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Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Novembro 2015 | Mensal · Nº19 · Gratuito · Versão digital Requalificação do Campo de Jogos do AD Barroselas inaugurada Barroselas e Carvoeiro Página 3 Cidade [Barcelos] Página 7 Ambiente Página 9 Câmara Municipal de Barcelos autoriza apoios a nível social, desportivo e às freguesias Cidade [Barcelos] Página 7 Entrevista Afonso Santos Entrevista Página 17 PUB. Pre de de Balcão Único de Barcelos já é uma realidade Portinho do Castelo de Neiva novamente intervencionado Design Comunicação Fotografia behance.net/isabelqueiroga 913 246 407 [email protected]

O vale do neiva edição novembro 2015

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Page 1: O vale do neiva edição novembro 2015

Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Novembro 2015 | Mensal · Nº19 · Gratuito · Versão digital

Requalificação do Campo de Jogos do AD Barroselas inaugurada

Barroselas e Carvoeiro Página 3 Cidade [Barcelos] Página 7 Ambiente Página 9

Câmara Municipal de Barcelos autoriza apoios a nível social, desportivo e às freguesias

Cidade [Barcelos] Página 7

EntrevistaAfonso Santos

EntrevistaPágina 17

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Presidente da Associação de Reformados e Pensionistas de Barroselas

Balcão Único de Barcelos já é uma realidade

Portinho do Castelo de Neiva novamente intervencionado

DesignComunicação

Fotografia

behance.net/isabelqueiroga

913 246 407

[email protected]

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NOVEMBRO 20152

Ficha técnica | Diretora: Ana Patrícia Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Elisabete Gonçalves

Design e Paginação: Isabel Queiroga Contacto redação: Rua do Sião, Apartado 20 - Barroselas · [email protected] Periodicidade: Mensal For-mato: Digital Distribuição: Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.

Crónica/Opinião (frase do mês)

“A felicidade é um valor racional que se fundamenta em sentimentos de ordem e equilíbrio e em vivências harmónicas de carácter psíquico e social. Não em estados eufóricos e jubilosos momentâneos.” Miguel Real (1953 - )

Poesia

é de Goya o tratado do homem tristeo sono da razão produz monstros escreveu elemas neste olimpo moram deuses e pernassilhuetas de borboletasquando tocas assim as pestanasabrem-se persianas de todas as pérsiassetasdoces longas pétalasprosas em guitarras eléctricas

(perdi-me nos versos para escrever estas linhassou ridículo ó musa é um facto e o que te escrevo na pele não é digno

e noutros séculos a tinta esconde coisas melhoresamanhã mesmo esta cor sairá do teu poro perene

e imagina tu que desfecho para o pintorperdoa-lhe a pintura péssima ó obra-prima efémera

não duras pouco és eterna mas o tempo isto que vivemosnão sei se é muito se pouco sei que o tempo não é somente teu

ó sol eis tu deitada na comovente cama vitoriosa e eu aqui pintor de estirpe reles com a caneta burra ciosa de estrofes

talvez derrotes o mortal e ele largue a estrita escrita quando te levantesou mudes a direcção do corpo para levante costa sul

estes são os torpes caminhos dos rascunhos incessanteso pincel encadeia errantes traços todos eles escassos

mas o tempo passa tu dormes sabes como mal desenhoaceitas porém que te crave no couro a redenção do artista mau

e por umas horas levas milénios de mim nas tuas costas breves).

A cor dessa rosa é a minha paixão cor bonita brilhante e singela a cor que trago no meu coração essa bonita rosa amarela. Ouço sempre dizer que o amarelo é desespero digam lá o que disserem para mim é essa rosa que quero. Rosa branca é muito bonita toda a gente gosta dela mas eu de todas as rosas só quero a rosa amarela. Rosa vermelha é sentimental eu também gosto dela mas voces não levem a mal para mim é a rosa amarela.

Ó fonte tu não me peças para passar aí á tardinha tu já deitas pouca água eu não tenho sede como tinha. Se soubesses quanto gosto que bebas da minha água deito pouca já não posso mas sinto uma grande mágoa. Quando te vejo chegar é um imenso prazer só alegria que me dás da minha água beber. Verdade que só deito uma biquinha mas está sempre a correr quando queres matar a sede passa por aqui para beber.

José Serra Aníbal caixeiro

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Barroselas e Carvoeiro

Homenagem aos ex Combatentes do Ultramar

Requalificação do Campo de Jogos do AD Barroselas inaugurada

Este domingo, dia 1 de Novembro 2015, dia de finados, acon-teceu em Barroselas, mais uma homenagem aos ex comba-tentes da guerra do ultramar, já falecidos. A cerimónia contou com a presença da Junta e Assembleia de Freguesia, da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, com a presença dos ex combatentes que tem como presidente da Associação o Sr. Manuel Barbosa e a Fanfarra dos Escuteiros de Barroselas. Ao som do toque da fanfarra foi içada a Bandeira Nacional pelo Presidente da Junta Sr. Rui Sousa, depois a deposição das flo-res junto ao monumento pelo Sr.Manuel Barbosa e a Sra. Sofia Presidente da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, terminando assim a cerimónia de homenagem, que se cumpre todos os anos, recordando aque-les que já partiram. A nossa homenagem também, para esses “Heróis”, que jamais poderão se esquecidos.

O Presidente da Câmara Municipal e o vereador com o pelouro do Desporto marcaram presença na inauguração do requalifi-cado campo de jogos da Associação Desportiva de Barroselas, com um novo campo relvado. A empreitada nasceu de uma candidatura a fundos comunitários e teve o apoio da autarquia, com quem a Associação Desportiva de Barroselas assinou um protocolo de colaboração desportiva.

O campo, agora com relvado sintético, foi inaugurado com in-tervenções do Presidente da direção da ADB, do presidente da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro e do Presidente da Câmara, incluindo ainda atuações da Banda Velha de Barro-selas e um convívio com atletas no final.De lembrar que esta empreitada ficou a dever-se à aprovação de uma candidatura da Associação Desportiva de Barroselas ao ON2 O Novo Norte para a requalificação do campo de jogos com uma comparticipação de 70 por cento e apoiado pela autarquia em cerca de 126 mil euros, correspondente à componente nacio-nal da candidatura.De sublinhar que a Associação Desportiva de Barroselas tem registado uma crescente procura por parte da população em ge-ral, pelo que está a requalificar e a aumentar os equipamentos existentes, adequando-os às novas necessidades e melhorando a qualidade da oferta dos espaços para a prática desportiva.O complexo Desportivo da Associação Desportiva de Barroselas tinha um recinto desportivo em “terra batida” e, com a requali-ficação, melhorou as condições para a prática do futebol, sen-do que irá servir todas as camadas desportivas da freguesia de Barroselas, mas também das freguesias de Carvoeiro, Mujães, Vila de Punhe, Tregosa, Durrães, Fragoso, Balugães e Aldreu.Com a presente intervenção pretende-se ainda aumentar o nú-mero de praticantes de futebol quer ao nível associativo quer ao nível escolar melhorar a qualidade da atividade desenvolvi-da, reforçar as condições de acesso à prática desportiva, assim como permitir utilização das futuras instalações por outras en-tidades públicas e associações, nomeadamente escola, lares de apoio ao idoso e infantário, etc.

A Redação

Gabinete de Imprensa - Câmara Municipal de Viana do Castelo

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Durrães e Tregosa

Padre Ernesto Faria homenageado pelos Paroquianos pelos seus 25 anos ao serviço da comunidade cristã

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Tregosa, viveu no passado dia 10 de ou-tubro um momento muito especial, pois o seu Reverendo Pároco Sr. Padre Ernes-to Faria, fez 25 anos que está ao serviço desta comunidade. Nas cerimónias, es-tiveram presentes o Sr Acipreste de Bar-celos José Gomes da Silva Araújo, Pa-dre Passionista e filho da terra Sr. Padre Porfírio Sá, e o homenageado Sr. Padre Ernesto Faria. As autoridades civis, reli-giosas e público em geral, também mar-caram presença nesta cerimónia religio-sa que, diga-se a verdade, foi muito bem orientada pelos seus organizadores. O Sr. Acipreste para além de vários elogios, realçou sobretudo o trajeto de um Padre que, pautou sempre pela obediência, de-

dicação e humildade. Finalizou por de-sejar ao Sr. Padre Ernesto, muitos anos de vida a trabalhar na seara do Senhor. Os atos religiosos, decorreram com toda a pompa e circunstancia, destacando-se os solistas, o Grupo Coral da freguesia, a participação do Grupo de Jovens “Acre-ditar”, Catequistas, Organismos ligados à Igreja, Instituições e sociedade civil.Seguiu-se a intervenção do Sr. Presiden-te da Junta José Dias que, no uso da pa-lavra, enalteceu o bom relacionamento entre o Sr Padre Ernesto e a Autarquia e, dentro das suas possibilidades, tudo faria para que este relacionamento se fortificasse ainda mais. Seguiram-se as ofertas, sendo oferecida uma estola e um belíssimo quadro retratando o Santo Padre, Papa Francisco. A autarquia, tam-

bém quis mostrar o seu apreço pelo Sr. Padre Ernesto, oferecendo uma salva de prata alusiva à efeméride.A festa continuou com um almoço con-vívio, onde os paroquianos e amigos se juntaram para conviverem e agradecer ao Pe Ernesto, todo o trabalho desenvol-vido na área Social e Eclesiástica.O Jornal O Vale do Neiva, congratula-se com este momento festivo, fazendo vo-tos de muitos e muitos anos ao serviço de uma causa tão nobre, que é o sacerdó-cio. Parabéns Pe Ernesto.

