Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
__________________________________ ¹Autora: Professora Pedagoga PDE/2010 – Marise Marques ²Orientadora: Mestre em Educação, Especialista em EAD, atua no Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes e Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
O USO DE TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA
Autora: Marise Marques¹
Orientadora: Cristine Isabel Simão²
RESUMO
Com o avanço das tecnologias entendemos que todas as pessoas têm o direito de ter acesso aos recursos tecnológicos para sentirem-se parte da sociedade e assim realizar as diversas atividades com as tecnologias, já que essas fazem parte do nosso cotidiano. Um exemplo disso são as pessoas idosas que recebem sua aposentadoria através de um cartão eletrônico. Mas a realidade social demonstra que o uso das tecnologias não é tão comum como deveria, e mesmo, as pessoas que tem acesso às tecnologias resistem ao seu uso, justificando que essa, é difícil de manipulá-la e que não conseguem aprender e nem ter o domínio sobre ela. Neste contexto a escola tem o dever de acompanhar os avanços tecnológicos e sua aplicabilidade, pois estamos inseridos dentro de uma sociedade que contemporaneamente é tecnológica, caminhamos assim durante a implementação do Projeto “o uso de tecnologias em sala de aula”, com o objetivo de incentivar o maior número possível de professores e pedagogos para fazerem uso dessa tecnologia buscando alcançar uma nova metodologia de ensino, onde o professor passa a ser um mediador e o aluno busca ser o construtor do seu próprio conhecimento. Percebemos ao longo da implementação a necessidade da escola pública ter acesso a essa nova metodologia e ressaltamos que é imprescindível que a qualificação e a formação continuada dos professores aconteça para diminuir o quadro de defasagem quanto à aplicabilidade da tecnologia como recurso pedagógico. Neste sentido, este artigo retrata a implementação do projeto e os resultados obtidos dentro da escola. Através do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, pudemos aprofundar os estudos teóricos e práticos do uso das tecnologias, conseguimos assim proporcionar aos professores novas descobertas pessoais e interações com a tecnologia. Mesmo com as dificuldades que a escola enfrenta é preciso investir no interesse do professor para enfrentar os desafios postos pela sociedade atual.
Palavras chave: Tecnologias; sala de aula; recurso pedagógico.
2
ABSTRACT Technology advances mean that all people have the right to have access to technological resources in order to feel part of society and thus carry out various activities with the technologies, as these are part of everyday life. An example is the elderly who receive their retirement through an electronic card. But the social reality demonstrates that the use of technology is not as common as it should, and even people who have access to technologies resist its use, explaining that it is difficult to manipulate and learn and who can not or have dominion over it. In this context the school has a duty to follow the technological advances and their applicability, as we operate within a society that today's technology, we are heading that way for the implementation of the project "the use of technology in the classroom," with the objective of encourage the greatest possible number of teachers and educators to make use of this technology aiming to reach a new teaching method, where the teacher becomes a facilitator and the student seeks to be the builder of his own knowledge. Throughout the implementation perceive the need of public schools have access to this new methodology and stressed that it is essential that the qualification and continuing education of teachers happen to reduce the picture lag on the applicability of the technology as a pedagogical resource. Therefore, this article shows the implementation of the project and the results obtained within the school. Through the Educational Development Program - PDE, we deepen the theoretical and practical use of technologies, so we can provide teachers with new discoveries personal interactions with technology. Even with the difficulties the school faces is necessary to invest in the interest of the teacher to meet the challenges posed by modern society. Keywords: Technology; theclassroom; teachingresource.
1 INTRODUÇÃO
Vivemos sob a influência das novas tecnologias, em todas as áreas de
nossa vida. Essas influências se revelam no cotidiano através da televisão, da
internet, do uso de celulares e a repercussão disso passa a ser uma
interdependência que permeia nossa cultura. Nesses últimos anos, graças ao
sucesso dos planos econômicos adotados pelos países em desenvolvimento foi
oportunizado o acesso às novas tecnologias.
As escolas públicas passaram a experimentar o gosto pelo uso das
tecnologias, os professores investiram na compra de seus próprios computadores e
3
o interesse pelo uso das tecnologias passou a ser cada vez mais naturalizado.
Percebemos então que a escola passou a ter necessidade de inovar em sala
de aula levando o aluno a reconhecer novas possibilidades de aprendizagem.
O uso das tecnologias pode ajudar o professor diante do enfrentamento de
novas realidades educacionais, para buscar um avanço educacional.
Nesse sentido a escola vem caminhando dentro deste contexto
acompanhando dentro do possível os avanços tecnológicos, passando a presenciar
uma nova metodologia de ensino, onde o professor passa a ser um mediador a fim
de levar o aluno a construir o seu próprio conhecimento.
