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Profº Ms.José R. de Castro
Contabilidade Financeira e IFRS
Objetivos de aprendizagem: Depois de ler e discutir este tópico você será capaz entender
• Os Conceitos Básicos e Gerais da Contabilidade, bem como a importância contábil no mundo empresarial.
• A atuação e objetivo da contabilidade, • A profissão contábil • Tipos de Sociedades • Classificação das empresas • Estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das
demonstrações contábeis • O relatórios contábeis e seus objetivos
2 Prof. Ms. José R. de Castro
• A Contabilidade
• É uma ciência social, pois estuda o comportamento das riquezas que se integram no patrimônio, em face das ações humanas;
• Não é uma ciência exata
• Na contabilidade, as quantidades são simples medidas dos fatos que ocorrem em função da ação do homem; e
• Surgiu basicamente da necessidade de donos de patrimônio que desejam mensurar, acompanhar a variação e controlar suas riquezas.
Cenários Contábeis
3 Prof. Ms. José R. de Castro
O contador
• A função básica do contador é produzir informações úteis aos usuários da contabilidade para a tomada de decisões.
• No Brasil a função do contador foi distorcida, estando voltada exclusivamente para satisfazer às exigências do fisco.
4 Prof. Ms. José R. de Castro
Função do Contador
• Área de atuação do contador
Administração
Investidores
Bancos
Governo
Outros Interessados
Coleta de dados
Registro de dados e
processamento Relatórios
Usuários
(tomada de decisão)
5 Prof. Ms. José R. de Castro
Questão -0
Questão (TRT21a Região FCC 2003): O
objeto da Contabilidade é:
a) a conta.
b) o lançamento (registro).
c) o balanço patrimonial.
d) a demonstração do resultado do
exercício.
e) o patrimônio.
6 Prof. Ms. José R. de Castro
Base Conceitual da Contabilidade
As demonstrações contábeis devem ser preparadas sob uma série de "regras" que são conhecidas como Princípios de Conobilidade Geralmente Aceitos (ou seu termo no idioma inglês: generally accepted accounting principies - GAAP).
Esses princípios (ou conceitos) contábeis determinam quais informações são incuídas nas demonstrações contábeis e como essas informações devem ser elaboradas e apresentadas.
7 Prof. Ms. José R. de Castro
NBC T 1 – Estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das
demonstrações contábeis
• Os princípios fundamentais da contabilidade • Representam a essência das doutrinas e teorias relativas à ciência da
contabilidade. O pronunciamento conceitual básico emitido pelo CPC classifica tecnicamente os princípios contábeis em três níveis:
Pressupostos Básicos
Qualitativas
Limitações
8 Prof. Ms. José R. de Castro
Classificação das Empresas
Aspecto Administrativo
•Quanto ao aspecto administrativo, as empresas classificam-se em estatais, mistas e privadas.
• A empresa estatal ou pública
> É aquela cujo capital é controlado total mente pelo poder público.
• A empresa mista > O capital origina-se parte do setor público, parte
do setor privado, independentemente do controle que um ou outro setor possa deter.
• A empresa Privada
> O capital e a administração são de total responsabilidade da iniciativa particular
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9 Prof. Ms. José R. de Castro
1. Aspecto Econômico
Setor primário,.
Setor secundário,
Setor terciário.
2. Aspecto Administrativo A empresa estatal ou pública
A empresa mista
A empresa Privada
3. Aspecto jurídico
Empresa individual Aquela cujo capital pertence a uma só pessoa.
Empresa Societária É a empresa cujo capital foi constituído por duas ou mais pessoas.
Classificação das Empresas
10 Prof. Ms. José R. de Castro
A seguir são transcritas algumas atividades desenvolvidas pelas
empresas. Pede-se classificar cada atividade mencionada como referente
ao setor econômico primário (P), secundário (S) e terciário (T).
( ) Comércio varejista de medicamentos
( ) Extração de látex
( ) Hotelaria
( ) Desenvolvimento de software
( ) Siderurgia
( ) Reflorestamento
( ) Atacadista de secos e molhados
( ) Seguros
( ) Supermercados
( ) Bancos
( ) Transportes
( ) Agricultura e pecuária
Atividade -2
11 Prof. Ms. José R. de Castro
Sociedade por cotas de responsabilidade Limitada
• Capital representado por Cotas e distribuído aos sócios de
acordo com o aporte financeiro de cada um.
