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O USO INDISCRIMINADO E EM CONTRAPONTO A LEI NO DEGASE – DEPARTAMENTO GERAL
DE AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS.
Um Retrato da Falta de Planejamento, Organização, Coordenação, Controle e Comando pela
sua Gestão.
Marco Aurelio Romar1
O episódio envolvendo o assistente técnico para assuntos jurídicos do Novo Degase que foi
detido durante blitz da Operação Lei Seca, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na
madrugada desta segunda-feira, e, que estava num carro oficial do Degase parado por agentes
da Operação Lei Seca na Estrada Leopoldo Fróes, que liga os bairros de Icaraí e São Francisco,
é revelador, revelador, pois demonstra a total falta de administração, planejamento,
organização, controle e coordenação por parte dos gestores do DEGASE em relação ao uso de
suas viaturas oficiais.
É uma farra desmedida com o uso do dinheiro público pelo uso indiscriminado das mesmas,
como demonstra o episódio em epígrafe, e aqui lanço o desafio: Provem que não acontece esse
uso indevido com outras viaturas oficiais e seus usuários. Mostrem e publicizem os BDT´s, pois
viaturas oficiais têm, obrigatoriamente, de acordo com o DECRETO-LEI Nº 48, DE 31 DE
MARÇO DE 1975, QUE DISPÕE SOBRE O TRANSPORTE OFICIAL NO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO, AINDA EM VIGOR, ainda que usadas pela Gestão e seus nomeados.
É lamentável ver novamente o nome do DEGASE na imprensa por irregularidades.
Esse episódio é ainda mais grave, pois se deu com servidor nomeado como assistente técnico
para assuntos jurídicos do Degase, que, de forma nenhuma, pode desconhecer a Lei, e se o fez
foi de forma consciente e dolosamente, ainda mais grave e irresponsável, pois, dirigir sob efeito
do Álcool põe vidas em risco, a sua, e a de terceiros.
Mais uma vergonha que o DEGASE, seus Gestores e nomeados nos faz, servidores estatutários,
passar. Mais uma vez o nome do DEGASE está na imprensa à custa de irregularidades, que não
tem sido poucas.
Lamentável, vergonhoso e esse Agente Socioeducativo Masculino, pois esse é seu cargo, após
as devidas apurações, que espero, sejam isentas, como a de qualquer servidor do “Baixo Clero”
e que deve ser executada com a devida brevidade e de forma exemplar, deveria voltar “Aos
Pátios e Galerias”, e bater cadeado, coisa que não faz há muito tempo.
Segue abaixo a Lei que regulamenta o Uso de Viaturas Oficiais do Estado do Rio de Janeiro:
DECRETO-LEI Nº 48, DE 31 DE MARÇO DE 1975.
DISPÕE SOBRE O TRANSPORTE OFICIAL.
(...)
CAPÍTULO II
Do Transporte de Pessoal
Art. 3º - O transporte de pessoal far-se-á através das seguintes modalidades:
I – viatura oficial de uso individual;
II – viatura oficial a serviço de mais de um usuário;
III – viaturas particulares alugadas;
1 Agente Socioeducativo do DEGASE – Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Rio de Janeiro,
ID Funcional 1986523-6, Assistente Social, Pós-Graduado em Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes.
(...)
Art. 4º - Terão direito a utilização de viatura de uso individual as seguintes autoridades:
I – Governador e Vice-Governador do Estado;
II – Presidentes da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça, dos Tribunais de Alçada e do
Tribunal de Contas;
III – Secretários e Subsecretários de Estado, Procuradores Gerais, Chefe do Gabinete Militar;
IV – Comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, Coordenador de Assuntos do
CEDES;
V – Presidente e Diretores Presidentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista e fundações instituídas pelo Poder Público;
VI – Chefes de Gabinete dos Secretários de Estado;
VII – Representantes da Secretarias;
VIII – Superintendentes.
§ 1º - Às autoridades mencionadas nos incisos I e II poderá ser distribuída, para seu uso, mais
de uma viatura.
§ 2º - As autoridades citadas no inciso VIII serão atendidas de acordo com as necessidades
específicas de cada Superintendência e dependendo das disponibilidades de viaturas.
Art. 5º - Aos demais ocupantes de cargos de direção ou funções de chefia, assistência ou
assessoramento poderão ser distribuídas viaturas oficiais, para utilização exclusiva em serviço,
mediante autorização do Governador, em expediente, justificado do respectivo Secretário de
Estado, Chefe de Gabinete Militar ou Procuradores Gerais, ouvida previamente a Secretaria de
Estado de Administração, através da Superintendência de Transportes Oficiais, quanto à
disponibilidade de viaturas.
