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O TRABALHADOR RURAL NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Até a Constituição Federal de 1988 a proteção social é restrita
• A CF de 1988 trouxe uma nova realidade para o meio rural
• Inseriu entre os princípios “a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais”
• Uniformidade = mesmos benefícios• Equivalência = mesmos valores
O TRABALHADOR RURAL NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE
1988•A CF constitucionalizou a inclusão e a
forma de contribuição dos produtores que
trabalham em regime de economia
familiar
•Manteve a forma anterior de contribuição
– sobre a produção
• Incluiu os pescadores artesanais
O TRABALHADOR RURAL NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE
1988• Inseriu cônjuges (intenção de incluir as mulheres)• Garantiu a igualdade de direitos para homens e
mulheres (art. 5º inc. I)• Todos os benefícios passaram a ser de salário
mínimo: art. 201 § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
• Previu expressamente aposentadoria por idade com idade reduzida para os trabalhadores rurais
O TRABALHADOR RURAL NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE
1988• Muito embora estivesse cristalino o direito dos trabalhadores
rurais à integrar plenamente a Previdência Social, entre a promulgação da Constituição e a efetiva implantação de benefícios passaram-se mais de três anos.
• A legislação ordinária (Leis 8.212, de custeio e 8.213, de benefícios) somente foi publicada em 24 de julho de 1991 e os decretos regulamentadores, em dezembro do mesmo ano.
• O primeiro benefício pago a uma trabalhadora rural somente ocorreu após 12 de fevereiro de 1992
• Em 1994 foi estendido o salário maternidade às trabalhadoras rurais
QUEM SÃO OS
TRABALHADORES RURAIS?
• Art. 48 da Lei 8.213/91:• A aposentadoria por idade será devida ao
segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
• § 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.
SEGURADO EMPREGADO
▫ CLT: Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
▫ Estatuto do Trabalhador Rural Lei 5889/73:
Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade
rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a
empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.
Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta
Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore
atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário,
diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados.
SEGURADO EMPREGADO
• Lei 8.212/91 - Art. 12, inc. I
• a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou
rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua
subordinação e mediante remuneração, inclusive
como diretor empregado;
SEGURADO EMPREGADO
• IN 77/15
Art. 7º Observadas às formas de filiação dispostas nos
arts. 8º, 13, 17, 20 e 39 a 41, deverão ser consideradas
as situações abaixo:
IV - a caracterização do trabalho como urbano ou rural,
para fins previdenciários, conforme disciplina inciso V do
caput do art. 8º, depende da natureza das atividades
efetivamente prestadas pelo empregado ou contribuinte
individual e não do meio em que se inserem.
SEGURADO EMPREGADO
• IN 77/15 V - o segurado, ainda que tenha trabalhado para empregador rural ou para empresa
prestadora de serviço rural, no período anterior ou posterior à vigência da Lei nº 8.213, de 1991, será considerado como filiado ao regime urbano como empregado ou contribuinte individual, conforme o caso, quando enquadrado, dentre outras, nas seguintes categorias:
a) carpinteiro, pintor, datilógrafo, cozinheiro, doméstico e toda atividade que não se caracteriza como rural;
b) motorista, com habilitação profissional, e tratorista; c) empregado do setor agrário específico de empresas industriais ou comerciais, assim
entendido o trabalhador que presta serviços ao setor agrícola ou pecuário, desde que tal setor se destine, conforme o caso, à produção de matéria-prima utilizada pelas empresas agroindustriais ou à produção de bens que constituíssem objeto de comércio por parte das empresas agrocomerciais, que, pelo menos, desde 25 de maio de 1971, vigência da Lei Complementar - LC nº 11, de 25 de maio de 1971, vinha sofrendo desconto de contribuições para o ex-Instituto Nacional de Previdência Social - INPS, ainda que a empresa não as tenha recolhido;
SEGURADO EMPREGADO
• IN 77/15d) empregado de empresa agroindustrial ou
agrocomercial que presta serviço, indistintamente, ao setor agrário e ao setor industrial ou comercial;
e) motosserrista;f) veterinário e administrador e todo empregado de nível
universitário;g) empregado que presta serviço em loja ou escritório; eh) administrador de fazenda, exceto se demonstrado que
as anotações profissionais não correspondem às atividades efetivamente exercidas.
SEGURADO EMPREGADO
• PARECER/CJ Nº 2.522, DE 09 DE AGOSTO DE 2001 - DOU DE 16/08/2001
• EMENTA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ENQUADRAMENTO DE SEGURADOS COMO TRABALHADORES RURAIS TENDO EM VISTA A NATUREZA DA ATIVIDADE DO EMPREGADO E NÃO DAS EMPRESAS. Os empregados que exercem atividades tipicamente rurais em agroindústrias, especificamente em usinas de cana-de-açúcar, são tidos, para fins de concessão de aposentadoria por idade, como trabalhadores rurais e não urbanos. Necessidade de adequação das normas regulamentares e da rotina do Instituto Nacional do Seguro Social a este entendimento. Art. 201, § 7º, inciso II da Constituição Federal e dispositivos da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991.
SEGURADO EMPREGADO
▫ AÇÃO CIVIL PÚBLICA. APELAÇÃO DO INSS E RECURSO ADESIVO DA PARTE AUTORA. NÃO-CONHECIMENTO. SINDICATO. LEGITIMIDADE ATIVA. UNIÃO FEDERAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA. ATIVIDADES URBANAS/RURAIS. CARACTERIZAÇÃO. 1. Não conhecido o apelo interposto pelo INSS, porquanto dissociado das razões de decidir. [...]3. O Sindicato, in casu, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul -FETAG, tem legitimidade ativa para propor ação civil pública em defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam. [..]5. A comprovação do exercício da atividade urbana ou rural é questão de valoração da prova material produzida pelo interessado, não decorrendo de prévia definição ou categorização legal. Via de consequência, diante da valoração da prova quanto ao exercício da atividade desenvolvida, pode-se ter trabalho rural na cidade, bem como trabalho urbano no meio rural. (TRF4, APELREEX 2005.71.00.044110-9, Quinta Turma, Relator Artur César de Souza, D.E. 16/02/2009)
▫ REsp 1148040 – NEGADO SEGUIMENTO
TRABALHADOR AVULSO
• Lei 8.212/91: art. 12, inc. VI:▫ quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício,
serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento:• Art. 9º, inc. VI do Decreto 3048/99 dispõe que:▫ como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não,
presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados:
▫ a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco;
▫ b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL –
TRABALHADOR RURAL -
Art. 12, inc. V (contribuinte individual) alínea “g”:
quem presta serviço de natureza urbana ou
rural, em caráter eventual, a uma ou mais
empresas, sem relação de emprego;
Quem trabalha em caráter eventual para uma ou mais empresas
Diarista
Bóia-fria
Eventual
• RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC
E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA. SEGURADO ESPECIAL. TRABALHO RURAL.