• A responsabilidade limitada de cada sócio irá até o valor de
suas respectivas participações em cotas na sociedade.
A sociedade anônima
• Capital social é dividido em parcelas,
• representadas por valores mobiliários (ações)
• A responsabilidade dos acionistas reside na integralização
efetiva das ações subscritas.
Empresa Societária
12 Prof. Ms. José R. de Castro
1. Sociedade anônima de capital aberto •Capital dividido em ações- classificada como companhia aberta
• Seus valores mobiliários (ações ou debêntures) são negociados em bolsa de valores.
• Registro das ações (ou debêntures) na Comissão de Valores Mobiliários CVM
2. Sociedade anônima de capital fechado • Os valores mobiliários de sua emissão não são negociados em bolsas
de valores. •Os recursos de capital próprio necessários não são captados publicamente no mercado; são provenientes basicamente da poupança dos próprios acionistas. •A companhia fechada tem um número limitado de sócios.
Tipos de Sociedade Anônima
13 Prof. Ms. José R. de Castro
Assembléia geral Órgão representativo dos acionistas da empresa.
Principais competências:
• reformar o estatuto social; autorizar a emissão de debêntures;
• deliberar sobre as demonstrações financeiras apresentadas pelos administradores da companhia;
• deliberar sobre a destinação do lucro líquido produzido no exercício e a distribuição de dividendos;
• autorizar os administradores a confessar falência e pedir concordata etc.
Órgãos representativos das S.As.
14 Prof. Ms. José R. de Castro
Conselho de administração:
Órgão de deliberação privativo dos diretores,
Principais competências • fixar a orientação geral dos negócios da companhia; eleger e
destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições;
• escolher e destituir os auditores independentes;
• Deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre emissão de ações, deb6entures etc.
Diretoria Órgão executivo da companhia
Composto por dois ou mais diretores (acionista ou não)
Eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo conselho de administração.
Órgãos representativos das S.As.
15 Prof. Ms. José R. de Castro
Conselho Fiscal: Órgão fiscalizador dos atos praticados pelo conselho de administração e diretoria.
Principais competências
• fiscalizar os atos dos administra dores da empresa; opinar sobre
o relatório anual da administração,
• Opinar sobre: propostas de modificação do capital social,
emissão de debêntures, distribuição de dividendos,
• analisar,ao trimestralmente, as demonstrações financeiras
elaboradas pela companhia.
Órgãos representativos das S.As.
16 Prof. Ms. José R. de Castro
A. Segundo a Lei das Sociedade por Ações, as demonstrações financeiras são assinadas
a) pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.
b) pelo conselho fiscal e por contadores legalmente habilitados.
c) pelos administradores e por contadores legalmente habilitados.
d) pelos auditores independentes e por contadores legalmente habilitados.
e) somente por contadores legalmente habilitados.
B.Segundo a Lei n° 6.404/76, fazer elaborar as demonstrações financeiras compete
a)ao conselho fiscal.
b)ao conselho de administração.
c)à diretoria.
d)aos auditores independentes.
e)aos contabilistas legalmente habilitados.
Atividade-3
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17 Prof. Ms. José R. de Castro
1. Elaboração, divulgação e Publicação de informações contábeis.
2. Normas para Publicações financeiras comparativas
3. Destinação dos lucros
4. Notas explicativas e demonstrações suplementares
5. Parecer dos auditores independentes
6. Relatório da Administração
7.
Exigências Legais
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18 Prof. Ms. José R. de Castro
Balanço Patrimonial (BP)
• demonstra a situação patrimonial e financeira da Sociedade na data-base de encerramento do exercício social.
Demonstração do Resultado (DE)
• relata quanto a Sociedade ganhou (lucro) ou perdeu (prejuízo) durante o exercício social.
Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA)
• relata as alterações ocorridas durante o exercício social na conta de lucros ou prejuízos acumulados.