A Redação

Ana Lima Tlm. (351) 939 530 171Viana do [email protected]/dogtyby

Uns dizem que a beleza vem de dentro, outros dizem que vem de fora. Com a DOGTYBY vem dos dois lados.

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Vila de Punhe

“Queimada na Pedra da Mulher” a 13 de NovembroComo manda já a tradição, teremos, no próximo mês de Novembro, mais uma edição da “Sexta-feira’13 Queimada”. Esta 5ª edição denominar-se-á “Queimada na Pedra da Mulher”, uma vez que se reali-zará junto a uma antiga laje que foi mo-tivo para a lenda da “Pedra da Mulher”. Esta pedra, que já desapareceu, localiza-va-se no Sul da freguesia de Vila de Pu-nhe, mais concretamente no monte da Infia, junto às “barreiras” (extracção de caulino) e na intercepção dos limites ter-ritoriais das freguesias de Vila de Punhe, Fragoso e Alvarães.A organização da caminhada nocturna es-tará a cargo da Junta de Freguesia de Vila

de Punhe e do Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 Agosto. A iniciativa contará ain-da com a colaboração das Cantadeiras do Vale do Neiva e das pessoas associadas ao programa Idoso + Ativo.O ponto de encontro será às 21 horas no Adro da Igreja Paroquial de Vila de Pu-nhe com destino à “Pedra da Mulher” onde haverá uma breve encenação sobre a lenda que dá mote à 5ª edição, mais uma coreografia alusiva à força das mu-lheres. Se pelo caminho talvez possam aparecer algumas surpresas, no final haverá o tradicional esconjuro e a tão aguardada queimada galega.Esta iniciativa procura dar a conhecer o

património da freguesia de Vila de Pu-nhe, permitindo, assim, que num am-biente de convívio e misticismo irónico, se junte aventura e cultura.

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Redução da dívida em 10 milhões de euros nos últimos cinco anos mas aumento orçamental para 2016

Desde 2010 que a Câmara Municipal de Viana do Castelo conseguiu diminuiu a sua dívida em 28 por cento, isto é, conse-guiu reduzi-la em cerca de dez milhões de euros. Esta constatação, que cons-ta do Plano de Atividades e Orçamen-to para 2016, confirma o êxito da polí-tica autárquica de redução da despesa, numa gestão financeira de rigor e numa boa saúde financeira da autarquia.O Passivo Exigível Total, no período 31/12/2010 a 15/10/2015, registou uma queda de 28%, que permitiu igualmente ao Município reduzir significativamen-te o passivo de curto prazo em 38% face a 2010.De sublinhar que o Plano de Atividades e Orçamento para 2016 pretende ser um instrumento de apoio aos objetivos que o executivo municipal pretende prosse-

guir no incremento do acolhimento em-presarial, na reabilitação urbana, nas áreas sociais, na economia do mar, na coesão territorial e na aposta na educa-ção e cultura.O Orçamento Municipal de Viana do Castelo para o ano 2016 revela um pe-queno aumento para 62 777 974,73 €.Das grandes opções, destaca-se a Rea-bilitação Urbana, Acolhimento Empre-sarial, Coesão Territorial, Economia do Mar, Apoios/Respostas Sociais, Edu-cação, Desporto e Cultura, mediante a consolidação do projeto de requalifica-ção urbana e de excelência ambiental de Viana do Castelo; no aprofundamen-to da coesão do território com as juntas de freguesia; na aposta na educação, no desporto, na cultura e na criação cul-tural; no acolhimento empresarial, e na promoção do comércio tradicional; na consolidação da cultura marítima e

promoção da cidade náutica atlântica; no aprofundamento das políticas de so-lidariedade; e na articulação com a CIM do Alto Minho dará continuidade à Es-tratégia “ Alto Minho 2020” através do Programa de Contratualização de Coe-são do Território nas áreas da competi-tividade do território, na promoção cul-tural e turística e na sustentabilidade social e ambiental do Alto Minho.

Fonte: www.local.pt

Cidade [Viana do Castelo]

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As ruínas do Convento de São Franciso do Monte são alvo de um movimento cívico

Viana do Castelo foi o palco da Semana do Atlântico

As ruínas do Convento de São Francisco do Monte, em Viana do Castelo, tornaram-se preocupação da população e, como tal, um conjunto de cidadãos decidiram criar um movimento para agregar pessoas para que possa vir a ser possível a recupera-ção do edifício construído no século XIV. Edifício que mudou de proprietários ao longo dos séculos sendo hoje propriedade do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

O Clube de Vela de Viana do Castelo e o Real Clube Náutico de Vigo com o apoio da Câmara Municipal, organizaram no passado dia 26 de outubro a semana do Atlêntico que decor-reu em Viana do Castelo, juntando mais de 220 velejadores naquela que é uma das provas de vela de referência da Penín-sula Ibérica.Desde 2000 que esta iniciativa se realiza na Cidade de Vigo que no seguimento do Troféu Martim Barreiro que vai já na sua 40ª edição. Foi um de três fins-de-semana onde cerca de 650 velejadores de vários países marcam presença nas clas-ses Vaurien, 420, Laser, Snipe e Optimist, sendo que na Classe Optimist têm a classificação de “Excellence Cup”, o que a torna uma das três mais importantes realizadas em Espanha. Considerada uma das mais importantes n Europa e mesmo a mais importante em Espanha a Semana do Atlântico alar-gou-se agora a Viana do Castelo, fruto de um desafio do Clube de Vela de Viana do Castelo ao Real Clube Náutico de Vigo. Esta coorperação entre os dois Clubes foi também e desde a primeira hora objeto de um forte apoio de ambos os Municí-pios, Viana do Castelo e Vigo pela importância que sentiram nesta parceria.Na 1ª edição e exclusivamente na Classe Optimist, atingiu-se em Viana do Castelo um número de cerca de 134 embarcações, apostando agora na consolidação desta regata em Viana do Castelo.

Classificação final:1º Manuel Ramos – Clube de Vela do Barreiro (7º, 5º, 1º)2º Filipe Egipto – Clube de Vela do Barreiro (1º, 2º, 12º)3º Jacobo Garcia Garcia – R.C.N. Sanxenxo (4º, 1º, 18º)66º João Cópio – Clube de Vela do Barreiro (18º, 58º, 36º)89º Vasco Wanzeller – Clube de Vela do Barreiro (40º, 13º, ufd)96º Lucas Neves – Clube de Vela do Barreiro (9º, 52º, ufd)104º Tomás Rocha – Clube de Vela do Barreiro (26º, 39º, ufd)125º Ricardo Alves – Clube de Vela do Barreiro (ufdº, 3º, ufdº)126º Vasco Veras – Clube de Vela do Barreiro (4º, dne, ufd)

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Fonte: Porto CanalFotografia: lugaresesquecidos.com

Fonte: Correio do Minho

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A Câmara Municipal de Barcelos apro-vou, em reunião ordinária do executivo, realizada no dia 26 de outubro, vários apoios em forma de subsídios a associa-ções e freguesias do concelho no valor de cerca de 120 mil euros.Foi ainda aprovado o protocolo da pas-sagem superior ao quilómetro 60,863

da Linha do Minho para a realização da ampliação/construção da passagem su-perior à Linha do Minho no caminho da rua da Igreja Matriz de acesso ao cemité-rio de Aborim.Outras deliberaçõesNa reunião de executivo foram ainda aprovados os contratos de comodato en-tre o Município de Barcelos e várias as-sociações desportivas (Academia de Xa-

drez de Barcelos, Associação de Futebol Popular, Associação Motor Clube de Bar-celos, Núcleo de Árbitros de Futebol de Barcelos e Basquete Clube de Barcelos) para a cedência de espaços do Centro Empresarial de Barcelos, sito na Rua do Faial, na União das Freguesias de Barce-los, Vila Boa e Vila Frescaínha (São Mar-tinho e São Pedro) para a prática, forma-ção e organização de atividades.

O IPCA — Instituto Politécnico do Cáva-do e do Ave instala-se no centro da cida-de de Barcelos. Foi assinado no dia 9 de outubro o contrato de comodato entre o Município e a instituição de ensino su-perior que vai permitir instalar a Escola Superior de Design nas instalações da

antiga Escola Gonçalo Pereira.No âmbito do contrato ontem assinado, o Município cede ao IPCA o edifício da Escola Gonçalo Pereira, uma construção que remonta aos anos 30 do século pas-sado e localizada na Avenida dos Com-batentes da Grande Guerra, por um pe-ríodo de trinta anos.O IPCA vai agora proceder a algumas

adaptações no edifício para receber cer-ca de 400 alunos que frequentam os cur-sos da Escola Superior de Design. Sobre o nó de ligação do IPCA à EN 204, lembrou que o processo avança a bom ritmo. Esta obra foi a concurso público por 415 mil euros.