INFORMALIDADE. BOIAS-FRIAS. PROVA EXCLUSIVAMENTE
TESTEMUNHAL. ART. 55, § 3º, DA LEI 8.213/1991. SÚMULA
149/STJ. IMPOSSIBILIDADE. PROVA MATERIAL QUE NÃO
ABRANGE TODO O PERÍODO PRETENDIDO. IDÔNEA E ROBUSTA
PROVA TESTEMUNHAL. EXTENSÃO DA EFICÁCIA PROBATÓRIA.
NÃO VIOLAÇÃO DA PRECITADA SÚMULA.
• 1. Trata-se de Recurso Especial do INSS com o escopo de combater o
abrandamento da exigência de produção de prova material, adotado
pelo acórdão recorrido, para os denominados trabalhadores rurais
boias-frias.
• 2. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não
caracteriza ofensa ao art. 535 do CPC.
• 3. Aplica-se a Súmula 149/STJ ("A prova exclusivamente testemunhal
não basta à comprovação da atividade rurícola, para efeitos da
obtenção de benefício previdenciário") aos trabalhadores rurais
denominados "boias-frias", sendo imprescindível a apresentação de
início de prova material.15
• 4. Por outro lado, considerando a inerente dificuldade probatória
da condição de trabalhador campesino, o STJ sedimentou o
entendimento de que a apresentação de prova material somente
sobre parte do lapso temporal pretendido não implica violação
da Súmula 149/STJ, cuja aplicação é mitigada se a reduzida
prova material for complementada por idônea e robusta prova
testemunhal.
• 5. No caso concreto, o Tribunal a quo, não obstante tenha
pressuposto o afastamento da Súmula 149/STJ para os "boias-
frias", apontou diminuta prova material e assentou a produção
de robusta prova testemunhal para configurar a recorrida como
segurada especial, o que está em consonância com os
parâmetros aqui fixados.
• 6. Recurso Especial do INSS não provido. Acórdão submetido
ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ.
• (REsp 1321493/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/10/2012, DJe 19/12/2012)
16
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL –
TRABALHADOR RURAL -
CÓDIGOS DE CONTRIBUIÇÃO
1236 Contribuinte Individual Optante LC 123 Mensal
Rural
1244 Contribuinte Individual Optante LC 123 Mensal
Rural Complementação
1252 CI Optante LC 123 Trimestral Rural
1260 CI Optante LC 123 Trimestral Rural Complementar
1287 Contribuinte Individual Mensal – Rural
SEGURADO ESPECIAL
▫ Segurado especial (conceito constitucional):
▫ Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.
SEGURADO ESPECIAL
• Até a Lei 11.718/08 o que diferenciava um produtor rural segurado
especial de um produtor rural não segurado especial, pela
legislação e pela normatização era a contratação de mão-de-obra:
• Art. 11 - V - como contribuinte individual:
• a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade
agropecuária ou pesqueira, em caráter permanente ou temporário,
diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de
empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não
contínua;
SEGURADO ESPECIAL
• VII - como segurado especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal e o
assemelhado, que exerçam suas atividades, individualmente ou em
regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e
filhos maiores de 14 (quatorze) anos ou a eles equiparados, desde
que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo.
§ 1º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em
que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria
subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e
colaboração, sem a utilização de empregados.
SEGURADO ESPECIAL
• pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo
• Decreto 3.048/99: Art. 9º § 20. Para os fins deste artigo,
considera-se que o segurado especial reside em aglomerado
urbano ou rural próximo ao imóvel rural onde desenvolve a
atividade quando resida no mesmo município de situação do
imóvel onde desenvolve a atividade rural, ou em município
contíguo ao em que desenvolve a atividade rural.
SEGURADO ESPECIAL
• que, individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros,
• na condição de:
▫ produtor,
proprietário,
usufrutuário,
possuidor,
assentado,
parceiro ou meeiro outorgados,
comodatário
arrendatário rurais
SEGURADO ESPECIAL
QUE EXPLORE ATIVIDADE ÁREA CONTÍNUA OU NÃO DE ATÉ 4 (QUATRO) MÓDULOS FISCAIS
• Lei 4.504/64: Art. 50. Para cálculo do imposto, aplicar-se-á sobre o valor da terra nua, constante da declaração para cadastro, e não impugnado pelo órgão competente, ou resultante de avaliação, a alíquota correspondente ao número de módulos fiscais do imóvel....: § 2º O módulo fiscal de cada Município, expresso em hectares, será determinado levando-se em conta os seguintes fatores:
• a) o tipo de exploração predominante no Município:
• I - hortifrutigranjeira; Il - cultura permanente; III - cultura temporária; IV - pecuária; V - florestal;
SEGURADO ESPECIAL
• b) a renda obtida no tipo de exploração predominante;
• c) outras explorações existentes no Município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada;
• d) o conceito de "propriedade familiar", definido no item II do artigo 4º desta Lei.
• ("Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros;)
SEGURADO ESPECIAL
• § 3º O número de módulos fiscais de um imóvel rural será obtido dividindo-se sua área aproveitável total pelo modulo fiscal do Município.