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
• Relata os pagamentos e recebimentos ocorridos durante o exercício social, relacionados com as atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos da Sociedade.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
•relata a riqueza gerada pela Sociedade e como foi distribuída e retida durante o exerício social.
Demonstrações Contábeis obrigatórias Art. 176
19 Prof. Ms. José R. de Castro
Exigibilidade dos relatórios contábeis no Brasil
Re
lató
rio
s
Co
ntá
be
is
Obrigatórios
Exigidos pela
Lei das Sociedades
por ações
Não
Obrigatórios Não exigidos
por lei
Sociedade Anônima
Deverão ser
publicados
Ltdas.
Não precisam
ser publicados
DOAR
BS
BP
DRE
DLPAc
DFC
DVA
BP
DRE
DLPAc
Orçamento
Capital Aberto
Capital Fechado
Relata o Passado
Relata o Futuro
BP
DRE
DLPAc
DFC*
MédiasMPEs
Grande Porte
* Publicação obrigatória quando o PL for maior que R$ 2 milhões
20 Prof. Ms. José R. de Castro
Relação entre as Demonstrações Financeiras
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Aplicações
de
Recursos
CT
PL
CP
DRE
Receita
(−) Custos
(−) Despesas
(=) LL
DPLAc
Saldo
(+) LL
(−) Dividendos
(=) Lucro retido
DFC
Saldo inicial
(+) Superávit
(−Déficit
(=) Saldo final
Capital de terceiros
Fontes externas
de financiamento
Investidores
Sócios ou Acionistas
21 Prof. Ms. José R. de Castro
O relatório da administração representa um
necessário e importante complemento às
demonstrações contábeis publicadas, pois fornecem
dados e informações adicionais que são úteis aos
usuários ao seu julgamento e processo de tomada
de decisão.
O relatório deve ser descritivo e menos técnico que
as demonstrações contábeis, reunindo condições de
entendimento para uma gama maior de usuários.
O relatório, com base nas análises do passado, deve
fornecer projeções de tendências futuras, auxiliando
o usuário nas suas decisões do presente.
Relatórios dos administradores
22 Prof. Ms. José R. de Castro
“O ano de 2009 foi bastante desafiador: enfrentamos dois
ambientes de mercado bastante distintos, em que a
recuperação das condições macroeconômicas ocorrida ao
longo do terceiro e quarto trimestres contrastou com os
momentos de incerteza e extrema volatilidade dos
diferentes mercados verificados na primeira metade do
ano. Os efeitos da crise financeira iniciada em 2008, que
impactou o ambiente econômico em todo o mundo e,
consequentemente, os setores de papel e celulose, foram
sentidos com mais intensidade nos primeiros dois
trimestres do período. Para superá-los, adotamos medidas
em todas as áreas: reduzimos fortemente as despesas,
redimensionamos estoques, otimizamos ativos,
diversificamos o portfólio de produtos, aprofundamos
nossas relações comerciais com a China e aprimoramos o
gerenciamento de riscos e assim, entre outras decisões
importantes, evitamos operações de derivativos exóticos”
Parte da Mensagem da Administração- Fonte Site SUZANO
23 Prof. Ms. José R. de Castro
É o documento mediante o qual o auditor expressa sua opinião de forma clara e objetiva sobre as demonstrações contábeis nele indicadas, assumindo responsabilidade técnico-profissional definida, inclusive de ordem pública. Podem se apresentar da seguinte maneira:
Parecer sem ressalva; As demonstrações contábeis representam a posição Patrimonial e financeira em todos os aspectos relevantes.
Parecer com ressalva; O auditor conclui que o efeito de qualquer discordância não é de tal magnitude que requeira um parecer adverso ou de abstenção de opinião, conforme a seguir.
Parecer adverso; e As demonstrações contábeis não representam a posição Patrimonial e financeira em todos os aspectos relevantes.
Parecer com abstenção de opinião O auditor deixa de emitir opinião sobre as demonstrações contábeis, por não ter obtido informações suficientes para fundamentá-las.