Desde dia 12 de outubro que Barcelos tem em pleno funcionamento o Balcão Único, situado no edifício dos Paços do Concelho. O espaço, com 10 balcões de atendimento, concentra os serviços da autarquia que estavam dispersos e que agora se centralizam num só espaço.O serviço vai facilitar a relação dos ci-dadãos com o município e, do ponto de vista organizacional, potencia uma res-posta perfeita à procura que os serviços têm diariamente. Com o horário de fun-cionamento, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas (sem interrupção para almoço), os cidadãos podem tratar todos os serviços relacionados com o atendi-mento geral.

Na reorganização dos serviços que esta-vam dispersos pelos vários espaços do município, cerca de 16 pessoas, estão a partir de agora ao serviço dos cidadãos neste novo formato.O investimento deste Balcão Único in-sere-se no projecto ‘Cávado Digital, num

total de aproximadamente 160 mil euros. A gestão das filas de espera é uma das inovações que o Balcão Único apresen-ta, o que vai permitir fazer a triagem dos munícipes por área de atendimento, direccionando cada caso para o balcão respectivo.

Cidade [Barcelos]

Câmara Municipal de Barcelos autoriza apoios a nível social, desportivo e às freguesias

IPCA recebe um edifício no centro da cidade cedido pela Câmara de Barcelos

Balcão Único de Barcelos já é uma realidade

Fonte: local.pt

Fonte: Correio do Minho

Fonte: Correio do Minho

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Saúde

Risco de contágio por doentescom pneumonia

Há alguns tipos de pneumonia que podem ser transmitidas de uma pessoa para outra, como as pneu-

monias de origem viral e algumas formas de pneumonia bacteriana.É importante destacar, porém, que a maio-ria das pessoas que entra em contacto com algum paciente que esteja doente com uma forma contagiosa de pneumonia não desenvolve pneumonia.Pneumonia é o nome dado à infecção do tecido pulmonar, principalmente dos al-véolos, que são as microscópicas bolsas de ar responsáveis pela passagem do oxi-génio dos pulmões para o sangue. Cada pulmão possui milhões de alvéolos, que são estruturas completamente estéreis, ou seja, livres da presença de qualquer mi-crorganismo causador de doenças.Para que alguém desenvolva pneumonia é preciso que um fungo, vírus ou bactéria chegue até aos alvéolos pulmonares. Em geral, isso é muito difícil, pois o trato res-piratório possui um complexo sistema de defesa, desde cílios que “varrem” constan-temente as vias respiratórias até milhões de anticorpos e células do sistema imuno-lógico espalhadas por toda a sua superfí-cie. O próprio espirro e o reflexo da tosse são mecanismos de defesa, ativados para expulsar qualquer estrutura das porções mais internas do sistema respiratório.Os indivíduos que contraem uma pneu-monia são geralmente expostos a dois fatores: um gérmen altamente virulento e uma falha no sistema de defesa das vias respiratórias.A pneumonia pode ser transmitida pelo ar após o contacto com secreções de pes-soas contaminadas. Esta via de trans-missão, porém, é uma das menos comuns e só ocorre em alguns tipos de pneumo-nia. Na maioria dos casos, o gérmen que provoca a infecção pulmonar vem da ca-vidade nasal ou da orofaringe do próprio doente. São as bactérias que habitual-

mente colonizam as vias aéreas supe-riores as responsáveis pela maioria dos casos de pneumonia. Enquanto o sistema imunológico do doente se encontra forte, essas bactérias são impedidas de migra-rem para o pulmão. Porém, ao primeiro sinal de fraqueza, elas podem conseguir ultrapassar a barreira de defesa e de se instalarem no tecido pulmonar.Existem mais de cem gérmens, entre ví-rus, bactérias, parasitas e fungos, que podem provocar pneumonia. Contudo, a imensa maioria dos casos é provocada por apenas quatro ou cinco gérmens que habitualmente colonizam as nossas vias respiratórias superiores.Pessoas idosas, crianças muito pequenas, fumadores, indivíduos desnutridos, por-tadores de doenças crónicas, portadores de doenças pulmonares ou doentes imu-nossuprimidos são o grupo com maior risco de desenvolverem pneumonia, pois costumam apresentar um sistema imu-nológico mais fraco e/ou um pulmão cro-nicamente doente. Viroses respiratórias, como aquelas causadas pelo vírus da gri-pe ou do resfriado, também aumentam o risco de pneumonia.A gripe e outras viroses respiratórias au-mentam o risco de pneumonia de duas formas: a primeira é através da inflama-ção das vias aéreas, que atrapalha o fun-cionamento das células de defesa e favo-rece a invasão do pulmão por bactérias da orofaringe. Uma das complicações mais comuns da gripe é exatamente a pneu-monia bacteriana, que surge geralmente dias após o início dos sintomas da gripe. Nestes casos, o que costuma ocorrer é um paciente que, passados alguns dias de vi-rose, começa a apresentar sinais de me-lhoria da gripe, mas subitamente volta a piorar, com subida da febre, agravamento da tosse e agravamento do estado geral. A segunda forma na qual a gripe aumenta o risco de pneumonia é através de uma infecção pulmonar pelo próprio vírus In-fluenza. Na maioria dos casos, o Influen-za se restringe às vias áreas superiores, mas em determinados indivíduos, o pró-prio vírus da gripe pode ser a origem da pneumonia.Portanto, a gripe é um fator de risco tanto para pneumonia bacteriana quanto para pneumonia viral.Existem pneumonias contagiosas e pneu-

monias não contagiosas. As pneumonias provocadas por fungos ou parasitas não são transmitidas diretamente de uma pessoa para outra. Já as pneumonias vi-rais são habitualmente contagiosas. As pneumonias de origem bacteriana não são contagiosas na maioria dos casos, mas existem algumas exceções.PNEUMONIA VIRALAs quatro formas de pneumonia viral mais comuns são provocadas pelos ví-rus Influenza, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório. O primeiro é o agente infeccioso da gripe, enquanto os 3 restantes são vírus que provocam res-friado comum. Em pacientes susceptíveis, essas viroses podem ir além de uma viro-se respiratória simples, provocando uma pneumonia viral. Esta situação é muito comum em idosos, crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas.Consideram-se as pneumonias virais como de origem contagiosa, mas, na ver-dade, quem é contagiosa é a virose. Se houver contacto com um doente portador de pneumonia por Influenza, por exemplo, o maior risco é de se ficar engripado. Se o sistema imunológico for fraco, pode-se também desenvolver uma pneumonia vi-ral, mas isso será uma complicação da vi-rose que se adquiriu.PNEUMONIA BACTERIANAA maioria dos casos de pneumonia bac-teriana não é contagiosa. Os principais agentes bacterianos que provocam pneu-monia são: streptococcus pneumoniae, haemophilus influenzae, klebsiella pneu-moniae, pseudomonas aeruginosa e sta-phylococcus aureus. Nenhuma dessas bactérias é habitualmente transmitida de uma pessoa para outra, são bactérias já presentes no nosso organismo.Em algumas situações, porém, gérmens como o Streptococcus pneumoniae po-dem ser contagiosos. Apesar de não ser a forma mais comum de contaminação, crianças pequenas e pacientes imunos-suprimidos podem adquirir pneumonia após o contacto direto com pessoas in-fectadas. É importante salientar que o streptococcus pneumoniae é muito me-nos contagioso que qualquer um dos ví-rus respiratórias descritos anteriormente, sendo necessário contacto próximo e pro-longado para haver transmissão.Existe também um grupo de bactérias que

Dr. Jorge Neves

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NOVEMBRO 2015 9

são responsáveis por um tipo de pneumo-nia conhecida como pneumonia atípica. Essa forma de pneumonia é chamada de atípica porque as manifestações clínicas são habitualmente diferentes. O quadro clínico costuma ser mais brando e arras-tado que o da pneumonia tradicional. My-coplasma pneumoniae e Chlamydophi-la pneumoniae são duas bactérias desse grupo, que podem ser transmitidas direta-mente de uma pessoa para outra através de secreções respiratórias, da mesma for-ma que viroses comuns são transmitidas.Apesar do Mycoplasma pneumoniae ser uma bactéria bastante contagiosa, a maio-ria das pessoas que a adquire não desen-volve doença ou apresentam apenas sinto-

mas respiratórios brandos. A pneumonia só costuma ocorrer em pacientes clinica-mente mais vulneráveis e com fatores de risco para pneumonia.ISOLAMENTO DO DOENTE COM PNEU-MONIAA grande parte dos doentes internados com pneumonia não precisa ficar em iso-lamento respiratório, pois o risco de trans-missão para a equipa médica ou para outros doentes é muito baixo. Medidas simples de higiene, como lavar as mãos e evitar o contacto direto de um doente com o outro são suficientes. Apenas nos casos de pneumonia por Mycoplasma pneumo-niae é que se sugere que o doente fique em quarto separado e a equipa médica deve

vestir máscaras respiratórias.Doentes com pneumonia por gripe, prin-cipalmente quando a infecção ocorre du-rante quadros de epidemias de novas es-tirpes, como ocorreu recentemente com a Influenza H1N1, também costumam ficar em isolamento. Máscaras devem ser uti-lizadas pela equipa de saúde e pelos fami-liares que visitem o doente.No caso da tuberculose, a transmissão de uma pessoa para outra é bem mais comum, e o isolamento respiratório deve ser ainda mais rigoroso. O doente precisa ficar isolado em um quarto especial, com pressão atmosférica negativa e renovação do ar. A equipa médica só deve entrar no quarto vestido com máscaras com filtros.