• § 4º Para os efeitos desta Lei; constitui área aproveitável do imóvel rural a que for passível de exploração agrícola, pecuária ou florestal. Não se considera aproveitável:
• a) a área ocupada por benfeitoria;• b) a área ocupada por floresta ou mata de efetiva
preservação permanente, ou reflorestada com essências nativas;
• c) a área comprovadamente imprestável para qualquer exploração agrícola, pecuária ou florestal.
SEGURADO ESPECIAL
• PREVIDENCIÁRIO. TRABALHO RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. RECONHECIMENTO. MANDATO DE VEREADOR. PROPRIEDADE COM ÁREA SUPERIOR A QUATRO MÓDULOS FISCAIS. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. [...] 2. Conforme entendimento do STJ, o fato de a propriedade ser superior a quatro módulos rurais não descaracteriza por si só o regime de economia familiar. 3. Imóvel rural explorado em regime de condomínio familiar, cabendo a cada membro da família área inferior a quatro módulos fiscais da região do imóvel enquadra-se na previsão do art. 11, VII, a, 1, da Lei n.º 8.213/91, e do art. 7º, §5º, da Instrução Normativa INSS/PRES 45, 06/08/10. 4. (TRF4, APELREEX 0015816-58.2014.404.9999, QUINTA TURMA, Relatora TAÍS SCHILLING FERRAZ, D.E. 12/08/2015)
SEGURADO ESPECIAL
• PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE
NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. TRABALHADOR
RURAL. TAMANHO DA PROPRIEDADE NÃO DESCARACTERIZA,
POR SI SÓ, O REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.
COMPROVAÇÃO DO LABOR RURAL. 1. Nos termos da
jurisprudência do STJ, o tamanho da propriedade não descaracteriza,
por si só, o regime de economia familiar, caso estejam
comprovados os demais requisitos para a concessão da
aposentadoria por idade rural: ausência de empregados, mútua
dependência e colaboração da família no campo. [...]
• (AgInt no REsp 1369260/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 26/06/2017)
SEGURADO ESPECIAL
• Seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas
atividades nos termos do inciso XII do caput do art.
2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça
dessas atividades o principal meio de vida;
▫ XII - extrativismo: sistema de exploração baseado
na coleta e extração, de modo sustentável, de
recursos naturais renováveis;
SEGURADO ESPECIAL• pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca
profissão habitual ou principal meio de vida;
• Conforme o Decreto 3.048/99 (art. 9º § 14), é pescador artesanal:
• § 14. Considera-se pescador artesanal aquele que,
individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca
sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:
• I - não utilize embarcação; ou
• II - utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei
nº 11.959, de 29 de junho de 2009.
• § 14-A. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele
que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo
trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca
e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no
processamento do produto da pesca artesanal.
SEGURADO ESPECIAL
• Garimpeiro:
• Incluído na redação originaria do art. 195, § 8º
• Incluído na Lei 8.213/91
• Excluído da condição de segurado especial pela Lei n.
8.938, de 7 de janeiro de 1992
• Excluído do art. 195, § 8ºpela Emenda Constitucional n
20/98
SEGURADO ESPECIAL
▫ cônjuge ou companheiro,
▫ filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado
▫ Idade alterada pela Lei 11.718/08
▫ CF – art. 7º: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
▫ Que comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.
SEGURADO ESPECIALAÇÃO CIVIL PÚBLICA. SALÁRIO MATERNIDADE.
SEGURADA ESPECIAL. MENOR DE 16 ANOS. INDÍGENA.
ART. 7º, XXXIII, DA CF. NORMA PROTETIVA. 1. Tratando-se
de norma protetiva, incabível evocar a proibição do art. 7º,
XXXIII, da Constituição Federal para obstar o acesso ao
reconhecimento de direito previdenciário. 2. Viável reconhecer
a condição de segurado especial aos que exercem atividades
rurícolas, mesmo que menores de 16 anos de idade, inclusive
no caso de indígenas, sob pena de se estabelecer uma
discriminação à mulher indígena impúbere. (TRF4 5006268-
70.2014.404.7105, SEXTA TURMA, Relator (AUXÍLIO JOÃO
BATISTA) HERMES S DA CONCEIÇÃO JR, juntado aos
autos em 07/06/2017)
AC 5017267-34.2013.4.04.7100
DIREITO PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA MOVIDA
PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PARA AFASTAR A
IDADE MÍNIMA PREVISTA NO ART. 11 DA LEI 8.213/91 PARA
FINS DE RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO E DE
CONTRIBUIÇÃO. INTERESSE DE AGIR DO MPF.
RECONHECIMENTO. EFEITOS JURÍDICOS DA SENTENÇA.
ABRANGÊNCIA NACIONAL DA DECISÃO PROLATADA EM
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ART. 16 DA LEI. 7.347/85.
INTERPRETAÇÃO DO ART. 7º, XXXIII DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. TRABALHO INFANTIL X PROTEÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. REALIDADE FÁTICA BRASILEIRA.
INDISPENSABILIDADE DE PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA ÀS
CRIANÇAS. POSSIBILIDADE DE SER COMPUTADO PERÍODO
DE TRABALHO SEM LIMITAÇÃO DE IDADE MÍNIMA. ACP
INTEGRALMENTE PROCEDENTE. JULGAMENTO PELO
COLEGIADO AMPLIADO. ART. 942 DO CPC. RECURSO DO
MPF PROVIDO. APELO DO INSS DESPROVIDO.
10. Todavia, não há como deixar de considerar os dados oficiais
que informam existir uma gama expressiva de pessoas que, nos
termos do art. 11 da LBPS, apesar de se enquadrarem como
segurados obrigatórios, possuem idade inferior àquela prevista
constitucionalmente e não têm a respectiva proteção
previdenciária. 11. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílio (PNAD) no ano de 2014, o trabalho infantil no
Brasil cresceu muito em comparação com os anos anteriores,
quando estava em baixa. 12. E, de acordo com o IBGE, no ano
de 2014 havia 554 mil crianças de 5 a 13 anos trabalhando. Na
atividade agrícola, nesta mesma faixa etária, no ano de 2013
trabalhavam 325 mil crianças, enquanto no ano de 2014 passou
a ser de 344 mil, um aumento de 5,8%. Já no ano de 2015,
segundo o PNAD (IBGE) houve novamente uma diminuição de
19,8%. No entanto, constatou-se o aumento de 12,3% do
'trabalho infantil na faixa entre 5 a 9 anos'.