Art. 6º - As repartições que, pela natureza dos seus trabalhos necessitarem de viaturas para
efeito de fiscalização, diligência, transporte de valores e serviços semelhantes, tê-las-ão à
disposição tão somente para a execução desses serviços.
Art. 7º - Atendida a peculiaridade de certos órgãos estaduais e, em se tratando de prestação de
serviços em áreas distantes e de transportes deficientes, poderão ser utilizadas viaturas de
transporte coletivo.
(...)
CAPÍTULO III
Da Utilização das Viaturas
Art. 8º - É vedada a utilização de viaturas para:
I – transporte de familiares dos usuários e de pessoas estranhas ao serviço, exceto quando em
função de representação;
II – passeios, excursões ou trabalhos não relacionados com o serviço público;
III – transporte de animais ou carga de qualquer natureza quando a viatura se destinar ao
transporte de pessoal.
Parágrafo único – As autoridades mencionadas no art. 4º terão direito à utilização das viaturas
para representação do cargo, entendendo-se como representação, para os fins deste decreto, o
comparecimento a atos ou solenidades, oficiais ou não, em virtude do seu desempenho.
Art. 9º - As viaturas do Estado só poderão trafegar com autorização escrita no Boletim Diário de
Transporte (BDT) assinado por funcionário credenciado pelo órgão competente, expedido a
cada dia de utilização da viatura.
§ 1º - O controle de utilização da viatura é de responsabilidade do usuário ou usuários, desde a
apresentação até a dispensa do motorista, consignadas no BDT as horas e os locais em que se
verificarem.
§ 2º - Sendo vários os usuários, cabe ao primeiro consignar a hora e o local da apresentação e
ao último a hora e o local da dispensa.
Art. 10 – As viaturas oficiais deverão ser recolhidas diariamente às garagens de pernoite, após
dispensadas pelo usuário.
§ 1º - É vedada a guarda de viatura oficial em outra garagem que não aquela em que estiver
registrada, bem como a guarda ou estacionamento de viaturas particulares em garagens do
Estado.
§ 2º - A critério da Superintendência de Transportes Oficiais poderá ser permitido o
recolhimento de viaturas do Estado em próprios estaduais ou municipais previamente
determinados.
§ 3º - Será responsável pela guarda, distribuição, controle de manutenção e operação do
veículo o encarregado ou o chefe da garagem onde o veículo estiver lotado ou for autorizado a
pernoitar.
§ 4º - É vedado o abastecimento, em garagem do Estado, de veículo com chapa de numeração
particular, salvo em se tratando de viaturas do Estado, conforme o previsto no parágrafo único
do art. 21.
Art. 11 – Excetuadas as que servem às autoridades criadas no art. 4º, o recolhimento das
viaturas após as 21 horas, deverá ser justificada por escrito no BDT.
Art. 12 – A utilização de viaturas aos sábados, domingos e feriados, quando à disposição de
repartições que não funcionem regularmente nesses dias, dependerá de prévia autorização
escrita das autoridades mencionadas no art. 4º.
Art. 13 – A saída de viaturas do território do Estado do Rio de Janeiro, com exceção das que
servem às autoridades mencionadas no art. 4º, só se fará com prévia autorização do Secretário
de Estado, Chefe do Gabinete Militar ou Procurador Geral a que estiver subordinado o
respectivo usuário.
Art. 14 – Somente os motoristas ou servidores devidamente credenciados ou designados pela
Superintendência de Transportes Oficiais poderão conduzir viaturas oficiais, responsabilizando-
se por elas, desde o recebimento da chave com a ordem de serviço até a apresentação ao
usuário e desde a dispensa pelo usuário até a devolução da chave, com o BDT, devidamente
assinado ao encarregado ou chefe da garagem.
Art. 15 – O usuário ou motorista que utilizar indevidamente viatura oficial, contrariando o
disposto neste decreto-lei, ficará sujeito às penalidades cabíveis, perdendo, ainda, o primeiro, o
direito ao transporte oficial.
Parágrafo único – A Superintendência de Transportes Oficiais comunicará ao Secretário de
Estado de Administração, para as providencias cabíveis, o número da licença de viaturas
utilizadas em desacordo com as disposições deste decreto-lei.
(...)
Rio de Janeiro, 31 de março de 1975.
FLORIANO FARIA LIMA
Área: Secretário de Estado de Administração
Data de publicação: 01/04/1975
Texto da Revogação :
Tipo de Revogação: Em Vigor