Upload
dinhhanh
View
225
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
OBS: Na jurisprudência citada, sempre que não houver indicação do
tribunal, entenda-se que é do Superior Tribunal de Justiça.
Índices
Ementas – ordem alfabética
Ementas – ordem numérica
Índice do “CD”
Tese 437
SENTENÇA – DESCLASSIFICAÇÃO – JUIZ SINGULAR – NOVA
DEFINIÇÃO JURÍDICA DO FATO SEM APLICAÇÃO DE PENA –
ABERTURA DE VISTA AO MP PARA PROPOSTA DE BENEFÍCIOS
DA LEI 9099/95 – DECISÃO COM FORÇA DE DEFINITIVA –
RECURSO CABÍVEL – APELAÇÃO.
A decisão que desclassifica o crime, proferida por juiz singular, tem
força de definitiva e, salvo disposição especial em contrário (art. 581,
II, CPP), por ser impugnada por meio de recurso de apelação (artigo
593, II, CPP).
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 2 de 21
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DA
EGRÉGIA SEÇÃO CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, nos
autos de Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566, em que figura
como apelante o Ministério Público do Estado de São Paulo e apelado A. L.
P., vem perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 105, inciso III,
alínea “a”, da Constituição Federal, art. 255, § 2o, do RISTJ e art. 1.029 do
Código de Processo Civil, interpor RECURSO ESPECIAL para o Colendo
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, pelos motivos adiante aduzidos:
1 – RESUMO DOS AUTOS
O Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de São
Carlos, após a instrução e em sede de sentença, desclassificou a
imputação de crime previsto no art. 33, ‘caput’, da Lei 11.343/06 para
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 3 de 21
aquele previsto no art. 28, da Lei de Drogas, determinando abertura de
vista ao Ministério Público “para os fins previstos na Lei 9.099/95” (fls.
94).
Consta dos autos que, nas circunstâncias de tempo e local
descritas na denúncia, A. L. P. trazia consigo e ocultava, para fins de
entrega a consumo de terceiros 36 porções de maconha e 17 cápsulas de
cocaína, sem autorização e em desacordo com determinação legal e
regulamentar (fls. 31/32).
Discordando do r. decisório de primeiro grau, o Ministério
Público apelou, tendo sido o recurso recebido (fls. 102), contra-arrazoado,
recebendo parecer da Procuradoria-Geral de Justiça pelo seu provimento
(fls. 128/133).
Todavia, a Egrégia 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça
de São Paulo proferiu a seguinte decisão: “NÃO CONHECERAM DO
RECURSO INTERPOSTO, retornando os autos à origem, para a aplicação,
por analogia, do disposto no art. 28 do Código de Processo Penal. V.U.”.
(fls. 142/153).
Segue transcrito o v. acórdão:
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 4 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 5 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 6 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 7 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 8 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 9 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 10 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 11 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 12 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 13 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 14 de 21
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904 Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 15 de 21
Assim decidindo, a Egrégia Corte Paulista contrariou e negou
vigência ao disposto no art. 593, II, do Código de Processo Penal,
autorizando o presente inconformismo, com base na alínea “a” do inciso
III do art. 105 da CF, com a seguinte tese:
“A decisão que desclassifica o crime, proferida por juiz singular, tem força de definitiva e, salvo disposição especial em contrário, é atacável por meio de recurso de apelação (art. 593, II, CPP).”
2 - DO PREQUESTIONAMENTO
Conforme se verifica do v. acórdão recorrido, a questão da
aplicabilidade ou não do art. 593, II, do Código de Processo Penal ao caso
concreto foi exaustivamente analisada. Consignou-se que “a decisão
desclassificatória não é, a princípio, passível de apelação, pois não é
definitiva e não apresenta força de definitividade” (fls. 144), não obstante
decisão monocrática em sentido contrário do Colendo Superior Tribunal
de Justiça, que aplicou à hipótese o art. 593, II, do CPP:
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904
Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 16 de 21
Eis o trecho do v. acórdão recorrido (fls. 144):
Na citação do v. acórdão do Colendo Superior Tribunal de
Justiça, lê-se (fls. 149):
E, por fim, conclui o v. acórdão recorrido (fls. 151):
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904
Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 17 de 21
3 – DA CONTRARIEDADE OU NEGATIVA DE VIGÊNCIA A DISPOSITIVO DE
LEI FEDERAL (art. 593, II, do Código de Processo Penal)
O art. 593, inciso II, do Código de Processo Penal está assim
redigido:
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
(...)