SEGURADO ESPECIAL
cônjuge ou companheiro,
Enunciado n. 22 CRSS: “Considera-se segurada especial a mulher que, além das tarefas domésticas, exerce atividades rurais com o grupo familiar respectivo, aproveitando-se-lhe as provas materiais apresentadas em nome de seu cônjuge ou companheiro, corroboradas por meio de pesquisa, entrevista ou Justificação Administrativa.”
SEGURADO ESPECIAL
• Art. 11. Lei 8.213/91: § 1o Entende-se como
regime de economia familiar a atividade em que o
trabalho dos membros da família é indispensável à
própria subsistência e ao desenvolvimento
socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em
condições de mútua dependência e colaboração,
sem a utilização de empregados permanentes.
• PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO. SEGURADO TRABALHADOR RURAL. TEMPO DE
ATIVIDADE ANTERIOR À LEI Nº 8.213/1991. LIMITE DE IDADE.
RAZOÁVEL INÍCIO DE PROVA MATERIAL. PRINCÍPIO DO LIVRE
CONVENCIMENTO MOTIVADO. DOCUMENTOS EM NOME DE
TERCEIROS. PROVA ORAL HARMÔNICA E COERENTE.
UTILIZAÇÃO DE MAQUINÁRIOS. CRITÉRIO IRRELEVANTE.
REAFIRMAÇÃO DA DER. CONSECTÁRIOS LEGAIS. [...] 10. A
utilização de maquinário nas lides agrícolas não é incompatível com a
condição de segurado especial, pois o trabalho manual não é previsto
na Lei nº 8.213/1991 como única forma de exercício da atividade, seja
de forma individual ou em regime de economia familiar. Também não é
o plantio de culturas de subsistência, com reduzido volume
de produção, ou a criação de animais para consumo próprio, que
caracteriza o trabalho do segurado especial. É preciso considerar o
tamanho da propriedade, a área passível de mecanização e a
indispensabilidade do trabalho dos membros da família à própria
subsistência, sem a utilização de empregados, salvo em épocas de
safra. [...] (TRF4, AC 5005367-20.2014.404.7003, TURMA REGIONAL
SUPLEMENTAR DO PR, Relator AMAURY CHAVES DE ATHAYDE,
juntado aos autos em 29/08/2017)”
SEGURADO ESPECIALIN 77/15 Art. 39. São considerados segurados especiais o
produtor rural e o pescador artesanal ou a este
assemelhado, desde que exerçam a atividade rural
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda
que com o auxílio eventual de terceiros.
§ 1º A atividade é desenvolvida em regime de economia
familiar quando o trabalho dos membros do grupo familiar é
indispensável à sua subsistência e desenvolvimento
socioeconômico, sendo exercido em condições de mútua
dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes, independentemente do valor
auferido pelo segurado especial com a comercialização da
sua produção, quando houver, observado que:
SEGURADO ESPECIAL• LEI 8,212 - Art. 12. § 10. Não é segurado especial o membro
de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento,
exceto se decorrente de:
• CONSTAVA NA IN 45 – art. 7º. § 5º Não é segurado especial
o membro de grupo familiar (somente ele) que possuir outra
fonte de rendimento, exceto se decorrente de:
• NÃO CONSTA NA IN 77/15
• SÚMULA 41 TNU: A circunstância de um dos integrantes do
núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica,
por si só, a descaracterização do trabalhador rural como
segurado especial, condição que deve ser analisada no caso
concreto.
3. O trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar
não descaracteriza, por si só, os demais integrantes como
segurados especiais, devendo ser averiguada a
dispensabilidade do trabalho rural para a subsistência do
grupo familiar, incumbência esta das instâncias ordinárias
(Súmula 7/STJ). 4. Em exceção à regra geral fixada no item
anterior, a extensão de prova material em nome de um
integrante do núcleo familiar a outro não é possível quando
aquele passa a exercer trabalho incompatível com o labor
rurícola, como o de natureza urbana. [...] 6. Recurso Especial
do INSS não provido. Acórdão submetido ao regime do art.
543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ. (REsp
1304479 SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 10/10/2012, DJe 19/12/2012)
SEGURADO ESPECIAL
▫ EXCEÇÕES À REGRA (RENDAS PERMITIDAS):
▫ Benefício (pensão, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão)
que não supere o salário mínimo
▫ IN 77: Art. 42. – cota individual
▫ Benefício previdenciário decorrente de previdência
complementar
▫ exercício de atividade remunerada em período não
superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou
intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13
deste artigo;
SEGURADO ESPECIAL▫ EXCEÇÕES À REGRA (RENDAS
PERMITIDAS):
▫ Exercício de mandato eletivo de dirigente sindical
▫ Exercício de mandato de vereador ou de dirigente
de cooperativa rural composta de segurados
especiais, desde que continuem exercendo a
atividade rural
▫ Parceria ou meação (até 50% da área), desde
que outorgante e outorgado continuem segurados
especiais
▫ Atividade artesanal
▫ Atividade artística até salário mínimo
SEGURADO ESPECIAL
▫ FATOS QUE NÃO DESCARACTERIZAM A
CONDIÇÃO DE SEGURADO ESPECIAL
Parceria, meação ou comodato: até 50% da
propriedade
Exploração da atividade turística, inclusive com
hospedagem por até 120 dias no ano
A participação em plano de previdência
complementar instituído por entidade classista a que
seja associado, em razão da condição de trabalhador
rural ou de produtor rural em regime de economia
familiar
SEGURADO ESPECIAL
▫ FATOS QUE NÃO DESCARACTERIZAM A
CONDIÇÃO DE SEGURADO ESPECIAL
A utilização de processo de beneficiamento ou
industrialização artesanal
A participação em programas assistenciais
Associação em cooperativa agropecuária:
SEGURADO ESPECIAL
▫ FATOS QUE NÃO DESCARACTERIZAM A
CONDIÇÃO DE SEGURADO ESPECIAL
• A participação do segurado especial em:
• sociedade empresária,
• sociedade simples,
• como empresário individual ou
• como titular de empresa individual de
responsabilidade limitada
• de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou
agroturístico, considerada microempresa nos termos
da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de
2006, não o exclui de tal categoria previdenciária,
SEGURADO ESPECIAL
▫ FATOS QUE NÃO DESCARACTERIZAM A
CONDIÇÃO DE SEGURADO ESPECIAL
• desde que, • mantido o exercício da sua atividade rural,
• a pessoa jurídica componha-se apenas de
segurados de igual natureza e
• sedie-se no mesmo Município ou em Município
limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas
atividades.
