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O termo violência vem
do latim violência que
remete a vis (força,
vigor,emprego de força
física, recursos do
corpo para exercer a
sua força vital). (FOUCAULT,2004).
“A pobreza não é causa
da violência. Mas
quando aliada à
dificuldade dos
governos em oferecer
melhor distribuição dos
serviços públicos,
torna os bairros mais
pobres mais atraentes
para a criminalidade e a
ilegalidade.”
Pobreza gera violência?
Página 222
A pobreza não é um ingrediente obvio da criminalidade. Se assim fosse todos os pobres seriam necessariamente criminosos – o que está longe da verdade. , como comprovam os crimes de colarinho branco .
Portanto, a mais importante das causas é a má distribuição de renda – desse modo, a pobreza não é a causa mas sim a consequência direta desse fator.
Página 222
COMPLEXIDADE DO FENÔMENO DA
VIOLÊNCIA
VIOLÊNCIA FÍSICA:
lesão / morte
VIOLÊNCIA
PSICOLÓGICA:
ameaça / medo / humilhação
VIOLÊNCIA SOCIAL:
desemprego/miséria/exclusão
Contra a mulher;
Contra a criança e o adolescente;
Contra o idoso;
Violência cultural;
Violência doméstica;
Violência familiar
Violência extrafamiliar;
Violência sexual;
Violência Moral ou Bullying
Direito Penal é mais um instrumento (ao lado dos outros ramos do Direito) do controle social de comportamentos desviados, visando assegurar a necessária disciplina social (Missão do Direito Penal).
APLICAÇÃO DA LEI PENAL
Página 222
História da Pena
• Nos primórdios dos tempos
as penas eram aplicadas
sem seguir qualquer
estipulação de igualdade,
dependendo das condições
financeiras e eclesiásticas
do réu.
• A pena de morte era
aplicada largamente,
através de meios bárbaros
e cruéis (fogueira,
esquartejamento, etc.)
Legislação Penal na Antiguidade
• A legislação penal mais antiga que se tem
notícia remonta ao Código de Hamurabi, na
Mesopotâmia;
• Na Bíblia do povo judeu;
• Na Lei das XII Tábuas, do romanos.
• Todos tem em comum a representação da
vingança privada, onde a própria vítima ou o
grupo social que sentia-se agredido tomava
a lei nas próprias mãos.
• Era o jus talionis ou lex talionis (lei do talião).
O Direito Penal Medieval foi notadamente
caracterizado por sua crueldade.
O juiz era dotado de plenos poderes, inclusive
podendo aplicar penas que não fossem previstas
em lei.
Os Inquisidores, em nome da Igreja,
comandavam os Tribunais Eclesiásticos.
http://www.youtube.com/watch?v=pUbjnXkqjHI
A MODERNIDADE
A pobreza se generalizou por todo o continente
europeu e multiplicou o número de desafortunados e
delinquentes.
O objetivo já não era simplesmente condenar quem
cometeu a falta, mas reabilitar o criminoso como
cidadão.
O Estado busca assumir uma função de resolução
racional de conflitos, com a construção de prisões
organizadas para a correção dos apenados e de
hospícios para a correção de crianças errantes e
jovens rebeldes .
O sistema judiciário como um todo tornou-se mais
racional. Página 222
A REVOLUÇÃO FRANCESA E DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
• COM A REVOLUÇÃO
FRANCESA OCORREU UM
PASSO DECISIVO EM
DIREÇÃO À CONQUISTA
DAS LIBERDADES
INDIVIDUAIS.
• PRIMEIRO DOCUMENTO
ESCRITO QUE GARANTIA
IGUALDADE DE
CONDIÇÕES A TODOS OS
FRANCESES.
A detenção passa a ser adotada como um dos tipos de pena privativa de liberdade.
Destina-se a crimes tanto culposos (sem intenção) quanto dolosos (com intenção).
Na prática, não existe hoje diferença
essencial entre detenção e reclusão. A lei,
porém, usa esses termos como índices ou
critérios para a determinação dos regimes
de cumprimento de pena.
braz 14
No caso do Brasil e de outras tantas nações, a racionalização dos procedimentos penais não levou nem a um desaparecimento da violência na aplicação da lei, nem a uma contenção satisfatória do crime.
A população brasileira vive no descrédito em relação aos direitos pertinentes a Constituição Federal embasados nos direitos humanos, que parece mais uma forma de tutelar aqueles que nos amedrontam, que nos privam da liberdade de circular pela cidade, que matam, roubam e estupram, ou seja, para a defesa dos bandidos. E que na maioria das vezes permanecem impunes .
Página 223
Mas, qual seria a melhor solução ?
- “Pena de Morte”,
- “Prisão Perpétua”,
- “Colocar o Exército nas ruas”,
- “Acirrar o nosso sistema judiciário, tido por muitos como ineficiente.”
Vale lembrar que o Estado é o responsável maior pelo aumento da violência e do desespero da população, pois:
“O Estado falha na formação do cidadão, falha ao não criar a todos condições de trabalho e emprego, falha ao não permitir a todos oportunidades iguais, falha no atendimento médico, dentário, hospitalar e educacional e, ao criar “monstros” ...” (CHAVEZ, 2004)
•
Pesquisas recentes mostram que a introdução da pena
de morte embora seja um assunto polêmico não se
enquadra num país excludente e ineficiente
judicialmente como o Brasil.