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior;
Tem inteira aplicação à hipótese, a lição do saudoso Ministro
ALIOMAR BALLEIRO, para quem “... denega-se vigência de lei não só
quando se diz que esta não está em vigor, mas também quando se decide
em sentido diametralmente oposto ao que nela está expresso e claro”
(RTJ 48/788).
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904
Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 18 de 21
Ou, no mesmo sentido, “... equivale negar vigência o fato de
o julgador negar aplicação a dispositivo específico, único aplicável à
hipótese, quer ignorando-o, quer aplicando outro inadequado” (REsp
63.816, RTJ 51/126).
No caso em tela, induvidoso que o v. acórdão recorrido
contrariou ou mesmo negou vigência a esse dispositivo de lei federal ao
consignar expressamente que: “a decisão desclassificatória não é, a
princípio, passível de apelação, pois não é definitiva e não apresenta força
de definitividade” (fls. 144).
Com efeito, o mencionado dispositivo legal é expresso ao
afirmar que cabe recurso de apelação de decisões definitivas, ou com
força de definitiva, proferidas por juiz singular, ressalvando-se apenas os
casos enumerados no capítulo anterior, em que cabível o recurso em
sentido estrito.
Assim, note-se, em primeiro lugar, que não há previsão no
artigo 581 do CPP quanto à possibilidade de interposição de recurso em
sentido estrito contra decisão desclassificatória de delito (mormente na
hipótese em que não se concluiu pela incompetência do juízo).
Em segundo lugar, é certo que a decisão que, analisando as
provas produzidas, atribui outra definição jurídica ao fato, tem evidente
caráter de definitividade. De fato, caso contra elas não haja interposição
recursal (ou seu conhecimento), a discussão sobre a classificação jurídica
dos fatos restará preclusa e, assim, definida pela coisa julgada formal nos
autos.
Desta forma, diante da força de definitividade do r. decisório e
não havendo previsão no art. 581 do Código de Processo Penal quanto à
possibilidade de interposição de recurso em sentido estrito à hipótese,
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904
Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 19 de 21
aplicável será o art. 593, II, do CPP segundo o qual a decisão deverá ser
guerreada por meio de recurso de apelação.
De fato, no caso concreto, a eventual manutenção do v.
acórdão que decidiu pelo não conhecimento da apelação, sepultaria de
forma definitiva qualquer possibilidade de discussão posterior da
tipificação da conduta do recorrido como amoldada ao tipo penal previsto
no artigo 33, ‘caput’, da Lei 11.343/2006 (tráfico de drogas).
A formação de coisa julgada formal da decisão
desclassificatória de tráfico para o delito de porte para uso próprio não
possibilitará ao Ministério Público pleitear, em momento futuro, a
condenação dos recorridos pelos fatos imputados inicialmente na
denúncia.
Resta evidente, pois, que a decisão desclassificatória do juízo
monocrático detém força de definitiva; logo, trata-se de verdadeiro
pronunciamento final que influi completamente na decisão da lide penal,
sendo impugnável por apelação, nos termos do artigo 593, II, do CPP.