SEGURADO ESPECIAL
O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados
contratados por prazo determinado ou trabalhador de
que trata a alínea “g” do inciso V do caput, à razão de
no máximo cento e vinte pessoas/dia no ano civil, em
períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo
equivalente em horas de trabalho, não sendo
computado nesse prazo o período de afastamento em
decorrência da percepção de auxílio-doença.
SEGURADO ESPECIALIn 77/15:
§ 4º Enquadra-se como segurado especial o indígena
reconhecido pela Fundação Nacional do Índio - FUNAI,
inclusive o artesão que utilize matéria-prima
proveniente de extrativismo vegetal, desde que
atendidos os demais requisitos constantes no inciso V
do art. 42, independentemente do local onde resida ou
exerça suas atividades, sendo irrelevante a definição
de indígena aldeado, não-aldeado, em vias de
integração, isolado ou integrado, desde que exerça a
atividade rural individualmente ou em regime de
economia familiar e faça dessas atividades o principal
meio de vida e de sustento.
SEGURADO ESPECIAL
CADASTRAMENTO DOS SEGURADOS ESPECIAIS
Lei 8.213/91: Art. 38-A. O Ministério da Previdência
Social desenvolverá programa de cadastramento dos
segurados especiais, observado o disposto nos §§
4o e 5o do art. 17 desta Lei, podendo para tanto
firmar convênio com órgãos federais, estaduais ou
do Distrito Federal e dos Municípios, bem como com
entidades de classe, em especial as respectivas
confederações ou federações.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL• EMPRESÁRIO/EMPREGADOR RURAL
• Lei 8.212/91 – art. 12, inc. V, alínea “a”:
• a pessoa física, proprietária ou não, que explora
atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter
permanente ou temporário, em área superior a 4
(quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual
ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade
pesqueira, com auxílio de empregados ou por
intermédio de prepostos; ou
• QUANDO POR QUALQUER RAZÃO DEIXAR DE SER
SEGURADO ESPECIAL
• Se um é empregador todos os membros do grupo
familiar perdem a qualidade de segurado especial
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL• IN 77/15:
Art. 20. É segurado na categoria de contribuinte individual, conforme o
inciso V do caput do art. 9º do RPS:
I - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade
agropecuária (agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira), ou atividade
pesqueira e extrativista, a qualquer título, em caráter permanente ou
temporário, nas seguintes condições:
b) a partir de 23 de junho de 2008, data da publicação da Lei nº 11.718,
de 2008, na atividade agropecuária em área, contínua ou descontínua,
superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a
quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio
de empregados, em desacordo com o inciso VII do art. 42, ou por
intermédio de prepostos, ou ainda na hipótese do art. 41;
PROVA MATERIAL
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma
estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do
correspondente às atividades de qualquer das categorias
de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que
anterior à perda da qualidade de segurado:
§ 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos
desta Lei, inclusive mediante justificação administrativa
ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá
efeito quando baseada em início de prova material, não
sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo
na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito,
conforme disposto no Regulamento.
PROVA MATERIAL
Súmula 149 STJ: A PROVA
EXCLUSIVAMENTE
TESTEMUNHAL NÃO BASTA A
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURICOLA, PARA EFEITO DA
OBTENÇÃO DE BENEFICIO
PREVIDENCIÁRIO.
• RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC
E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA. SEGURADO ESPECIAL. TRABALHO RURAL.
INFORMALIDADE. BOIAS-FIAS. PROVA EXCLUSIVAMENTE
TESTEMUNHAL. ART. 55, § 3º, DA LEI 8.213/1991. SÚMULA
149/STJ. IMPOSSIBILIDADE. PROVA MATERIAL QUE NÃO
ABRANGE TODO O PERÍODO PRETENDIDO. IDÔNEA E ROBUSTA
PROVA TESTEMUNHAL. EXTENSÃO DA EFICÁCIA PROBATÓRIA.
NÃO VIOLAÇÃO DA PRECITADA SÚMULA.
• 1. Trata-se de Recurso Especial do INSS com o escopo de combater o
abrandamento da exigência de produção de prova material, adotado
pelo acórdão recorrido, para os denominados trabalhadores rurais
boias-frias.
• 2. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não
caracteriza ofensa ao art. 535 do CPC.
• 3. Aplica-se a Súmula 149/STJ ("A prova exclusivamente testemunhal
não basta à comprovação da atividade rurícola, para efeitos da
obtenção de benefício previdenciário") aos trabalhadores rurais
denominados "boias-frias", sendo imprescindível a apresentação de
início de prova material.
• 4. Por outro lado, considerando a inerente dificuldade probatória
da condição de trabalhador campesino, o STJ sedimentou o
entendimento de que a apresentação de prova material
somente sobre parte do lapso temporal pretendido não implica
violação da Súmula 149/STJ, cuja aplicação é mitigada se a
reduzida prova material for complementada por idônea e
robusta prova testemunhal.
• 5. No caso concreto, o Tribunal a quo, não obstante tenha
pressuposto o afastamento da Súmula 149/STJ para os "boias-
frias", apontou diminuta prova material e assentou a produção
de robusta prova testemunhal para configurar a recorrida como
segurada especial, o que está em consonância com os
parâmetros aqui fixados.
• 6. Recurso Especial do INSS não provido. Acórdão submetido
ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do
STJ.