Muitos podem pensar que a escola não acompanhou os avanços da
tecnologia, mas nossos alunos comprovam que é apenas uma questão de tempo
para que a escola faça uso “aberto” das tecnologias, as novas gerações, que já
nasceram na era digital, serão o aporte para os professores auxiliando-os na
superação das dificuldades frente às novas tecnologias.
Ao longo da implementação do Projeto “O uso de tecnologias em sala de
aula” proporcionamos aos professores através dos encontros, elementos para a
melhoria e a elaboração de novas aulas através dos recursos como da TV Pen
Drive, da Internet na criação de Blogs Educativos, aplicativos direcionados a
educação e tutoriais explicativos.
Utilizando a metodologia da Pesquisa-ação de Thiollent, presenciamos a
troca de experiências de trabalho que foram enriquecidos em cada encontro entre
professores, consolidando maior interação e integração ao assunto.
Planejar e executar aulas utilizando as tecnologias continua sendo um
desafio, mas caminhar no sentido de ajudar aos professores a ultrapassar seus
limites é uma conquista diária.
4
2 SUPORTE TEÓRICO
2.1. Mudanças no Mundo Contemporâneo
Diante das mudanças que o mundo contemporâneo passa, a sociedade
apresenta novos paradigmas econômicos e socioculturais, conforme Kuenzer (1998,
p.1), com os novos paradigmas surgem novas relações entre trabalho, ciência e
cultura, assim essas relações exigem um novo projeto pedagógico para atender as
novas demandas da globalização.
Dentro da escola encontramos novas alternativas para o trabalho em sala de
aula, mas ainda estão presentes resquícios do modelo de produção fragmentada da
educação.
Segundo Kuenzer (1998, p.2),
O principio educativo que determinou o projeto pedagógico da educação escolar para atender a essas demandas da organização do trabalho de base taylorista/fordista, ainda dominantes na escola, deu origem às tendências pedagógicas conservadoras em todas as suas modalidades, as quais, embora privilegiassem ora a racionalidade formal, ora a racionalidade técnica, sempre se fundaram na divisão entre pensamento e ação. Esta pedagogia do trabalho taylorista/fordista foi dando origem, historicamente, a uma pedagogia escolar centrada ora nos conteúdos, ora nas atividades, mas nunca comprometida com o estabelecimento de uma relação entre o aluno e o conhecimento que verdadeiramente integrasse conteúdo e método, de modo a propiciar o domínio intelectual das práticas sociais e produtivas.
Isto, posto cabe à escola buscar novas formas de se atualizar e ultrapassar
o modelo fragmentado de educação buscando atender os atuais ditames da
sociedade, pois, corre-se o risco da mesma ser atropelada pela tecnologia e tornar-
se obsoleta para a atual sociedade.
O uso de novas tecnologias em sala de aula visa romper barreiras que foram
5
impostas ao longo da história. Ou seja, caminhar rumo ao novo, sem deixar que o
desânimo e a acomodação se tornem ferramentas do cotidiano, pois o aluno
presente na escola está inserido na sociedade atual. Ele, por sua vez, partilha dessa
sociedade, que enfrenta profundas mudanças, deixar de mudar a prática escolar, é a
negação do próprio papel de cidadãos e cidadãs contemporaneamente
estabelecidos num mundo de contradições e expectativas.
Se comparar o estilo de vida do século passado com o presente, verifica-se
uma realidade distinta no que se refere à execução das atividades do cotidiano das
pessoas. O que antes era realizado de forma simplista, natural, hoje necessita de
recursos e aparatos tecnológicos para executar as mesmas ações cotidianas do
passado.
A tecnologia pode melhorar o cotidiano das pessoas, mas o que se percebe é
que muitas vezes ela se desenvolve tão rápido que nem todos conseguem
acompanhá-la, pois ela mesma se supera a cada dia, e quem não possui acesso à
tecnologia fica automaticamente fora do mundo do conhecimento entrando num
circulo vicioso, criado pela evolução tecnológica e pela sociedade da informação.
O mundo contemporâneo não espera que as pessoas se prepararem para
atuar de forma digna no mercado de trabalho, a desqualificação é a justificativa
principal para a não contratação das pessoas em empresas que pagam bem seus
funcionários. O domínio da tecnologia ainda é benefício para poucos.
Hoje, são possíveis realizações que alguns anos atrás só faziam parte do
mundo da ficção científica. Usar um cartão de crédito, movimentar uma conta
bancária fora do horário de expediente, viajar de ônibus, carro ou avião, falar ao
celular conectar-se a Internet, realizar exames clínicos, pagar boletos bancários,
entre outros, são atividades totalmente dependentes dos recursos proporcionados
pelas tecnologias que se tornaram banais na vida da população.
Toda a informação veiculada no mundo, de forma instantânea, torna-se parte
do ambiente sem grandes esforços para que isso aconteça.