Considerando que há um consenso entre a maioria dos
brasileiros 97,5%, que diante de um mesmo crime
cometido, um rico seria tratado com mais
complacência pela justiça do que um pobre.
Se atualmente os crimes de colarinho branco , não são
punidos, essa pena se aplicaria somente a pobres,
negros e marginalizados.
Página 223
Até hoje não conseguiu provar-se que a
aplicação da pena de morte diminui os índices
de criminalidade, uma vez que verifica-se que os
países que a aplicam têm porcentagens de
crimes superiores às dos países que a aboliram.
Ex: O Canadá é um grande exemplo, o índice
de criminalidade em 1993 diminuiu em 27%
depois que a pena de morte foi abolida, o que
não se verificava nos anos em que a pena de
morte ainda vigorava.
As pesquisas internacionais também
apontam que na verdade, o que ocorre é o
oposto.
Quando executa os assassinos, o Estado
pode esperar um ligeiro aumento no índice
de homicídios. Ou seja, os assassinatos
tendem a aumentar em vez de diminuir
após as execuções.
Esse fenômeno passou a ser chamado de
"efeito de embrutecimento“.
Página 223
De acordo com nossa
constituição:
“As leis devem estar
subordinadas à lógica
da vida humana”.
A correlação entre pobreza-
crime-desemprego foi
contestada em 1978 por
Edmundo Campos Coelho,
após várias pesquisas .
Para o autor , a maior causa
é a impunidade penal. Não
punir o criminoso gera mais
crime do que situações de
carência ou desemprego.
Mas então de quem é a
culpa pela impunidade e
consequentemente pelo
aumento da criminalidade e
violência?
Página 223 e 224
Homem em silêncio Homem na prisão Homem no escuro Futuro da nação
Estado violência
Deixem-me querer Estado violência
Deixem-me pensar
Estado violência Deixem-me sentir Estado violência
Deixem-me em paz
Sinto no meu corpo
A dor que angustia
A lei ao meu redor
A lei que eu não queria
Estado violência
Estado hipocrisia
A lei que não é minha
A lei que eu não queria
Meu corpo não é meu
Meu coração é teu
Atrás de portas frias
O homem está só
ESTADO VIOLÊNCIA (charles gavin)
Titãs
SOCIABILIDADE VIOLENTA
Há quem argumente que o Estado não tem mais capacidade nem de conter o crime, nem de fazer valer a ordem.
Mas e as outras instituições sociais?
Página 224 e 225
Há outros
responsáveis pelo
combate à violência –
a Igreja, a família, o
governo – que
deveriam fazer a sua
parte mas não estão
fazendo.
PROBLEMA SOCIAL X PROBLEMA SOCIOLÓGICO
Problema social: quando alguma coisa não funciona como deveria funcionar segundo as interpretações oficiais.
Problema sociológico: é sempre a compreensão do que acontece em termos de interação social. Buscar as causas que levam aos delitos ( onde está a raiz do problema)
Correção das atividades (pág. 229)
01- Ao observar os períodos de crise econômica,
constatou-se que os crimes violentos não aumentavam
quando subiam as taxas de desemprego. Para
Edmundo C. Coelho, a explicação para a violência
deveria ser buscada na relação entre crime e
impunidade penal. Ou seja, não punir o criminoso gera
mais violência do que a pobreza.
02- A sociabilidade violenta se diferencia daquela que
predomina na máfia ou em gangues por não estar
pautada na negociação ou no convencimento, mas no
uso da força ( muitas vezes letal) que incide sobre os
cidadãos de bem, sobre os criminosos de grupos rivais
e do poder que as redes criminosas proporcionam.
Correção das atividades (pág. 229)
03- Em um Estado regido pelos princípios democráticos, as
liberdades individuais e coletivas são firmadas e garantidas
por normas e direitos. Ao negar as leis que foram aceitas
pela sociedade , negam-se a legitimidade e a democracia.
Quando a legalidade é substituída pela ilegalidade, os
cidadãos ficam prisioneiros do despotismo dos crimino –
armados ou não- e os direitos humanos ( Liberdade,
igualdade e fraternidade) são desrespeitados.
.
Correção das atividades (pág. 229)
01- VIOLÊNCIA
02- A charge mostra que a polícia é considerada por vários
setores da sociedade a única responsável pelo problema da
violência. É como se ela tivesse re resolver tudo sozinha.
No entanto, a charge também sugeri que há outros
responsáveis pelo combate a violência – a Igreja, a família,
o Estado, os governos – que deveriam fazer a sua parte,
mas não estão fazendo.
03- Não. Há um conjunto de situações que juntas, geram o
problema da violência. Segundo a charge essas situações
são : as barreiras culturais para a realização de uma política
de controle de natalidade; a desestruturação dos laços
familiares, a ineficiência no sistema escolar e a falta de
uma política de trabalho.
Correção das atividades (pág. 231 a 233 )
01- Redação
02- C
03- E
04- B
05- B
06- E
Alguns vídeos trabalhados em sala:
http://www.youtube.com/watch?v=nx4NFsqJJ1M
http://www.youtube.com/watch?v=gWf55Ixfa5c
http://www.youtube.com/watch?v=vnBkNT5Zu2
w&playnext=1&list=PLA111DB53F447CE37&fea
ture=results_video