• (REsp 1321493/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/10/2012, DJe 19/12/2012)
PROVA MATERIAL – EFICÁCIA
TEMPORAL
Súmula 577 - É possível reconhecer o tempo de
serviço rural anterior ao documento mais antigo
apresentado, desde que amparado em convincente
prova testemunhal colhida sob o contraditório.
(Súmula 577, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
22/06/2016, DJe 27/06/2016)
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
Redação dada pela Lei 11718/08:
Lei 8.213/91 Art. 106. A comprovação do
exercício de atividade rural será feita,
alternativamente, por meio de:
contrato de arrendamento, parceria ou comodato
rural;
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
CPC:
Art. 409. A data do documento particular, quando a seu
respeito surgir dúvida ou impugnação entre os litigantes,
provar-se-á por todos os meios de direito.
Parágrafo único. Em relação a terceiros, considerar-se-á
datado o documento particular:
I - no dia em que foi registrado;
II - desde a morte de algum dos signatários;
III - a partir da impossibilidade física que sobreveio a qualquer
dos signatários;
IV - da sua apresentação em repartição pública ou em juízo;
V - do ato ou do fato que estabeleça, de modo certo, a
anterioridade da formação do documento.
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
comprovante de cadastro do INCRA;Também chamado de CCIR – Comprovante de
Cadastro do Imóvel Rural
Feito junto às unidades municipais de Cadastro
Iniciou em 1965.
Foram feitas atualizações em 1972, 1978 e 1992.
São feitas atualizações sempre que houver
modificação na propriedade, na área, ou até no grau
de utilização.
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
▫ bloco de notas do produtor rural.
Documento fiscal de circulação de mercadorias
Os produtores rurais emitirão Nota Fiscal de
Produtor:
sempre que promoverem saídas de mercadorias;
na transmissão de propriedade de mercadorias,
quando estas não transitarem pelo
estabelecimento transmitente;
sempre que em seus estabelecimentos entrarem
bens ou mercadorias, real ou simbolicamente:
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL notas fiscais de entrada de mercadorias:
Compra de produtos
Entrega de mercadorias
documentos fiscais relativos a entrega de
produção rural à cooperativa agrícola,
entreposto de pescado ou outros, com
indicação do segurado como vendedor ou
consignante:
Depósito
Venda feita a posteriori
Simples transferência (ex.: frangos e suínos)
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL ▫ comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social
decorrentes da comercialização da produção:
Quando o produtor vende para pessoa física▫ cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda
proveniente da comercialização de produção rural
relativamente à atividade rural, com o preenchimento,
utilizando o programa IRPF2017, dos Demonstrativos
da Atividade Rural, se:
Obteve uma receita bruta da atividade rural superior a
R$ 142.798,50; (pessoa física: recebeu rendimentos
tributáveis sujeitos ao ajuste anual na declaração
superiores a R$ 28.559,70; tais como: rendimentos do
trabalho assalariado, não-assalariado, proventos de
aposentadoria, pensões, aluguéis, atividade rural)
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
• licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra
• O INCRA é a instituição responsável pelos assentamentos
rurais no Brasil, ou seja, por levar à efeito os projetos de
reforma agrária. Os assentados beneficiados não dispõem,
desde o início, da propriedade que recebem. Isso decorre da
determinação constitucional:
▫ Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais
pela reforma agrária receberão títulos de domínio ou de
concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
• II - declaração fundamentada de sindicato que
represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de
sindicato ou colônia de pescadores, desde que
homologada pelo INSS;
• Sindicato dos trabalhadores rurais
• Sindicato de empregados rurais
• Sindicato de agricultores familiares
• Etc
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
• 1º) mesmo no caso de declaração de sindicatos a serem
homologadas pelo INSS, é imprescindível a existência
de início de prova material, pois esta é a determinação
clara da lei;
• 2º) podem ser aceitos, como início de prova material, a
qualificação profissional de rurícola em atos de registro
civil ou militar, os quais, uma vez corroborados por
outros elementos de instrução, num conjunto probatório
harmônico, robusto e convincente, serão aptos a
comprovar os períodos de trabalho referidos nas
declarações sindicais e;
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
• 3º) a lei previdenciária não exige que o início de prova
material seja contemporâneo, necessariamente, ao
período de atividade rural que o segurado tem que
comprovar, em número de meses equivalente ao da
carência do benefício, para concessão de aposentadoria
por idade no valor mensal de um salário mínimo,
podendo servir de começo de prova documento anterior
a este período.
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
IN 77/15:
Art. 54. Considera-se início de prova material, para fins de
comprovação da atividade rural, entre outros, os seguintes
documentos, desde que neles conste a profissão ou qualquer
outro dado que evidencie o exercício da atividade rurícola e
seja contemporâneo ao fato nele declarado, observado o
disposto no art. 111:
I - certidão de casamento civil ou religioso;
II - certidão de união estável;
III - certidão de nascimento ou de batismo dos filhos;
IV - certidão de tutela ou de curatela;
V - procuração;
VI - título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral;
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
VII - certificado de alistamento ou de quitação com o serviço
militar;
VIII - comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em
escola, ata ou boletim escolar do trabalhador ou dos filhos
IX - ficha de associado em cooperativa;
X - comprovante de participação como beneficiário, em
programas governamentais para a área rural nos estados, no
Distrito Federal ou nos Municípios;
XI - comprovante de recebimento de assistência ou de
acompanhamento de empresa de assistência técnica e
extensão rural;
XII - escritura pública de imóvel;
XIII - recibo de pagamento de contribuição federativa ou
confederativa;
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
XIV - registro em processos administrativos ou judiciais,
inclusive inquéritos, como testemunha, autor ou réu;
XV - ficha ou registro em livros de casas de saúde,
hospitais, postos de saúde ou do programa dos agentes
comunitários de saúde;
XVI - carteira de vacinação;
XVII - título de propriedade de imóvel rural;
XVIII - recibo de compra de implementos ou de insumos
agrícolas;
XIX - comprovante de empréstimo bancário para fins de
atividade rural;
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
XX - ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo
junto ao sindicato de trabalhadores rurais, colônia ou
associação de pescadores, produtores ou outras
entidades congêneres;
XXI - contribuição social ao sindicato de trabalhadores
rurais, à colônia ou à associação de pescadores,
produtores rurais ou a outras entidades congêneres;
XXII - publicação na imprensa ou em informativos de
circulação pública;
XXIII - registro em livros de entidades religiosas, quando
da participação em batismo, crisma, casamento ou em
outros sacramentos;
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
XXIV - registro em documentos de associações de
produtores rurais, comunitárias, recreativas,
desportivas ou religiosas;
XXV - Declaração Anual de Produtor - DAP, firmada
perante o INCRA; (Revogado)
XXVI - título de aforamento;
XXVII - declaração de aptidão fornecida para fins de
obtenção de financiamento junto ao Programa Nacional
de Desenvolvimento da Agricultura Familiar - PRONAF;
e
XXVIII - ficha de atendimento médico ou odontológico.