Segundo Souza e Fonquete (2008, p.7),
Grandes teóricos, dizem que estamos vivendo numa “sociedade tecnológica”, e de fato, se olharmos a nossa volta, boa parte daquilo que utilizamos e realizamos em nossa vida diária, pessoal e profissional, está por todos os lados cercados pelas tecnologias. Dessa forma, todos os
6
elementos que perpassam nosso cotidiano desencadeiam um processo de transformação. Essa relação de dependência e interdependência entre homem e tecnologia vai gradativamente criando um ambiente totalmente novo, estabelecendo novas formas de configurar uma sociedade.
Apesar de irrefutável os benefícios tecnológicos para as mudanças ocorridas
na sociedade, esta nem sempre foi igual para todos, conforme salienta os PCNs
(1998), citado por Souza e Fonquete (2008, p. 9):
É certo que o avanço tecnológico trouxe contribuições significativas para o processo evolutivo da sociedade, porém nesse processo algumas distorções foram geradas e precisam ser superadas. “Há uma grande distância entre os indivíduos que dominam a tecnologia, os que são apenas consumidores e os que não têm condições nem de consumir”.
Já na atual sociedade todos são chamados a utilizar-se da tecnologia, pois a
mesma começa a ser incorporada no mundo do trabalho, tornando o seu uso uma
exigência social.
Dentro da escola Valente (1999), endossa a cobrança da sociedade na
mudança do novo paradigma educacional que exigirá dos cidadãos uma postura
autônoma, criativa e crítica, capaz de “aprender a aprender”, repercutindo o
conhecimento que construiu para ocupar um lugar digno dentro da sociedade.
Neste sentido, a escola passa a exercer um importante papel na sociedade,
de preparar as pessoas que irão atuar nesta sociedade.
Lévy (1998), diz que o papel do professor não será mais de difusor de
saberes, mas animador da inteligência coletiva.
2.2. A Inclusão Digital e o papel da Escola
Buscar novas metodologias e novas perspectivas educacionais será um
trabalho conjunto de todos os envolvidos na escola, para ajudar no processo de
inclusão digital. As novas tecnologias estão postas dentro da sociedade, impostas
7
pelo domínio econômico, cabe aqueles que transmitem o saber, reconhecer a
capacidade de transformação que a tecnologia pode trazer.
Segundo Rêbelo (2005, p.1) inclusão digital significa:
Antes de tudo, melhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com ajuda da tecnologia. A expressão nasceu do termo “digital divide”, que em inglês significa algo como “divisória digital”. Hoje, a depender do contexto, é comum ler expressões similares como democratização da informação, universalização da tecnologia e outras variantes parecidas e politicamente corretas.
A tentativa de incluir digitalmente os alunos tem ocorrido dentro das escolas
e comunidades, o embate maior é fazer com que as pessoas tenham disponíveis as
ferramentas para conseguir a inclusão digital e por consequência a inclusão social.
A falta de acesso à tecnologia recebe o nome de exclusão digital que ocorre basicamente pela indisponibilidade de três recursos básicos: um computador, uma linha de telefone e um provedor de acesso. O provedor pode ser conseguido com maior facilidade pela proliferação de provedores gratuitos, disponíveis em boa pare do território brasileiro. O maior problema ainda reside no acesso a um computador que apesar de ter tido seu preço reduzido muito nos últimos anos, ainda está inacessível para 90% da população, e a uma linha telefônica. (MONTEZ; BECKER, 2004, p.4).
O desafio da inclusão digital não se reduz apenas a utilização das tecnologias
para troca e-mails ou assistir filmes, mas para a sua utilização na melhoria
profissional e social das pessoas.
Em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Como fazer isso? Não apenas ensinando o bê–á–bá do “informatiquês”, mas mostrando como ela pode ganhar dinheiro e melhorar de vida com ajuda daquele monstrengo de bits e bytes que de vez em quando trava. (REBÊLO, 2005, p. 1).
8
Segundo dados apresentados por Silva Filho (2003, p.3):
O Brasil tem condições de superar esse atraso e as vicissitudes existentes. Todavia, para que isso de fato ocorra, é preciso começar a fazê-lo hoje, ou melhor, ontem. Do contrário, as gerações vindouras continuarão com elevado índice de excluídos da era digital. A inclusão digital tem um tripé que compreende acesso à educação, renda e TIC’s. A ausência de qualquer um desses pilares significa deixar quase 90% da população brasileira permanecendo na condição de mera aspirante a inclusão digital. Dentro deste contexto, considera-se que a inclusão digital é necessária a fim de possibilitar a toda a população, por exemplo, o usufruto dos mais variados serviços prestados via Internet. Hoje em dia, ter acesso a Internet significa acesso a um vasto banco de informações e serviços. Este imenso repositório de conteúdo e serviços merece e deve ser utilizado por toda população brasileira. É preciso que o governo, como principal protagonista, assuma o papel de coordenador e atue em conjunto com sociedade civil organizada a fim de assegurar o tripé da inclusão digital.