O tema já foi enfrentado por esse Colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, concluindo-se, por mais de uma vez, pelo cabimento do recurso de apelação à hipótese:
HABEAS CORPUS. PACIENTE CONDENADO PELO TRIBUNAL A QUO A 3 ANOS DE RECLUSÃO, EM REGIME ABERTO, POR PORTE DE ARMA DE USO RESTRITO, COM NUMERAÇÃO RASPADA (ART. 16, PAR. ÚNICO, IV DA LEI 10.826/03). SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. MAGISTRADO SINGULAR QUE, APÓS INSTRUÇÃO DO FEITO, HAVIA CONCEDIDO, DE OFÍCIO, HABEAS CORPUS AO PACIENTE, DESCLASSIFICANDO A CONDUTA PARA PORTE DE ARMA DE USO PERMITIDO (ART. 12 DA LEI 10.826/03). APELAÇÃO INTERPOSTA PELO PARQUET. ALEGAÇÃO DEFENSIVA DE AUSÊNCIA DE EXAME DO MÉRITO PELO JUIZ MONOCRÁTICO. MANIFESTAÇÃO QUE ANALISOU A PRETENSÃO PUNITIVA, ENTENDENDO, TODAVIA, PELA SUBSUNÇÃO DA CONDUTA A OUTRA NORMA PENAL INCRIMINADORA, QUE NÃO AQUELA
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904
Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 20 de 21
CONTIDA NA EXORDIAL ACUSATÓRIA. DECISÃO DE DESCLASSIFICAÇÃO. CABIMENTO DO RECURSO PROPOSTO (APELAÇÃO). PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA. 1. Houve efetiva análise do mérito da causa em exame, mormente porque emitiu o Magistrado singular, após instrução do feito, juízo sobre o pedido formulado na inicial acusatória - pretensão punitiva do Estado -, entendendo, todavia, pela não ocorrência do delito previsto no art. 16, par. único, IV da Lei 10.826/03, tanto que operou a desclassificação da conduta para outra norma penal. 2. Constitui a decisão do Magistrado singular verdadeira sentença de desclassificação, desafiada como foi, corretamente, pelo recurso de Apelação proposto pelo Parquet Estadual. 3. O decisum foi proferido em substituição à sentença condenatória, para desclassificar a conduta do paciente; logo, trata-se de verdadeiro pronunciamento final que influi completamente na decisão da lide penal, atacável por apelação. Assim, corretamente agiu o Tribunal a quo, que, ao se convencer da procedência das razões ministeriais, condenou o paciente pela prática do crime de porte ilegal de arma de fogo, com numeração raspada. 4. Parecer do MPF pela denegação da ordem. 5. Ordem denegada.” (STJ – 5ª Turma - HC 102884 / RS - HABEAS CORPUS 2008/0064969-4 – Relator Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO – j. 06/10/2009 - DJe 03/11/2009). – (DESTACAMOS)
E ainda:
RECURSO ESPECIAL. PROCESSO PENAL. DECISÃO DE DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE TRÁFICO PARA USO DE ENTORPECENTES. DECISÃO COM FORÇA DE DEFINITIVA. RECURSO ADEQUADO. APELAÇÃO. ART. 593, II, DO CPP. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. DECISÃO (STJ – Resp nº 1.389.712 – RJ – Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura – Dec. Monocrática – j. 27.11.14; DJe 01.12.2014)
Assim, patente a violação e contrariedade do v. acórdão
recorrido ao art. 593, inciso II, do Código de Processo Penal.
Setor de Recursos Extraordinários e Especiais Criminais
Rua Riachuelo, 115, 9º andar, sala 906, São Paulo – SP – CEP 01007-904
Tel: (11) 3119-9689 – Fax: (11) 3119-9677 – email: [email protected]
Apelação Criminal nº 0002724-40.2014.8.26.0566 21 de 21
4. DO PEDIDO
Ante o exposto, demonstrada a contrariedade e negativa de
vigência a dispositivos de lei federal, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO
PAULO aguarda seja deferido o processamento do presente RECURSO
ESPECIAL, a fim de que, submetido à elevada apreciação do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça, mereça CONHECIMENTO e PROVIMENTO,
para a reforma do v. acórdão de fls. 142/153, a fim de que o recurso de
apelação interposto pelo Ministério Público seja conhecido,
determinando-se que se prossiga com o julgamento do apelo em seu
mérito.
São Paulo, 04 de abril de 2017.
GILBERTO NONAKA PROCURADOR DE JUSTIÇA
MARCUS PATRICK DE OLIVEIRA MANFRIN
PROMOTOR DE JUSTIÇA DESIGNADO