel capitulo I, onde fala a respeito de animais que não olham para trás, justificando a

não desistência dos pregadores. Também fala sobre evangelizar todos as criaturas como Jesus

ordenou a seus apóstolos, cujo está presente no texto do evangelho de Marcos 16:15.

Parte II

Nessa segunda parte Antônio inicia continua a explanar acerca da parábola do semeador

explicando a mensagem proposta por ele. Sua principal proposta é abordar o tema de maneira

mais simples possível, tendo por meta mostrar o tema principal através de perguntas na qual

as respostas são as principais questões das quais Vieira quer tratar.

Parte III

Nessa terceira parte Vieira dedica-se a colocar ouvinte versus pregador, pois segundo ele os

pregadores tem mania de culpar os ouvintes quando ao semear não produz fruto sendo que a

culpa pode está no pregador (semeador). Neste trecho Vieira ressalta o poder que tem as

palavras.Versão afirmada no terceiro parágrafo da parte III deste sermão. “Sendo, pois, certa

que a palavra divina não deixa de frutificar por parte de Deus.

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Segue-se que ou é por feita do pregador ou por falta dos ouvintes. Por qual será? Os

pregadores deitam a culpa nos ouvintes, mas não é assim. Se fora por parte dos ouvintes, não

fizera a palavra de Deus muito grande fruto, mas não fazer nem assim fruto e nenhum efeito,

não é por parte dos ouvintes. “Provo”.

(Vieira, Sermão da sexagésima)

Parte IV

Na parte quatro Antônio Vieira segue falando sobre a culpa do pregador em não fazer fruto da

palavra de Deus. Ele fala sobre a importância do bom exemplo, pois, o pregador deve servir

de exemplo aos seus ouvintes pregar aquilo que pratica. Observa um trecho do segundo

parágrafo da parte IV.

“Ter o nome de pregador, ou ser pregador de nome, não importa nada; as ações, a vida, o

exemplo, as obras, são os que convertem o mundo. O melhor conceito que o leva pregador ao

púlpito, qual cuidais que é ? – o concerto que de sua vida tem os ouvintes”.

Parte V

Agora Vieira fala sobre o estilo, a postura que o pregador deve assumir. Era defender o estilo

simples e natural, apresenta a projeção como num dom dado obra por Deus, com a intenção

de evitar o artificialismo e metodologismo. Ele fora conta a tirania bastante comum na época

e contra o estilo moderno, pois, defender o modelo mais antigo a natureza. Vieira fala sobre o

que se usava muito que era o modo chamado apostilar o evangelho, onde, tratavam de vários

assuntos a qual ele não concordava, pois, segundo ele deve-se tratar apenas num só tema para

que produza frutos. Como vemos abaixo.

“usa-se hoje o modo que chamam de apostilar o evangelho, em que tomam muitas matérias,

levantam muitos assuntos e quem levanta muita caça e não segue nenhuma não é muito que se

recolha com as mãos vazias. Boa razão esta. O sermão há de ter um só assunto e uma só

matéria.

Ele usa metáforas como por exemplo a arvore e explica através de sua estrutura como se

constrói um bom sermão.

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Nessa sexta parte de também faz citações à Aristóteles e Túlio, filósofos gregos e professores

de vitória. Cita também como exemplos grandes oradores do evangelho, S. João Crisóstomo,

S. Basílio Magno, S. Bernardo, S. Cipriano, S. Gregório nazianzeno, cita pobres, como, Santo

Agostinho e outros.

Parte VII

Dedica-se agora a falar sobre a ciência dos pregadores, ou seja, conhecimentos que devem

possuir e fugir da arte de imitar outros pregadores.

Logo na primeiro parágrafo Vieira afirma isto, “O pregador há-de pregar o seu, e não o

alheio”.

Utiliza-se de metáfora ao comparar o pescar com o pregar. Vale também sobre a língua e

enfatiza que uma língua não serve para todos, cada num tem um tem diferente interpretações.

Parte VIII

Neste caso é tratado a questão do poder da voz o quão eficaz pode tornar-se por sua força.

Para justificar o poder da voz Vicia usa como argumento a bíblia observando a passagem em

que João Batista bradava no deserto. Outro exemplo que vicia usa para mostra o poder do

bradar é a unificação de Jesus, pois, ele tinha a razão, porém o povo o brado e com isso pra

crucificado. “A razão não valem para a livrar, os brados bastaram para o por na cruz”.

Parte IX

Nesta nova parte, Vieira usa como justificativa para o não justificar das palavras do pregador

(senador)P, o mal uso destas. Afirma na, que os professores invertem o sentido real das

palavras, pois, segundo Vieira a palavra verdadeiramente pertencente a seus não deixa de

justificar. Para provar isto de usa a exemplo de Jesus no deserto quando foi tentado pelo diabo

que trocou o verdadeiro sentido das escrituras. Vejamos o segundo parágrafo da parte IX.

“A razão é porque cristo tomava as palavras da escrituras em seu verdadeiro sentido, e o diabo

tomava as palavras da escritura em sentido alheio e torcido; e as mesmas palavras, que

tomadas em verdadeiros sentido são palavras de Deus, tosadas um sentido alheio, são armas

do diabo. As mesmas, palavras que, tomadas no sentido em que Deus as disse, são defesa,

tomadas no sentido em que Deus as não disse, são tentação”.