Cassiolato (1999, p.42), define o que são as novas tecnologias: estas são
caracterizadas pelas (TICs) Tecnologias da Informação e Comunicação, que trazem
uma inovação da forma de se comunicar deixando o mundo globalizado. Isso
ocorreu na metade da década de 1970 e se intensificou nos anos de 1990 com a
terceira revolução industrial ou revolução informacional. As redes eletrônicas
constituem a base das novas tecnologias, portanto estabelecem novas formas de
comunicação que por conta desta, requer que o ser humano alcance outras formas
de relacionar-se.
Em todos os setores da sociedade se observam mudanças em função do uso
das novas tecnologias.
De nada adianta acesso às tecnologias e renda se não houver acesso à
educação, isto porque o indivíduo deixa de ter um mero papel ‘passivo’ de
consumidor de informações, bens e serviços, e então passa também a atuar como
um produtor de conhecimentos, bens e serviços.
A educação também tem experimentado mudanças na sua forma de
organização e produção, fazendo surgir novas formas de ensino-aprendizagem
subsidiadas pela inserção de novas tecnologias nas escolas.
9 No Estado Paraná, a Secretaria de Estado da Educação tem desenvolvido
projetos que visam à integração de mídias com a finalidade de proporcionar a inclusão e o acesso de alunos e professores da rede pública estadual a essas tecnologias. A TV Pen Drive é um projeto que prevê televisores de 29 polegadas – com entradas para VHS, DVD, cartão de memória e pen drive e saídas para caixas de som e projetor multimídias – para todas as 22 mil salas de aula da rede estadual de educação, bem como um dispositivo pen drive para cada professor. (TV Multimídia – Portal dia a dia Educação).
É também imperativo que a inclusão digital esteja integrada aos conteúdos
curriculares e isto requer um redesenho do projeto pedagógico e grade curricular
atuais de ensino fundamental e médio.
Quebrar o paradigma televisivo, já assimilado pela maioria, que é a inércia e
passar para uma nova relação de interatividade é um desafio para acultura atual.
A conquista da inclusão digital, precisa passar por uma transição, e é um
processo longo e cheio de erros e acertos.
Dentro da escola percebe-se alguns indícios da inclusão digital. Embora
tímidas algumas práticas vêm contribuir para o ensino e aprendizagem dos alunos.
Práticas ainda tímidas, pois a formação dos professores ainda não é suficiente para
dominar e aplicar em sala de aula as novas tecnologias.
Na escola o giz e o quadro de escrever ainda são utilizados, pelo professor,
como um dos recursos principais, para a sua aula, o aluno continua utilizando o
caderno e a caneta para copiar os conteúdos. Essa prática executada dentro da
escola se desenrolou ao longo do tempo, permanecendo até hoje com menor ou
maior intensidade, dependendo da realidade social que esta escola está inserida.
Hoje, a escola poderia ter uma nova face se fossem incorporadas no seu dia
a dia as tecnologias, onde cada aluno teria acesso à tecnologia, cada um com seu
próprio computador portátil e os professores realizassem um trabalho integrado às
redes de comunicação, que hoje são comuns fora da escola.
Mudar a escola talvez pareça difícil é o que destaca Lévy (1999), “a escola é
uma instituição que há cinco mil anos se baseia no falar/ditar do mestre, na escrita
manuscrita do aluno e, há quatro séculos, em um uso moderado da impressão”.
A troca de tecnologias do passado para as novas tecnologias, deveriam
necessariamente trazer a melhoria de qualidade de vida das pessoas.
Dentro da escola não é diferente, as novas tecnologias devem trazer uma
10
nova qualidade, portanto uma nova metodologia, uma nova forma de ensinar, uma
nova forma de aprender.
Para Belloni (2001), Jacquinot (1990), Dieuzeneide (1994), citados por Belloni
(2003, p. 3),
O uso simplesmente instrumental das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), apenas como ferramentas, corresponde a uma concepção tecnicista e redutora do processo de aprendizagem, enquanto a reflexão pura sobre os conteúdos das mídias pode conduzir a um moralismo ineficaz que afasta os estudantes da escola. A concepção de dupla dimensão do uso pedagógico das TIC pretende dar conta dessas questões apontando para o caráter complexo dos processos cognitivos envolvidos no uso de tais tecnologias, cujas características técnicas e estéticas (formais) devem ser postas em evidência no processo de aprendizagem, para assegurar a apropriação criativa e desenvolver competências específicas, de uso e de produção, nos estudantes e professores.
2.3. A aplicabilidade das tecnologias em sala de aula
Nas aulas é comum ensinar aos alunos através da fala do professor, muitas
vezes o aluno é um ouvinte passivo.