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
§ 1º Para fins de comprovação da atividade do segurado
especial, os documentos referidos neste artigo, serão
considerados para todos os membros do grupo familiar.
§ 2º Serão considerados os documentos referidos neste
artigo, ainda que anteriores ao período a ser
comprovado, em conformidade com o Parecer CJ/MPS nº
3.136, de 23 de setembro de 2003.
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
O GRANDE ELEMENTO QUE CARACTERIZA O SEGURADO ESPECIAL É O EFETIVO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE
PROCEDIMENTOS ANTIGOS:
Entrevista
Oitiva de testemunhas
Pesquisa
Análise do CNIS e confrontação de dados (módulos, etc)
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
IN 77/15
Art. 39 Não integram o grupo familiar do segurado
especial os filhos casados, separados, divorciados,
viúvos e ainda aqueles que estão ou estiveram em união
estável, inclusive os homoafetivos, os irmãos, os genros
e as noras, os sogros, os tios, os sobrinhos, os primos,
os netos e os afins;
Os pais podem integrar o grupo familiar dos filhos
solteiros que não estão ou estiveram em união estável
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
IN 77/15
Art. 47. Os documentos referidos nos incisos I e III a X
do caput, ainda que estejam em nome do cônjuge, do
companheiro ou companheira, inclusive os
homoafetivos, que não detenham a condição de
segurado especial, poderão ser aceitos para os demais
membros do grupo familiar, desde que corroborados
com o documento de que trata o inciso II do caput.
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
• Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e
Previdência Social - CTPS, em que conste o registro do
contrato de trabalho;
• contrato individual de trabalho;
• acordo coletivo de trabalho, inclusive por safra, desde
que caracterize o trabalhador como signatário e
comprove seu registro na respectiva Delegacia Regional
do Trabalho;
• recibos contemporâneos de pagamento de
remunerações por serviços rurais prestados, que
identifiquem tanto o contratante como o contratado.
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
RURAL
Prova da caracterização “rural” do empregado:
Perfil Profissiográfico Previdenciário
Declaração Registros em órgãos públicos
Entrevista e pesquisa
APOSENTADORIA RURAL
• Lei 8.213/91
• Art. 143. O trabalhador rural ora enquadrado como
segurado obrigatório no Regime Geral de Previdência
Social, na forma da alínea "a" do inciso I, ou do inciso IV
ou VII do art. 11 desta Lei, pode requerer aposentadoria
por idade, no valor de um salário mínimo, durante quinze
anos, contados a partir da data de vigência desta Lei,
desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda
que descontínua, no período imediatamente anterior ao
requerimento do benefício, em número de meses
idêntico à carência do referido benefício.
APOSENTADORIA RURAL
• PARECER CJ/MPS 39/2006:
• 8. A aposentadoria por idade do segurado especial no
valor de 1 (um) salário mínimo, após a expiração do
prazo relativo ao benefício transitório - 24 de julho de
2006 -, continuará sendo devida nos termos do inciso I
do art. 39 da Lei nº 8.213/91, ou seja, o segurado
especial deverá comprovar, para obter aposentadoria por
idade no valor de 1 (um) salário mínimo, o exercício de
atividade rural, ainda que de forma descontínua, no
período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício, igual ao número de meses correspondentes à
carência do benefício.
• PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE.
REQUISITOS: IDADE E COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
AGRÍCOLA NO PERÍODO IMEDIATAMENTE ANTERIOR AO
REQUERIMENTO. ARTS. 26, I, 39, I, E 143, TODOS DA LEI N.
8.213/1991. DISSOCIAÇÃO PREVISTA NO § 1º DO ART. 3º DA
LEI N. 10.666/2003 DIRIGIDA AOS TRABALHADORES
URBANOS. PRECEDENTE DA TERCEIRA SEÇÃO.
• 1. A Lei n. 8.213/1991, ao regulamentar o disposto no inc. I do art.
202 da redação original de nossa Carta Política, assegurou ao
trabalhador rural denominado segurado especial o direito à
aposentadoria quando atingida a idade de 60 anos, se homem, e 55
anos, se mulher (art. 48, § 1º).
• 2. Os rurícolas em atividade por ocasião da Lei de Benefícios, em
24 de julho de 1991, foram dispensados do recolhimento das
contribuições relativas ao exercício do trabalho no campo,
substituindo a carência pela comprovação do efetivo desempenho
do labor agrícola (arts. 26, I e 39, I).
• 3. Se ao alcançar a faixa etária exigida no art. 48, § 1º, da Lei n.
8.213/91, o segurado especial deixar de exercer atividade como
rurícola sem ter atendido a regra de carência, não fará jus à
aposentação rural pelo descumprimento de um dos dois únicos
critérios legalmente previstos para a aquisição do direito.
• 4. Caso os trabalhadores rurais não atendam à carência na forma
especificada pelo art. 143, mas satisfaçam essa condição mediante o
cômputo de períodos de contribuição em outras categorias, farão jus
ao benefício ao completarem 65 anos de idade, se homem, e 60 anos,
se mulher, conforme preceitua o § 3º do art. 48 da Lei de Benefícios,
incluído pela Lei nº 11.718, de 2008.