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Parte X

Na décima parte Vieira cita o maior pregador teólogo da história da igreja que foi S. Paulo

Ressalta a importância do temas a Deus pois haverá uma prestação de contas como de

vejamos no final do quarto parágrafo quando Vieira afine, “acima das tribuna e o tribunal de

Deus, que não ouve e nos há de julgar”.

Consideração finais

O padre Antônio Vieira destaca-se como principal expressão do Barroco em Portugal. Sua

obra é atribuída tanto a literatura portuguesa quanto a brasileira. Vieira demonstra no sermão

analisados habilitados de nadar e poder de convencimentos através do bom uso das palavras

sempre aliados a citações bíblicas o que só fortalece suas mensagens, cita também gravadores

teóricos, filósofos e oradores para com isso obter mais poder de convencimento. O sermão

como o próprio nome diz é um alerta a respeito da maneira de se portar e de pensar do

pregador. Vieira tem por finalidade espantar as formas para ser um pregador oferece. Com

isso ele forma bons pregadores (semeadores) para que possam justificar a palavra de Deus em

todos os lugares.

Unit – Universidade Tiradentes

Aluna: Luciene de Aragão Lima

Profª Antônia Nunes

Análise do Sermão da Sexagésima (PE. Antônio Vieira)

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Análise do texto

Original e revolucionário (Haroudo de Campos)

“O poeta Haroldo de Campos critica a análise de Gregório de Matos feitos pelos ensaístas

João Adolfo Hansen e Alfredo Bosi”.

O artigo que Haroudo elaborou, teve como idéia principal analisar e discutir acerca do poeta

Gregório de Matos por dois viés bastante polêmicos que seriam o barro e Gregório. No inicio

ele aborda o que Adolfo Hansem em, “A sátira e o engenho” (1939), teria usando Gregório de

plagiador, utilizando o significando de barroco como estilo para justificar ou dar outra

nomenclatura e sentido a essa acusação.

“A poesia barroca do século 16 é um estilo, no sentido forte do termo, linguagem

estereotipada de lugares comuns retórico-poéticos anônimos e repartidos um gêneros e

substitutos. Ao poeta barroco nada segura mais que a inovação. A originalidade, nos dois

significativos principais do termo, autoria e “novidade, é critério exterior à poesia barroca:

nada a figura individualizada do mitos não em importância...., a novidade não tem lugar”.

(Haroudo de Campos, 2ª parágrafo do texto analisado).

Outro tema tratado por Haroldo é a “sátira e a carnavalização), tema este o qual representa o

conceito mostrado por M. Bakhtin e adotado por Hansen. Horoudo concorda ate certo parto

com Hansen no que diz respeito ao uso pouco rigoroso da nação de “carnavalização” em que

Gregório não atrelou devidamente ao texto Bakhtiniano, porem ele resolve que “a coerência

de Castro de alguns estudos mais superficiais, de Sousa pertinência, não impede que a sátira

gregoriana seja enfocada corretamente com apoio nas expressas concepções de teóricos

russo”. Com isso ele demonstra uma posição favorável a Gregório, pois, preocupa-se em

expor justificativas através de argumentos bem trabalhados.

Bocage

Soneto III

De suspirar em vão já fatigado,

Dando tréga a meus moles eu dormia;

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Eis que junto de mim sonhei que via

Da morte o gesto lívido, e mirrado:

Curva foice a criel, e me dizia:

Sustenta a cruel, e me dizia:

“Eu venho terminar tua agonia;

Morre, não penes mais, oh desgraçado!”

Quis fervi-me, e de amor foi atralhada,

Que armado de imentos passadores

Aparece, e lhe diz com a voz irada;

Emprega mostra objeto os tens rigores;

Que esta vida infeliz está guardada

Para vitima só de meus furores”.

Sonha (Bocage)

No poema acima que cuja, é atribuído a Bocage pautas português do século XVIII, está

presente a utilização de hipérbatos (figuras de linguagem caracterizadas pela inversão da

ordem mais comum de construção de frases em português). Característica bastante comum

nesta época. Neste poema existe um dialogo, entre o monte e o amor (eu - lírico do autor)

E cada uma dessas personalidades querendo exercer “furores” sobre o eu - lírico do poeta,

vemos isto observando o quarto verso da primeira estrofe. No terceiro verso da segunda

estrofe, esta presente uma forte característica do romantismo que é acreditar que a morte é o

refugio para seus problemas amorosas. Esse exagero de sentimentos trazendo a tora toda a

subjetividade do poeta remete ao romantismo, embora, Bocage pertença a um estilo de época

árcade. Ele marcou por ser um poeta de transição entre o arcadismo e tornando-se um pré-

romantista.

O dialogo presente neste soneto cujo, havia citado é marcado pela vitoria do amor sob a morte

esta qual é vencida por ele, atribuindo assim ao levar poderes de domino invencíveis e

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destrutíveis. A melancolia também característica do romantismo esta presente logo no

primeiro verso quando o poeta afirma fatigar por suprir em vão.