McLuhan (1968) citado por Belloni (2005, p. 6), a 40 anos atrás lançou um
desafio:
“o meio é a mensagem” desde então especialistas buscam explicar como e o quê se aprende por intermédio das “mídias”. McLuhan refuta a neutralidade do meio tecnológico ao transmitir a mensagem, o meio transmite algo mais que lhe é inerente e que age sobre o conteúdo, transformando-o.
1) Inclui-se nesta categoria a televisão, o microcomputador, as redes digitais e
a internet, que na medida em que são incorporadas ao cotidiano das pessoas,
deixam de ser novas e passam a ser consideradas apenas como tecnologias da
comunicação e informação – TICs. Conforme McLuhan (1968) as tecnologias
tornam-se invisíveis à medida que são usadas.
11
Não basta o professor utilizar a televisão, o DVD, o computador, produzir
slides para demonstração na TV Pen Drive, é preciso saber usar pedagogicamente a
tecnologia escolhida. Esta opção implica em mudanças profundas na prática escolar
docente e discente.
2) Neste contexto, as (TICs) tecnologias da informação e da comunicação
oferecem grandes espaços e desafios para a atividade cognitiva, afetiva e social dos
alunos e professores. A TV, o computador e a Internet deixam de ser apenas
ferramentas instrumentais na organização do trabalho pedagógico.
3) Kenski (2007, p.67), destaca que: “as inovações tecnológicas podem
contribuir de modo decisivo para transformar a escola em um lugar de exploração de
culturas, de realização de projetos, de investigação e debate”.
O professor que se propõe a utilizar as tecnologias disponíveis na escola
precisa desenvolver novas habilidades e características a fim de superar uma
postura tradicionalmente enraizada para assumir uma postura de mediador
pedagógico, de alguém que planeja e organiza espaços de interação.
O aluno não será receptor passivo de informações, conforme a concepção
bancária de Paulo Freire, pois o uso das tecnologias pressupõe que o aluno aprenda
a usar, a produzir, e principalmente a interagir, discutir, solucionar problemas e
participar socialmente da construção do conhecimento. Levando em consideração
tudo que foi dito anteriormente pelos autores citados e assim com essa base teórica,
caminhamos para a implementação do Projeto.
2.3.1. Descrição da Implementação do Projeto na Escola
No 2º Semestre de 2011, retornamos para as escolas de lotação, onde seria
efetivamente aplicado o projeto que foi elaborado dentro da realidade em que
atuamos. O entusiasmo para aplicar nossos Projetos era imenso, pois queríamos
passar a experiência que adquirimos durante o tempo em que ficamos afastadas do
Colégio.
12
Neste sentido, os Professores e Pedagogos do PDE/2010 participaram
juntamente com os professores do Colégio e a Equipe Pedagógica da Semana
Pedagógica realizada em julho, onde nossa intenção foi de falar sobre o uso de
tecnologias em sala de aula.
Diante da utilização das tecnologias dentro da escola, começamos a
aplicação do projeto, explanando os objetivos que o Projeto propõe conforme nos
mostra a figura 1.
Figura 1 – Exposição do Projeto
Fonte: Acervo fotográfico pessoal (devidamente autorizada)
É importante ressaltar que para ocorrer uma mudança na qualidade de ensino
se exige muito mais do que aparelhagem tecnológica, pois a mudança ocorre
através de novos paradigmas que envolvem uma nova forma de ensinar, portanto
uma nova forma de aprender.
Neste sentido, foi aberto debate com os professores com a questão principal
“Por que utilizar tecnologia em sala de aula?” conforme o decorrer da explanação, os
professores foram participando com perguntas a respeito desse uso em sala de
aula.
Os professores preencheram um formulário de adesão ao projeto em reunião
com todos os professores (figura 2), que foi implementado durante a hora atividade
de cada um dos professores.
13
Figura 2 – Reunião com os professores – apresentação do projeto
Fonte: Acervo fotográfico pessoal
Finalizando este primeiro encontro e contato, apresentamos um Vídeo
chamado “Novas tecnologias” (saberonline.org - Novas tecnologias redefinindo a
formação da sociedade) – Argumento de José Carlos Cavalcanti que relata o quanto
a tecnologia faz parte de nosso dia a dia e quantas pessoas são beneficiadas com o
desenvolvimento desta; esse contexto nos levou a refletir como poderíamos
melhorar nosso desempenho dentro da sala de aula, já que a sociedade passou a
ter outra configuração depois das TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação).
Abordamos também a utilização do BrOffice, pois o sistema operacional que
nossas escolas utilizam é o sistema LINUX.