A reestruturação e consolidação do quebra-mar 1 e 2 da pedra alta no portinho de Castelo do Neiva já é

uma realidade. As obras já estão a decor-rer, grandes movimentações no local as-sim o atestam. O custo total da obra é de 351.000.01€ comparticipados por fundos comunitários sendo o prazo de execução de 120 dias. Também decorrem trabalhos para a recuperação e proteção de siste-mas dunares degradados e renaturilaza-ção de areias naturais degradadas, da área costeira de Caminha e Viana do Castelo, o custo dessas obras é de 1.784.760.28€ + IVA. Os trabalhos iniciados em Junho de 2015 terão a sua conclusão em Novembro próximo, segundo o caderno de encargos.

O local em questão já tinha sido interven-cionado, mas a fúria do mar naquele local, rapidamente destruiu parcialmente essa mesma intervenção, os nossos registos fotográficos, assim o confirmam. Como sabemos, o aumento substancial do nível

da água do mar e a alteração das correntes oceânicas, está a acontecer a uma escala global a ritmo acelerado, vários estudos consolidados, assim o confirmam infe-lizmente. Estamos perante um problema muito grave, pois obriga a consumir recur-sos financeiros astronómicos para “ate-nuar” este problema ambiental gravíssi-mo, pois Portugal está muito exposto pela sua longa costa de norte a sul.

Portinho do Castelo de Neiva novamente intervencionadoManuel [email protected]

Ambiente

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NOVEMBRO 201510

Os primeiros passos para a conso-lidação dos Caminhos-de-Ferro, foram, de certa forma morosos e

cautelosos. O puzzle era reticente. A pa-lavra segurança, era insegura; o avanço, não reunia consenso nem grandes sinais de prosperidade. Mesmo assim, com atropelos e avanços, o sinuoso caminho-de-ferro foi avançan-do. Como referido, nem tudo foram glórias, mas o resultado final, foi notável para o mundo. Hoje, contas feitas, não restam dú-vidas, os caminhos-de-ferro, pelo valor que representa na altura, sobre o ponto de vista industrial, a maior concretização humana no Mundo. Por isso, os criadores deste meio de transporte, merecem uma aclamada – póstuma - homenagem, pelo sucesso que, - por mérito próprio -, nos doaram. Com este meio de transporte público – dito na altura “acelerado” -, a funcionar de elevada amplitude; declaradamente enobrece o futuro. Mas, para que ele ope-rasse com êxito, foi desenvolvido muito trabalho na sua construção. As dificul-dades, - aliadas aos meios rudimentares - foram uma constante. Para o obter, fo-ram rasgadas estradas a fim de instalar as referidas vias de comunicação. Outras, foram melhoradas; e, ainda outras, pela sua disposição geográfica, foram autên-ticos milagres. Isto tudo, para quê: tornar perto, qualquer ponto do País, e a Europa. Por outro lado, sei que muitos Portugueses têm como hábito, ler, e, viajar, pelos pontos mais escondidos do nosso grande Portu-gal. Para esses, nada do que digo é, pro-priamente novidade. Até, talvez se questio-nem: como é que, os antepassados, com os precários meios que na altura dispunham, conseguiram construir verdadeiras obras de arte. Todavia, poder-se-á dizer, que es-tes milagres, foram fruto de alguns bons cérebros, que engendraram meios; e, com a aliança da – perdoem-me – bruta, e, também perfeccionista força humana; juntos, conseguiram transpor montanhas ingremes e ultrapassaram trincheiras e ribanceiras de elevada dimensão; furaram

Os Caminhos de Ferro (Número 2)

Domingos [email protected]

Opinião

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montanhas, de rochas duras e enormes, - nalgumas -, porque o perfil o exigia, era necessário efetuar curvas. Também, não desprezar a ultrapassagem de rios de ale-vantado caudal. Não descurando ainda, a importância, em garantir segurança ao caminho-de-ferro, em locais pantanosos de alto risco. Conclusão: estas infraestru-turas foram conseguidas com a mão do homem, e, pouco mais.Esta via de comunicação ativa, permitiu – em tempo - o que estava longe e inal-cançável, passou a ficar perto, tanto a ní-vel nacional como internacional. Ao mes-mo tempo, representou uma mais-valia na economia em todos os países. Portan-to, esta acessibilidade, tornou a desloca-ção de produtos, e pessoas, mais eficiente, satisfazendo as necessidades básicas em localidades, até ai, isoladas. Recordo, que, muitas destas memórias – ainda vivas – estão dispersas, e, loca-lizadas mais no interior do país. Outras, a civilização extinguiu-as. Mesmo as-sim, vale a pena viajar, e, tentar visitar. Porque, seguramente é surpreendido por paisagens brilhantes, algumas, de confi-guração serpenteada e, itinerários exóti-cos; onde, facilmente se filma ou tira fotos deslumbrantes. Felizmente, o turismo, tem desnudado um pouco essas belas obras de arte; as-sim como, paisagens de beleza paradi-síaca. Quem viaja, particularmente em comboios, com regularidade vê: viajantes em grupo ou isolados, na exploração de valores patrimoniais ainda existentes. Em suma, Portugal usufrui, uma cultura diversificada e, de elevado valor; sobretu-do, situados nos mais recônditos e ines-perados locais.

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ATENÇÃO! BATALHÃO!! FIRME!!!!

ATENÇÃO! BATALHÃO!! FIRME!!!! ATENÇÃO! SENTIDO!!! DIREITO… VOLVER!!! EM ORDINÁRIO… MARCHE!!! Realizou-se no pretérito dia 19 de Setembro de 2015, o Convívio dos Ex. Combatentes do Bata-lhão de Caçadores nº. 3867, que, prestou serviço Militar em Moçambique, no Dis-trito de “NIASSA”, entre o ano 1971 a 1974. ATENÇÃO BATALHÃO! MARCAR… PAS-SO!!!ATENÇÃO BATALHÃO! ALTO.EM ORDINÁRIO… MARCHE!!! Parece-me justo lembrar, que, estes tipos de conví-vios são concebidos, muito em particular para saciar a todo o vapor, os saudosistas de aceleração máxima. De coração aber-to, alguns camaradas de guerra, festejam de extrema alegria, esse predestinado dia do ano em colorido local, e, para eles, de atributo paradisíaco. Nesse ambiente atraente, e, como viventes, vivem essen-cialmente o passado. O desusado, pro-porciona sempre momentos hilariantes e – ou -dececionantes. ATENÇÃO BATA-LHÃO! MARCAR… PASSO!!!ATENÇÃO BATALHÃO! ALTO.EM ORDINÁRIO… MARCHE!!! Também, será importante registar, que, nós, inespe-radamente fomos remetidos ao isolamen-to, num lugar inóspito, isento de civiliza-ção. Perseguidos pela precária presença, e, pelo pasmado olhar. Alhearam-nos ao desalumiado ver, de lupo fusco abstrato. O, distante obrigatório/contato; com o in-cógnito sentido abstrato. Na absoluta abs-tinência familiar. Também, muito perto do incógnito projétil. Da imposta incóg-nita do saber, do perecimento de um, ou, mais. Isto é, foi, e, continuará a contribuir sobremaneira, para a manutenção do de-safiado convívio. São, esses, os longín-quos anos, que, deveriam ser cruciais na vida de cada um. Todavia, não o foram. Resta-nos, com mágoa dizer: felizmente, já é passado. Sofremos. Foi reduzido ao ínfimo o estado psicológico. Fomos mor-tos vivos… Estamos cá. Agora, só em me-mória, mas em glória? Hoje, aos convictos saudosistas, só sobeja, descolar a mente,