5. Não se mostra possível conjugar de modo favorável ao trabalhador
rural a norma do § 1º do art. 3º da Lei n. 10.666/2003, que permitiu a
dissociação da comprovação dos requisitos para os benefícios que
especificou: aposentadoria por contribuição, especial e por idade
urbana, os quais pressupõem contribuição.
6. Incidente de uniformização desprovido.
PETIÇÃO 7.476/PR
[...].
1. Tese delimitada em sede de representativo da controvérsia, sob a
exegese do artigo 55, § 3º combinado com o artigo 143 da Lei
8.213/1991, no sentido de que o segurado especial tem que estar
laborando no campo, quando completar a idade mínima para se
aposentar por idade rural, momento em que poderá requerer seu
benefício. Se, ao alcançar a faixa etária exigida no artigo 48, § 1º, da
Lei 8.213/1991, o segurado especial deixar de exercer atividade rural,
sem ter atendido a regra transitória da carência, não fará jus à
aposentadoria por idade rural pelo descumprimento de um dos dois
únicos critérios legalmente previstos para a aquisição do direito.
Ressalvada a hipótese do direito adquirido em que o segurado
especial preencheu ambos os requisitos de forma concomitante, mas
não requereu o benefício.
2. Recurso especial do INSS conhecido e provido, invertendo-se o
ônus da sucumbência. Observância do art. 543-C do Código de
Processo Civil.
(REsp 1354908/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/09/2015, DJe 10/02/2016)
APOSENTADORIA RURAL
Art. 231. Para fins de aposentadoria por idade prevista no
inciso I do art. 39 e caput e § 2º do art. 48, ambos da Lei
nº 8.213, de 1991 dos segurados empregados,
contribuintes individuais e especiais, referidos na alínea
"a" do inciso I, na alínea "g" do inciso V e no inciso VII do
art. 11, todos do mesmo diploma legal, não será
considerada a perda da qualidade de segurado nos
intervalos entre as atividades rurícolas, devendo,
entretanto, estar o segurado exercendo a atividade rural
ou em período de graça na DER ou na data em que
implementou todas as condições exigidas para o
benefício.
APOSENTADORIA RURAL
§ 1º A atividade rural exercida até 31 de dezembro de
2010 pelos trabalhadores rurais de que trata o caput
enquadrados como empregado e contribuinte individual,
para fins de aposentadoria por idade, no valor de um
salário mínimo, observará as regras de comprovação
relativas ao segurado especial, mesmo que a
implementação das condições para o benefício seja
posterior à respectiva data.
§ 2º O trabalhador enquadrado como segurado especial
poderá requerer a aposentadoria por idade sem
observância à data limite prevista no § 1º, em razão do
disposto no inciso I do art. 39 da Lei nº 8.213, de 1991.
APOSENTADORIA RURAL
Art. 232. Na hipótese do art. 231, será devido o benefício ao
segurado empregado, contribuinte individual e segurado
especial, ainda que a atividade exercida na DER seja de
natureza urbana, desde que o segurado tenha preenchido
todos os requisitos para a concessão do benefício rural até
a expiração do prazo de manutenção da qualidade na
condição de segurado rural.
Parágrafo único. Será concedido o benefício de natureza
urbana se, dentro do período de manutenção da qualidade
decorrente da atividade rural, o segurado exercer atividade
urbana e preencher os requisitos à concessão de benefício
nessa categoria.
APOSENTADORIA RURAL
Art. 157. No caso de comprovação de desempenho de
atividade urbana entre períodos de atividade rural, com ou
sem perda da qualidade de segurado, poderá ser concedido
benefício previsto no inciso I do art. 39 e caput e § 2º do art.
48, ambos da Lei nº 8.213, de 1991, desde que cumpra o
número de meses de trabalho idêntico à carência relativa ao
benefício, exclusivamente em atividade rural.
Parágrafo único. Na hipótese de períodos intercalados de
exercício de atividade rural e urbana, observado o disposto
nos arts. 159 e 233, o requerente deverá apresentar um
documento de início de prova material do exercício de
atividade rural após cada período de atividade urbana.
APOSENTADORIA RURAL
Art. 158. Para fins de concessão dos benefícios devidos ao
trabalhador rural previstos no inciso I do art. 39 e caput § 2º do art. 48
ambos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, considera-se como
período de carência o tempo de efetivo exercício de atividade rural,
ainda que de forma descontínua, correspondente ao número de
meses necessários à concessão do benefício requerido, computados
os períodos a que se referem as alíneas "d" e "i" do inciso VIII do art.
42 observando-se que:
I - para a aposentadoria por idade prevista no art. 230 do trabalhador
rural empregado, contribuinte individual e especial será apurada
mediante a comprovação de atividade rural no período
imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o
caso, no mês em que cumprir o requisito etário, computando-se
exclusivamente, o período de natureza rural; e
APOSENTADORIA RURAL
II - para o segurado especial e seus dependentes, para os
benefícios de aposentadoria por invalidez, auxílio-doença,
auxílio-acidente, pensão por morte, auxílio-reclusão e salário-
maternidade, o período de atividade rural
deve ser apurado em relação aos últimos doze ou 24 (vinte e
quatro) meses, sem prejuízo da necessária manutenção da
qualidade de segurado e do preenchimento da respectiva
carência, comprovado na forma do art. 47.
Parágrafo único. Entendem-se como forma descontínua os
períodos intercalados de exercício de atividades rurais, ou
urbana e rural, com ou sem a ocorrência da perda da
qualidade de segurado, observado o disposto no art. 157.
APOSENTADORIA RURAL
Idade reduzida: 55 anos mulher e 60 anos homem
Assegurado a todos os trabalhadores rurais
independentemente de contribuiçao até 31 de dezembro de
2010
Art. 3º Lei 11.718/08:
I – até 31 de dezembro de 2010, a atividade comprovada na
forma do art. 143 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991;
II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada mês
comprovado de emprego, multiplicado por 3 (três), limitado a
12 (doze) meses, dentro do respectivo ano civil; e
III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada mês
comprovado de emprego, multiplicado por 2 (dois), limitado a
12 (doze) meses dentro do respectivo ano civil.