Embora existam algumas resistências para fazer uso do LINUX, devido ao
condicionamento de alguns profissionais que utilizam outros sistemas operacionais,
demonstramos a importância e a utilidade do BrOffice, para fazer provas avisos e
trabalhos, apresentações, tabelas e outras montagens de material didático. Além
disso é um software livre e gratuito compatível com o Windows, conforme o site
BrOffice.org as vantagens de se utilizar o BrOffice é descrita em:
Quais são então os atrativos para o uso do Software Livre ou open source como o BrOffice? É gratuito, portanto não há despesas com licenças. É livre e de código aberto, então a empresa pode fazer modificações que atenda a demandas específicas sem custos adicionais. Tem suporte técnico de uma comunidade vibrante e ativa espalhada pelo mundo inteiro e aqui no Brasil o
14
custo com treinamentos é infinitamente menor. É compatível com os documentos produzidos pelo Office da Microsoft. Utiliza padrão aberto de documento, o que significa na prática, o não aprisionamento, à medida que esse tipo de documento pode ser editado por outros tantos softwares com suporte ao ODF.
Foi utilizado os tutoriais disponíveis no portal dia a dia educação e os tutoriais
disponibilizados pelo CRTE de Ponta Grossa.
Assim percebemos que o uso do BrOffice é de fácil aplicação e deve ser
incentivado seu uso para todos os profissionais da rede estadual de ensino, pois
colabora para preparo das aulas de forma mais atrativa para os alunos e mais
organizada para os profissionais que atuam em sala de aula.
Também ao pensarmos numa aplicação de um conversor de Vídeo podemos
citar o a utilização do “Zamzar”, para serem compatíveis com a TV Pen Drive.
Trabalhamos a conversão de vídeos, tentamos converter os vídeos para
serem compatíveis com a TV Pen drive. O conversor mais adaptado foi o Zamzar
que trouxe facilidade e praticidade para converter os vídeos em AVI.
Em sala de aula a utilização de vídeos para enriquecer as aulas, tem sido
muito utilizada, e para muitos educadores tornou-se uma ferramenta estratégica que
amplia a possibilidade de tornar as aulas mais atrativas.
A sociedade contemporânea é caracterizada pela multiplicidade de linguagens e por uma forte influência dos meios de comunicação. É preciso que o professor entenda as linguagens do cinema, da TV e do vídeo e que possa identificar suas potencialidades e peculiaridades. O professor precisa estar preparado para utilizar a linguagem audiovisual com sensibilidade e senso crítico de forma a desenvolver, com seus alunos, uma alfabetização audiovisual. Mandarino M.C.F. (2002 p.1).
Para que as aulas se tornem realmente atrativas e tenha um conteúdo
didático apropriado para cada assunto é importante despertar o interesse dos alunos
através da metodologia escolhida pelo professor.
15
Em relação ao uso da TV Pen Drive, que é uma ferramenta que todas as
escolas do Paraná, possuem. A TV Pen Drive possibilita que os professores ilustrem
suas aulas com apresentações, músicas, vídeos e filmes. Durante nossa
implementação demonstramos que essa ferramenta pode ser explorada de forma
que traga para o professores possibilidades que ele ainda não possuía conforme
mostra a figura 3.
Figura 3 – Professores no laboratório – explorando o uso do BrOffice
Fonte: Acervo fotográfico pessoal (imagens devidamente autorizadas)
Para conhecer as regras e normas que permeiam o universo da Internet
trabalhamos a “Netiqueta” (figura 4) que descreve o comportamento dos usuários
desse tipo de comunicação via Internet, para deixar claro que a Internet não é um
mundo em que possamos não podemos esquecer o comportamento ético na rede
mundial de comunicação. Para tanto foi utilizado um documento em PDF que
descreve a “Netiqueta”, como devemos nos comportar quando utilizamos o recurso
da tecnologia e comunicação em rede. Assim precisamos seguir normas para utilizar
a Web e dentro dessas normas, cuidar para respeitar os direitos autorais, sempre
mantendo a ética e o bom senso.
16
Figura 4 – Professores em Laboratório – montagem de regras para Internet
Fonte: Acervo fotográfico pessoal (devidamente autorizada)
Elaboramos Junto com os professores, uma forma de pesquisar e passar para
os alunos as regras da Internet bem como as Normas de Direitos Autorais que
devem ser respeitados já que se trata de um trabalho intelectual que tem autor e,
portanto com direitos sobre a obra produzida por ele ou ela.
Ao montarmos o Blog (figura 5 e 6), percebemos que as regras da “Netiqueta”
são muito importantes, já que as ideias expostas nesses blogs criados para
disciplinas, utilizaram textos de outros autores e suas respectivas referências foram
destacadas e enumeradas.