e, sem dramatismo rebobinar na penum-bra as reminiscências. ATENÇÃO BATA-LHÃO! MARCAR… PASSO!!!ATENÇÃO BATALHÃO! ALTO.EM ORDINÁRIO… MARCHE!!! Infelizmen-te, participei neste encontro pela primei-ra vez. Decorreram 41 anos de ausência. Fui encontrar amigos unidos pela mes-ma causa. Antes, leais amigos, com olhar fraterno e, sempre presente. Vigilantes. Deprimidos. Hoje. No – fraterno? - conví-vio. Para mim, - infelizmente - amigos… quase todos desconhecidos. Todavia, e, mesmo nessas circunstâncias, tentei ser participativo. Um. Ou outro. Disse, olá! Cumprimentamo-nos, recordou-se e, nar-raram-se singelas ocorrências. Porque, sem os conhecer, alguns conheceram-me, ou, suspeitavam que seria eu. Junta-mo-nos todos. Não falamos todos. Exis-tiam grupos programados. Deambulei… devagar…, cego pela sala. Olhei em fren-te. De lado direito. Esquerdo. E o que vi? Talvez, porque cego, alguma estranheza. Eu. Cego, vi-os? E, só os via, do exterior da vista. Ou… não via. Até, considerei-me uma personagem do livro “O Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago -. Todavia, estavam todos. Ali. Supostamente, eram eles. Haviam muitos mais. Todavia…, as contingências ditaram. No mesmo es-paço, sem atropelos, saciamo-nos. Can-tamos os parabéns. Brindamos. Fomos fotografados e tiramos fotografias. Paga-mos. Despedimo-nos? Até? Direi… social-mente em síntese… foi sofrível. Aguentei. Sou culpado. Passaram muitos anos. Em síntese… direi: é a terceira idade. A idade do depois!!! Do… (ir)refletir. Mesmo as-sim, alegres! Passou-se. ATENÇÃO BATA-LHÃO! MARCAR… PASSO!!!ATENÇÃO BATALHÃO! ALTO.EM ORDINÁRIO… MARCHE!!! Alguns, a prestimosa família acompanhou-os. É de louvar, a – união - disponibilidade. Esse carinhoso gesto, e, essa salutar partilha, identifica-nos melhor como família. Por-que, a família é, na componente física e espiritual a nossa metade. Com ela, não estamos sós. Dominamos, se necessário os estafermos. São o nosso andamento. São, o sorriso que nos falta. Torna Sã, a nossa caricia mental. São o nosso tesou-ro. É, a nossa vida. Por isso: FERVORO-SOS ESPECIAIS PARABENS PARA ELAS. ATENÇÃO BATALHÃO! MARCAR… PAS-SO!!!ATENÇÃO BATALHÃO! ALTO.EM ORDINÁRIO… MARCHE!!! Convém, porque, é de primordial importância, dis-sertar sobre a componente espiritual, e, a

importância que a degustação religiosa influencia a física. Aquela, que, nos afaga, e, enche a alma de amor, com o poder de elevar ao expoente máximo, a nossa au-toestima, ao estarmos com Deus. Por sua vez, no estômago, é promovido um aben-çoado e salutar estado adocicado; para, mais tarde, aceitar carinhosamente, o - temperado/nutritivo - almoço. ATENÇÃO BATALHÃO! MARCAR… PASSO!!!ATENÇÃO BATALHÃO! ALTO.EM ORDINÁRIO… MARCHE!!! Em sequên-cia do parágrafo anterior, falarei agora sobre a Missa, particularmente sobre a homilia. O Reverendo, na sua intervenção sobre a palavra de Deus, disse mais ou menos assim: Deus, é o Semeador. Tem confiança do Seu ofício. Simultaneamen-te, tem perfeita noção da qualidade da se-mente. Porque, ela é, semente boa. Tam-bém sabe, que a terra – é o coração do homem – será fecunda, ou estéril. Porém, como a lança com toda a generosidade e força, e, em tudo quanto é sítio, para que todos sejam salvos. É, esse o propósito. Porém, é difícil. Mas, Ele, ama cada ho-mem; e, é, simplesmente misericordioso. Porque, “É Deus”. E, Deus, ao ser paciente, bondoso e omnipotente, introduz a lumi-nosidade perfeita, para iluminar a alma, convertendo-a. Tal, como a semente, a palavra de Deus, é pisada, asfixiada e até esbanjada. Porém, onde é acolhida, faz milagres. Adquire vida, e, conserva-a até à velhice. Muitas sementes, tal como os humanos, morrem ao nascer ou pouco/mais tempo depois. Outros, conseguem viver, tal como nós, e, muito mais; contan-do milésimos segundos de vida. Atenção! Com vida, viva, ou, a sucumbir. ATENÇÃO BATALHÃO! MARCAR… PASSO!!!ATENÇÃO BATALHÃO! ALTO.EM ORDINÁRIO… MARCHE!!! O nosso Batalhão foi aclamado com o cognome de “TITAN”. Respeitemos essa grandeza, e, se possível, perpetuá-la no nosso ego. A finalizar e, em consonância, creio im-portante recomendar refletir, sobre o que reza, a nobre frase de Ricardo Reis: “Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou excluí, sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fases. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.” Sejamos felizes, sempre, com a compa-nhia de Deus.ATENÇÃO BATALHÃO! MARCAR… PAS-SO!!!ATENÇÃO BATALHÃO! ALTO.ESQUERDA VOLVER.DESCANÇAR. E HÁ VONTADE.

Domingos [email protected]

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O e-commerce ou comércio eletróni-co é um modelo de negócio que comercializa bens e/ou serviços

através de dispositivos eletrónicos. Os ne-gócios desta natureza abrangem vários ti-pos, desde websites de retalho destinado a consumidores, a sites de leilões, passando por comércio de bens e serviços entre or-ganizações.Nos últimos anos, o comércio eletróni-co tem vindo a expandir-se rapidamente, sendo atualmente considerado um dos mais importantes fenómenos da Internet em crescimento, uma vez que, este per-mite aos consumidores transacionarem bens e serviços eletronicamente a qual-quer hora do dia e sem preocupações de distância. Para uma empresa ser bem-sucedida no e-commerce, deve inicialmente seguir vá-rios passos para obter visitas na sua loja virtual e gradualmente, resultar em ven-das.A criação e configuração da loja online é o primeiro passo para ter um negócio na internet, porém não é o suficiente, segue-se o momento em que inicia um trabalho contínuo, o comércio eletrónico, à seme-lhança do que se faz permanentemente numa loja física e que irá determinar o su-cesso da empresa no seu negócio.

Como se alcança o sucesso no e-commerce?Para alcançar o sucesso no e-commerce as empresas devem considerar sete fato-res essenciais: 1) Apresentação dos Produtos/Serviços; 2) Presença nas Redes Sociais;

3) Comunicação via E-mail; 4) Blog; 5) SEO; 6) Publicidade; 7) Análise e Monitorização.

A apresentação dos produtos/serviços (1) no e-commerce é extremamente relevan-te, uma vez que, na loja online não é pos-sível a experimentação dos produtos nem o toque como acontece nas lojas físicas. Por esta razão, a imagem/fotografia, deve transmitir uma experiência muito próxi-ma da realidade, ir ao encontro do concei-to da marca e demonstrar a essência do produto e da marca e a visão da mesma. Para isso, estas devem ter uma boa quali-dade e serem apelativas. Outra ferramenta essencial é o vídeo promocional alusivo ao produto ou ao conceito, onde são demons-tradas as suas caraterísticas e os seus be-nefícios e, por exemplo, um processo de fabricação.

As redes sociais (2) são excelentes para dar a conhecer o produto e ser “descoberto” pelos clientes online, aumentando tráfego por recomendação e assim estimular as vendas. É necessário criar envolvimento partilhando conteúdo regularmente com os seguidores, encontrando um equilíbrio entre a conceção  que atrai audiência e o encaminhamento das pessoas, que serão os potenciais clientes, para o Website da loja online.“O mais importante é vender uma expe-riência e não apenas um produto…”.

O e-mail (3) permite construir uma relação com os clientes, através do envio de infor-mação ou conteúdo, como a apresentação de novos produtos, de outras novidades, de descontos especiais, de cupões e de even-tos. Porém, também pode ser usado para obter feedback ou depoimentos dos clien-tes. “A criação de conteúdo valioso cria con-fiança, constrói a marca e mantém os clientes informados…”.

O blog (4) é uma ótima forma de compar-tilhar o conceito, a visão da marca e a ex-periência que os produtos oferecem, com mais dinâmica e interação. Porém, este deve ser complementar à loja online e não uma cópia da mesma, ou seja, pode-se descrever resumidamente a história do negócio, as conquistas obtidas e os objeti-vos futuros.

O SEO (Search Engine Optimization/Oti-mização para Motores de Busca - 5) permi-te melhorar o posicionamento e a maneira como o Website surge nos motores de bus-ca, como é o caso da Google. Os motores de busca mostram apenas os resultados que são relevantes e úteis para a consulta e ordenam esses mesmos resultados por ordem de importância, pelo que as empre-sas devem trabalhar bem o seu SEO, de modo a aparecer em primeiro lugar nas pesquisas. Para isso, estas devem ter con-teúdo pertinente e de qualidade, utilizar palavras-chave relevantes e possuir links externos que apontam para o seu Website. “Se compreender o que o público-alvo da sua empresa pesquisa ou procura na in-ternet, mais facilmente consegue atingir e cativar esse utilizador…”

A publicidade (6) é a melhor e mais eficaz maneira de alcançar o tráfego para a loja online, especialmente quando esta está ainda a dar os primeiros passos. O seu objetivo primordial é transmitir a men-sagem correta, às pessoas certas, no mo-mento oportuno. Para isso, existe várias

Sandra Pais

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Muitas são as dúvidas e as ques-tões colocadas pelos pais em relação à temática da dislexia.

Quando é feito um diagnóstico de dis-lexia, muitos dos pais associam a si-tuações de fracassos sucessivos, outros perguntam se os filhos vão conseguir estudar, há ainda quem pergunte se por ter dislexia a criança deixa de ser fun-cional. Na verdade, quando esta pertur-bação surge, aparecem demasiadas dú-vidas sobre o que é na realidade, quais as suas consequências e de que forma se pode intervir de modo a diminuir o im-pacto causado pela mesma. A dislexia consiste numa perturbação de aprendizagem específica associada a alterações neurodesenvolvimentais (al-terações neurobiológicas e neuropsico-lógicas). Esta perturbação altera quer a capacidade de leitura quer a capacidade de escrita. Deste modo, as crianças com dislexia apresentam alterações signifi-cativas na leitura e na escrita, ou seja, tem dificuldades em termos dos proces-sos de descodificação fonológica e do

processamento lexical, dificuldades em termos de fluência/velocidade de leitu-ra, erros ortográficos, dificuldades em termos de estruturação/organização de ideias, bem como dificuldades em reco-nhecer mesmo as palavras que lhe são familiares.