Parecer dos auditores independentes
24 Prof. Ms. José R. de Castro
1. Examinamos os balanços patrimoniais da Suzano Papel e
Celulose S.A. e os balanços patrimoniais consolidados da
Suzano Papel e Celulose S.A. e empresas controladas em 31
de dezembro de 2009 e 2008, a Administração. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas
demonstrações financeiras
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas
e auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos
saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de
controles internos da Companhia e empresas controladas;
b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos
registros que suportam os valores e as informações
contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das
estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
Administração da Companhia e empresas controladas, bem
como da apresentação das demonstrações financeiras
tomadas em conjunto
25 Prof. Ms. José R. de Castro
3. Em nossa opinião, com base em nossos exames e nos exames efetuados por outros auditores independentes, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Suzano Papel e Celulose S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada da Suzano Papel e Celulose S.A. e empresas controladas em 31 de dezembro de 2009 e 2008, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes aos exercícios findos daquelas datas, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil.
Salvador, 02 de março de 2010 ERNST & YOUNG
Auditores Independentes S.S.CRC 2SP015199/O-6-F-BA
Antonio Carlos Fioravante
Contador CRC-1S
26 Prof. Ms. José R. de Castro
Notas de rodapé; informações adicionais; informações
que complementam as demonstrações financeiras e
elemento integrante das mesmas.
Surgiram do desafio da contabilidade com relação à evidenciação
e dimensionamento da qualidade de informações para atender às
necessidades dos usuários.
Podem ser expressas tanto na forma descrita quanto na forma de
quadros analíticos, ou mesmo englobando outras demonstrações.
As notas podem ser usadas para descrever práticas contábeis
utilizadas pela empresa, para explicações adicionais sobre
determinadas contas ou operações específicas e ainda para
composições e detalhes de certas contas.
Notas Explicativas (NE)
27 Prof. Ms. José R. de Castro
Financiamentos e empréstimos--ContinuaçãoArrendamento financeiro mercantil--Continuação 2009 2008
Máquinas e equipamentos 98.557 94.954
(-) Depreciação acumulada -39.236 -30.434
Imobilizado líquido 59.321 64.520
Valor presente das parcelas obrigatórias (financiamentos):
Menos de 1 ano 14.986 14.249
Mais de 1 ano e até 5 anos 50.280 60.917
Mais de 5 anos 11.870 17.944
Total do valor presente das parcelas obrigatórias (financiamentos) 77.136 93.110
Encargos financeiros a serem apropriados no futuro 12.959 23.168
Valor das parcelas obrigatórias ao final dos contratos 90.095 116.278
Suzano Papel e Celulose S.A.
NOTAS EXPLICATIVAS
28 Prof. Ms. José R. de Castro
1. Na nota explicativa da Suzano em que a entidade realizou contratos de leasing (aluguel), onde a verdadeira operação é um contrato de compra e venda. Neste caso o bem foi ativado e os valores mensais foi reconhecidos como um financiamento normal.
Isto posto, Responda qual foi princípio contábil que a Suzano ativou o a operação de leasing?
2. Conforme a Lei n° 6.404/76, para as sociedades anónimas em geral, as notas explicativas são,
a)facultativas.
b)obrigatórias.
c)a lei citada não faz menção a notas explicativas e a contas de compensação.
Ferreira 343
Atividade- 5
29 Prof. Ms. José R. de Castro
Referências Bibliográficas
• Bibliografia básica • IUDÍCIBUS S. Et al Manual de Contabilidade Societária- Fipecafi ,Ed Atlas
• Equipe de Professores FEA/USP Contabilidade Introdutória, 11º edição. Atlas,2011-Livro de exercícios e textos
• MARION, J. Carlos. Contabilidade Empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
• Bibliografia complementar: • Adriano Contabilidade Geral 3D- São Paulo, 2012, Método Editora
• GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
• IUDÍCIBUS, Sérgio; MARION, José C. Curso de Contabilidade para não Contadores. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
• MARION, José C. Análise das Demonstrações Contábeis. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
• MARTINS, Eliseu; DINIZ, Josedilton A.; MIRANDA, Gilberto J. Análise Avançada das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2012.
• REVISTA EXAME. Melhores e maiores. São Paulo: Abril, jul/2013.