17
Figura 5 – Professores em Montagem de Blogs Educativos
Fonte: Acervo fotográfico (devidamente autorizada)
Figura 6 – Professores em postagem de material no Blog
Fonte: Acervo pessoal (devidamente autorizada)
18
Nesta etapa da implementação procuramos elaborar aulas utilizando e nos
comunicando com os alunos através de Blogs de cada disciplina, cada professor
escolheu um conteúdo apropriado e postou para seus alunos que realizaram
consulta no laboratório do colégio.
No mês de setembro/2012, concomitante a implementação do Projeto,
iniciamos a preparação para aplicar o Grupo de Trabalho em Rede através do CRTE
do núcleo de Educação de Ponta Grossa, que aplicou um curso de tutoria para os
professores PDE/2010. Durante o GTR, apresentamos e discutimos o Projeto “O uso
de tecnologia em sala de aula”, o objetivo principal foi dar apoio aos professores
para elaborar e confeccionar aulas onde podem utilizar a TV Pen Drive, montar
Blogs e Sites com os alunos em sala de aula.
Os Grupos de Trabalho em Rede - GTR/2011, constituem uma das atividades da Turma do PDE/2010 e caracteriza-se pela interação a distância entre o Professor PDE e os demais professores da Rede Pública Estadual, cujo objetivo é a socialização e discussão das produções e atividades desenvolvidas. SEED (2004).
Iniciamos o GTR, com a participação de pedagogas e professoras do
Paraná, pois o Curso ficou aberto para todos os professores da Rede de Ensino.
Este contribui para a formação continuada dos professores. No início do GTR
repassamos o teor do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola para a
apreciação e leitura.
Realizamos um processo de aprofundamento teórico o qual teve como
objetivo promover entre os participantes do GTR discussões e contribuições através
de interações em relação ao referido Projeto.
As contribuições dos participantes através de diários e fóruns foram muito
importantes, pois assim pudemos interagir expondo nossas experiências dentro da
escola pública. Chegamos ao consenso de que com o rápido avanço das
tecnologias e automaticamente o aumento dos custos para acessar as mesmas,
muitas vezes, o estado não consegue acompanhar a velocidade com que a
tecnologia se propaga.
19
Como os recursos disponibilizados em sala de aula se tornam obsoletos
rapidamente, a atividade do professor fica dificultada, o aluno em dado momento se
sente desinteressado, pois seu dia a dia oferece tecnologias e informações muito
mais avançadas e interessantes do que temos em sala de aula. Diante de uma
geração mais aberta a mudanças, acreditamos que o estado deveria investir em
inovações tecnológicas que sirvam de ferramentas pedagógicas mais condizentes
com a realidade do aluno e também preparar o professor para que, através dessas
ferramentas, repasse o conteúdo de forma mais interessante.
As dificuldades enfrentadas pelos professores não fica somente restrita a
uma escola do Paraná, pois a maioria das escolas públicas apresenta o mesmo
panorama diante das tecnologias. Em relação aos professores, nos incomoda o
pequeno número que utiliza as TICs em sala de aula.
Sentimos que em alguns casos os professores ficam alienados às novas
tecnologias e se fecham em suas salas utilizando métodos tradicionais em suas
aulas. Os professores justificam sua resistência em não aprender a utilizar as
tecnologias e dizem que com elas leva-se mais tempo para preparar as aulas. A
sugestão dada como proposta foi de que os gestores das escolas deveriam
incentivar mais o uso das tecnologias.
Os professores participantes entenderam que o Projeto de Intervenção
Pedagógica na Escola vem de encontro à necessidade que temos de nos envolver
com as tecnologias, justamente na intenção de nos renovarmos como Instituição de
Ensino, frente a tantas mudanças provocadas pelas TICs, como o comportamento
das pessoas, o entretenimento, as formas de viver, de trabalhar, de informar-se, de
se comunicar e também nas qualificações profissionais. Adentremos a Instituição
Pública Estadual à qual pertencemos, veremos estruturas e equipamentos
inadequados para dar aula, vemos também docentes e pedagogos que não
dominam a tecnologia e são resistentes às inovações.
Não há dúvidas que corremos o risco de nos tornarmos ultrapassados nessa
sociedade do conhecimento, estamos em pleno processo de inclusão digital, por
conta dos que usam as TVs Pen drive, data show, e os computadores ligados à web.
Os relatos demonstraram que a TV Pen Drive é mais utilizada em dado
momento pelos professores do ensino profissionalizante, assim com o passar do
20
tempo conseguem manusear os equipamentos com mais destreza que outros.
Quanto aos professores do ensino médio estes apresentam mais dificuldade em
preparar as aulas, pois não têm tempo para se dedicar a este trabalho. Por isso foi
sugerido que reuníssemos um grupo de participantes para discutir as dificuldades
que esses professores temem utilizar as tecnologias e tentar apoiá-los na
preparação desse material.