Primeiros sinais:

Dificuldades na linguagem escrita e oral; Presença de problemas da linguagem; Dificuldades de aprendizagem principal-mente na área das letras; Confusão entre várias letras; Muitos erros ortográficos; Dificuldades acentuadas na aprendiza-gem de outra língua; Variabilidade no rendimento escolar; Distração com tudo o que está a sua volta;

Principais dificuldades:

Dificuldades na consciência fonológica, ou seja, a criança apresenta muitas di-ficuldades em termos de segmentação das palavras;Dificuldades no processo de memoriza-ção e de conjunção dos temos verbais; Leitura abaixo do que seria esperado para uma criança da mesma idade; Troca e letras p-t, f-v, f-t, ch-x, o-u, a-o, s-ss, s-z, ao-am, ou-on, m-n, nh-lh, b-v, p-q, Inversão de silabas; Dificuldades na compreensão de pala-vras;

Escrita com muitos erros ortográficos e a caligrafia tem um aspeto muito irregular; Se notar que algum destes sinais ou di-ficuldades estão presentes não hesite em contactar um profissional que pos-sa ajudar o seu filho a identificar esta perturbação. Quanto mais cedo for diag-nosticada, mais cedo podemos intervir no sentido de corrigir a perturbação ou mesmo diminuir o impacto causado pela mesma. Existe um vasto leque de estratégias que os pais e os professores podem optar para diminuir o impacto e minimizar a progressão da perturbação, o importante é que a perturbação seja diagnosticada atempadamente e pelos profissionais adequados. O diagnostico desta pertur-bação deve ser feito logo no início aquan-do da leitura e escrita e são formalmente apresentadas. As crianças com este tipo de perturba-ção podem beneficiar de respostas edu-cativas adequadas as suas necessidades desde que esta perturbação seja bem fundamentada por um profissional. Em suma, a família e a escola tem um pa-pel muito importante na vida desta crian-ça, por isso ambas as partes devem co-nhecer as características da criança com dislexia, respeitando os seus limites e va-lorizando as suas potencialidades.

Cristiana FélixPsicóloga

Será que o meu filho tem dislexia?

Cristiana Félix

formas de o fazer, como por exemplo, atra-vés dos links patrocinados associados à pesquisa, dos programas de afiliados e das redes sociais. Após ter a campanha lança-da online, as empresas devem monitorizá--las sempre e de forma constante, de modo a verificar se existe efetividade ou não na mesma. “O mais importante é gerar tráfego para a loja online e convertê-lo em vendas…”

A Análise e Monitorização (7) é essen-cial, pois permite analisar o tráfego que a loja online alcançou, ou seja permite, por exemplo, responder a: De onde vem o trafego responsável pela maior parte das vendas? Qual é a fonte de tráfego com o custo/benefício mais baixo?. Estas duas perguntas podem ser respondidas através da ferramentas estatísticas como “Google Analytics” bem como outras ligadas ao Website e Redes Sociais. Obtém-se resul-

tados que permitem perceber e entender o comportamento dos visitantes quando estes se deparam com o website das em-presas. Estes dados são extremadamente preciosos, pois é a partir deles que se pode otimizar as estratégias de marketing on-line e adequá-las ao perfil dos potenciais clientes. “Não vale a pena investir em publicidade online, se não analisar e monitorizar os resultados…”À medida que são implementados os sete fatores acima referidos surge o feedback, que é muito importante, onde as empresas têm a opinião dos clientes sobre os produ-tos/serviços que estão a vender. Primeira-mente é essencial procurar saber o feedba-ck dos amigos e família e depois saber a opinião dos influenciadores relacionados com o tipo de indústria em que a empre-sa atua e relacionado com os clientes que procura (Bloggers por exemplo), pois ape-

sar do alcance do seu público variar, estes têm muitos seguidores. Outra boa opção é o contacto com os meios de comunicação, começando por publicações em jornais lo-cais, apresentando uma história única e os produtos de forma interessante e atrativa.

Toda esta atividade é contínua no tempo e assume-se cada vez mais imprescindí-vel. Dependendo da dimensão da empre-sa e numa perspetiva de controlo de cus-tos, justifica a contratação dum serviço em regime de avença de profissionais em marketing digital.

Sandra PaisMarketing e Comunicação | Gestão das Organizaçõeswww.bphlassessoria.comUma equipa especializada em Marketing Digital, Gestão e Tecnologia

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IAnotei isto na noite de quatro de Outubro:“Dia de eleições. O resultado é cinzento como o tempo que se faz sentir aqui a norte. Votei no Bloco de Esquerda da irritante Ca-tarina Martins, que em tempos havia sido comparada por mim a Heloísa Apolónia, porta-voz d’Os Verdes, que assumira os seus sucessivos mandatos com uma impertinência verbal e um tom estridente que ameaçam ainda os vidros cansados da Assembleia da República. Mas, dizia, votei num partido púbere da extrema-es-querda, tendo-me decidido somente quando estava de pé na urna. Passei o dia a conspirar revoluções: voto no Livre/Tempo de Avançar ou no idoso Partido Socialista? Cedi aos encantos das mulheres bloquistas e, creio, o país ficou a ganhar com isso. Mas o resultado foi surpreendente. A coligação ganhou, e o par-tido em que votei superou o Partido Comunista, recorrendo a uma análise matemática da situação. O que me parece ser dig-no de nota é esta derrota de um Partido Socialista corroído por um discurso centrista que apela à maioria dos grandes valores da social-democracia europeia. Apelava: o que estes resultados mostram é que dizer hoje ‘socialismo’ ou ‘socialistas’ não provoca nenhuma excitação revolucionária ou simples afecto irracional. Se já o Partido Socialista Português era tido como moderado, ag-ora é visto como o abatido. A narrativa desta malta reinante da direita nacional trouxe um discurso difícil de desmontar. Os jor-nalistas foram os primeiros conquistados.

P.s.: não só o futebol domina a intrigante agenda noticiosa. Fáti-ma já foi mais o epicentro da reportagem repetida. O que move montanhas de microfones e câmaras é mesmo uma outra reli-giosidade laica: a da política. A incrível panóplia de ‘paineleiros’ (honra seja feita a Jorge Nuno Pinto da Costa) ilumina o ignoran-te cidadão, prevê-lhe as consequências dos seus votos, dita-lhes as agruras do seu partido ou do seu secretário-geral. Que o homo politicus se disponha a isso, não só não é novidade como também é essencial à sucessiva actualização da sua imagem (por isso um Paulo Rangel, por isso um Marques Mendes, que poderiam entre outros favores ao nosso povo largar este estado de política profis-sional). Que a comunicação social gaste o seu tempo de antena em tremenda agitação, a entrevistarem todos e mais algum, sem darem espaço à opinião pausada de quem lhes está a observar em casa, é mais um triste sinal da feira de vaidades do ‘comentário nacional’. Quando um político fala, o jornalista estende-lhe a pas-sadeira vermelha.”

IIAs minhas intervenções políticas neste jornal têm-se baseado numa análise às mudanças de mentalidade que os governos dos últimos anos, em particular o de 2011 a 2015, levaram a cabo. Aqui-lo que tenho defendido, com maior ou menor sucesso, é que nun-ca foi a raison d’état que se transfigurou. Antes, foram as rupturas ao nível de uma certa economia familiar que permitiram novas formulações ideológicas na sociedade civil. Foi este governo que manteve a “mente aprisionada por ditames éticos maximamente individualistas (quebrando o sentimento comunitário presente na colectividade portuguesa desde a Idade Média), dividindo americanamente os portugueses entre ‘vencedores’ e ‘vencidos’”1. Nas últimas eleições legislativas votei na extrema-esquerda. Em primeiro lugar, porque um voto na coligação seria um perdão pela maneira como trataram os meus concidadãos; em segundo lugar,

porque acredito que só a extrema-esquerda democrática poderá ser o entrave da globalização neoliberal que disseminou, um pouco por todo o mundo, mas com especial incidência nos ditos “países do Sul”, um modelo de desigualdade social. Este modelo é protegido por grandes reformas sociais e abrange as mais del-icadas áreas da vida cívica. Creio que certas conexões serão in-evitáveis na historiografia ulterior: a conexão entre a Declaração de Bolonha de 1999 e as intermitências da colocação laboral; o ataque ao pensamento sindicalizado e o recrudescimento do pod-er multinacional; a aposta impingida nas ciências tecnológicas e a tendência crescente do seu custo.A iniciativa do secretário-geral do Partido Socialista português é, claramente, uma surpresa, um espirro napoleônico no Waterloo nacional, e com muita atenção seguiremos os seus passos nas semanas seguintes. Mas gostaria de partilhar com os leitores a noção de que só a esquerda desconfiada pode ter alguma relevân-cia na real mudança do paradigma de governação. Essa esquer-da desiludida não se rege por um discurso moderado: antes, ele é agressivo para com um conjunto de instituições que moldaram a vida pós-Abril em Portugal. Condená-la simplesmente ao espec-tro da não-governabilidade é não discutir a essência do presente e do dito europeísmo de algumas instâncias do poder político e económico, que escondem, em grande parte, a versão vampírica da sua actividade. De facto, a grande maioria desses centros de decisão foram moldados pelo chamado Consenso de Washington, nos anos 90, onde se sistematizaram as regras de intervenção externa das instituições financeiras. Quando pensávamos que a

Caldo rescaldoJosé Rafael Soares

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ortodoxia estava posta de lado, surgiram as sucessivas injecções de austeridade como bálsamo das nações em crise, já no século XXI. A esquerda ideológica – e não este socialismo de fato e grav-ata – precisa de arregaçar as mangas2.

IIINum sublime ensaio, Isaiah Berlin questionava-se o que era isso de “realismo” em política. Invenção alemã do século XVIII, apon-ta para uma percepção correcta das características dos acon-tecimentos sem distorções emocionais, a ser usada em prol da ciência do governo, não muito diferente, de resto, de outras ciên-cias exactas. Uma série de eventos provaram, pelo menos, que os actos dos seres humanos não são calculáveis, e nem mesmo a inclusão da racionalidade económica permitiu que todas as pro-jecções batessem certo, desde a Revolução Francesa até à de 1848. Berlin afirma que é “bastante claro que os estadistas e reforma-dores mais bem-sucedidos obtiveram os seus resultados por mei-os muito diferentes, ao mesmo tempo que raramente as teorias sobre o modo que torna possível mudar a sociedade correspon-dem à prática”3. Isto não deita abaixo a utopia ou a importância da ideia: só nos diz que o método científico pelo qual ela é empregue não pode ser aplicado de modo obscurantista. Foi o que aconte-ceu tanto à esquerda revolucionária, em tempos, como à direita

neoliberal, actualmente. Seja quem governe, tem que governar com um sentido do real. Daí que Berlin sugira duas categorias: a dos homens de Estado utópicos (Lenine, Robespierre ou José II da Áustria) e a dos homens de Estado práticos (Bismarck, Lincoln ou Roosevelt). Os primeiros, que são os obcecados, nunca obtêm o que desejam, e os segundos, que são os “realistas”, ficam sempre mais próximos do por eles esperado. Cabe à esquerda deste sécu-lo dizer se ela quer então mexer na realidade ou se prefere atar-se às utopias bafientas.

1. Excerto (p. 15) do livro “Nova Teoria da Felicidade”, de Miguel Real. Um bom guia, de resto, para se perceber a frustração e a desarmonia do muito que se vive hoje.

2. E pode fazê-lo recorrendo precisamente ao seu inimigo núme-ro um, o Fundo Monetário Internacional, que ainda este ano reconhecia que a ausência de sindicatos favorecia a desigual-dade social:https://www.imf.org/external/pubs/ft/fandd/2015/03/pdf/jaumotte.pdf

3. Recorreu-se à obra de ensaios “O Poder das Ideias”, excerto da página 187.

Por Viana do Castelo vão surgindo algumas novidades. A pri-meira e mais fresca do mês, é que a zona envolvente de santa Luzia vai receber obras e será construído um restaurante com vista panorâmica, e todo aquele parqueamento será repensado e melhorado.A segunda novidade e que já não é novidade para ninguém, é

que as tão famosas Scuts, e principalmente da A28 têm rendi-do milhões aos cofres do Estado, e continuam a lesar trabalha-dores e população.A terceira curta, está relacionada com as obras da Praia Norte que ainda não arrancaram. Vamos lá a ver se não vão iniciar em plena época balnear como é de grande costume.E para fechar com chave de ouro estas curtas da Cidade de Viana do Castelo, nada mais nada menos que abordar as obras que estão a decorrer na escola secundaria de Monserrate, a uma fachada. Alguns anos atrás esta escola foi intervencio-nada com os famosos dinheiros da Europa,mas esta mesma fachada não foi capaz de resistir muito tempo. Obras rápidas são o que dá.

João BrunoEnfermeiro

Curtas de Viana do Castelo

João Bruno

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Nasceu em Capareiros a 8 de outubro de 1925, Afonso Santos filho de Baltazar San-tos e de Alzira da Costa Santos, filha do João Ramos que era proprietário da fábri-ca de serração.Era o número 4 de 12 irmãos. Atualmen-te estão vivos apenas 6 sendo ele o mais velho. Iniciou a sua instrução primária na escola da Igreja em Barroselas – Viana do Caste-lo, passando posteriormente para a escola comercial e industrial de Viana do Castelo ingressando no curso industrial. Quando estava a frequentar o 2º ano do curso, sur-giu a primeira oportunidade de trabalho na fábrica dos Galegos como secretário, por intermédio dos conhecimentos de seu pai. Trabalhou durante 4 anos até à idade de ingressar na vida militar.O seu 2º emprego foi no escritório dos representantes da empresa de cimentos Secil, em Setúbal, durante 4 anos. Depois

despediu-se e voltou para Barroselas para trabalhar com o pai. Também começou a ser representante da zona do minho da empresa Dyrupe, ligada à área das tintas. Passou posteriormente para outra fábrica, Lexoline e foi convidado a ser gerente da parte comercial, usufuindo de 20% das co-tas da empresa. Após o 25 de abril de 1974, vendeu a sua cota e regressou a Viana do Castelo, assumindo o cargo de represen-tante dos cimentos Secil.Apesar de trabalhar em várias empresas, sempre esteve ligado a Barroselas. Na al-tura do 25 de abril, o presidente da junta de então, Sr. António Oliveira Amaral, con-vidou-o a presidir à mesma, contudo não aceitou o cargo porque considerava que não possuía a disponibilidade necessária que esse cargo exigia, condição que para ele era importante estar garantida para assumir um cargo desses. Atualmente de-nota que a freguesia deveria ter alguém a

presidir com mais pulso, “com missão de trabalho”, acompanhando os movimentos da mesma.A sua marca na sociedade também foi deixada na Associação Desportiva de Bar-roselas, sendo um dos fundadores. Relata que na altura, como atualmente, a rivali-dade com o vizinho Neves Futebol Clube era evidente. A demonstração dessa distu-pa era evidente na 2ª feira de Páscoa onde, cerca de 20 pessoas, iam todos a marchar até ao largo das Neves para marcar a sua posição aos rivais.UMA CURIOSIDADE“De todos os irmãos, era o que tinha mais paixão em ir trabalhar para o estrangeiro e até cheguei a ter cartas de chamada mas acabei por nunca sair porque fui sempre dedicado ao trabalho, ficando a meu cargo toda a responsabilidade pelos negócios do meu pai. Ele fez questão de me entregar uma procuração e todos os bens e assim fui ficando por Portugal”UMA MáGOA“No meio de toda uma vida de trabalho, de tanto esforço, empenho, esforço, não ter nenhum filho é a minha maior tristeza. Sou um solitário mas tenho um sobrinho que me faz companhia. Há dois anos a esta parte os problemas de saúde têm au-mentado e os que já tinha foram-se agra-vando”PASSATEMPO“Gostava de ler, mas por causa de uma operação aos olhos que, não correu como esperado, impossibilita-me de ler. Assim, a maior parte do tempo passo-o a ver te-levisão.UM DESGOSTONos últimos 10 anos ajudei bastantes pes-soas, mas ficaram-me a dever elevadas quantias em dinheiro. Neste momento sinto um desgosto grande porque não es-tou a ver forma de o recuperar.

Entrevista

Entrevista com Afonso Santos

Desporto Regional

Resultados Campeonato de Portugal Prio Série A 15/16Resultados:Jornada 8Argozelo 1 - 3 Marítimo BNeves FC 3 - 0 VianenseVilaverdense FC 3 - 1 LimianosPedras Salgadas 1 - 1 BragançaCamacha 1 - 1 Mirandela

Classificação:L Equipa Pts.1 Bragança 162 Vilaverdense FC 163 Mirandela 144 Limianos 135 Pedras Salgadas 126 Neves FC 107 Marítimo B 88 Vianense 79 Camacha 410 Argozelo 4

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2015 pode ser mais um ano histórico no caminho para um desenvolvimento sus-tentável do planeta .Por um lado, já foi assumida em Nova Ior-que (EUA) em 25 de setembro numa Ci-meira da ONU a Agenda 2030 que define concretamente os 17 Objetivos de Desen-volvimento Sustentável e as respetivas metas a atingir. Trata-se da nova agenda de ação até 2030, que se baseia nos pro-gressos e lições aprendidas com os 8 Ob-jetivos de Desenvolvimento do Milénio, entre 2000 e 2015 que conseguiram tirar da pobreza extrema e da fome muitos mi-lhões de seres humanos nos países em de-senvolvimento. Por outro lado aguardam-se com grande expetativa os resultados da Cimeira do Clima (COP21) que vai ter lugar em Paris em dezembro próximo e onde sob a égide da ONU os países vão procurar definir um novo acordo global sobre alterações climá-ticas para suceder ao Protocolo de Quioto. De referir que o “ Combate às alterações cli-máticas “’é um dos 17 Objetivos de Desen-volvimento Sustentável que visam até 2030 “acabar com a pobreza, promover a pros-peridade e o bem-estar de todos” pelo que os resultados da COP 21 serão fundamen-tais para a concretização da Agenda 2030. “Agenda 2030 -Objetivo 13: Combate às alterações climáticas -Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados com o cli-ma e as catástrofes naturais em todos os países-Integrar medidas relacionadas com alte-rações climáticas nas políticas, estraté-gias e planeamentos nacionais-Melhorar a educação, aumentar a cons-ciencialização e a capacidade humana e institucional sobre medidas de mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce no que respeita às alterações cli-máticas