Conclusão
A implementação do projeto, contribuiu para que os professores buscassem
mais recursos na elaboração de suas aulas. Durante os trabalhos desenvolvidos, os
professores ficaram mais motivados para buscar e aplicar novas tecnologias no
trabalho diário. Cada momento foi aproveitado para trocarmos experiências e
refletirmos sobre a nossa prática, bem como vislumbrar todas as inovações que o
uso das tecnologias pode proporcionar para nós educadores e para nossos alunos.
A relevância do Projeto foi demonstrada na participação dos alunos quando
montaram junto com seus professores os blogs das disciplinas, assim houve maior
aproveitamento a respeito do conteúdo que acessaram.
A escola pode ser a ponte para o novo ou para o tradicional, se isso
acontecer ao mesmo tempo se torna um agente de real transformação social. As
tentativas de superar as dificuldades perante as tecnologias foram observadas
durante a implementação, foi observada também a dedicação e a persistência de
alguns professores em tentar entender o momento contemporâneo como
oportunidade de avançar positivamente na construção de uma nova metodologia de
ensino.
Mesmo diante das dificuldades no uso das tecnologias em sala de aula, por
parte dos professores e pedagogos, presenciamos uma constante batalha entre a
resistência do uso das novas tecnologias e o prazer de vencer com seus esforços.
A consequência desse trabalho é melhorar a qualidade das aulas. Todas as
atividades desenvolvidas durante o projeto proporcionaram situações de desafio,
21
estas exigiram maior empenho no que se refere ao aprofundamento teórico e prático
por parte de todos envolvidos.
Conclui-se que as novas tecnologias são imprescindíveis para os
profissionais da educação que buscam aperfeiçoamento constante e assim podem
acompanhar o avanço tecnológico, levando-os a um novo paradigma educacional
que ultrapasse o ensino fragmentado.
Esse novo olhar sobre a educação vem de encontro com a demanda atual
da sociedade que exige um ensino mais consistente diante das tecnologias. A
proposta do projeto procurou romper com a rigidez tradicional na forma de ministrar
as aulas para uma proposta articulada com a realidade tecnológica.
REFERÊNCIAS
BELLONI, M. L. Tecnologia e Formação de Professores: Rumo a uma pedagogia pós-moderna? Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73301998000400005>. Acesso em: 04 de fevereiro de 2011.
______. A televisão como ferramenta pedagógica na formação de professores. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/ep/v29n2/a07v29n2.pdf>. Acesso em: 04 de fevereiro de 2011.
CASSIOLATO, J. E. A economia do conhecimento e as novas políticas industriais e tecnológicas. Disponível em: <http://acd.ufrj.br/~liinc/publicacoes/Lastres%20e%20Albagli%2002.pdf> Acesso em: 12 de maio de 2011.
CAVALCANTI, J. C. “Novas tecnologias” (saberonline.org - Novas tecnologias redefinindo a formação da sociedade. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=jCgYvFR_9nY>. Acesso em 09 de fevereiro de 2011.
22
KUENZER, A. Z. As mudanças no mundo do trabalho e a educação: novos desafios para a gestão. (1998). Disponível em: <http://drb-assessoria.com.br/AsmudancasnomundodotrabalhoeaEducacaotexto2.pdf>. Acesso em: 02 de dezembro de 2010.
MANDARINO, M.C.F. Organizando o trabalho com vídeo em sala de aula. Disponível em: <http://www.unirio.br/morpheusonline/Numero01-2000/monicamandarino.htm>Acesso em: 29 de maio de 2012.
MONTEZ, C.; BECKER, V. TV Digital Interativa: Conceitos e Tecnologias. Disponívelem:<http://www.das.ufsc.br/~montez/publications/2004%20MinicursoWebMidia.pdf> Acesso em: 11de fevereiro de 2011. Acesso em: 02 de dezembro de 2010.
OLIVEIRA, Luiz. Algumas razões para considerar o uso do BrOffice nas empresas. Disponível em: http://www.broffice.org/razoes_considerar_uso_broffice. Acesso em: 29 de maio de 2012.
PORTAL DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC). Recursos da Internet para a educação. Disponível em:<http://webeduc.mec.gov.br/webquest/> Acesso em: 29 de julho de 2011.
REBÊLO, P. Inclusão Digital: o que é e a quem se destina? Disponível em:<http://bogliolo.eci.ufmg.br/downloads/REBELO%20Inclusao%20digital%20webinsider.pdf > Acesso em: 02 de dezembro de 2010.
SOUZA, E. S. ; FONTEQUE, E. F. Caderno Pedagógico: Mídia Digital na Escola. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2089-6.pdf?PHPSESSID=2010080211184975> Acesso em: 25 de fevereiro de 2011.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo: Cortez, 1996, p.14.
TV MULTIMÍDIA – Portal dia a dia Educação – Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=32> Acesso em 03 de maio de 2011.