-Implementar o compromisso assumido pelos países desenvolvidos na Conven-ção-Quadro das Nações Unidas sobre Al-terações Climáticas] de mobilizarem, em conjunto, 100 mil milhões de dólares por ano, a partir de 2020, a partir de variadas fontes, de forma a responder às necessi-dades dos países em desenvolvimento, no contexto das ações significativas de mi-tigação e implementação transparente; e operacionalizar o Fundo Verde para o Cli-ma por meio de sua capitalização o mais cedo possível-Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planeamento e gestão eficaz no que respeita às alterações climá-ticas, nos países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares em desenvol-vimento, e que tenham um especial enfo-que nas mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas-Reconhecer que a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climá-ticas é o principal fórum internacional, in-tergovernamental para negociar a respos-ta global às alterações climáticas” A (Agenda 2030), é fruto do trabalho con-junto de governos e cidadãos de todo o mundo para criar um novo modelo global para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, pro-teger o ambiente e combater as alterações climáticas. A União Europeia tem estado na primeira linha da luta contra as alterações climáti-cas e também na ajuda ao desenvolvimen-to sendo o maior doador mundial visando criar condições para que as pessoas en-

contrem no seu território condições míni-mas e dignas de sobrevivência. As dificuldades e as tensões que tem sur-gido na União Europeia para encontrar respostas para a atual crise de migra-ção (refugiados e migrantes económicos) mostram que esta ajuda é fundamental e são mais um alerta para a necessidade de novas ações no combate às alterações climáticas pelas consequências catastró-ficas que estas podem ter na produção de alimentos, na subida do nível das águas do mar, na perda de biodiversidade, no aumento dos desertos e diminuição das reservas de água doce, fatores que segura-mente contribuirão para que o número de pessoas dos países mais frágeis aumente drasticamente em busca de sobrevivência. A ONU já divulgou o novo texto negocial para o acordo climático global. Até agora uma grande parte dos 193 países da ONU já apresentou os seus compromissos de redução das emissões, mas, segundo os especialistas, as propostas ainda não são suficientes para evitar que a temperatura global aumente mais do que a 2ºC, até o final do século, o limite de aquecimento global considerado aceitável.O debate sobre as alterações climáticas e o futuro do planeta encontra-se numa fase crucial esperando que se confirmem as boas perspetivas para que em Dezembro deste ano, seja assinado um novo acordo global pós-Quioto na Cimeira do Clima.

Centro Europe Direct de Ponte de LimaAssociação Portuguesa de Criadoresde Bovinos da Raça MinhotaLargo Conselheiro Norton de Matosnº37 4990 -144 PONTE DE [email protected]

A luta contra as alterações climáticas no âmbito da Agenda 2030 que fixa os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Sociedade

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Agenda do mês [Concelho Viana do Castelo]

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Agenda do mês [Concelho Barcelos]

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Agenda do mês [Concelho Ponte de Lima]

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INGREDIENTES 150 g de bolachas Maria 80 g de chocolate em barra 4 dióspiros maduros 4 dl de natas 4 colheres (sopa) de açúcar em pó Doses: 4 Pessoas

MODO DE PREPARAçãO 1. Corte os diospiros ao meio, retire-lhes a polpa, deite para uma tigela e triture com a varinha mágica. Numa picadora, triture bem as bolachas. Pique a tablete de choco-late em pedacinhos com uma faca. 2. Numa tigela, bata as natas em chantilly e adicione o açúcar em pó aos poucos e batendo sempre. Junte os pedacinhos de chocolate e envolva.

3. Em tacinhas individuais, deite uma ca-mada de bolacha, depois uma camada de chantilly com o chocolate e finalmente cubra com o puré de dióspiro. Leve ao frio

durante cerca de 1 hora e depois sirva de-corado a gosto, por exemplo com physalis ou outra fruta.Fonte: www.teleculinaria.pt

Culinária

Tacinhas delícia de dióspiro4 Pessoas · 25 Minutos · + Tempo de frio

Viana do Castelo

Camara Municipal de Viana do Castelo - 258 809 300Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo - 258 800 840Bombeiros Municipais de Viana do Castelo - 258 840 400Guarda Nacional Republicana - 258 840 470Polícia de Segurança Pública - 258 809 880Polícia Marítima - 258 822 168Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM) - 258 802 100Cruz Vermelha - 258 821 821Centro de Saúde - 258 829 398Hospital Particular de Viana do Castelo - 258 808 030Unidade de Saúde Familiar Gil Eanes - 258 839 200Interface de Transportes - 258 809 361 Caminhos de Ferro (CP) - 258 825 001/808208208Posto de Turismo de Viana do Castelo - 258 822 620Turismo do Porto e Norte de Portugal, Entidade Regional - 258 820 270Viana Welcome Center - Posto Municipal de Turismo - 258 098 415 CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor - 258 780 626/2

Linha de Apoio ao Turista - 808 781 212Serviço de Estrangeiros - 258 824 375Defesa do Consumidor - 258 821 083 Posto de Fronteiras do SEF - 258 331 311Arquivo Municipal de Viana do Castelo - 258 809 307Centro de Estudos Regionais (Livraria Municipal) - 258 828 192Biblioteca Municipal de Viana do Castelo - 258 809 340Museu de Artes Decorativas - 258 809/305Museu do traje - 258 809/306Teatro Municipal Sá de Miranda - 258 809 382 VianaFestas - 258 809 39

Barcelos

Câmara Municipal de Barcelos - 253 809 600Bombeiros Voluntários de Barcelos- 253 802 050Hospital Sta. Maria Maior Barcelos - 253 809 200Centro de Saúde de Barcelos - 253 808 300PSP Barcelos -253 823 660Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos - 253 823 773

Contactos úteis

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Património

Barroselas«O Tempo de Teatro»

Como vem sendo hábito por altura do Natal e fim de ano, o teatro em Barroselas aparece em «cena. Rea-

lizaram-se sessões à tarde e à noite, nos dias 25 e 30 de Dezembro, e 1 de Janeiro de 1985. Assim no dia 25, o Grupo Cénico, apresentou o drama em três actos de Ale-jandro Casona, «Barca sem Pescador». No dia 30, foi a vez do Grupo de Escuteiros,

com a peça « Filho Sozinho» de Francis-co Ventura, e a comédia « Entre as dez e as onze». Por fim, o Grupo S. Paulo, apre-sentou a divertida comédia de Moliére, «Médico à Força», terminando a sua ac-tuação com canções regionais. Nos três dias o «Vale do Neiva» esteve presente, e pode por isso testemunhar a realidade que é o teatro na nossa freguesia. Não há

dúvida alguma, que existem espalhados pelos três grupos, excelentes valores da difícil arte de representar, mesmo tendo em conta alguns elementos que em nossa opinião não estarão muito à vontade no «papel» para que foram chamados. Um pouco de cuidado na escolha dos elemen-tos, não deixa de ser aconselhável. Não deixamos de registar aqui a presença do público, que nos três dias esteve presente, dando assim a perceber que também ele gosta de teatro. Claro que entre o referi-do público, estavam alguns que nada têm com o teatro, passando parte do tempo fazendo barulho, num total desrespeito pelos presentes, e muito menos por quem no palco dá o melhor que sabe. Às pes-soas responsáveis pelos espectáculos, parece-nos que não seria difícil resolver este problema, pois quem assim proce-de o lugar é fora da sala. Para quando o primeiro exemplo? Será que quem paga o seu bilhete tem de suportar o mau gosto dos outros? Era bom que este assunto fos-se ponderado para bem do teatro na nos-sa freguesia, para que passe a haver mais respeito por quem no palco dá a «cara».

In Jornal «Vale do Neiva» Janeiro 1985A Redação

Sugestão ao leitor

Sugestão cinematográfica

O Misterioso Mr. Mackintosh Géneros:Filmes - Suspense

Filme de espionagem brilhantemente di-rigido por John Houston com uma inter-pretação fabulosa de Paul NewmanJoseph Rearden (Paul Newman) é um la-drão de jóias que é coagido a participar num plano elaborado pelo Serviço Secre-to Britânico para desmascarar um agente duplo infiltrado no Parlamento. Para isso,

Rearden é enviado a uma penitenciária na intenção de auxiliar um importante preso político a fugir. A ideia é que em li-berdade, o preso possa revelar suas ver-dadeiras ligações com o agente duplo. A solução do mistério está numa mulher conhecida apenas como assistente do es-tranho Dr. Mackintosh, a misteriosa Sra. Smith (Dominique Sanda).

Fonte: www.rtp.pt